No Fórum Rio 2019 fomos até Santa Cruz, na casa da W, debater caminhos e horizontes pela nossa metrópole do futuro. Apesar dos grandes desafios que o presente nos impõe, vivemos dois dias de muito afeto no processo de partilhar experiências e visões.

Continuaremos a depositar nossa esperança na Sumáriocolaboração entre diversos atores da sociedade civil que seguem enfrentando as desigualdades 1.diariamente Apresentação nos bairros e favelas da periferia metropolitana. Por isso, reunimos vozes e trajetórias 2.que A Casanos deram Fluminense inspiração e esperança de que juntos 3.podemos Contexto mudar das o Desigualdades rumo da trajetória em curso. 4.Nosso Metodologia encontro incentivou Mapas cooperação entre pessoas e organizações, fortaleceu redes e reconheceu a 5.produção Sumário de de cultura Indicadores e conhecimento da periferia, sempre em busca de produzir articulações 6.metropolitanas Mapas capazes de atuar no enfrentamento às desigualdades históricas e na proposição de 7.caminhos Encaminhamentos para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do .

De olho em 2020, e em todos os desafios que ele nos reserva, seguiremos defendendo, coletivamente, que Foto capa: Elisângela Leite a nossa metrópole do futuro é popular, inclusiva e Foto sumário: Léo Lima APRESENTAÇÃO

A elaboração desta edição do Mapa da Desigualdade nos fez enfrentar Dessa forma, a Casa Fluminense afirma que os dados apresentados Questionar o racismo estrutural brasileiro e as camadas de opressões uma série de desafios do contexto global e local, especialmente aqueles nesta publicação foram obtidos através de fontes governamentais, históricas sobre as mulheres, pessoas LGBTQI+ e das periferias é com- que se apresentam a todas e todos que vivenciam nossos abismos sociais. como também pela geração cidadã de dados, iniciativas colaborati- promisso inevitável de qualquer iniciativa que se posicione no enfrenta- Trabalhar com indicadores no Brasil, sobretudo quando tratamos de ter- vas para a produção de novos indicadores. Esperamos que o Mapa da mento às desigualdades. A Agenda, portanto, busca trabalhar a redução ritórios periféricos, é complexo e nos exige muita responsabilidade e Desigualdade reforce a necessidade de produção de dados de maneira das desigualdades de maneira pragmática e colaborar no ciclo de po- compromisso. regular, periódica e confiável, e some esforços com tantos movimentos líticas públicas quando apresenta um desenho e formulação de políticas, importantes da sociedade civil que produzem de forma independente incide em sua implementação e produz o seu monitoramento. Os dados são escassos e, muitas vezes, desatualizados. Os Censos Demo- dados e narrativas sobre as realidades locais. gráficos, feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Mapa da Desigualdade e Agenda Rio alinham seus eixos aos Objetivos do teoricamente a cada dez anos, ainda são a principal fonte de dados sobre Este 2020 era o ano de realização do novo Censo Demográfico, mas a Desenvolvimento Sustentável (ODS), pacto global entre os países mem- as cidades brasileiras. Isto é ainda mais importante quando observamos principal pesquisa domiciliar do país, que já havia sofrido uma série de bros das Organizações das Nações Unidas com metas para transformar a a realidade intramunicipal, onde as desigualdades socioterritoriais são cortes, foi postergada para 2021. Sob risco de apagão estatístico, a trans- realidade social, econômica, ambiental e institucional, sobretudo na erra- invisibilizadas por dados que tomam o município como um todo, sem parência de dados segue ameaçada pela sabotagem de mandatos elei- dicação da fome e da pobreza, em todas as suas dimensões, até 2030. desvendar suas particularidades internas. tos, inclusive durante a maior pandemia vivida pela nossa geração. A cada um dos mapas, você encontrará um título simples, uma nota técni- Além disso, também enfrentamos dificuldades para obter dados adicio- Ainda assim, lançamos os Mapas em um ano de eleições municipais, ca oriunda das bases de dados que utilizamos, alguns ODS relacionados e nais, através do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão em que as prefeituras e câmaras legislativas precisam estar atentas às uma breve leitura da equipe acerca da informação trazida. (e-SIC). A Lei de Acesso à Informação (LAI) está em vigor há oito anos, desigualdades estruturais e emergenciais das cidades, para construí- mas ainda é difícil utilizar esta ferramenta para obter dados. Na Região rem plataformas futuras que priorizem a justiça social e o direito à vida. Nos valendo das premissas citadas acima, o Mapa da Desigualdade 2020 Metropolitana do Rio de Janeiro, encontramos prefeituras que não dis- Contudo, a letalidade e o agravamento da crise sanitária também adiou almeja influenciar o debate público, potencializar e mobilizar lide- ponibilizam o e-SIC em seus sites. Mesmo entre aquelas que têm a pla- o calendário eleitoral e as agendas públicas que dependem da participa- ranças sociais através de um amplo diagnóstico que defende um Rio taforma disponível, a não entrega dos dados nos prazos solicitados e o ção presencial seguem suspensas, em segundo plano. metropolitano mais justo e democrático. A publicação se apresenta como repasse de informações incompletas são problemas recorrentes. uma ferramenta para enfrentar nossos desafios estruturais e ameaças Neste trilho, a Casa Fluminense e sua rede de parceiros lançam a nova emergenciais para melhor planejar o futuro das nossas metrópoles. Ainda quando os dados estavam disponíveis em bases públicas das três edição da Agenda Rio 2030 com propostas para os dez eixos temáticos esferas de governo, percebemos outro problema: a falta de confiabilida- que estruturam o conjunto de indicadores do Mapa da Desigualdade. de dos mesmos. Neste sentido, números conflitantes entre bases seme- São eles: habitação, emprego, transporte, segurança, saneamento, Boa leitura! lhantes e séries históricas irregulares foram dois dos principais desafios saúde, educação, cultura, assistência social e gestão pública. Am- enfrentados na seleção dos indicadores que compõem este Mapa. Por bas as publicações perseguem o horizonte da abordagem interseccio- Guilherme, Paula, Thábara, Vitor e conta disso, a checagem de todas as informações apresentadas se tornou nal para estes temas, transversalizando seus conteúdos com os valores toda equipe da Casa Fluminense. exercício constante durante o processo de pesquisa. das justiças econômica, racial, de gênero e socioambiental. A Casa Fluminense

Organização que debate políticas públicas nas periferias Coordenação de Informação urbanas para a redução das desigualdades da Região Guilherme Braga Metropolitana do Rio. Paula Moura Thábara Garcia Criada em 2013, a Casa Fluminense é formada por pessoas e organi- Vitor Mihessen zações engajadas na construção coletiva de políticas e ações públicas para a metrópole do Rio de Janeiro. Articulada em rede, busca incidir Coordenação de Comunicação no debate público e potencializar lideranças sociais oriundas de peri- Larissa Amorim feria. Para isso, se dedica à produção de uma agenda comum por uma Luize Sampaio metrópole inclusiva, sustentável e antirracista, que respeita a diversi- Nathália Silva dade religiosa, de gênero e de sexualidade, produtora de conhecimento Taynara Cabral e inovação e que seja feita para pessoas.

Agradecimentos especiais a toda rede de parceiros e colaboradores da Coordenação de Mobilização e Incidência Casa, à Rede Nossa São Paulo, primeira inspiração, e ao Movimento Nos- Douglas Almeida sa Brasília. Estas duas organizações produzem Mapas da Desigualdade Yasmin Monteiro para os seus territórios de atuação e são integrantes da RedeCidades, grupo nacional em que compartilhamos a defesa de gestões públicas Coordenação Executiva mais transparentes e participativas. No Observatório, também podem Henrique Silveira ser encontrados os dados brutos desta publicação. Larissa Cunha Taty Maria Para o alinhamento ao debate global, junto ao Programa Cidades Sus- tentáveis - PCS, Instituto Estudos Socioeconômicos - INESC e Obser- vatório Metropolitano dos ODS - MetrODS, a Casa Fluminense é pon- to focal do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030 (GT2030), para o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 11, de Cida- des e Comunidades Sustentáveis para o Relatório-Luz brasileiro.

Foto: Thiago Barreto CONTEXTO DAS DESIGUALDADES

Foto: Yan Carpenter O 1% mais rico do planeta detém mais que o dobro da riqueza da população que o habita. E os 22 homens mais ricos do mundo detêm a riqueza equivalente a de todas as mulheres que vivem na África.

Tempo de Cuidar - OXFAM, 2020 Segundo a projeção realizada pela CEPAL, em 2019, 72 milhões de pessoas estiveram em situação de extrema pobreza e 191 milhões de pessoas em situação de pobreza na América Latina.

Panorama Social da América Latina - CEPAL, 2019 Brasil tem 2ª maior concentração de renda do mundo e perde apenas para o Catar em desigualdade de renda, de acordo com relatório da ONU. Menos de 3% das famílias brasileiras concentram 20% de toda a renda no país, segundo o IBGE.

Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU 2019 e Pesquisa de Orçamento Familiar 2017-2018 do IBGE. Diariamente, 2 milhões de moradores de toda a Região metropolitana do Rio precisam se deslocar até a capital para acessar oportunidades de emprego, estudos, lazer, hospital, entre outros.

Infográfico da Desigualdade Um Réveillon por dia - Casa Fluminense, 2018 Passo 1: Revisão e avaliação dos Mapas da Desigualdade anteriores.

Passo 2: Seleção e organização dos novos indicadores, a partir dos eixos e valores da Agenda Rio 2030.

Passo 3: Coleta e tabulação de dados, a partir de bases abertas e pedidos via Lei de Acesso à Informação - LAI.

Passo 4: Processamento de informações e geração de novos indicadores, a partir de dados brutos.

Passo 5: Escuta e colaboração dos parceiros da Casa, METODOLOGIA realizada de forma online e presencial. Passo 6: MAPAS Construção e diagramação dos mapas e análises sobre os indicadores.

Foto: Lethicia Amâncio 1. HABITAÇÃO pág.12 6. SAÚDE pág. 32

1.a. Renda média 6.a. Idade média ao morrer 1.b. População negra 6.b. Raça e idade média ao morrer 1.c. População feminina 6.c. Pré-natal insuficiente 1.d. Uso do solo 6.d. Leitos hospitalares

2. EMPREGO pág. 16 7. EDUCAÇÃO pág. 36

2.a. Salário Médio 7.a. Nota média no IDEB 2.b. Diferença salarial entre brancos e negros 7.b. Turmas lotadas 2.c. Diferença salarial entre homens e mulheres 7.c. Matrículas em creches 2.d. Proporção de empregos 7.d. Merenda nas escolas

3. TRANSPORTE pág.20 8. CULTURA pág. 40

3.a. Peso da tarifa do transporte público 8.a. Orçamento para cultura 3.b. Morte de pessoas negras nos transportes 8.b. Museus 3.c. Violência sexual no transporte público 8.c. Salas de cinema 3.d. Transportes ativos 8.d. Acesso à internet

4. SEGURANÇA pág.24 9. ASSISTÊNCIA SOCIAL pág. 44

4.a. Letalidade violenta 9.a. Famílias atendidas por CRAS 4.b. Pessoas negras assassinadas pelo Estado 9.b. Bolsa Família 4.c. Violência contra a mulher 9.c. Centros de atendimento à mulher 4.d. Tiroteios registrados 9.d. Benefício de Prestação Continuada

5. SANEAMENTO pág.28 10. GESTÃO PÚBLICA pág. 48

5.a. Abastecimento de água 10.a. Orçamento per capita 5.b. Tratamento de esgoto 10.b. Pessoas negras no legislativo 5.c. Coleta seletiva 10.c. Mulheres no legislativo 5.d. Mortes por desastres ambientais 10.d. Plano diretor Foto: Laís Dantas 1. HABITAÇÃO

1.A. RENDA MÉDIA Valor do rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade Petrópolis

Cachoeiras A renda média dos moradores de Macacu de Niterói é R$ 3.114. 4,5 vezes maior que a dos moradores de , R$ 694. Duque de Caxias Japeri Nova Iguaçu Belford Roxo Rio Bonito Itaboraí Seropédica São João Tanguá de Meriti Dados Mesquita São Gonçalo Itaguaí Nilópolis Brasil: R$ 1295,33 Niterói Maricá RJ: R$ 1626,96 Rio de Janeiro RMRJ: R$ 1741,16

Fonte: Censo IBGE 2010, corrigido pelo IPCA (abril de 2020). Pág. 12 1. HABITAÇÃO

1.B. POPULAÇÃO NEGRA Percentual de população preta ou parda em relação ao total de habitantes Petrópolis

Cachoeiras O percentual de população negra de Macacu foi obtido somando os valores Guapimirim percentuais da população de Magé pretos e pardos, seguindo os Paracambi Duque de critérios definidos pelo IBGE. Caxias Japeri Nova Iguaçu Belford Queimados Roxo Rio Bonito Itaboraí Seropédica São João Tanguá de Meriti Dados Mesquita São Gonçalo Itaguaí Nilópolis Brasil: 50,74% Niterói Maricá RJ: 51,70% Rio de Janeiro RMRJ: 52,78%

Fonte: IBGE 2010 Pág. 13 1. HABITAÇÃO

1.C. POPULAÇÃO FEMININA Percentual de população do sexo feminino em relação ao total de habitantes Petrópolis

Cachoeiras Em todos os municípios da de Macacu Região Metropolitana do Rio de Guapimirim Janeiro a população feminina Magé é maior que a masculina. Os Paracambi Duque de valores variam entre 50,20%, em Caxias Japeri Itaguaí, e 53,97%, em Niterói. Nova Iguaçu

Queimados Belford Roxo Itaboraí Rio Bonito Seropédica São João Tanguá de Meriti Dados Mesquita São Gonçalo Itaguaí Nilópolis Brasil: 51,29% Niterói Maricá RJ: 52,53% Rio de Janeiro RMRJ: 52,86%

Fonte: IBGE 2010 Pág. 14 1. HABITAÇÃO

1.D. USO DO SOLO Tipos de uso do solo Petrópolis

O município de Cachoeiras de Macacu tem apenas 1,08% Guapimirim do seu território ocupado por Magé áreas edificadas. No caso de Paracambi Duque de Caxias São João de Meriti este número Japeri Nova chega a 95%. Iguaçu Belford Queimados Roxo Rio Bonito Itaboraí Seropédica São João Tanguá de Meriti Mesquita São Gonçalo Itaguaí Nilópolis

Maricá Rio de Janeiro Niterói

Fonte: IBGE 2018 Pág. 15 2. EMPREGO

2.A. SALÁRIO MÉDIO Remuneração nominal média do Petrópolis emprego formal em dezembro de 2018. R$ 4.117,35

Cachoeiras O município do Rio de Janeiro de Macacu concentra as vagas de emprego R$ 1.950,84 Guapimirim com salários mais altos, R$ 1.907,19 Magé Duque de estimulando que trabalhadores Paracambi R$ 1.797,48 saiam de seus municípios de R$ 1.819,73 Caxias Japeri Nova R$ 2.891,38 residência em busca destas vagas. R$ 2.079,64 Iguaçu R$ 2.180,62 Queimados Belford R$ 2.493,03 Roxo R$ 2.032,14 Rio Bonito Itaboraí Seropédica Tanguá R$ 1.950,19 São João R$ 2.219,02 R$ 4.606,60 de Meriti R$ 1.946,22 Mesquita Dados R$ 2.145,31 R$ 1.918,33 São Gonçalo Itaguaí Nilópolis R$ 2.160,32 Brasil: R$ 3.060,88 R$ 3.626,94 R$ 1.905,09 RJ: R$ 3.517,14 Niterói Maricá Rio de Janeiro R$ 3.334,03 R$ 2.357,63 RMRJ: R$ 3.688,69 R$ 4.117,35

Fonte: RAIS-MTE e IPP dez/2018 Nota Técnica: 1. Não há registro de empregos formais nas RAs do Jacarezinho e do Complexo do Alemão. Pág. 16 2. EMPREGO

2.B. DIFERENÇA SALARIAL ENTRE BRANCOS E NEGROS

Diferença de remuneração salarial média entre Petrópolis brancos e negros no emprego formal 18,9%

Cachoeiras Segundo IBGE, no Brasil, o de Macacu trabalhador formal e informal Guapimirim -11,1% branco recebe 75% a mais 0,9% Magé Duque de do que pretos e pardos. Para Paracambi 8,0% postos formais, no Rio de Janeiro, 9,5% Caxias Japeri Nova 27,2% trabalhadores brancos recebem 31,6% Iguaçu 41,9% a mais do que negros. 14,0% Belford Queimados Roxo 5,2% 12,2% Itaboraí Rio Bonito Seropédica Tanguá 5,0% São João 10,3% 15,9% de Meriti 12,0% Dados Mesquita1,2% 8,9% São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 5,8% 17,5% 4,5% RJ: 31,3% Niterói Maricá RMRJ: 33,7% 19,0% 15,5% Rio de Janeiro 41,9%

Fonte: RAIS-MTE /2018 Nota Técnica: 1. Há apenas um registro de emprego formal na RA da Rocinha, portanto não é possível calcular a diferença de salá- rio médio entre brancos e negros. 2. Não há registro de empregos formais nas RAs do Jacarezinho e do Complexo do Alemão. Pág. 17 2. EMPREGO

2.C. DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES Petrópolis Diferença de remuneração salarial média 11,2% entre mulheres e homens no emprego formal Cachoeiras de Macacu Apenas em Maricá e em 15,2% Guapimirim Queimados, as mulheres têm 10,0% Magé médias salariais maiores que Duque de Paracambi 20,2% homens. Por outro lado, na média 16,7% Caxias Japeri Nova 22,0% da RMRJ, o salário das mulheres 6,7% Iguaçu negras equivale à metade do de 9,5% Belford Queimados - 1,6% Roxo homens brancos. 19,9% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 12,8% 8,9% São João 21,6% 12,5% de Meriti Mesquita8,6% 18,5% São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 16,4% Dados 33,6% 3,6% Niterói Maricá Brasil: 14,4% Rio de Janeiro 12,7% -3,8% RJ: 17,22% 12,6% RMRJ: 13,81%

Fonte: RAIS-MTE 12/2018 Nota Técnica: 1. Há apenas um registro de emprego formal na RA da Rocinha, portanto não é possível calcular a diferença de salá- rio médio entre homens e mulheres. 2. Não há registro de empregos formais nas RAs do Jacarezinho e do Complexo do Alemão Pág. 18 2. EMPREGO

2.D. PROPORÇÃO DE EMPREGOS Número de empregos formais por 100 habitantes Petrópolis 22,9

Cachoeiras O mapa indica a quantidade de Macacu de empregos no território em Guapimirim 13,0 relação ao tamanho da população, 9,7 Magé Duque de evidenciando as centralidades e o Paracambi 8,2 potencial local da oferta de vagas. 10,6 Caxias Japeri Nova 16,0 6,4 Iguaçu 11,9 Queimados Belford 10,3 Roxo Rio Bonito 6,4 Itaboraí Seropédica Tanguá 29,2 São João 12,3 16,4 de Meriti 11,4 Dados Mesquita8,2 11,6 São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 10,0 Brasil: 22,8 21,2 11,2 RJ: 23,4 Niterói Maricá Rio de Janeiro 33,2 13,7 RMRJ: 24,2 33,9

Fonte: RAIS-MTE e IPP 12/2018 Nota Técnica: 1. A população das Regiões Administrativas do município do Rio de Janeiro foi obtida através de estimativas realizadas pelo Instituto Pereira Passos. Pág. 19 3. TRANSPORTE

3.A. PESO DA TARIFA DO TRANSPORTE PÚBLICO Percentual de renda média comprometido com a compra de 44 passagens de ônibus Petrópolis municipais por mês. Cachoeiras de Macacu Em Maricá a Prefeitura tem Guapimirim criado linhas com tarifa zero com recursos orçamentários Magé Paracambi Duque de municipais. A experiência pode Caxias e deve ser reproduzida em outros Japeri Nova municípios da metrópole. Iguaçu Belford Roxo Rio Bonito Itaboraí Seropédica São João Tanguá de Meriti

Dados Mesquita São Gonçalo Itaguaí Nilópolis Trem: R$ 4,70 Metrô: R$ 5,00 Niterói Maricá Rio de Janeiro Barcas: R$ 6,50

Fonte: Prefeituras e Casa Fluminense, ano 2020 Nota Técnica: 1. De acordo com a Prefeitura de Tanguá, não há serviço de ônibus municipal nesta cidade. Pág. 20 3. TRANSPORTE

3.B. MORTE DE PESSOAS NEGRAS NOS TRANSPORTES Percentual de pretos e pardos entre vitimados Petrópolis em mortes no transporte, por local de ocorrência 33,3%

De acordo com dados Cachoeiras de Macacu preliminares do DATASUS, 50,0% 42,5% das mortes causadas por Guapimirim 60,0% atropelamentos ferroviários no Magé Paracambi Duque de Brasil em 2018 ocorreram na 80,0% Caxias 56,3% Região Metropolitana do Rio de Japeri 85,7% Nova 73,8% Janeiro (91 casos). Dentre estas Iguaçu vítimas, 82,4% eram negros. Queimados 67,2% Belford 73,3% Roxo 60% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 66,7% São João 61,3% 70,0% de Meriti 25,0% Dados Mesquita100,0% 94,4% São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 54,0% 50,0% Brasil: 65,88% 70,8% Niterói Maricá RJ: 56,51% Rio de Janeiro 60,0% 53,8% RMRJ: 63,35% 65,0%

Fonte: SES-RJ e DATASUS, 2018 Nota Técnica: Os dados para o Estado do Rio de Janeiro e seus municípios foram obtidos via Secretaria Estadual de Saúde. Os dados do Brasil são oriundos do Ministério da Saúde. Pág. 21 3. TRANSPORTE

3.C. VIOLÊNCIA SEXUAL NO TRANSPORTE PÚBLICO Casos registrados de violências sexuais no Petrópolis transporte público, por grupo de 100 mil mulheres 104,3

A ausência de canais de apoio Cachoeiras e denúncia, as longas esperas de Macacu 62,3 nas estações e a superlotação Guapimirim são problemas estruturais na 133,2 Duque de Magé oferta dos transportes públicos, Paracambi 56,1 Caxias 110,9 que expõem a invisibilidade Japeri 75,7 Nova 76,8 do planejamento do setor para Iguaçu questões de gênero. Mais um Queimados 74,1 Belford 86,7 Roxo ambiente das cidades que 46,6 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 66,2 expõem mulheres cis e trans São João 76,0 à violência cotidiana. 96,9 de Meriti 113,7 Mesquita74,0 56,0 São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 72,6 47,9 92,4 Dados Niterói Maricá Rio de Janeiro 73,5 71,8 RJ: 65,9 57,1 RMRJ: 63,7

Fonte: ISP, 2018 Nota Técnica: 1. Foram considerados os seguintes crimes: assédio sexual, ato obsceno, constrangimento ilegal, estupro, importunação ofensiva ao pudor e tentativa de estupro. 2. O tamanho da população feminina foi obtido através de estimativa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde. 3. Os dados do ISP não incluem indicação sobre a identidade de gênero das vítimas. Por conta disto, não é possível determinar se as ocorrências de violência contra mulheres trans estão consideradas nestes números. Pág. 22 3. TRANSPORTE

3.D. TRANSPORTES ATIVOS Percentual de viagens diárias feitas Petrópolis à pé ou de bicicleta -

Cachoeiras Esse dado aponta os de Macacu deslocamentos feitos Guapimirim - exclusivamente à pé 50,1% ou de bicicleta, e não Magé Paracambi Duque de considera a caminhada e 26,9% Caxias 50,5% Japeri a pedalada até estações de 43,6% Nova 42,3% transporte público. Iguaçu Queimados 42,6% Belford 40,1% Roxo Rio Bonito 49,0% Seropédica Itaboraí Tanguá - São João 38,0% 52,2% de Meriti 55,6% Mesquita29,1% 52,2% Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 49,2% 28,6% 56,9% Niterói Maricá Rio de Janeiro 30,9% 22,5% 26,1%

Fonte: PDTU 2012 Nota Técnica: 1. A pesquisa Origem Destino do Plano Diretor de Transporte Urbano não foi feita nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Petrópolis e Rio Bonito. Pág. 23 4. SEGURANÇA

4.A. LETALIDADE VIOLENTA Taxa de crimes violentos contra a Petrópolis vida* por 100 mil habitantes. 8,4

Cachoeiras Em 2018 foram registrados 1534 de Macacu homicídios decorrentes de Guapimirim 44,1 intervenção policial no Estado 41,8 do Rio de Janeiro. De acordo com Magé Paracambi Duque de o Fórum Brasileiro de Segurança 11,5 Caxias 35,1 Japeri Pública, isto representa 1 a cada 74,6 Nova 44,2 4 homicídios cometidos por Iguaçu agentes do Estado no Brasil. Queimados 45,1 Belford 71,9 Roxo 63,9 Rio Bonito Itaboraí 10,0 Seropédica 64,2 Tanguá 22,9 São João de Meriti 11,8 Dados Mesquita29,4 34,1 São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 45,9 78,3 21,4 Brasil (2018): 27,5 Niterói Maricá RJ: 34,6 Rio de Janeiro 46,0 41,1 RMRJ: 36,0 28,4

Fonte: ISP, 2019 e FBSP, 2018 Nota Técnica: * Homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio, mortes por intervenção de agente do Estado. Pág. 24 4. SEGURANÇA

4.B. PESSOAS NEGRAS ASSASSINADAS PELO ESTADO Percentual de homicídios de pessoas negras decorrentes Petrópolis de intervenção policial, em relação ao total 100,0%

A aposta no confronto armado Cachoeiras perpetua o genocídio da população de Macacu negra. Em 2019, no Governo Guapimirim 100,0% Witzel, a letalidade policial bateu 100,0% Magé recorde desde 1998. Na cidade Paracambi Duque de 0,0 Caxias 91,7% de Niterói, mais de 60% de todas Japeri 66,7% Nova 73,9% as mortes violentas ocorridas Iguaçu foram cometidas por agentes do Queimados 74,3% Belford 79,5% Roxo Rio Bonito Estado e tiveram como vítimas 89,1% Seropédica Itaboraí Tanguá 100,0% pessoas negras. São João 64,9% 100,0% de Meriti 0,0 Mesquita93,8% 84,0% São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 71,4% 50,0% Dados 67,9% Niterói Maricá Rio de Janeiro 88,0% 50,0% Brasil: 75,4% 81,0% RJ: 78,5% RMRJ: 79%

Fonte: ISP, 2019 e FBSP, 2018 Pág. 25 4. SEGURANÇA

4.C. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Casos registrados de violências contra Petrópolis a mulher por mil mulheres 16,7

Cachoeiras Dentre os 22 municípios de Macacu da Região Metropolitana, Guapimirim 15,3 apenas sete têm delegacias 17,2 Magé especializadas de Paracambi Duque de 20,5 Caxias 17,1 atendimento à mulher. Japeri Nova 14,8 12,9 Iguaçu

Queimados 15,7 Belford 16,02 Roxo 11,4 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 14,4 São João 10,1 15,1 de Meriti 8,9 Dados Mesquita14,6 13,3 São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 16,5 8,7 RJ: 13,7 14,1 RMRJ: 13,3 Niterói Maricá Rio de Janeiro 14,2 20,0 13,0

Fonte: ISP 2018 Nota Técnica: 1. O tamanho da população feminina foi obtido através de estimativa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde. 2. Os dados do ISP não incluem indicação sobre a identidade de gênero das vítimas. Por conta disto, não é possível determinar se as ocorrências de violência contra mulheres trans estão consideradas nestes números. Pág. 26 4. SEGURANÇA

4.D. TIROTEIOS REGISTRADOS Ocorrências registradas de tiroteios e disparos de arma de fogo Petrópolis

Os conflitos armados Cachoeiras estabeleceram como regra de Macacu a militarização da vida nas Guapimirim favelas e periferias, em nome Paracambi Duque de Magé de uma suposta guerra às Nova Caxias drogas. Seja no caminho para Iguaçu escola ou dentro de casa, vidas negras como a de Ágatha, Marcos Vinícius e João Rio Bonito Pedro são interrompidas. Seropédica Tanguá Se o direito à vida está em jogo, Itaboraí o acesso à educação e saúde Itaguaí é negado ainda com mais facilidade. Segundo a Redes Maricá da Maré, na cidade do Rio, uma em cada três escolas Rio de Janeiro fechou por conta de tiroteios no ano de 2017.

Fonte: Fogo Cruzado, 2019 Nota Técnica: O Fogo Cruzado é uma plataforma cidadã de geração de dados. Todos os registros incluídos na base de dados passam por uma triagem prévia e são conferidos a partir de registros policiais, jornalísticos ou análise de publicações em redes sociais. Pág. 27 5. SANEAMENTO BÁSICO

5.A. ABASTECIMENTO DE ÁGUA Percentual de habitantes atendidos por rede de água Petrópolis 96,9%

Estes números, informados Cachoeiras de Macacu diretamente pelas 94,5% concessionárias, não Guapimirim 70,8% consideram a qualidade da Magé Paracambi Duque de água nem a regularidade no 70,7% Caxias 72,9% abastecimento. Japeri 72,4% Nova 84,5% Iguaçu Queimados 93,2% Belford 84,1% Roxo 76,5% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 77,0% São João 74,1% 68,4% de Meriti 51,7% Dados Mesquita97,0% 91,6% São Gonçalo Nilópolis 81,3% Itaguaí 97,7% Brasil: 83,6% 83,2% Niterói Maricá RJ: 90,5% Rio de Janeiro 100,0% 41,8% RMRJ: 91,3% 97,4%

Fonte: SNIS 2018 Pág. 28 5. SANEAMENTO BÁSICO

5.B. TRATAMENTO DE ESGOTO Percentual de habitantes cujo esgoto Petrópolis é coletado e tratado 73,1%

Cachoeiras Segundo o INEA, há 437 de Macacu estações de tratamento de Guapimirim 35,4% esgoto na Região Metropolitana 0,0 Magé do Rio de Janeiro, mas 134 estão Paracambi Duque de inoperantes. 0,0 Caxias 4,7% Japeri 0,0 Nova 1,1% Iguaçu Queimados 15,4% Belford 15,1% Roxo 16,0% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 0,0 São João 1,5% 0,0 de Meriti 0,0 Mesquita50,3% 0,0 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 0,0 3,9% 0,0 Niterói Maricá Rio de Janeiro 97,7% 22,4% 63,5%

Fonte: INEA 2018 Pág. 29 5. SANEAMENTO BÁSICO

5.C. COLETA SELETIVA Taxa de cobertura do serviço de coleta seletiva Petrópolis porta-a-porta em relação à população urbana 8,1%

Cachoeiras Os dados sobre coleta de lixo e de Macacu coleta seletiva são informados Guapimirim 92,8% pelas prefeituras dos respectivos 0,0 Magé municípios e não passam por Paracambi Duque de avaliação independente antes 25,0% Caxias 0,0 Japeri Nova de serem publicados. 5,0% 0,0 Iguaçu Queimados 11,1% Belford 0,0 Roxo 0,0 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 0,0 São João 0,0 0,0 de Meriti 0,0 Mesquita11,7% 0,0 São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 0,0 0,0 0,0 Niterói Maricá Rio de Janeiro 40,6% 0,0 44,7%

Fonte: SNIS 2018 Pág. 30 5. SANEAMENTO BÁSICO

5.D. MORTES POR DESASTRES AMBIENTAIS Óbitos causados por exposição às forças da natureza*, Petrópolis em números absolutos, por local de ocorrência. 108

Cachoeiras O Ministério da Saúde registrou de Macacu 1.774 mortes causadas por Guapimirim 2 desastres ambientais no Brasil 0 Magé entre 2010 e 2018. Destas, mais de Paracambi Duque de 0 Caxias 3 dois terços (1.263) ocorreram no Japeri 0 Nova 1 Estado do Rio de Janeiro. Iguaçu Queimados 0 Belford 0 Roxo Rio Bonito 0 Seropédica Itaboraí Tanguá 0 São João 0 0 de Meriti 0 0 Dados Mesquita 1 São Gonçalo Nilópolis 18 Itaguaí 0 RJ: 1.279 0 RMRJ: 390 Niterói Maricá Rio de Janeiro 188 0 69

Fonte: SES-RJ / 2010-2019 Nota Técnica: Vítimas de avalanche, desabamento de terra e outros movimentos da superfície terrestre, vítimas de tempestade cataclísmica e vítimas de inundação. Pág. 31 6. SAÚDE

6.A. IDADE MÉDIA AO MORRER Média de idade com que as pessoas morreram Petrópolis 68 anos

Na RMRJ, os niteroienses vivem, Cachoeiras em média, 12 anos a mais que de Macacu os moradores de Queimados. Guapimirim 65 anos 61 anos Na capital, esta relação entre São Magé Conrado e Rocinha é de 23 anos. Paracambi Duque de 65 anos Caxias 63 anos Já a diferença entre moradores de Japeri 60 anos Nova 61 anos Ipanema e da Rocinha é de 29 anos, Iguaçu a maior registrada no município. Queimados 62 anos Belford 58 anos Roxo 60 anos Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 66 anos São João 61 anos 63 anos de Meriti 62 anos Dados Mesquita 63 anos 64 anos São Gonçalo Itaguaí Nilópolis 65 anos 65 anos Brasil: 65 anos 60 anos RJ: 65 anos Niterói Maricá Rio de Janeiro 70 anos 66 anos RMRJ: 66 anos 64 anos

Fonte: SES-RJ e SMS-Rio 2018 Pág. 32 6. SAÚDE

6.B. RAÇA E IDADE MÉDIA AO MORRER Diferença de idade média ao morrer entre Petrópolis brancos e negros 9 anos

Cachoeiras Em Niterói, a população de Macacu negra morre 13 anos mais Guapimirim 5 anos cedo quando comparada com 8 anos Magé a população branca. Paracambi Duque de 10 anos Caxias 9 anos Japeri 10 anos Nova 7 anos Iguaçu

Queimados 7 anos Belford 10 anos Roxo 7 anos Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 10 anos São João 10 anos 3 anos de Meriti 9 anos Dados Mesquita7 anos 5 anos São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 7 anos 8 anos Brasil: 8 anos 8 anos RJ: 10 anos Niterói Maricá Rio de Janeiro 13 anos 9 anos RMRJ: 10 anos 10 anos

Fonte: SES RJ 2018 Pág. 33 6. SAÚDE

6.C. PRÉ-NATAL INSUFICIENTE Proporção de nascidos vivos cujas mães fizeram Petrópolis menos de 7 consultas pré-natal (%). 22,0%

Cachoeiras Em 2016 a Organização de Macacu Mundial da Saúde atualizou Guapimirim 42,0% suas recomendações o pré- 36,2% Magé natal. Dentre elas está a Paracambi Duque de 32,5% Caxias 37,5% realização de, no mínimo, oito Japeri 39,0% Nova 43,2% consultas durante a gravidez. Iguaçu Queimados 32,9% Belford 33,7% Roxo 45,6% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 26,0% São João 33,2% 39,5% de Meriti 29,7% Dados Mesquita33,2 37,7% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 33,6% 33,9% Brasil: 30,2% 45,1% Niterói Maricá RJ: 26,2% Rio de Janeiro 17,4% 23,5% RMRJ: 26,0% 17,1%

Fonte: SES-RJ 2018 Nota Técnica: O dado de pré-natal insuficiente no Brasil é do ano de 2017. Pág. 34 6. SAÚDE

6.D. LEITOS HOSPITALARES Proporção de leitos hospitalares Petrópolis (clínicos, cirúrgicos, pediátricos e obstétricos) 12,5 públicos disponíveis a cada 10 mil habitantes Cachoeiras Não havia leitos hospitalares de Macacu em Japeri em dezembro de 2019. Guapimirim 16,8 10,6 Considerando os municípios com Magé leitos, a desigualdade entre o Paracambi Duque de 8,0 Caxias 5,8 melhor (Cachoeiras de Macacu) Japeri 0,0 Nova 8,0 e o pior (São João de Meriti) Iguaçu município é de 8,4 vezes. Queimados 6,3 Belford 4,5 Roxo 3,0 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 14,5 São João 12,7 3,3 de Meriti 3,5 Dados Mesquita5,7 2,0 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 5,4 4,5 Brasil: 12,3 6,8 Niterói Maricá RJ: 9,9 Rio de Janeiro 12,4 6,6 RMRJ: 8,6 10,5

leitos

Fonte: CNES-MS dez/2019 Pág. 35 7. EDUCAÇÃO

7.A. NOTA MÉDIA NO IDEB Nota média no IDEB (Índice de Desenvolvimento Petrópolis da Educação Básica), escolas públicas - Anos finais 4,3 do Ensino Fundamental Cachoeiras de Macacu Todos os municípios da Guapimirim 3,8 Região Metropolitana 3,8 Magé possuem nota abaixo da Paracambi Duque de média nacional (4,4), com 4,0 Caxias 3,8 Japeri exceção do Rio de Janeiro. 3,8 Nova 3,6 Iguaçu Queimados 3,6 Belford 3,7 Roxo 3,5 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 3,7 São João 3,6 3,5 de Meriti 3,8 Dados Mesquita3,5 3,5 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 3,9 3,4 Brasil: 4,4 3,6 Niterói Maricá RJ: 4,2 Rio de Janeiro 3,8 4,2 4,7

Fonte: INEP 2017 Pág. 36 7. EDUCAÇÃO

7.B. TURMAS LOTADAS Percentual de turmas com mais 35 estudantes, Petrópolis em escolas públicas 4,3%

Cachoeiras É falso afirmar que a oferta de Macacu de vagas em escolas públicas Guapimirim 2,0% está garantida. Turmas lotadas 3,3% Magé equivalem a déficit de vagas, Paracambi Duque de podendo ser um dos fatores 5,3% Caxias 13,1% Japeri Nova que geram evasão escolar. 18,0% 10,2% Iguaçu Queimados 24,2% Belford 29,2% Roxo Rio Bonito 15,2% Seropédica Itaboraí Tanguá 3,0% São João 5,4% 6,0% de Meriti 4,2% Dados Mesquita12,6% 18,4% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 22,7% 7,2% Brasil: 22,1% 5,1% Niterói Maricá RJ: 11,1% Rio de Janeiro 6,0% 6,8% RMRJ: 15,1% 18,7%

Fonte: INEP 2018 Pág. 37 7. EDUCAÇÃO

7.C. MATRÍCULAS EM CRECHES Percentual de crianças de 0 a 3 anos matriculadas em Petrópolis creches em relação ao total de crianças de 0 a 3 anos. 36,9%

Cachoeiras O cuidado com a primeira de Macacu infância é essencial para o Guapimirim 25,7% desenvolvimento humano. 24,2% Magé Por isso, garantir o direito a Paracambi Duque de 21,3% Caxias 22,8% creche é fundamental para Japeri 6,1% Nova 9,8% todas as crianças de 0 a 3 anos. Iguaçu Queimados 5,8% Belford 5,1% Roxo 9,1% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 39,1% São João 11,5% 9,4% de Meriti 30,2% Dados Mesquita16,9% 12,0% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 18,2% 10,9% Brasil: 27,8% 33,2% Niterói Maricá RJ: 26,9% Rio de Janeiro 31,4% 18,0% 36,0%

Fonte: INEP, Fundação Abrinq 2018 Pág. 38 7. EDUCAÇÃO

7.D. MERENDA NAS ESCOLAS Percentual de escolas públicas com refeitório Petrópolis 96,1%

Embora o fornecimento de Cachoeiras merenda nas escolas públicas seja de Macacu uma política quase universalizada Guapimirim 90,5% na Região Metropolitana, existente 69,4% Magé em 98,98% das escolas, a presença Paracambi Duque de de equipamentos como cozinhas 84,0% Caxias 95,1% Japeri Nova e refeitórios revela as condições 97,6% 88,1% de preparo e consumo da comida Iguaçu Queimados 94,6% Belford que é servida aos estudantes. 93,3% Roxo 94,9% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 72,9% São João 92,5% 92,6% de Meriti 80,0% Dados Mesquita90,4% 98,1% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 76,2% 95,7% Brasil: 41,9% 94,7% Niterói Maricá RJ: 89,4% Rio de Janeiro 97,1% 82,9% RMRJ: 92,9% 93,9%

Fonte: INEP, 2018 Pág. 39 8. CULTURA

8.A. ORÇAMENTO PARA A CULTURA Percentual de despesas empenhadas em Petrópolis Cultura nos orçamentos municipais 0,41%

Cachoeiras As políticas culturais de Macacu de fomento com foco Guapimirim 0,95% no fortalecimento desta 0,00 Magé ampla cadeia produtiva são Paracambi Duque de 0,92% Caxias ? estratégicas para estimular Japeri Nova 0,11% o desenvolvimento local e 0,63% Iguaçu sustentável, e a criação de Queimados 0,10% Belford Roxo conhecimento e expressões 0,01% Rio Bonito 0,04% artísticas inovadoras. Seropédica Itaboraí Tanguá 0,04% São João 0,03% ? de Meriti 0,51% Mesquita0,00 0,13% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 0,67% 0,08% 0,55% Niterói Maricá Rio de Janeiro 1,55% 0,67% 0,68%

Fonte: Siconfi 2018 Pág. 40 8. CULTURA

8.B. MUSEUS Quantidade de museus no território Petrópolis 14 Todos os territórios e suas comunidades são produtores Cachoeiras de cultura e memória, mas nem de Macacu sempre dispõem de equipamento Guapimirim 1 formal para reconhecimento, 2 Magé valorização e preservação dessas Paracambi Duque de vivências. O mapeamento, ao lado, 0 Caxias 2 Japeri busca também provocar reflexão 0 Nova 4 sobre apagamentos históricos e Iguaçu 1 Belford a identificação de novos lugares Queimados 0 Roxo Rio Bonito de memória e representação 2 Seropédica Itaboraí Tanguá 0 São João 1 para além das versões oficiais. 2 de Meriti 0 0 Mesquita 2 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 2 1 Dados 2 Niterói Maricá Brasil: 3.403 Rio de Janeiro 11 1 136 RJ: 284 RMRJ: 186

Fonte: IBRAM, 2020 Pág. 41 8. CULTURA

8.C. SALAS DE CINEMA Quantidade de salas de cinema Petrópolis 5

Cachoeiras Na Região Metropolitana do de Macacu Rio de Janeiro, Zona Sul do Guapimirim 0 Rio, Grande Tijuca, Barra e 0 Jacarepaguá tem 16,31% da Magé Paracambi Duque de população, mas abrigam 143 1 Caxias 0 Japeri das 297 salas de cinema (48,14%). 0 Nova 8 Metade dos municípios não Iguaçu têm salas de exibição. Queimados 13 Belford 0 Roxo 0 Rio Bonito Seropédica Itaboraí 0 São João 5 Tanguá 0 de Meriti 0 0 Dados Mesquita 6 São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 3 13 Brasil: 3.347 4 RJ: 373 Niterói Maricá Rio de Janeiro 23 0 RMRJ: 297 216

Fonte: ANCINE, 2020 Pág. 42 8. CULTURA

8.D. ACESSO À INTERNET Percentual de pontos de acesso à internet banda Petrópolis larga fixa em relação ao número de domicílios. 79,1%

Cachoeiras Segundo o IBGE, moradores de de Macacu 20,3% dos domicílios na Região Guapimirim 30,4% Metropolitana do Rio acessam 47,3% Magé à internet somente através de Paracambi Duque de 31,2% Caxias 31,7% redes móveis. Esta forma de Japeri Nova 41,8% acesso tem maior instabilidade e 19,2% Iguaçu impõe limitações ao uso de dados. Queimados 42,7% Belford 27,6% Roxo 24,2% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 23,2% São João 21,0% 32,8% de Meriti 17,9% Dados Mesquita45,4% 45,2% São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 63,2% 23,2% Brasil: 47,7% 36,5% Niterói Maricá RJ: 56,3% Rio de Janeiro 111,1% 19,1% RMRJ: 57,6% 71,9%

Fonte: Anatel (Fevereiro, 2020) Pág. 43 9. ASSISTÊNCIA SOCIAL

9.A. FAMÍLIAS ATENDIDAS POR CRAS Média de famílias no Cadastro Único Petrópolis atendidas por CRAS - Centro de Referência 2.814 da Assistência Social. Cachoeiras Dos 22 municípios da de Macacu Região Metropolitana, 7 Guapimirim 2.876 ultrapassam o limite de 3.314 Magé 5.000 famílias cadastradas Paracambi Duque de 2.451 Caxias 4.614 por unidade do CRAS. Japeri Nova 9.298 3.422 Iguaçu Queimados 12.724 Belford 2.807 Roxo 6.332 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 3.108 São João 5.351 4.194 de Meriti 1.071 Mesquita 9.781 4.509,80 São Gonçalo Nilópolis Itaguaí 2.698 7.361 2.214 Niterói Maricá Rio de Janeiro 3.539 3.481 11.453

Fonte: CADSUAS FEV/2020 Pág. 44 9. ASSISTÊNCIA SOCIAL

9.B. BOLSA FAMÍLIA Percentual de beneficiários do Bolsa Família Petrópolis em relação ao total de habitantes 10,1%

Cachoeiras Entre maio e dezembro de de Macacu 2019, o número de famílias Guapimirim 23,6% beneficiárias do Bolsa Família 24,9% Magé no Estado do Rio caiu 9,35%, de Paracambi Duque de 24,4% Caxias 21,5% 903 mil para 818 mil famílias. Japeri Nova 15,5% 25,9 Iguaçu Queimados 22,2% Belford 22,6% Roxo 24,8% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 23,5% São João 21,0% 27,1% de Meriti 26,0% Dados Mesquita17,8% 11,4% Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 13,9% 13,3% Brasil: 19,5% 18,4% Niterói Maricá RJ: 13,8% Rio de Janeiro 7,9% 10,9% RMRJ: 13,2% 9,8%

Fonte: CADSUAS 2019 Pág. 45 9. ASSISTÊNCIA SOCIAL

9.C. ATENDIMENTO À MULHER Há centros especializados de atendimento Petrópolis à mulher* no município? sim

Cachoeiras Os centros especializados de Macacu de atendimento à mulher Guapimirim ? sim oferecem atenção psicossocial, Magé orientação e encaminhamento Paracambi Duque de sim Caxias não jurídico aos casos de violência. Japeri não Nova sim O atendimento contribui para Iguaçu o fortalecimento da mulher Queimados sim Belford vítima e o resgate de sua sim Roxo sim Rio Bonito cidadania. Seropédica Itaboraí Tanguá não São João sim sim de Meriti sim Mesquitasim sim São Gonçalo Nilópolis Itaguaí sim sim ?

Niterói Maricá Rio de Janeiro sim sim sim

Fonte: IBGE 2018 Nota Técnica:* Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM)/Centro de Referência e Atendimento à Mulher (CRAM)/Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (NIAM) Pág. 46 9. ASSISTÊNCIA SOCIAL

9.D. BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA Percentual de beneficiários do BPC em relação ao Petrópolis total de habitantes 1,8%

Cachoeiras O Benefício da Prestação de Macacu Continuada é uma renda, no Guapimirim 2,6% valor de um salário-mínimo, 1,5% Magé paga a idosos e pessoas com Paracambi Duque de deficiência que comprovem 4,4% Caxias 2,7% Japeri Nova não possuir meios de garantir a 2,3% 2,9% própria subsistência econômica. Iguaçu Queimados 2,2% Belford 3,6% Roxo 1,7% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 2,9% São João 2,4% 1,0% de Meriti 2,3% Dados Mesquita4,0% 2,3% Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 4,9% 1,3% Brasil: 2,2% 3,5% Niterói Maricá RJ: 1,9% Rio de Janeiro 1,7% 2,2% RMRJ: 1,9% 1,6%

Fonte: CADSUAS 2019 Pág. 47 10. GESTÃO PÚBLICA

10.A. ORÇAMENTO PER CAPITA Receita Corrente Líquida por habitante Petrópolis R$ 3.204,03

Os dados dos municípios de Cachoeiras de Macacu Magé e Seropédica não estão R$ 3.106,87 disponíveis no Sistema de Guapimirim R$ 2.923,58 Informações Contábeis e Fiscais Duque de Magé do Setor Público Brasileiro Paracambi R$ 1.984,63 R$ 2.794,96 Caxias (SICONFI), e foram obtidos Japeri R$ 1.914,08 Nova R$2.468,47 através de relatórios do Tribunal Iguaçu R$ 1.620,09 Belford de Contas do Estado (TCE). Queimados R$ 2.130,67 Roxo R$ 1.255,31 Rio Bonito Itaboraí R$ 3.381,63 Seropédica R$ 2.047,73 Tanguá São João R$ 2.889,34 R$ 2.575,07 de Meriti Mesquita R$ 1.228,51 R$1.489,93 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí R$ 1.703,14 R$ 1.005,28 R$ 4.072,24 Niterói Maricá Rio de Janeiro R$6.138,83 R$ 12.346,74 R$ 3.169,91

Fonte: Siconfi, 2018 e TCE-RJ, 2018 Pág. 48 10. GESTÃO PÚBLICA

10.B. PESSOAS NEGRAS NO LEGISLATIVO Percentual de vereadores e vereadoras Petrópolis que se declaram pretos ou pardos 6,7%

Cachoeiras Em Itaguaí, onde 60% dos de Macacu habitantes são pessoas Guapimirim 23,1% negras, há apenas dois 66,7% Magé vereadores negros entre Paracambi Duque de 66,7% Caxias 23,5% os 17 membros do legislativo. Japeri Nova 37,9% 54,5% Iguaçu

Queimados 17,6% Belford Roxo 52,9% 56,0% Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 40,0% São João 53,3% 70,0% de Meriti 30,8% Dados Mesquita50,0% 42,9% Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 33,3% 40,7% Brasil: 21,0% 11,8% Niterói Maricá RJ: 24,4% Rio de Janeiro 33,3% 29,4% RMRJ: 31,4% 29,4%

Fonte: TSE 2016 Pág. 49 10. GESTÃO PÚBLICA

10.C. MULHERES NO LEGISLATIVO Percentual de vereadoras eleitas Petrópolis 6,7%

Marielle Franco, vereadora Cachoeiras eleita com 46.502 votos, foi de Macacu uma das sete mulheres, dentre Guapimirim 0 as 51 cadeiras, a ingressar na 11,1% Magé Câmara de Vereadores do Rio Paracambi Duque de 0,0 Caxias 0,0 em 2017. A única vereadora Japeri 9,1% Nova 13,2% preta em sua legislatura, foi Iguaçu brutalmente assassinada em Queimados 5,9% Belford 14 de março de 2018. 5,9% Roxo Rio Bonito 20,0% Seropédica Itaboraí Tanguá 10,0% São João 6,7% 0,0 de Meriti 7,7% Dados Mesquita8,3% 0,0 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 0,0 3,7% Brasil: 14,8% 0,0 Niterói Maricá RJ: 15,0% Rio de Janeiro 9,5% 0,0 RMRJ: 17,1% 13,7%

Fonte: TSE 2016 Pág. 50 10. GESTÃO PÚBLICA

10.D. PLANO DIRETOR Ano de publicação da última revisão Petrópolis do Plano Diretor 2014

Cachoeiras Os planos diretores orientam o de Macacu desenvolvimento das cidades, e Guapimirim 2006 devem ser revistos a cada dez 2003 Magé anos, com participação popular. Paracambi Duque de 2006 Caxias 2015 Japeri Nova 2003 2006 Iguaçu Queimados 2011 Belford 2019 Roxo 2006 Rio Bonito Seropédica Itaboraí Tanguá 2006 São João 2019 2006 de Meriti 2006 Mesquita2006 2006 Nilópolis São Gonçalo Itaguaí 2019 2018 2016 Niterói Maricá Rio de Janeiro 2019 2006 2011

Fonte: Casa Fluminense, 2020 Pág. 51 Publicar uma pesquisa sobre dados socioeconômicos no contexto pandêmico de 2020 é um grande desafio, seja no Rio metropolitano, no Brasil, na América Latina ou no mundo. A viralização de falsas notícias e o compartilhamento de ideias falaciosas se alastram como nunca e são efeitos colaterais de opressões históricas que negam direi- tos a pessoas vulnerabilizadas, representadas pelos números.

A negação da ciência, a aversão à transparência e ao acesso à informação têm sido sin- tomas dos governos anti-democráticos. Frente a isso, cabe a sociedade civil não so- mente questionar os retrocessos, mas também produzir propostas e contra-narrativas, baseadas em fatos e evidências. Nesse sentido, o Mapa da Desigualdade 2020, da Casa Fluminense, buscou dimensionar alguns dos principais problemas que os 22 municí- pios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro têm enfrentado.

A partir dos 10 eixos que orientam as novas edições do Mapa e da Agenda Rio 2030, ofe- recemos neste documento uma gama de indicadores para debates, formações, pesqui- sas, projetos, ações e políticas públicas que busquem justiça socioterritorial. A redução das desigualdades, a defesa da democracia e o horizonte do desenvolvimento susten- tável seguem sendo nossos pilares e o combate à pobreza, ao racismo, ao machismo e à degradação do meio ambiente, os nossos valores.

Olhamos para o futuro da metrópole de Santa Cruz à Japeri, passando por Queimados, de São Gonçalo à Maré, de toda a Baixada ao Leste, do Rio inteiro. Acreditamos que os caminhos mais estratégicos para a superação dos desafios expostos aqui, e vivenciados cotidianamente, são construídos pelas organizações e lideranças sociais das periferias.

Afinal, para enfrentar as desigualdades, é preciso (re)conhecê-las.

Foto: Elisângela Leite Pág. 52 Projeto gráfico por Tay Cabral