Marcus Dezemone

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Marcus Dezemone Marcus Dezemone D O C ATIVEIRO À R EFORMA A GRÁRIA: COLONATO, DIREITOS E CONFLITOS (1872-1987) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, como requisito para a obtenção do grau de Doutor em História Área de concentração: História Social ORIENTADOR: PROF. DR. MARIO GRYNSZPAN NITERÓI 2008 MARCUS DEZEMONE Graduou-se em História na Universidade Federal Fluminense em abril de 2002. Cursou o Mestrado em História da mesma instituição de maio de 2002 a maio de 2004. Aprovado na seleção ao Doutorado em janeiro de 2004, iniciou o curso após a defesa da dissertação, concluindo-o em setembro de 2008. Marcus Dezemone D O C ATIVEIRO À R EFORMA A GRÁRIA: COLONATO, DIREITOS E CONFLITOS (1872-1987) Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em História. Área de concentração: História Social BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. Mario Grynszpan — Orientador Universidade Federal Fluminense (UFF) / Fundação Getulio Vargas (FGV) Prof.ª Dr.ª Hebe Maria Mattos — Argüidora Universidade Federal Fluminense (UFF) Prof.ª Dr.ª Márcia Motta — Argüidora Universidade Federal Fluminense (UFF) Prof.ª Dr.ª Marieta de Moraes Ferreira — Argüidora Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Fundação Getulio Vargas (FGV) Prof.ª Dr.ª Leonilde Servolo de Medeiros — Argüidora Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Prof.ª Dr.ª Angela de Castro Gomes — Suplente Universidade Federal Fluminense (UFF) / Fundação Getulio Vargas (FGV) Prof. Dr. Vanderlei Vazelesk Ribeiro — Suplente Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) NITERÓI 2008 Dedico esta tese à memória de minha mãe, Arlete Goulart de Oliveira Dezemone (1941-2007), que através do exemplo ensinou-me o gosto pelo estudo, a persistência exigida pela pesquisa e a paixão pelo magistério. 1 AGRADECIMENTOS Após quatro anos de trabalho e diante das páginas que se seguem, é imperioso fazer justiça e reconhecer pessoas e instituições que contribuíram, direta ou indiretamente, nas reflexões, no acesso a fontes e nos esforços que resultaram nessa tese de doutorado. O primeiro registro compete à equipe da pesquisa Assentamentos Rurais em Perspectiva Comparada, da qual fui bolsista de iniciação científica pelo CNPq, de agosto de 1999 até maio de 2002. O contato com a fazenda, as pessoas, o município e parte das fontes utilizadas na tese é tributário daquele trabalho. Mais do que isso, as atividades contribuíram muito para minha formação acadêmica, quando pude aprender com os professores Afrânio Raul Garcia Jr, Leonilde Sérvolo de Medeiros, Sergio Leite e Mario Grysznpan; os pesquisadores Paulo Alentejano, Luciano Nunes Padrão e Elizabeth Linhares; e a bolsista Carla Castro. Sou especialmente grato pela atenção dispensada, leituras cuidadosas, indicações de bibliografia, sugestões para exploração de fontes, nas contribuições de professores que acompanharam mais de perto minha trajetória. Hebe Maria Mattos, desde a graduação, ajudou-me a construir as questões investigadas nesta tese, em diversas ocasiões, quase uma “co-orientadora.” Verena Alberti foi muito atenciosa e precisa nos comentários. Francisco Carlos Teixeira da Silva, Jorge Ferreira e Márcia Motta concederam oportunidades para publicar e divulgar resultados parciais. Na etapa de pesquisa e manuseio das fontes, a professora Marieta de Moraes Ferreira foi decisiva ao franquear documentação familiar sob sua guarda, bem como parte do acervo da fazenda Santo Inácio. O bispo Dom Rafael Llano Cifuentes, da Diocese de Nova Friburgo, autorizou o trabalho com os arquivos eclesiásticos da Igreja Matriz de Trajano de Moraes – Paróquia Sagrado Coração de Jesus, onde fui muitíssimo bem recebido pelo padre Carlos Alberto Marin Puerta. Henrique Bon, médico e vereador de Cantagalo fez sugestões proveitosas sobre disponibilidade de fontes na região e indicou-me Darli Bertazzoni Barbosa, cuja contribuição foi inestimável. Sempre através de conversas eletrônicas, ele compartilhou resultados de suas pesquisas 2 sobre imigração na região serrana e forneceu-me os imprescindíveis Índices dos Livros de Batismos e Matrimônios das freguesias de Trajano de Moraes, Cantagalo e Santa Maria Madalena. Das instituições visitadas, duas merecem destaque por terem cumprido seu trabalho com empenho, seriedade e boa vontade: o APERJ, dirigido pelo professor Paulo Knauss de Mendonça; e o CIDE-RJ que se vê, no momento de conclusão do trabalho, lutando contra sua extinção preconizada por uma reforma administrativa do atual governo estadual. Em Trajano de Moraes contei com hospitalidade e acolhida para o trabalho de campo. Agradeço a todos os entrevistados, em especial, ao Sr. Álvaro Pereira da Silva e ao Sr. Ênnio Cabral Filho, neto do ex-administrador da fazenda Santo Inácio. Os alunos de graduação em História na UFF Pedro Bogossian Porto, Fábio Frizzo e Camila Moraes Marques, auxiliaram na alimentação dos bancos de dados dos capítulos 1 e 2. Glauco José de Oliveira e André Tato revisaram cálculos e gráficos. Luigi Bonafé rompeu a solidão do trabalho acadêmico como amigo e interlocutor que me agraciou com incentivo, leituras e comentários pertinentes sobre a introdução e o capítulo 2. Através da secretária Stela Maria Guerreiro da Silveira, agradeço aos funcionários do PPGH-UFF, que também custeou minha participação em dois congressos acadêmicos. O CNPq concedeu bolsa de doutorado e taxa de bancada nos dois primeiros anos de pesquisa. Na etapa de redação, fui liberado, em diversas oportunidades, de minhas atividades profissionais por colegas e instituições que se solidarizaram diante das dificuldades e reconheceram a importância da obtenção do doutoramento: a diretora Maria Helena Sampaio do Colégio Pedro II – Unidade Humaitá; o professor André Luiz Rodrigues Chaves, coordenador da Escola Parque, que me concedeu licença sem vencimentos em 2008; a coordenadora do Ensino Médio do Colegio Andrews, professora Beatriz Mine que jamais recusou qualquer solicitação de dispensa; o professor Luiz Eugênio Varajão Fernandes, supervisor pedagógico do Colégio Notre Dame – Ipanema; e o professor João Daniel de Almeida, coordenador pedagógico do Curso Clio. Todos eles, assim como alunos, colegas e funcionários das instituições mencionadas foram pacientes e prestativos quando mais necessitava. 3 O suporte dos amigos e familiares através do carinho, da preocupação com a saúde, da compreensão das minhas ausências em ocasiões importantes foi crucial para o equilíbrio e tranqüilidades necessários à conclusão do trabalho. Jamais esquecerei as manifestações de apoio daqueles que estiveram ao meu lado, sobretudo ao longo do período conturbado de inesperada internação, cirurgia, recuperação, recaída e falecimento de minha mãe, durante a realização da pesquisa. Pude contar com pessoas solidárias cujo emblema maior foi a presença incansável de meus tios Nilton e Palmyra e o amor e companheirismo de minha querida irmã Milena Dezemone, que me deram forças para superar a perda e seguir em frente. Minha namorada, Ana Carolina Abreu procurou ser compreensiva e afetuosa, mesmo diante do trabalho intenso exigido na fase final de redação que aparentava jamais terminar. Igualmente, amigos acompanharam de perto os percalços como André Malina, Angela Roberti, Claudia Lino Piccinini, Glória Tonácio, Nicolas Alexandria, Rosa Neves e Valéria Rosito, companheiros de lutas e colegas do Ensino Superior do ISERJ. Foi esse o caso do eterno mestre e amigo professor Paulo Rogério Sily, juntamente com a equipe de história do Colégio Pedro II – Humaitá. Registro as amizades cultivadas desde a graduação que conhecem bem o ofício do historiador Juceli Santos Silva, Christiano Brito Monteiro dos Santos, Mario Brum, Fabíola Daniele Silva, Karla Guilherme Carloni, Manuela Bretas e João Medina, solidários e presentes tanto nas horas alegres quanto nas mais difíceis. Por fim, o professor Mario Grynszpan, com quem tenho o privilégio de conviver desde 1999. Mario foi meu orientador nos momentos decisivos de minha trajetória acadêmica, na iniciação científica (1999-2002), no trabalho de conclusão de curso de graduação (2002), no mestrado (2002-2004) e no doutorado (2004-2008). Ele foi, na realidade, muito mais: tornou-se incentivador maior e amigo. Abriu as portas de sua casa e se privou de momentos com a família para me presentear com sua leitura minuciosa, comentários precisos, indicações bibliográficas e, em certas ocasiões, conselhos quase paternais. Por tudo isso, divido com ele os méritos que a tese por ventura possua, isentando-o de qualquer responsabilidade pelos problemas que por minha teimosia e desatenção ela certamente tem. 4 RESUMO DEZEMONE, Marcus. Do cativeiro à reforma agrária: colonato, direitos e conflitos (1872-1987). Tese de doutorado. Niterói: Programa de Pós Graduação em História – Universidade Federal Fluminense, 2008. O tema desta tese é o sistema de colonato. O objetivo é entender sua gênese, alterações e superação através do desenvolvimento de noções de direitos, por meio do estudo dos conflitos que moldaram as relações entre uma família proprietária e a mão-de-obra. A investigação empírica partiu de reflexão anterior e de corpus documental relacionados à antiga fazenda cafeeira Santo Inácio, no município de Trajano de Moraes, região serrana do estado do Rio de Janeiro. O período cronológico contemplado foi longo, da aquisição da fazenda pela família proprietária, em 1872, até a desapropriação parcial de 1/3 de sua área original para reforma agrária, em 1987.
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