4365 Presidência Do Conselho De Ministros
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N.o 196 — 25 de Agosto de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 4365 PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS É de referir que a parte final do n.o 2 do artigo 42.o deve ser entendida sem prejuízo dos índices estabele- Resolução do Conselho de Ministros n.o 114/2000 cidos no n.o 1 do mesmo artigo. Deve também esclarecer-se que o plano de pormenor A Assembleia Municipal de Odemira aprovou, em referido no artigo 51.o deverá dar cumprimento aos con- 30 de Novembro de 1999, o seu Plano Director Muni- dicionamentos impostos pelo Decreto Regulamentar cipal. n.o 33/95, de 11 de Dezembro, alterado pelo Decreto Na sequência desta aprovação, a Câmara Municipal Regulamentar n.o 9/99, de 15 de Junho, na parte da submeteu a ratificação do Governo aquele instrumento sua área de intervenção que coincida com a área do de gestão territorial, conforme dispõe o artigo 80.o do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicen- Decreto-Lei n.o 380/99, de 22 de Setembro. tina. A elaboração do referido Plano decorreu sob a vigên- Finalmente, importa referir que a revisão do Plano cia do Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março, tendo prevista no artigo 3.o do Regulamento deverá obedecer sido cumpridas todas as formalidades exigidas por este ao disposto no artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 380/99, diploma legal, designadamente no que se refere ao de 22 de Setembro. inquérito público. O Plano Director Municipal de Odemira foi objecto Verifica-se a conformidade do Plano Director Muni- de parecer favorável da comissão técnica que, nos termos cipal de Odemira com as demais disposições legais e da legislação em vigor, acompanhou a elaboração regulamentares em vigor, com excepção do disposto no daquele Plano. n.o 5 do artigo 59.o, por contrariar a liberdade do exer- Este parecer favorável está consubstanciado no rela- tório final daquela comissão, subscrito por todos os cício do direito de associação e nos n.os 2e3do representantes dos serviços da administração central que artigo 69.o, por violar o disposto no n.o 2 do artigo 101.o o a compõem. do Decreto-Lei n. 380/99, de 22 de Setembro. Considerando o disposto na alínea a)don.o1eno Verificando-se que o Plano Director Municipal dispõe n.o 8 do artigo 80.o do Decreto-Lei n.o 380/99, de 22 sobre povoamentos rurais que não se encontram deli- de Setembro: mitados cartograficamente e que a ausência de deli- Nos termos da alínea g) do artigo 199.o da Cons- mitação implica o desconhecimento da sua eventual tituição, o Conselho de Ministros resolve: interferência com áreas sujeitas a regimes jurídicos espe- 1 — Ratificar o Plano Director Municipal de Ode- cíficos, importa esclarecer que a aplicação das dispo- mira, cujo Regulamento, plantas de ordenamento e sições do Regulamento relativas aos povoamentos planta de condicionantes se publicam em anexo à pre- rurais, designadamente as constantes do artigo 49.o, têm sente resolução, dela fazendo parte integrante. obrigatoriamente de conformar-se com os regimes jurí- 2 — Excluir de ratificação o n.o 5 do artigo 59.o e dicos aplicáveis a essas áreas, nomeadamente os regimes os n.os 2 e 3 do artigo 69.o do Regulamento do Plano. da Reserva Ecológica Nacional, da Reserva Agrícola Presidência do Conselho de Ministros, 20 de Julho Nacional, do domínio hídrico e dos aproveitamentos de 2000. — O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oli- hidroagrícolas. veira Guterres. Assinale-se que as medidas de protecção sanitária indicadas no artigo 35.o do Regulamento não pre- judicam o disposto no Decreto-Lei n.o 382/99, de 22 Regulamento do Plano Director Municipal de Odemira de Setembro, para as captações de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público de água para CAPÍTULO I consumo humano. Disposições gerais Assinale-se, também, que de acordo com o Decre- to-Lei n.o 327/90, de 22 de Outubro, alterado pela Lei Artigo 1.o o o n. 55/91, de 8 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n. 34/99, Âmbito material de 5 de Fevereiro, ficam sujeitos a restrições, por um prazo de 10 anos, os terrenos com povoamentos flo- 1 — O presente documento constitui o Regulamento do Plano Director Municipal de Odemira e tem por objectivos: restais percorridos por incêndios, não incluídos em espa- ços classificados nos planos municipais de ordenamento a) Traduzir as propostas do planeamento territorial e urba- nístico do território municipal; do território como urbanos, urbanizáveis ou industriais. b) Proceder à classificação do uso e destino do território; Mais se salienta que no concelho de Odemira c) Definir o regime geral de edificação e parcelamento da pro- encontram-se protegidos, nos termos do Decreto-Lei priedade urbana; o d) Estabelecer as bases da administração urbanística municipal; n. 28 468, de 15 de Fevereiro de 1938, as árvores e) Garantir a conveniente utilização dos recursos naturais, do e maciços de arvoredo classificados de interesse ambiente e do património cultural. público. Importa referir que enquanto não for aprovado o 2 — As normas do Regulamento aplicam-se a todas as acções de o iniciativa pública, privada ou cooperativa no âmbito dos objectivos plano de pormenor previsto no artigo 49. do Decreto do n.o 1, designadamente as que visem: Regulamentar n.o 26/93, de 27 de Agosto (PROTALI), a) Criação de novos núcleos populacionais ou expansão dos para o Centro Histórico de Odemira, todos os projectos existentes, quer por iniciativa da administração pública cen- respeitantes a edificações na área do núcleo antigo de tral ou local, quer dos particulares; Odemira, a que se refere o artigo 41.o do Regulamento, b) Construção, reconstrução, ampliação ou alteração de edi- serão da responsabilidade de arquitectos, por força do fícios ou outras instalações de qualquer natureza; o o c) Uso e destino dos solos e edificações urbanas; disposto na alínea b)don. 2 do referido artigo 49. d) Instalação ou ampliação de explorações industriais e mine- do PROTALI. rais; 4366 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 196 — 25 de Agosto de 2000 e) A alteração, por meio de aterros e escavações, da confi- Área de cedência — parcelas de terreno destinadas a espaços guração geral dos terrenos; verdes públicos e de utilização colectiva, infra-estruturas, f) Derrube de árvores em maciço e destruição do solo vivo designadamente arruamentos viários e pedonais e equipa- e do coberto vegetal que não tenham fins agrícolas ou mentos públicos de utilização colectiva, que, de acordo com florestais. uma operação de loteamento, e em consequência directa deste, devam integrar o domínio publico do município; 3 — Na aplicação a cada caso das normas e princípios constantes Espaços verdes e de utilização colectiva — espaços livres, enten- deste Regulamento deverá optar-se pelo sentido que, de acordo com didos como espaços exteriores que se prestam a uma uti- as regras gerais de interpretação jurídica, melhor sirva os objectivos lização menos condicionada, a comportamentos expontâneos referidos no n.o 1. e a uma estada descontraída por parte da população utente Artigo 2.o (Lynch, 1990). Inclui, nomeadamente, jardins, equipamentos desportivos a céu aberto e praças; Âmbito territorial Equipamentos de utilização colectiva — edificações destinadas Toda a área do município de Odemira fica abrangida pelas dis- à prestação de serviços à colectividade (saúde, educação, posições constantes do presente Regulamento. assistência social, segurança, protecção civil, etc.) e à prática pela colectividade de actividades culturais de desporto e de o recreio e lazer; Artigo 3. Área bruta total — soma da área bruta de todos os pavimentos Âmbito temporal e revisão dos edifícios, medida pelo extradorso das suas paredes exte- riores (incluindo escadas e caixas de elevadores), acima e 1 — O presente Regulamento entra em vigor na data da sua publi- abaixo do solo, com exclusão nomeadamente de: cação no Diário da República, após ratificação nos termos do disposto no Decreto-Lei n.o 69/90, de 2 de Março, com a redacção dada pelo Terraços e varandas; Decreto-Lei n.o 211/92, de 8 de Outubro, e no Decreto-Lei n.o 155/97, Garagens, quando localizadas abaixo do solo; de 24 de Junho. Serviços técnicos de apoio aos edifícios, quando locali- o 2 — De acordo com as disposições contidas no artigo 19. do zados abaixo do solo; diploma legal acima referido, deverá ser objecto de revisão antes Galerias e escadas exteriores comuns; de decorrido o prazo de 10 anos. Arruamentos ou espaços livres de uso público cobertos pela edificação; Artigo 4.o Zonas de sótãos não habitáveis; Hierarquia das disposições Área de ocupação — área medida em projecção zenital das As disposições do presente diploma prevalecem sobre quaisquer construções, delimitada pelo perímetro dos pisos mais salien- outros actos de natureza normativa emitidos pelos órgãos do muni- tes, excluindo varandas e platibandas; cípio, incluindo regulamentos e posturas que àquelas se devem Índice de utilização bruto — quociente entre a área bruta total subordinar. e a área de intervenção; Artigo 5.o Índice de ocupação bruto — quociente entre a área de ocupação e a área de intervenção; Composição do Plano Índice de utilização líquido — quociente entre a área bruta total O Plano Director Municipal de Odemira é composto pelos seguin- e a área da parcela; tes documentos: Índice de ocupação líquido — quociente entre a área de ocu- 1) Regulamento; pação e a área da parcela. 2) Planta de ordenamento com cartas na escala de 1:25 000; 3) Plantas de ordenamento dos aglomerados na escala de CAPÍTULO II 1:5000; e 4) Planta de condicionantes na escala de 1:50 000. Zonamento Artigo 6.o Artigo 7.o Conceitos e definições Classes de espaços No presente Regulamento são adoptadas as seguintes definições: 1 — O território do município considera-se dividido em três gran- Parcela — área de terreno, marginada por via pública, suscep- des faixas consagradas pelo artigo 8.o do Decreto Regulamentar tível de construção ou de operação de loteamento; n.o 26/93, de 27 de Agosto (PROTALI), e designadas por faixa litoral, Área mínima para construção — área mínima de terreno sus- faixa central e faixa interior.