Bubista Revista da Câmara Municipal da Boa Vista

distribuição gratuita n.º 12 • Dezembro 2014

Requalificação modifica a face de Sal Rei e vai custar 230 mil contos Obra ficará como marco da presidência de José Pinto de Almeida

Presidente da República faz um balanço positivo da sua primeira visita oficial à Ilha da Boa Vista

Turismo sustentável debatido na Boa Vista Sumário MENSAGEM DO PRESIDENTE...... 3

GRANDE ENTREVISTA...... 4 Autarca José Pinto Almeida...... 4 FICHA TÉCNICA COOPERAÇÃO...... 10 Presidente da República faz um balanço positivo da sua primeira visita oficial à Ilha da Boa Vista...... 10 Propriedade Embaixador da China esteve pela primeira vez na Ilha da Boa Vista...... 11 Câmara Municipal da Boa Vista Município da Boa Vista gemina­‑se com a sua congénere de Zocca...... 12 Delegação Camarária na Suíça...... 13 Vila de Sal Rei, C. P. n.º 22 José Pinto Almeida participou nas comemorações do 25 de abril em Portugal...... 13 Cabo Verde José Pinto Almeida marcou presença nas celebrações da festa da Páscoa no município de Clichy...... 13 Tel.: +(238) 251 11 16 Fax: +(238) 251 11 41 TURISMO...... 14 Turismo sustentável debatida na Boa Vista...... 14 Boa Vista na Conferência Internacional do Turismo Rural no Brasil...... 16

CULTURA...... 17 Produção e Edição Festa rija marcou as festividades do Município e de Nha Santa Isabel...... 17 Edilidade boa­‑vistense disponibiliza mais de mil contos para apoiar projetos culturais...... 18 Contacto Virtual Vencedores da Iª edição do concurso “Comunidade Criativa” recebem seus galardões...... 18 Design de Comunicação, Lda. Pelouro da Cultura expõe os traços típicos da Ilha das Dunas no Atlantic Music Expo...... 19 Rua Manuela Porto 11­‑A 1500‑421­ LISBOA PROMOÇÃO SOCIAL...... 20 Boa Vista recebe I Congresso Internacional das Artes...... 20 Telef.: +(351) 217 121 810 Fax: +(351) 217 121 816 NOTÍCIAS...... 21 E‑mail:­ [email protected] Chineses querem construir oceanário na Boa Vista...... 21 Web: www.contactovirtual.pt Autarquia e Eco Chaves juntas no desentrave da Boa Vista...... 21 Câmara faz uma forte aposta nos setores da agricultura e pesca...... 22 Empresários holandeses tencionam apostar no setor de agronegócio na Boa Vista...... 23 Boa Vista foi contemplada com uma antena do IEFP...... 23 Coordenação: Funcionários da Câmara capacitados em Atendimento ao Público...... 24 Jornalista Elsa Vieira, Diretora de Proteção Civil vai receber novos equipamentos...... 24 Gabinete Imagem e Comunicação da CMBV VOX POPULI...... 25 EMPREENDEDORISMO...... 28 Fotografia: Povoação Velha ganha Atelier de Artes...... 28 Gabinete de Comunicação da CMBV Dez formandos terminam formação em Higiene e Segurança Alimentar...... 28 João Galego: Artesanato, produtos agrícolas, agropecuária e a típica gastronomia tornaram­‑se atração dos turistas e principalmente da população de Sal Rei...... 29 Impressão: Praça de Santa Isabel transformada numa montra de artesanato genuíno da Ilha...... 29 Ligação Visual EDUCAÇÃO E INFÂNCIA...... 30 Tiragem: CMBV oferece computador à Delegação Escolar da Ilha...... 30 Câmara Municipal enriquece as férias das crianças...... 30 1500 Exemplares Câmara oferece equipamentos e materiais didáticos ao Jardim de João Galego...... 31 Crianças da Boa Vista beneficiam da Saúde Oral...... 31

SAÚDE PÚBLICA...... 32 Chega novo camião para reforçar a recolha do lixo...... 32 Plano Verde Municipal...... 32 Campanhas de limpeza...... 32 A autarquia tem apostado na melhoria do Saneamento no município...... 33 Funcionários da Câmara participam numa formação em jardinagem...... 33

DESPORTO...... 34 Associação Varandinha assume a gestão do polidesportivo de Povoação Velha...... 34 Edilidade promove atividades de Páscoa...... 34 Câmara da Boa Vista marca presença na VIII Edição da Convenção Internacional do Desporto em África...... 35 Câmara patrocina desportista da Ilha...... 35

OBRAS MUNICIPAIS...... 36 Município acolhe várias infraestruturas em pouco tempo...... 36 250 famílias vão beneficiar da ligação à rede pública de abastecimento de água em Rabil...... 36 21 famílias beneficiam de casas de banho...... 37 A Ilha da Boa Vista passa a contar com cinco parques de Fitness...... 37 Escola de Formação de Pescadores ...... 37 Famílias vulneráveis recebem casas novas...... 38 Sete mil contos é o montante disponibilizado para a reabilitação da Galeria da Povoação Velha...... 38 Requalificação de Sal Rei vai custar 230 mil contos...... 39 Mensagem 3

Mensagem do Presidente

Caros Munícipes, A nossa habitual Revista Municipal Bubista está de volta para, de forma objetiva e sincera, dar­‑vos conta daquilo que a Equipa Camarária que livremente elegeram – e que se honra deste facto – tem vindo a fazer com vista à melhoria das condições de vida da coletividade e de cada Munícipe de modo particular. Como sabem, nestas páginas não é possível elencar tudo aquilo que já fizemos ao longo deste mandato. No entanto, nelas encontrarão algumas das principais realizações, umas já concluí‑ das, outras em vias de conclusão e ainda aquelas que, no seu devido tempo, vão ter o seu início. Aproveitamos para vos informar de que para além desta Revista, os Caros Munícipes po‑ José Pinto Almeida derão consultar a página eletrónica da Câmara Municipal www.municipiodaboavista.cv, Presidente da Câmara informarem‑se­ e interagirem com os serviços da Autarquia. Trata‑se­ de uma página rica em Municipal da conteúdo e valências, está sempre atualizada e inteiramente ao Vosso serviço. Queiram Boa Vista acessá‑la.­ O Munícipe atento poderá também verificar que as áreas de intervenção do ‑ Executi vo Camarário foram e estão sendo abrangentes e transversais. Efetivamente, hoje, na Ilha, existem oportunidades de negócios e de empreendedorismo inimagináveis há alguns anos atrás. Estas oportunidades são, claramente, fruto da ousadia e parceria dos poderes públicos e da iniciativa privada. Quando se fala do Turismo como motor do nosso desenvolvimento, devemos concomitantemente pensar no investimento em áreas conexas – que não sejam somente sol, praia e mar – nomeadamente a nossa rica tradição cultural, os transportes, a gastronomia, serviços de saúde, artesanato, entre muitas outras. Por isso, e apenas a título de exemplo, a Câmara Municipal criou um Gabinete do Empreendedorismo e assinou Pro‑ tocolos com várias Instituições de diferentes ramos de atividade, tanto públicas como pri‑ vadas, com vista a dinamizar e potenciar as oportunidades que vão surgindo, sempre com o pensamento fito nas pessoas. Assim sendo, estão todos convidados a consultar os nossos Serviços para estarem atualizados sobre todas essas matérias. Estamos a concluir o Polidesportivo coberto, o Cineteatro, o Centro de Artes e Cultura; es‑ tamos a construir habitações sociais de raiz e a remodelar outras; realizámos o mega evento cultural que é o Festival de Música de Praia de Cruz; realizámos Feiras interculturais e ati‑ vidades culturais diversas; institucionalizámos o dia 15 de agosto como Dia Municipal do Emigrante e o dia 18 de dezembro como Dia Municipal do Imigrante; atribuímos subsídios aos clubes federados, grupos e associações; apoiámos os pescadores, peixeiras, agricultores e criadores de gado com equipamentos; continuámos com subsídios de transporte para estudantes do Ensino Secundário, subsídios para pagamento de propinas para estudantes do ensino superior e profissional, entre muitas outras atividades que o caro Munícipe irá encontrar nesta Edição e na nossa/vossa página eletrónica. Queremos que tenham muita confiança, dedicação e ousadia para o empreendedorismo, pois só assim conseguiremos, juntos, vencer os desafios que temos pela frente, num País onde o Ser Humano constitui o seu principal património. Não nos deixemos abalar pela crise financeira e económica que assola o mundo! Confiança, sempre! Nesta altura em que estamos a concluir mais um ano civil, quero do fundo do meu cora‑ ção, desejar à todas as famílias, às pessoas individualmente consideradas, empresas e insti‑ tuições amigas e/ou sediadas na Boa Vista um Santo Natal e que o Ano de 2015 seja pleno de alegrias, realizações e progressos, pois todos bem o merecem.

Um grande abraço,

José Pinto Almeida Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista

Bubista • Dezembro • 2014 4 Entrevista Grande Entrevista Autarca José Pinto Almeida

Qual o balanço destes dois nomeadamente aconselha‑ buições, 54.000m² de terre‑ como Dia Municipal do Imi‑ anos do seu quarto mandato mentos, culinária, agroindús‑ nos para construção de 780 grante, numa clara manifes‑ à frente à Câmara Municipal tria, comércio, restauração, moradias e assim contribuí‑ tação de reconhecimento e da Boa Vista? informática, empreendedo‑ mos para a efetivação do respeito para com todas as José Pinto Almeida: Ora, o rismo, entre muitas outras. Programa Casa Para Todos. comunidades aqui residentes balanço é e deve ser, em pri‑ Beneficiámos, regular e Assinámos Protocolos de e uma forma de promover‑ meiro lugar, global, já que anualmente, com orçamento Cooperação e Amizade mos a integração e respeito estamos a falar de quatro privativo da Câmara Munici‑ com vários Municípios, Ins‑ pelos Direitos Humanos e de mandatos. Estou à vontade pal, centenas de estudantes tituições e Associações de reconhecimento pelo con‑ para falar disto. E desde já do Ensino Secundário, com diversa natureza, no País e tributo que vêm dando ao garanto que o balanço é transporte, e subsídios para no exterior, com o objetivo desenvolvimento desta Ilha. positivo. No entanto, nesta estudantes do Ensino Supe‑ de reforçarmos a nossa rede Pese embora a crise interna‑ entrevista, não é possível rior nas outras Ilhas do País e de parcerias com vista ao cional que necessariamente mencionar ou elencar tudo no Estrangeiro, bem como na progresso da nossa Ilha e dos afeta o nosso País e a Boa aquilo que fizemos e temos Formação Profissional. seus habitantes. Vista, no caso concreto, devo vindo a fazer. Basta percor‑ Estamos a construir uma Institucionalizámos o dia 15 dizer que não deixamos de rer a Ilha e conversar com as rede importantíssima de de agosto como Dia Muni‑ assumir as nossas responsa‑ populações dos mais diversos infraestruturas Sociais, Cul‑ cipal do Emigrante, pois no bilidades. Estamos de cons‑ Povoados para se constatar a turais, Educativas e Des‑ empenho para contornar a ciência tranquila e tudo fare‑ realidade. Como costumo portivas. Posso citar apenas nossa difícil situação socio­ mos para que os habitantes dizer, a Boa Vista de hoje, algumas: o Polidesportivo ‑económica, ou seja, de da Boa Vista tenham cada em termos de condições de coberto em Sal Rei com desenvolvimento do nosso vez melhor condição de vida dos seus habitantes, de a respetiva requalificação País, está patente a contri‑ vida. infraestruturas sociais, des‑ urbana; o Centro de Artes e buição ativa dos Emigrantes portivas, económicas, entre Cultura; o Cine­‑Teatro, com sob diversas formas, quer A Ilha da Boa Vista outras, como por exemplo muitas valências, nomea‑ com a entrada de divisas, desenvolveu­‑se muito nos políticas e atividades direcio‑ damente lojas, restaurante com as suas poupanças, quer últimos tempos, mas ainda nadas à pequena Infância, e sala de espetáculos; a no apoio a familiares, ins‑ os desafios a vencer são Juventude, Camada Adulta Escola de Formação de tituições e projetos sociais enormes. Quais os constran‑ e Terceira Idade está, para Pescadores; Construção ou nos seus investimentos gimentos que mais afligem melhor, a léguas de distân‑ e requalificação de Poli‑ privados, criando empregos a ilha? cia daquilo que encontrámos valentes lá onde é neces‑ permanentes ou sazonais, JPA: Como já disse, muitas em 2000 quando assumimos sário, entre muitas outras enfim, na melhoria das con‑ necessidades ou obstáculos a responsabilidade de dirigir obras. Temos a Biblioteca e dições de vida de muitos já foram vencidos e estão esta Câmara Municipal. E a Escola de Música Munici‑ cabo­‑verdianos. No caso a ser vencidos. Todavia, explico algumas das razões pal devidamente equipadas concreto da Boa Vista, o con‑ ainda temos desafios enor‑ desta minha afirmação. e operacionais. Estamos a tributo dos Emigrantes para o mes, advenientes de vários Temos a melhor Rede de reabilitar várias habitações seu desenvolvimento integral fatores, relacionados pre‑ Centros de Juventude do País, sociais e a construir outras está à vista de todos. cisamente com o nível de que desenvolve políticas de de raiz. Disponibilizámos, Igualmente, Institucionalizá‑ desenvolvimento que já atin‑ formação em diversas áreas, como parte das nossas atri‑ mos o dia 18 de dezembro gimos. Falo, por exemplo,

Bubista • Dezembro • 2014 Entrevista 5

do crescimento exponencial a Energia são outros desafios da população, com pessoas que devemos enfrentar. oriundas das outras ilhas e Como sabe, o aumento de outros países à procura de exponencial da população emprego e de oportunidades e o incremento do turismo de investimento. Isto implica implicam uma pressão sobre outros desafios e tem con‑ o meio ambiente e conse‑ sequências, nomeadamente quentes problemas de sanea‑ na questão da habitação, da mento, água e energia. Neste educação, do saneamento, aspeto, a Taxa Ecológica que entre outros. Mas devemos todos nós pagamos reclama­ dizer e deixar bem claro que ‑se, o que é bom relembrar. a Câmara Municipal, sozi‑ A Taxa de Iluminação Pública nha, não consegue, até por que cada Consumidor men‑ uma questão legal, resolver salmente paga, reclama­ todos esses desafios. A Lei ‑se, também. O Governo é que define o Regime Finan‑ uma sanguessuga, absorve ceiro das Autarquias Locais tudo o que são recursos que (Lei n.º 79/VI/2005, de 5 de deveriam estar nas mãos dos setembro) e a Lei da Taxa Municípios e depois arma­ Ecológica devem ser pos‑ ‑se em democrata. Temos, na tas em prática, sob pena de verdade, um Governo cen‑ retardamento/paralisação do tralizador, pouco dialogante desenvolvimento dos Muni‑ e com tentativas intimidado‑ cípios. ras. A verdade deve ser dita! O Município da Boa Vista São projetos que devem ser ainda não dispõe de uma desenvolvidos em parceria Rede de Esgotos. Os maio‑ com o Governo central, que res aglomerados populacio‑ não têm vindo a acontecer, nais, como são os casos da apesar dos nossos esforços. cidade de Sal Rei, sede do Muitos desses obstáculos já Município, e do Povoado do poderiam ou estariam a ser ao desenvolvimento harmo‑ a verificar e a viver no nosso Rabil, onde se situa o Aero‑ resolvidos se o Governo cen‑ nioso dos nossos Municípios quotidiano. Mas não vamos porto Internacional “Aristides tral cumprisse a sua parte, e das nossas Ilhas. A Justiça arrepiar caminho. Pereira”, necessitam urgen‑ naquilo que são suas atribui‑ manda dar a cada um o que Nós temos vindo a desenvol‑ temente desse investimento, ções previstas na Legislação, é seu. Pergunto: os Muni‑ ver projetos graças às nossas que é necessário conjugar nomeadamente nas transfe‑ cípios, de acordo com a iniciativas, vontade e espírito com um sistema de drena‑ rências financeiras que por Lei política governamental, têm de cooperação internacional. gem de águas pluviais. nos cabem, ou seja, cabem ao vindo a beneficiar daquilo Realmente, como disse atrás, A construção de um Aterro Município da Boa Vista. a que têm direito? Os Muni‑ temos uma rede de parcerias, Sanitário também deve cons‑ cípios, em termos de recur‑ dentro e fora do País, o que tituir uma das grandes prio‑ Qualquer desenvolvimento sos humanos, já não podem nos permite arrecadar algum ridades para a Ilha, uma vez implica ter meios humanos, contratar quadros privativos, recurso material para darmos que bons serviços de recolha financeiros e materiais. Os o que considero um absurdo cobro às inúmeras reivindi‑ de resíduos devem ser com‑ recursos disponíveis são e uma violação da Consti‑ cações da nossa sociedade. plementados com o devido suficientes para levar avante tuição da República, numa Devemos ser claros e dizer tratamento. A Escola de For‑ os projetos em carteira? clara indefinição em relação que os recursos materiais e mação Profissional do Rabil JPA: Se analisar o que foi à segurança no emprego e financeiros poderiam estar constitui outro grande desa‑ dito atrás, deve ficar claro, na segurança das entidades mais disponíveis, não fossem fio, no qual estamos muito cristalino, transparente, que empregadoras. O Estado as políticas centralizadoras empenhados para sua con‑ o Governo não tem vindo a não pode nem deve criar do Governo, que, uma vez cretização, e esperamos a cumprir a sua parte, tanto em insegurança às pessoas, em mais faço questão de dizer, parceria do Governo para a termos de legislação como qualquer circunstância. E é não tem vindo a cumprir sua materialização. em termos de verdadeiras isto [sentimento de insegu‑ aquilo que está estipulado O Abastecimento de Água e políticas públicas com vista rança] que estamos a sentir, na Lei.

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A crise internacional está não vem cumprindo a sua vocacionadas para o turismo E por falar em Turismo, a repercutir­‑se em tudo. A parte de transferir os recur‑ interno”. em março uma delegação autarquia tem conseguido sos que a Boa Vista gera Como se pode ver, a Legis‑ camarária participou na canalizar meios junto dos e a que por Lei tem todo o lação não fala em termos do Conferência Internacional seus parceiros para tentar direito. Estamos a falar da turismo internacional como do Turismo Rural no Brasil. colmatar essa carência de Taxa Ecológica, da Taxa atribuição dos Municípios, O que saiu de concreto recursos? Aeroportuária, Aduaneira, remetendo esta matéria, desse encontro para ser JPA: Sim, temos uma rede de que são todos recursos avul‑ como a hermenêutica reco‑ aplicado à realidade da Boa parcerias, com Municípios tados e que, se fossem devi‑ menda, aos poderes cen‑ Vista? de outros países com que damente ou corretamente trais. É claro que temos que JPA: Efetivamente a Câmara Cabo Verde mantém rela‑ geridos pelo Governo, ou ter parcerias. No entanto, Municipal da Boa Vista par‑ ções de cooperação e ami‑ seja, transferidos para a Ilha lamentamos referir aqui e ticipou na 1ª Conferência zade e com associações de e Município da Boa Vista, neste espaço, e uma vez Intercontinental de Turismo emigrantes cabo­‑verdianos estaríamos num patamar de mais, que apesar dos diver‑ Rural sobre a temática residentes nestes países. Falo desenvolvimento diferente e sos convites feitos ao Sr. principal “Turismo Rural: por exemplo, e não só, dos a desenvolver muitos outros Ministro do Turismo, Indús‑ Cenários, Desafios e Solu‑ Municípios do Seixal, Cabe‑ projetos que temos em car‑ tria e Energia que consti‑ ções”, que decorreu de 24 ceiras de Basto, Almada, teira. No entanto, apelamos tuem, por definição, três a 27 de março de 2014, em Oeiras, Universidades e Insti‑ ao bom senso de quem de áreas cruciais para o desen‑ Fortaleza­‑Ceará­‑Brasil. tutos de Formação Profissio‑ direito para as devidas nego‑ volvimento de qualquer O convite foi feito pela nal, da Associação Amigos ciações e colaborações no país – nunca se dignou pelo Câmara Brasil Portugal do da Boa Vista na Itália, Vários sentido de promovermos esta menos responder a um, pelo Ceará e contou também com Municípios do País e grupos Ilha, que tanto contribui para menos um, dos nossos Ofí‑ a presença de diversas enti‑ organizados, empresas com a riqueza nacional e cujos cios a ele dirigidos para ofi‑ dades de vários países e con‑ quem celebramos protoco‑ habitantes têm direito às cialmente visitar esta Ilha e tinentes. los para o desenvolvimento melhores condições de vida constatar in loco as realida‑ A nossa participação teve de projetos em várias áreas, que podemos proporcionar. des respeitantes à sua tutela. como principal objetivo bus‑ sejam elas desportivas, cul‑ Portanto, poderíamos estar O Turismo constitui, efe‑ car maiores conhecimentos turais, sociais, de empreen‑ melhor se o Governo cum‑ tivamente, um arsenal de através de experiências dos dedorismo, de integração prisse a sua parte. desenvolvimento da Ilha da participantes, palestras e social, entre muitas outras. Boa Vista e de Cabo Verde. visitas práticas aos empreen‑ Portanto, estamos cientes O turismo é um dos motores Portanto, e por isso mesmo, dimentos do turismo rural, de que temos vindo a cum‑ da economia nacional, e na temos que fazer a nossa conhecimentos que serão prir a nossa parte, criando Ilha das Dunas tudo gira em parte. Temos um Gabinete de grande valia uma vez uma rede importante, senão seu redor. Quais as medidas nesta Câmara Municipal que que Cabo Verde é incipiente imprescindível de parcerias, para alavancar esse setor e realiza diversas atividades nessa área. Contudo, a nossa para o desenvolvimento da fazer com que a economia com muitos operadores turís‑ missão será adaptar esses nossa ilha. local saia a ganhar? ticos, dos mais simples aos conhecimentos e casos práti‑ JPA: Em primeiro lugar é mais sofisticados. Posso citar cos à realidade da Boa Vista e A Ilha da Boa Vista bom lembrar que a Legisla‑ várias oficinas de empreen‑ porque não, de Cabo Verde. desenvolveu‑se­ muito nestes ção, designadamente o Esta‑ dedorismo, o Fórum sobre o Tivemos uma participação últimos anos, mas ainda tuto dos Municípios, confere Desenvolvimento Sustentá‑ que considero positiva, da carece de meios sobretudo pouquíssimas atribuições vel do Turismo na Boa Vista parte de Cabo Verde, com‑ de infraestruturas para aos Municípios em matéria presidida por Sua Excelência posta por mim, José Pinto acompanhar esse cresci‑ de Turismo. Nomeadamente o Presidente da República, Almeida, pela Vereadora mento. A seu ver, onde podemos citar o artigo 38º Dr. Jorge Carlos Fonseca. Iva Espírito Santo, pela Dr.ª reside a falha, de termos deste mesmo diploma legal Estranhámos, no entanto, a Lucilene Monteiro que é uma ilha que gera muitos com apenas duas exíguas alí‑ ausência de um represen‑ Diretora de Gabinete de recursos e não beneficia neas: a) “construção, equipa‑ tante do Ministério da tutela. Relações Institucionais e quase que em nada desses mento, gestão e manutenção Temos dificuldades sim, Cooperação da CMBV, pelo recursos? de parques de campismo e nomeadamente em matéria Dr. Emanuel Almeida, Dire‑ JPA: Esses recursos, como já b) construção, equipamento, de saneamento, indústria tor Geral do Turismo, entre fiz questão de patentear nas gestão e manutenção de que teremos que equacionar várias outras personalidades propostas anteriores, estão centros de férias para traba‑ em parceria com o Governo de outros países. A Confe‑ nas mãos do Governo que lhadores e de infraestruturas central. rência contou com a parti‑

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cipação de 432 participantes País, e do estrageiro, à pro‑ para depois ficarem fecha‑ Morna que anualmente é rea‑ inscritos, oriundos das diver‑ cura de emprego, principal‑ dos. lizado em colaboração com sas regiões do Brasil e do mente nos setores hoteleiro, a Associação de Músicos da mundo, 13 palestrantes, uma da restauração e da cons‑ A Cultura é considerada um Boa Vista; apoiamos artistas moderadora e 3 Presidentes trução civil. A população parente pobre desta ilha, ao na realização e promoção de Mesa. da ilha triplicou nos últimos se ter em conta o produto das suas criações e obras; Efetuou­‑se também a assi‑ dez anos, o que recomenda que é vendido aos turistas. destaco aqui a nossa primeira natura de um Protocolo de novos planeamentos e polí‑ Estamos perante um tabu ou colaboração e o nosso total Intenções entre a ABRATUR ticas públicas para atender uma realidade? apoio, por mais singelo que NACIONAL e a PRIVETUR, às crescentes demandas JPA: A Cultura é expressão da possa ser, no processo de com o objetivo de primei‑ em qualquer setor. No que condição humana e por isso promoção da Morna, nas‑ ramente criar a Federação toca à habitação, e respon‑ entendo que é um património cida nestas dunas de areia Luso Brasileira de Turismo dendo à sua pergunta, devo coletivo e também individual branca, internacionalmente Rural reconhecendo o valor dizer que construímos, com e não somente responsabili‑ eternizada pelos nossos artis‑ mútuo das experiências e recurso ao crédito, dois blo‑ dade dos poderes públicos, tas, a Património Imaterial saberes acumulados entre cos de moradias económi‑ sejam eles autárquicos ou da Humanidade. O lema da as duas Entidades, conside‑ cas; já disponibilizámos, até centrais. Não concordo com XXIV Edição do Festival de rando decisiva a criação de agora, um total de 54.000m² a afirmação de que a‑ Cul Música de Praia de Cruz de uma base de entendimento de terrenos para a constru‑ tura seja um parente pobre 2013 foi Nôs Morna, Nôs institucional, alargada e ção de 780 moradias em na Ilha da Boa Vista. Apoia‑ Património! Do Berço para a permanente, que acolha e Bom Sossego, Rotchinha mos regularmente vários gru‑ Humanidade. Temos a Escola concentre os conhecimen‑ e Bairro da Boa Esperança pos culturais com subsídios, Municipal de Música devida‑ tos legítimos de interesses e (Barracas). viagens e lá onde os apoios mente equipada e operacio‑ vontades existentes nos dois Além disso, fazemos refor‑ pontuais forem necessários nal; temos uma grande rede países, juntamente com par‑ mas pontuais em muitas e possíveis. Anualmente, e de Centros de Juventude que cerias sólidas da Eurogites, habitações de particulares; já estamos na XXV Edição, desenvolve atividades e pro‑ Mercosul e Países de Língua já construímos e estamos realizamos um mega evento jetos culturais diversos, entre Portuguesa para a criação da a construir outras de raíz. cultural que é o Festival de muitos outros. Procuramos Organização Internacional Creio que da nossa parte, Música de Praia de Cruz; integrar as comunidades aqui de Turismo Rural abrangendo dentro dos recursos de que temos a nossa música, que é residentes realizando feiras todos os continentes. dispomos, estamos a cum‑ rica e de qualidade; temos os multiculturais e instituciona‑ Portanto, o que podemos prir as nossas responsabi‑ nossos contos, estórias e dan‑ lizando o Dia Municipal do dizer é que os objetivos do lidades. Agora, o que não ças típicas; temos um imenso Imigrante (18 de dezembro). encontro foram cumpridos e se percebe muito bem é a património natural e também Como forma de reconheci‑ que agora devemos agir em forma como o Governo tem um valioso património cons‑ mento da promoção da nossa conformidade com as reco‑ vindo a gerir o programa truído que desperta atenção Cultura além fronteiras e de mendações daí saídas. Casa para Todos nesta Ilha. de muita gente de qualquer valorizarmos todo o contri‑ Digo isso por até agora algu‑ faixa etária, condição socio­ buto que vêm prestando para A problemática da habi‑ mas das trinta e seis mora‑ ‑económica ou de origem o desenvolvimento da nossa tação social constitui um dias construídas em Bom geográfica; apoiamos sempre Ilha, igualmente instituciona‑ calcanhar de Aquiles um Sossego continuarem fecha‑ a realização do Festival da lizámos o Dia Municipal do pouco por todo o arquipé‑ das, quando o sorteio dos lago e a Ilha das Dunas não beneficiários fora realizado fica indiferente. Que políti‑ há vários meses e muitas cas estão a ser implementa‑ pessoas continuam a residir das para reduzir os défices em condições precárias ou habitacionais existentes na muito precárias, ou simples‑ Ilha? mente vivem alojadas em JPA: Como já disse, em casas de familiares, amigos matéria de habitação temos ou vizinhos. Portanto, para um grande défice, o que se contribuir para colmatar o justifica, por um lado, com défice habitacional na Ilha, o aumento exponencial da o Programa Casa para Todos população, com pessoas deve ser melhor gerido, pois oriundas das outras Ilhas do não basta construir prédios

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Emigrante, que se comemora Festival de Música da Praia dificuldades e falta de cola‑ soas para que possam reali‑ a 15 de agosto. Desenvolve‑ de Cruz, que é um mega boração do Governo têm, zar suas consultas médicas mos muitas outras atividades evento cultural e que consti‑ obviamente, consequências e tratamentos aqui na ilha, pontuais. Basta consultar o tui um dos palcos de promo‑ muito negativas em termos diminuindo dessa forma os nosso sítio na Internet www. ção da música e dos artistas de saúde pública, bem‑estar­ custos com deslocação, alo‑ municipiodaboavista.com, locais; enfim, são muitos os da população e do desenvol‑ jamento e alimentação em os nossos Planos de Ativida‑ projetos e atividades que vimento do Turismo, princi‑ outras ilhas. Colaboramos des e os nossos Relatórios temos vindo a desenvolver. palmente numa ilha como a sempre que possível e neces‑ para se tomar conhecimento Aliás, creio que tudo aquilo Boa Vista. Ora, diariamente sário com várias associa‑ daquilo que temos vindo a que já disse atrás responde a são produzidos várias tone‑ ções, nomeadamente com a fazer. Temos vindo a fazer a esta pergunta. ladas de lixo, que são reco‑ AAB (Amigos dos Animais de nossa parte. lhidas apenas com os meios Bubista) e com a Association O desemprego jovem, o da Câmara Municipal. O Echanges France Cap­‑Vert. Como tem sido o trabalho saneamento, a saúde são Governo, se quer a promoção Remodelámos várias Unida‑ da autarquia a fim de mos‑ problemas bicudos aqui do bem‑estar­ dos habitantes des Sanitárias de Base (USB) trar aquilo que é “nosso” ou na Ilha da Boa Vista. O e a promoção do turismo na nos diversos Povoados, com típico da Boa Vista? Governo tem sido um Boa Vista – turismo de qua‑ recursos próprios da Câmara JPA: Ora, os diversos even‑ parceiro na resolução lidade e rentável para a pro‑ Municipal e vamos continuar tos culturais promovidos dessas questões, ou seja, a moção da qualidade de vida os nossos apoios lá onde por esta Edilidade atestam o autarquia tem conseguido dos cabo‑verdianos­ – deve forem necessários e possí‑ nosso empenho de promo‑ exercer o seu poder junto rever a sua forma de agir veis. ção daquilo que é típico da do poder Central para que e complementar a Câmara Quanto ao terceiro aspeto, ilha e das nossas populações. esses constrangimentos pos‑ Municipal naquilo que são devo dizer que o desem‑ Temos a Escola de Olaria sam ser ultrapassados? seus próprios recursos. Não prego jovem é um fenómeno no Rabil; temos uma Rádio JPA: Todos constituem, real‑ se trata de nenhum favor, estrutural no nosso País – e a Comunitária Voz d’Bubista mente, desafios bicudos que mas sim do cumprimento de Ilha da Boa Vista não foge à que transmite para todo o temos que enfrentar e que um dever. Diversos projetos regra – que deve ser comba‑ mundo via internet; temos têm de ser enfrentados em e ofícios já foram endereça‑ tido não com políticas estati‑ esta Revista Municipal que parceria. dos ao Governo neste sen‑ zantes, mas sim incentivando é publicada regularmente; O Saneamento, por exem‑ tido, porém, e infelizmente, a iniciativa privada. mantemos ligações cons‑ plo, é uma das atribuições sem retorno. A Câmara Municipal tem um tantes e permanentes com dos Municípios que exige Em matéria de Saúde as ambicioso e necessário pro‑ Associações de Emigrantes avultados recursos financei‑ áreas de intervenção dos jeto de construção de uma e estudantes boa‑vistenses­ ros, materiais e humanos. O Municípios são bastante Escola ou Centro de Forma‑ no estrangeiro, pois são veí‑ estágio de desenvolvimento limitadas. No entanto, temos ção Técnico­‑Profissional no culos de preservação e pro‑ que atingimos e o aumento um Pelouro para esta área Rabil, orçado em mais de moção daquilo que é nosso; exponencial da população e a Câmara Municipal tem duzentos mil contos, pro‑ acabei de mencionar o nosso implicam e justificam fortes estado sempre atenta às suas jeto esse que vai contem‑ sítio na internet que é rico investimentos nesta área. responsabilidades e conjun‑ plar ou beneficiar jovens da e sempre atualizado pelos Infelizmente, a Taxa Ecoló‑ tamente com alguns parcei‑ Boa Vista e acolher outros nossos serviços; homena‑ gica que deveria ser dire‑ ros temos vindo a desenvol‑ de outras ilhas e cujo cofi‑ geámos, no ano passado, a tamente cobrada e gerida ver uma série de atividades. nanciamento temos vindo Morna, género musical nas‑ pelos Municípios ou pela Trabalhamos com a Delega‑ há muito tempo a requerer cida nesta ilha, nossa dig‑ Associação que os representa cia de Saúde, por exemplo, ao Governo. No entanto, e níssima embaixadora e que (a ANMCV) vai diretamente na fiscalização das zonas infelizmente, sem qualquer está em processo de candi‑ para os cofres do Governo de focos de larvas e mos‑ retorno para o materializar‑ datura a Património Imaterial central que não faz a respe‑ quitos fazendo a pulveriza‑ mos. Devemos deixar as da Humanidade; os diversos tiva transferência, ficando ção dos mesmos; colabora‑ quezílias políticas nas maté‑ apoios aos músicos, des‑ as autarquias de mãos ata‑ mos sempre em campanhas rias que mexem diretamente portistas individuais, asso‑ das neste importante setor e de vacinação e outras que com a dignidade e satisfa‑ ciações, grupos ou clubes a fazer uma enorme ginás‑ se realizam em matéria de ção ou realização de cada das mais diversas naturezas; tica financeira, sacrificando saúde; assinámos protocolos cidadão e olharmos para as apoiamos sempre a realiza‑ outras áreas, para atuar neste com clínicas privadas espe‑ verdadeiras necessidades de ção do Festival da Morna; setor. Portanto, digo com cializadas com vista a dar progresso da pessoa humana realizamos anualmente o toda a frontalidade, que as mais oportunidades às pes‑ e o futuro do nosso País.

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Sabemos todos, e as Estatís‑ ticas Oficiais assim o ‑com provam, que a população de Cabo Verde, e por isso da Boa Vista também, é maio‑ ritariamente jovem. Sabe‑ mos do número, que não é pouco, de jovens desta ilha, licenciados ou não, com formação profissional ou não, mesmo sem qualquer diploma que estão no desem‑ prego e isto não deve satisfa‑ zer qualquer governante ou dirigente público, que deve fazer diligências no sentido de combater esse fenómeno. Da nossa parte temos vindo a receber regularmente jovens estagiários em diversas áreas. Temos um Gabinete de empreendedorismo – Espaço Empreendedor – bem como temos vindo a realizar ações de formação em diversas áreas com vista a incentivar que é constatado mesmo a mente, o seu contingente de lificação da Cidade de Sal e capacitar os jovens para a olho nu por qualquer pes‑ Fiscais Municipais, através do Rei, em primeiro lugar, devo criação do seu autoemprego. soa que vive ou visita esta recrutamento e formação de dizer que já foi e ainda está Assinámos um Protocolo Ilha, uma das que mais oito novos fiscais. Além do a ser socializado a vários com a Escola de Hotelaria contribuem para o Tesouro reforço dos recursos humanos níveis e posso citar, por e Turismo bem como com o Público. Aproveitamos, para, foi disponibilizado à Direção exemplo, a sua apresen‑ Instituto de Emprego e For‑ uma vez mais, entre milhares da Fiscalização uma viatura tação no dia 15 de agosto, mação Profissional. Temos de vezes, apelar ao senso de que lhe permite, a tempo e em João Galego, no âmbito uma grande rede de Centros justiça e ao cumprimento da horas, e com maior mobili‑ das comemorações do dia de Juventude que ministra Constituição da República dade, deslocar­‑se pelo terri‑ Municipal do Emigrante e formações diversas. Resu‑ e demais legislação do País tório municipal que, como que contou com ampla e mindo, o que posso dizer é relativamente à distribuição se sabe, é bastaste extenso. preciosa participação de que a Câmara Municipal tem e organização dos recursos Pensamos contar, igualmente, muitas pessoas singulares vindo a fazer a sua parte. públicos. com a necessária parceria da e coletivas. O projeto, sim, Todavia, sozinha não pode Polícia Nacional. Nesse qua‑ vai ser iniciado ainda neste nem consegue fazer tudo ao A venda ambulante na dro, esforços vêm sendo envi‑ mandato e para breve, com mesmo tempo. Temos um cidade de Sal­ Rei é um dados para, conjuntamente, recursos do orçamento da mandato para cumprir até outro desafio a ser vencido com base em planos previa‑ Câmara Municipal e de 2016 e o que já foi feito até pela edilidade. Em que pé mente estabelecidos, as duas seguida com a prestimosa esta data muito nos orgulha. estão os projetos que visam Instituições reforçarem no ter‑ colaboração de parceiros. Estamos de consciência tran‑ fazer face a esta situação? reno as fiscalizações. Agora, aproveitamos para quila no que diz respeito ao JPA: A venda ambulante cons‑ apelar ao Governo, ao seu cumprimento das nossas res‑ titui, sem dúvida, um desafio Há bem pouco tempo bom senso para com esta ponsabilidades. Vamos con‑ a ser vencido pela Edilidade, apresentou o Projeto de cidade, para que tenhamos tinuar a trabalhar com todo o não só pelo aspeto degra‑ Requalificação da Cidade a já mencionada Rede de zelo. O Governo, nestas três dante que encerra mas tam‑ de Sal Rei. Pretende iniciar Esgotos e Sistema de Drena‑ áreas – Saneamento, Saúde e bém por questões de saúde este projeto, antes do final gem de Águas Pluviais para Desemprego Jovem tem dado pública. Consciente desse do seu mandato, ou para que tenhamos uma verda‑ pouca ou muito pouca aten‑ facto, a Câmara Municipal da quando o início das obras? deira cidade organizada, ção à Ilha da Boa Vista, facto Boa Vista reforçou, recente‑ JPA: O Projeto de Requa‑ segura e higiénica.

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Presidente da República faz um balanço positivo da sua primeira visita oficial à Ilha da Boa Vista

Após três dias de visita à Ilha das Dunas, a convite do edil local, José Pinto Almeida, o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, fez um balanço positivo da sua estada nesta ilha, ressaltando que a mesma permitiu “conhecer, com muita minúcia, os problemas, os desafios, as dificuldades e as realizações no município”.

Na Ilha das Dunas, o chefe auscultou atentamente as Brito, que segundo infor‑ ção urbana, criou‑se­ o Fundo do Estado teve um demorado preocupações desta classe mações já visitou 9 vezes a do Turismo, enviámos proje‑ encontro de trabalho com o e prometeu exercer o seu China e não tem visitado a tos e dizem não, nós já finan‑ Presidente da Câmara Muni‑ poder de influência, junto ilha mais turística de Cabo ciámos a ponte da Ribeira de cipal, José Pinto Almeida, e dos responsáveis pelo setor Verde. Água. sua equipa de vereadores, turístico, a fim de que esses De acordo com José Pinto “É preciso um comprometi‑ contactos diretos e diálogo problemas sejam soluciona‑ Almeida a não vinda do mento do Governo com esta com as populações de Rabil, dos. Ministro do Turismo à Boa ilha, é preciso ter aqui na Povoação Velha, Estância de “As queixas que aqui ouvi Vista dificulta cada vez mais ilha uma representação do Baixo, Sal Rei, Cabeço dos e as avaliações que foram a resolução dos problemas Executivo, ainda que seja, Tarafes, Fundo das Figuei‑ feitas pelo Presidente da ligados a este setor. “Não é uma representação no setor ras, João Galego, Bofareira e Câmara levá‑los­ ­‑ei junto do normal que a ilha que recebe turístico”, reforçou José Pinto Bairro da Boa Esperança. Governo e serei sempre um mais turistas em Cabo Verde Almeida. O mais alto Magistrado da porta­‑voz dos interesses dos não receba a visita do Minis‑ Por sua vez, o Presidente Nação reuniu‑se­ também municípios, sempre que eles tro do Turismo, para fazer da República acrescentou com operadores económicos sejam razoáveis e legítimos”, justamente o que o Presi‑ dizendo que o princípio e turísticos, a juventude local assegurou Jorge Carlos Fon‑ dente da República está a de Justiça e de e Equidade e ainda proferiu uma aula seca. fazer”, criticou o responsável de repartição dos recursos aos alunos do 3º ciclo sobre Nesse encontro, quem não camarário. públicos deve basear­‑se “Democracia e Constituição escapou às duras críticas dos José Pinto Almeida é de opi‑ nestes termos: “se há um da República”. operadores turísticos e eco‑ nião que há uma questão de município que contribui de No encontro com os ope‑ nómicos e do próprio autarca prioridade na Ilha da Boa forma mais relevante nas radores turísticos e econó‑ boa­‑vistense foi o ministro do Vista. “Vejam a questão do receitas do Estado também micos, o Chefe do Estado Turismo e Energia, Humberto saneamento, a requalifica‑ deve haver um esforço na

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mesma proporção para que o processo processo de crescimento e desenvol‑ “os contactos intensos, informais, muito de desenvolvimento deste município vimento da ilha que, em poucos anos, calorosos com as populações foram continue e possa gerar mais receitas que praticamente triplicou a sua população também ricos e sobremaneira amisto‑ beneficiam outros municípios e ‑o pró residente e conheceu um boom de pro‑ sos, sendo até nalgumas localidades prio Estado”. moção do turismo que hoje representa entusiásticos, como por exemplo em Entretanto, Jorge Carlos Fonseca con‑ cerca de 38 por cento do destino turís‑ todo o norte da ilha (Cabeço dos Tara‑ siderou que a visita à Boa Vista “foi tico de Cabo Verde”. fes, Fundo das Figueiras, João Galego e extremamente útil para se inteirar do O Presidente da República afiançou que Bofareira)”.

Embaixador da China esteve pela primeira vez na Ilha da Boa Vista

Uma delegação chinesa, composta pelo Embaixador da República Popular da China acreditado em Cabo Verde, Su Jian, o Conselheiro Económico e Comercial da Embaixada, Zhao Yongqing e o Secretário, Li Zhe, efetuaram no mês de abril uma visita de dois dias à Ilha da Boa Vista.

A delegação manteve um na Boa Vista, visto que a sala de formação na área de para estudar possíveis áreas encontro com o Presidente mesma tem contribuído de arquitetura. de cooperação, e fez referên‑ da Câmara Municipal, José forma ativa para a melhoria Em jeito de balanço José cia ainda à necessidade de Pinto Almeida, em que ana‑ considerável da qualidade Pinto Almeida propôs a pos‑ materialização da assinatura lisaram e discutiram as possí‑ de vida da população, atra‑ sibilidade de programar­‑se, do protocolo de geminação, veis áreas de cooperação. vés da diversificação de pro‑ junto da Embaixada, a vinda em carteira com a cidade O autarca reconheceu os dutos e preços acessíveis. de investidores/empresários chinesa de Tsingdao. contributos que a China O edil da Boa Vista apre‑ chineses à Ilha da Boa Vista, Por seu turno, o Embaixador tem dado para o desenvol‑ sentou alguns projetos que vimento de Cabo Verde em carecem de financiamentos, áreas como Cultura, Des‑ nomeadamente, a escola de porto, Turismo e principal‑ Olaria do Rabil que requer mente a Educação, citando apoio arquitetónico na sua como exemplo o financia‑ reabilitação, a criação de mento para a construção de uma escola de formação escolas, bem como a grande profissional também neste participação da formação de povoado, equipamentos novos quadros. informáticos para o Cen‑ José Pinto Almeida mostrou­ tro de Artes e Cultura, com

‑se satisfeito com a integra‑ capacidade para acolher  ção da comunidade chinesa cerca de 400 pessoas, e uma

Bubista • Dezembro • 2014 12 Cooperação  reconheceu que realmente A delegação, liderada pelo é altura de a Ilha da Boa Embaixador, reuniu­‑se com Vista receber obras e marcas a comunidade chinesa de referência da República residente nesta ilha, com Popular da China. a Comandante da Polícia Su Jian sublinhou ainda que Regional, Firmina Melício, e realmente quer inteirar­‑se da visitou diversas instalações realidade desta ilha, o seu hoteleiras, e os mais impor‑ sucesso de desenvolvimento tantes pontos de interesse e desta forma ver as possibi‑ turístico da ilha. lidades de cooperação.

Município da Boa Vista gemina‑se­ com a sua congénere de Zocca

Em maio, José Pinto Almeida chefiou uma delegação que se deslocou à Itália para assinar um protocolo de geminação com a Câmara Municipal de Zocca. O Turismo, a Arte, o Empreendedorismo, a Gastronomia, o Desporto, Excursões, Pesca, Agricultura, Pecuária, Educação e Saúde, são as áreas de interesse comum entre os dois municípios.

O protocolo foi rubricado entre José social e educacional dos cidadãos. De país europeu, a comitiva camarária Pinto Almeida e o seu homólogo ita‑ Itália a delegação seguiu para Luxem‑ esteve reunida com a sua congénere de liano, Balugani Pietro, e visa auxiliar burgo, onde participou no dia da Cul‑ Ettelbruck, com a Câmara de Comér‑ e incentivar a troca de produtos locais tura Cabo­‑Verdiana naquele país, que cio, com os responsáveis pelo Turismo entre Itália e Cabo Verde, disseminar a aconteceu a 17 de maio. daquele município e ainda participou diversidade de comida, vinho, têxteis e No Luxemburgo a Câmara Municipal da no encontro com a comunidade cabo­ produtos fabricados, melhorar a quali‑ Boa Vista teve um stand, onde expôs os ‑verdiana radicada naquele país. dade dos produtos com a seleção ativa, materiais típicos da Ilha das Dunas, bem A delegação camarária chefiada pelo bem como renovar a oferta turística, e como guias, revistas, isto tudo para dar autarca José Pinto Almeida integrou a reforçar a atratividade do território a a conhecer os postais de visita da ilha Vereadora do Turismo, Iva Livramento, o nível internacional. Através desta gemi‑ mais turística de Cabo Verde. Diretor da Cultura, responsável de infor‑ nação a autarquia boa­‑vistense pretende A deslocação ao Luxemburgo acon‑ mática do site da CMBV, Vilma Fragoso, utilizar os conhecimentos e modelos de teceu no âmbito do convite feito pela e um membro da Assembleia Municipal outras cidades geminadas para promo‑ Associação de Emigrantes Cabo­ da Boa Vista. ver o crescimento cultural, económico, ‑Verdianos Veteranos do Norte. Naquele

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Delegação Camarária na Suíça

A convite do Presidente do Grupo Desportivo e Cultural Bubista de Basel (GDCBB), o edil da Ilha das Dunas, José Pinto Almeida, participou nas celebrações do 23º aniversário desse grupo, que tiveram lugar nos dias 13 e 14 de junho.

Segundo o Grupo Desportivo e Cultural Vista reuniu­‑se com a comu‑ Bubista de Basel, trata­‑se de uma festa nidade cabo­‑verdiana resi‑ rija, que pretendeu promover e divulgar dente na cidade de Basel. a cultura e um excelente convívio com Além de José Pinto Almeida, os filhos da terra natal. integrou a comitiva o Eng. Nas festividades foi realizado um tor‑ Mário Almeida do Gabinete neio internacional de futebol e um Técnico Municipal) e Sra. espetáculo musical com diversos artis‑ Gilda Sousa, coordenadora tas cabo­‑verdianos. Na Suíça, o Pre‑ dos Centros de Juventude do sidente da Câmara Municipal da Boa Rabil e Estância de Baixo.

José Pinto Almeida participou nas comemorações do 25 de abril em Portugal

O Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Pinto Almeida, chefiou uma delegação que se deslocou a Portugal no dia 22 de abril, onde participou nas comemorações do 25 de abril.

O convite foi feito pelo seu homólogo do Seixal, Joaquim Santos. Almeida fez‑se­ acompanhar do assessor Adriano Cardoso e da A participação do autarca da Boa Vista ressalva as boas relações de Diretora dos Serviços de Contribuições e Impostos, Jussara Santos. Amizade e Cooperação de mais de duas décadas, existentes entre As comemorações do 25 de abril assinalam em Portugal o fim da os dois municípios. Em Portugal, além de participar nas festas do ditadura fascista, a conquista da liberdade e da democracia e o 25 de abril, o autarca da Ilha da Boa Vista recebeu um camião de processo de descolonização em África, que conduziu à Indepen‑ recolha de Lixo, cedido pela sua congénere do Seixal. José Pinto dência dos países africanos de língua oficial portuguesa.

José Pinto Almeida marcou presença nas celebrações da festa da Páscoa no município de Clichy

O Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Pinto Almeida, encabeçou uma delegação que participou de 16 a 22 de abril nas celebrações da festa da Páscoa no município de Clichy, França.

O edil da Boa Vista esteve em França Esta associação tem uma longa tradição ‑verdiana, bem como de apoio a comu‑ a convite da Associação “Eco Chaves”, de realizações de atividades de divul‑ nidades cabo­‑verdianas em Cabo Verde onde se reuniu com os responsáveis gação e promoção da cultura cabo­ e noutros países. pela Câmara de Clichy, e ficou Acompanhado da Diretora do em aberto a possibilidade de uma Gabinete de Apoio aos Emigran‑ geminação. tes/Imigrantes, Dorys Delgado, e A “Eco Chaves” é uma das do Delegado Municipal Benvindo mais antigas associações cabo­ Monteiro, José Pinto Almeida visi‑ ‑verdianas em França, agrupando tou a Embaixada de Cabo Verde desde há muitos anos imigrantes e teve um encontro com a comu‑ do arquipélago e os rebentos nas‑ nidade cabo‑verdiana­ radicada cidos naquele país. naquele país.

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Turismo sustentável debatido na Boa Vista

A autoridade local e as principais instituições ligadas ao setor do Turismo estiveram reunidos no mês de julho para debater quais os caminhos a trilhar para um Turismo sustentável na Ilha da Boa Vista.

O fórum que decorreu sob o lema território e com a qualidade de vida de “Turismo Sustentável” aconteceu na todos os cabo­‑verdianos. ausência da tutela pela pasta, Humberto “Cabo Verde tem de ambicionar ser e Brito, e de qualquer representante deste ser percebido como um destino turís‑ ministério. As honras de abertura estive‑ tico de excelência: sustentável, ecoló‑ ram a cargo do Presidente da República, gico, ambiental e de qualidade, indo ao Jorge Carlos Fonseca e do Presidente da encontro das exigências e produzindo Câmara Municipal, José Pinto Almeida. vantagens sociais e económicas, reais, No seu discurso de abertura o mais alto para a sociedade”, afirmou o Chefe do Magistrado da Nação sublinhou que “o Estado, realçando que nessa linha, o turismo é das atividades humanas com desenvolvimento e aprofundamento do maior potencial integrador do planeta. turismo rural e do turismo solidário é A sua base é o prazer. O prazer de via‑ de extrema importância, bem como a jar, de conhecer, de descobrir, de usu‑ diversificação da oferta turística em ter‑ fruir, de aprender”. mos geográficos e de produtos. O Presidente da República defendeu O mais alto Magistrado da Nação disse nesta ilha, quando na produção e distri‑ que em Cabo Verde se deve criar um ainda que nessa perspetiva, do desen‑ buição de energia elétrica e água, ainda verdadeiro cluster do turismo, envol‑ volvimento de um turismo ao serviço do existe uma enorme deficiência que, vendo toda a cadeia de valor, integrando bem­‑estar das pessoas, o País carece de infelizmente, vem causando descon‑ a cultura, o desporto, o entretenimento, uma capacidade institucional que con‑ forto, prejuízos e descontentamento aos a agricultura, o artesanato, a indústria, gregue instituições públicas e privadas munícipes e operadores económicos. a restauração, transportes, hospedagem, com capacidade para planificar e criar José Pinto Almeida sustentou que os alimentação, entre outros. as condições necessárias para o desen‑ cortes sistemáticos (blackout), a falta de Jorge Carlos Fonseca sublinhou que o volvimento do setor. candeeiros em muitas ruas, avenidas e país deve desenvolver um modelo de De acordo com o PR, torna‑se­ impor‑ localidades ainda constituem realida‑ negócios de produtos estratégicos e tante que se explore o potencial indutor des, o que não se coaduna com a intro‑ medir o seu potencial de desenvolvi‑ que as atividades turísticas têm em rela‑ dução da taxa de iluminação pública, já mento e crescimento cruzado com o ção a outras áreas. em vigor. O Presidente da República asseverou O Município da Boa Vista aguarda ainda ainda que o aproveitamento do turismo, pela construção da Central Única, para em todo o seu potencial, permite, sim, o fornecimento desse serviço que hoje perspetivar o crescimento a dois dígitos em dia constitui uma necessidade e não e reduzir efetivamente o desemprego. um luxo. “É preciso pensar e promover o turismo Por outro lado, este concelho não dis‑ numa óptica que tenha em conta o põe de uma rede de esgotos. Uma rei‑ desenvolvimento”, evidenciou o PR vindicação antiga que ainda aguarda cabo­‑verdiano. pela resposta do Governo. A construção de um Aterro Sanitário As reivindicações para um Turismo de também deve constituir uma das gran‑ qualidade e sustentável na Boa Vista des prioridades para esta ilha, uma vez são inúmeras que bons serviços de recolha de resí‑ duos devem ser complementados com o Por sua vez, o edil local sustentou que devido tratamento, principalmente num as reivindicações para um Turismo de município onde diariamente se produ‑ qualidade e sustentável na Boa Vista zem toneladas de resíduos. são inúmeras, daí que não se deve dar O autarca da Boa Vista frisa que o ao luxo de gabar o turismo sustentável saneamento é uma área que exige con‑

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sideráveis meios financeiros, humanos e materiais, criticando que as receitas da taxa ecológica vão para o Poder Central, e quem tem a responsabilidade sobre o Saneamento fica de mãos atadas, no que concerne à prestação deste tão imprescindível serviço público, pondo em risco a Saúde Pública e a qualidade do Turismo. Outros projetos e investimentos, como um plano de rede viária e um sistema de drenagem de águas pluviais consti‑ tuem projetos estruturantes que exigem ser devidamente equacionados pelo Governo, em parceria com a Câmara Municipal, assegura Pinto Almeida. O défice habitacional é outro desafio a vencer, pois a população da ilha con‑ tinua a crescer a um ritmo considerá‑ vel em virtude das migrações interna e externa de pessoas à procura de ânimo leve, quando ele constitui o Públicos gerados nesta e através desta emprego, principalmente na atividade principal motor do nosso processo de Ilha”. turística, que continua a ser a maior desenvolvimento”. Para José Pinto Almeida, as inúmeras empregadora de mão de obra, a par da José Pinto Almeida frisa que a atividade reivindicações que quase todos os ope‑ construção civil. turística assume‑se,­ sem margem para radores, a Câmara Municipal e a popu‑ As sistemáticas paralisações das obras dúvidas, como a principal alavanca de lação desta Ilha vêm fazendo são pro‑ e consequente atraso na conclusão do desenvolvimento desta ilha, apesar da vas bem evidentes de que são precisos Porto de Sal Rei são outro fator que tem grave crise financeira internacional que políticas, planos, projetos e ações bem tido reflexos negativos no desenvolvi‑ vem assolando e fustigando o mundo, cristalinos nesta matéria. mento do Turismo nesta ilha. que necessariamente tem reflexos em O Presidente da Câmara da Boa Vista Conforme realçou o autarca a ilha todos os setores de atividade econó‑ considera que embora ao poder locar poderia estar a receber cruzeiros e mica. seja ainda reservado um papel margi‑ mais navios de cabotagem nacionais e O edil da Boa Vista realça que o turismo nal em todo esse processo, é tempo de estrangeiros, e por conseguinte a gerar pode e deve, sem dúvida, trazer inúme‑ haver mais fluida articulação entre os mais recursos no setor aduaneiro que é ras mais­‑valias, se os recursos por ele políticos nacionais, regionais e locais bem expressivo na Boa Vista. Os trans‑ gerados forem bem distribuídos, algo sobre as grandes decisões. portes rodoviários necessitam de maior que não tem vindo a acontecer. José Pinto Almeida exorta o Governo atenção, bem como o ambicioso e “Já se torna imperioso agirmos com para, in loco, e com muito diálogo, sin‑ necessário projeto para construção de mais convicção, para se repor a justiça ceridade, responsabilidade e transparên‑ uma escola de Formação Profissional em termos de distribuição dos Recursos cia trabalharem juntos com os operado‑ no Rabil, visando a qualificação dos recursos humanos para o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente.

“Urge repor a justiça em termos de distribuição dos Recursos Públicos”

O autarca local considera que o Turismo é uma área transversal, cujos caminhos devem ser trilhados com políticas sérias, planos, ações e atividades em conformi‑ dade com a nossa realidade.

“Quero dizer com isso que não deve‑  mos considerá‑lo,­ tratá‑lo­ e agir de

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 res, a sociedade civil, empresas e outras O fórum teve como oradores o Presi‑ fórum que reuniu mais de 200 perso‑ instituições públicas e privadas para que dente da Câmara da Praia, Ulisses Cor‑ nalidades, o Presidente da Assembleia se tenha um Turismo de qualidade e se reia e Silva, o PCA do Laboratório de Municipal, Adelino Livramento, frisou revertam os recursos dele advenientes Engenharia Civil, Jair Delgado, os depu‑ que é preciso reinventar o destino turís‑ para o desenvolvimento da Boa Vista, de tados nacionais Abrão Vicente e Leão tico Boa Vista. Cabo Verde e das populações. Lopes, o Administrador da SDTIBM, Ale‑ “O ideal seria que todas as decisões xandre Monteiro, necessárias tivessem sido tomadas de a assessora para forma preventiva evitando ter que tomá­ as economias ‑las por necessidade”, disse Adelino criativas, Janine Livramento, sustentando que é fulcral Neves e a Presi‑ criar as condições para tornar a Ilha dente do Instituto da Boa Vista num destino turístico por de Desenvolvi‑ excelência. mento do Turismo “A responsabilidade é de todos e de Rural do Brasil, cada um de nós. Os poderes porque têm André Roque. os meios e cada um de nós com a nossa Discursando no criatividade”, concluiu. encerramento do

Boa Vista na Conferência Internacional do Turismo Rural no Brasil

Uma delegação da Câmara Municipal da Boa Vista, encabeçada pelo seu presidente José Pinto Almeida, esteve no Brasil no mês de março, onde participou na Conferência Internacional sobre Turismo Rural, que aconteceu na capital cearense, Fortaleza. Um encontro que contou com a participação de várias regiões turísticas do mundo.

Segundo a vereadora Iva Livramento, cia de outros países para adaptar à reali‑ – Cenários, Desafios e Soluções”, teve a participação da Boa Vista na Confe‑ dade da Boa Vista. “Queremos parcerias como público­‑alvo pequenas, micro rência Internacional do Turismo Rural e ver o que é possível fazer na Boa Vista, e grandes empresas, instituições, enti‑ foi uma oportunidade para conhecer bebendo de experiências desenvolvidas dades e profissionais ligados ao setor e experiências do turismo rural, uma área em outras paragens do mundo”, disse contou com a presença do Secretário­ ainda pouco explorada nesta ilha que é Iva Espírito Santo, indicando quea Boa ‑Geral da Organização Mundial do turística por excelência. Vista foi muito divulgada neste evento. Turismo (OMT), Taleb Rifai. O encontro estava centrado no turismo Na conferência houve reuniões bilate‑ Para além do Presidente José Pinto rural como uma importante alternativa rais e multilaterais, para fortalecer estra‑ Almeida e da vereadora Iva Livramento, de desenvolvimento económico susten‑ tégias conjuntas de desenvolvimento no integrou a delegação a Diretora de tável. Daí que Iva Livramento sustenta contexto do setor turístico. Relações Institucionais e Cooperação, que o objetivo é aproveitar da experiên‑ O evento, cujo lema é “Turismo Rural Lucilene Monteiro.

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Festa rija marcou as festividades do Município e de Nha Santa Isabel

A Ilha da Boa Vista viveu de 07 de junho a 05 de julho a folia das festividades do Município e da sua padroeira Santa Isabel, celebrada com uma procissão a 04 de julho.

À semelhança dos anos ante‑ exposição fotográfica foram aqueceram a noite das festi‑ de Neusa, Michel Montrond riores, as festividades do atividades que enriqueceram vidades. e Grace Évora, que foi o Município foram uma grande o cardápio cultural. As vendedeiras ficaram satis‑ grande baile conjunto. mostra da atividade Social, Ainda houve debates sobre feitas com as vendas, quer na E para fechar com chave Cultural e Desportiva do Indicadores e Estatísticas de feira quer nas tendas. de ouro, no dia 5 houve o Concelho. Desenvolvimento da Boa Durante um mês a ilha esteve “Mundo das Crianças”, no Relativamente ao Desporto Vista e sobre a Regionali‑ “viva” com atividades espa‑ parque infantil de Sal Rei e foram realizados competi‑ zação, onde as três forças lhadas por toda a cidade, a entrega de troféus aos ven‑ ções e torneios de futebol, partidárias nacionais, UCID, sem esquecer o grande espe‑ cedores das mais diversas futsal, andebol, basquetebol, MpD e PAICV apresentaram táculo ao som das melodias modalidades desportivas. voleibol de praia, atletismo, e defenderam os seus mode‑ ciclismo, salto em com‑ los de Regionalização. primento, jogos de ringue, A apresentação do Projeto tacada, cartas, uril, damas, de Requalificação da Cidade natação, regata de botes e de Sal Rei foi um momento corridas de burro e cavalo. único e emocionante. Um O lançamento de dois livros projeto que dará outra visibi‑ (“Um Modelo de Gestão para lidade à ilha mais turística de uma Universidade Empreen‑ Cabo Verde. As festividades dedora e Competitiva”, do do dia do Município movi‑ Dr. Albertino Graça e “Cabo mentaram a pacata Ilha da Verde, de uma Economia de Boa Vista. Renda para um Modelo de Da diáspora e da Cidade da Economia Sustentável”, do Praia chegaram centenas de Dr. José Luís Livramento), munícipes para se unirem uma conferência sobre as aos filhos da terra nestas Artes, Feira Tradicional de celebrações. Sal Rei, Concerto 100% Barracas com variedades de jovem, workshop sobre a produtos alimentícios, shows Morna, show musical, a tra‑ musicais, teatros, concurso dicional “Noite da Guitarra”, de Miss, tenda eletrónica, com artistas locais, teatro e espalhadas pela cidade,

Bubista • Dezembro • 2014 18 Cultura

Edilidade boa‑vistense­ disponibiliza mais de mil contos para apoiar projetos culturais

Apostando fortemente na Cultura, como fator de identidade nacional, a edilidade boa­‑vistense disponibilizou mais de mil contos para apoiar projetos culturais apresentados à autarquia.

Na sequência dos pedidos O artista gravou o seu CD Natacha Magalhães recebeu Verde e faz alusão a algumas de apoio, para a materializa‑ com o produtor Jorge Nunes. cem mil escudos, destinados festas tradicionais da Ilha da ção desses projetos José Pinto Segundo o músico, o álbum à produção de uma coletânea Boa Vista. Almeida decidiu contemplar estará no mercado antes do de contos, intitulada “Sete O professor Cipriano Maurí‑ o artista boa‑vistense­ Rolando final do ano, mas já se sente Contos ao Luar e Outras His‑ cio recebeu também setenta da Graça com 700 mil escu‑ feliz com a gravação, afinal são tórias” que em breve vai ser contos, para ajudar com os dos, destinados a gravação do mais de 30 anos de carreira. apresentada ao público. custos do lançamento da seu primeiro CD a solo. O jornalista Homero Fon‑ A coletânea da autora Nata‑ sua obra literária no ramo da Intitulado Kabrer, o álbum seca beneficiou de trezentos cha Magalhães vai colma‑ poesia. tem 10 faixas musicais, mil escudos, para ajudar na tar uma grande lacuna em A Câmara municipal tem sido incluindo géneros como gravação do novo trabalho termos de produção literá‑ uma entidade ativa em prol morna, samba e coladeira. discográfico. ria infantojuvenil em Cabo da cultura cabo­‑verdiana.

Vencedores da Iª edição do concurso “Comunidade Criativa” recebem seus galardões

Quinze pessoas foram distinguidas no dia 24 de julho, como vencedores da Iª edição do concurso “Comunidade Criativa”, promovida pela Câmara Municipal da Boa Vista.

O concurso “Comunidade da Boa Vista, inédito e da silene Fortes, com “A Morna transformaram lixo em luxo. Criativa”, destinado aos autoria dos concorrentes. da Boa Vista“ e o 2º lugar O Jardim “Sorriso das Crian‑ munícipes desta ilha teve Os prémios foram no valor foi para Bruno Miguel, com ças” levou o prémio de início em meados de abril, de 15 mil escudos para o 1º a poesia “Boa Vista, Bela melhor Desenho e o Jardim com o objetivo de desco‑ classificado e 10 mil escudos Vista”. Pietro Pancinni venceu com brir novos valores e talentos para o 2º. Na Poesia escrita pelos adul‑ Reciclagem. locais nas áreas de expressão Na categoria Expressão Lite‑ tos, o prémio ficou com No concurso de Desenho literária, plástica e fotografia. rária – Prosa, o prémio foi Vanda Mosso, onde numa jovem, Jossilene Fortes vol‑ Cada participante tinha de arrebatado pela Suelem Oli‑ melancólica voz leu a poesia tou a levar a melhor. enviar no máximo três tra‑ veira, com a “Criminalidade “Bubista”. Na Reciclagem o 1º lugar balhos por modalidade. O na Boa Vista”. Na Poesia, Na categoria Fotografia, dois ficou com Zequinha e o 2º trabalho devia estar relacio‑ onde os participantes eram grandes fotógrafos da ilha com Inorina Morais. nado com o aspeto cultural jovens, a vencedora foi Jos‑ levaram o galardão. Cíntia Os participantes elogiaram Lima foi a primeira clas‑ esta iniciativa da Câmara e sificada e de seguida Tito deram nota positiva à orga‑ Ramos. nização. Expressão Plástica­‑Pintura, a Os 10 melhores trabalhos distinção foi para Tito Ramos. por modalidade serão publi‑ No Artesanato­‑Olaria venceu cados nos suportes informa‑ Alcides Morais e na Cestaria, tivos da Câmara Municipal, Bruno Miguel. na Revista Bubista, na página À semelhança dos jovens e Web, na página do Facebook dos adultos, a criatividade e serão objeto de uma expo‑ também veio das crianci‑ sição realizada pela Câmara nhas, que desenharam e Municipal da Boa Vista.

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Pelouro da Cultura expõe os traços típicos da Ilha das Dunas no Atlantic Music Expo

A Câmara Municipal da Boa Vista, através do seu pelouro da Cultura, marcou presença na 2ª Edição do AME (Atlantic Music Expo), que decorreu na cidade da Praia, entre os dias 7 e 10 de abril.

A delegação camarária com‑ Viana, milho ilhado, peixe A mesma direção assegura Workshops, oficinas, mer‑ posta pelo vereador da Cul‑ seco assado, ponche, que que as experiências ganhas cado de stand que visa a tura, Abel Ramos, Diretor foram devidamente embala‑ e os contactos conquistados promoção do intercâmbio da Cultura, Gilson Barros, dos e rotulados. permitiram obter novas expe‑ internacional e intercultural o responsável da Escola de Oferecendo um pouco da riências, que servirão para o entre as regiões conectadas Música, José Mosso e mais ilha aos visitantes do stand, melhor trabalho em prol do pelo oceano atlântico (África três artesãos (cestaria, olaria foram expostos e oferecidos desenvolvimento da autar‑ – Europa – Américas), bem e reciclagem) representaram flyers, mapas , brochuras da quia. como um espaço de troca e o Município ao mais alto Câmara, um roll on do site “Devemos deixar aqui rela‑ partilha de conhecimento. nível, com uma bela expo‑ promocional da autarquia tado que no geral o nosso Este espaço é uma oportuni‑ sição intitulada “Boa Vista – local. stand foi muito elogiado, dade de negócios de aber‑ Ilha Fantástica”. No outro stand, os artesões principalmente, pelos visi‑ tura de mercado profissional. Com dois stands no local, no da ilha deram mais vida tantes: o Ministro da Cul‑ É um cenário perfeito para interior havia uma lona pro‑ ainda a “Boa Vista – Ilha tura e o Primeiro­‑ministro, os profissionais interna‑ mocional dos artistas locais, Fantástica”, com a demons‑ teceram comentários posi‑ cionais da música, artistas “Boa Vista Ilha da Morna”. tração e venda de produtos tivos de como conseguimos cabo­‑verdianos e do exte‑ Nos outros lados, várias lonas de cestaria (cestos, chapéus) vender a imagem da ilha tal rior traçarem experiências e com imagem dos postais típicos desta ilha, olaria e como ela é”. conhecimentos, expandirem de visita da Ilha das Dunas, reciclagem made in BV. A AME é uma feira inter‑ seus contactos e atividades e algumas com informações Wanda Fernandes, do ramo nacional da música e seus descobrirem o país. sobre a sua geografia. da reciclagem, Alcides, da afins: painéis, showcases, Para vender a ilha aos filhos Olaria, e João Ferreira da da terra e aos estrangeiros foi cestaria consideraram positi‑ sempre passado um vídeo vas as suas participações na promocional sobre o que de 2ª Edição do Atlantic Music melhor há e se faz na Ilha da Expo. Boa Vista. De acordo com o pelouro da Para a ilustração da “Boa Cultura, no evento foi possí‑ Vista – Ilha Fantástica” foram vel demonstrar e promover utilizadas argila típica do os aspetos socioculturais da Rabil, areia das praias de ilha e suas potencialidades Santa Mónica, Cabo da que são vocacionadas para o Boa Esperança e Deserto de turismo.

Bubista • Dezembro • 2014 20 Promoção Social

Boa Vista recebe I Congresso Internacional das Artes

No âmbito do projeto “Um Olhar sobre as Artes na Ilha da Boa Vista – Contexto Escolar” a Câmara Municipal promoveu de 8 a 11 de abril o I Congresso Internacional das Artes, com um conjunto de atividades que visam promover a arte na Ilha.

Um seminário em que a cultura e a sua ligação com a educa‑ ção de crianças e jovens foram esmiuçadas por palestrantes nacionais e internacionais da área de expressão artística. Trata­‑se do primeiro con‑ gresso internacional reali‑ zado na ilha e que pôs sobre a mesa o ensino artístico e a aprendizagem. O evento, promovido pela autarquia local, serviu para a partilha de experiências entre os professores dos vários na socialização”, explicou a de Santiago de Compostela cruzam sobre as artes na Boa níveis de ensino, sobre a forma vereadora Iva Espírito Santo. (Espanha) e da atriz e profes‑ Vista” foram outras ativida‑ como usam as diferentes artes O congresso que, além dos sora de teatro Karina Lizardo. des que enriqueceram o pro‑ na sua prática letiva e qual a professores incluiu pais e alu‑ Os palestrantes, Pastor Ivan jeto sobre “Um Olhar sobre sua importância nas escolas. nos, contou com a especial Duarte, a Diretora da Biblio‑ as Artes na Ilha da Boa Vista”. Várias vertentes foram discuti‑ participação da professora teca Municipal, Verónica Leite Houve tempo ainda para a das durante o evento, “desde musical Joana Nogueira, mes‑ e o poeta Joaquim Monteiro Hora do Conto na Biblioteca a música, aos contos tradicio‑ tre em didática e história da também deram um grande Municipal (alunos e profes‑ nais, ao teatro, à literatura, bem educação e doutora em didá‑ contributo na reflexão sobre a sores), que contemplou três como a importância das artes tica e música pela universidade importância das artes no pro‑ momentos distintos: conto e cesso de aprendizagem. reconto da história “Oskar e o Jogos musicais, construção Crocodilo Violinista”, atelier de de instrumentos musicais música e atelier de desenho. reciclados, músicas e danças Esses ateliers visavam pro‑ tradicionais para crianças, mover hábitos de leitura em noções básicas de teatro e idade precoce, o contacto aplicação na sala de aula, com a música de forma lúdica representação da história através de jogos a apelar à “ovutia ganga” e seminário criatividade e imaginação dos de partilha: “olhares que se pequeninos.

Bubista • Dezembro • 2014 Notícias 21

Chineses querem construir oceanário na Boa Vista

A Ilha da Boa Vista poderá ganhar nos próximos anos um oceanário. Este investimento será construído pela empresa chinesa Qingdao Jinyitong, que também quer investir no ramo de hotelaria e complexos habitacionais.

O anúncio foi feito durante a visita de um hotel, um oceanário e zonas residen‑ Ilhas da Boa Vista e do Maio (SDTIBM). uma delegação empresarial chinesa à ciais. Numa primeira fase, vão precisar O Qingdao Jinyitong Group é especia‑ Ilha da Boa Vista para conhecer o mer‑ de cerca de 30 hectares de terreno”, lizado em tecnologias de construção de cado local e as oportunidades de negó‑ reforçou a vereadora Iva Espirito Santo. parques oceanográficos. cios, sobretudo no setor do Turismo. A comitiva chinesa, composta pelo Presi‑ A deslocação dos representantes da No encontro com o edil local, José Pinto dente do Qingdao Jinyitong Group, Yang empresa à Boa Vista é um dos resultados Almeida, o grupo Qingdao Jinyitong justi‑ Jun, Diretor­‑Geral do Qingdao Jinyitong da visita que o Embaixador da China em fica que esta infraestrutura é pensada para Internacional Trade Co, Itd., Qu Guan‑ Cabo Verde, Su Jian, efetuou em abril atrair mais turistas para a Ilha das Dunas. gwei, e o seu secretário, Lin Nan, reuniu­ passado, quando prometeu levar empre‑ Segundo o secretário Lin Nan, a Boa ‑se também com os responsáveis da Socie‑ sários do seu país a procurar oportuni‑ Vista é uma “bela ilha”, pelo que que‑ dade de Desenvolvimento Turístico das dades de investimento. rem com o oceanário procurar atrair os muitos turistas que escolhem a ilha para passar as suas férias, sobretudo euro‑ peus e americanos, já que a Ásia fica muito longe de Cabo Verde. “Vieram aqui à procura de oportunida‑ des de investimento, já têm um investi‑ mento concreto que é a construção de

Autarquia e Eco Chaves juntas no desentrave da Boa Vista

A Câmara Municipal da Boa Vista e a Associação de Emigrantes da Boa Vista Residentes em França (Eco Chaves) assinaram a 11 de março um protocolo que visa o financiamento de 21 casas de banho e um jardim infantil em Bofareira.

O documento foi assinado na desenvolver outros projetos til que beneficiará crianças de cidade de Sal Rei pelo Vice­ para a Boa Vista e para Cabo toda a localidade. ‑Presidente da Edilidade, e pelo Verde”, disse. Do montante total das obras, Presidente da Associação Eco O projeto está orçado em 80 por cento é proveniente Chaves, Orlando Livramento. cerca de 10 milhões de escu‑ do financiamento da Coope‑ Orlando Livramento lembrou dos e visa, segundo Xisto ração Francesa e cinco por que esta associação, com 25 Baptista, levar um pouco cento do Fundo da Associa‑ anos de vida, sempre tem tra‑ de qualidade de vida aos ção Eco Chaves. balhado para ajudar no desen‑ moradores dessa localidade volvimento de Cabo Verde e, de encravada da ilha. forma particular, da Boa Vista. Xisto Baptista, em nome da “Nós sempre pensámos em edilidade boa‑vistense,­ agra‑ Cabo Verde. Esta é primeira deceu o empenho da Asso‑ vez que conseguimos um ciação na mobilização destes financiamento deste tipo. recursos para a construção Esperamos que seja o pri‑ das 21 casas de banho nas meiro de muitos e que no residências das famílias mais futuro possamos também carenciadas e do jardim infan‑

Bubista • Dezembro • 2014 22 Notícias

Câmara faz uma forte aposta nos setores da agricultura e pesca

Os setores da agricultura e da pesca vêm sendo, dentro das atuais possibilidades, apoiados pela Câmara Municipal da Boa Vista, não obstante os parcos recursos de que dispõe e dos efeitos nefastos da conjuntura que vivemos.

No setor agrícola, à imagem do que se A par disso, dá­‑se lugar à valoriza‑ Feira Internacional de Agronegócios tem feito, a edilidade acompanhou a ção do solo, por sinal muito extenso, (FIA), evento que teve lugar entre os implementação do protocolo celebrado plano e fértil e ao aproveitamento dias 2 e 4 de maio de 2014 na Cidade com a Associação de Desenvolvimento dos recursos hídricos disponíveis, da Praia. da Agricultura e Pecuária da Zona Norte atribuindo­‑lhes, na prática, um valor A FIA decorreu, sob o lema “Promo‑ da Boa Vista, que se responsabiliza pela económico, que já possuem na sua vendo a Investigação e a Inovação na gestão de todos os equipamentos agrí‑ forma original. Agricultura Familiar”, de forma a repo‑ colas pertencentes à Câmara Municipal. O esforço, empenho e perseverança dos sicionar o setor no centro das polí‑ A Câmara Municipal, com recurso a meios jovens agricultores e pastores da Boa ticas públicas na agenda nacional e próprios, encomendou e apoiou um con‑ Vista, que vêm lutando e labutando con‑ apresentou­‑se como um espaço privile‑ junto de jovens agricultores, das localida‑ giado de negócios e contactos. des de João Galego, Estância de Baixo e Sal O evento contou com apresentações e Rei, em termos de equipamentos agrícolas, debates sobre a agricultura, pecuária e com a oferta de cinco (5) moto‑bombas­ e outros subtemas, e com forte participa‑ materiais de rega gota‑a­ ‑gota.­ ção dos agentes do setor. Igualmente, como forma de respon‑ O montante global da comparti‑ der à demanda dessa classe, adju‑ cipação da Câmara Municipal na dicámos e adquirimos uma moto­ deslocação (passagens aéreas) dos ‑pulvarizador e uma moto‑enxada,­ 11 (onze) agricultores, no percurso junto de uma empresa fornecedora Boa Vista/Praia/Boa Vista, orçou em nacional, que serão, assim que as 153.439$00 (cento e cinquenta e condições forem criadas em termos três mil, quatrocentos e trinta e nove da organização da classe, colocados à escudos). disposição dos agricultores do municí‑ pio. Equipamentos/Materiais: Fez­‑se também, recentemente, a aquisi‑ No domínio das pescas, outra ativi‑ ção, em Portugal, de uma pá niveladora dade muito acarinhada por esta autar‑ que completará o leque de equipamen‑ tra ventos e marés, sem muitos apoios quia, recorrentemente verificam­‑se tos agrícolas. institucionais e com um mercado local problemas técnicos nas câmaras de e nacional onde rareiam ou não existem frio e de produção do gelo na Peixa‑ Formação/Troca de experiências: fatores de produção disponíveis para ria Municipal, não obstante os esfor‑ A atividade agrária, especialmente agri‑ aquisição, deverá ser premiado e aca‑ ços, financeiros e materiais, para a cultura de regadio, assume no contexto rinhado. sua resolução, o que coloca em causa de desenvolvimento da Zona Norte, em Não obstante estas dificuldades, apraz todo o sistema de conservação do pes‑ especial, e do Concelho da Boa Vista, em verificar que há cada vez mais pessoas cado na Ilha e prejuízos aos pescado‑ geral, a par da atividade pecuária, um e famílias a dedicarem­‑se à agricultura res e peixeiras. relevante papel, contribuindo decidida‑ de regadio, com especial destaque para Os homens do mar viram as suas con‑ mente para a melhoria da dieta alimentar as localidades de João Galego, Estância dições de segurança melhoradas, com o dos boa‑vistenses­ e para o abastecimento de Baixo e Fundo das Figueiras, com recebimento, por parte de alguns benifi‑ das unidades hoteleiras aqui sediadas. reflexos positivos e visíveis ao nível do ciários, de equipamentos GPS, na totali‑ Constitui, por isso mesmo, uma impor‑ aumento de produção e, como é óbvio, dade doze (12). tante fonte de rendimento das famílias a ao nível do alargamento do espaço de Adquiriram­‑se em São Vicente cinco (5) ela afetas e gera alguns postos de traba‑ cultivo. botes de pesca e respetivos apetrechos lho que vão colmatando a inexistência Assim sendo, com o apoio desta autar‑ (motores fora de bordo) orçados em de emprego público, principalmente quia, 11 (onze) agricultores e criadores cerca de 3.500.000$00 (três milhões e nas zonas rurais. de gado da Boa Vista participaram na quinhentos mil escudos).

Bubista • Dezembro • 2014 Notícias 23

Empresários holandeses tencionam apostar no setor de agronegócio na Boa Vista

O representante da embaixada de Holanda, Arnout Nuijt esteve reunido com o Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Pinto Almeida, para avaliar e sondar as oportunidades no setor de agronegócios na Ilha da Boa Vista.

Arnout Nuijt disse que devido ao número de turistas que a ilha recebe, faz­‑se sentir a necessidade de um investimento deste setor na Boa Vista, o qual, a seu ver, será frutífero para ambos os lados. O setor dos agronegócios é uma das apostas, mas não descarta a possibilidade de investir em outras áreas, tanto na Boa Vista como nas demais ilhas.

Boa Vista foi contemplada com uma antena do IEFP

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) já reativou a sua antena na Ilha da Boa Vistae brevemente os jovens vão participar em formação nas áreas de instalação e manutenção de equipamentos do frio e refrigeração, animação turística e transformação agroalimentar.

Este é um dos frutos do proto‑ em outras ilhas. Por sua vez, tunidades de emprego e de dade do mercado e áreas que colo de cooperação assinado Vargas de Melo sublinhou autoemprego. têm uma grande demanda, entre o Presidente da Câmara que antes de ter como par‑ Agora as formações incluem Vargas de Melo propõe for‑ Municipal da Boa Vista, José ceiros a Câmara e a Socie‑ uma pequena compartici‑ mações nas áreas de ins‑ Pinto Almeida, e o Presidente dade de Desenvolvimento pação dos beneficiários, e o talação e manutenção de do Conselho de Administra‑ Turístico das Ilhas de Boa IEFP, junto com a edilidade equipamentos do frio e refri‑ ção do IEFP, Vargas de Melo. Vista e Maio era mesmo difí‑ local, quer proporcionar à geração, animação turística e O IEFP e a CMBV acordam, cil realizar uma ação de for‑ população esta oportunidade transformação agroalimentar. no interesse mútuo, desenvol‑ mação na Ilha das Dunas. de emprego e bem‑estar,­ atra‑ As áreas identificadas, ver uma atuação conjunta no Não obstante as formações vés do autoemprego, e dar segundo José Pinto Almeida, domínio da formação e orien‑ serem gratuitas, não havia assim o seu contributo para o são de muita valia e vão de tação profissional, do emprego pessoas interessadas ou dis‑ desenvolvimento desta ilha. encontro às necessidades da e empreendedorismo. poníveis e hoje, graças a De acordo com a oportuni‑ Boa Vista. Ambas as instituições vão um trabalho feito criar condições físicas, mate‑ por esses parcei‑ riais e financeiras para a ros, a sociedade criação de uma unidade for‑ tem reconhecido mativa na ilha, capaz de dar a importância respostas às demandas do de uma forma‑ público boa­‑vistense. ção profissional. O autarca local, José Pinto O Presidente do Almeida, reconhece que Conselho de apesar da crise se deve fazer Administração do uma grande aposta na forma‑ IEFP sustenta que ção profissional, sustentando a Boa Vista se tem que a Câmara tem feito um tornado uma ilha enorme esforço com envio muito atrativa e de estudantes para formação com muitas opor‑

Bubista • Dezembro • 2014 24 Notícias

Funcionários da Câmara capacitados em Atendimento ao Público Os funcionários de diferentes direções da Câmara Municipal da Boa Vista (CMBV) participaram de 26 de maio a 2 de junho numa numa formação sobre Atendimento ao Público. A formação foi ministrada pelo Dr. Nuno Álvaro Leão Melício, da empresa Universo – Treinamento Empresarial. Muitas vezes a imagem de presencial e via net, ética e menos de três meses, tendo a identificarem os comporta‑ uma empresa é definida pela postura no atendimento dos ainda em carteira mais for‑ mentos positivos e negativos qualidade do atendimento utentes e ainda como lidar mações para este ano e tam‑ nas suas funções específicas dos seus funcionários e a per‑ com pessoas difíceis e irri‑ bém para 2015. e assumirem compromissos formance no atendimento, tadas. A Inteligência Emo‑ Recorde­‑se ainda que no públicos de mudarem cons‑ seja presencial ou telefónico, cional no Trabalho, Rela‑ mês de abril, os trabalhado‑ cientemente os seus compor‑ é fator chave para a satisfa‑ cionamento Interpessoal/ res da edilidade frequenta‑ tamentos. ção dos clientes. Neste sen‑ Profissional e o Trabalho ram um workshop sobre a No encontro ainda tiveram tido, a autarquia tem feito em Equipa foram outros dos “Inteligência Emocional no a oportunidade de se debru‑ uma forte aposta na forma‑ temas abordados durante a Trabalho”, oferecida pelo Dr. çar sobre o que é paciência; ção dos seus funcionários, a formação. Nuno Melício. como exercitar a paciência; fim de se sentirem realizados Para fechar em grande, no Nesta ação os profissionais a diferença entre Comporta‑ pessoalmente, mas também dia 3 de junho os Vereado‑ aprenderam as regras elemen‑ mento e Atitude; como evitar para prestar um atendimento res, a Secretária Municipal, tares para lidar com emoções transferência emocional casa­ adequado e desejado aos os Diretores, os Delegados perturbadoras e impulsos ‑trabalho‑casa,­ como lidar utentes. Municipais e os Responsá‑ destrutivos e manter padrões com pessoas difíceis e irrita‑ Durante uma semana de veis de Serviço participaram de honestidade e integri‑ das. formação, os participantes num workshop sobre “Ges‑ dade, bem como contribuir Os funcionários saíram mais foram capacitados em maté‑ tão do tempo”, com o obje‑ para o desenvolvimento das capacitados para responder rias de formalidades de aten‑ tivo de ajudar esses funcioná‑ suas competências emocio‑­ ao mais alto nível aos desa‑ dimento, nomeadamente rios a controlar o seu tempo, nais. Este workshop permitiu fios camarários e para bem no atendimento telefónico, e também de fornecer ferra‑ que os participantes fizessem servir os munícipes. mentas técnicas e ideias de uma autoavaliação da cons‑ como assumir o controlo do ciência, do próprio compor‑ tempo, e assim ter o tempo tamento (autoconsciência), “de sua vida” (desejado). e da sua capacidade para Esta é a segunda ação forma‑ escolher em consciente‑ tiva promovida pela Câmara mente o seu comportamento, Municipal da Boa Vista, em incentivarem os participantes

Proteção Civil vai receber novos equipamentos

A Câmara Municipal da Boa Vista já assinou um contrato, orçado em cerca de quatro milhões e quinhentos mil escudos (4.500.000$00) para equipar o reativado Centro de Emergência e Proteção Civil Municipal da Ilha.

O edifício da Proteção mobiliários e equipamen‑ um veículo de combate a equipamentos. O Corpo de Civil vai receber novos tos de comunicação, com incêndios, o Centro de Pro‑ Bombeiros da Proteção­ vista a munir a equipa de teção Civil está equipado ‑Civil é formado por onze melhores condições para com uma motobomba, elementos, oito dos quais responder à demanda. O capaz de bombear 180 prestam serviço à ASA, no espaço foi inaugurado no toneladas de água por hora, âmbito de um protocolo de dia 1 de junho de 2002 e um “jopar” para sucção e colaboração. Os restantes paulatinamente vem sendo transporte de 8 toneladas três elementos prestam os apetrechando com os de água, macas, motosser‑ serviços de proteção civil à meios necessários. Além de ras, máscaras, entre outros população.

Bubista • Dezembro • 2014 Vox Populi 25

Questão colocada aos munícipes:

Qual a avaliação dos munícipes em relação ao desenvolvimento da Ilha da Boa Vista?

NADIA CRIVELLI, 36 anos natural de São Vicente mas reside há 15 anos na Ilha da Boa Vista (Sal Rei) Profissão: Empresária

“Em relação aos primeiros 8 a 10 anos mentos, pelo que não consegue atender que vivo cá, a Ilha da Boa Vista desen‑ toda a população. Exemplo, no fim de se‑ volveu muito, mas neste momento está mana a partir das 15h00 não tem nenhum estagnada. A nível da Educação deixa médico de plantão; há só um enfermeiro muito a desejar, temos uma escola primá‑ para dar conta de tudo o que se passa, o ria totalmente lotada, com faltas de salas, que, claro, é impossível. com um pátio sem condições que coloca Não temos saneamento em condições, em causa a segurança das nossas crian‑ as estradas estão péssimas e a iluminação ças porque devido à lotação de alunos pior ainda. No meu caso pago 4 taxas de alguns sentem a necessidade de ir brincar iluminação e onde eu moro vivo às escu‑ fora do recinto escolar. O Liceu que te‑ ras sem nenhuma iluminação na rua. mos não tenho palavras para descrever, O turismo sim traz desenvolvimento para simplesmente está num estado degrada‑ a ilha, criando postos de trabalho, mas do com falta de tudo. Também temos um tem que criar condições para suportar a Centro de Saúde com falta de mais mé‑ entrada dos turistas na Vila. dicos especialistas, enfermeiros e equipa‑

ITSYA QUINTINO 27 anos, natural da Ilha do Sal, mas reside na Boa vista há 4 anos (Sal Rei) Profissão – Farmacêutica.

Para uma ilha turística está aquém das farmácia que nem sempre tem medica‑ expetativas. Para falar de um progresso mentos para servir a população. efetivo é necessário um desenvolvimento Não temos hospital, há simplesmente um geral tanto a nível de infraestruturas como Centro de Saúde com poucos quadros de educação e saúde, para poder ter mais profissionais e mesmo a nível de atendi‑ suporte tanto para os turistas, visitantes e mento deixa muito a desejar. Também há quem vem de outras ilhas como também falta de equipamentos e mais médicos. para a população local. A nível turístico é necessário incremen‑ A nível da Educação estamos mal servi‑ tar nova política de turismo, porque com dos com escolas sem suportes. esse all inclusive muitos ficam prejudica‑ Também a nível de Saúde temos grandes dos, porque tudo fica concentrado dentro problemas, e pior é que apenas há uma do hotel.

Bubista • Dezembro • 2014 26 Vox Populi

DILMA FRUNCH, 32 anos, natural de São Vicente, mas reside há 11 anos na Ilha da Boa Vista (Rabil) Profissão: Doméstica.

Nestes 11 anos que aqui vivo, a ilha de‑ tos, por outro, lamento pela falta de qua‑ senvolveu de forma fantástica. Houve lidade de Educação e Ensino. muitas infraestruturações da ilha e novas Acho que a nível da Educação e Saúde obras estão a nascer. ainda falta muito para fazer. Se por um lado aplaudo esses investimen‑

CARLOS TEIXEIRA, 43 anos, natural de Santiago mas residente em Sal Rei Profissão – Taxista

A meu ver a ilha tem tido um enorme de‑ pleto, nós os taxistas, estamos a perder o senvolvimento em todos os níveis, mas só terreno. que a nível de Turismo baixou. Acho que deveria haver algum ajuste de O sistema do all inclusive, com as em‑ forma que todos sairiam a ganhar. presas estrangeiras a fazer o serviço com‑

ADMILTON CARLOS SANTOS, 27 anos natural de Boa Vista (Sal Rei) Profissão: Taxista

A meu ver a nível turístico, Boa Vista ser. Exemplo criando um flyer, passan‑ desenvolveu com muita velocidade, do informações sobre a ilha. temos movimento durante todo o ano, Em relação a saúde sendo a Boa Vista agora os benefícios é que são poucos. uma das maiores ilhas turísticas deve Falando do all inclusive, não é a pior ser feito investimento porque é inad‑ coisa que há, mas temos tido sim gran‑ missível ter um Centro de Saúde sem des dificuldades em ter contacto com nenhuma condição. os turistas. Saneamento não tem uma rede de es‑ Acho que o Governo deveria criar con‑ gotos e as estradas têm que ser revistas dições para que certas informações porque não é aceitável. possam chegar aos turistas como deve

Bubista • Dezembro • 2014 Vox Populi 27

VICTOR FORTES – 31 anos, natural da Ilha da Boa Vista Profissão: Professor Na minha opinião ainda a Boa Vista de deixa muito a desejar. A educação não conheceu o desenvolvimento, mas na Boa Vista está muito atrasada, pode sim um crescimento. Por exemplo fala‑ ter um quadro de docente bem forma‑ mos do turismo como motor de desen‑ dos, mas falando do espaço físico está volvimento de um país e aqui na ilha um caos. em relação ao turismo há muita coisa Para um alavanque desta ilha, esses por fazer. problemas/constrangimentos devem Não temos saneamento em condições, ser solucionados. as estradas nem se fala e a nível da Saú‑

LÍDIA DUARTE – 40 anos natural, de São Nicolau, mas reside na Boa vista há 12 anos Profissão: Comerciante

Há alguns anos a Boa Vista deu um dade e que mais contribuem para o seu grande avanço a nível de desenvolvi‑ desenvolvimento, como por exemplo mento, mas de momento está estag‑ a nível de Saúde, Saneamento, Educa‑ nada porque há muita coisa ainda por ção, infraestruturas etc. fazer. A Educação é um dos fatores que deve Tenho uma grande afeição por esta ilha ser visto com mais urgência, porque o e, claro, gostaria de a ver mais além nosso Liceu está num estado degrada‑ no seu desenvolvimento. Espero que do e sempre digo: as nossas crianças de quando isso acontecer, eles possam fo‑ hoje são o futuro de amanhã. car mais nos fatores com mais necessi‑

Bubista • Dezembro • 2014 28 Empreendedorismo

Povoação Velha ganha Atelier de Artes

No dia 29 de abril o Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Pinto Almeida, presidiu à inauguração do Atelier de Artes de Povoação Velha.

O Atelier de Artes ora inau‑ Arte e com o desenvolvi‑ ratura, música, teatro, dança por onde passam muitos gurado está orçado em mais mento turístico. e gastronomia, oferendo turistas, contribuindo desta de um milhão e meio de Este espaço vai reunir vários aos turistas a possibilidade forma para enaltecer o que de escudos (1.626.460$00) e tipos de expressões artísticas de comprarem artesanato mais relevante existe na Boa trata­‑se de um espaço com e culturais como: artes plásti‑ genuíno da Ilha da Boa Vista. Vista e consequentemente forte compromisso, com a cas, artesanato (palha/cestaria, O Atelier de Artes situa‑se­ à contribuir para o incremento promoção da Cultura e da bordados, pinturas, etc.), lite‑ entrada desta aldeia, local do turismo criativo.

Dez formandos terminam formação em Higiene e Segurança Alimentar

A Câmara Municipal da Boa Vista, através do Gabinete de Empreendedorismo, promoveu no mês de junho um curso na área de Higiene e Segurança Alimentar.

A formação foi ministrada pelo técnico Segurança Alimentar e a sua importân‑ importância das temperaturas nos ali‑ Neyith Santamaria, Diretor de Higiene cia na indústria da restauração, parâme‑ mentos. e Segurança Alimentar no Hotel Royal tros e exigências na receção da merca‑ Esses formandos saíram mais capacita‑ Decameron. doria, a data de validade, importância dos para melhorar as suas prestações na Durante 3 semanas os participantes para estabelecer medidas de controlo promoção da Higiene e Segurança Ali‑ apreenderam de forma geral o que é a em cozinhas, conceito de desinfeção e mentar.

Bubista • Dezembro • 2014 Empreendedorismo 29

João Galego: Artesanato, produtos agrícolas, agropecuária e a típica gastronomia tornaram­‑se atração dos turistas e principalmente da população de Sal Rei

A pequena Aldeia de João Galego, outrora meia sem vida, ganhou novos contornos com a realização da Feira Agropecuária do Norte, promovida pela Câmara Municipal, em parceria com a Associação dos Agricultores local.

Sem nada para atrair os turistas Paulatinamente a popula‑ nesta zona. Os vendedores do turismo na Ilha da Boa e a população de outras locali‑ ção vai adquirindo o hábito explicam que na aldeia tudo Vista. Gilda Mosso explica dades a João Galego, nasce a de deixar a cidade e ir é mais barato, porque não há que anteriormente este ideia da realização desta feira, ao encontro daquilo que muita despesa com transporte. povoado não dispunha de que acontece ao primeiro melhor se produz na Boa De acordo com a Presidente nada que atraísse os turistas domingo de cada mês. Vista a um preço favorável. da Associação dos Agriculto‑ ou até mesmo os moradores A Feira Agropecuária do Os guias turísticos também têm res do Norte, Gilda Mosso, a de outros pontos da ilha, e Norte é uma montra genuína colocado esta feira nas suas pacata aldeia de João Galego o resultado é satisfatório. Na dos produtos originários rotas, dando assim mais‑valia­ tem todas as condições para feira ainda é possível dar um das aldeias de João Galego, ao desenvolvimento do turismo potenciar o desenvolvimento passeio de burro e de cavalo. Fundo de Figueira de Cabeça de Tarrafes: gastronomia, agricultura e pecuária. Pro‑ dutos frescos e a bom preço, cestarias, chapéus de palha, bordados, artesanato feito em barro e argila, são expos‑ tos na Rua Direita de João Galego e têm atraído tanto os munícipes como os turistas.

Praça de Santa Isabel transformada numa montra de artesanato genuíno da Ilha

A Câmara Municipal da Boa Vista realiza a cada segunda sexta-feira de cada mês, a Feira Tradicional de Sal Rei. Um evento com forte compromisso com a cultura, a arte, o social e o desenvolvimento turístico.

O objetivo, de acordo com a nomia e da arte”. A feira expõe des, literatura, música, teatro, reira é uma das artes mais Autarquia, é promover uma ao público arte plástica, artesa‑ dança, gastronomia. ancestrais da ilha que natu‑ excelente oportunidade de nato, palha/cestaria, bordados, A exposição de chapéus tra‑ ralmente não pode faltar no promoção da cultura da ilha, pintura, fotografia, antiguida‑ dicionais de folha de tama‑ certame. a troca de experiências e de saberes entre os vários artistas presentes e o público em geral, sem esquecer do carácter pro‑ mocional para o meio turístico. “Todos os visitantes terão a oportunidade de vivenciar tra‑ ços marcantes da cultura da Boa Vista expressos através da dança, da música, da gastro‑

Bubista • Dezembro • 2014 30 Educação e Infância

CMBV oferece computador à Delegação Escolar da Ilha

O computador oferecido vem na sequência de uma solicitação da Equipa de Coordenação Pedagógica que se lançou numa campanha de mobilização de parcerias e meios para a criação de uma sala com mínimas condições para atendimento de crianças com necessidades educativas especiais.

Um dos grandes objetivos O ensino de qualidade e uma deste projeto de implementa‑ educação inclusiva, onde ção de uma sala de recursos todas as crianças possam é a criação de uma equipa ter direito de participação e multidisciplinar para ajudar aprendizagem, independen‑ os professores na identifica‑ temente da sua condição ção dos transtornos, visando física ou psicológica, é uma o devido encaminhamento e tarefa de todos, daí que todos possível tratamento. devem abraçar esta causa.

Câmara Municipal enriquece as férias das crianças

Como forma de preencher os tempos livres das crianças no período de férias escolares, a Câmara Municipal da Boa Vista, através do pelouro de Promoção Social, pôs ao dispor da camada infantil uma agenda rica em atividades lúdicas e recreativas.

Nas férias é necessário para que a natação, projeção de filmes e desenhos peão, corridas de saco, ovo, carros de lata, criança recarregue as suas baterias e animados, leituras (ler é saber mais) e vão momento musical e pinturas faciais. absorva novos tipos de conhecimento poder assistir à apresentação do livro infan‑ Para as crianças que gostam de brincar sendo justamente nesta época do ano til “O Pirilampo e a Libélula” de Carme‑ de donas de casa, vão aprender brin‑ que muitos pais entram em pânico e linda Gonçalves. cando – “Um dia na Cozinha”. ficam sem saber o que fazer para ocupar Ainda estão agendados o programa “Pro‑ Essas brincadeiras visam prender o inte‑ o tempo livre dos filhos. teger as tartarugas” que vai acontecer em resse dos pequenos e aliar diversão às Por falta de opções, muitas crianças aca‑ parceria com a BIOS CV, Star watching atividades saudáveis e educativas. bam por passar muito tempo frente à TV e (Observação das Estrelas), “Conhecendo Durante as férias, o computador e tele‑ do computador, ou então a brincar nas ruas. a Lua e as Estrelas”, desenvolvida junto visão devem ser a última opção e é A autarquia da Boa Vista, a pensar na diver‑ com Humana Skala e Naturalia. necessário que a criança recarregue as são dessas crianças e no seu bem‑estar,­ ela‑ As crianças terão ainda a oportunidade de suas baterias e absorva novos tipos de borou uma rica agenda, incluindo diversas brincar na roda de capoeira, com o grupo conhecimentos, que são tão importan‑ atividades como oficinas de inglês, dança, Abadá Capoeira, expor brinquedos e brin‑ tes para a sua aprendizagem diária e música tradicional, informática, aulas de cadeiras tradicionais como jogos de malha, que também lhes sirvam nas escolas.

Bubista • Dezembro • 2014 Educação e Infância 31

Câmara oferece equipamentos e materiais didáticos ao Jardim de João Galego

O jardim infantil S. Francisco de Sales, situado na pacata aldeia de João Galego, foi contemplado com diversos equipamentos e materiais didáticos, oferecidos pela Câmara Municipal da Ilha.

O jardim foi equipado com A edilidade tem trabalhado As criancinhas ficaram todas agora vão poder trabalhar em um frigorífico, materiais arduamente para melhorar a alegres e a responsável pelo melhores condições. didáticos, plasma e outros qualidade no ensino no pré­ jardim agradeceu à autar‑ equipamentos. ‑escolar na Ilha das Dunas. quia local sublinhando que

Crianças da Boa Vista beneficiam da Saúde Oral

Dois Dentistas da ONG KIDS International Dental Services em parceria com a Câmara Municipal da Boa Vista percorreram algumas escolas e jardins deste município, para avaliar a saúde oral das crianças dos 4 aos 7 anos.

Estes dois dentistas fize‑ ças advenientes do pouco riso das Crianças, Jardim ONG KIDS International ram a aplicação de Fluor cuidado com a saúde oral. Pancinni, Jardim da Bofa‑ Dental Services promete‑ Varnish, para proteger os Nesses três dias de traba‑ reira e também todos os ram trazer mais especia‑ molares permanentes que lho foi colocado flúor nos alunos do 1º e 2º ano do listas nessa área, para dar as crianças nesta idade molares a todos os alunos polo da Bofareira. continuidade a esse projeto apresentam e também para do 1º ano do polo número Para a próxima missão à e abranger mais localidades as proteger de outras doen‑ 1 de Sal Rei, do Jardim Sor‑ Boa Vista, dentistas da deste município.

Bubista • Dezembro • 2014 32 Saúde Pública

Chega novo camião para reforçar a recolha do lixo

Chegou recentemente à Boa Vista um novo camião oferecido pela Câmara Municipal do Seixal.

Esta oferta foi feita aquando dos 40 anos do 25 de abril vidade para a satisfação dos pio em termos de recolha e da participação do autarca em Portugal. munícipes. transporte do lixo, visando a boa­‑vistense, José Pinto O novo camião de recolha Esse camião veio reforçar melhoria do saneamento no Almeida, nas festividades do lixo já se encontra em ati‑ a capacidade do municí‑ Concelho.

Plano Verde Municipal

Em 2013 a Câmara Municipal da Boa Vista apresentou publicamente o seu Plano Verde da Cidade de Sal Rei, enquanto instrumento de planificação dos espaços verdes, áreas de lazer e jardins, necessários para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida nesta cidade.

Para sua implementação era neces‑ responder às demandas de arboriza‑ aguarda-se pela chegada de plantas sário criar algumas condições. Sub‑ ção e criação de espaços verdes em encomendadas da Ilha de Santiago. sequentemente foi elaborado um toda a ilha. A edilidade adquiriu vários equipa‑ projeto de criação de um Viveiro Foi elaborada um projeto de arboriza‑ mentos para trabalhos de jardinagem Municipal de Mudas para que se ção que foi financiado pela Direção e arborização no valor de trezentos possa ter capacidade endógena para Geral do Ambiente e neste momento mil escudos (300.000$00).

Campanhas de limpeza

Campanhas de limpeza são grupos organizados, as diver‑ Neste momento vários proje‑ Brevemente passarão a ser realizadas regularmente sas ONGs, ou mesmo de tos estão em ação com vista transmitidos pela Rádio por iniciativa do gabinete individualidades tendo sem‑ a trabalhar a consciência dos Comunitária programas de Ambiente e Saneamento pre o forte apoio da Câmara, munícipes para as questões de IEC e serão ministrados (normalmente para come‑ com materiais (bolsas de de educação ambiental, con‑ pequenos cursos de recicla‑ morar as efemérides ambien‑ lixo, luvas, boquilhas, ferra‑ tando com diversos parceiros gem e reaproveitamento de tais), ou das Delegações mentas) e transporte do resí‑ da sociedade civil e institui‑ resíduos que possam ser rein‑ Municipais, quer por inicia‑ duo recolhido para a lixeira ções dos serviços descon‑ seridos no ciclo dos R. tivas de particulares, como municipal. centrados do Estado.

Bubista • Dezembro • 2014 Saúde Pública 33

A autarquia tem apostado na melhoria do Saneamento no município

A edilidade da Ilha da Boa Vista tem feito grandes esforços para amenizar o problema do saneamento na Ilha da Boa Vista.

Com o crescimento do ligados ao saneamento. 1100L, 20 de 240L, 20 de mais de quatro mil con‑ turismo na ilha e da sua Recentemente adquiriu 95L, 10 carrinhos-de-mão tos (4.014.000$00), foram população, a produção do diversos equipamentos e para apanha de varredura pagos ainda 200 contos de lixo diário aumentou con‑ ferramentas num montante de jardim, rodas de carri‑ transporte e 800 contos de sideravelmente, obrigando que ascende aos cinco mil nhos e rodízios para con‑ despesas alfandegárias. a autarquia a repensar a contos (5.000.000$00). tentores. sua estratégia de fazer face Foram ainda importados de Somente a fatura destes ao combate aos problemas Portugal 50 contentores de equipamentos ascende a

Funcionários da Câmara participam numa formação em jardinagem

Reconhecendo a imperiosa necessidade de se reforçar as capacidades técnicas dos funcionários que lidam diariamente com criação e manutenção dos espaços verdes municipais, tanto na cidade de Sal Rei, como nos outros povoados, a autarquia promoveu uma formação em jardinagem que visa a capacitação desses funcionários.

Terminando a formação os formandos A formação, que decorreu no Centro da ‑se sobre as técnicas básicas de jardina‑ receberam os certificados de participa‑ Juventude de Sal Rei, foi ministrada pelo gem, o cultivo em viveiro, as instalações ção. técnico da Delegação do Ministério de de jardinagem e a gestão básica em jar‑ O objetivo desta formação é alargar a Desenvolvimento Rural, Guilherme dinagem. capacidade técnica desses funcioná‑ Pires, e prolongou-se até o dia 30 de Cada um destes modelos tem diversos rios, permitindo-lhes ter conhecimentos julho. subtemas que permitem que os forman‑ teóricos e práticos para o desempenho Durante um mês, cerca de 25 pessoas da dos saiam mais preparados para lidar cabal das suas funções. cidade e do Norte da ilha debruçaram­ com os trabalhos de jardinagem.

Bubista • Dezembro • 2014 34 Desporto

Associação Varandinha assume a gestão do polidesportivo de Povoação Velha

A Associação Varandinha de Povoação Velha passa a partir de agora a gerir o polidesportivo desta localidade, ao abrigo de um protocolo assinado no dia 29 de abril entre o Presidente da Câmara Municipal, José Pinto Almeida, e o Presidente do Conselho Diretivo da Associação, Engº João Henrique Gomes Cruz.

A assinatura desse protocolo dida por João Henrique Gomes contos, pelo que o Presi‑ desportiva com bancadas, teve como objetivo a conces‑ Cruz fica obrigada a zelar pela dente da Câmara Municipal balneário, salas de apoio são e gestão do Polivalente organização e utilização do exortou a todos os munícipes ao edifício, 2 balizas para a Desportivo da localidade Polivalente, a sua preservação, deste povoado a cuidar da prática de futebol de salão, 2 de Povoação Velha recente‑ bem como a empenhar­‑se na sua preservação. postes para a prática do bas‑ mente requalificado, respon‑ prestação de um serviço de Na ocasião, João Cruz ape‑ quetebol. dendo assim a uma neces‑ qualidade aos munícipes. lou aos munícipes para usem Ainda na localidade de sidade de maximização dos O polidesportivo estava total‑ a placa desportiva “de forma Povoação Velha foi inaugu‑ espaços e infraestruturas des‑ mente danificado e a autar‑ coerente e educada” para rado um troço de estrada, portivas, à promoção de com‑ quia quis devolvê‑lo­ nova‑ que no futuro a edilidade proporcionando mais con‑ petitividade e prática despor‑ mente com muita dignidade venha a sentir orgulho de ter forto aos munícipes locais. tiva no seio dos clubes da ilha à população local. entregue à Associação a ges‑ Obra que ainda tem conti‑ e grupos juvenis, entre outros. O Polivalente totalmente rea‑ tão da infraestrutura. nuidade com o calcetamento Nos termos do compromisso bilitado custou aos cofres da A referida placa desportiva exterior ao polidesportivo assumido, a Associação presi‑ autarquia mil e seiscentos é composta por uma nave desta localidade.

Edilidade promove atividades de Páscoa

A Câmara Municipal da Boa Vista, através do seu Pelouro do Desporto, realizou no mês de abril um conjunto de atividades, inseridas no âmbito da celebração das festas de Páscoa.

Segundo o Vereador da tempo de festas, a toda a são algumas das ativida‑ dos com troféus, com exce‑ pasta do Desporto, Idil‑ população. des que aconteceram um ção do ciclismo, em que foi ton Brito, o objetivo des‑ Jogos de futebol de rua (Sub pouco por todos os bairros. dado um valor monetário tas ações é proporcionar 17, Veteranos), ciclismo, Em todas as atividades os aos vencedores. o intercâmbio e lazer, em jogos tradicionais (ringue), vencedores foram premia‑

Bubista • Dezembro • 2014 Desporto 35

Câmara da Boa Vista marca presença na VIII Edição da Convenção Internacional do Desporto em África

A Câmara Municipal da Boa Vista, através do seu pelouro de Desporto, conduzido pelo vereador Idilton Brito, marcou presença na VIII Edição da Convenção Internacional do Desporto em África (CISA 2014), rea‑ lizada na Ilha do Sal, entre os dias 01 e 03 de maio.

A Convenção Internacional do Desporto A VIII Edição da Convenção Inter‑ lugar a VII Edição do “Africa Sports em África (CISA) constitui uma plata‑ nacional do Desporto em África foi Hall of Fame” e a cerimónia da “JAPPO forma única de comunicação e partilha uma oportunidade para discutir o pro‑ Awards” onde foram homenageados de experiências entre profissionais do cesso de conceção, produção, gestão stakeholders e instituições desporti‑ Desporto, representando uma oportuni‑ e comercialização da oferta turística vas que contribuíram, através das suas dade para as organizações desportivas baseada no desporto e em eventos ações, para o desenvolvimento do des‑ nacionais e internacionais se reunirem desportivos, assim como no estabe‑ porto em África. e discutirem, juntamente com dirigentes lecimento de engenharias do turismo O evento contou com a presença de e decisores, questões importantes relati‑ desportivo em África. No evento houve grandes profissionais e decisores ‑ des vas ao desporto em África. um jantar de gala, durante o qual teve portivos africanos e internacionais. Para esta VIII Edição, reali‑ zada na Ilha do Sal, o tema centrou‑se­ no “Desporto e Turismo” tendo em conta as potencialidades turísticas e desportivas da Ilha do Sal e de Cabo Verde, no geral, em muito semelhantes a algumas cidades africanas.

Câmara patrocina desportistas da Ilha

Os desportistas da Ilha da Boa Vista são muito prestigiados pela edilidade da Ilha das Dunas.

O Desporto constitui um fenómeno universal que ocupa um ilhas de Cabo Verde e a cada ano vem ganhando mais força. lugar de relevo no âmbito das atividades humanas, atraindo as O ícone do desporto cabo‑verdiano­ e filho da Boa Vista, Adil‑ atenções e a participação de elevado número de pessoas de son Fortes Spencer Varela, já foi várias vezes apoiado pela edi‑ todas as idades, mobilizando poderosos meios económicos e lidade para participar em provas nacionais e internacionais. humanos. É inquestionável o contributo que a Câmara Municipal A Câmara disponibilizou setenta e um mil e duzentos e doze da Boa Vista tem dado em prol do desenvolvimento do desporto. escudos, destinados a aquisição da sua passagem para partici‑ Personalidades e figuras desta ilha já se destacaram ao longo dos anos par na 42ª edição da competição internacional de atletismo de no domínio do desporto pelo seu interesse, dedicação e entrega a “100km del Passatore” que ocorreu em Itália, no mês de maio. esta nobre causa e que, deste modo, contribuíram para o desenvol‑ Adilson Varela recebeu ainda patrocínios para participar na vimento do desporto cabo‑verdiano­ e da Boa Vista, em particular. prova dos “100km de Millau”, A autarquia assumiu a responsabilidade de patrocinar um dos a ter lugar no dia 27 de setem‑ melhores ciclistas do município da Boa Vista, Nelson Miranda, bro, em França. para representar a ilha ao mais alto nível, no Giro da Praia em Nessa sua participação na Bicicleta, que aconteceu no dia 25 de maio, na capital do país. Ultramaratona dos “100km de A Organização Equestre recebeu também o apoio da Câmara, Millau”, a Câmara Municipal no valor de 25 mil escudos, para representar a Boa Vista, na assumiu arcar com o custo corrida de cavalos, nas festividades de maio, na Ilha do Fogo. total da passagem Boa Vista/ Convém realçar que a prova de hipismo é comum em várias Paris/Boa Vista.

Bubista • Dezembro • 2014 36 Obras Municipais

Município acolhe várias infraestruturas em pouco tempo

A Ilha da Boa Vista conta de momento com várias infraestruturas novas e muito está para vir.

Um pouco por todo o povoado, a reabilitação do Centro de Juventude, autarquia tem em curso várias obras obras do projeto “Asdob Reboca e que vão dar uma nova dinâmica, à Pinta bu Casa”, construção do centro ilha mais turística do país. turístico e agropecuário e as obras da Em maio, o Presidente da Câmara construção de um jardim infantil, na Municipal, José Pinto Almeida, e zona de Bofareira. elementos da sua equipa, estiveram Já no dia 28 foi a vez das localidades durante três dias no terreno, para de Povoação Velha, Estância de Baixo inteirar-se in loco do andamento das e Rabil, onde avaliaram o ritmo das obras municipais nas diversas locali‑ construções das 5 habitações nestes dades. No dia 27 visitaram as obras três povoados e a aplicação do pro‑ de reabilitação da Praça de Cabeça jeto “Asdob Reboca e Pinta bu Casa”. dos Tarrafes, o Centro Social e ainda E no terceiro foram analisados os as obras de drenagem de água, cons‑ investimentos em curso na cidade de trução de habitação social e de reabi‑ Sal Rei, nomeadamente os de constru‑ litação do posto sanitário. ção da Escola de Formação de Pesca‑ Nesse mesmo dia visitaram as obras dores, Pavilhão Desportivo, Centro de de construção de duas habitações Artes e Cultura e Centro Comercial. sociais no povoado de João Galego,

250 famílias vão beneficiar da ligação à rede pública de abastecimento de água em Rabil

Encontram‑se­ em curso as obras de extensão/ampliação e ligação da rede pública de abastecimento de água no povoado de Rabil, cujo lançamento da primeira pedra foi feito no início de julho pelo Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, José Pinto Almeida.

A Câmara Municipal tem vindo a inter‑ merado populacional desta ilha e ali há tecimento de água, com vista à redução vir no domínio de abastecimento da um número considerável de residentes da pobreza e à melhoria da qualidade água potável às populações, com gan‑ que enfrentam dificuldades na obtenção de vida da população do Rabil e da Boa hos substanciais, embora ainda persis‑ deste precioso líquido. Vista em geral. tam muitas carências, resultantes em No sentido de minimizar esta carên‑ A extensão/ampliação e ligação da grande parte do aumento da população cia vão arrancar em breve as obras rede pública de abastecimento de na ilha, aliado aos escassos recursos de extensão/ampliação e ligação à água no povoado de Rabil custa cerca disponíveis para fazer face a esta pro‑ rede pública de abastecimento nesta de 11 mil contos e é cofinanciada pelo blemática. aldeia. Governo, através do Ministério do Nesta ilha muitas famílias ainda não O projeto consiste na extensão e ligação Ambiente. dispõem de ligação da rede domiciliá‑ de 250 famílias à rede de abastecimento A ligação da rede domiciliária de água é ria de água, principalmente no povoado de água potável, reduzindo assim a uma reivindicação antiga dos moradores do Rabil, ficando dependentes de fon‑ penúria de água nessa localidade. do Rabil e é também, na perspetiva da tanários que conseguem dar resposta à Com este projeto a Câmara Municipal Câmara Municipal, a qualificação desta demanda. da Boa Vista quer melhorar tanto em zona que já conta com uma importante O povoado de Rabil é o segundo aglo‑ quantidade como em qualidade o abas‑ dinâmica social e económica.

Bubista • Dezembro • 2014 Obras Municipais 37

21 famílias beneficiam de casas de banho

A Câmara Municipal da Boa Vista já iniciou as obras de construção de 21 casas de banho em diversas localidades da Ilha das Dunas.

O projeto, orçado em nove cia de Baixo e João Galego. conómicas mais vulneráveis, mil contos, que é cofinan‑ Os beneficiários já estão todos não possui casas de banho. ciado pela Associação Eco selecionados e esse inves‑ De realçar que num estudo Chaves, vai beneficiar famí‑ timento tem como objetivo da Afro Sondagem em 2009, lias das zonas de Sal Rei, melhorar as condições sani‑ foram identificadas 5312 Rabil, Povoação Velha, Bofa‑ tárias no Município da Boa famílias sem casa de banho, reira, Fundo das Figueiras, Vista, onde a maioria das ou seja mais de 40% da Cabeço dos Tarafes, Estân‑ pessoas, de condições socioe‑ população local.

A Ilha da Boa Vista passa a contar com cinco parques de Fitness.

Dois na cidade de Sal Rei, um em Rabil, um em Estância de Baixo, e o último a ser inaugurado foi o do povoado de João Galego, custando à autarquia cerca de três mil contos.

A construção dessa infraes‑ uma vida mais saudável. trutura não para por aqui e o O povoado de Estância de objetivo é contemplar todos os Baixo, além de um Fitness bairros com esse tipo de equi‑ Park recebeu um chafariz e pamento, fazendo com que um balneário, investimentos cada jovem, adulto ou idoso que rondam à volta de quatro possa ter um espaço para pra‑ mil contos. No dia da inau‑ ticar exercícios físicos. guração do Fitness Park da A criação do “ginásio” ao ar aldeia de Estância de Baixo, o livre, além de cooperar para Presidente da Câmara entre‑ a requalificação do meio, gou equipamentos desporti‑ ajuda a população a manter vos a uma das equipas locais.

Escola de Formação de Pescadores

A Escola de Formação de Pescadores é um projeto que pretende ser uma referência a nível nacional, visando a capacitação dos homens do mar.

Sito ao lado da Peixaria não só a pescadores, arma‑ Municipal, o espaço terá três dores de pesca e peixeiras, salas de aula, uma secretaria, mas também a uma grande receção e casas de banho e camada de jovens. vai custar nove mil contos. Esta escola pretende formar A construção de uma escola pescadores, proprietários de formação profissional das embarcações, peixeiras na cidade de Sal Rei pre‑ e jovens da ilha, para dina‑ tende proporcionar as mais mizar outras fontes de rendi‑ diversas ações de formação mento para as comunidades.

Bubista • Dezembro • 2014 38 Obras Municipais

Famílias vulneráveis recebem casas novas

O Presidente da Câmara Municipal, José Pinto Almeida, entregou no mês de março moradias sociais a três famílias desfavorecidas das localidades de Sal Rei e Rabil, cerimónia que culminou ainda com o lançamento de pedras para a construção de mais quatro habitações.

A problemática da habitação os problemas habitacionais A alegria estava estampada das famílias, através da habi‑ social constitui um calcanhar existentes na ilha. na cara das três famílias que tação social, foram entregues de Aquiles um pouco por “A melhoria das condições receberam as chaves de suas mais quatro moradias, duas todo o arquipélago e a Ilha de vida dos munícipes cons‑ casas tipo T2 e T3. em Rabil e duas em Estân‑ da Boa Vista não foge à regra. titui uma das prioridades fun‑ Marcelino Rocha, um senhor cia de Baixo. Obras que vão Por cada recanto do muni‑ damentais desta autarquia. com mais de 70 anos e defi‑ custar ao cofre da edilidade cípio há pessoas que vivem Queremos criar condições ciente visual foi um dos beni‑ mais de cinco mil contos. em condições desumanas, de habitabilidade às pessoas ficiários. Marcelino disse não Convém frisar que de almejando por uma habita‑ de Sal Rei e Cabeça Tarrafe, ter palavras para agradecer momento estão em constru‑ ção condigna. sobretudo aos jovens”, frisou este gesto já que quase per‑ ção 12 habitações sociais, Não fechando os olhos às José Pinto Almeida. deu as esperanças de ter espalhadas pelos povoados. problemáticas dessas famí‑ De acordo com o autarca, uma casa condigna. “Quero “As necessidades são maio‑ lias, a autarquia abraçou o as casas entregues estão agradecer a todos, quase res que os recursos, mas pau‑ desafio de criar uma política orçadas em mais de quatro que perdi as esperanças, latinamente vamos dando social virada essencialmente mil contos, realçando ainda mas mais vale tarde do que resposta”, concluiu o Presi‑ a essa camada desfavorecida que se encontra em curso nunca e quem espera sempre dente da CMBV. e consequentemente reduzir um programa de reabilitação alcança”. das moradias em Sal Rei que “Hoje tenho a minha casa e custa ao cofre da autarquia estou muito feliz, fiquei sur‑ cerca de oito mil contos. presa ao receber a notícia de “Essas ajudas englobam blo‑ que ia receber a chave e já cos, cimento, areia, alicer‑ não vou mais pagar o alu‑ ces, tudo para a melhoria guer,” disse Isabel Brito, uma das habitações da camada outra benificiária. mais desfavorecida da Vila”, E dando continuidade ao reforçou. projeto de melhoria de vida

Sete mil contos é o montante disponibilizado para a reabilitação da Galeria da Povoação Velha

A localidade de Povoação Velha está dotada de uma galeria cuja finalidade deveria ser o abastecimento de água para a respetiva população, mas o seu funcionamento esteve condicionado, privando os moradores de usufruir do precioso líquido.

Respondendo a uma justa vista à sua requalificação. dobro do valor inicialmente localidade está bem servida reivindicação dos habitantes Os dois técnicos analisaram proposto. e sem constrangimento com locais, a autarquia solicitou o os problemas que afetavam Agora a população desta a falta do precioso líquido. apoio da empresa SONERF, o funcionamento da referida EPE, que disponibilizou dois Galeria de abastecimento de técnicos, o Eng.º Manuel água e de seguida a Câmara Fernandes e Topógrafo (Eng.º Municipal elaborou um orça‑ Rural) Natalino Fernandes mento, destinado à sua rea‑ que vão propor as soluções bilitação, que custou cerca mais ajustadas ao caso, com de 7 mil contos, quase o

Bubista • Dezembro • 2014 Obras Municipais 39

Requalificação de Sal Rei vai custar 230 mil contos

José Pinto Almeida está determinado em arrancar com as obras do Projeto de Requalificação de Sal Rei, orçadas em 230 mil contos, o qual foi apresentado aos munícipes durante as festas do Dia do Município e Nha Santa Isabel, 2014.

A apresentação do projeto tido ao Governo, de quem a para contrair um empréstimo O plano verde enquadrado foi conduzida pelos arqui‑ edilidade espera obter parte de 100 mil contos junto a no esboço passa pela criação tetos Victor Cardoso e Ger‑ de financiamento; afinal esta banca, para arrancar com de um viveiro municipal para sílio Lima, dois filhos desta ilha tem um grande peso esta infraestrutura. dar resposta à necessidade terra, numa sala repleta de na economia nacional, e O projeto de requalificação de melhorias em termos público, que quis acompa‑ merece ter parte do que pro‑ da Cidade de Sal Rei, que ambientais. nhar o sonho desta autarquia duz no investimento local. se estende desde a zona de A requalificação enquadra em transformar a Cidade de O projeto conta já com par‑ Feirantes até à orla marítima ainda outras infraestruturas Sal Rei, o coração da ilha, ceiros interessados, mas de Santa Bárbara , contempla modernas, que vão transfor‑ que passa ainda por requa‑ José Pinto Almeida tenciona espaços verdes, duas unida‑ mar a capital administrativa lificar toda a sua orla ‑ marí mobilizar novos investidores. des hoteleiras, redes viárias, da ilha num lugar aprazível tima. Uma apresentação A par disso avançou que praças, restauração, e alarga‑ e esteticamente irresistível a que emocionou muitos, que o embaixador da China já mento do espaço pedonal. uma visita de longas horas. almejam em breve ver o pro‑ se mostrou interessado em Os arquitetos explicaram que O autarca disse que se trata jeto materializado. apoiar este plano. é possível trazer hotéis para de um projeto viável e capa‑ A autarquia garante que vai Por outro lado, José Pinto o centro da cidade, de forma citado para revolucionar dar início às obras ainda Almeida revelou que a autar‑ que a população possa vir toda a dinâmica da Ilha da neste mandato, sublinhando quia vai solicitar a autoriza‑ a usufruir, diretamente, do Boa Vista. que o projeto vai ser subme‑ ção da Assembleia Municipal fluxo turístico.

Bubista • Dezembro • 2014 Deserto de Viana