2-GOVERNAMENTALIDADE, José Eduardo

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2-GOVERNAMENTALIDADE, José Eduardo Revista do Laboratório de Estudos da Violência da Ano 2010 - Edição 5 – Número 05 Maio/2010 ISSN 1983-2192 UNESP-Marília GOVERNAMENTALIDADE, ESPECIALIZAÇÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO NO SÉCULO XX AZEVEDO, José Eduardo RESUMO Este artigo tem por objetivo resgatar a conjuntura do processo de especialização e profissionalização da Policia Militar de São Paulo com a vinda e instalação da Missão Francesa em meados do século XX. O modelo adotado para a profissionalização e especialização do policial foi decisivo para a disseminação de regras próprias nesta corporação que ao controlar o seu efetivo, embora submetido a treinamentos e controles rígidos de disciplina e hierarquia, traça seu código próprio de atuação na anatomia policial paulista. Palavras-Chave : Policia Militar. Missão Francesa. Especialização. Profissionalização. 13 Revista LEVS/Unesp-Marília ANo 2010 - Edição 5 – Número 05 Maio/2010 INTRODUÇÃO corpo “sadio”, produzindo uma “identidade” enquanto categoria social articulada por multiplicidade de leituras interesses comuns e níveis de solidariedade de empreendidas sobre a polícia: suas grupo. Não obstante, o distanciamento do A procedências e atuação demonstram policial da sociedade civil não leva somente à que esta temática tem sido bastante debatida e formação de uma instituição de modulação de analisada. Porém, este assunto não se esgota, homens armados vinculados organicamente mas encobre um eco de inquietação. As várias ao Estado, mas também, a um conceito correntes sociológicas que se ocuparam e se reelaborado no interior da instituição, que ocupam do tema são unânimes em afirmar o compreende a profissionalização como caráter militar da polícia, com seu sistema de corporativismo ou conjunto de preceitos regras próprias, seu intuito de controlar a éticos de defesa das ações policiais, tornando- população, de forma violenta e arbitrária, em as uma instituição exceção, que garante a nome da segurança que não é, e nem se deseja institucionalidade, mas que sobrevive e se pública, mas, mobilizam recursos para sua reproduz para além de toda e qualquer ordem conservação como força dominante no institucional ou regimes políticos. diagrama de poder da sociedade. A O estado de ebulição social entre as abordagem que tem como referência a diversas unidades da federação na jovem natureza militar da polícia, no entanto, República brasileira, que marca o final do reveste-se da fórmula da síntese dialética que século XIX, intensifica-se no século seguinte, recai na esfera do Estado com a mobilização com a formação de exércitos locais e de categorias como ordem social – capitalista – regionais na disputa pelo controle dos ou segurança pública deslocando-se para o plano dispositivos de dominação política. As de organização das instituições como lugar de disposições estratégicas da pacificação perpétua de forças sociais governamentalização (RABINOW & supostamente harmonizadas e com interesses DREYFUS, 1995: 238) do poder político no consensuais. Brasil e a distribuição da população em A especialização e profissionalização instituições de confinamento implicaram na desejada pelo Estado, com a transformação construção de um corpo disciplinarizado para do “paisano” ou civil em militar prenuncia o o uso das armas contra outros e com funções processo de governamentalização 1 da polícia específicas de gestão da vida pelo Estado: a com o confinamento nos quartéis, o uso do polícia, na sua acepção contemporânea, para o uniforme, a definição de um plano de controle do inimigo interno, e o Exército, carreira, a preocupação com a preservação do para o combate ao inimigo externo, o estrangeiro . A analítica atravessa duas áreas de 1 A governamentalidade não se confunde com a noção de uso mais freqüente de governabilidade, ações de exercício da força e da violência, que, no natureza política ou coercitiva anteriores à prática entanto, não se confundem: 1) a Força Pública de governo. A governabilidade delineia-se como a do Estado de São Paulo, milícia estadual que, reunião das condições consideradas essenciais, à parte das funções de auxiliar da polícia civil, mormente o congelamento ou controle de foi o esteio e vanguarda das forças políticas conflitos sociais, para assegurar a gestão do Estado por uma expressão partidária que se faz governo. estaduais, ganhando tamanha amplitude que o Governamentalidade, na analítica foucaulteana, em governo federal resolveu integrá-la, como oposição aos ensinamentos de O Príncipe de força militar no Exército Brasileiro, Maquiavel, não significa habilidade para conservar juntamente com todas as outras organizações um principado ou território, e sim de acionar policiais regionais. 2) O Exército nacional, ,que forças, recursos e táticas como práticas múltiplas de uma arte de governar homens e coisas. intervém nos estados, apropriando-se dos 14 ISSN 1983-2192 Revista LEVS/Unesp-Marília postos hierárquicos, do Alto Comando das Paulo perante as demais unidades da forças policiais para vinculá-las Federação não se dá a partir do encontro de estrategicamente a um novo projeto político cafeicultores paulistas, cariocas e mineiros na para nação. cidade de Taubaté em 1906, mas da A adoção da forma federativa em constituição de um exército regional de São benefício de São Paulo, e em menor grau de Paulo, sugerido, em 1892, por Campos Salles, Minas Gerais, produziu, desde o nascimento para contribuir na manutenção da jovem da República, um estado de insatisfação República. O econômico, a “estratégia de crescente entre as demais oligarquias valorização do café” como princípio de espalhadas pelos outros Estados. A afirmação organização da política, bem como de da hegemonia paulista no plano político, com explicação científica da Historia do Brasil, dá a volta dos militares aos quartéis e o temor lugar à categoria da guerra e da profissionalização palpável de uma aliança entre os demais da polícia como fator determinante do fazer- Estados da Federação contra São Paulo, fez se de um novo mundo no Brasil, a Sociedade com que a oligarquia cafeeira se convencesse Disciplinar. cada vez mais da necessidade da construção A principal estratégia de controle de uma força militar estadual independente e voltada ao redimensionamento desse saber foi fiel à política dos governadores. Este temor a solicitação que Jorge Tibiriçá fez ao governo marca o exercício do poder dos governadores federal, para o aprimoramento técnico dos de São Paulo, desde o advento da República, contingentes militares do estado, a como se manifesta na correspondência contratação de uma Missão Francesa de Instrução reservada, em 1892, de Campos Salles 2 ao Militar. A concepção de governamentalização Presidente do Estado Bernardino de Campos: do poder pastoral do Estado, tanto local quanto central, adota o modelo francês da “V. é governo: não assombre-se com os boatos e gendarmerie 3, de aproximação organizacional da procure tornar simpática a República. Uma força policial à disciplina e profissionalização preocupação V. deve tomar eu já aconselho para do exército. Chefiada pelo coronel Paul São Paulo desde o Governo de Prudente, é que Balagny, chegou a São Paulo ainda em 1906. deve ser muito bem organizada e disciplinada a Dela faziam parte o Capitão Raoul Negrel e o nossa força policial, dando o comando a homens Tenente André Honeix de la Brousse. de confiança. Com 5 mil homens (que é o efetivo segundo creio), V. pode conservar um grosso de 2 Posteriormente, em 15 de maio, a missão é mil permanentes na Capital. Esta gente, sob um ampliada com a chegada do sargento regime rigorosamente militar, será o casco Stattmuller, para a instrução da cavalaria. poderoso para qualquer eventualidade...” Missões estrangeiras eram comuns na (AMARAL, 1966: 33) América Latina. Na Argentina, Bolívia, Chile e Peru os exércitos foram treinados por Campos Salles, ex Presidente do missões germânicas, e no Uruguai por Estado de São Paulo impõe, com sua natureza franceses, que disputavam a primazia de irritadiça, a “cartilha” do exercício do poder introduzirem as técnicas de normalização da aos seus sucessores no governo de São Paulo, Prudente de Morais e Bernardino de Campos. Posteriormente, lança a candidatura da 3 A gendarmerie , polícia organizada a partir dos presidência do Brasil, seu Emílio , Prudente de princípios de hierarquia e de disciplina do exército, tornou-se, durante o século XIX, o padrão de Morais. A consolidação do poder de São organização policial em todos os países da Europa, como na Prússia em 1812; Países Baixos em 1814 e 2 Em 1897, Campos Salles, como Presidente do Estado Espanha em 1849. A especialização da polícia do tipo de São Paulo, impõe ao Legislativo o gendarmerie , tendo como base o exército, continuou reconhecimento da força policial paulista como predominando como base estrutural da polícia organização militar, autônoma, representativa do francesa, ainda que colocada sob o controle do Estado, sem vínculos com o poder federal. poder civil, o Ministério do Interior. 15 Revista LEVS/Unesp-Marília ANo 2010 - Edição 5 – Número 05 Maio/2010 sociedade disciplinar, desenvolvidas em seus A contratação da Missão Francesa por países de origem desde o século XVIII com Jorge Tibiriçá marca um momento decisivo na Luis XIV e Frederico II. Tal encargo remodelação da polícia militar de São Paulo, implicava contratos que, além da influência repercutindo nos enunciados discursivos que político-ideológica, representavam legitimavam a necessidade de uma força encomendas de material bélico dos exterior para a realização do processo de respectivos
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