Etapa 9 – Amostra
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Amostra Instituto Cidade de Deus Etapa 9 – Amostra Editora Cidade de Deus FICHA CATALOGRÁFICA Instituto Cidade Deus Coleção Hypomoné: Etapa 9 / Instituto Cidade de Deus – São Carlos: Editora Cidade de Deus, 2019. 1. Material Didático 2. Religião Católica 3. Educação Católica I. Instituto Cidade de Deus II. Título III. Coleção. CDD – 200.71 Todos os direitos reservados. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica ou mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro meio de reprodução, sem permissão expressa do Instituto Cidade de Deus Sobre a capa SANTO AGOSTINHO DE HIPONA, DOUTOR DA IGREJA (28 de agosto) Nasceu em Tagaste (África) no ano354. Depois de uma juventude perturbada, quer intelectualmente quer moralmente, converteu-se à fé e foi batizado em Milão por Santo Ambrósio no ano 387. Voltou à sua terra e aí levou uma vida de grande ascetismo. Eleito bispo de Hipona, durante trinta e quatro anos foi perfeito modelo do seu rebanho e deu-lhe uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, com os quais combateu fortemente os erros do seu tempo e ilustrou sabiamente a fé católica. “Pai por excelência de todos os Padres da Igreja, Doutor da graça, monge, pastor, teólogo, autor de uma obra monumental e escritor de gênio, Agostinho permanece o símbolo vivo do convertido, não cessando de influenciar o espírito e o imaginário da civilização Ocidental”. Morreu no ano 430. Santo Agostinho, rogai por nós! 1 Sumário Estudo Sagrado ............................................................................................................................... 3 Língua Portuguesa......................................................................................................................... 20 Matemática .................................................................................................................................... 44 Ciências ......................................................................................................................................... 90 História ........................................................................................................................................ 123 Geografia ..................................................................................................................................... 149 Arte.............................................................................................................................................. 166 2 3 Estudo Sagrado Este conteúdo se encontra no terceiro volume desta Etapa. Doutrina Sagrada Obras de Misericórdia Espirituais "Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar? Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes." Mt 25, 31-40 Fra Angélico - O juízo final, 1450 4 As obras de misericórdia espirituais recebem este nome pois dizem respeito a alma do próximo. Também são sete: 1ª Dar bom conselho. 2ª Ensinar os ignorantes. 3ª Corrigir os que erram. 4ª Consolar os aflitos. 5ª Perdoar as injúrias. 6ª Sofrer com paciência as fraquezas do próximo. 7ª Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos. Dar bom conselho. As obras de misericórdia espirituais dizem respeito ao bem da alma. Assim como a caridade nos obriga a socorrer o próximo nas necessidades corporais, assim nos obriga a ajudá-lo nas necessidades espirituais, pois estas são incomparavelmente mais importantes que o estado de miséria, de prisão e de enfermidade. Efetivamente, como ousaríamos dizer que amamos sinceramente o próximo, se fossemos indiferentes à sua eterna perdição e não nos preocupássemos com salvar a sua alma imortal? Bem nos conviria a exortação de São Bernardo: “Coisa verdadeiramente singular! Cai ao chão uma besta de carga e corre-se em multidão a levantá-la; cai uma alma no abismo, e ninguém cuida dela”. Não é esta indiferença pela felicidade eterna do nosso próximo uma falta manifesta de caridade para com Deus, de quem o próximo é filho e imagem? Dizia São Dionísio: “De todas as coisas divinas a coisa mais divina é cooperar com a salvação das almas”. E Santo Agostinho: “Salvaste uma alma? Predestinaste a tua alma para a salvação eterna”. Ensinar os ignorantes Diremos um pouco mais sobre cada uma das obras de misericórdia espirituais: - Dar bom conselho – um bom conselho dado na devida oportunidade produz um grande bem e evita muitos males. - Ensinar os ignorantes – especialmente nas coisas da fé, cooperando assim para o fim para que Jesus Cristo pregou a sua doutrina. - Corrigir os que erram – isto é, corrigi-los amorável e seriamente, para os retirar do caminho do mal. 5 - Consolar os aflitos – com bons pensamentos, com motivos sobrenaturais, de fé. - Sofre com paciência as fraquezas do próximo – isto é, as pessoas que pelo seu caráter ou por algum defeito nos são de tédio e de incômodo. - Rogar a Deus pelos vivos e defuntos – isto é, por todos, pelo nosso próximo sem exceção. Pelos vivos e especialmente pelos pecadores, pelos enfermos, pelos atribulados. Pelos mortos, isto é, pelas almas do purgatório. Nossa Senhora é a consoladora dos aflitos! Consolatrix afflictorum, Nicolo Barabino 6 7 Amizade com Deus Jesus Cristo considera como feito para si todo o bem que se faça ao próximo. Praticai de todo o vosso coração e com espírito de fé as obras de misericórdia, toda a vez que a ocasião se apresente. Concorrei generosamente para as obras da Santa Infância e da Propagação da Fé, que tem o fim nobilíssimo de fazer conhecer e amar a Deus os povos que ainda se encontram espiritualmente nas trevas da morte. Para uns é mais fácil visitar enfermos, para outros é mais fácil ensinar os ignorantes. Mas para todos em alguma fase da vida surgirão os momentos de "perdoar as injúrias" e "sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo". No Diário de Santa Faustina uma frase nos chama a atenção: "O Amor é a flor e a Misericórdia é o fruto". Todo ato de amor resulta em misericórdia, não há como fugir desta verdade! O menor ato de amor que você praticar, terá como resultado a misericórdia! Praticar obras de Misericórdia é amar concretamente a Jesus nos irmãos. Que recompensa há em amar somente aos que nos amam? Por isso, todos são incluídos nesta condição. Ame os que te perseguem, os que te caluniam, os que não gostam de você, etc. Seus gestos de amor transformarão os corações: primeiro o seu, e em consequência, o do próximo! Jesus Misericordioso! 8 A Vida de Jesus1 Capítulo 17 SAMARIA EGUE meu conselho, Rafael, e já que és amigo de Pilatos, pede-lhe que te dê uma escolta enquanto atravessas a Samaria. S — Consideras tão bandidos assim os samaritanos? Como bom judeu que és, estás mal prevenido contra eles, meu caro Samuel — repliquei. — Não sou judeu, mas israelita da tribo de Levi; lembra-te de que quem não segue o conselho do mais velho, cedo ou tarde se arrepende. Chamei Quarto, meu antigo empregado, e lhe disse: — José de Arimateia vai às bodas de Simão Zelotes e me avisou que irá por mar até Tiro e de lá a Caná; não quer expor suas sobrinhas às dificuldades de uma viagem através da Samaria como eu vou fazer. Por outro lado, Samuel insiste em que eu leve uma escolta. Não quero pedi-la a Pilatos para que não me julgue covarde. — Não te preocupes com isto, Domine — respondeu Quarto — sou muito amigo do chefe da guarnição da Antônia e lhe perguntarei se devem ir, por estes dias, alguns soldados a Samaria. — Esta solução parece a melhor e deixo-a a teus cuidados — respondi. Quarto era um criado fidelíssimo que me servia desde que fui em criança para Roma, donde ele era nativo. Seguira-me sempre por toda parte, falava correntemente o aramaico, que aprendera no convívio com os judeus de Roma. Era homem prático, de bom-senso, em quem eu depositava a maior confiança, tratando-o, não como empregado, mas como companheiro e amigo. Voltou pouco tempo depois contando o que conseguira saber: no dia seguinte, sairia um Centurião amigo seu para Jesrael, nos confins da Samaria, com a missão de substituir a guarnição daquela praça. — Podemos sair pouco antes deles e teremos a retaguarda garantida, — disse Quarto. — Muito bem. Sairemos então amanhã bem cedo; arranja tudo o que for necessário. Nossa primeira jornada foi até Gálgala; passando por Betúlia, chegamos a Siquém no outro dia, onde, tendo que se deter a centúria, também nós tivemos de parar. Os montes de Efraim dividem-se ali, deixando amplo espaço ao caminho que segue para a Galileia e o mar. Do lado norte, ao pé do Monte Ebal, fica Siquém, ao passo que Sicar está do lado sul, junto ao famoso monte Garizim. Este morro, rival do Mória em Jerusalém, tem uma altitude de oitocentos metros. Nele foi edificado, por Herodes o Grande,