Do Médio Madeira
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BIODIVERSIDADE DO MÉDIO MADEIRA BASES CIENTÍFICAS PARA PROPOSTAS DE CONSERVAÇÃO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Vice-Presidente José Alencar Gomes da Silva MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Ministra Marina Silva Secretário-Executivo Cláudio Roberto Bertolo Langone Secretaria de Biodiversidade e Florestas João Paulo Ribeiro Capobianco Diretor do Programa Nacional de Conservação da Biodiversidade Paulo Kageyama Gerente de Conservação da Biodiversidade Bráulio Ferreira de Souza Dias MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA BIODIVERSIDADE DO MÉDIO MADEIRA BASES CIENTÍFICAS PARA PROPOSTAS DE CONSERVAÇÃO Organizadores Lúcia Rapp Py-Daniel Claúdia Pereira de Deus Augusto Loureiro Henriques Daniel Mansur Pimpão Odirlene Marinho Ribeiro MANAUS - AM 2007 GERENTE DO PROJETO DE CONSERVAÇÃO E UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA BRASILEIRA – PROBIO Daniela América Suárez de Oliveira GERENTE DO PROBIO JUNTO AO BANCO MUNDIAL Adriana Moreira EQUIPE PROBIO Equipe técnica: Carlos Alberto Benfica Alvarez, Cilúlia Maria Maury, Júlio Cesar Roma e Márcia Noura Paes. Equipe Financeira: Arles Eduardo Noga, Gisele da Silva, Karina Moraes Gontijo Pereira, Ronaldo Brandão dos Santos, Rosângela Abreu e Sérgio Luiz Pessoa Equipe Administrativa: Marinez Lemos Costa e Edileuza Silva APOIO Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – PROBIO Global Environment Facility – GEF Banco Mundial – BIRD Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – Projeto BRA/00/21 REALIZAÇÃO Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Tito Fernandes - INPA FOTOS DA CAPA Leandro Melo de Sousa B615 Biodiversidade do medio Madeira: bases científicas para propostas de conservação / Organizadores Lucia Rapp Py-Daniel ... [et al.]. — Manaus : INPA ; [Brasília]: MMA : MCT, 2007. 244 p. : il.: 20x27 cm - ( Série Biodiversidade ; n. 29 ) ISBN 978-85-7738-074-9 1. Zoologia - Amazônia 2. Biodiversidade - Amazônia. 3. Conservação da natureza – Amazônia. I. Série. CDD 19. ed. 591.9811 Ministério do Meio Ambiente – MMA Centro de Informação e Documentação Luiz Eduardo Magalhães/ CID Ambiental Esplanada dos Ministérios – Bloco B - térreo 70068-900 Brasilia – DF Tel: 55 xx 61 317-1235 – Fax: 55 xx 61 224-5222 [email protected] http://www.mma.gov.br SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ... 9 AGRADECIMENTOS ... 11 AUTORES ... 13 SIGLAS ... 16 SEÇÃO I - ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 - Contextualizaçãodo Projeto e Financiamento ... 19 Capítulo 2 - Metodologia de Inventário Utilizada ... 29 Capítulo 3 - Caracterização da Área Amostrada... 35 SEÇÃO II - RESULTADOS/BASES CIENTÍFICAS Capítulo 4 - Insetos Aquáticos: Simuliidae e outros ... 45 Capítulo 5 - Insetos e outros Artropodes Terrestres ... 57 Capítulo 6 - Moluscos ... 69 Capítulo 7 - Esponjas ... 83 Capítulo 8 - Peixes ... 89 Capítulo 9 - Herpetofauna ... 127 Capítulo 10 - Inventário Ornitológico ... 145 Capítulo 11 - Mamíferos de Pequeno Porte (Mammalia: Rodentia & Didelphimorphia) ... 179 Capítulo 12 - Mamíferos de Médio e Grande Porte ... 195 Capítulo 13 - Morcegos: (Mammalia: Chiroptera) ... 211 Capítulo 14 - Mamíferos Aquáticos ... 225 Capítulo 15 - Ciência e Formulação de Políticas de Conservação na Amazônia ... 239 APRESENTAÇÃO O valor e significado da proteção de espécies é uma preocupação em muitas culturas, em todo o mundo há milhares de anos. Até mesmo crenças religiosas enfatizam a importância de se estabelecer um grau de harmonia com a natureza, uma vez que esta é considerada fruto da criação divina. Cientistas, por outro lado, vêem na preservação da natureza a forma de garantir a manutenção de recursos naturais para atender às necessidades humanas de gerações, atual e futura, sem prejuízo das comunidades biológicas. Seja no nível ético, ideológico, científico ou moral, vemos que a manutenção da biodiversidade representa uma preocupação geral que culmina com o bem estar do homem. Apesar desta consciência estar embutida em muitas mentes, na região amazônica a perda da floresta ainda acontece de forma tão rápida que põe em perigo a manutenção de sua estrutura e composição. O Ministério do Meio Ambiente tem realizado uma série de iniciativas preocupado com esta situação. Como um dos 186 países signatários, o Brasil reconheceu a sua soberania sobre a biodiversidade em seu território e, em decorrência disto, sua responsabilidade em conhecer, preservar e conservar este patrimônio natural. Dentre as muitas conseqüências de se tornar signatário, o Brasil também teve que reconhecer a importância da taxonomia como ferramenta fundamental no processo de implementação e monitoramento da Convenção da Diversidade Biológica (CDB). Atrelado a todo o processo, ficou evidente a enorme necessidade de se implementar inventários decorrente da baixa qualidade de informação biológica do país. O elevado grau de fragmentação, inconsistência, desigualdade e até mesmo ausência absoluta da informação biológica no país em certas regiões ficou dolorosamente evidente no workshop “Áreas Prioritárias para Conservação” ocorrido em Macapá, em 1999, resultante de uma série de consultas e seminários promovidos pelo Ministério do Meio Ambiente, dentro do Programa Nacional de Diversidade Biológica (PRONABIO), em cumprimento a algumas das obrigações brasileiras assumidas junto a Convenção de Diversidade Biológica (CDB). O resultado deste wokshop culminou na identificação de 385 áreas prioritárias na Amazônia, que foram avaliadas em relação a sua urgência para a conservação. Este livro é o fruto de um trabalho que teve seu início em 2001, na elaboração da proposta para o edital PROBIO 02/2001 com a escolha de uma das áreas (ou polígonos) apontadas em 1999. A área do Madeira já estava na mira dos pesquisadores do INPA das equipes de pequenos e médios mamíferos, aves e peixes para realização de inventários há alguns anos. Alguns entomólogos do INPA, inclusive, já haviam realizado coletas nessa área. O interflúvio Madeira/ Aripuanã delimita áreas geomorfológicas distintas, que atualmente encontram-se sob constante pressão antrópica devido ao aumento na densidade demográfica no cinturão de desmatamento que rapidamente avança em direção norte e noroeste da Amazônia. O projeto foi aprovado e teve seu início oficial em agosto de 2002. Com todas as vicissitudes administrativas, a primeira saída de campo só pode ser realizada em setembro de 2004. Nessa época, após 3 anos da primeira proposta, a composição das equipes mudou radicalmente decorrente de dezenas de alterações de agenda e problemas pessoais dos integrantes do projeto. Montamos a primeira equipe para o campo composta na maioria de estudantes de mestrado ou mestres recém formados. A dedicação e o profissionalismo desses jovens pesquisadores foi uma enorme motivação para enfrentarmos todas as dificuldades decorrentes da via crucis administrativa que permeava a troca de recursos entre dois ministérios (MMA e MCT) para um órgão federal (INPA). Uma equipe um pouco modificada, mas também com predomínio de estudantes foi a campo em abril de 2005. Mais uma vez, contamos com a enorme dedicação e força de vontade dos estudantes visto que saímos praticamente sem recursos – tivemos que contar com a colaboração financeira de TODOS os participantes. Juntamente com a dedicação dos estudantes, tivemos um apoio irrestrito e incansável da equipe administrativa-financeira do PROBIO (MMA/Brasília). O trabalho realizado por essa equipe na orientação, acompanhamento e suporte à coordenação do subprojeto e à equipe financeira do INPA foi admirável, visto que a rigidez da máquina administrativa federal praticamente inviabilizou o subprojeto em diversas ocasiões. Só com muita paciência e compreensão foi possível vencer todos esses obstáculos. Fomos muito felizes também de contarmos com um auxílio incomparável dos responsáveis pela secretaria da FUNASA (Fundação Nacional da Saúde) em Novo Aripuanã e pelo carinho com que fomos recebidos em todas as comunidades ao longo tanto do rio Madeira quanto do rio Aripuanã – pessoas simplesmente inesquecíveis. E, é claro, temos que reconhecer que somos privilegiados por termos conseguido trabalhar em contacto com uma natureza belíssima e riquíssima, de acompanhar fenômenos pontuais das matas e das águas, de não termos tido nenhum acidente grave ou problemas com doenças tropicais sérias (malária, febre amarela, e outras) e termos sido capazes de capturar um pouco dessa maravilha que é a diversidade biológica do Madeira e Aripuanã e poder compartilhar com outros que também a valorizam. Para facilitar o acompanhamento do trabalho pelo leitor, dividimos esse livro em duas seções com capítulos. A primeira seção comporta três capítulos: o primeiro capítulo aborda a contextualização da proposta; o segundo discorre sobre a metodologia aplicada e como se chegou a esta metodologia; e o terceiro capítulo apresenta uma caracterização da área de estudo, com algumas informações levantadas sobre geologia, geomorfologia, solos e fitoecologia. A segunda seção apresenta os resultados científicos organizados em 11 capítulos (4 ao 14). O grupo de Insetos é sub-dividido em dois capítulos, Insetos Terrestres e Aquáticos, devido às peculiaridades de métodos de coleta, dos grupos estudados e do diferente time de técnicos e especialistas envolvidos. Semelhantemente, não existe um único capítulo de mamíferos. Este grupo foi sub-dividido em quatro capítulos seguindo os mesmos critérios utilizados para