Graduadosemmuseologia
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FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DO PATRIMÓNIO C U R S O I N T E G R A D O D E E S T U D O S P Ó S - G R A D U A D O S E M M U S E O L O G I A - V I A M E S T R A D O - O R I E N T A Ç Ã O D A P R O F E S S O R A D O U T O R A A L I C E L U C A S S E M E D O A N T Ó N I O M A N U E L P A S S O S A L M E I D A J A N E I R O 2 0 0 8 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS E TÉCNICAS DO PATRIMÓNIO ANTÓNIO MANUEL PASSOS ALMEIDA JANEIRO 2008 2 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Agradecimentos À Professora Doutora Alice Lucas Semedo, pelo encorajamento, pistas de investigação e sugestões apresentadas durante a realização do trabalho. À família: Leonor, Beatriz e Maria José pelo apoio, compreensão, amor e carinho. Por fim, este trabalho é ainda um legado àqueles que, de nenhuma forma, contribuíram para a sua realização, sendo certo que, assim, podemos ditosamente aumentar o seu prolixo conhecimento. 3 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Resumo Esta dissertação insere-se no âmbito do estudo da história dos museus, com o objectivo de analisar o projecto de modernidade nos museus da cidade do Porto. Procuramos enquadrar a sua análise através da interpretação da epistemologia do conhecimento em Michel Foucault, no contexto do desenvolvimento do conceito de museu na Europa Ocidental. A pesquisa sobre o Museu Municipal do Porto procura abordar, num primeiro momento, os coleccionadores e as suas colecções desde o início do século XIX na cidade do Porto, para depois analisar os prolongamentos e rupturas dos padrões ideológicos que terão determinado a expressão do primeiro museu particular do país aberto ao público, o Museu João Allen. Num segundo momento, a fundação do Museu Municipal do Porto e as suas perspectivas de evolução até ao final do século XIX. O primeiro museu municipal do país, incompreendido, não obedecia a qualquer política museológica. O processo de fossilização preconizou a sua extinção em 1940, quando foi integrado no Museu Nacional de Soares dos Reis, obedecendo à política do espírito do Estado Novo. Palavras-Chave: Coleccionador João Allen e Museu Municipal do Porto. 4 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Abstract This dissertation is a general study in the field of the history of museums and attempts to analyze the modern project in Porto museums. It seems to analyze through the interpretation of the epistemology of knowledge in Michel Foucault, in the context of the development of the concept of museums in Western Europe. This research about Porto Municipal Museum studies, firstly, the collectors and their collections since the beginning of the 19th century in the city of Porto, exploring the ideological patterns which may have determined the accomplishment of the first private museum open to the public, the João Allen Museum; and secondly, it questions the foundation of Porto Municipal Museum and its development perspectives until the end of the 19th century. The first Municipal Museum of the county did not follow any museological publics. The process of fossilization determinate its own extinction in 1940, when it was integrated in the Soares dos Reis National Museum, following the spirit of the Estado Novo policies. Key Words: Collector John Allen and Porto Municipal Museum. 5 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Résumé Cette dissertation s’insère dans le contour de l’étude des musées et a comme objectif analyser le projet de modernité accomplie dans les musées de la ville de Porto. Cette analyse a été faite à partir des concepts de Michel Foucault, dans le contexte de l’évolution du musée d’Europe Occidental. Notre recherche, sur le musée Municipal du Porto essaye d’aborder, dans un premier moment, les collectionneurs et leurs collections depuis le début du XIXe siècle dans la ville du Porto, pour ensuite, faire l’analyse des périodes accordées et ruptures des modèles idéologiques qui auront déterminé l’expression du premier musée privé du pays ouvert au publique, le Musée João Allen. Dans un second moment, de la fondation du Musée Municipal du Porto, de ses besoins et idées d’évolution jusqu’à la fin du XIXe siècle. Ce fut le premier musée du pays, incompris, il n’obéissait à aucune loi politique de musée. Le procédé de fossilisation donna lieu à sa disparition en 1940, lors de son intégration dans le Musée National Soares dos Reis, étant soumis à la politique de l’esprit du Nouvel État. Mots-clés: collectionneur João Allen et Musée Municipal du Porto 6 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Índice Introdução...................................................................................................................................... i Epistemologia do conhecimento em Michel Foucault: Os museus e as suas colecções................................................................................................. vii Capítulo 1 – Do museu privado ao museu público 1.1. Perspectiva histórica da evolução do conceito de museu na Europa Ocidental.................... 1 1.2. Cultura científica e artística em Portugal através do olhar do viajante estrangeiro............. 16 1.3. A divulgação da museologia portuguesa na imprensa periódica......................................... 25 Capítulo 2 – Núcleo original: O Museu João Allen (1836-1848) 2.1. Colecções e coleccionadores da comunidade britânica estabelecida no Porto................... 29 2.2. Os museus do liberalismo no Porto: O Museu Portuense e o Museu João Allen................................... 33 2.3. O coleccionador João Allen e o seu museu......................................................................... 39 Capítulo 3 – Criação e Fossilização (1848-1900) 3.1. De museu privado a Museu Municipal................................................................................. 50 3.2. A Sociedade Carlos Ribeiro e a campanha a favor do museu............................................. 58 3.3. O projecto de remodelação de 1887 no contexto da museologia portuguesa..................... 63 Capítulo 4 – Transladação para São Lázaro (1900-1919) 4.1. A museologia portuguesa no Regime Republicano................................................................................... 71 4.2. Os melhoramentos do museu com Rocha Peixoto.................................................................... 75 4.3. Uma obra que não teve continuadores................................................................................ 82 Capítulo 5 – Autonomia sem progresso (1919-1934) 5.1. Os museus de arte do Porto e o conceito de museu moderno............................................ 85 5.2. Uma reforma administrativa sem conveniente instalação.................................................... 89 5.3. A acção do Dr. Pedro Vitorino em benefício do museu....................................................... 94 Capítulo 6 – Fusão e extinção (1934-1940) 6.1. A reformulação dos museus portugueses no modelo do Estado Novo............................... 99 6.2. Os paradoxos dos serviços culturais da edilidade portuense............................................ 104 6.3. A incorporação do museu municipal no Museu Nacional.................................................. 108 Conclusão................................................................................................................................ 115 Bibliografia............................................................................................................................... 120 7 Museu Municipal do Porto: Das Origens à sua Extinção (1836-1940) Anexos Anexo A - Lista de Quadros Quadro I – A árvore da philosophia prima segundo o esquema baconiano do conhecimento. Produz a ordenação do natural/artificial a partir da tripartição das faculdades humanas: memória, fantasia e razão. (“Prelo”, Revista da Imprensa Nacional Casa da Moeda, n.º 4, Julho/Setembro 1984, p. 11) Quadro II – Configurações epistemológicas do conhecimento versus evolução do Museu. Quadro III – Colecções, Gabinetes, Jardins Botânicos e Museus (1768-1808) – Quadro de Relações. (BRIGOLA, João Carlos, Colecções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII, F.C.G., 2003) Quadro IV – Mapa do Museu Municipal do Porto de 1910 a 1923. (“Anuário da Câmara Municipal do Porto”, CMP, Porto, 1923) Anexo B - Lista de Figuras Fig. 11 – Santuário atenienses de Delfos. (FERNÁNDEZ, Luís Alonso, Museologia y museografia, p. 44) Fig. 12 – Reconstituição do Templo de Zeus em Olímpia. Desenho de 1890, J. P. Mahafty. (Ilustração de capa: PEARCE, Susan and BOUNIA, Alexandra, Vol. 1 - Ancient Voices) Fig. 13 – Thesaurus da Abadia de Saint- Denys, França. Gravura de 1706, Michel Félibien. (PEARCE, Susan M., On Collecting, p. 103) Fig. 14 – Museo de Historia Naturale, Ferrante Imperato, Nápoles. Frontispício do catálogo de 1599. Primeira representação de um cabinet de curiosidades. (FERNÁNDEZ, Luís Alonso, Museologia y museografia, p. 18) Fig. 15 – Museo Calceolarium, Cabinet de Francesco Calzolari, Verona, 1622. (ELSNER, John and CARDINAL, Roger, The Cultures of Collecting, p. 198) Fig. 16 – Wunderkammer de naturalia, Musei Wormiani, Copenhaga, 1655. (MAURIES, Patrick, Cabinets of Curiosities, Thames & Hudson Ltd, London, 2002, p.18-19) Fig. 17 – kunstkammer de Johann Paulus Dimpfel, Regensburg, Pintura de 1668. (MAURIES, Patrick, Cabinets of Curiosities, Thames & Hudson Ltd,