Universidade Do Porto
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UNIVERSIDADE DO PORTO Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física A construção de um futebol. Que preocupações na relação treino-hábito dentro de uma lógica de Periodização Táctica/Modelização Sistémica? Miguel Augusto Dias Lopes Dezembro de 2005 UNIVERSIDADE DO PORTO Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física A construção de um futebol. Que preocupações na relação treino-hábito dentro de uma lógica de Periodização Táctica/Modelização Sistémica? Trabalho Monográfico realizado no âmbito do 5º ano da Licenciatura em Desporto e Educação Física. Orientador: Dr. Vítor Frade Miguel Augusto Dias Lopes Dezembro de 2005 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, aos meus PAIS... por tudo! Agradeço-vos do fundo do coração... Ao Prof. Vítor Frade: pela sua disponibilidade, pela abertura e por me aguçar permanentemente a curiosidade. Além disso, pela orientação não só deste trabalho, mas ao longo de toda a Opção de Futebol. Ao Batista, acima de tudo pela amizade. À Alda, pelo carácter, pela coragem e pelo equilíbrio que me trouxe. Ao Sr. Óscar pela preciosa ajuda a lidar com a Língua Francesa. A todos os meus colegas de curso pelos momentos que passámos juntos ao longo destes anos. A todos aqueles que já foram os "meus jogadores", pelo muito que me fizeram reflectir. Ao Prof. José Guilherme, pela sua simplicidade, pela disponibilidade prestada e pela forma como irradia a paixão que tem pelo Futebol. I RESUMO As recentes descobertas na área das neurociências proporcionam-nos hoje um contributo bastante relevante, nomeadamente em relação às emoções e aos processos do corpo e da mente que ocorrem à margem da consciência, para uma melhor compreensão do que sucede ao indivíduos quando os sujeitamos a um processo sistematizado de ensino-aprendizagem/treino, com vista à aquisição de hábitos específicos relacionados com os princípios de jogo que o treinador pretende implementar. Sendo a qualidade do processo de treino o elemento preponderante na construção e manutenção dessa forma de jogar, pretendemos averiguar a que nível esses conhecimentos podem ser equacionados na hora planear e operacionalizar. Para isso tomamos como amostra um treinador que defende uma concepção de treino que, na sua essência, reclama a acentuação do respeito permanente pelos princípios do seu modelo de jogo. Em resultado da análise e discussão dos resultados, concluímos que o processo é construído de forma que em todos os exercícios, desde o primeiro dia de treino, estejam comprometidos com a forma como a equipa joga, o que permite que ela apresente uma identidade já consistente no final do período preparatório. Para a construção e manutenção dos hábitos desejados, existe um fraccionamento dessa forma de jogar, de forma a que os comportamentos se vão sistematizando numa dinâmica de «alternância horizontal», evitando assim a possível regressão de alguns hábitos e consequente descaracterização da forma de jogar da equipa. Concluiu-se também que para este treinador a configuração dos exercícios e sobretudo a dinâmica neles imprimida pelo treinador são catalisadores extremamente positivos da construção dos hábitos pretendidos. Em relação às emoções, verificámos que o treinador estudado não revelou que elas tivessem um papel importante na assimilação dos princípios, apesar de outros autores afirmarem que elas têm nesse âmbito um papel decisivo. Palavras-chave: Operacionalização; Hábito; Emoções; Periodização Táctica. II ÍNDICE GERAL Pág. Agradecimentos .......................................................................................................... I Resumo ........................................................................................................................ II Índice Geral .................................................................................................................. III Índice de Figuras ......................................................................................................... V Índice de Tabelas ......................................................................................................... VI Índice de Gráficos ....................................................................................................... VII 1. Introdução ................................................................................................................ 1 2. Revisão Bibliográfica .............................................................................................. 3 2.1 O lado cientificável do jogo – O jogo que se constrói ....................................... 3 2.1.1 Um jogo situado entre o caos e a ordem ................................................ 5 2.1.2 As perversidades do excesso de ordem – A ordem "castradora" ........... 6 2.2. O processo que leva à construção de uma forma de jogar na «mente» dos jogadores. Adquirindo o hábito de jogar de uma determinada forma... .................. 8 2.2.1 Relação treino-aprendizagem-hábitos..................................................... 10 2.2.1.1 As intenções inconscientes por trás do hábito............................... 12 2.2.2 Novos hábitos... novas intenções... nova forma de jogar ....................... 15 2.2.3 Importância das emoções e do «sentir» nas decisões e na aprendizagem de uma forma de jogar ............................................................. 18 2.2.4 Cultura de jogo... uma emergência num grupo de indivíduos com hábitos de jogo consistentemente similares. Que caminho a percorrer? ........ 22 2.2.5 A controvérsia da(s) especificidades(s) .................................................. 23 2.2.5.1 Para os jogadores... I) concentração e II) feedback (interno)! ...... 25 I) Concentração .................................................................................. 25 II) O feedback interno ......................................................................... 27 2.2.5.2 Para a configuração dos exercícios... I) propensão II) desafio! .... 28 I) A propensão .................................................................................... 28 II) O desafio ........................................................................................ 29 2.2.5.3 Para os treinadores... feedback (externo) ..................................... 30 2.3. O grande problema de uma aplicação conceptual e metodológica – a OPERACIONALIZAÇÃO ........................................................................................ 31 2.3.1 A grande problemática: "Concepção + Operacionalização" ou "Concepção vs Operacionalização" ................................................................. 32 III 2.3.2 "Treino Convencional", "Treino Integrado", "Treino Global", "Periodização Táctica"... A realidade oculta por trás dos conceitos................. 33 2.3.3 Um discurso diferente... .......................................................................... 35 3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 37 3.1. Caracterização da amostra .............................................................................. 37 3.2. Metodologia de investigação ........................................................................... 37 3.2.1 Entrevista ............................................................................................. 37 3.2.2 Entrevistas cedidas a periódicos e outros trabalhos monográficos ..... 37 3.2.3 Análise de Jogos ..................................................................................... 38 3.2.4 Observação da sessão de treino ............................................................ 42 3.3. Recolha dos dados .......................................................................................... 42 4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................ 43 4.1. O entendimento de Carvalhal sobre a "não separação" entre o táctico, o físico, o técnico e o psicológico .............................................................................. 43 4.2 Desde o primeiro dia, «Um caminho que se faz ao caminhar». Construindo microciclos, treinos exercícios... ............................................................................. 44 4.2.1 Análise do padrão de jogo do CF Belenenses ........................................ 45 4.2.2 Um processo com pequenos avanços e recuos dentro da própria evolução ........................................................................................................... 49 4.2.3. A construção dos exercícios .................................................................. 51 4.2.3.1 Análise da sessão de treino .......................................................... 51 4.2.3.2 A não obsessão pelo controlo quantitativo. O primado na qualidade. .................................................................................................. 57 4.3. Quando os conceitos são usados sem grande critério... ................................. 58 4.4. Outra rotura com o passado: O tradicional "Treino de Conjunto" .................... 61 4.5. Importância das emoções para a concentração de dá a intensidade e, por conseguinte, uma aprendizagem mais eficiente ..................................................... 62 5. CONCLUSÕES......................................................................................................... 66 6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 68 ANEXOS ......................................................................................................................