Carta Educativa de Fornos de Algodres
Câmara Municipal de Fornos de Algodres Abril de 2007
FICHA TÉCNICA
ENTIDADE PROMOTORA
A SSOCIAÇÃO DE M UNICÍPIOS DA COVA DA B EIRA
Gestora de Projecto: Dr. Carlos Santos
ENTIDADE FORMADORA E CONSULTORA
TECNOFORMA
Gestora de Projecto: Dra. Teresa Cruz
Formadora-Consultora: Dra. Teresa Amor
EQUIPA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORIZAÇÃO
CÂMARA M UNICIPAL DE FORNOS DE A LGODRES
Rosa Maria Gomes da Costa (Coord.)
Andreia José Tejo Dinis Ventura (Coord.)
Rita Isabel Almeida Silva
Paulo Manuel das Neves Santos
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ÍNDICE
Apresentação 3
I. DIAGNÓSTICO 7
1. Enquadramento territorial 8
2. Acessibilidades: Rede Viária e Transportes 14
3. Hierarquização urbana 22
4. Caracterização sócio-demográfica 25
5. Caracterização sócio-económica 36 5.1. Perfil sócio-económico da população residente 36 5.2. Estrutura de emprego local 42 5.3. Desemprego registado 45
6. Enquadramento geral do sistema de ensino e educação 51 6.1. Organização da Rede Escolar do Concelho: 51 Agrupamento de Escolas de Fornos de Algodres 6.2. Procura de educação e ensino 59 6.2.1. Educação pré-escolar 63 6.2.2. - 1º ciclo do ensino básico 65 6.2.3. - 2º, 3 º ciclo do ensino básico e ensino secundário 66 6.3 Análise de fluxos 70 6.4. Indicadores de desempenho escolar 73 6.5. Ensino Recorrente e educação extra-escolar 75 6.6. Necessidades educativas especiais 79
7. Oferta de educação e ensino 82 7.1.Taxas de ocupação dos estabelecimentos de ensino 82 7.2. Recursos humanos e infra-estruturas de apoio 85 7.3. Segurança e acessibilidade 89
8. Transportes escolares 93
9. Residência de estudantes 97 10. Formação profissional 98
B. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO 103
C. PROPOSTAS DE REORDENAMENTO E DE INTERVENÇÃO 111 Propostas Sistema de monitorização
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APRESENTAÇÃO
A elaboração da Carta Educativa de Fornos de Algodres decorre, em primeira instância, do cumprimento de uma disposição legal, mas, significativamente, foi assumida pela comunidade local (designadamente pela autarquia e pelo Conselho Municipal de
Educação) como um dispositivo fundamental para promover a requalificação da oferta de ensino e educação no concelho.
Nesta medida, não foi encarada como a ‘mera’ elaboração de um documento de diagnóstico sobre o qual assentasse(m) a(s) proposta(s) de reordenamento da rede escolar concelhia (equipamentos físicos), mas, sobretudo, como a concepção de um instrumento de planeamento que, para além daquela dimensão, se pretende que seja amplamente mobilizadora de todos os actores sociais locais.
Assim, como se verá na parte final da Carta Educativa de Fornos de Algodres, as propostas incidem, naturalmente, sobre a dimensão física da rede escolar concelhia, mas também sobre outras dimensões que se crêem influir no sistema educativo concelhio. É por via desta abordagem conjunta, complementar e articulada entre si que se considera que será possível atingir aquele que constitui o objectivo primordial da carta Educativa: (re)qualificar toda a oferta de ensino e educação existente no concelho, potenciando os percursos de sucesso educativo entre a população escolar concelhia.
Numa perspectiva mais estrita, os objectivos específicos da carta Educativa são subsidiários, necessariamente, dos dispostos na legislação em vigor:
“1 - A carta educativa visa assegurar a adequação da rede de estabelecimentos
de educação pré-escolar e de ensino básico e secundário, por forma que, em
cada momento, as ofertas educativas disponíveis a nível municipal respondam à
procura efectiva que ao mesmo nível se manifestar.
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2 - A carta educativa é, necessariamente, o reflexo, a nível municipal, do
processo de ordenamento a nível nacional da rede de ofertas de educação e
formação, com vista a assegurar a racionalização e complementaridade dessas
ofertas e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de
descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos
estabelecimentos de educação e de ensino públicos e respectivos
agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos
projectos educativos das escolas.
3 - A carta educativa deve promover o desenvolvimento do processo de
agrupamento de escolas, com vista à criação nestas das condições mais
favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de competências
educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e eficaz dos
recursos educativos disponíveis.
4 - A carta educativa deve incluir uma análise prospectiva, fixando objectivos
de ordenamento progressivo, a médio e longo prazos.
5 - A carta educativa deve garantir a coerência da rede educativa com a política
urbana do município.” (art.º 11, decreto-lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro)
A elaboração da Carta Educativa foi realizada em duas fases principais: