Boletim Neaape V.04 N.01 - Abr

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Boletim Neaape V.04 N.01 - Abr ISSN 2594-6935 BOLETIM NEAAPE v.04 n.01 - abr. 2020 BOLETIM NEAAPE ISSN 2594-6935 O Boletim NEAAPE divulga análises sobre o processo decisório de política externa de distintos países, bem como sobre temas que integram as agendas de política exterior. A publicação tem periodicidade quadrimestral e é composta por editorial e textos dirigidos a leitores interessados em ter acesso rápido a informações de qualidade sobre temas contemporâneos. A publicação é vinculada ao Programa de Pós-Graduação do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP/UERJ). É permitida a reprodução deste boletim e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas. Corpo Editorial Conselho Editorial Leticia Pinheiro Maria Regina Soares de Lima Editor Executivo Leandro Wolpert dos Santos Editor Adjunto Kayo Moura da Silva Editoria de Redação Amanda Silvestre da Silva André Pimentel Ferreira Leão Edgar Andrés Londoño Niño Ghaio Nicodemos Fernanda Cristina Nanci Izidro Gonçalves Juliana Pinto Lemos da Silva Kayo Moura Leandro Wolpert dos Santos Leonardo Albarello Weber Luã Braga de Oliveira Thaís Jesinski Batista Núcleo de Estudos Atores e Agendas de Política Externa Instituto de Estudos Sociais e Políticos Univesidade do Estado do Rio de Janeiro neaape.com.br Rua da Matriz, 82 - Botafogo CEP: 22260-100 Rio de Janeiro – RJ (21) 2266-8300 SUMÁRIO 4 EDITORIAL Leticia Pinheiro 6 As mudanças na política externa boliviana no governo Áñez Thaís Jesinski Batista 15 A Política Externa Mexicana e o Posicionamento dos Grupos Políticos Domésticos (2018-2020) André Leão 25 Um balanço da política externa colombiana no governo Iván Duque Fabio Sánchez Fernanda Cristina Nanci Izidro Gonçalves Boletim NEAAPE - ISSN 2594-6935 - v. 4 n. 1 - abr. 2020 Editorial Tempo de incertezas inda que a temática da pandemia gerada pelo A novo coronavírus não seja tratada nos artigos Leticia Pinheiro deste número do Boletim Neaape, sua menção neste editorial é quase uma obrigação. Ao ultra- Coordenadora Neaape passarmos 2,5 milhões de casos registrados em todo o globo, sendo cerca de 46 mil no Brasil até o momento, os números ilustram a dimensão da tragédia que enfrentamos hoje e com a qual, ine- vitavelmente, teremos que lidar nos meses pela frente. Não são poucas as lições que essa crise sa- nitária global vem nos dando diária e ininterrup- tamente. Dentre elas, a imprescindível confian- ça que devemos depositar na Ciência. Do ponto de vista político, a necessária admissão do papel do Estado como coordenador das políticas públi- cas talvez seja uma das lições mais importantes. Sem as políticas implementadas pelos Estados 4 com vistas ao controle da disseminação do vírus Sars-Cov-2 responsável por desenvolver o surto de COVID-19, políticas estas que vão desde o con- finamento da população em pequenas e principal- mente em grandes cidades, como Milão, Madrid, Paris e Nova Iorque, passando pela construção de hospitais de campanha para tratamento dos do- entes, pela produção em massa de Equipamentos de Proteção Individual (os EPIs), pelas medidas visando mitigar os impactos negativos já existen- tes e os que estão por vir a médio e longo prazo na economia global, enfim, sem que tudo isso fosse feito com a autoridade do Estado, estaríamos em situação ainda mais dramática do que nos encon- tramos hoje. Sabemos também que, junto com es- sas políticas, são também desenhadas pelos Es- tados ações que apontam para o monitoramento das vidas privadas, para a discriminação de imi- grantes, para o controle da informação, para ci- tar apenas algumas. Estamos, enfim, no meio de um cruzamento muito perigoso em que o fortale- cimento do Estado e suas capacidades é simulta- neamente uma defesa e um ataque aos cidadãos. Mas esta pandemia também reforça nossa percepção de que, a despeito da centralidade do Estado e das questões de segurança, o conjunto de atores e de temas nas relações internacionais Boletim NEAAPE - ISSN 2594-6935 - v. 4 n. 1 - abr. 2020 contemporâneas é vasto e diversificado. Além disso, se o fim da Guerra Fria e a intensificação do processo de globalização já trouxera para nossa reflexão a fluidez das fronteiras entre o doméstico e o internacional, esta crise sanitária reforça a necessidade de novamente enfrentarmos as questões relacionadas à soberania, aos direitos humanos e às desigualdades em escala global. Não bastassem os efeitos desestabilizadores deste cenário distópico, alguns países sul americanos precisam enfrentar os novos desafios em meio às suas próprias crises políticas e reconfigurações ideológicas. Este é o caso da Bolívia, como nos mostra Thaís Jesinski Batista, em que, passado menos de um ano do afastamento de Evo Morales da presidência da República e a assunção de Jeanine Áñez, auto-proclamada presidente em exercício, o país ainda busca sua estabilidade política. Já o México, com uma trajetória mais institucionalizada e estável politicamente, se beneficia da atuação de atores domésticos na definição das iniciativas que vem sendo implementadas pelo país no plano do comércio internacional, direitos humanos e das suas relações com países da América do Sul, conforme análise de André Leão sobre a política externa do governo de AMLO. Este cenário nos faz acreditar numa condução menos traumática da questão sanitária em curso. Por fim, o balanço da política externa colombiana no governo de Iván Duque, de autoria de Fabio Sánchez em co-autoria com Fernanda Cristina Nanci Izidro Gonçalves, nos mostra que a agenda de segurança e defesa, e as relações com a vizinha Venezuela, ainda possuem destacada centralidade para o país. Nossa percepção é de que a ameaça sanitária 5 será mais um vetor a permear esses dois temas para o país. Enfim, nesses tempos de grande incerteza, resta-nos a esperança de que as lições da história nos farão rever os paradigmas que nos guiaram até aqui em favor de novas e melhores opções. Artigo recebido para publicação em: 20 abril de 2020. Boletim NEAAPE - ISSN 2594-6935 - v. 4 n. 1 - abr. 2020 As mudanças na política externa boliviana no governo Áñez Thaís Jesinski Introdução Batista Desde a eleição de Evo Morales para a Pesquisadora presidência da Bolívia, em 2005, o país passou por NEAAPE profundas transformações. Morales foi o primeiro presidente indígena da Bolívia, país em que a maioria da população é de povos originários. Uma de suas principais ações foi a promulgação, em 2009, de uma nova constituição para o país. A Bolívia, naquele momento, deixou de ser uma República e passou a ser um Estado Plurinacional. Ademais, os recursos naturais do país foram declarados propriedade de todos os bolivianos, a serem administrados pelo Estado. Morales foi eleito em um contexto regional 6 de ascensão de governos de centro-esquerda e de esquerda. Com isso, a política externa da Bolívia durante seus governos foi marcada pela aproximação com os países da região e participação e apoio à criação de organismos como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América - Tratado de Comércio do Povo (ALBA-TCP), a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Ao fazer uma contraposição às políticas intervencionistas dos Estados Unidos, o governo de Morales se aproximou de países como Cuba e Venezuela. Com o fim desse ciclo de governos de centro-esquerda e de esquerda na América do Sul, Morales teve que se adaptar ao novo contexto regional. Ainda assim, manteve seu apoio ao governo de Maduro e buscou, junto com o Uruguai e o México, soluções negociadas para a crise venezuelana. Com as eleições de outubro de 2019, o panorama político boliviano foi profundamente alterado. Após uma crise que se estendeu por quase um mês, Morales se exilou do país e a presidência boliviana foi assumida pela segunda vice-presidenta do Senado, Jeanine Áñez. A senadora, até então pouco conhecida internacionalmente, assumiu a responsabilidade de organizar novas eleições no país. Seu governo promoveu diversas alterações na Boletim NEAAPE - ISSN 2594-6935 - v. 4 n. 1 - abr. 2020 política externa boliviana, buscando reverter muitas das iniciativas do governo Morales. Esse artigo tem como objetivo, portanto, analisar as mudanças ocorridas na política externa da Bolívia após a ascensão de Áñez à presidência. O artigo é composto por essa introdução, uma seção em que se descreve o processo que levou Áñez à presidência, uma seção em que se analisa a nova política externa boliviana, e uma conclusão. As eleições e a autoproclamação de Áñez: breve panorama da política doméstica boliviana No dia 20 de outubro de 2019, ocorreram as eleições presidenciais bolivianas, que tiveram como resultado a reeleição de Evo Morales, do Movimiento al Socialismo (MAS, na sigla em espanhol). Esse resultado foi imediatamente contestado pela oposição e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciaram a existência de fraudes no processo de apuração dos votos. Após o encerramento da votação, o sistema de contagem rápida de votos, conhecido como Transmisión de Resultados Electorales Preliminares (TREP, na sigla em espanhol), foi interrompido quando a apuração estava em cerca de 80%. Nesse momento, ainda existia a possibilidade de ocorrer um segundo turno. No dia posterior, a contagem de votos foi retomada, e teve como resultado a vitória de Morales com 47,08% dos votos [1]. Protestos tomaram as ruas de diversas cidades bolivianas, tanto de opositores que denunciavam fraudes no processo eleitoral, quanto de apoiadores de Morales, que defendiam o resultado das eleições e afirmavam que o movimento da oposição era golpista. 7 No dia 31 de outubro, a OEA iniciou uma auditoria do pleito, com caráter vinculante. Os conflitos se intensificaram até que, no dia 2 de novembro, Luiz Fernando Camacho, líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, escreveu uma carta de renúncia para Morales e deu 48 horas para que ele assinasse. A partir desse momento, as pressões contra o governo se intensificaram e policiais começaram a se amotinar.
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