PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAQUÃ

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CAMAQUÃ

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2018 – 2021

2017

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Identificação do Plano Municipal de Saúde

Proponente: Prefeitura Municipal de Camaquã – Secretaria Municipal de Saúde

Prefeito: Ivo Lima Ferreira

Secretário Municipal de Saúde: Luciano Pereira Dias - Fisioterapeuta

Secretário Adjunto: Tiago Camerini da Silva – Bacharel em Direito

Equipe responsável pela elaboração:

Danieli Hain de Souza – Enfermeira – Coordenação Rede de Urgência e Emergência

Jordana Wizoreke Carvalho – Enfermeira – Coordenação da Atenção Básica

Colaboradores:

Helena Alves – Bióloga – Vigilância Ambiental

Hozelia Kenne dos Santos – Chefe de Setor – Coordenação Centro Municipal de Vigilância em Saúde

2

Ketlin Quevedo da Silva – Oficial Administrativa – Setor de Agendamentos

Liliane Aguiar de Souza – Enfermeira – Responsável Técnica SAMU

Márcio Piotrowicz – Farmacêutico – Farmácia Municipal

Renata Corleta Lopes – Terapeuta Ocupacional – Coordenadora do CAPS I Harmonia e Programa de Saúde Mental do Município

Período de abrangência do plano: janeiro de 2018 até dezembro de 2021.

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Sumário

Título Página

INTRODUÇÃO1111

METODOLOGIA 13

OBJETIVOS 14

DIAGNÓSTICO 15

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO1515

1.1. HISTÓRICO1515

1.2. ÁREA E LOCALIZAÇÃO17

1.3. ANÁLISE SITUACIONAL - CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO188

1.3.1. PANORAMA DEMOGRÁFICO18

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO19

EDUCAÇÃO21

ECONOMIA22

TRABALHO233

TERRITÓRIO E AMBIENTE — HABITAÇÃO244

ESGOTAMENTO SANITÁRIO244

1.3.2. PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO255

NASCIMENTOS255

4

MORTALIDADE2727

MORBIDADE HOSPITALAR299

MORBIDADE SINANErro! Indicador não definido.32

IMUNIZAÇÕES25

SAE - SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM HIV / AIDS406

SAÚDE DA MULHER 39

SAÚDE DO HOMEM 40

TUBERCULOSE41

1.4. ESTRUTURA DAS REDES DE ASSISTÊNCIA43

UNIDADES BASICAS 43

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA49

POLICLINICAS43

UNIDADES MÓVEIS 55

SAÚDE MENTAL64

CAICA64

SAÚDE BUCAL6060

SERVIÇO SOCIAL61

SAÚDE PRISIONAL6162

SAÚDE NUTRICIONAL6263

PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA – CONDICIONALIDADE SAÚDE63 5

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DE SAÚDE6465

PROGRAMA DE PLANTAS MEDICINAIS – FITOTERÁPICOS6465

ACUPUNTURA E AURICULOTERAPIA6566

VIGILÂNCIA EM SAÚDE6667

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA66

VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR67

VIGILÂNCIA SANITÁRIA67

VIGILÂNCIA AMBIENTAL69

REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA71

UPA 24 HORAS 72

72 192 73

CENTRAL DE AMBULÂNCIAS725

INFOTIMATIZAÇÃO DA SAÚDE 76

SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO7477

HOSPITAL NOSSA SENHORA APARECIDA7778

7879

1.5. PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA 2017-2021

DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS80

Diretriz 1: Atenção Básica como ordenadora do cuidado – qualificação da atenção básica8081

Diretriz 2: Gestão do Sistema81 6

Diretriz 3: Redução da Mortalidade Infantil82

Diretriz 4: Redução da Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil834

Diretriz 5: Controle de Doenças e Agravos Prioritários – HAS/DIA845

Diretriz 6: Saúde da Mulher85

Diretriz 7: Saúde do Homem86

Diretriz 8: Saúde do Adolescente86

Diretriz 9: DST/HIV/AIDS87

Diretriz 10: Apoio Diagnóstico88

Diretriz 11: Fortalecer a assistência farmacêutica8889

Diretriz 12: Vigilância em saúde8990

Diretriz 13: Programa de Imunizações9293

Diretriz 14: Tuberculose (TB)93

Diretriz 15: Programa de Estomizados93

Diretriz 16: Programa de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde 9495

Diretriz 17: Saúde Mental9495

REFERÊNCIAS104104

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Camaquã, 2010 19

Imagem 1 – Localização Município de Camaquã 18

Imagem 2 – Sala de Vacinas 35

Imagem 3 – SAE/Serviço Social 36

Imagem 4 – Unidade Ambulatorial 04 44

Imagem 5 – Unidade Ambulatorial 06 45

Imagem 6 – Unidade Ambulatorial 07 46

Imagem 7 – Unidade Ambulatorial 08 47

Imagem 8 – Unidade Ambulatorial 09 48

Imagem 9 – Farmácia Municipal 51

Imagem 10 – Centro Social Urbano 52

Imagem 11 - Unidade Ambulatorial 02 53

Imagem 12 – Unidade Ambulatorial 03 54

Imagem 13 – Unidades Móveis 55

Imagem 14 - Centro de Atendimento Psicossocial CAPS Harmonia 58

Imagem 15 – CAICA 59

Imagem 16 – Saúde Bucal 61

8

Imagem 17 – Centro de Vigilância em Saúde 70

Imagem 18 – UPA 24 horas 71

Imagem 19 – SAMU 192 73

Imagem 20 – Ambulâncias do Município 74

Imagem 21 – Sistema Informatizado 75

Imagem 22 – Hospital Nossa Senhora Aparecida 77

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – IDH Municipal e seus componentes – Camaquã 20

Tabela 02 - Censo Escolar – Situação do Aluno – Censo 2017 21

Tabela 03 - Resultado Final do Censo Escolar 2016 – Matrículas Iniciais Ensino Regular – Camaquã 21

Tabela 04 - PIB – Produto Interno Bruto – Camaquã - RS (IBGE – 2014)

22

Tabela 05 – Indicadores de Habitação 24

Tabela 06 - Número de nascidos por grupo etário da mãe 25

Tabela 07 - Proporção de baixo peso ao nascer 26

Tabela 08 - Mortalidade infantil e fetal 27

9

Tabela 09 – Indicadores de Mortalidade Materna (número de casos) 27

Tabela 10 – Indicadores de Mortalidade (número de casos) 28

Tabela 11 – Morbidade hospitalar segundo capítulo CID – 10 29

Tabela 12 – Série Histórica SINAN, número de casos confirmados 32

Tabela 13 – Dados cobertura vacinal (%) no município de Camaquã 34

Tabela 14 – Percentual de exames citopatológico do colo do útero realizados na faixa etária alvo 39

Tabela 15 – Lâminas de BK confeccionadas em Camaquã 42

Tabela 16 – Número de casos de Tuberculose no município 42

Tabela 17 – Recursos Humanos 78

LISTA DE ANEXOS

Anexo 01 – Croqui sistema de esgoto no Município de Camaquã 96

Anexo 02 - Relação Municipal de Medicamentos – REMUME 2017 97

Anexo 03 – Série Histórica Pactuação Interfederativa 101

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INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Saúde de Camaquã 2018-2021 é o principal instrumento de planejamento da gestão municipal do Sistema Único de Saúde, que baseado nas necessidades de saúde da população Camaquense e nos determinantes e condicionantes do processo saúde- doença, tem como objetivo orientar as políticas públicas no período. A partir da análise situacional do território de saúde, com base na Pactuação Interfederativa 2017-2021, foram definidos diretrizes, objetivos e metas a serem alcançados no período. Este é um instrumento dinâmico e flexível, vinculado ao processo de planejamento das ações e serviços de saúde, constituindo-se documento formal da política de saúde municipal.

A importância deste instrumento é traduzir as ações de saúde municipais, oriundas da relação do governo municipal e comunidade, na busca de serviços de saúde mais resolutivos e humanizados, contribuindo para definição de políticas e aplicação de recursos, que visem solucionar os problemas de saúde, melhorar a qualidade de vida e bem-estar social da população.

O Plano Municipal de Saúde 2018-2021 tem como referenciais normativos principais: o Decreto Federal nº 7.508/2011 (BRASIL, 2011),

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a Lei Complementar nº 141/2012 e a Portaria Ministerial 2.135/2013 (BRASIL, 2013). Esta é uma ferramenta de apoio à tomada de decisões, controle social de gestores, trabalhadores, prestadores e usuários sobre os serviços de saúde ofertados no município.

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METODOLOGIA

Este Plano Municipal de Saúde foi elaborado com utilizando as referências básicas dos anos anteriores, assim como os dados atualizados da gestão vigente, com vistas as adequações dos serviços de saúde para atender a população camaquense em sua integralidade, no âmbito que compete ao município que é a atenção básica.

Para tanto, foi definida uma equipe de trabalho que leu e analisou o Plano anterior, realizou um apanhado dos dados e referências do trabalho desenvolvido pela secretaria nos últimos anos, além das estratégias e compromissos assumidos pelo governo para o período de abrangência do plano.

De posse desses dados a equipe se reuniu discussão dos dados levantados no diagnóstico e construção das diretrizes, prioridades e metas a serem atingidas e com a consolidação do documento final, apresentou o documento consolidado ao Conselho Municipal de Saúde para análise e aprovação.

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OBJETIVOS

Garantir a concretização deste instrumento democrático, que propõe metas em consonância com os recursos disponíveis, com o fundamental comprometimento de toda a equipe de profissionais, que resultem em condições de saúde cada vez melhor para a população, garantindo as principais diretrizes propostas pelo SUS (Lei 8080/90).

Muitos são os objetivos para os próximos anos, mas a reorganização da atenção básica em saúde e a implantação da rede de urgências e emergências são a base sólida para almejar e buscar as melhorias necessárias que a população tanto almeja ao longo dos anos. São igualmente grandes os desafios a serem conquistados, uma vez que a transformação no modelo de gestão é evidente e necessária. Toda mudança gera conflito e é na resolução dos conflitos que se alcança o crescimento e desenvolvimento consolidado das equipes de trabalho.

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DIAGNOSTICO

1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1. HISTÓRICO

A história de Camaquã tem início em 9 de dezembro de 1815, quando foi concedida a licença para a criação da Capela Curada de São João Batista de Camaquã na localidade da Capela Velha 8° Distrito, construída em terreno doado pelo Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, considerado fundador do município. Entretanto, o povoamento, não se efetuou em virtude da falta de água nas proximidades da capela, que pudesse suprir as necessidades da povoação.

A região onde atualmente está localizado o município já era conhecida desde os tempos coloniais de 1714. Por volta de 1763 diversos casais açorianos foram descendo para o Sul, localizando-se na margem esquerda do Estuário Guaíba e da margem direita da Laguna dos Patos, fundando fazendas e até o rio Camaquã.

O povoamento da região foi despertado pelo interesse religioso e pecuário. A população cresceu com a vinda dos imigrantes: portugueses, franceses, poloneses, alemães, espanhóis, negros e com 15

os já donos desta terra os indígenas. Constava do extenso território da Freguesia do Triunfo, as sesmarias do Cordeiro, do Duro e do Cristal de propriedade do Capitão Joaquim Gonçalves da Silva.

Em 1844, foi erguida uma nova capela em terras doadas por Ana Gonçalves da Silva Meirelles, à margem esquerda do Arroio Duro, local onde hoje se situa a cidade.

Em 19 de abril de 1864, a Lei Municipal nº 569 cria o município de São João Batista de Camaquã.

A Vila da Pacheca é a região mais importante da cidade em termos de vestígios históricos. Todas as casas da vila estão na beira do Rio Camaquã que era, para esse povoado, o acesso ao mundo. Ali, está à casa de Manoel da Silva Pacheco, considerado fundador de Camaquã. A vila é conhecida como Pacheca porque, quando ele faleceu, sua esposa ficou administrando a fazenda. A localidade viveu um surto de progresso devido às granjas.

Atualmente, o município, cortado pela BR 116, possui duas áreas de topografias distintas: a zona de várzea, onde predominam as grandes e médias propriedades, dedicadas à pecuária e as lavouras de arroz e soja; e a zona da serra, onde predominam as pequenas e médias propriedades dedicadas ao plantio de soja, milho, feijão, fumo e mandioca. Esta região uma rara paisagem, composta por cascatas e cachoeiras.

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A origem do nome, dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado segundo o autor Antonio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem de Icabaquã e na língua tupi- guarani significa rio, água e Cabaquã quer dizer velocidade, correnteza.

1.2. ÁREA E LOCALIZAÇÃO

O município de Camaquã pertence ao estado do , está localizado na serra do sudeste, fazendo parte da região Centro-Sul. Situa-se à margem direita da Laguna dos Patos e à margem esquerda do Rio Camaquã, distante 127 km da cidade de – Capital do estado e 125 km de .

Cidades limítrofes: , São Lourenço do Sul, Arambaré, Sentinela do Sul, , , Cristal, São Jerônimo, Barão do Triunfo, Tapes e .No Rio Grande do Sul, Camaquã integra a 9ª Região de Saúde Carbonífera/Costa Doce, a 2ª Coordenadoria de Saúde e a Macrorregião Metropolitana.

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Imagem 1 – Localização Município de Camaquã

1.3. ANÁLISE SITUACIONAL - CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO

1.3.1. PANORAMA DEMOGRÁFICO

A população residente em Camaquã em 2010 era de 62.764 habitantes, sendo 78,63% vivendo na zona urbana e 21,36% na zona rural da cidade (IBGE,2010). Para o ano de 2017 a população estimada pelo IBGE é de 66.215 habitantes, em torno de 5% maior que a

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população recenseada em 2010. Camaquã apresenta área territorial de 1.679,4 km² e densidade demográfica de 37,37 hab./km².

Gráfico 1 – Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade Camaquã, 2010

Fonte: Censo demográfico 2010/IBGE.

Camaquã tem uma razão de sexo de 97 homens para cada 100 mulheres. Segundo raça/cor autodeclarada, 88,3 % das pessoas residentes são brancas, 6 % são negras e apenas 0,09 % são indígenas.

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ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Camaquã apresenta IDHM de 0,697, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é longevidade, com índice de 0,819, seguida de renda, com índice de 0,715, e de educação, com índice de 0,578.

Abaixo é apresentado o IDHM e os respectivos componentes:

Tabela 1 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes – Camaquã

Fonte: PNUD, IPEA e FJP.

Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu foi educação (com crescimento de 0,338), seguida por longevidade e por renda.

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EDUCAÇÃO

Tabela 02 - Censo Escolar – Situação do Aluno – Censo 2017

¹ Consideradas apenas as escolas em atividade com matrículas de escolarização. ² São as escolas que realizaram o encerramento do ano escolar no Sistema Educacenso, ou seja, que concluíram a declaração dos dados de rendimento e movimento escolar dos alunos.

Tabela 03 - Resultado Final do Censo Escolar 2016 – Matrículas Iniciais Ensino Regular – Camaquã Dependência Educação Infantil Ensino Ensino EJA Administrativa Fundamental Médio

Creche Pré- Anos Anos Funda- Médio Escola Iniciais Finais mental

Estadual 0 19 1277 1209 1782 258 180 Urbana

Estadual Rural 0 4 89 76 106 0 0

Municipal 384 700 1490 1283 0 274 0 Urbana

Municipal Rural 0 240 831 685 0 0 0

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É importante ressaltar que os dados acima apresentados não incluem as matrículas realizadas na rede privada de ensino, o qual tem um número significativo totalizando 8 escolas segundo o Censo de 2017.

ECONOMIA

Em 2014, Produto Interno Bruto do RS foi de R$ 357,8 milhões. O município com maior PIB foi Porto Alegre (R$ 64,0 milhões), seguido por , Gravataí, , , , , Rio Grande, São Leopoldo e Pelotas. Os 10 maiores municípios do estado representam 42,2% do PIB total do RS.

O município de Camaquã se destaca com participação no Valor Adicionado Bruto do Estado, no setor agropecuário com 0,87%, seguido pelo setor serviços 0,46% e setor indústria 0,37%.

Tabela 04 - PIB – Produto Interno Bruto – Camaquã - RS (IBGE – 2014)

PIB (R$ 1.000) 1.651.976

Participação do setor agropecuário 17,01 (%)

Participação do setor indústria (%) 18,26

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Participação do setor serviços (%) 64,72

Participação no PIB do estado (%) 0,46

PIB per capita (em R$) 25.172

Fonte: IBGE 2014.

TRABALHO

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 65,94% em 2000 para 64,40% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 10,96% em 2000 para 4,74% em 2010.

Em 2010, da população economicamente ativa, 27,23% trabalhavam no setor agropecuário, 0,20% na indústria extrativa, 8,86% na indústria de transformação, 6,46% no setor de construção, 0,68% nos setores de utilidade pública, 14,89% no comércio e 35,80% no setor de serviços.

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TERRITÓRIO E AMBIENTE – HABITAÇÃO

Em 2010 apresentou 82,1% de domicílios com esgotamento sanitário adequado e 21,9% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).

Tabela 05 – Indicadores de Habitação

Fonte: PNUD, IPEA e FJP.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O município não dispõe de estação de tratamento de esgoto, sendo o mesmo disposto diretamente no principal recurso hídrico do município o Arroio Duro e parte no Canal do Butiá.

Em 2013, o índice de atendimento da população que possui rede geral de esgoto foi de 78,1%, 15,6% utilizava solução individual (fossa séptica) e apenas 6,32% não possuía coleta e nem tratamento de esgoto.

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No anexo 01 é apresentado croqui do sistema de esgotamento sanitário existente no município.

1.3.2. PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO

NASCIMENTOS

Camaquã apresenta Coeficiente Geral de Natalidade (CGN) no período 2013 a 2015, variando de 11,99 a 14,01.

Tabela 06 – Número de nascidos por grupo etário da mãe:

Ano de Grupo etário da mãe referência 00 a 15 a 20 a 25 a 30 a 35 a 40 a Todos 14 19 24 29 34 39 +

2013 3 150 157 186 197 79 22 794

2014 3 117 242 204 181 85 30 862

2015 8 144 209 228 202 105 32 928

Fonte: SINASC - Dezembro de 2016

Com relação à proporção de partos em mulheres menores de 20 anos, em 2015, houve 152 nascidos vivos de mães nesta faixa etária, o que representa 16,4% dos nascimentos.

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O baixo peso ao nascer é o peso inferior a 2.500 gramas e é considerado um preditor da sobrevivência infantil, pois quanto menor o peso, maior a possibilidade de morte precoce.

No período de referência (2013-2015), o município apresenta variações na proporção de baixo peso ao nascer (<2.500 g), apresentado no quadro abaixo.

Tabela 07 – Proporção de baixo peso ao nascer

Ano de Nº nascidos Nº Absoluto/ proporção de baixo referência vivos peso ao nascer

2013 794 78 (9,8%)

2014 862 88 (7,8%)

2015 928 86 (9,2%)

Fonte: SINASC – Dezembro de 2016

A série histórica da proporção de partos vaginais no município mostra que este indicador vem crescendo entre os anos 2013 a 2015, sendo 45% de partos vaginais em 2015. Este percentual encontra-se acima da média do Estado e da média Nacional. Porém, está abaixo do parâmetro da pactuação nacional para o período 2012-2015, que é de 70%, e segundo parâmetros internacionais a necessidade de cesarianas é de 15 a 25%.

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MORTALIDADE

Tabela 08 - Mortalidade infantil e fetal:

Grupo etário Ano de referência Fetal Neonatal Neonatal Neonatal Pós- Infantil Fetal e precoce tardia neonatal Infantil

2013 7 6 1 7 5 12 19

2014 16 7 0 7 2 9 25

2015 6 3 0 3 2 5 11

Fonte: SIM - Maio 2017

Tabela 09 - Indicadores de Mortalidade Materna (número de casos):

Indicador 2015 2014 2013

MIF totais 19 15 31

MIF com causa presumível 1 3 5

Maternos declarados totais 0 1 1

Fonte: SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade - Maio de 2017 27

Tabela 10 - Indicadores de Mortalidade (número de casos):

Indicador por capítulo CID 10 2015 2014 2013

Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) 101 119 165

Neoplasias [tumores] (C00-D48) 92 100 124

Doenças do aparelho respiratório (J00-J99) 84 97 105

Doenças endócrinas, nutricionais e 33 41 48 metabólicas (E00-E90)

Causas externas de morbidade e de 29 34 34 mortalidade (V, W, X, Y)

Sintomas, sinais e achados anormais de 27 33 21 exames clínicos e de laboratório não classificados em outra parte (R00-R99)

Doenças do aparelho digestivo (K00-K93) 21 28 16

Algumas doenças infecciosas e parasitárias 17 17 14 (A00-B99)

Doenças do sistema nervoso (G00-G99) 13 12 12

Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99) 13 9 9

Fonte: SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade - Maio de 2017

28

As principais causas de mortalidade, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), em Camaquã são doenças do aparelho circulatório, neoplasias e doenças do aparelho respiratório.

MORBIDADE HOSPITALAR

Tabela 11 – Morbidade hospitalar segundo capítulo CID - 10

Capítulo CID 10 2016 2015 2014

Gravidez, parto e puerpério (O00 – O99) 1.522 1.539 1.290

Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00- 930 278 210 B99)

Doenças do aparelho respiratório (J00-J99) 640 973 799

Doenças do aparelho digestivo (K00-K93) 566 685 461

Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) 394 317 234

Lesões, envenenamentos e algumas outras 357 372 312 conseqüências de causas externas (S00- T98)

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Transtornos mentais e comportamentais (F00- F99) 226 270 268

Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99) 223 365 286

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 120 125 119 (E00-E90)

Doenças do sistema nervoso (G00-G99) 105 205 175

Doenças do sistema osteomuscular e do tecido 89 82 53 conjuntivo (M00- M99)

Fatores que influenciam o estado de saúde e o 84 73 22 contato com os serviços de saúde (Z00- Z99)

Neoplasias [tumores] (C00-D48) 79 159 124

Algumas afecções originadas no período perinatal 52 44 34 (P00- P96)

Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos 39 40 44 e alguns transtornos imunitários (D50- D89)

Doenças da pele e do tecido celular subcutâneo 15 21 24 (L00- L99)

Sintomas, sinais e achados anormais de exames 13 19 13

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clínicos e de laboratório não classificados em outra parte (R00-R99)

Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60- 11 15 3 H96)

Malformações congênitas, deformidades e 6 5 1 anomalias cromossômicas (Q00- Q99)

Causas externas de morbidade e de mortalidade (V, - 2 1 W, X, Y)

As principais doenças que causam internação hospitalar, de acordo com o Sistema de Internações Hospitalares, são doenças infecciosas e parasitárias, seguido por doenças do aparelho respiratório e doenças do aparelho digestivo.

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MORBIDADE SINAN

O Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de Setembro de 2017, anexo V - Capítulo I). Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica. O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.

Tabela 12 – Série Histórica SINAN, número de casos confirmados. Fonte: SINAN

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NÚMERO DE CASOS DOENÇAS CONFIRMADOS 2010 2011 2012

Coqueluche 01 00 05

Tuberculose 24 28 23

Meningite 00 02 01

Dengue 00 00 00

Hepatites 12 14 13

Leptospirose 06 07 06

Sífilis 04 03 00

Varicela 46 22 15

Toxoplasmose 01 02 00

Gestantes HIV positivo 07 02 07

Sífilis em gestantes 02 02 00

H1N1 00 05 03

Acidentes com perfuro cortante 11 08 07

Caxumba 00 00 01

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IMUNIZAÇÕES

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, tem como missão organizar a política nacional de vacinação, contribuindo para o controle, a eliminação e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis.

O Programa, reconhecido internacionalmente como um dos mais avançados do mundo, já obteve significativas vitórias, como a erradicação da poliomielite e a eliminação da circulação do vírus autóctone da rubéola.

Tabela 13 - Dados cobertura vacinal (%) no município de Camaquã Vacina 2013 2014 2015 Febre Amarela 17,76% 39,72% 56,42%

Pentavalente (3ª dose) 100,50% 87,48% 85,01%

Tríplice Viral 100,13% 94,76% 82,75%

Vacina Oral Rotavírus 84,13% 56,07% 90,93% Humano (2ª dose) Meningo C (2ª dose) 99,75% 87,10% 89,42%

Em 2014, foi introduzida a vacina dTpa para a gestante, com esquema de uma dose da vacina a cada gestação.

Em março de 2014, o Ministério da Saúde ampliou o Calendário Nacional de Vacinação, com a introdução no SUS da vacina 34

quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV) para meninas de 9 a 13 anos, visando à prevenção do câncer do colo do útero.

Imagem 02 – salas de vacinas

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SAE - SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM HIV/AIDS

O objetivo da implantação deste programa é diminuir o diagnóstico tardio e a cadeia de transmissão do vírus HIV, através da descentralização das ações de saúde em HIV/AIDS, do aconselhamento, e da assistência de pessoas vivendo com HIV/AIDS, no âmbito da atenção primária no município de Camaquã.

A Secretaria de Saúde de Camaquã, preocupada em melhor assistir sua população, investiu na implantação deste Programa, visando um maior conforto aos seus usuários, possibilitando um acesso fácil e rápido, perto de seu domicílio. Este Serviço prima pelo sigilo e confidencialidade.

Com recursos desta Secretaria de Saúde e outros oriundos da Secretaria Estadual de Saúde foi organizado o serviço de DST/AIDS junto ao do Serviço Social, desde agosto de 2011. Recebemos também, anualmente, recurso federal para este fim, de acordo com a Resolução Nº 143/14 – CIB/RS.

Hoje, conforme Resolução Nº 438/17 – CIB/RS: “O Serviço de Atendimento Especializado em HIV /AIDS de Camaquã será referência no atendimento de adultos, para os seguintes municípios: Arambaré, Chuvisca, D. Feliciano e Cerro Grande”.

São realizados os seguintes serviços: Realização de testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C para a população em geral;

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Atendimento clínico aos pacientes HIV+ ou doentes de Aids; Coleta sangue para exames de monitoramento da infecção pelo HIV: CD4/CD8 e Carga Viral (02 exames anuais para cada paciente); Coleta de sangue para exame de genotipagem; Busca e entrega dos medicamentos antirretrovirais mensalmente; Acolhimento e aconselhamento conforme demanda; Ajuda com a adesão ao tratamento e nutrição; Busca ativa com consentimento dos pacientes; Orientação em sala de espera; Marcação de consultas em Porto Alegre, no serviço de referência, para os pacientes em estado mais grave ou em falha de tratamento; Capacitações para profissionais de saúde da atenção básica; Distribuição de insumos de prevenção (preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante, folder); Distribuição da fórmula láctea para crianças expostas ao HIV; Notificação dos casos de HIV e Aids; Encaminhamento para benefício assistencial, quando incapacitados para o trabalho, de acordo com critérios da NOAS 8742/93; Aconselhamento e acompanhamento psicológico exclusivo para pacientes e familiares.

A equipe de trabalho é composta por um médico para atendimento adulto e crianças (um turno por semana), uma enfermeira (30h),uma técnica em enfermagem (30h), uma assistente social (40h), uma psicóloga (um turno por semana), uma cirurgiã dentista, coordenadora do Programa (30 h).

Nas outras unidades ambulatoriais também são realizados os testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites para toda a população. Todos

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os enfermeiros do município foram capacitados para realização dos testes rápidos. Outras especialidades e realização de outros exames são realizadas na rede, conforme demanda.

Em 2017, cerca de 2.750 pessoas realizaram o teste rápido (HIV e Sífilis). Atualmente, 304 pessoas estão cadastradas no serviço do município, destes, 153 homens (50,33%) e 151 mulheres (49.87%), apenas 252 pacientes estão em uso de medicamentos antirretrovirais. O maior número de casos se encontra na faixa etária de 25 a 45 anos (quase 70% dos casos), categoria de exposição heterossexual, escolaridade da 5ª a 8ª série incompleta, tanto para o sexo masculino quanto para o feminino.

Imagem 03 – SAE

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SAÚDE DA MULHER

A Rede de Atenção à Saúde da Mulher atua para a promoção da melhoria das condições de vida e da saúde das mulheres do município por meio de ações que ampliam o acesso aos serviços de promoção, assistência e recuperação da saúde.

Desenvolve ações que objetivam a integralidade dos direitos da saúde da mulher, de acordo com a Política Nacional de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), como: planejamento reprodutivo (métodos contraceptivos); atenção obstétrica (pré-natal, parto, puerpério, urgências e emergências obstétricas e aborto), vigilância do óbito materno, violência sexual e doméstica, climatério; gênero e saúde mental; feminilização da AIDS e Infecções Sexualmente Transmissíveis; Câncer de colo de útero e mama.

Tabela 14 - Percentual de exames citopatológico do colo do útero realizados na faixa etária alvo Ano Exames Citopatológicos Total de Exames % na faixa de Rastreamento na Citopatológicos de Faixa de 25 a 64 anos Rastreamento

2016 1524 1919 79,42%

2017 1707 2175 78,48%

Fonte: Sistema de Informação do Câncer – SISCAN 2018.

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A tabela acima mostra que nos últimos dois anos quase 80% das mulheres que realizaram exame citopatológico de rastreamento está na faixa etária alvo, segundo recomendação do Ministério da Saúde.

SAÚDE DO HOMEM

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) de 2017 tem como diretriz promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus contextos socioculturais e político-econômicos, respeitando os diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas de saúde.

Reconhece que os homens buscam o serviço de saúde por meio da atenção especializada, o que traz como conseqüência o agravamento de sua condição em virtude do retardo na atenção. Reforçando a necessidade de fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção do adoecimento.

A política possui cinco eixos temáticos são eles: acesso e acolhimento; saúde sexual e reprodutiva; paternidade e cuidado; doenças prevalentes na população e prevenção de violências e acidentes.

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TUBERCULOSE

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada pelo bacilo de Koch, afeta principalmente os pulmões, mas pode afetar outros órgãos, tais como intestino, rins, pele, gânglios linfáticos, osso e pleura.

É transmitida através do ar, quando o paciente infectado tosse, fala ou espirra, sobretudo quando há proximidade por longos períodos de tempo. A forma de tuberculose que gera transmissão para outras pessoas é a pulmonar em praticamente todos os casos.

Os principais sintomas são tosse prolongada (por mais de três semanas) com ou sem catarro, cansaço, emagrecimento, febre noturna e suor noturno.

O Plano Estadual de Combate à Tuberculose tem como principal objetivo aumentar a rede de diagnóstico e tratamento da tuberculose, ampliar o percentual de cura de casos novos e redução no abandono ao tratamento.

A tabela a seguir mostra a quantidade de lâminas confeccionadas no município a partir de material coletado de casos suspeitos de TB.

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Tabela 15 - Lâminas de BK confeccionadas em Camaquã Ano Nº lâminas confeccionadas

2013 284

2014 364

2015 455

2016 468

Fonte: Centro Social Urbano.

O percentual de cura da TB no município de Camaquã no ano de 2014 foi de 91%, acima do percentual recomendado pela OMS que é de 85%.

Tabela 16 - Número de casos de Tuberculose no município Ano Cura Abandono Óbito Transferência Total

2013 23 3 2 0 28

2014 21 1 0 1 23

2015 21 2 0 2 25

2016 22 2 0 2 26

Fonte: Centro Social Urbano

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1.4. ESTRUTURA DAS REDES DE ASSISTÊNCIA

Atualmente a rede de assistência em saúde no município de Camaquã é composta por cinco unidades básicas de saúde, uma farmácia básica municipal, três policlínicas, duas unidades móveis que atuam no atendimento dos pacientes do interior do município, um CAPS, um CAICA, uma UPA porte 1, uma unidade de suporte básico de vida do SAMU, uma central de ambulâncias municipal, um centro de vigilância em saúde.

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Cada unidade básica de saúde atenderá uma comunidade especifica, conforme for implantada a estratégia de saúde da família, onde cada equipe é composta por um médico de família, uma enfermeira, um técnico de enfermagem e quatro agentes comunitários de saúde, além de um auxiliar administrativo e uma serviçal. Nas unidades de saúde são realizados testes rápidos para HIV, Sífilis, Hepatite B e C, coleta de pré-câncer, consulta médica, lavagem otológica, consulta de enfermagem aos hipertensos e diabéticos, curativos, administração de medicamentos, retirada de pontos, nebulização, controle da pressão arterial, teste de glicose, sondagem 43

vesical e sondagem nasoentérica. Com a implantação das estratégias de saúde da família, cada unidade receberá duas equipes ampliando os atendimentos com acolhimento, visitas domiciliares, grupos de aconselhamento e acompanhamento em saúde, pré-natal e puericultura.

Imagem 04 – Unidade Ambulatorial 04

POSTO DE SAÚDE CARVALHO BASTOS –

UNIDADE AMBULATORIAL 04

- Localização: Rua Erlinio Assis, 535 – Bairro Carvalho Bastos.

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Imagem 05 – Unidade Ambulatorial 06

POSTO DE SAÚDE WASHINGTON BROSE –

UNIDADE AMBULATORIAL 06

- Localização: Rua Arlindo Cardoso, 177 – Bairro Maria da Graça.

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Imagem 06 – Unidade Ambulatorial 07

POSTO DE SAÚDE SANTA MARTA –

UNIDADE AMBULATORIAL 07

- Localização: Rua Jango Castro, 631 – Bairro Santa Marta.

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Imagem 07 – Unidade Ambulatorial 08

POSTO DE SAÚDE FLÁVIO MOLON –

UNIDADE AMBULATORIAL 08

- Localização: Rua São Carlos, 50 – Vila São Carlos.

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Imagem 08 – unidade ambulatorial 09

POSTO DE SAÚDE GETÚLIO VARGAS –

UNIDADE AMBULATORIAL 09

- Localização: Rua Ascindino Inácio Dias, 1147 – Bairro Getúlio Vargas. (Unidade em reforma)

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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial, visando, além do acesso a este insumo, o seu uso racional. Esse conjunto envolve a seleção, programação, aquisição, distribuição, prescrição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação da sua utilização, bem como a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.

A compreensão desse conceito é de suma importância, pois quando se fala em acesso, no caso específico dos medicamentos, significa ter o produto certo para uma finalidade específica, na dosagem correta, pelo tempo que for necessário, no momento e no lugar adequado, com a garantia de qualidade e a informação suficiente para o uso, tendo como consequência a resolutividade das ações de saúde

A Farmácia Municipal de Camaquã está dividida em dois setores, Farmácia Básica e Farmácia Especial:

- Na Farmácia Básica são fornecidos os medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica e Insumos para os pacientes

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diabéticos insulinodependentes. As aquisições destes medicamentos e insumos são de responsabilidade do município de Camaquã, de acordo com a Relação Municipal de Medicamentos (REMUNE), orientada pela Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). Atualmente a REMUME (em anexo) é composta por 128 medicamentos e 2 insumos. O financiamento desse componente é responsabilidade dos três entes federados, sendo o repasse financeiro regulamentado pela Portaria GM/MS n° 2.555, de 30 de julho de 2013, alterada pela Portaria GM/MS n° 2.001, de 03 de agosto de 2017. São fornecidos medicamentos a qualquer cidadão residente no município de Camaquã, mediante apresentação de prescrição médica válida.

- Na Farmácia Especial são dispensados os medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. A disponibilização dos tratamentos se dá mediante abertura de processo administrativo, cuja avaliação e liberação são de responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde, bem como a aquisição e distribuição dos medicamentos para todos os municípios do Estado. Também são fornecidos neste setor os medicamentos deferidos judicialmente.

No anexo 02 é apresentado a Relação Municipal de Medicamentos.

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Imagem 09 - Farmácia Municipal

FARMÁCIA BÁSICA MUNICIPAL

- Localização: Rua Marechal Floriano, 986 – Centro.

POLICLÍNICAS

Nas policlínicas, além dos serviços médicos clínicos e de enfermagem também são oferecidos serviços como exames de Eletrocardiograma (ECG), ecografia, Teste de Mantoux, além de consultas médicas especializadas, traumatologista, urologista,

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ginecologia e obstetrícia, pneumologista, acupuntura, fisioterapia, nutrição, psicologia e saúde do trabalhador (biometria). As três policlínicas também abrigam o serviço de vacinação do município. O programa de controle da tuberculose está centralizado na unidade Centro Social Urbano, desenvolvendo ações de vigilância epidemiológica, diagnóstico laboratorial, tratamento e acompanhamento de casos suspeitos e confirmados de TB.

Imagem 10 – Centro Social Urbano

POLICLINICA CENTRO SOCIAL URBANO – UNIDADE AMBULATORIAL 01

- Localização: Rua Cruz Alta, 1085 – Bairro Viégas.

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Imagem 11 – Unidade Ambulatorial 02

POLICLINICA POSTO DE SAÚDE TELMO MARDER –

UNIDADE AMBULATORIAL 02

- Localização: Rua Cristóvão Gomes de Andrade, 630 – Bairro Centro.

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Imagem 12 – Unidade Ambulatorial 03

POLICLINICA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE –

UNIDADE AMBULATORIAL 03

- Localização: Rua Bernardo Vieira Dias, 485 – Bairro Olaria.

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UNIDADES MÓVEIS DE SAÚDE

Considerado um apêndice da secretaria de saúde, as unidades moveis tem a finalidade de levar as comunidades mais distantes da sede do município a assistência em saúde que tanto necessitam. Na inviabilidade de construir uma unidade de saúde em cada localidade, esta alternativa vem tendo satisfatória atuação. Adaptada com dois consultórios, comporta atendimentos de enfermagem, médicos e odontológicos. Os atendimentos são agendados previamente em um roteiro preestabelecido e divulgado.

Imagem 13 – Unidades Móveis.

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SAÚDE MENTAL

A saúde mental não está dissociada da saúde geral da população, e por isso os profissionais de saúde da atenção básica devem estar atentos para reconhecer as demandas de saúde mental que estão presentes em diversas queixas relatas pelos pacientes que chegam aos serviços de saúde. Cabe aos profissionais o desafio de perceber e intervir sobre estas questões.

O trabalho em saúde mental deve considerar a subjetividade, a singularidade e a visão de mundo do usuário no processo de cuidado integral à saúde.

A Secretaria de Saúde conta com serviços de psicologia, acolhimento dos pacientes e matriciamento para a rede básica, viabilizando a interlocução entre as unidades de saúde, os serviços especializados em saúde mental e os equipamentos intersetoriais vinculados à linha de cuidado em saúde mental, álcool e outras drogas.

Atende pacientes com transtornos mentais severos e persistentes, álcool e outras drogas, através dos seguintes serviços: Centro de Atenção Integral a Criança e ao Adolescente – presta atendimento especializado à saúde mental de crianças e adolescentes até 18 anos incompletos, oferecendo cuidado multidisciplinar nas áreas de saúde, educação e assistência social; Centro de Atenção Psicossocial I Harmonia – oferece atendimento em regime integral diário, objetivando a

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reabilitação de pessoas portadoras de transtornos mentais severos e persistentes, usuários de álcool e outras drogas. Prioriza o acolhimento de qualidade como porta de entrada e procura preservar e fortalecer os vínculos sociais do usuário no seu território, promovendo assim a reinserção social.

Caracteriza-se como serviço substitutivo a internação, articula ações entre profissionais, usuários e cuidadores, promovendo o protagonismo no tratamento.

Regula os leitos de saúde mental no Hospital Nossa Senhora Aparecida – Fundação Beneficente de Camaquã, sendo que a rede municipal de saúde mental conta com 15 leitos, bem como leitos SUS em Comunidades Terapêuticas (via 2ªCRS), respeitando o protocolo de atendimento à dependência química.

UNIDADE DE SAÚDE MENTAL / CAPS (CENTRO DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL)

-Localização: Av. Ernani Silveira, 275 – Bairro Olaria.

Imagem 14 – Centro de Atendimento Psicossocial CAPS Harmonia

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CENTRO DE ATENDIMENTO INTEGRAL A CRIANÇA E AO ADOLESCENTE – CAICA

Idealizado graças a união de esforços entre as secretarias de saúde, educação e ação social, tem o atendimento voltado a diagnosticar e tratar distúrbios e deficiências que o público alvo tenha apresentado. Possui uma equipe multidisciplinar capacitada, formada por fonoaudióloga, psicóloga, psicopedagogas, assistente social, orientador educacional, pedagogos e terapeuta ocupacional.

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No ano de 2017 ganhou nova sede na própria secretaria de ação social, que cedeu um espaço que foi reformado e adaptado pela educação e recebeu um sistema informatizado pela saúde. Hoje o CAICA encontra-se com prontuário eletrônico, agendamento eletrônico, o que possibilita que o usuário possa solicitar a sua colocação na fila de espera, quando ocorre.

Os atendimentos são realizados de forma individual ou em grupos de acordo com a demanda das escolas e espontânea através das famílias que buscam o serviço.

- Localização: Rua João de Oliveira, 55 – Bairro Juliana G Padilha.

Imagem 15 – centro de atendimento integral a criança e ao adolescente

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SAÚDE BUCAL

O serviço de saúde bucal é ofertado nas policlínicas e nas unidades básicas 04 e 08, além dos atendimentos nas unidades moveis no interior. Realiza ações que visam melhorar as condições de saúde bucal da população local, aumentando as oportunidades de acesso e oferta aos serviços odontológicos, através de programas que, voltados para os principais problemas odontológicos alcancem a solução, controle e/ou redução dos mesmos.

Além disso, este serviço visa buscar uma maior conscientização pública do cuidado pessoal, da higiene bucal e corporal por meio de programas educativos/ preventivos e curativos, que envolvem ações multidisciplinares.

O município conta com cinco consultórios odontológicos e oferece cerca de 3.500 consultas por mês. Disponibiliza também atendimento de média e alta complexidade com cirurgia bucomaxilofacial.

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Imagem 16 – Saúde bucal

SERVIÇO SOCIAL

Encaminha processos para obtenção de órteses e próteses, via GERCON (sistema de regulação), junto ao Estado.

Realiza atividades de planejamento familiar, orientando e encaminhando para cirurgia de laqueadura tubária e vasectomia pelo SUS.

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SAÚDE PRISIONAL

A Política Estadual de Atenção Básica à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional tem por objetivo a garantia do acesso ao atendimento integral à saúde em nível de atenção básica e segue as diretrizes da Política Nacional.

Atualmente o Presídio Estadual de Camaquã encontra-se super lotado com aproximadamente 320 apenados, possuindo capacidade total para 190 pessoas privadas de liberdade.

Para suprir as demandas de saúde desta população, a Secretaria de Saúde oferece atendimento médico uma vez ao mês nas dependências do presídio, odontológico, marcação prévia de exames e procedimentos de enfermagem a ser realizado na unidade de saúde.

SAÚDE NUTRICIONAL

Atua prioritariamente no atendimento preventivo. Realiza orientação as gestantes, crianças e adolescentes, visando uma alimentação saudável e adequada ao seu período de vida, em consultas individuais e de grupos. O atendimento ao adulto visa à orientação e acompanhamento de obesos, dislipidemias, diabéticos, hipertensos, insuficientes renais e demais enfermidades.

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Os resultados obtidos trouxeram melhorias na qualidade de vida da população e a diminuição do número de medicamentos usados pelos pacientes.

PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA – CONDICIONALIDADE SAÚDE

O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias extremamente pobres (com renda mensal de até R$ 85,00 por pessoa) ou pobres (com renda mensal de R$ 85,01 a R$ 170,00 por pessoa), identificadas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

No município de Camaquã, há 2.727 famílias beneficiárias do Bolsa Família. Essas famílias beneficiárias equivalem, aproximadamente, a 10,22% da população total do município, e inclui 365 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza.

Na área da saúde, 991 famílias foram acompanhadas no último semestre (2ª vigência de 2017), o que corresponde a um acompanhamento de 44,18%, abaixo da média nacional de acompanhamento na saúde que é de 72,76%. As famílias que devem ser acompanhadas na saúde são aquelas que possuem crianças de até

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7 anos 11 meses e 29 dias, mulheres de 14 a 44 anos de idade e gestantes.

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DE SAÚDE - PICS

PROGRAMA DE PLANTAS MEDICINAIS – FITOTERÁPICOS

Segundo a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a fitoterapia é uma terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.

Em Camaquã, o projeto fitoterápicos teve início em 2014, parceria do setor fitoterápico e nutrição da SMS. Eram desenvolvidas atividades de educação em saúde em salas de espera nas unidades de saúde, grupos com encontros no centro administrativo e oficinas.

Foi criado o Horto medicinal dentro da SMS, com 76 plantas medicinais de acordo com a lista da RENISUS, para distribuição de mudas para os pacientes usuários do SUS. Em 2016 foi transferido para o Horto Municipal, porém devido à falta de manutenção funciona em condições precárias. Neste mesmo ano foi lançado o primeiro livreto informativo de plantas medicinais.

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Desde 2015 o programa conta com o apoio da Celulose Rio Grandense através do Programa Educação para Saúde na Comunidade e grupo Vida.

Além das atividades desenvolvidas nas unidades da SMS, atua em parceria com o SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), municípios vizinhos, presídio municipal (Projeto Acreditar é Preciso), associações e lideranças comunitárias no interior da cidade, escolas e Centros de Referência em Assistência Social (CRAS).

ACUPUNTURA E AURICULOTERAPIA

A acupuntura é uma prática que compõe a Medicina Tradicional Chinesa. Criada há mais de dois milênios, é um dos tratamentos mais antigos do mundo. O procedimento realizado é o estímulo da pele por agulhas metálicas muito finas e sólidas, manipuladas manualmente ou por meio de estímulos elétricos. A auriculoterapia é uma terapia que consiste na estimulação com agulhas, sementes de mostarda, objetos metálicos ou magnéticos em pontos específicos da orelha para aliviar dores ou tratar diversos problemas físicos ou psicológicos, como ansiedade, enxaqueca, obesidade ou contraturas. A auriculoterapia chinesa faz parte de um conjunto de técnicas terapêuticas, que tem como base os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC).

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No município de Camaquã são atendidos em média 20 pacientes por sessão de acupuntura/auriculoterapia. E são oferecidas em média 950 sessões de acupuntura por ano.

CENTRO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Definida pela Lei 8080 como ―um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos‖.

Disponibiliza informações atualizadas sobre a ocorrência de doenças e agravos, bem como dos seus fatores condicionantes em uma área geográfica ou população determinada para a execução de ações de controle e prevenção. Além disso, é um instrumento importante para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normalização de atividades técnicas correlatas. Sua operacionalização se dá por meio de coleta de dados, processamento de dados coletados, análise e interpretação dos dados processados, recomendação das medidas de controle apropriadas, promoção das ações de controle indicadas, avaliação da eficácia e

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efetividade das medidas adotadas, e divulgação de informações pertinentes.

VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR

Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. Realizando levantamentos, monitoramentos de risco à saúde dos trabalhadores e de populações expostas, acompanhamento e registro de casos, inquéritos epidemiológicos e estudos da situação de saúde a partir dos territórios.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Desde 2011 a Vigilância Sanitária divide espaço com a Vigilância Ambiental em Saúde em instalações locadas a fim de ampliar e adequar o espaço físico destinado a realização das atividades. Tal parceria tem funcionado positivamente e gera grande integração entre as duas Vigilâncias. Por tratar-se de espaço locado sabe-se da possibilidade de nova mudança para estrutura própria, no entanto, faz-se necessário analisar com cautela o novo local para evitar prejuízo ao serviço. 67

Em relação aos recursos humanos há uma grande carência. Atualmente atua na Vigilância Sanitária dois fiscais sanitários, 01 auxiliar de fiscalização sanitária, 01 oficial administrativo, 01 motorista, 01 serviçal, todos efetivos. É necessária a urgente contratação de, pelo menos, mais dois fiscais sanitários, 01 motorista, 01 veterinário. A médica veterinária efetiva que integrava a equipe solicitou licença não remunerada, ocasionando a contratação emergencial e por RPA de um profissional para suprir esta necessidade.

Nos últimos anos a Vigilância Sanitária tem desenvolvido efetivamente as seguintes ações: fiscalização em estabelecimentos que comercializam produtos a base de tolueno, benzeno e xileno; Investigação de Surtos de DTAs; Realização de vistorias em imóveis da zona urbana, por solicitação do Setor de Vigilância Ambiental em Saúde, para fiscalização criações de animais que estejam causando incômodo, imóveis necessitando limpeza e/ou acumulando água; Orientação, cadastramento, licenciamento e fiscalização de atividades na área de alimentos, área de saneantes e cosméticos, área de estabelecimentos de Saúde, área de estabelecimentos de interesse para saúde e área de transporte.

Ressalta-se que as atividades acima listadas estão sendo feitas somente quando solicitado pelo setor regulado ou mediante denúncias, necessitando que seja implantada uma busca ativa e fiscalização mais intensa em especial naquelas da área de interesse para saúde.

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Considerando as resoluções da Comissão Intergestores Bipartite 30/2004; 044/2005, 250/2007, 089/2012, 152/2012 e 038/2016, bem como, as demais normas sanitárias vigentes, são ações que ainda necessitam ser implantadas: Realização de barreiras sanitárias; Licenciamento do Comércio Ambulante de Alimentos; Orientação e fiscalização em feiras e eventos; Implantação de um programa de educação sanitária; Orientação, cadastramento, licenciamento e fiscalização das seguintes atividades na área de Estabelecimentos de Saúde área de Estabelecimentos de Interesse para Saúde; área de Transporte.

VIGILÂNCIA AMBIENTAL

A Vigilância em Saúde Ambiental é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças e agravos à saúde.

A implantação da Vigilância Ambiental em Saúde, como um novo modelo de atenção significa um avanço fundamental nas ações de promoção e proteção à saúde da população. Ela se dá por meio de monitoramento e controle de uma variedade de problemas decorrentes

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do desequilíbrio do meio ambiente, visando eliminar ou reduzir a exposição humana a fatores prejudiciais à saúde.

Em Camaquã as primeiras ações de Vigilância Ambiental ocorreram em 2002 e coincidiram com a investida de Bióloga em cargo público lotada na Secretaria da Saúde, bem como, com a implantação dos Programas de Controle do Aedes Aegypti e Programa de Vigilância da Qualidade da Água - VIGIÁGUA. Desde então a bióloga trabalha nas dependências do departamento de vigilância sanitária e conta com agentes de endemias contratados para execução dos programas e apoio dos colegas da vigilância sanitária para execução dos demais serviços.

Imagem 17 – centro de vigilância em saúde

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REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

UPA 24 HORAS – MARIO NUNES DE LACERDA A unidade de pronto atendimento 24 horas do município foi inaugurada em 31 de outubro de 2017 quando iniciou os atendimentos a comunidade. Possui dois médicos por turno, três enfermeiros, seis técnicos de enfermagem, um técnico em radiologia, alem de farmacêutico, serviço de higienização e coordenação técnica e administrativa.

Com a abertura da UPA, o município passou a atender toda a demanda que anteriormente era encaminhada ao Hospital Nossa Senhora Aparecida, não necessitando a continuidade do contrato com este ente que vigorou ate a abertura da mesma.

Imagem 18 – UPA 24 horas

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SAMU

No primeiro momento em 2010/2011 o SAMU iniciou com uma SB (SAMU Básica), ambulância que conta com um condutor e um técnico de enfermagem para prestar o atendimento; lotada, juntamente com a Central de Ambulâncias do município, e as equipes, foram praticamente aproveitadas, ou seja, realizaram os treinamentos exigidos pelo SAMU Estadual, e iniciaram as suas atividades.

É importante salientar que o atendimento do SAMU, é regulado pelo telefone 192, ligação atendida por uma central/atendentes em Porto Alegre, que posteriormente passam a ligação para um médico regulador, que fará a triagem/necessidade de enviar a ambulância até o local.

Em um segundo momento, Camaquã foi agraciada, com uma SA (SAMU Avançada), em 2013/2014, ambulância com um condutor, um enfermeiro e um médico, todos devidamente treinados, para prestar o atendimento, também regulado pelo 192, e lotados também no mesmo local.

Devido problemas de repasse financeiro, em 2015/2016, o funcionamento da SA foi cancelado, ficando Camaquã somente com o atendimento da SB 133.

Atualmente, contamos com uma estrutura física precária na Central de Ambulâncias, e uma das irregularidades apontadas pelo

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Ministério da Saúde em sua última visita, foi o fato do SAMU, não ter uma BASE própria, com toda a estrutura física mínima exigida.

A equipe trabalha em escala 12horas x 36 horas, equipe formada por condutor, técnico de enfermagem e enfermeira responsável técnica pelo SAMU.

Com a instalação da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em 31/10/2017, já iniciamos a reestruturação física, e organização, para fazer com que o serviço SAMU de Camaquã, seja um exemplo para a Região Centro-Sul, pois contamos com ótimos profissionais para dar atendimento intra e pós hospitalar.

Imagem 19 – SAMU 192

73

CENTRAL DE AMBULÂNCIAS

A central de ambulâncias do município possui uma ambulância UTI, uma ambulância resgate, uma ambulância com duas macas e quatro ambulâncias de transporte simples.

Além de realizar os atendimentos de socorro e resgate, este setor é responsável pelas remoções que requerem Unidade de Terapia Intensiva móvel e leva pacientes debilitados para tratamento fora do domicilio.

Imagem 20 – Ambulâncias do Município

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INFORMATIZAÇÃO DA SAÚDE

Em 2017 a secretaria da saúde iniciou o projeto de informatização dos seus serviços. Esse projeto teve várias etapas e a primeira foi encontrar um sistema que pudesse ajudar a melhorar o atendimento dando mais condições as equipes de saúde em prescrever, acompanhar e evoluir os dados de cada paciente. A próxima etapa foi equipar as unidades com a logística necessária para utilizar o sistema sem falhas. Este processo se estendeu ao longo do ano e será concluído em 2018, devido a complexidade do sistema e a adaptação das equipes na sua utilização sem causar prejuízo aos atendimentos a população.

Imagem 21 – Sistema Informatizado

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SERVIÇOS DE APOIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO

Especialidades médicas atendidas pela SMS no município: cardiologia, neurologia, traumatologia e ortopedia, ginecologia e obstetrícia, urologia e nefrologia, dermatologia, pediatria, cirurgia geral e otorrinolaringologia. O município ainda possui atendimento oftalmológico oferecido aos pacientes através de compra de serviço feita pela Secretaria de Saúde de Camaquã e do Estado.

Os demais especialistas e o que requer alta complexidade é enviado para Porto Alegre município de referência para Camaquã.

O município conta também com atendimentos de fisioterapia, acupuntura, psicologia, fonoaudiologia e nutrição.

São disponibilizados por mês, em média 3470 sessões de fisioterapia entre atendimentos realizados no domicílio e nas clínicas conveniadas e 630 sessões de acupuntura.

Os exames de análise clínica e radiografias são realizadas no município e custeadas pelo Estado. Os demais exames disponibilizados pelo SUS são enviados para 2ª CRS/POA para marcação.

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HOSPITAL NOSSA SENHORA APARECIDA

O Hospital Nossa Senhora Aparecida, localizado na Rua Cristóvão Gomes de Andrade, 665 – Bairro Centro, é um Hospital de referência para os Municípios da Região Centro Sul do Estado.

Atende as seguintes Especialidades Médicas: Anestesiologia, Bioquímica, Cardiologia, Cirurgia Plástica, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Coloproctologia, Ginecologia, Obstetrícia, Medicina Interna, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Psiquiatria, Radiologia, Traumatologia e Ortopedia, Fonoaudiologia.

O hospital oferece os seguintes serviços pelo SUS internação adulto e pediátrica, serviço de pronto atendimento, raio-x, mamografia, ecografias, cirurgias, parto, entre outros.

Imagem 22 – Hospital Nossa Senhora Aparecida

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RECURSOS HUMANOS DISPONÍVEIS Tabela 17 – Recursos Humanos Agente de campo 11

Assistente social 2

Atendente de farmácia 8

Auxiliar de enfermagem 3

Auxiliar de fiscal sanitário 1

Auxiliar de saúde bucal 3

Biólogo 1

Dentista 12

Enfermeiro 17

Farmacêutico Bioquímico 1

Fiscal Sanitário 3

Fisioterapeuta 1

Fonoaudióloga 2

Médico 1

Motorista 37

Oficial administrativo 18

78

Operário 12

Professora 2

Professora de artes 1

Psicólogo 6

Recreacionista 2

Serviçal 19

Técnico de enfermagem 50

Técnico de informática 2

Técnico saúde bucal 2

Telefonista 5

Veterinário 1

Médicos Programa Mais Médicos 9

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PACTUAÇÃO INTERFEDERATIVA 2017-2021

A Pactuação Interfederativa é um processo instituído no âmbito do SUS onde, são definidas e quantificadas as ações de saúde para população residente em cada território, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde.

Reforça no SUS o movimento da gestão pública por resultados, estabelece um conjunto de compromissos sanitários considerados prioritários. Os compromissos pactuados anualmente são executados pela rede SUS do município, de forma a garantir o alcance das metas.

No anexo 03 é apresentado à série histórica dos resultados alcançados na pactuação interfederativa de indicadores.

DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS

Diretriz 1: Atenção Básica como ordenadora do cuidado - qualificação da atenção básica. Objetivos: Realizar mapeamento das áreas de atuação para cada equipe de saúde da família, estabelecer território adstrito.

80

Selecionar, contratar e capacitar os agentes comunitários de saúde.

Adscrever os usuários as unidades de referência.

Implantar atividades de prevenção nas unidades.

Promover educação permanente aos profissionais da atenção básica.

Adequar estrutura física das unidades de saúde.

Estabelecer fluxos de atendimento, através de protocolos e Procedimentos Operacionais Padrão (POP).

Implantar sistema de prontuário eletrônico em todas as unidades de saúde.

Metas:

Ampliar a cobertura de ESFs.

Diminuir os índices de internação por agravos sensíveis a atenção básica.

Diretriz 2: Gestão do Sistema Objetivos: Abastecer quantitativa e qualitativamente os setores e unidades de saúde, com materiais, insumos, equipamentos, e apoio técnico suficiente para o bom andamento do serviço.

Fortalecer o Conselho Municipal de Saúde para garantir o efetivo controle social. 81

Promover Conferência Municipal de Saúde de forma a subsidiar a próxima atualização do Plano Municipal de Saúde

Metas: Reestruturar as Unidades Ambulatoriais para atendimento como Estratégia de Saúde da Família.

Diretriz 3: Redução da Mortalidade Infantil Objetivos: Verificar estado nutricional através do cartão da criança.

Usar rotineiramente vitaminas e ferro, no acompanhamento pediátrico.

Realizar palestras e visitas domiciliares.

Incentivar imunizações.

Ofertar consultas em saúde da criança nas ESFs intercaladas com médico e enfermeira.

Incentivar os usuários a busca por consultas pediátricas de rotina na unidade de referência.

Garantir referência em UTI neonatal.

Monitorar doença diarréica aguda e orientar sinais de desidratação.

Tratar parasitoses intestinais.

Metas: Aumentar índice de acompanhamento dos beneficiários do Programa Bolsa Família.

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Reduzir percentual de crianças desnutridas através de acompanhamento nutricional e orientações para a família.

Garantir consulta com pediatra através de encaminhamento.

Realizar visita domiciliar mensal aos recém- nascidos classificados como de risco, durante o primeiro ano de vida.

Investigar 100% dos óbitos em menores de um ano.

Inserir consultas de nutrição no pré-natal.

Diretriz 4: Redução da Mortalidade de Mulheres em Idade Fértil Objetivos: Assegurar pré-natal de qualidade.

Ofertar consultas de pré-natal baixo risco nas ESFs com médico de família e enfermeira.

Captar precocemente as gestantes, através do trabalho dos agentes comunitários de saúde.

Realizar busca ativa das gestantes faltosas no pré-natal.

Garantir exames de rotina do pré-natal.

Detectar precocemente fatores de risco na gravidez e encaminhar para acompanhamento com médico obstetra.

Ofertar consultas em ginecologia e obstetrícia.

83

Atender as gestantes através de equipe multiprofissional.

Valorizar o parto normal durante o pré-natal.

Metas: Aumentar o percentual de gestantes com 7 ou mais consultas.

Garantir referência para pré-natal de alto risco a 100% das gestantes nestas condições.

Notificar e investigar 100% dos óbitos de mulheres em idade fértil e maternos declarados.

Garantir atendimento odontológico as gestantes que procurarem o serviço.

Diretriz 5: Controle de Doenças e Agravos Prioritários – Hipertensão e Diabetes Objetivos: Realizar diagnóstico e tratamento dos casos identificados.

Cadastrar os portadores destas patologias no Grupo de HiperDia.

Garantir os medicamentos para tratamento adequado.

Promover ações educativas por equipe multidisciplinar.

Monitorar os níveis de glicose e pressão arterial.

Garantir referência para atendimento de complicações.

84

Auxiliar as pessoas nas reduções das taxas de glicose, colesterol e triglicerídeos, através de orientação nutricional.

Facilitar acesso para exames complementares.

Viabilizar o acompanhamento dos pacientes por equipe multidisciplinar.

Metas: Reduzir o percentual de diabéticos através de prevenção e dietoterapia.

Reduzir o percentual de hipertensos através de prevenção e dietoterapia.

Reduzir o percentual de obesidade nos pacientes acompanhados pelo setor de nutrição.

Diretriz 6: Saúde da Mulher Objetivos: Divulgar importância dos exames preventivos.

Ampliar número de coletas de citopatológico nas unidades de saúde.

Incentivar autoexame de mamas.

Ofertar consultas em ginecologia.

Orientar planejamento familiar.

Manter parceria com a Liga Feminina de Combate ao Câncer.

85

Metas: Referenciar e acompanhar as mulheres com diagnóstico de lesões intra epiteliais de alto grau do colo uterino.

Aumentar o número de mamografias realizadas anualmente.

Diretriz 7: Saúde do Homem Objetivos: divulgar a importância dos exames preventivos.

Ofertar consultas em urologia.

Facilitar o acesso a exames complementares.

Meta: Ofertar consulta urológica para os homens acima de 50 anos e/ou com fatores de risco.

Diretriz 8: Saúde do Adolescente Objetivos: Realizar campanhas educativas sobre Cultura de Paz, Gravidez na Adolescência, Prevenção de Doenças, Drogas, entre outros temas, nas escolas do município.

Metas: Estabelecer parceria com a Secretaria Municipal da Educação, incluindo estes assuntos no currículo escolar.

86

Diretriz 9: DST/HIV/AIDS Objetivos: Organizar campanhas educativas.

Distribuir preservativos à população em geral, casas noturnas e presídio estadual.

Oferecer acompanhamento clínico, ginecológico e urológico.

Acompanhar e investigar comunicantes.

Dinamizar a distribuição de antirretrovirais e outros medicamentos para infecções oportunistas.

Realizar teste-rápido de HIV e Sífilis em todas as gestantes que procurarem o serviço e oferecer testagem para seus parceiros.

Atender e referenciar todas as gestantes HIV positivo e crianças expostas.

Assegurar o tratamento das DSTs em gestantes no pré-natal.

Oferecer teste - rápido e aconselhamento a todos os usuários do SUS.

Metas: Reduzir o índice de incidência de DST/ HIV/ AIDS no município.

Aumentar o percentual de testagem rápida na atenção básica.

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Diretriz 10: Apoio Diagnóstico Objetivos: proporcionar a realização de exames laboratoriais por meio da terceirização do serviço ou de convênios e recursos próprios.

Equalizar o serviço prestado à necessidade dos usuários, verificando a procura pelas especialidades contempladas na rede pública de saúde.

Organizar e administrar a oferta e a demanda de serviços existentes.

Metas: Aumentar os serviços e convênios.

Aumentar os exames laboratoriais, fisioterapias, Raio-X, exames de alto custo, por meio de terceirização dos serviços ou de convênios.

Diretriz 11: Fortalecer a assistência farmacêutica Objetivos: Orientar os profissionais a solicitarem em suas requisições os medicamentos que fazem parte da Relação Municipal de Medicamentos Básicos, através da denominação comum brasileira.

Manter atualizados os programas para controle da assistência prestada.

Considerar o consumo de medicamentos, projetando aquisições que atinjam constantemente um número maior de usuários.

Realizar a distribuição da REMUME Camaquã, às unidades de saúde.

Readequação da estrutura interna para melhor fluxo das operações do ciclo da assistência farmacêutica.

88

Implantação do SAE dentro da estrutura readequada, ampliando a oferta de serviços para atendimento aos pacientes do município.

Criação da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT), visando inicializar trabalhos referentes ao uso racional de medicamentos no município.

Revisão periódica da REMUME, conforme resultados obtidos com o auxílio da CFT.

Metas: Manter estoque de medicamentos na farmácia municipal.

Ampliação do quadro de funcionários, aumentando para 10 o quantitativo de atendentes de farmácia e para 3 o número de farmacêuticos.

Oficialização da REMUME, através da publicação de legislação municipal pertinente.

Diretriz 12: Vigilância em saúde Vigilância Ambiental

Objetivos: realizar palestras em escolas, associações e outros locais na zona rural e urbana do município.

Realizar mapeamento da distribuição geográfica das diferentes espécies de animais peçonhentos de interesse a saúde e de populações de primatas não humanos existentes no município.

89

Desenvolver programas de controle zoonoses e vetores.

Manter os sistemas de informação atualizados.

Manter o programa de vigilância da qualidade da água para consumo humano nas áreas urbanas e rurais.

Divulgar informações sobre animais peçonhentos e plantas tóxicas.

Realizar vistorias para verificar problemas de saneamento ambiental que oferecem risco para saúde e orientar quanto às medidas pertinentes.

Minimizar os riscos advindos de eventos ambientais adversos à saúde e atualizar o plano de contingência para enfrentamento de desastres naturais.

Vigilância Sanitária

Objetivos: Cadastrar, inspecionar e licenciar estabelecimentos que produzem e/ou comercializam alimentos, estabelecimentos que comercializam cosméticos e saneantes, estabelecimentos de saúde e estabelecimentos de interesse para saúde.

Inspecionar e licenciar veículos que transportam alimentos.

Inspecionar e licenciar comércio ambulante de alimentos.

Orientação e fiscalização em feiras e eventos.

Implantar programa de educação sanitária. 90

Realizar barreiras sanitárias.

Buscar resolutividade dos problemas sanitários primeiramente por meio de orientação e posteriormente por meio de autuação;

Instaurar e acompanhar o Processo Administrativo Sanitário, como forma de correção das infrações sanitárias, sempre que necessário;

Fazer cumprir as decisões de processos administrativos sanitários, procedendo às interdições, apreensões, inutilizações, advertências, multas, entre outros.

Realizar perícias por solicitação das polícias civil, rodoviária e militar.

Realizar análise fiscal quando houver suspeita de desconformidade no produto.

Vigilância Epidemiológica

Objetivos: Coletar material em tempo hábil e enviar amostras para laboratórios de referência.

Manter monitoramento semanal de casos de diarréia aguda.

Realizar visitas domiciliares com os agentes comunitários de saúde para orientação de ações preventivas e busca de faltosos.

Manter vigilância alerta para doenças de notificação compulsória e em situação de surtos.

Descentralizar os programas da vigilância em saúde para a atenção básica. 91

Promover educação permanente para os profissionais de saúde envolvidos.

Definir fluxos de notificação, encaminhamento e acompanhamento do usuário na rede de atenção a saúde.

Manter a gestão e alimentação dos sistemas de informação (SINAN, SIM, SINASC, entre outros)

Metas: Notificar e investigar agravos de notificação compulsória.

Encerrar oportunamente os casos de notificação compulsória.

Manter plantão anti-rábico

Diretriz 13: Programa de Imunizações Objetivos: Manter calendário vacinal atualizado.

Referenciar e realizar busca ativa de pacientes com vacinas em atraso.

Conscientizar a população sobre a importância das imunizações.

Informatizar e interligar os registros de vacinas entre as unidades.

Manter o Sistema de Informações – Programa Nacional de Imunizações atualizado.

Metas: Aumentar a cobertura vacinal dos imunobiológicos presentes no calendário.

92

Investigar eventos adversos pós-vacinação.

Abrir sala de vacinas na Unidade Carvalho Bastos.

Diretriz 14: Tuberculose (TB) Objetivos: Captar, atender e vincular a atenção básica casos suspeitos de TB.

Estabelecer fluxo descentralizado para coleta de escarro.

Busca ativa de faltosos.

Pesquisar e acompanhar comunicantes.

Ministrar palestras educativas.

Incentivar a vacinação BCG.

Garantir exames para diagnóstico.

Metas: Realizar diagnóstico e tratamento a todos os casos confirmados de TB.

Reduzir taxa de abandono ao tratamento.

Diretriz 15: Programa de Estomizados Objetivos: Vincular os pacientes estomizados cadastrados no município à unidade de referência.

93

Orientar a troca da bolsa colostomia/urostomia e o uso correto dos materiais e produtos de proteção e limpeza do estoma.

Criar Grupo de Estomizados com pacientes e familiares.

Meta: Realizar consulta de enfermagem a cada seis meses na unidade de referência.

Diretriz 16: Programa de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) Objetivos: Divulgar as PICS realizadas no município.

Articular as PICS na rede de atenção.

Promover palestras aos profissionais e usuários do SUS.

Metas: Lançar nova edição do livreto sobre Plantas Medicinais.

Diretriz 17: Saúde Mental Objetivos: Manter atendimento ambulatorial para portadores de sofrimento psíquico.

Manter atendimento de pacientes portadores de transtorno mental severo e persistente através do projeto terapêutico executado pelo CAPS I Harmonia.

Ampliar o atendimento aos pacientes dependentes químicos.

94

Qualificar o atendimento aos pacientes atendidos no ambulatório de saúde mental.

Criar grupos de familiares/cuidadores egressos de internações.

Capacita os profissionais de saúde da atenção básica e rede de urgência e emergência para atendimento especializado em saúde mental.

Notificar e acompanhar casos de tentativa de suicídio, criar estratégias de prevenção na atenção primária.

Matriciar a atenção básica.

Possibilitar aos pacientes refeições ao meio dia.

Metas: Diminuir os índices de suicídio.

Ampliar o espaço físico da unidade CAPS I Harmonia.

Contratar mais oficineiros e oficial administrativo.

95

Anexo 01 – Croqui sistema de esgoto no Município de Camaquã

96

ANEXO 02 - RELAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS – REMUME 2017 FARMÁCIA BÁSICA ACICLOVIR 200MG GENTAMICINA 0,5% COLIRIO ACIDO ACETILSALICILICO 100MG GLIBENCLAMIDA 5MG ACIDO FOLICO 5MG HALOPERIDOL 2MG/ML (0,2%) ACIDO VALPROICO 250MG HALOPERIDOL 5MG HALOPERIDOL, DECANOATO ACIDO VALPROICO 250MG/5ML 70,52MG/1ML ALBENDAZOL 400MG HIDROCLOROTIAZIDA 25MG HIDROXIDO DE AL 60MG/ML + ALBENDAZOL 40MG/ML HIDROXIDO DE MG 40MG/ML ALENDRONATO 10MG IBUPROFENO 300MG ALOPURINOL 300MG IBUPROFENO 50MG/ML AMBROXOL 3MG/ML IMIPRAMINA 25MG (PEDIATRICO) ISOSSORBIDA, DINITRATO AMBROXOL 6MG/ML (ADULTO) 10MG ISOSSORBIDA, DINITRATO AMINOFILINA 100MG 5MG (SUBLINGUAL) ISOSSORBIDA, AMIODARONA 200MG MONONITRATO 40MG AMITRIPTILINA 25MG LEVOMEPROMAZINA 100MG AMOXICILINA 250MG/5ML LEVOMEPROMAZINA 25MG LEVOMEPROMAZINA 40MG/ML AMOXICILINA 500MG (4%) LEVOTIROXINA SODICA ATENOLOL 50MG 100MCG AZITROMICINA 200MG/5ML LEVOTIROXINA SODICA

97

(600MG) 25MCG LEVOTIROXINA SODICA AZITROMICINA 500MG 50MCG BECLOMETASONA 250MCG/DOSE LOPERAMIDA 2MG BECLOMETASONA 50MCG/DOSE LORATADINA 10MG BENSERAZIDA 50MG + LEVODOPA LORATADINA 1MG/ML 200MG BENZILPENICILINA BENZATINA LOSARTANA 50MG 1.200.000 UI BENZOATO DE BENZILA METFORMINA 850MG 250MG/ML BENZOILMETRONIDAZOL METILDOPA 500MG 40MG/ML (4%) BETAMETASONA, ACETATO 3MG/ML + BETAMETASONA, METOCLOPRAMIDA 10MG FOSFATO DISSODICO 3MG/ML METOCLOPRAMIDA 4MG/ML BIPERIDENO 2MG (0,4%) METOPROLOL, SUCCINATO BROMAZEPAM 3MG 50MG METRONIDAZOL 100MG/G CAPTOPRIL 25MG VAGINAL C/10 APLIC. CARBAMAZEPINA 200MG METRONIDAZOL 250MG MICONAZOL 20MG/G (2%) CARBAMAZEPINA 20MG/ML (2%) DERMATOLOGICO CARBIDOPA 25MG + LEVODOPA MICONAZOL 20MG/G (2%) 250 MG VAGINAL C/14 APLIC CARBONATO DE CALCIO 500MG NEOMICINA 5MG/G + (200MG Ca) BACITRACINA 250UI/G CARBONATO DE LITIO 300MG NIFEDIPINO 10MG CARVEDILOL 6,25 MG NISTATINA 100.000 UI/ML

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ORAL NISTATINA 25.000UI/G CEFALEXINA 250MG/5ML VAGINAL C/14 APLIC. CEFALEXINA 500MG OMEPRAZOL 20MG CINARIZINA 75MG PARACETAMOL 200MG/ML CIPROFLOXACINO 500MG PARACETAMOL 500MG CLORETO DE POTASSIO 600MG PERMETRINA 10MG/ML (1%) CLORETO DE SODIO 0,9% + PIRIMETAMINA 25MG BENZALCONIO 0,01% CLORPROMAZINA 100MG PIROXICAM 20MG CLORPROMAZINA 25MG PREDNISOLONA 3MG/ML CLORPROMAZINA 40MG/ML (4%) PREDNISONA 20MG CODEINA 30MG + PARACETAMOL PREDNISONA 5MG 500MG COMPLEXO B POLIVITAMINICO PROMETAZINA 25MG DEXAMETASONA 1% CREME PROPRANOLOL 40MG DIAZEPAM 10MG RANITIDINA 15MG/ML SAIS PARA REIDRATACAO DICLOFENACO POTASSICO 50MG ORAL 27,9G SALBUTAMOL 0,48MG/ML DIGOXINA 0,25MG (0,04%) ENALAPRIL 10MG SALBUTAMOL 100MCG/DOSE ESCOPOLAMINA 10MG SINVASTATINA 20MG ESTROGENIOS CONJUGADOS SULFADIAZINA 500MG 0,625MG C/28CP SULFAMETOXAZOL FENITOINA 100MG 200MG/5ML + TRIMETOPRIMA 40MG/5ML SULFAMETOXAZOL 400MG + FENOBARBITAL 100MG TRIMETOPRIMA 80MG

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SULFATO FERROSO 109MG FENOBARBITAL 40MG/ML (4%) (40MG Fe) SULFATO FERROSO 125 FENOTEROL 5MG/ML MG/ML (25MG Fe) TIMOLOL, MALEATO 5MG/ML FLUCONAZOL 150MG (0,5%) FLUFENAZINA 25MG/1ML VARFARINA 5MG FLUOXETINA 20MG VERAPAMIL 80MG VITAMINA A 3.000UI/ML + FUROSEMIDA 40MG VITAMINA D 800UI/ML MEDROXIPROGESTERONA INSULINA NPH 100UI/ML 150MG/1ML NORETISTERONA 0,35MG INSULINA REGULAR 100UI/ML C/35CP LEVONORGESTREL 0,15MG + NORETISTERONA 50MG/1ML + ETINILESTRADIOL 0,03MG C/21CP ESTRADIOL 5ML/1ML INSUMOS FITAS REATIVAS PARA SERINGA COM AGULHA FIXA DOSEAMENTO DE GLICOSE PARA

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Anexo 03 – Série Histórica Pactuação Intefederativa – parte 1

101

Anexo 03 – Série Histórica Pactuação Intefederativa – parte 2

102

Anexo 03 – Série Histórica Pactuação Intefederativa – parte 3

103

REFERÊNCIAS RIO GRANDE DO SUL. Resolução n°. 555/12 – CIB/RS Altera a configuração e a quantidade de Regiões de Saúde no Rio Grande do Sul, e institui as Comissões Intergestores Regionais – CIR. Disponível em: http://www.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201703/28155806- resolucao-cib-555-12.pdf

BRASIL. Ministério da Saúde. Informações de Saúde TABNET. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02

BRASIL. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Informação e Análise Epidemiológica. Disponível em: http://svs.aids.gov.br/dantps/

BRASIL. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/camaqua_rs

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/

RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual da Saúde. Coordenadorias Regionais de Saúde. Disponível em: http://www.saude.rs.gov.br/crs

CAMAQUÃ. Prefeitura Municipal de Camaquã. Disponível em: http://www.camaqua.rs.gov.br RIO GRANDE DO SUL. Fundação de Economia e Estatística. Disponível em: https://www.fee.rs.gov.br

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 110 p.: Il – (Série E. Legislação em Saúde)

104

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: atitude de ampliação do acesso. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 96 p.: Il.

Brasil. Ministério da Saúde. HIV/AIDS, hepatites e outras DST. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Cadernos de Atenção Básica, n.18) (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde Mental. (Cadernos de Atenção Básica, n. 34). Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 176 p.: Il.

Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, 32).

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, n.33)

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde na escola. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. (Cadernos de Atenção Básica, n.24) (Série A. Normas e Manuais Técnicos)

Rio Grande do Sul. Atenção Básica do RS. Disponível em: http://atencaobasica.saude.rs.gov.br/saude-da-populacao-prisional

Ministério da Saúde. Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações SI- PNI. Disponível em: http://pni.datasus.gov.br/apresentacao.asp

Brasil. Portal da Saúde. Disponível em: http://u.saude.gov.br/index.php/pni

105

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Rio Grande do Sul. Atenção Básica do RS. Saúde da Mulher. Disponível em: http://atencaobasica.saude.rs.gov.br/saude-da-mulher

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Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perfil da morbimortalidade masculina no Brasil [recurso eletrônico]/Ministério da saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 52 p.:Il.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/pnaisp.php

Rio Grande do Sul. Secretaria da Saúde. Saúde Prisional. Disponível em: http://www.saude.rs.gov.br/saude-prisional

106

Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP). Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/acoes-e- programas/pnaisp/politica-nacional-de-atencao-integral-a-saude-das- pessoas-privadas-de-liberdade-no-sistema-prisional

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