A MITOLOGIA UMBANDISTA Antônio Talora DELGADO SOBRINHO *

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A MITOLOGIA UMBANDISTA Antônio Talora DELGADO SOBRINHO * A MITOLOGIA UMBANDISTA Antônio Talora DELGADO SOBRINHO * RESUMO: Levantamento e sistematizaçâo da rica mas dispersa mitologia umbandista, procurando elementos para sua interpretação. UNITERMOS: Umbanda; quimbanda; exu; orixá; monoteísmo; morte; varíola; Deus; diabo. A mitologia umbandista encontra-se certas "entidades" (os Orixás) ficariam ainda dispersa e desorganizada, próximas aos homens para assisti-los e apresentando-se diluida em vários escritos orientá-los em suas necessidades. Aruan- de cunho doutrinário e muitas vezes ex­ da passou a ser assim a morada dos Ori­ posta de maneira confusa, contraditória e xás e espíritos benfazejos que assistem, até mesmo preconceituosa. protegem e ajudam os humanos; suspeita- Já se afirmou que a Umbanda é uma se que a palavra Aruanda seja uma cor­ religião Monoteísta (4:85-96), embora al­ ruptela de Luanda (cidade africana). Co­ guns estudiosos, levados por motivos que mo se nota, Olorum está distante dos ho­ não cabe discutir, tenham afirmado a mens e não requer um culto especial, nem existência de um caráter politeísta súplicas humanas, pois é aos Orixás que (7:120,124). Esses autores ou estudiosos se deve rogar. O culto deve ser dirigido na realidade deixaram-se levar por carac­ aos Orixás e não a Olorum, Zambi ou teres externos e superficiais da religião. Mawu. Um folclorista (10:129) afirma Nota-se uma conclusão falsa pela falta de que houve época em que Olorum foi con­ maior perspicácia nà análise de determi­ fundido com o Deus dos Cristãos, haven­ nados elementos intrínsecos da religião. do quem o chamasse de "Padre Eterno" Para os Toruba, Deus é Olorum, o in- ou "Deus do Céu", porém vai sendo gra- criado, o que tudo pode, identificando-se dativamente esquecido. com a abóbada celeste.** O Orixá da Criação é Obatalá, o céu, Morava então, segundo o mito, bem que casando-se com Odudua, a terra, tem próximo dos homens, observando suas dois filhos, Aganju (a terra) e lemanjá (a atitudes. Mas os homens acendiam fo­ água). Do barro modela o homem, mas gueiras à noite cuja fumaça perturbava num dia de bebedeira, cria também os Olorum, que foi obrigado a mudar sua re­ aleijados, os cegos e os albinos. Todo sidência para local ignorado e distante dos criador não faz apenas coisas boas, mas homens para não ser perturbado por es­ coisas imperfeitas também, segundo a mi­ tes. Ao se retirar, porém, determina que tologia africana (6:91). * Departamento de Antropologia, Política e Filosofia — Instituto de Letras, Ciências Sociais e Educação — UNESP — 14800 — Araraquara — SP. ** Recebia outros nomes, dependendo da origem africana dos escravos, assim é o Zambe ou Nzambi dos bantos; Mawu dos jejês; Zambi-a-pungu dos congoleses. São na realidade sinônimos para a mesma divindade. Do casamento de lemanjá com Agan- se na casa de um pescador a quem ensina ju (água e terra) nasce Orungan identifica­ o segredo com a concordância de defendê- do como o Édipo africano, pois, la da ira do esposo. Há um combate entre apaixonando-se por lemanjá, sua mãe, a Xangô e o pescador, sendo Xangô derro­ persegue insistentemente. tado. Humilhado com a derrota, desapa­ Aproveitando-se da ausência paterna, rece nas entranhas da terra. Destaque-se Orungan violenta lemanjá, após ela cair ainda que em outra variante Ogum, o Ori­ de cansaço. A seguir lemanjá morre, seu xá da Guerra e dos ferreiros, rapta Iansã. corpo dilata-se e de seus seios enormes Quando em um terreiro de Candomblé brotam duas correntes de água que se reú­ surgem Iansã, Ogum e Xangô é inevitável nem mais adiante formando um grande o duelo dos Orixás masculinos (Ogum lago. De seu ventre entumescido, nascem com sua espada e Xangô com seu macha­ os seguintes Orixás: do de duas lâminas). Assim, o Terreiro a) Xangô (do trovão); guarda resquícios da animosidade entre b) Ogum (da guerra); Xangô e Ogum. Iansã tornou-se o Orixá c) Xapanã (da varíola); dos ventos e tempestades complementan­ d) Oxoce (dos caçadores); do as atividades do esposo, Xangô (Orixá e) Oxum (das fontes e regatos); do raio e do trovão). Há então uma per­ f) Obá (do rio Obá); feita conjunção entre ambos, embora se g) Oiá (do rio Niger). tenham separado. Isto parece reforçar a Assinale-se que há distinções quanto hipótese do roubo do "encanto" do mari­ ao nascimento (aparecimento) destes Ori­ do. xás, dependendo da via por que entraram Um outro mito com relação a Xangô no Brasil. Assim, com relação a Xangô há afirma ter sido ele rei de Oiô, capital de várias lendas sobre sua ascensão a Orixá Toruba. Com o passar do tempo, torna-se porque ele é um dos Orixás constante em um rei tirano, despótico e cruel. O povo o todos os grupos étnicos africanos que vie­ intima a deixar o poder e sair do palácio ram para o nosso país, sugerindo por isso com suas mulheres e filhos. Diante de sua certa confusão sobre ele. Seu nome é va­ recusa há uma rebelião popular que o des­ riável, sendo chamado por alguns de Dza- trona. Foge para Tapa, terra de sua mãe, cuta ou Jacutá (o atirador de pedras), pa­ acompanhado de um escravo e de uma de ra outros é Hevioso ou Kebioso (o tro­ suas esposas, Iansã, que logo a seguir o vão). abandona no meio da floresta. Xangô, Outro mito apresenta Xangô como fi­ desgostoso, enforca-se num galho, a lho de Obatalá que se casou com suas três notícia chega a Oiô e o povo vai procurá- irmãs: Oxum, Obá e Oiá (Iansã). Certo lo na floresta, nada encontrando. Ouvi­ dia Xangô obteve de seu pai um poderoso ram, porém, das profundezas da terra sua encanto que comeu juntamente com sua voz soturna. Foi erguido um templo no mulher Iansã (Oiá). No dia seguinte, ao local e muitos gritavam na volta que Xan­ falar aos chefes, Xangô provocou a fuga gô não morrera, mas tornara-se um Ori­ de todos eles, pois brotava fogo de sua xá. Diante da incredulidade da maioria, boca. Xangô manda uma violenta tempestade Xangô, convencido de que era um Ori­ sobre a capital e que faz todos crerem na xá, chama as três mulheres, bate os pés no sua nova condição. chão que se abre para recebê-los. Desde Há ainda outros mitos que o apresen­ então foi elevado à categoria de Orixá. tam como um valente guerreiro Toruba Em uma variante deste mito, Iansã que por suas qualidades pessoais vai gra- rouba o segredo do "encanto" e refugia- dativamente assumindo o. poder até tornar-se rei de fato, enquanto o verda­ a mulher de sete Exus, quando encarnada deiro rei passa a ser mera figura decorati­ foi prostituta. Apresenta-se nos terreiros va. com grande lascívia e obscenidade. Faz Muitos jovens de povos vizinhos gestos libidinosos, convida os homens pa­ dirigem-se para Toruba para aprender ra com ela irem à cama, tenta apalpá-los com Xangô as artes marciais. Ele ensina a e, quando repelida ou admoestada,diz pa­ todos de bom grado, porém, dois dentre lavrões e profere ameaças. Há necessida­ estes, pelo seu destaque, começam a riva­ de de um cambono bastante experiente lizar com Xangô em prestigio. Xangô ten­ para controlá-la durante as sessões, o ta matá-los, não consegue e sentindo-se mesmo podendo acontecer com outros desmoralizado foge para a floresta, onde Exus. Seu comportamento ainda tem mui­ a terra abre-se a sua frente e, numa nuvem to sentido num mundo cheio de tabus e de fumaça e fogo, é "devorado" pela ter­ preconceitos com relação ao sexo. Já se ra. Imediatamente há uma tempestade afirmou que Exu é Dionísio na sua luta com raios e trovões, que faz os presentes contra Apolo, aqui no caso, Quimbanda atemorizados, reverenciá-lo como Orixá. contra Umbanda, ou melhor ainda Exu Como se pode notar, ao que tudo indi­ versus Orixá (8:89). É a luta da natureza ca, Xangô é um herói mítico não só .dos contra a cultura, assumindo uma forma Toruba, mas de todos os povos africanos. de contra-cultura (8:39). Não se deve aqui Seu fetiche é a pedra de "raio" (machado considerar Exu, entidade malévola como lítico), sendo provavelmente um dos Ori­ queriam os catequistas no processo de xás mais primitivos e que pela sua impor­ conversão dos negros ao catolicismo, isto tância (o temor do raio) manteve seu culto porque, conforme já se assinalou, na Um­ aceso até os dias atuais. Por analogia é banda não há dois princípios rígidos, o chamado o Orixá da Justiça, sendo co­ bem e o mal, que se manifestam mescla­ mum justapor-se a seu nome o designati- dos e intercalados. A afirmação de que o vo "da Lei" (Xangô da Lei). Foi sincreti- Orixá faz somente o bem e o Exu somente zado com São Jerônimo do Catolicismo, o mal é algo que não condiz com a religião que é representado, nos ídolos, como um e a filosofia africanas. Exu é o brado de velho de barbas brancas, sentado numa revolta do negro dominado e oprimido e pedreira ao lado de um leão, tendo às que deseja a liberdade em todos os aspec- mãos um manuscrito. É comum também tos(8:93), enquanto que o Orixá é o negro esse manuscrito trazer grafado a palavra dominado, o animal doméstico que co¬ latina "Lex". Não se deve esquecer que nhece o seu lugar conforme a ideologia da na mitologia grega Zeus usa os raios for­ dominação. E o Pai João, preto bom, de jados por Hefaístos para fazer justiça, a alma branca, quase que uma exceção en­ "dique" de Zeus. tre os negros "boçais", "malvados" e Xangô representa acima de tudo o cul­ "feiticeiros" que viviam pelo nosso país, to litolátrico, embora por suas ligações segundo evidentemente a opinião da com Oxum (inicialmente a Vênus africa­ maioria da elite da época da escravidão.
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