Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde ISSN: 1415-6938 [email protected] Universidade Anhanguera Brasil

Franchi Carniello, Monica; Pereira, Júlio Cesar; Gandolpho, Marcelo Renato Caracterização do atendimento hospitalar pelo SUS no DRS XVII Taubaté Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, vol. 15, núm. 3, 2011, pp. 109-136 Universidade Anhanguera Campo Grande, Brasil

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Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto Ensaios e Ciência CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO Ciências Biológicas, HOSPITALAR PELO SUS NO DRS XVII TAUBATÉ Agrárias e da Saúde Vol. 15, Nº. 3, Ano 2011

RESUMO Monica Franchi Carniello Universidade de Taubaté - Unitau O Departamento Regional de Saúde (DRS) XVII – Taubaté – SP, Brasil, é [email protected] formado por 39 municípios, com uma população estimada de 2.258.956 pessoas. Tem a responsabilidade de representar a Secretaria de Estado da Saúde nos municípios sob sua jurisdição. Por meio de dados Júlio Cesar Pereira documentais sobre as internações hospitalares chegou-se a uma Faculdade Anhanguera de Taubaté pesquisa descritiva e quantitativa que objetivou evidenciar como estão [email protected] alocados os estabelecimentos e Leitos que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) no DRS. Os resultados demonstram a concentração dos habitantes e dos serviços de saúde em apenas alguns municípios, a prevalecente administração de estabelecimentos hospitalares por Marcelo Renato Gandolpho entidades filantrópicas, a quantidade de AIH pagas e das diárias de Faculdade Anhanguera de São José UTI geradas e como o DRS XVII–Taubaté está organizado, mas não [email protected] atende as necessidades atuais da região.

Palavras-Chave: internação; Autorização de Internação Hospitalar; Sistema Único de Saúde; hospital.

ABSTRACT

The Regional Health Department (DRS in Portuguese) XVII - Taubaté - SP, , is made up of 39 municipalities, with an estimated population of 2,258,956 people. Has a responsibility to represent the State Department of Health in the counties under its jurisdiction. Through documentary data on hospital admissions was reached and a quantitative descriptive research aimed to show how they are allocated beds and establishments that meet the National Health System (SUS in

Portuguese) in SDB. The results show the concentration of population and health services in a few cities, the prevailing management of hospitals by charities, the amount of AIH paid and daily ICU generated and how the DRS XVII - Taubaté is organized, but not meets the current needs of the region.

Keywords: internment; Authorization of Hospital Internment; National Health System; hospital.

Anhanguera Educacional Ltda. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 , CEP 13.278-181 [email protected] Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Artigo Original Recebido em: 8/2/2011 Avaliado em: 7/4/2011

Publicação: 22 de dezembro de 2011 109 110 Caracterização do atendimento hospitalar pelo SUS no DRS XVII Taubaté

1. INTRODUÇÃO

Através do Decreto nº 51.433, de 28 de dezembro de 2006, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), dividiu o estado de São Paulo, no Brasil, em 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) que são responsáveis por toda atuação da Secretaria da Saúde nos municípios sob sua jurisdição. Composto de 39 Municípios o DRS XVII – Taubaté atende todo o Vale do Paraíba, no interior do Estado, e o Litoral Norte. A região do Vale do Paraíba e do Litoral Norte é uma região populosa e que espera um crescimento demográfico motivado por investimentos na infra-estrutura devido à exploração do petróleo do Pré Sal e a realização de eventos mundiais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Com a migração prevista, receberá pessoas que poderão necessitar de internações hospitalares. Por meio de uma pesquisa descritiva, quantitativa e documental busca-se obter a disponibilidade de leitos hospitalares para atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no DRS XVII–Taubaté, no segundo semestre de 2009. O objetivo geral deste trabalho é caracterizar o atendimento hospitalar pelo SUS no DRS XVII - Taubaté. Como objetivos específicos, delimitaram-se: verificar em que municípios estão os leitos hospitalares disponíveis para atendimento SUS; verificar quem administra os hospitais que disponibilizam leitos para atendimento SUS; verificar o percentual de leitos hospitalares disponibilizados para atendimento SUS do total de leitos existentes nos hospitais estudados; verificar a quantidade de internações realizadas no segundo semestre de 2009 e o valor pago no segundo semestre, pelo SUS, referente a internações hospitalares; identificar quantos hospitais do DRS XVII – Taubaté possuem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quantos atendimentos foram realizados no segundo semestres nestas UTI; separar os hospitais por especialidades atendidas. Espera-se que a caracterização do atendimento de SUS possibilite saber se a rede está preparada para receber a migração iminente e suprir a demanda do crescimento populacional. Facilitará, também, ao planejamento de instalações de novas unidades hospitalares que atendam populações onde há pouca oferta de leitos hospitalares, tanto para atendimento pelo sistema SUS como para atendimentos particulares, através de convênios e seguros de saúde. Aos prefeitos e secretários de saúde municipais serão informações úteis para o planejamento do atendimento hospitalar das cidades, a estratégia do atendimento de saúde dos municípios e, até, para postular investimentos aos governantes da esfera estadual. Este estudo não contempla os atendimentos hospitalares pagos por particulares, seguros ou convênios médicos. Não foram considerados os hospitais que não atendem pacientes pelo SUS.

Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde • Vol. 15, Nº. 3, Ano 2011 • p. 109-136 Monica Franchi Carniello, Júlio Cesar Pereira, Marcelo Renato Gandolpho 111 2. ASSISTÊNCIA MÉDICA PÚBLICA NO BRASIL

Segundo Palm e Almeida Filho (1998), a conjunção das “crises da saúde” – científica, econômica, social e política - lança complexos desafios para a saúde coletiva quanto ao que fazer para efetivamente se articular aos novos paradigmas da saúde para o século XXI. No Brasil, a “crise da saúde” é observada numa assistência médica que reflete a histórica desigualdade social existente no país. As ofertas de serviços médicos variam de acordo com a capacidade de pagamento dos usuários, obedecendo a uma lógica mercadológica e centralizando-se nos locais onde a capacidade econômica é maior. De uma forma geral, a classe alta paga pelos melhores serviços, a classe média utiliza bons serviços privados através do denominado sistema de saúde suplementar e os que “não podem pagar” utilizam o serviço público chamado de SUS, de qualidade duvidosa. A assistência médica, segundo Sen (1999) é uma das liberdades instrumentais que reflete o nível de desenvolvimento de um país.

O sistema de saúde suplementar, em 2009, atendeu 22,4% da população brasileira, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e visa atender a classe média utilizando principalmente de serviços hospitalares privados e consultas médicas de profissionais credenciados. A Saúde Suplementar é formada por operadoras de planos de saúde sendo que as mais expressivas são as empresas de medicina de grupo, seguidas das cooperativas médicas, as autogestão (empresas de grande porte que gerenciam o plano de saúde dos seus funcionários), as seguradoras especializadas em saúde e as operadoras filantrópicas de planos de saúde. A maioria dos contratos de planos de saúde são coletivos, mas existem planos familiares e individuais. No interior do estado de São Paulo, local objeto deste estudo, a taxa de cobertura aproximada dos planos de assistência médica é de 35,7% do total da população. A saúde suplementar é um importante componente no complexo sistema brasileiro de assistência médica.

Há uma teia complexa de relação e na organização da assistência médica do Brasil onde encontram-se diversos atores, necessidades, dificuldades, provedores de serviços médicos, interesses, discussões teóricas e distorções do ideal constitucional. Infelizmente, a realidade demonstra que a assistência médica no Brasil é seletiva, excludente e focalizada e faz do texto constitucional mais um ideal a ser alcançado do que o exercício da cidadania. A realidade da falta de acesso à saúde é uma restrição à liberdade instrumental, conforme exposto por Sen (1999), o que torna-se uma barreira ao desenvolvimento do país.

A Constituição da República Federativa do Brasil – 1988 no seu artigo 196 estabelece que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” e garante o acesso universal

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e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. O artigo 198 estabelece que “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único”. Para regulamentar os artigos 196 e 198 da Constituição Federal, a Lei Federal nº 8.080 de 19 de setembro de 1990 - Lei Orgânica da Saúde - criou o Sistema Único de Saúde. O artigo 3º da Lei federal nº 8.080/1990 define “o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS)”. O artigo 7º da mesma lei define que o SUS terá como princípios a universalidade, a integralidade de assistência, a igualdade da assistência à saúde, entre outros.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, o SUS é “um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010, s/p).

Ainda assim, há uma distância enorme entre o SUS que supra a demanda com serviços de qualidade e o SUS tal qual existente, embora no acesso da população aos serviços médicos, foram alcançados grandes avanços a partir da constituição de 1988.

O interesse crescente pelo uso de indicadores na administração pública está relacionado ao aprimoramento do controle social do Estado brasileiro nos últimos 20 anos (JANUZZI, 2005) e ao advento das tecnologias de informação e da internet. Embora não haja ainda um plano de indicadores que satisfaçam a demanda de informações sobre a atuação do governo, muitos ministérios e secretarias estaduais passaram a disponibilizar informações. Estas informações podem ser usadas pelos cidadãos para monitorar a atuação do estado. As informações disponibilizadas são dados objetivos, mas por vezes, provocam interpretações dúbias. Segundo Januzzi, as informações produzidas no âmbito dos processos administrativos dos ministérios e das secretarias estaduais e municipais podem também suprir boa parte da demanda de dados para a construção de indicadores periódicos de monitoramento, requerendo, contudo, algum “retrabalho” de “customização” em função das necessidades de delimitação territorial dos programas. Abaixo são descritos alguns processos administrativos da assistência médica e informações disponíveis na internet sobre os serviços públicos de saúde.

2.1. Bases de dados do SUS

A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) é o documento pelo quais os estabelecimentos de saúde informam, e cobram, o SUS pelos atendimentos e serviços

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médicos realizados. Para o recebimento dos pagamentos dos serviços médicos prestados, os estabelecimentos inserem digitalmente as AIH no Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) que é um software disponibilizado pelo Ministério da Saúde, via internet, para organizar as informações e a produção de serviços médicos. A AIH pode ser entendida como atendimento realizado. O seu valor total pode variar de acordo com a complexidade do atendimento médico e com o tempo em que o paciente ficou sob os cuidados do estabelecimento. A complexidade do atendimento é informada na AIH através da Tabela de Procedimentos do SUS que estabelece o valor a ser pago pelo SUS por cada procedimento hospitalar ou ambulatorial (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, s/p).

O TABNET é o aplicativo eletrônico disponibilizado, via internet, pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e desenvolvido pelo Departamento de Informação e Informática do SUS – DATASUS, com a finalidade de permitir a realização de tabulações rápidas com as variáveis referentes às bases de dados que compõem os sistemas de informações em saúde do SUS, utilizado no modulo Gestor, o TABNET permite a confecção de quadros com as informações disponíveis no SIH-SUS que podem ser armazenados como planilhas eletrônicas.

O Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) é um aplicativo eletrônico disponibilizado, via internet, pelo Ministério da Saúde do Brasil, através da Secretaria de Atenção à Saúde e do DATASUS (Departamento de Informática do SUS). É uma ferramenta que possibilita o conhecimento dos estabelecimentos que formam a teia de serviços de saúde do país e fornece informações dos serviços de saúde e profissionais de saúde disponíveis no país inteiro. O cadastro compreende o conhecimento dos Estabelecimentos de Saúde nos aspectos de Área Física, Recursos Humanos, Equipamentos e Serviços Ambulatoriais e Hospitalares e base para o Cartão Nacional de Saúde dos profissionais que executam ações e ou serviços de Saúde pelo SUS no país (DATASUS, 2010).

2.2. Níveis de Atenção à Saúde

Para atender melhor as necessidades dos pacientes, o SUS classificou os procedimentos médicos, os tratamentos médicos, os Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT) e os estabelecimentos de serviços de saúde em três níveis de atenção de acordo com as necessidades do paciente, as tecnologias e os custos demandados. Existem três níveis de atenção à Saúde: a atenção básica, a de Média Complexidade e a de Alta Complexidade. A atenção básica é preferencialmente a entrada do paciente no SUS, o primeiro nível de atenção de acordo com o modelo adotado pelo SUS, onde estão os procedimentos médicos

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mais simples e especialidades básicas como: clínica médica (clínica geral), pediatria, obstetrícia e ginecologia. Estudos demonstram que a atenção básica é capaz de resolver cerca de 80% das necessidades e problemas de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.18). A Média Complexidade demanda serviços e ações que estão entre a atenção básica de Saúde e a Alta Complexidade. A Média Complexidade visa atender os principais agravos de saúde da população, com atendimento e procedimentos especializados. São serviços como consultas hospitalares e ambulatoriais, exames e alguns procedimentos cirúrgicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.22). A Alta Complexidade são procedimentos que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo. São exemplos de procedimentos de alta complexidade: traumatoortopedia, cardiologia, terapia renal substitutiva e oncologia. As principais áreas estão organizadas em redes, como as de cirurgias cardíacas e de atenção oncológica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.18). Não há parâmetros quantitativos para definir os procedimentos de Média Complexidade ou Alta Complexidade e eles são inseridos na Tabela de Procedimentos de Média ou Alta Complexidade através de portaria do Ministério da Saúde. Os estabelecimentos devem provar que estão preparados para atender os procedimentos de Média ou Alta Complexidade, ficando assim habilitados a fornecer serviços de Atenção básica, Média Complexidade ou Alta Complexidade.

2.3. Municipalização

O SUS adotou como estratégia a municipalização dos serviços de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006, p.22). Desta maneira, o governo da esfera municipal (prefeitura) é responsável por fornecer todos os serviços de saúde necessários para os seus cidadãos (id.ibid., 2006, p.9). Como as prefeituras não têm recursos financeiros para oferecer todos os serviços da saúde, como não seria viável financeiramente manter todos os serviços de saúde existentes funcionando no município, como nos municípios não há demanda significativa (que justifique o seu funcionamento e manutenção) para todos os serviços de saúde, o gestor municipal faz acordos com outros gestores municipais, estaduais e federais para que estejam disponíveis todos os serviços de saúde que os seus munícipes possam necessitar. Estes acordos, quando são feitos com as esferas do governo estadual e federal, são realizados através da Programação Pactuada e Integrada (PPI) que busca aperfeiçoar os serviços e resultados, além de evitar gastos duplicados já que é realizado com a participação do governo estadual (Ministério da saúde, Glossário do Ministério da Saúde: projeto de terminologia em saúde, 2004, p. 84). Serviços de saúde que atendam pacientes de vários municípios são chamados de referenciados (id.ibid., 2006, p.13). Quando o gestor municipal não possui o serviço do qual o seu munícipe necessita, o

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gestor municipal o encaminha para outra localidade que seja a “referência” daquele procedimento ou tratamento médico e que já teve as quantidades de serviços disponíveis e os ajustes financeiros necessários previamente acordados.

2.4. Departamentos Regionais de Saúde - DRS

Os Departamentos Regionais de Saúde foram criados através do Decreto Estadual nº51.433, de 28 de dezembro de 2006 e dividiram o Estado de São Paulo, no Brasil, em 17 (dezessete) regiões. Cada uma das 17 (dezessete) regiões, do Estado de São Paulo, criada pelo decreto é administrada por um DRS que é “responsável por coordenar as atividades da Secretaria de Estado da Saúde no âmbito regional e promover a articulação inter- setorial, com os municípios e organismos da sociedade civil”1. Entre eles, encontra-se o DRS XVII – Taubaté formado por 39 (Trinta e Nove) municípios do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Na Tabela 1, foram relacionados os 39 municípios que compõem o DRS XVII – Taubaté e também sua população estimada. Podemos verificar nesta Tabela que o DRS XVII – Taubaté tem uma população de 2.258.956 habitantes e que o maior município, São José dos Campos, com 615.871 habitantes concentra mais de ¼ (um quarto) da população do DRS XVII – Taubaté.

Tabela 1 - Municípios e População do DRS XVII - Taubaté. Nº MUNICÍPIO POP 1 % 2 1 37.629 1,67% 2 ARAPEÍ 2.582 0,11% 3 AREIAS 3.690 0,16% 4 BANANAL 10.822 0,48% 5 CAÇAPAVA 85.181 3,77% 6 34.666 1,53% 7 CAMPOS DO JORDÃO 46.505 2,06% 8 CANAS 4.765 0,21% 9 96.125 4,26% 10 CRUZEIRO 79.957 3,54% 11 CUNHA 23.735 1,05% 12 GUARATINGUETÁ 113.357 5,02% 13 IGARATÁ 8.950 0,40% 14 ILHA BELA 26.011 1,15% 15 JACAREÍ 212.824 9,42% 16 5.550 0,25% 17 4.909 0,22% 18 7.002 0,31%

1 Disponível em: .

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Continuação Tabela 1 Nº MUNICÍPIO POP 1 % 2 19 LORENA 82.770 3,66% 20 MONTEIRO LOBATO 4.295 0,19% 21 7.674 0,34% 22 144.613 6,40% 23 16.833 0,75% 24 14.709 0,65% 25 20.668 0,91% 26 QUELUZ 11.197 0,50% 27 REDENÇÃO DA SERRA 4.245 0,19% 28 9.527 0,42% 29 13.881 0,61% 30 SANTO ANTÔNIO DO PINHAL 6.896 0,31% 31 SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 10.966 0,49% 32 SÃO JOSÉ DO BARREIRO 4.490 0,20% 33 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 615.871 27,26% 34 SÃO LUIZ DO PARAITINGA 10.908 0,48% 35 SÃO SEBASTIÃO 73.631 3,26% 36 5.841 0,26% 37 TAUBATÉ 273.426 12,10% 38 TREMEMBÉ 41.159 1,82% 39 81.096 3,59% Total 2.258.956 100,00%

Fonte: Adaptado pelo autor, 2010 de IBGE, 2009. POP1: Estimativa de população em julho de 2009. % 2: Percentual da população do município em relação ao total do DRS XVII - Taubaté.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No propósito de conhecer e entender melhor o DRS XVII – Taubaté, realizou-se pesquisa documental para obter informações sobre os estabelecimentos hospitalares deste DRS. Todas as informações utilizadas foram coletadas em bases de dados públicas, do sistema DATASUS. As informações foram agrupadas em tabelas com o intento de descrever a situação atual do DRS objeto deste estudo, o que caracteriza a pesquisa como descritiva. Os dados foram agrupados em tabelas de duas maneiras: por estabelecimento e por município. As tabelas por estabelecimento têm o objetivo de informar onde se encontra o serviço e quem são os principais fornecedores de serviços hospitalares do DRS. Além de atender o objetivo das tabelas por estabelecimento, as informações por município também possibilitam a comparação dos serviços existentes nos diversos municípios que fazem parte de DRS. As tabelas mostram como se apresentam hoje as variáveis objeto deste

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estudo de forma quantitativa e buscam fornecer informações sobre os serviços de saúde do DRS XVII – Taubaté, suas características e como estão alocados.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O DRS XVII – Taubaté, como já foi visto é formado, por 39 municípios e uma população estimada em 2.258.956 habitantes. Em São José dos Campos, a cidade mais populosa do DRS, concentram-se 615.871 habitantes, o que representa 27,26% da população do DRS, como se pode ver na Tabela 2. Na mesma tabela, pode-se verificar que os cincos municípios com maior número de habitantes (São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá) concentram mais de 60% da população do DRS e que há 23 municípios com menos de 25.000 Habitantes que juntos somam uma população de 214.135 habitantes e que representam menos de 10% do total de habitantes do DRS.

Tabela 2 - Municípios e População do DRS XVII - Taubaté. POP. Nº MUNICÍPIO % 1 ACUM 2 (decrescente) 1 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 615.871 27,26% 27,26% 2 TAUBATÉ 273.426 12,10% 39,37% 3 JACAREÍ 212.824 9,42% 48,79% 4 PINDAMONHANGABA 144.613 6,40% 55,19% 5 GUARATINGUETÁ 113.357 5,02% 60,21% 6 CARAGUATATUBA 96.125 4,26% 64,46% 7 CAÇAPAVA 85.181 3,77% 68,23% 8 LORENA 82.770 3,66% 71,90% 9 UBATUBA 81.096 3,59% 75,49% 10 CRUZEIRO 79.957 3,54% 79,03% 11 SÃO SEBASTIÃO 73.631 3,26% 82,29% 12 CAMPOS DO JORDÃO 46.505 2,06% 84,35% 13 TREMEMBÉ 41.159 1,82% 86,17% 14 APARECIDA 37.629 1,67% 87,83% 15 CACHOEIRA PAULISTA 34.666 1,53% 89,37% 16 ILHA BELA 26.011 1,15% 90,52% 17 CUNHA 23.735 1,05% 91,57% 18 POTIM 20.668 0,91% 92,49% 19 PARAIBUNA 16.833 0,75% 93,23% 20 PIQUETE 14.709 0,65% 93,88% 21 SANTA BRANCA 13.881 0,61% 94,50% 22 QUELUZ 11.197 0,50% 94,99% 23 SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 10.966 0,49% 95,48%

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Continuação Tabela 2 POP. Nº MUNICÍPIO % 1 ACUM 2 (decrescente) 24 SÃO LUIZ DO PARAITINGA 10.908 0,48% 95,96% 25 BANANAL 10.822 0,48% 96,44% 26 ROSEIRA 9.527 0,42% 96,86% 27 IGARATÁ 8.950 0,40% 97,26% 28 NATIVIDADE DA SERRA 7.674 0,34% 97,60% 29 LAVRINHAS 7.002 0,31% 97,91% 30 SANTO ANTÔNIO DO PINHAL 6.896 0,31% 98,21% 31 SILVEIRAS 5.841 0,26% 98,47% 32 JAMBEIRO 5.550 0,25% 98,72% 33 LAGOINHA 4.909 0,22% 98,93% 34 CANAS 4.765 0,21% 99,15% 35 SÃO JOSÉ DO BARREIRO 4.490 0,20% 99,34% 36 MONTEIRO LOBATO 4.295 0,19% 99,53% 37 REDENÇÃO DA SERRA 4.245 0,19% 99,72% 38 AREIAS 3.690 0,16% 99,89% 39 ARAPEÍ 2.582 0,11% 100,00% Total 2.258.956 100,00% 100,00%

Fonte: Adaptado pelo autor, 2010 de IBGE, 2009. %1: Percentual da população do município em relação ao total do DRS XVII - Taubaté. ACUM 2: Soma dos percentuais da população dos municípios. Informa percentualmente quanto da população do DRS XVII - Taubaté está concentrada no município da linha e nos municípios anteriores.

Nota-se que no segundo semestre de 2009, em 13 municípios do DRS XVII - Taubaté não houve AIH pagas, ou seja, não há estabelecimentos hospitalares que atendam pelo SUS nestes municípios. A Tabela 3 relaciona os 13 municípios que juntos somam uma população de 91.475 habitantes, ou seja, mais habitantes que o município de Caçapava que é o 7º maior município, em número de habitantes, do DRS XVII - Taubaté. Ainda, analisando a Tabela 3 pode-se observar que quase 40% destes habitantes estão nos municípios de Piquete e Potim, que o total de habitantes dos treze municípios que não tem atendimento hospitalar é de 91.475 e representam 4,05% do total de habitantes do DRS XVII – Taubaté, percentual este que explicaria a ausência de atendimento hospitalar.

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Tabela 3 - Municípios do DRS XVII - Taubaté sem Estabelecimentos que atendam pelo SUS. Nº MUNICÍPIO POP % 1 % DRS 2 1 ARAPEÍ 2.582 2,82% 0,11% 2 AREIAS 3.690 4,03% 0,16% 3 CANAS 4.765 5,21% 0,21% 4 JAMBEIRO 5.550 6,07% 0,25% 5 LAGOINHA 4.909 5,37% 0,22% 6 LAVRINHAS 7.002 7,65% 0,31% 7 MONTEIRO LOBATO 4.295 4,70% 0,19% 8 NATIVIDADE DA SERRA 7.674 8,39% 0,34% 9 PIQUETE 14.709 16,08% 0,65% 10 POTIM 20.668 22,59% 0,91% 11 REDENÇÃO DA SERRA 4.245 4,64% 0,19% 12 SANTO ANTÔNIO DO PINHAL 6.896 7,54% 0,31% 13 SÃO JOSÉ DO BARREIRO 4.490 4,91% 0,20% Total 91.475 100,00% 4,05%

Fonte: Adaptado pelo autor, 2010 de IBGE, 2009. % 1: Percentual da população do município em relação ao total de habitantes sem estabelecimentos que atendam pelo SUS. % DRS 2: Percentual da população do município em relação ao total de habitantes do DRS XVII - Taubaté.

No do DRS XVII – Taubaté há 43 estabelecimentos que fornecem atendimentos hospitalares pelo SUS divididos em 26 municípios. A Tabela 4 relaciona todos os 43 estabelecimentos que realizaram internações e tiveram AIH pagas no 2º semestre de 2009. Nesta Tabela encontram-se relacionados o tipo do estabelecimento hospitalar, a quantidade de AIH pagas no 2º Semestre, o município onde se encontram estes estabelecimentos, o nível de atenção com o qual estes estabelecimentos podem atender, os leitos existentes nestes estabelecimentos, os leitos destinados ao atendimento SUS destes estabelecimentos hospitalares, o percentual de leitos para atendimentos SUS em relação ao total de leitos do estabelecimento, quem é o gestor SUS e quem administra estes estabelecimentos hospitalares. Ainda, na Tabela 4 podemos verificar que nos 43 estabelecimentos hospitalares do DRS há 3.980 leitos. Que destes, 3.009 leitos são disponibilizados para o atendimento SUS, que os leitos disponibilizados para o atendimento SUS representam 75,60% dos leitos dos estabelecimentos hospitalares que atendem pelos SUS e que, no 2º semestre de 2009, estes 3.009 leitos geraram 58.940 AIH, ou seja, internações.

Para facilitar a análise dos dados, foram separadas as variáveis da Tabela 4 com o intento de analisar um por um.

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Como se pode observar na Tabela 5, dos 43 estabelecimentos hospitalares do DRS XVII – Taubaté, 29 estabelecimentos hospitalares são do tipo Hospital Geral que geraram 55.300 AIH, no 2º semestre de 2009, com 2.564 leitos que representam 74,41% dos leitos existentes nestes estabelecimentos. Há, ainda, dois hospitais dia-isolado, quatro hospitais especializados (HOSPITAL ESPECIAL), um pronto socorro especializado (P.S. ESPECIALIZADO), dois pronto-socorros gerais (P. S. GERAL) e cinco unidades mistas. Os hospitais especializados também produzem bastantes internações e trabalham com 80% dos seus leitos para o atendimento SUS.

Tabela 5 - Relação dos Estabelecimentos do DRS XVII - Taubaté - Por Tipo de Estabelecimento Hospitalar. QUANT 1 TIPO AIH 2 LEITOS 3 SUS 4 % 5 2 HOSPITAL DIA-ISOLADO 210 21 21 100,00% 4 HOSPITAL ESPECIAL 2.356 395 316 80,00% 29 HOSPITAL GERAL 55.300 3.446 2.564 74,41% 1 P.S. ESPECIALIZADO 370 18 18 100,00% 2 P.S. GERAL 317 23 23 100,00% 5 UNIDADE MISTA 387 77 67 87,01% 43 Total 58.940 3.980 3.009 75,60%

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009. QUANT1 : Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté. AIH 2 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. LEITOS 3 : Total de Leitos Existentes nestes estabelecimentos. SUS 4 : Total de Leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos. % 5 : Percentual de leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos.

O DRS XVII – Taubaté possui 17 estabelecimentos hospitalares de alta complexidade e 26 de média complexidade. Embora estejam em menor número, os estabelecimentos hospitalares de alta complexidade possuem e disponibilizam para o atendimento SUS quase o dobro dos leitos dos estabelecimentos hospitalares de média complexidade do DRS. Isto indica que os estabelecimentos de alta complexidade, que geraram 41.794 AIH pagas no 2º semestre de 2009, são maiores que os estabelecimentos de média complexidade. A disponibilização de leitos para atendimentos SUS também é maior entre os estabelecimentos de alta complexidade. No segundo semestre de 2009, os hospitais de alta complexidade geraram 70,9% das AIH pagas no DRS XVII – Taubaté.

Tabela 6 - Relação dos Estabelecimentos do DRS XVII - Taubaté - Por Nível de Atenção. QUANT 1 NÍVEL DE ATENÇÃO AIH 2 LEITOS 3 SUS 4 % 5 17 ALTA COMPLEXIDADE 41.794 2.540 1.940 76,38% 26 MEDIA COMPLEXIDADE 17.146 1.440 1.069 74,24% 43 Total 58.940 3.980 3.009 75,60%

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009.

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QUANT1 : Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté. AIH 2 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. LEITOS 3 : Total de Leitos Existentes nestes estabelecimentos. SUS 4 : Total de Leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos. % 5 : Percentual de leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos.

Atendendo a estratégia definida pelo SUS, a maioria dos estabelecimentos hospitalares do DRS tem gestor SUS municipal. São 30 estabelecimentos que tem gestores municipais e 13 com gestores estaduais. O número de AIH pagas também é maior entre os estabelecimentos hospitalares com gestores municipais.

Tabela 7 - Relação dos Estabelecimentos do DRS XVII - Taubaté - Por Gestor SUS. QUANT 1 GESTOR SUS 6 AIH 2 LEITOS 3 SUS 4 % 5 13 ESTADUAL 13.241 1.202 750 62,40% 30 MUNICIPAL 45.699 2.778 2.259 81,32% 43 Total 58.940 3.980 3.009 75,60%

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009. QUANT1 : Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté. AIH 2 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. LEITOS 3 : Total de Leitos Existentes nestes estabelecimentos. SUS 4 : Total de Leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos. % 5 : Percentual de leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos. GESTOR SUS 6 : Esfera que administra o serviço SUS junto ao estabelecimento.

Na Tabela 8, os estabelecimentos hospitalares estão dispostos na ordem de disponibilização dos leitos para o atendimento SUS. Desta maneira, pode-se observar que 13 estabelecimentos atendem exclusivamente o SUS. Dos estabelecimentos hospitalares que atendem exclusivamente o SUS, 1 é administrado por uma OSS, 2 são administrados por entidades filantrópicas e 10 são administrados por suas prefeituras. Pode se observar, ainda, que a disponibilização de leitos para o atendimento SUS é uma escolha da administração do estabelecimento hospitalar e que seus valores variam de 100% a 25%. Com exceção dos estabelecimentos exclusivamente SUS, não há percentual de disponibilização de leitos para o atendimento SUS iguais em dois estabelecimentos diferentes. Portanto, podemos concluir que não há regras e que cada organização atua de acordo com as suas dificuldades, necessidades e objetivos.

O atendimento hospitalar SUS no DRS XVII - Taubaté é realizado principalmente por estabelecimentos hospitalares administrados por Entidades Filantrópicas. As entidades filantrópicas geraram 38.441 AIH pagas, no 2º semestre de 2009, detém 2.955 leitos e disponibilizam 2.119 dos 3009 leitos para atendimentos hospitalares SUS que há no DRS.

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Os estabelecimentos administrados pela administração direta (prefeitura) são 11, mas não são expressivos e sua produção é superada pelo estabelecimento administrado por uma fundação publica (administração indireta) e pelos dois estabelecimentos administrados por OSS (Organizações Sociais de Saúde). Embora o DRS XVII - Taubaté possua apenas 2 estabelecimentos administrados por OSS, na Tabela 9 podemos comprovar que sua participação nas internações são importantes, produzindo muito com poucas unidades.

Tabela 9 - Relação dos Estabelecimentos do DRS XVII - Taubaté - Por Administração. QUANT 1 ADMINISTRAÇÃO AIH 2 LEITOS 3 SUS 4 % 5 1 ADM. INDIRETA - FUNDAÇÃO PÚBLICA 3.275 188 147 78,19% 1 ADM. INDIRETA - ORG. SOCIAL PÚBLICA 2.049 118 106 89,83% 28 ENTIDADE FILANTROPICA 38.441 2.955 2.119 71,71% 2 OSS - ENTIDADE FILANTRÓPICA 12.533 498 426 85,54% 11 PREFEITURA 2.642 221 211 95,48% 43 Total 58.940 3.980 3.009 75,60%

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009. QUANT1 : Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté. AIH 2 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. LEITOS 3 : Total de Leitos Existentes nestes estabelecimentos. SUS 4 : Total de Leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos. % 5 : Percentual de leitos destinados ao atendimento SUS nestes estabelecimentos.

O Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, em São José dos Campos, foi o estabelecimento que, no 2º semestre de 2009, no DRS XVII – Taubaté mais teve AIH. Este hospital gerou mais que o dobro da Santa Casa de Misericórdia de Jacareí, que foi o 2º estabelecimento hospitalar que mais produziu AIH, no DRS XVII – Taubaté, no período estudado. Na Tabela 10, podemos ver também que a concentração dos habitantes nos seis maiores município do DRS é refletida aqui onde apenas sete dos 43 estabelecimentos hospitalares produzem mais da metade das AIH produzida no DRS XVII – Taubaté, no 2º semestre de 2009.

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Tabela 10 - Relação das Quantidades das AIH pagas no 2º Semestre de 2009 no DRS XVII - Taubaté por Estabelecimento - Por Ordem de Quantidade de AIH Pagas. Nº HOSPITAIS AIH 1 % 2 1 HOSP. MUN. DR. JOSE DE CARVALHO FLORENCE 8.671 14,71% 2 STA. CASA MIS. DE JACAREÍ 3.975 6,74% 3 STA. CASA MIS. PINDAMONHANGABA 3.960 6,72% 4 HOSP. REG. VALE DO PARAIBA SOC. ASS. BANDEIR 3.862 6,55% 5 FUND. UNIV. DE SAUDE DE TAUBATÉ 3.275 5,56% 6 SANTA CASA MIS DE CRUZEIRO 3.015 5,12% 7 INST. DAS MISSION. DE M. IMACULADA 2.928 4,97% 8 IPMMI-HOSP. INF. ANTONINHO DA ROCHA MARMO 2.468 4,19% 9 I.S. DOS PASSOS STA. CASA MIS. GUARATINGUETÁ 2.328 3,95% 10 STA. CASA MISERICÓRDIA LORENA 2.138 3,63% 11 HOSP. S. FRANCISCO DE 2.132 3,62% 12 HOSP. DE CLIN. DE SÃO SEBASTIÃO 2.049 3,48% 13 STA. CASA MIS. DE APARECIDA 1.951 3,31% 14 FUSAM-FUND. SAÚDE ASS. MUN. DE CAÇAPAVA 1.843 3,13% 15 HOSP. E MATERNIDADE FREI GALVÃO 1.765 2,99% 16 FUND. SANATÓRIO SÃO PAULO 1.539 2,61% 17 PREF. MUN. EST. BALNEÁRIA DE UBATUBA 1.498 2,54% 18 SANTA CASA MIS. SÃO JOSÉ 1.109 1,88% 19 CTO. VALORIZAÇÃO DA VIDA 1.055 1,79% OUTROS 7.379 12,52% Total 58.940 100,00%

Fonte: Adaptado pelo autor, de TABNET, 2009. AIH 1 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. : Percentual das AIH pagas no 2º Semestre em relação ao total de AIH Pagas em todo DRS XVII - Taubaté no % 2 mesmo período.

Como já foi visto anteriormente, dos 39 municípios do DRS XVII – Taubaté, 13 não tem estabelecimentos hospitalares que atendam o SUS. Dos 26 municípios restantes, a Tabela 11 nos revela que 21 municípios possuem apenas 1 estabelecimento hospitalar que geraram AIH pagas e atendem ao SUS, no 2º semestre de 2009. No município de São José dos Campos ficam 13 estabelecimentos que atendem o SUS. Taubaté, Jacareí e Campos do Jordão possuem dois estabelecimentos. Guaratinguetá possui três estabelecimentos hospitalares que tiveram AIH pagas no 2º Semestre de 2009. A diferença da quantidade de estabelecimentos conveniados em São José dos Campos e no resto do DRS XVII – Taubaté é enorme. A Tabela 11 também prova que a quantidade de estabelecimentos não garante que haverá maior quantidade de atendimentos. Assim, tanto Taubaté como Jacareí, que possuem dois estabelecimentos hospitalares, produziram uma quantidade bem maior de

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AIH pagas, no período estudado, que Guaratinguetá que tem três estabelecimentos. Outro dado interessante da Tabela 11 e que demonstra a municipalização do DRS XVII - Taubaté é o fato de que os percentuais de participação de AIH pagas do município em relação ao total de AIH pagas do DRS não divergem muito dos percentuais de participação da população estimada daqueles municípios em relação ao total da população do DRS XVII - Taubaté. Assim, as maiores quantidades de AIH pagas encontram-se nos municípios com maior população.

Tabela 11 - Relação das Quantidades das AIH pagas no 2º Semestre de 2009 – no DRS XVII - Taubaté por Municípios - Por Ordem de Quantidade de AIH Pagas. Nº Hospitais QUANT1 AIH 2 % 3 POP 4 % 5 1 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 13 16.634 28,22% 615.871 27,26% 2 TAUBATÉ 2 7.137 12,11% 273.426 12,10% 3 JACAREÍ 2 6.107 10,36% 212.824 9,42% 4 GUARATINGUETÁ 3 4.241 7,20% 113.357 5,02% 5 PINDAMONHAGABA 1 3.960 6,72% 144.613 6,40% 6 CRUZEIRO 1 3.015 5,12% 79.957 3,54% 7 CARAGUATATUBA 1 2.928 4,97% 96.125 4,26% 8 LORENA 1 2.138 3,63% 82.770 3,66% 9 SÃO SEBASTIÃO 1 2.049 3,48% 73.631 3,26% 10 APARECIDA 1 1.951 3,31% 37.629 1,67% 11 CAÇAPAVA 1 1.843 3,13% 85.181 3,77% 12 CAMPOS DO JORDÃO 2 1.546 2,62% 46.505 2,06% 13 UBATUBA 1 1.498 2,54% 81.096 3,59% 14 CACHOEIRA PAULISTA 1 1.109 1,88% 34.666 1,53% 15 CUNHA 1 686 1,16% 23.735 1,05% 16 1 615 1,04% 26.011 1,15% 17 SÃO BENTO DO SAPUCAI 1 593 1,01% 10.966 0,49% 18 TREMEMBÉ 1 166 0,28% 41.159 1,82% 19 PARAIBUNA 1 151 0,26% 16.833 0,75% 20 BANANAL 1 148 0,25% 10.822 0,48% 21 QUELUZ 1 142 0,24% 11.197 0,50% 22 SÃO LUIZ DO PARAITINGA 1 142 0,24% 10.908 0,48% 23 SILVEIRAS 1 50 0,08% 5.841 0,26% 24 SANTA BRANCA 1 44 0,07% 13.881 0,61% 25 IGARATÁ 1 24 0,04% 8.950 0,40% 26 ROSEIRA 1 23 0,04% 9.527 0,42% OUTRAS 0 0 0,00% 91.475 4,05% Total 43 58.940 100,00% 2.258.956 100,00%

Fonte: Adaptado pelo autor, de IBGE e TABNET, 2009.

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QUANT1 : Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté. AIH 2 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009. : Percentual das AIH pagas no 2º Semestre em relação ao total de AIH, pagas em todo DRS XVII - % 3 Taubaté no mesmo período. POP 4 : Estimativa de população para 1º de Julho de 2009. % 5 : Percentual da população do município em relação ao total do DRS XVII - Taubaté.

Na Tabela 12 pode-se verificar que no DRS XVII – Taubaté, para os 2.258.956 habitantes do DRS existem 218 leitos de UTI que atendem o SUS e que produziram 24.121 diárias de UTI. As quantidades de leitos de UTI não garantem que estes produziram mais diárias de UTI como fica claro quando analisamos, na Tabela 12, que a Fundação Univ. de Saúde de Taubaté com 20 leitos de UTI produziu 2.328 diárias de UTI, o Hospital São Francisco de Assis com 20 leitos de UTI produziu 1.910 diárias de UTI e a Santa Casa de Misericórdia de Pindamonhangaba com apenas 14 leitos de UTI produziu 2.075 diárias de UTI, acima da quantidade de diárias produzidas pelo Hospital São Francisco de Assis. Ainda na Tabela 12, podemos observar que dos 43 estabelecimentos hospitalares do DRS XVII – Taubaté apenas 16 tem UTI.

Tabela 12 - Relação das Quantidades das Diárias de UTI pagas no 2º Semestre de 2009 no DRS XVII - Taubaté por Estabelecimentos - Por Ordem de Quantidade. Nº HOSPITAIS LEITOS1 DIARIAS2 1 HOSP. MUN. DR. JOSE DE CARVALHO FLORENCE 32 4.137 2 FUND. UNIV DE SAÚDE DE TAUBATÉ 20 2.328 3 STA. CASA MIS. PINDAMONHANGABA 14 2.075 4 HOSP. S. FRANCISCO DE ASSIS 20 1.910 5 HOSP. E MATERNIDADE FREI GALVÃO 17 1.788 6 HOSP. REG. VALE DO PARAÍBA SOC. ASS. BANDEIR 10 1.756 7 I.S. DOS PASSOS STA. CASA MIS. GUARATINGUETÁ 13 1.656 8 IRM STA. CASA MIS. DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 18 1.237 9 STA. CASA MIS. DE JACAREÍ 8 1.103 10 IPMMI OBRA DE AÇÃO SOCIAL PIO XII 12 1.072 11 INST. DAS MISSION. DE M. IMACULADA 6 1.033 12 SANTA CASA MIS. DE CRUZEIRO 14 956 13 STA. CASA MISERICÓRDIA LORENA 14 822 14 FUSAM-FUND. SAÚDE ASS. MUN. DE CAÇAPAVA 5 784 15 HOSP. DE CLIN. DE SÃO SEBASTIÃO 7 758 16 IPMMI-HOSP INF. ANTONINHO DA ROCHA MARMO 8 706 Total 218 24.121

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009. LEITOS1 : Quantidade de Leitos de UTI existentes em cada estabelecimentos conforme cadastro no CNES. DIARIAS 2: Quantidade de diárias de UTI pagas.

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No DRS XVII – Taubaté dos 39 municípios, apenas 10 municípios possuem UTI que atendam o SUS. Destes 10 municípios, em seis municípios possuem apenas um estabelecimento que prestam atendimento em UTI pelo SUS. Taubaté, Guaratinguetá e Jacareí têm dois estabelecimentos cada um e São José dos Campos pode contar com quatro estabelecimentos hospitalares que possuem UTI. Na Tabela 13 estão relacionados os 10 municípios que possuem leitos de UTI, a quantidade de leitos existentes em cada município e a quantidade de Diária de UTI. Em São José dos Campos, estão mais de 30% de todos os leitos de UTI disponíveis para o atendimento SUS do DRS XVII – Taubaté e as diárias de UTI produzidas no 2º semestre de 2009, em São José dos Campos somam 29,65% do total produzido no DRS XVII - Taubaté.

Tabela 13 - Relação das Quantidades das Diárias de UTI pagas no 2º Semestre de 2009 no DRS XVII - Taubaté por Municípios - Por Ordem de Quantidade. Nº QUANT1 MUNICIPIO LEITOS2 DIARIAS3 1 4 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 70 7.152 2 2 TAUBATÉ 30 4.084 3 2 GUARATINGUETÁ 30 3.444 4 2 JACAREÍ 28 3.013 5 1 PINDAMONHAGABA 14 2.075 6 1 CARAGUATATUBA 6 1.033 7 1 CRUZEIRO 14 956 8 1 LORENA 14 822 9 1 CAÇAPAVA 5 784 10 1 SÃO SEBASTIÃO 7 758 16 Total 218 24.121

Fonte: Adaptado pelo autor, de CNES e TABNET, 2009. QUANT1: Quantidade de estabelecimentos existentes no DRS XVII - Taubaté que possuem UTI LEITOS2: Total de Leitos de UTI existentes nestes municípios DIARIAS3: Quantidade de diárias de UTI pagas

A Tabela 14 relaciona o valor total do repasse realizado no 2º semestre de 2009 e também o total de permanência, em dias, das internações que resultaram nas AIH pagas. Não podemos esquecer, na análise da Tabela 14, que dois fatores podem influenciar no valor médio das AIH pagas. O primeiro fator é a complexidade dos procedimentos médicos aplicados no paciente, quanto mais complexo for o procedimento maior o valor repassado pelo SUS. O segundo fator é a permanência do paciente no estabelecimento hospitalar, quanto mais dias o paciente ficar internado maior o valor do repasse. Assim, podemos dizer que os atendimentos realizados no Hospital Regional do Vale do Paraíba – Soc. Ass. Bandeirantes e na Fundação Univ. de Saúde de Taubaté são mais complexos que os procedimentos realizados Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, já que a

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permanência média dos três estabelecimentos são iguais. Já a Santa Casa de Misericórdia de São Luiz do Paraitinga e a Unidade Mista de Saúde de Queluz produziram a mesma quantidade de AIH pagas no período estudado sendo que o valor médio da AIH da Santa Casa de Misericórdia de São Luiz do Paraitinga é maior porque os pacientes ficam mais tempo em seu estabelecimento.

Tabela 14 - Relação dos valores de repasses do SUS e da permanência no 2º Semestre de 2009 no DRS XVII - Taubaté por estabelecimentos - Por Ordem de Valores de Repasse.

Nº HOSPITAIS AIH1 REPASSE2 AIH MÉDIA3 DIAS4 D.M.5 1 HOSP. MUN. DR. JOSE DE CARVALHO FLORENCE 8.671 R$ 7.268.383,47 R$ 838,24 46.111 5 2 HOSP REG VALE DO PARAIBA SOC ASS BANDEIR 3.862 R$ 6.823.827,80 R$ 1.766,92 20.866 5 3 FUND UNIV DE SAUDE DE TAUBATE 3.275 R$ 3.991.472,73 R$ 1.218,77 15.655 5 4 IPMMI OBRA DE ACAO SOCIAL PIOXII 836 R$ 3.105.564,81 R$ 3.714,79 5.662 7 5 STA CASA MIS PINDAMONHANGABA 3.960 R$ 3.009.190,60 R$ 759,90 17.432 4 6 STA CASA MIS DE JACAREI 3.975 R$ 2.548.401,58 R$ 641,11 19.554 5 7 HOSP S FRANCISCO DE ASSIS 2.132 R$ 2.292.631,24 R$ 1.075,34 7.743 4 8 I.S. DOS PASSOS STA CASA MIS. GUARATINGUETÁ 2.328 R$ 2.102.075,36 R$ 902,95 12.173 5 9 HOSP E MATERNIDADE FREI GALVAO 1.765 R$ 2.053.171,26 R$ 1.163,27 10.252 6 10 SANTA CASA MIS DE CRUZEIRO 3.015 R$ 1.981.321,61 R$ 657,15 12.331 4 11 INST. DAS MISSION. DE M IMACULADA 2.928 R$ 1.949.150,13 R$ 665,69 13.004 4 12 IPMMI-HOSP INF ANTONINHO DA ROCHA MARMO 2.468 R$ 1.864.103,71 R$ 755,31 6.556 3 13 FUSAM-FUND SAUDE ASS MUN DE CACAPAVA 1.843 R$ 1.572.617,63 R$ 853,29 7.504 4 14 STA CASA MISERICORDIA LORENA 2.138 R$ 1.552.963,89 R$ 726,36 9.801 5 15 HOSP DE CLIN DE SAO SEBASTIAO 2.049 R$ 1.428.474,36 R$ 697,16 9.868 5 16 IRM STA CASA MIS DE SAO JOSE CAMPOS 663 R$ 1.377.593,78 R$ 2.077,82 3.989 6 17 STA CASA MIS DE APARECIDA 1.951 R$ 1.163.317,73 R$ 596,27 5.890 3 18 CTO VALORIZACAO DA VIDA 1.055 R$ 1.110.672,33 R$ 1.052,77 25.177 24 19 ASSOC INST CHUI DE PSIQUIATRIA 905 R$ 1.016.966,37 R$ 1.123,72 24.568 27 20 PREF MUN EST BALNEARIA DE UBATUBA 1.498 R$ 793.653,45 R$ 529,81 8.385 6 21 FUND SANATORIO SAO PAULO 1.539 R$ 639.325,13 R$ 415,42 5.146 3 22 SANTA CASA MIS SAO JOSE 1.109 R$ 574.488,23 R$ 518,02 2.234 2 23 HOSP DE CLINICAS SUL 891 R$ 404.844,43 R$ 454,37 6.258 7 24 CTO PREV REAB DEF DA VISAO 234 R$ 320.136,93 R$ 1.368,11 295 1 25 ASSOC BENEF NSA SRA DA CONCEICAO 686 R$ 314.997,70 R$ 459,18 2.619 4 26 STA CASA MIS SAO BENTO DO SAPUCAI 593 R$ 275.922,42 R$ 465,30 2.386 4 27 HOSP MUN DE ILHABELA-GOV. MARIO COVAS JR. 615 R$ 237.239,04 R$ 385,75 1.971 3 28 ESPACO TERAP CHACARA DAS FLORES 148 R$ 140.257,96 R$ 947,69 5.018 34 29 UPA ALTO DA PONTE 256 R$ 121.715,99 R$ 475,45 1.068 4 30 CENTRO DE TRAT FABIANA MACEDO DE MORAIS 162 R$ 116.778,26 R$ 720,85 701 4 31 UNID. PRONTO ATENDIMENTO SAUDE MENTAL 370 R$ 91.388,08 R$ 246,99 2.177 6 32 STA CASA MIS DIVINO ESPIRITO SANTO 151 R$ 73.377,66 R$ 485,94 620 4 33 UMS MONS. CID SANTOS 148 R$ 65.391,88 R$ 441,84 607 4 34 STA CASA MIS DE S. LUIZ DO PARAITINGA 142 R$ 63.814,11 R$ 449,40 731 5 35 UNID MISTA DE SAUDE DE QUELUZ 142 R$ 63.125,28 R$ 444,54 501 4 36 IRM FIL STA CASA MIS TREMEMBE 166 R$ 58.752,63 R$ 353,93 301 2 37 UPA EUGENIO DE MELO 61 R$ 27.021,69 R$ 442,98 377 6 38 SANTA CASA SAO JOAQUIM 44 R$ 19.535,92 R$ 444,00 250 6 39 UNID MISTA DE SAUDE DE SILVEIRAS 50 R$ 19.410,27 R$ 388,21 396 8 40 UNID MISTA DE IGARATA 24 R$ 11.687,39 R$ 486,97 26 1 41 CENTRO REF EM MOLESTIAS INFECCIOSAS 62 R$ 10.505,60 R$ 169,45 448 7 42 UNID MISTA DE SAUDE ROSEIRA 23 R$ 8.741,61 R$ 380,07 201 9 43 SANATORINHOS ACAO COMUNIT DE SAUDE 7 R$ 3.387,95 R$ 483,99 315 45 Total 58.940 R$ 52.667.400,00 R$ 893,58 317.167 5

Fonte: Adaptado pelo autor, de TABNET, 2009. AIH1 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009 REPASSE2: Valor total de recursos financeiros repassados no 2º semestre de 2009 referente as AIH pagas

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AIH MÉDIA3 : Valor médio das AIH pagas, obtidas pela divisão do valor do repasse pela quantidade de AIH pagas. DIAS4: PERMANÊNCIA obtida no TABNET. Quantidade total de (permanência) dias em que os pacientes ficaram internados referente às AIH pagas D.M.5: DIAS MÉDIOS: Permanencia média, obtida pela divisão dos DIAS pela quantidade de AIH pagas

Para se analisar a Tabela 15, devemos proceder como na Tabela 14 analisando o valor da AIH média junto com os dias de permanência. Na Tabela 15, fica claro que em Taubaté os procedimentos médicos realizados são bem mais complexos que os realizados em São José dos Campos porque o valor da AIH média é mais alto e os dias médios de permanência é mais baixo em Taubaté. Os valores das AIH médias no DRS XVII - Taubaté variam entre R$ 353,93 a R$ 1.515,38. Os dias médios de permanência variam entre um a nove dias. Os valores da AIH média de São José dos Campos, que é de R$1.012,12, e Guaratinguetá, que é de R$ 1.012,85, são quase idênticos.

Tabela 15 - Relação dos valores de repasses do SUS e da permanência no 2º Semestre de 2009 no DRS XVII - Taubaté por Municípios - Por Ordem de Valores de Repasse. AIH QUANT6 MUNICÍPIO AIH1 REPASSE2 DIAS4 D.M.5 MÉDIA3 13 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 16.634 R$ 16.835.675,45 R$ 1.012,12 123.387 7 2 TAUBATÉ 7.137 R$ 10.815.300,53 R$ 1.515,38 36.521 5 2 JACAREÍ 6.107 R$ 4.841.032,82 R$ 792,70 27.297 4 3 GUARATINGUETÁ 4.241 R$ 4.295.504,58 R$ 1.012,85 27.443 6 1 PINDAMONHAGABA 3.960 R$ 3.009.190,60 R$ 759,90 17.432 4 1 CRUZEIRO 3.015 R$ 1.981.321,61 R$ 657,15 12.331 4 1 CARAGUATATUBA 2.928 R$ 1.949.150,13 R$ 665,69 13.004 4 1 CAÇAPAVA 1.843 R$ 1.572.617,63 R$ 853,29 7.504 4 1 LORENA 2.138 R$ 1.552.963,89 R$ 726,36 9.801 5 1 SÃO SEBASTIÃO 2.049 R$ 1.428.474,36 R$ 697,16 9.868 5 1 APARECIDA 1.951 R$ 1.163.317,73 R$ 596,27 5.890 3 1 UBATUBA 1.498 R$ 793.653,45 R$ 529,81 8.385 6 2 CAMPOS DO JORDÃO 1.546 R$ 642.713,08 R$ 415,73 5.461 4 1 CACHOEIRA PAULISTA 1.109 R$ 574.488,23 R$ 518,02 2.234 2 1 CUNHA 686 R$ 314.997,70 R$ 459,18 2.619 4 1 SÃO BENTO DO SAPUCAI 593 R$ 275.922,42 R$ 465,30 2.386 4 1 ILHABELA 615 R$ 237.239,04 R$ 385,75 1.971 3 1 PARAIBUNA 151 R$ 73.377,66 R$ 485,94 620 4 1 BANANAL 148 R$ 65.391,88 R$ 441,84 607 4 1 SÃO LUIZ DO PARAITINGA 142 R$ 63.814,11 R$ 449,40 731 5 1 QUELUZ 142 R$ 63.125,28 R$ 444,54 501 4 1 TREMEMBÉ 166 R$ 58.752,63 R$ 353,93 301 2 1 SANTA BRANCA 44 R$ 19.535,92 R$ 444,00 250 6 1 SILVEIRAS 50 R$ 19.410,27 R$ 388,21 396 8 1 IGARATÁ 24 R$ 11.687,39 R$ 486,97 26 1 1 ROSEIRA 23 R$ 8.741,61 R$ 380,07 201 9 43 TOTAL 58.940 R$ 52.667.400,00 R$ 893,58 317.167 5

Fonte: Adaptado pelo autor, de TABNET, 2009. AIH1 : AIH pagas no 2º Semestre de 2009 REPASSE2: Valor total de recursos financeiros repassados no 2º semestre de 2009 referente as AIH pagas

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AIH MÉDIA3 : Valor médio das AIH pagas, obtidas pela divisão do valor do repasse pela quantidade de AIH pagas. DIAS4: PERMANENCIA obtida no TABNET. Quantidade total de (permanencia) dias em que os pacientes ficaram internados referente às AIH pagas D.M.5: DIAS MÉDIOS: Permanencia média, obtida pela divisão dos DIAS pela quantidade de AIH pagas QUANT6: Quantidade de estabelecimentos existentes nestes municípios

Os estabelecimentos hospitalares do DRS XVII – Taubaté, no 2º semestre de 2009 atenderam sete especialidades que podem ser conferidas na Tabela 16. As internações objeto deste estudo, na sua maioria foram cirúrgicos, seguidos dos casos clínicos, obstétricos e pediátricos, consecutivamente. Apenas 1 estabelecimento gera internações como “Leito Dia – Aids” e outro como “Leito Dia – Saúde Mental”. São cinco estabelecimentos que prestam atendimento psiquiátrico no DRS XVII – Taubaté. As internações Cirúrgicas foram realizadas por 25 estabelecimentos. Os atendimentos clínicos foram realizados por 36 estabelecimentos. As internações pediátricas foram realizadas por 27 estabelecimentos. As internações cirúrgicas e clínicas somam 40.290 AIH pagas no 2º semestre de 2009, no DRS XVII – Taubaté, o que representam 68,36% das AIH pagas no período, no DRS.

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Na Tabela 17 podemos ver como as especialidades estão distribuídas pelos municípios. O estabelecimento tipo “Leito Dia Aids” se encontra em São José dos Campos e é o único no DRS XVII – Taubaté. Assim como o estabelecimento tipo “Leito Dia - Saúde mental” que fica em Guaratinguetá. Os estabelecimentos que cuidam de internações de psiquiatria ficam em São José dos Campos, Guaratinguetá e Ubatuba. Dos 26 municípios, do DRS XVII – Taubaté, que possuem internações pelo SUS, 17 atende as internações cirúrgicas, clínicas, obstétricas e pediátricas, ou seja, apenas 9 municípios não atendem estas 4 especialidades. Tremembé e Bananal fazem apenas internações Clinicas e Obstétricas. Paraibuna, Silveiras, Santa Branca e Igaratá fazem apenas internações clínicas. Queluz atendem as internações cirúrgicas, clínicas e obstétricas. São Luiz de Paraitinga gerou internações clínicas, obstétricas e pediátricas e Roseira teve AIH pagas de internações clínicas e pediátricas.

A municipalização do DRS XVII – Taubaté, a concentração da população, a concentração dos serviços médicos a disposição do SUS, a pequena estruturação de alguns municípios e a ausência de serviços de internações em outros municípios do DRS levam as pessoas a imaginar que há grande fluxo de pacientes entre as cidades porem a Tabela 18 demonstra que apenas Taubaté, dos principais municípios do DRS XVII – Taubaté, recebe um grande fluxo de pacientes de outros municípios. São José dos Campos, que é o maior município do DRS em habitantes, é o município que menos recebe pacientes de

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outras cidades. O atendimento de pacientes de outros municípios varia entre 11,82 % e 16,43% nos municípios de Guaratinguetá, Jacareí, Pindamonhangaba e São José dos Campos. Devemos lembrar que, conforme a Tabela 2, os cinco municípios do quadro 18 respondem por mais de 60% da população do DRS XVII – Taubaté.

Tabela 18 - Composição dos Atendimentos dos Principais Municípios do DRS XVII - Taubaté no 2º semestre de 2009. MUNICÍPIO PRÓPRIOS1 OUTROS2 TOTAL % PRÓP3 %OUTROS4 351840 Guaratinguetá 3.544 697 4.241 83,57% 16,43% 352440 Jacareí 5.333 774 6.107 87,33% 12,67% 353800 Pindamonhangaba 3.379 581 3.960 85,33% 14,67% 354990 São José dos Campos 14.668 1.966 16.634 88,18% 11,82% 355410 Taubaté 4.314 2.823 7.137 60,45% 39,55% Total 31.238 6.841 38.079 82,03% 17,97%

1 PRÓPRIOS : Pacientes residentes no mesmo município dos estabelecimentos. OUTROS2 : Pacientes residentes em municípios diferentes do município dos estabelecimentos. % PRÓP3 : Percentual de pacientes residentes no mesmo município dos estabelecimentos em relação ao total de atendimentos. %OUTROS4 : Percentual de pacientes residentes em municípios diferentes do município dos estabelecimentos em relação ao total de atendimentos.

Há ainda outros dados que poderiam ser estudados e incluídos neste artigo. Porém acreditamos que estes dados devam fazer parte de futuros estudos sobre o DRS XVII – Taubaté.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Segundo Palm e Almeida Filho (1998), apesar de não preencher as condições epistemológicas e pragmáticas para se apresentar, em si mesma, como um novo paradigma científico, a saúde coletiva se consolida como campo científico e âmbito de práticas aberto à incorporação de propostas inovadoras, muito mais do que qualquer outro movimento equivalente na esfera da saúde pública mundial. Portanto, a organização de dados do DRS XVII – Taubaté demonstra que há sim um planejamento e uma organização, mas que há espaços para práticas inovadoras e estudos sobre a melhor forma de atuação da Secretaria de Estado da Saúde e dos municípios a fim de tentar alcançar o ideal constitucional. O DRS XVII – Taubaté por conter municípios muito desiguais e um campo é um excelente campo de pesquisa e trabalho da Saúde coletiva.

Se pensarmos em desenvolvimento como liberdade como defende Sen. (1999), a saúde publica no DRS XVII – Taubaté é uma liberdade estrutural que ainda não foi alcançada e assim como o ideal constitucional de um atendimento universal, igualitário e integral a todos os brasileiros deve ser buscado incessantemente. Segundo Januzzi (2005),

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para se alcançar estes ideais são necessários, quando da formulação desses programas, prever a organização de procedimentos de coleta e tratamento de informações específicas e confiáveis em todas as fases do ciclo de implementação, que possam permitir a construção dos indicadores de monitoramento desejados. Com monitoramento e acompanhamento, através dos indicadores, poderemos alcançar a liberdade estrutural prevista na constituição e nos considerarmos, enfim, com uma assistência médica de país desenvolvido.

Com os quadros e dados acima apresentados podemos verificar que o DRS XVII – Taubaté, no interior do estado de São Paulo, no Brasil, é um departamento regional de saúde que é formado por 39 municípios, onde apenas 26 municípios possuem os 43 estabelecimentos hospitalares que fazem internações pelo SUS. A maioria destes 43 estabelecimentos é do tipo “Hospital Geral”, de média complexidade (embora o maior número de internações sejam realizados nos estabelecimentos de alta complexidade), tem como gestor do SUS o município e são administrados por entidades filantrópicas. Os 43 estabelecimentos que tiveram AIH pagas pelo SUS, no 2º semestre de 2009, no DRS XVII – Taubaté possui 3.980 leitos e disponibilizam 3.009 para atendimento SUS, o que representa 75,60% dos leitos.

São José dos Campos é o município com maior número de habitantes, com maior quantidade de estabelecimentos que atendem SUS, com maior número de Leitos disponibilizados para o atendimento SUS e, conseqüentemente, o município que mais teve internações no 2º semestre de 2009 no DRS XVII – Taubaté.

No 2º semestre de 2009, no DRS XVII – Taubaté, foram realizadas 58.940 internações que resultaram num repasse de R$ 52.667.400,00 (Cinqüenta e Dois Milhões, Seiscentos e Sessenta e Sete Mil e Quatrocentos Reais).

Em 16 estabelecimentos do DRS XVII – Taubaté existem 218 leitos de UTI que produziram 24.121 diárias de UTI no 2º semestre de 2009.

Os dados muito bem organizados apresentado pelo DRS XVII – Taubaté refletem a ausência de ociosidade nos serviços disponíveis. O que gera dificuldade no acesso dos serviços de média e alta complexidade, expulsando os usuários do sistema para procurarem a denominada Saúde Suplementar que conforme informa a ANS atende a 35,7% do total da população, na área sob a jurisdição do DRS XVII – Taubaté. Podemos, então, concluir que o DRS XVII – Taubaté, embora tenha seus serviços organizados, não atende as atuais necessidades da população sob a sua jurisdição e não está preparado para possíveis migrações em grande escala para a região.

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Monica Franchi Carniello Doutora em Comunicação e Semiótica - PUCSP, com Pós Doutorado em Comunicação (Metodista). Professora de programas de pós-graduação Lato e stricto sensu da Anhanguera Educacional e da Universidade de Taubaté.

Júlio Cesar Pereira Especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Anhanguera Educacional.

Marcelo Renato Gandolpho Coordenador da Pós-Graduação Faculdade Anhanguera de São José.

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