Revista "Pelas Águas Do Paraíba"
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www.ceivap.org.br pelas águas do ISSN 2175-2222 PARAÍBA Ano III• Edição Nº 3 • Setembro de 2009 n Balanço da arrecadação: acórdão libera recursos da CSN n CEIVAP destina R$ 1,2 milhão da cobrança pelo uso da água Geração de Energia Potencial hidráulico inventariado na Bacia do Paraíba do Sul é de 3,1 GW Mais um acidente CEIVAP: novos ambiental deixa representantes em alerta a região tomam posse capa construção da pch lavrinhas (sp) carta FOTO: DANIEL REZENDE/TEXTOARTE ao leitor 28 REVISTA pelas águas do Os desafios 6 43 PARAÍBA Nº 3 (ISSN 2175-2222), ANO III, SET 2009 ARQUIVO/CSN da nova gestão Marcelo Bicalho Behar, Diretor Publicação do Comitê de Integração da Bacia momento histórico Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP Corporativo da CSN, entrega petição desistindo de qualquer ação contra a cobrança pelo uso da água. Ao seu lado, a Estrada Resende-Riachuelo, nº 2.535 – AEDB, 4º Andar Desembargadora Federal Salete Maccaloz (à esquerda) e Morada da Colina – Resende (RJ) a Presidente do CEIVAP, Marilene Ramos CEP: 27523-000 / Tel: (24) 3355-8389 sumário www.ceivap.org.br – [email protected] setembro/2009 Presidente Marilene de Oliveira Ramos Múrias dos Santos Constituído por 60 membros titulares e respectivos suplentes – representantes da União, Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro – SEA/RJ Governos Estaduais, Municípios, Usuários e Organizações Civis dos Estados de São Vice-Presidente Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais –, o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do geração de energia Breno Botelho Ferraz do Amaral Gurgel Associação Brasileira de Engenharia Rio Paraíba do Sul (CEIVAP) caminha para completar 14 anos de atuação. E desde o dia 6 bacia do paraíba do sul: potencial hidráulico é de 3,1 GW Sanitária e Ambiental – ABES/SP 31 de março está sob o comando de uma nova diretoria, cuja presidência é ocupada por Secretária Marilene de Oliveira Ramos Múrias dos Santos, Secretária de Estado do Ambiente do Rio Maria Aparecida Borges Pimentel Vargas Energisa Soluções S/A – MG de Janeiro. rio paraíba do sul Coordenação Técnica Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Para a nova gestão 2009-2011, são vários os desafios a serem enfrentados e superados: 14 implantação de pchs em debate Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – AGEVAP em primeiro lugar, fortalecer o Sistema CEIVAP/AGEVAP, tornando-o mais efetivo, ágil CNPJ: 05.422.000/0001-01 e operacional; trazer para o seu bojo discussões estratégicas como questões relativas Estrada Resende-Riachuelo, nº 2.535 – AEDB, 4º Andar à disponibilidade hídrica, em quantidade e qualidade, e sua alocação entre Estados e cobrança da água Morada da Colina – Resende (RJ) CEP: 27523-000 / Tel: (24) 3355-8389 sub-bacias (inclusive transposições); participar ativamente da construção de um Plano 22 balanço da arrecadação: acórdão libera www.agevap.org.br – [email protected] de Contingência para a bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul; intensificar a integração recursos depositados em juízo pela CSN Presidente do Conselho de Administração CEIVAP/Comitês Estaduais; e, finalmente, acelerar os investimentos em saneamento. Wagner Soares Costa Presidente do Conselho Fiscal Oswaldo de Carvalho Ramos Apesar dos grandes desafios, o CEIVAP vive um importante momento de construção – vol- gestão 2009-2011 Diretor tando à sua trilha de comitê com posição de liderança no processo de gestão das águas Edson Guaracy Lima Fujita ceivap tem novos integrantes no Brasil. Assim, a grande renovação dos membros do colegiado é uma excelente notícia, 28 Coordenador de Gestão embora a participação dos prefeitos e vereadores ainda continue a ser muito tímida. Hendrik Lucchesi Mansur Coordenador Técnico entrevista Flávio Simões Nesta edição da Revista “Pelas Águas do Paraíba” trazemos para o debate algumas especial Produção Gráfica / Editorial questões relevantes para o fortalecimento deste processo de gestão participativa, como marilene ramos, presidente do ceivap Diagramação, Arte Final o quadro atual do aproveitamento do potencial hidráulico inventariado e os impactos e 31 Reportagens, Redação, Edição e Revisão Assessoria de Comunicação da AGEVAP benefícios da implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); o repasse para o TextoArte Comunicação – Rua Dr. Oliveira Braga, nº 405 – Centro – Aparecida (SP) CEIVAP dos recursos provenientes da transposição das águas do rio Paraíba do Sul ao CEP: 12570-000 – Tel: (12) 3631-4961 agência da [email protected] Sistema Lajes/Guandu; o balanço da arrecadação da cobrança pelo uso da água e o bacia acordo histórico que permitiu concluir um processo judicial que se arrastava desde 2003, agevap aprova novo estatuto Editora 41 Mônica da Costa (MTb 24.122) liberando os cerca de R$ 12 milhões depositados em juízo pela Companhia Siderúrgica Jornalista Responsável Nacional (CSN) e que agora serão investidos na recuperação ambiental do rio. Teresa Barbosa (MTb 16.973) Fiscalização e Acompanhamento acidentes ambientais Hendrik Lucchesi Mansur Além disso, publicamos também uma entrevista completa com a Presidente do CEIVAP, Aline Raquel de Alvarenga bacia do rio paraíba do sul em alerta Marilene Ramos, abordando as metas prioritárias para o biênio 2009-2011, e o artigo “O 43 Fotografias TextoArte Comunicação e Papel do Município na Gestão das Águas”, elaborado pelo Diretor-Presidente da Agência Arquivos CEIVAP/AGEVAP Nacional de Águas (ANA), José Machado. 20 recursos da transposição para o ceivap Impressão Resolução Gráfica – Tel: (12) 2125-1700 26 ceivap destina R$ 1,2 milhão da cobrança Enfim, temas de grande interesse para a gestão integrada da bacia hidrográfica do rio Tiragem 35 artigo josé machado, diretor-presidente da ana 5.000 exemplares Paraíba do Sul. Boa leitura a todos! 36 região hidrográfica tem sete comitês afluentes DISTRIBUIÇÃO GRATUITA empreendimentos hidrelétricos DANIEL REZENDE/TEXTOARTE esde a Antiguidade a energia hidráulica já era usada para gerar ener- gia mecânica, como nas instalações de moagem Dde grãos. Mas, foi só no século XX que passou a ser aplicada, quase in- tegralmente, como matéria-prima da eletricidade. A primeira hidrelétrica do mundo foi construída no final do século XIX, nos Estados Unidos, jun- Geração to às quedas d’água das Cataratas do Niágara. Na mesma época, e ainda no reinado de D. Pedro II, o Brasil cons- truiu a primeira hidrelétrica, no mu- nicípio de Diamantina, utilizando as águas do Ribeirão do Inferno, afluen- de energia te do rio Jequitinhonha, com 0,5 MW (megawatt) de potência e linha de transmissão de dois quilômetros. Hoje o aproveitamento do poten- cial hidráulico no Brasil é da ordem de 30%. De acordo com o Banco de Informações da Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em novembro de 2008 existiam em operação 227 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), com potência total de 120 GW; 159 Usinas Hidre- létricas (UHE) com capacidade total instalada de 74,6 GW e 320 Peque- nas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com 2,4 GW de potência instalada. A bacia hidrográfica do Rio Para- íba do Sul, conhecida nacionalmen- te pelo elevado contingente popula- cional, pela importância econômica de sua indústria e por sua estraté- gica localização geográfica – ao envolver três significativos Estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Pau- lo e Minas Gerais – tem sido palco para a implantação, pelo setor elé- trico, de uma série de reservató- rios e usinas hidrelétricas, desde o início do século passado. Estes empreendimentos visam, além da geração de energia elétrica, à regu- Bacia do Paraíba do larização de vazões, ao controle de cheias, ao abastecimento de água, ao turismo, ao lazer, bem como ao Sul: potencial hidráulico suprimento de água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Tratando-se, portanto, de uma área que apresenta características típi- inventariado é de 3,1 GW cas de usos múltiplos da água. Construção da Pequena Central A construção de usinas na bacia Hidrelétrica em Queluz (SP) remonta a um período de 101 anos, com a implantação da UHE Maurí- 6 REVISTA CEIVAP•PELAS ÁGUAS DO PARAÍBA SETEMBRO/2009 SETEMBRO/2009 REVISTA CEIVAP•PELAS ÁGUAS DO PARAÍBA 7 empreendimentos hidrelétricos DANIEL REZENDE/TEXTOARTE Relação das Principais Usinas Hidrelétricas na Bacia cio, em 1908, em Itamarati de Minas do Paraíba do Sul e no Complexo Hidrelétrico de Lajes (MG). Na década de 1950 instalou- se a maior obra de transposição de bacias da América do Sul em ope- ração, o sistema Light de captação de água no rio Paraíba do Sul e sua transferência por uma série de bar- ragens em afluentes, como o rio Pi- raí, para a bacia do rio Guandu. Essa particularidade distingue a bacia do rio Paraíba do Sul de todas as outras estudadas. Essas estruturas hidráulicas possibilitam a inversão do curso do rio Piraí e a transferência de até 160 m3/s das águas do rio Paraíba do Sul para o Rio Guandu. A transposição asso- ciada a outras estruturas hidráulicas em bacias afluentes do Paraíba do Sul, com drenagem para o Oceano Atlântico, já na bacia do rio Guan- du e seus formadores, possibilita a geração de energia nas seguintes com cerca de 9 milhões de pessoas. 3.133 MW (sendo 2.083 MW das usi- Usina usinas: Nilo Peçanha, Fontes Nova, E para atender à crescente de- nas maiores e 1.050 MW das peque- Hidrelétrica Lajes e Pereira Passos. manda de energia das áreas indus- nas centrais), dos quais 1.284 MW de Funil, em Este dado pode ser considerado triais e zonas metropolitanas de São já estão instalados e outros encon- Itatiaia (RJ) um caso muito particular de empre- Paulo e do Rio de Janeiro, poste- tram-se em diferentes estágios de endimentos hidrelétricos, pois o be- riormente foram sendo implantadas planejamento, que configuram um nefício da geração de energia se dá outras barragens e usinas no leito significativo aporte de energia para a na bacia do rio Guandu e de seus do rio Paraíba do Sul e seus forma- expansão da oferta do setor elétrico formadores, como já mencionado, dores.