Língua E Cultura Na Fronteira Norte-Sul (Bibliografia)
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CAMPO ARQUEOLÓGICO DE MÉRTOLA MANUELA BARROS FERREIRA (COORD.) JOSÉ ANTONIO GONZÁLEZ SALGADO (ED.) LÍNGUA E CULTURA NA FRONTEIRA NORTE-SUL BIBLIOGRAFIA LENGUA Y CULTURA EN LA FRONTERA NORTE-SUR BIBLIOGRAFÍA MÉRTOLA 2015 LÍNGUA E CULTURA NA FRONTEIRA NORTE-SUL (BIBLIOGRAFIA) COORDENAÇÃO REVISÃO EDITORIAL Manuela Barros Ferreira José Antonio González Salgado EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO PORTUGAL ESPANHA Manuela Barros Ferreira Xosé Henrique Costas González Ernestina Carrilho José Antonio González Salgado † Amadeu Ferreira María Victoria Navas Sánchez-Élez Elisabete Ramos Antonio Viudas Camarasa COLABORAÇÃO NA COMPILAÇÃO Gustavo Duarte Filomena Gonçalves Juan Carlos González Ferrero CARTOGRAFIA Nélia Romba (Portugal) José Antonio González Salgado (Espanha) Campo Arqueológico de Mértola http://www.camertola.pt 2015 ÍNDICE Introdução...................................................................................................... 4 Geral Fronteira (Língua) ............................................................................. 9 Geral Fronteira (Cultura) ............................................................................ 17 Zona I. Distrito de Bragança (Língua)........................................................ 24 Zona I. Distrito de Bragança (Cultura)....................................................... 34 Zona Ia. Distrito de Bragança/Miranda (Língua)..................................... 53 Zona Ia. Distrito de Bragança/Miranda (Literatura)................................ 73 Zona Ia. Distrito de Bragança/Miranda (Cultura).................................. 90 Zona I. Provincia de Zamora (Lengua)...................................................... 102 Zona I. Provincia de Zamora (Cultura)...................................................... 122 Zona II. Distrito de Guarda (Língua)......................................................... 135 Zona II. Distrito de Guarda (Cultura)........................................................ 140 Zona II. Provincia de Salamanca (Lengua)................................................ 148 Zona II. Provincia de Salamanca (Cultura)............................................... 161 Zona III. Distrito de Castelo Branco (Língua)........................................... 176 Zona III. Distrito de Castelo Branco (Cultura).......................................... 181 Zona III. Distrito de Portalegre (Língua)................................................... 187 Zona III. Distrito de Portalegre (Cultura).................................................. 196 Zona III. Provincia de Cáceres (Lengua)................................................... 206 Zona III. Provincia de Cáceres (Cultura)................................................... 218 Zona IIIa. Provincia de Cáceres/Xalma (Lengua)..................................... 234 2 Zona IIIa. Provincia de Cáceres/Xalma (Cultura).................................... 247 Zona IV. Distrito de Évora (Língua)........................................................... 249 Zona IV. Distrito de Évora (Cultura).......................................................... 253 Zona IV. Provincia de Badajoz (Lengua)................................................... 259 Zona IV. Provincia de Badajoz (Cultura)................................................... 274 Zona IVa. Olivença/Olivenza (Língua)...................................................... 285 Zona IVa. Olivença/Olivenza (Cultura)..................................................... 288 Zona V. Distrito de Beja (Língua)............................................................... 292 Zona V. Distrito de Beja (Cultura).............................................................. 297 Zona Va. Distrito de Beja/Barrancos (Língua).......................................... 307 Zona Va. Distrito de Beja/Barrancos (Cultura)......................................... 312 Zona V. Distrito de Faro (Língua)............................................................... 315 Zona V. Distrito de Faro (Cultura)............................................................. 320 Zona V. Provincia de Huelva (Lengua)..................................................... 324 Zona V. Provincia de Huelva (Cultura)..................................................... 335 Cartografia (Portugal).................................................................................. 340 Cartografía (España)..................................................................................... 365 Lista de distritos, concelhos e freguesias (Portugal)................................ 370 Lista de provincias y municipios (España)................................................ 380 3 INTRODUÇÃO Esta bibliografia foi iniciada em meados de 2004, no quadro de um projec- to dedicado ao conhecimento da realidade histórico-linguística da faixa fronteiri- ça Norte-Sul entre Portugal e Espanha, ou seja, desde Bragança/oeste de Zamo- ra até ao oriente algarvio/ocidente andaluz. A primeira e segunda versões dessa Bibliografia abrangiam três sectores – História, Cultura e Língua – e foram publi- cadas no site do Campo Arqueológico de Mértola, respectivamente em 2007 e 2010. Se a primeira teve a colaboração de diversos historiadores e linguistas, já a segunda esteve quase inteiramente a cargo de José Antonio González Salgado, com a colaboração de Manuela Barros Ferreira e Ernestina Carrilho. Desde essa actualização ficou patente que a redução da equipa a três linguistas aconselhava o abandono dos capítulos dedicados à História, sobretudo tendo em conta o tra- balho do Campo Arqueológico de Mértola no sentido de disponibilizar via in- ternet o seu importante acervo de História Medieval. Continuou-se no entanto a aprofundar uma bibliografia centrada no conhecimento das linguagens fronteiri- ças e cultura tradicional envolvente. As linguagens fronteiriças O espaço abrangido consiste numa faixa ao longo da linha Norte-Sul, sepa- rando o Leste de Portugal do Oeste Espanhol. Nesse espaço, o contraste linguís- tico é muito mais acentuado do que na linha política que divide a Galiza e Por- tugal – e, por isso mesmo –, a influência mútua entre dialectos vizinhos, quando existe, é aí mais evidente. Por sua vez, a antiga história de pertença asturo-leo- nesa que está na origem do mirandês, riodonorês e guadramilês; o enclave gale- go ou galego-português do Vale de Xálima, no extremo norte da província de Cáceres; o português de Cedillo, Herrera de Alcántara, Olivença e outras locali- dades da Extremadura espanhola; as influências extremenhas em Barrancos – para não citar senão os exemplos mais conhecidos – constituem outros tantos casos de estudo, pelas questões controversas que levantam o seu aparecimento, preservação e, nos últimos cem anos, gradual dissolução na língua nacional res- pectiva. Referências esparsas indicam que existem várias outras localidades, tan- to do lado espanhol como do português, em que parte do vocabulário e alguns aspectos fonológicos são comuns, ainda insuficientemente conhecidos e descritos ou aprofundados. Ainda não foram feitos senão tímidos avanços sobre a existên- 4 cia de algumas continuidades, por exemplo a extensão de fenómenos típicos da zona de Castelo Branco-Portalegre nas povoações espanholas vizinhas, como se indica na obra de M.ª da Conceição Vilhena. Apesar do seu interesse como objecto de estudo, as linguagens da faixa ori- ental portuguesa suscitaram uma quantidade ínfima de pesquisas desde os anos setenta. A partir dos anos noventa, surgiu porém uma preocupação de des- critivismo aplicado: paralelamente, mas no sentido inverso ao da integração eu- ropeia e da afirmação de uma língua única de comunicação internacional, obser- vou-se o recrudescimento do interesse pelas identidades locais, partindo, obviamente, dos próprios locais. Várias comunidades periféricas, tanto em Por- tugal como em Espanha, começaram a assumir a sua herança linguística e a bus- car, por um lado, afirmá-la como património imaterial necessitando registo gra- vado e preservação da memória, e, por outro, a intensificar a sua descrição e estudo, de modo a alcançar uma unificação da escrita que permitisse criar do- cumentos da sua existência. Conteúdos da bibliografia Esta bibliografia concerne, em primeiro lugar, a língua falada e as caracte- rísticas identitárias das comunidades fronteiriças. Cada espaço geográfico-admi- nistrativo e linguístico é tratado em dois sectores: Língua e Cultura. Dentro de cada um, há diferenças de conteúdos de região para região, não só em quantida- de de obras apresentadas, como em qualidade e tipo, dependendo essa variação da própria situação cultural de cada zona e do interesse que tem despertado en- tre os estudiosos. No sector de Língua, dada a proveniência não-académica de muitas das obras apresentadas, não se fez qualquer separação entre os estudos eruditos e os de curiosos locais, nem distinção entre os domínios de estudo (Sociolinguística, Fonologia, Lexicologia, etc.). Os estudos relativos a Riodonor e Guadramil fica- ram integrados no Distrito de Bragança, onde também se encontram outras in- formações sobre vestígios leoneses dispersos pelo distrito. O sector de Cultura refere-se aqui essencialmente à cultura tradicional das populações rurais, integrando Etnografia, Antropologia Cultural, Literatura Oral e estudos vários. Excluíram-se, pelo seu carácter transitório, informações sobre programas transfronteiriços em curso. 5 Demarcação da faixa fronteiriça No plano prático, a zona fronteiriça teria de ser o intervalo entre duas li- nhas nítidas, demarcando um espaço possível de