Glossário De Arte
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DE MOGI DAS CRUZES GLOSSÁRIO DE ARTE PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CURRÍCULO MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS GLOSSÁRIO DE ARTE MOGI DAS CRUZES, 2019 Action Painting 1 SUMÁRIO Arte Povera 2 Assemblage 3 Autorretrato, Retrato do Outro e Retrato Sonoro 5 Cena 6 Contação Coletiva de Histórias 7 Coreografia 8 Dança Contemporânea 9 Documentário 10 Equipamentos Públicos da Cidade: Parques, Museus, Teatros, Espaços Culturais, Conjuntos Arquitetônicos 12 Flash Mob 14 Frase Musical 15 Gestos, Expressões, Sons Vocais, Corporais e Instrumentais 15 Grupos Coletivos de Arte 19 Happening 20 História da Arte 22 Improvisação Musical 24 Intervenção no Espaço Público 26 Intervenções no Corpo 27 Jogos de Improvisação 29 Land Art 32 Mosaico 33 Muralismo Coletivo - Pinturas Murais Coletivas 34 Obra Pública 36 Padrão Rítmico 38 Paisagem Sonora 39 Performance 40 Poética Pessoal 41 Pontilhismo 42 Procedimentos e Técnicas 44 Produção Artística Africana e Afro-Brasileira 49 Produção Artística Indígena 51 Significante/Significado 54 Site Specific 56 Tableau Vivant 58 Quadro-Resumo de História da Arte: Pré-História e Primeiras Civilizações 59 Quadro-Resumo de História da Arte: A Idade Média 61 Quadro-Resumo de História da Arte: Renascimento e Barroco 63 Quadro-Resumo de História da Arte: Neoclassicismo e Romantismo Até a Época Atual 68 Quadro-Resumo Complementar: História do Teatro 76 GLOSSÁRIO ACTION Action painting (gestualismo ou pintura gestual) é uma maneira de pintura onde se pode observar o gesto pictórico. Este tipo de pintura não apresenta esquemas PAINTING prévios, e surgiu em Nova Iorque, nos anos 40 do século XX, sob influência dos processos surrealistas de pintura automática. Os principais Juliana Franco representantes Pollock, Franz Kline e De Kooning. Os sinais e os gestos de pintar como meio expressivo foram as bases desse tipo de pintura. Essa corrente originou-se do expressionismo abstrato. Seu objetivo era a libertação das formas de Vladimir Tatlin. Veja algumas das palavras do pintor norte-americano Jackson Pollock ao descrever sua técnica e estilo de pintura: "Prefiro atacar a tela não esticada, na parede ou no chão [...] no chão fico mais à 1 vontade. Me sinto mais próximo, mais uma parte da pintura, já que desse modo posso andar em volta dela, trabalhar dos quatro lados, e literalmente estar na pintura [...]. Quando estou em minha pintura, não tenho consciência do que estou fazendo." PROCURAR MAIS • Jackson Pollock – Action Painting. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=X3Uj_HAAvbk > Acessado em 24/10/2018. • Action Art for kids. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=InmmCpmqm08 > Acessado em 24/10/2018. • Billedkunst Bjergsnæs - Action painting. Disponível em <https://www.youtube.com/watch? v=vRLmoPfUuqQ> Acessado em 24/10/2018. ARTE A Arte Povera, foi um movimento artístico que surgiu Itália na década de 60, com o crítico Germano Celante, significando “Arte Pobre”, devido os materiais utilizados POVERA na obra, simples que rejeitam técnicas e suportes. Kátia Cristina de Paula Santos Se destacou na escultura, pintura, performance e instalação, surgindo da reflexão estética sobre a produção artística em sua essência, utilizando materiais naturais, contrapondo o eterno e o efêmero. Materiais como jornal, madeira, tecido, terra, corda, metais, entre outros são utilizados durante o processo criativo, que busca por meio da criticidade, enfatizar questões sociais, criticando a economia capitalista e a sociedade de consumo, procurando refletir sobre o valor de uso das coisas. Com a presença de grande criatividade e espontaneidade, as obras são criadas a 2 fim de mostrar sua efemeridade embutida no estímulo do consumo. Procuram desvincular a Arte do sistema capitalista, criticando a comercialização, ressignificando os materiais usados, enfatizando os signos e não a beleza das obras. Dessa forma, em muitas delas misturaram-se estilos de peças, materiais novos e velhos, tecnológicos e precários, interligando-os um ao outro. A Arte Povera, ao apresentar a obra com materiais simples, buscava também uma reação à Arte Abstrata, que julgava ser individualista e presa a tradições artísticas. Buscava sempre uma aproximação da natureza e da vida cotidiana, interagindo a obra de arte com o artista e muitas vezes com o público. Na década de 70 a Arte Povera se encerra, e apesar de pouco tempo, eterniza seu nome na história, por ser um dos mais importantes movimentos artísticos italianos do século XX. PROCURAR MAIS • Arte Povera. Disponível em https://www.todamateria.com.br/arte-povera/. Acessado em 28 de outubro de 2018. • Arte Povera. Disponível em https://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_povera.htm Acessado em 28 de outubro de 2018. • Arte Povera. Disponível em https://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/arte-povera/ Acessado em 28 de outubro de 2018. ASSEMBLAGE Assemblage é o nome que se dá a um tipo de trabalho artístico produzido a partir de objetos diversos, pedaços de jornal, papéis de todo tipo, tecidos, madeiras, Inezita Maria de Melo objetos etc. colados em uma superfície (suporte). A pintura passa a ser concebida Barros1 como construção sobre um suporte, que pode ser uma caixa de sapato ou o próprio sapato, uma garrafa pet ou uma embalagem qualquer. Não se trata de uma instalação, tipo de trabalho artístico onde a obra é disposta em um espaço 3 aberto, geralmente no piso, no chão de algum espaço público, destinado às exposições. Trata-se de um trabalho emoldurado, como um quadro comum, que se pendura numa parede ou fixado num cavalete. Na assemblage é importante que o objeto incorporado à obra, apesar de assumir novos significados estéticos e simbólicos, mantenha algo de sua identidade original. Por exemplo, uma tesoura não vai deixar de ser uma tesoura, porém, no contexto geral da obra, ela pode assumir outro papel que, não necessariamente, deve ter um sentido lógico, mas um sentido criado na imaginação de cada apreciador da obra. O termo assemblage vem do grego e foi utilizado pela primeira vez na arte em 1953 por Jean Dubuffet, artista plástico integrante do Dadaísmo, um movimento 1 Texto publicado originalmente em Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. artístico da chamada vanguarda artística moderna, influenciada pelo Cubismo (cujos mais conhecidos representantes foram Pablo Picasso e Braque) e pelo Surrealismo (cujo nome de maior destaque foi Salvador Dali). A marca do Dadaísmo foi o nonsense ou falta de sentido e representou o repúdio dos artistas da época à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Seguindo a corrente e as técnicas do Dadaísmo, do Surrealismo e do Cubismo, Dubuffet criou a assemblage, uma espécie de pintura e escultura, ao mesmo tempo, com a utilização de colagens, com objetos e materiais tridimensionais. Em 1961, a exposição The Art of Assemblage, realizada no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York, reuniu não apenas obras de Dubuffet, mas também as de Robert Rauschenberg, artista bem mais recente (1925 - 2008), o que faz pensar que a assemblage, como técnica, assumiu um papel importante na arte nas décadas de 1950 e 1960, na Europa e nos Estados Unidos, por artistas muito diferentes entre si, e continua sendo muito usada pelos artistas de todo mundo até os dias de hoje. No Brasil a assemblage 4 destaca-se nas obras de Arthur Bispo do Rosário (1909-1989), Wesley Duke Lee (1931-2010), Nuno Ramos e Leda Catunda. PROCURAR MAIS • Assemblage. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo325/assemblage >. Acessado em 22 de outubro de 2018. AUTORRETRATO, Autorretrato: por definição, caracteriza nas artes visuais, a expressão do olhar que RETRATO DO o autor tem sobre si e sua face. Considerando, que por vezes, a intenção do artista não é o simples retrato seguindo proporções, cores e traços, mas para além disso, OUTRO E a expressividade do olhar, das marcas que configuram sua história. Trata-se de RETRATO uma biografia visual. De acordo com artigo da enciclopédia Itaú Cultural “Não são SONORO poucas as vezes em que os artistas projetam suas próprias imagens no papel ou na tela, em trabalhos que trazem a marca da auto-reflexão e por isso, tocam o Luciana Monteiro Santos gênero autobiográfico.” Retrato do outro: de acordo com definição etimológica, retrato vem do latim retrahere, que significa copiar, “tirar a imagem de algo ou alguém”. Logo, compreende-se que o retrato está ligado à representação de alguém ou algum grupo a partir de modelo (pessoa posando ou expressando a característica de alguém), memória do artista, ou mesmo retrato falado comporá a forma/conteúdo 5 da obra, que de acordo com o processo criativo do artista pode se materializar por meio de pintura, fotografia, escultura. Retrato sonoro: Compreende-se em duas vertentes, sendo a primeira, a identidade sonora de cada indivíduo e a possibilidade de se identificar suas nuances e características que lhe empregam originalidade por meio da voz, entonações... Geralmente pensamos em retratos apenas nas artes visuais, mas a proposta é de que a ampliemos para as possibilidades de expressão por meio do som. Quando a criança imita o som de um animal ou a voz de alguém, está fazendo um retrato sonoro. PROCURAR MAIS • Autorretrato. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo897/autorretrato>. Acesso em: 23 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 • Retrato. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo364/retrato>. Acesso em: 23 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 CENA Cenas são, grosso modo, partes de um espetáculo ou peça teatral. Mesmo não configurando um espetáculo completo, possuem a estrutura básica começo, meio Geraldo Monteiro Neto2 e fim.