DE MOGI DAS CRUZES

GLOSSÁRIO DE ARTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

CURRÍCULO MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS

GLOSSÁRIO DE ARTE

MOGI DAS CRUZES, 2019

Action Painting 1

SUMÁRIO Arte Povera 2

Assemblage 3

Autorretrato, Retrato do Outro e Retrato Sonoro 5

Cena 6

Contação Coletiva de Histórias 7

Coreografia 8

Dança Contemporânea 9

Documentário 10

Equipamentos Públicos da Cidade: Parques, Museus, Teatros, Espaços Culturais, Conjuntos Arquitetônicos 12

Flash Mob 14

Frase Musical 15

Gestos, Expressões, Sons Vocais, Corporais e Instrumentais 15

Grupos Coletivos de Arte 19

Happening 20

História da Arte 22

Improvisação Musical 24

Intervenção no Espaço Público 26

Intervenções no Corpo 27

Jogos de Improvisação 29 Land Art 32

Mosaico 33

Muralismo Coletivo - Pinturas Murais Coletivas 34

Obra Pública 36

Padrão Rítmico 38

Paisagem Sonora 39

Performance 40

Poética Pessoal 41

Pontilhismo 42

Procedimentos e Técnicas 44

Produção Artística Africana e Afro-Brasileira 49

Produção Artística Indígena 51

Significante/Significado 54

Site Specific 56

Tableau Vivant 58

Quadro-Resumo de História da Arte: Pré-História e Primeiras Civilizações 59

Quadro-Resumo de História da Arte: A Idade Média 61

Quadro-Resumo de História da Arte: Renascimento e Barroco 63

Quadro-Resumo de História da Arte: Neoclassicismo e Romantismo Até a Época Atual 68

Quadro-Resumo Complementar: História do Teatro 76 GLOSSÁRIO

ACTION Action painting (gestualismo ou pintura gestual) é uma maneira de pintura onde se pode observar o gesto pictórico. Este tipo de pintura não apresenta esquemas PAINTING prévios, e surgiu em Nova Iorque, nos anos 40 do século XX, sob influência dos processos surrealistas de pintura automática. Os principais Juliana Franco representantes Pollock, Franz Kline e De Kooning.

Os sinais e os gestos de pintar como meio expressivo foram as bases desse tipo de pintura. Essa corrente originou-se do expressionismo abstrato. Seu objetivo era a libertação das formas de Vladimir Tatlin.

Veja algumas das palavras do pintor norte-americano Jackson Pollock ao descrever sua técnica e estilo de pintura:

"Prefiro atacar a tela não esticada, na parede ou no chão [...] no chão fico mais à 1 vontade. Me sinto mais próximo, mais uma parte da pintura, já que desse modo posso andar em volta dela, trabalhar dos quatro lados, e literalmente estar na pintura [...]. Quando estou em minha pintura, não tenho consciência do que estou fazendo."

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• Jackson Pollock – Action Painting. Disponível em Acessado em 24/10/2018. • Action Art for kids. Disponível em Acessado em 24/10/2018. • Billedkunst Bjergsnæs - Action painting. Disponível em Acessado em 24/10/2018. ARTE A Arte Povera, foi um movimento artístico que surgiu Itália na década de 60, com o crítico Germano Celante, significando “Arte Pobre”, devido os materiais utilizados POVERA na obra, simples que rejeitam técnicas e suportes. Kátia Cristina de Paula Santos Se destacou na escultura, pintura, performance e instalação, surgindo da reflexão estética sobre a produção artística em sua essência, utilizando materiais naturais, contrapondo o eterno e o efêmero. Materiais como jornal, madeira, tecido, terra, corda, metais, entre outros são utilizados durante o processo criativo, que busca por meio da criticidade, enfatizar questões sociais, criticando a economia capitalista e a sociedade de consumo, procurando refletir sobre o valor de uso das coisas.

Com a presença de grande criatividade e espontaneidade, as obras são criadas a 2 fim de mostrar sua efemeridade embutida no estímulo do consumo. Procuram desvincular a Arte do sistema capitalista, criticando a comercialização, ressignificando os materiais usados, enfatizando os signos e não a beleza das obras. Dessa forma, em muitas delas misturaram-se estilos de peças, materiais novos e velhos, tecnológicos e precários, interligando-os um ao outro.

A Arte Povera, ao apresentar a obra com materiais simples, buscava também uma reação à Arte Abstrata, que julgava ser individualista e presa a tradições artísticas. Buscava sempre uma aproximação da natureza e da vida cotidiana, interagindo a obra de arte com o artista e muitas vezes com o público.

Na década de 70 a Arte Povera se encerra, e apesar de pouco tempo, eterniza seu nome na história, por ser um dos mais importantes movimentos artísticos italianos do século XX. PROCURAR MAIS

• Arte Povera. Disponível em https://www.todamateria.com.br/arte-povera/. Acessado em 28 de outubro de 2018. • Arte Povera. Disponível em https://www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_povera.htm Acessado em 28 de outubro de 2018. • Arte Povera. Disponível em https://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/arte-povera/ Acessado em 28 de outubro de 2018.

ASSEMBLAGE Assemblage é o nome que se dá a um tipo de trabalho artístico produzido a partir de objetos diversos, pedaços de jornal, papéis de todo tipo, tecidos, madeiras, Inezita Maria de Melo objetos etc. colados em uma superfície (suporte). A pintura passa a ser concebida Barros1 como construção sobre um suporte, que pode ser uma caixa de sapato ou o próprio sapato, uma garrafa pet ou uma embalagem qualquer. Não se trata de uma instalação, tipo de trabalho artístico onde a obra é disposta em um espaço 3 aberto, geralmente no piso, no chão de algum espaço público, destinado às exposições. Trata-se de um trabalho emoldurado, como um quadro comum, que se pendura numa parede ou fixado num cavalete. Na assemblage é importante que o objeto incorporado à obra, apesar de assumir novos significados estéticos e simbólicos, mantenha algo de sua identidade original. Por exemplo, uma tesoura não vai deixar de ser uma tesoura, porém, no contexto geral da obra, ela pode assumir outro papel que, não necessariamente, deve ter um sentido lógico, mas um sentido criado na imaginação de cada apreciador da obra.

O termo assemblage vem do grego e foi utilizado pela primeira vez na arte em 1953 por Jean Dubuffet, artista plástico integrante do Dadaísmo, um movimento

1 Texto publicado originalmente em Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. artístico da chamada vanguarda artística moderna, influenciada pelo Cubismo (cujos mais conhecidos representantes foram Pablo Picasso e Braque) e pelo Surrealismo (cujo nome de maior destaque foi Salvador Dali). A marca do Dadaísmo foi o nonsense ou falta de sentido e representou o repúdio dos artistas da época à Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Seguindo a corrente e as técnicas do Dadaísmo, do Surrealismo e do Cubismo, Dubuffet criou a assemblage, uma espécie de pintura e escultura, ao mesmo tempo, com a utilização de colagens, com objetos e materiais tridimensionais. Em 1961, a exposição The Art of Assemblage, realizada no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York, reuniu não apenas obras de Dubuffet, mas também as de Robert Rauschenberg, artista bem mais recente (1925 - 2008), o que faz pensar que a assemblage, como técnica, assumiu um papel importante na arte nas décadas de 1950 e 1960, na Europa e nos Estados Unidos, por artistas muito diferentes entre si, e continua sendo muito usada pelos artistas de todo mundo até os dias de hoje. No Brasil a assemblage 4 destaca-se nas obras de Arthur Bispo do Rosário (1909-1989), Wesley Duke Lee (1931-2010), Nuno Ramos e Leda Catunda.

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• Assemblage. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo325/assemblage >. Acessado em 22 de outubro de 2018. AUTORRETRATO, Autorretrato: por definição, caracteriza nas artes visuais, a expressão do olhar que RETRATO DO o autor tem sobre si e sua face. Considerando, que por vezes, a intenção do artista não é o simples retrato seguindo proporções, cores e traços, mas para além disso, OUTRO E a expressividade do olhar, das marcas que configuram sua história. Trata-se de RETRATO uma biografia visual. De acordo com artigo da enciclopédia Itaú Cultural “Não são SONORO poucas as vezes em que os artistas projetam suas próprias imagens no papel ou na tela, em trabalhos que trazem a marca da auto-reflexão e por isso, tocam o Luciana Monteiro Santos gênero autobiográfico.”

Retrato do outro: de acordo com definição etimológica, retrato vem do latim retrahere, que significa copiar, “tirar a imagem de algo ou alguém”. Logo, compreende-se que o retrato está ligado à representação de alguém ou algum grupo a partir de modelo (pessoa posando ou expressando a característica de alguém), memória do artista, ou mesmo retrato falado comporá a forma/conteúdo 5 da obra, que de acordo com o processo criativo do artista pode se materializar por meio de pintura, fotografia, escultura.

Retrato sonoro: Compreende-se em duas vertentes, sendo a primeira, a identidade sonora de cada indivíduo e a possibilidade de se identificar suas nuances e características que lhe empregam originalidade por meio da voz, entonações... Geralmente pensamos em retratos apenas nas artes visuais, mas a proposta é de que a ampliemos para as possibilidades de expressão por meio do som. Quando a criança imita o som de um animal ou a voz de alguém, está fazendo um retrato sonoro. PROCURAR MAIS

• Autorretrato. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: . Acesso em: 23 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 • Retrato. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: . Acesso em: 23 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

CENA Cenas são, grosso modo, partes de um espetáculo ou peça teatral. Mesmo não configurando um espetáculo completo, possuem a estrutura básica começo, meio Geraldo Monteiro Neto2 e fim. A cena geralmente se organiza ao redor da ação de um ou mais personagens, frequentemente diante de uma situação de conflito. Resolvido o 6 conflito, a cena se encerra.

Espetáculos circenses geralmente contam com cenas cômicas, protagonizadas por palhaços, denominadas entradas e reprises. Há ainda a denominação esquetes para se referir às cenas, quando são apresentadas desconectadas de um espetáculo. Podem-se extrair esquetes de peças teatrais maiores, na forma de fragmentos. Podem-se, também, criar ou adaptar esquetes a partir de improvisações ou de histórias curtas (uma piada, uma tira de histórias em quadrinhos, um poema etc.).

Existem atualmente espetáculos teatrais que se baseiam numa sucessão de

2 Adaptado de Esquetes, texto publicado originalmente como hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. esquetes, sem conexão entre eles. Nesses casos, os atores assumem um personagem diferente a cada novo esquete e, ao longo da apresentação, chegam a interpretar dezenas de personagens. Particularmente os espetáculos de humor recentes têm se dedicado a esse formato. Já os espetáculos de cunho dramático ou trágico costumam trazer histórias mais longas, e os atores normalmente permanecem com seus personagens do início ao fim da apresentação.

Um exercício relativamente simples que pode ser realizado em sala de aula é o CONTAÇÃO da narrativa em grupo. Professor e alunos se colocam numa roda. Uma pessoa (o COLETIVA DE professor, por exemplo), começa a contar uma história, descrevendo um personagem, um cenário e uma primeira ação. O narrador então interrompe a 7 HISTÓRIAS narrativa e convida a pessoa que está ao seu lado na roda para continuar a história a partir daquele ponto. Geraldo Monteiro Neto O processo continua passando por todas as pessoas da roda, cada uma dando continuidade à história, podendo inserir novos personagens e elementos. Quando chegar ao ponto de completar a roda, a história deverá ter um fim. O exercício permite que todos contribuam para o desenrolar da narrativa, sendo o resultado final o fruto de um trabalho coletivo. A cada nova realização da atividade, a coesão e a coerência podem ser aprimoradas.

É possível realizar a atividade primeiramente com grupos menores, lidando com histórias diferentes, e então ir experimentando grupos cada vez maiores, até que a sala toda esteja participando de uma única narrativa. Vale destacar que a construção coletiva de histórias, nessa dinâmica, está na gênese de uma das mais populares formas de jogo contemporâneas, o RPG (Role- Playing Game, ou “Jogo de Interpretação de Personagens”). No RPG, existe uma história com alguns elementos pré-definidos, e cada jogador assume um personagem. À medida que as situações da história se apresentam, os jogadores decidem o que farão, e assim, vão dando forma à história que é vivenciada. Inicialmente jogado na forma de tabuleiros, hoje o RPG é um dos mais apreciados formatos no mundo dos videogames.

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• LAGÔA, Ana. Porque o RPG se tornou material didático. In: Aventuras nas florestas tropicais. Parte integrante do kit Projeto Tom da Mata. 2. ed. Rio de Janeiro: Furnas Centrais Elétricas, Fundação e Instituto Antonio Carlos Jobim, 2001. 93 p. Disponível em . Acessado em 22 de outubro de 2018.

COREOGRAFIA A palavra coreografia deriva do grego choria, dança, e graphia, escrita. Refere-se a um roteiro de movimentos e suas sequências que definem a execução de uma Ane Caroline Bispo dança. A sequência de passos realizados numa quadrilha junina, ou numa ciranda, 3 Pimentel por exemplo, configuram coreografias. Em alguns estilos, as coreografias são altamente padronizadas, com cada movimento sendo meticulosamente previsto, como no caso do balé clássico.

3 Texto publicado originalmente em Coreografias, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. Em outros estilos, como na dança contemporânea, há uma menor esquematização dos movimentos, permitindo improvisações.

DANÇA No século XX, especialmente a partir dos anos 1950 e 1960, diferentes dançarinos CONTEMPORÂNEA e coreógrafos passaram a desafiar as estruturas já consolidadas do balé clássico. O balé havia chegado a um formato fixo e até mesmo rígido, em termos de Geraldo Monteiro Neto movimentos, técnicas e configuração. Qualquer bailarino que participasse de um espetáculo deveria estudar, memorizar e aperfeiçoar movimentos, gestos e coreografias já consagrados e imutáveis.

Rompendo com a linearidade das apresentações do balé clássico e abrindo 9 espaço para a experimentação e o improviso, começaram a surgir formas inovadoras e instigantes de elaborar espetáculos de dança. Um dos coreógrafos de destaque nesse processo foi Merce Cunningham (1919-2009). Ele explorava espaços e cenários inusitados e concebia espetáculos fragmentados, não-lineares, mais interessados em mexer com a imaginação e com as sensações da plateia do que contar uma história. Outro nome de destaque é a coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009), criadora da Dança-Teatro (Tanztheater).

Por não estar limitada a um formato pré-determinado, a Dança Contemporânea permite a participação de pessoas com características corporais muito variadas: peso, altura, idade, postura. Os dançarinos são coautores da coreografia, na medida em que experimentam, improvisam e criam movimentos que são incorporados à apresentação. PROCURAR MAIS

• Pina. Direção e roteiro de Wim Wenders. Distribuição: Imovision Tag Cultural. Alemanha, 2011. 106 min. • SOUZA, Paulo Henrique Alves de. Dança contemporânea: percepção, contradição e aproximação. In: Pensar a prática. V. 16, n. 4. Goiânia: Centro de Educação Profissional em Artes Basileu França, 2013. Disponível em < file:///C:/Users/Usuario/Downloads/20245-117112-2-PB.pdf >. Acessado em 25 de outubro de 2018.

DOCUMENTÁRIO Documentário é um gênero cinematográfico com objetivo de apresentar uma visão da realidade. Isso pode ser feito através de arquivos históricos, imagens, Luiz Alberto de Souza entrevistas e outros recursos. Apesar de possuir um roteiro prévio, o documentário vai se construindo processualmente de acordo com os acontecimentos que vão surgindo durante as filmagens. Diferente dos filmes 10 ficcionais, com atores, efeitos especiais, roteiros ensaiados e cenários preparados para determinados atos.

A produção de um documentário é feita em diferentes etapas. A primeira antecede a filmagem e deverá definir itens como o tema a ser abordado, o público alvo, e a elaboração de um pré-roteiro. A segunda etapa é definida pela gravação do que foi idealizado. Já a terceira etapa, que ocorre após as filmagens, conta com a edição e a verificação final do documentário. Por último temos a divulgação e a disponibilização do material.

Algumas características particulares definem a produção audiovisual como sendo um documentário. O discurso pessoal de um evento com exigências mínimas de verossimilhança, literalidade e registro em loco, devendo apresentar todas as evidências factuais em seu contexto original. O projeto pode ser apresentado sob o formato televisivo, cinematográfico ou digital e sua duração pode ser bastante variável.

O documentário é um gênero essencialmente autoral e fortemente marcado pelo olhar do diretor. Não há necessidade de disfarçar as subjetividades na narrativa e a parcialidade é bem-vinda. O diretor pode expor e defender claramente seu ponto de vista diante do espectador, sendo considerada uma questão ideológica e estética. No caso de uma filmagem jornalística tal atitude pode ser considerada tendenciosa ou até mesmo, considerada como fator de manipulação da notícia, não devendo ocorrer.

Os temas abordados nos documentários são bastante variados e não há necessidade de que o documentarista vivencie os acontecimentos retratados. Ele 11 pode trabalhar com reconstituições ou banco de imagens.

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• RIGONATTO, Mariana. Documentário. Disponível em:< https://portugues.uol.com.br/redacao/ documentario.html>. Acesso em 23 de outubro de 2018. • MELO, Cristina Teixeira Vieira. O Documentário como Gênero audiovisual. UFPE, v.5, n.1/2, p.25-40, 2002. Disponível em: . Acesso em 23 de outubro de 2018. EQUIPAMENTOS Considerando a relevância de experiências artísticas ao longo da formação da PÚBLICOS DA CIDADE: criança, em diversos espaços e contextos, para sua nutrição estética, evidencia-se a necessidade de conhecer e interagir com os diversos equipamentos públicos PARQUES, MUSEUS, existentes em nossa cidade. TEATROS, ESPAÇOS CULTURAIS, São alguns deles: CONJUNTOS ARQUITETÔNICOS Centro de Cultura e Memória "Expedicionários Mogianos" - Endereço: Rua Coronel Souza Franco, 735 - Centro, Mogi das Cruzes/SP Luciana Monteiro dos Santos Museu Ferroviário de Sabaúna - Endereço: Rua Rua Francisco Rodrigues Mathias, Sabaúna, Mogi das Cruzes/SP

Museu Histórico "Profª Guiomar Pinheiro Franco" - Endereço: Rua José Bonifácio, 12 202 - Centro Histórico, Mogi das Cruzes/SP

Banda Santa Cecília - Endereço: Rua Dr. Corrêa, 522 - Largo do Carmo, Mogi das Cruzes/SP

Biblioteca Municipal - Endereço: Praça Mon. Roque Pinto de Barros, 360 - Centro, Mogi das Cruzes/SP

Casa do Hip Hop - Endereço: Rua Coronel Cardoso de Siqueira, 48 - Centro, Mogi das Cruzes/SP

Casarão do Carmo - Endereço: Rua José Bonifácio, 516 - Largo do Carmo - Centro, Mogi das Cruzes/SP

Casarão do Chá - Endereço: Estrada do Chá, cx 5, Mogi das Cruzes/SP Centro Cultural de Mogi das Cruzes - Endereço: Praça Mon. Roque Pinto de Barros, 360 - Centro, Mogi das Cruzes/SP.

Ciarte - Endereço: Rua Dr. Ricardo Vilela, 69 - Centro, Mogi das Cruzes/SP

Parque Centenário da Imigração Japonesa – Endereço: Av. Francisco Rodrigues Filho, 2006 – Cezar de Souza, Mogi das Cruzes/SP

Parque Leon Feffer – Endereço: Av. Valentina Mello Freire Borenstein, s/n, Braz Cubas, Mogi das Cruzes/SP

Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Melo – Chiquinho Veríssimo – Endereço: acesso pela Via Benedito Ferreira Lopes, Jardim Ponte Grande, Itapeti, Mogi das Cruzes/SP (apenas visitas monitoradas e agendadas). 13 Pinacoteca de Mogi das Cruzes - Endereço: Cel. Souza Franco, 993 - Centro Histórico, Mogi das Cruzes/SP

Teatro de Arena Maestro Gaó - Parque da Cidade - Endereço: Rua Jardelina de Almeida Lopes, 451 - Pq. Santana , Mogi das Cruzes/SP

Theatro Vasques - Endereço: Rua Dr. Corrêa, 515 - Largo do Carmo, Centro, Mogi das Cruzes/SP

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• Secretaria de Cultura de Mogi das Cruzes: http://www.cultura.pmmc.com.br/. Acessado em 25 de outubro de 2018. FLASH MOB Flash Mob é aglomerado de ao menos 10 pessoas que se organizam antecipadamente (geralmente por redes sociais) em um ambiente público Juliana Franco repentina e instantaneamente, realizando uma performance sincronizada por um certo período de tempo e rapidamente se dispersam do ambiente como se nada tivesse acontecido. Entre os motivos do agrupamento, há anseios de entretenimento, crítica e expressão artística. Flash mobs são rotineiramente organizadas por redes sociais, mensagens virais por e-mail ou outros meios de telecomunicação.

Quando a música faz parte dessas ações, muitas vezes a música e a sequência dos passos são antecipadamente divulgados pela internet para que todos possam agir de forma mais ou menos sincronizada. Entretanto eles não necessitam necessariamente ter relação com a dança ou música. Na verdade é uma 14 aglomeração de pessoas para realização de uma situação inusitada.

Em 2006, mais de 200 pessoas foram para o Grand Central Station, a maior estação de trem do mundo, e congelaram-se em seus lugares durante 5 minutos.

Em 2010, centenas de pessoas de varias cidades do mundo carregaram seus travesseiros e se reuniram em um lugar previamente estabelecido. Em um dado momento, todos começaram uma guerra de travesseiro, que foi gravada e divulgada por todo o mundo.

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• Flashmob: Heathrow airport welcome. Disponível em . Acessado em 24/10/2018 • Flash mob in Moscow, Russia 26.02.12. Disponível em . Acessado em 24/10/2018 FRASE A estruturação de uma peça musical geralmente não é aleatória: frequentemente a melodia se organiza em frases, que são fragmentos melódicos, ou seja, breves MUSICAL sequências de notas, que não raro se repetem e/ou se alternam. Isso é Geraldo Monteiro Neto4 particularmente perceptível em canções populares, onde o refrão geralmente tem uma melodia diferente em relação às estrofes. Mesmo obras instrumentais também possuem frases, que podem ser facilmente percebidas quando se dança ao som de uma peça musical.

GESTOS, Para uma criança, o movimento significa muito mais do que mexer partes do EXPRESSÕES, corpo ou deslocar-se no espaço, o ato motor faz-se presente em suas funções SONS VOCAIS, expressivas, pode-se dizer que no inicio do desenvolvimento predomina a dimensão subjetiva da motricidade com a interação do seu meio social. Somente 15 CORPORAIS E aos poucos que se desenvolve a dimensão objetiva que corresponde às INSTRUMENTAIS competências instrumentais para agir sobre o espaço e o meio físico. Os jogos, os brinquedos, a dança e as práticas esportivas, revelam por seu lado a cultura Márcia Aparecida de Melo corporal de cada grupo social, influenciando a questão motora da criança, esse 5 Vianna trabalho incorpora os diferentes significados que lhe são atribuídos. A dança Edméa Cristina da Silva utiliza de diversas expressões, movimentos, falas, gestos entre outros que varia de Trettel6 cultura para cultura, respeitando-se suas especificidades. Conhecer e favorecer ao aluno o reconhecimento de sua consciência corporal colabora para que o integre Maria de Fátima em suas mais diferentes linguagens, como a fala, a escrita, o desenho e a Coutinho7 expressividade. Geraldo Monteiro Neto8

4 Texto publicado originalmente em Elementos Formais Básicos da Música, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. O ser humano, ao se comunicar com seus semelhantes, utiliza uma série de recursos, que carregam grande quantidade de informações: estados emocionais, modos de perceber o mundo, intenções. São dados transportados não apenas pelas palavras que escolhemos dizer, mas pela forma como as dizemos (entonação da voz), pelas nossas expressões faciais, pela maneira como nos movemos ou pelos nossos gestos. Mesmo quando não estamos totalmente conscientes desse fato, nossa atitude corporal comunica aquilo que sentimos.

A criança matura continuamente seu repertório e sua capacidade de imbuir de significado as expressões, os movimentos e os gestos. Um dos recursos mais explorados para isso é o da imitação. Diferentemente da mera cópia ou reprodução, a imitação permite também a criatividade do aluno, sem a obrigatoriedade que a palavra impõe. A criança, ao imitar, ao fazer ou esforçar-se 16 por fazer exatamente o que faz uma pessoa ou um animal, pode recriar o objeto imitado, suavizando ou enfatizando expressões faciais, o andar, o movimentar, e os variados gestos.

Os sons vocais são aqueles feitos pela boca e que podem ser utilizados em atividades de musicalização, como, por exemplo, as onomatopeias (palavras utilizadas com o objetivo de reproduzir sons e ruídos), vocalizes (exercícios vocais que trabalham várias linhas melódicas com notas cantadas sobre uma ou mais vogais para estudo de técnica vocal, “aquecimento” da voz etc.), a fala e o cantar.

Além dos sons vocais, culturas tradicionais há muito empregam palmas, batidas com os pés, assobios e outros em suas manifestações musicais. No Brasil, o grupo Barbatuques vem se destacando há alguns anos pelas suas técnicas inovadoras. Seus integrantes pesquisam diversos sons, alterando a disposição das mãos ao bater palmas, ou batendo em outras partes do corpo como peito, pernas, bochechas e outros. As músicas executadas pelo grupo têm pouca ou nenhuma presença de instrumentos musicais convencionais, pois quase todos os sons são obtidos pela percussão corporal. É bastante natural para as crianças brincas com os sons produzidos com o corpo. Explorar essas possibilidades e agregá-las à prática musical pode enriquecer muito as atividades em sala de aula, gerando resultados surpreendentes.

Praticamente todos os objetos que manipulamos cotidianamente são capazes de produzir algum som: copos, chaves, lápis, pratos, talheres, sapatos, papéis e muitos outros, que não foram criados com a finalidade específica de produção sonora - diferentemente, portanto, dos instrumentos musicais, que são fabricados exclusivamente com esse fim. Esses exercícios criativos frequentemente resultam em inusitadas criações musicais, que surpreendem e rompem com a visão 17 tradicional do que é música. A criança, em sua trajetória de pesquisa e descoberta do fenômeno sonoro e da linguagem musical, explora as possibilidades sonoras dos objetos ao seu alcance. A educadora musical e pesquisadora argentina Judith Akoschky cunhou o termo cotidiáfonos para definir os objetos de uso cotidiano incorporados ou adaptados para a prática musical.

Quando selecionamos quais objetos, sons ou instrumentos serão utilizados numa execução musical; organizamo-los conforme nossa intenção e prevemos como cada um irá atuar, estamos criando arranjos. Se as crianças tiverem à mão instrumentos e outros objetos sonoros, certamente começarão a criar formas de tocar e acompanhar suas canções favoritas. Igualmente o professor pode imaginar e preparar arranjos para peças musicais sugeridas por ele próprio e por seus alunos, ou ainda propor o engajamento de seu grupo na criação coletiva de arranjos. Os compositores eruditos, tendo amplo conhecimento técnico e musical, são também brilhantes arranjadores, concebendo não apenas a melodia principal em suas composições, mas imaginando-as nos mínimos detalhes e registrando, na partitura, aquilo que cada instrumento deverá tocar, como e quando. Por outro lado, muitos compositores de música popular, ao compor, se preocupam exclusivamente com a letra, a melodia e o acompanhamento harmônico, permitindo que suas canções sejam enriquecidas por arranjadores que selecionam os recursos e instrumentos mais apropriados para cada canção.

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5 Adaptado de Expressões, Movimentos e Gestos, texto publicado originalmente como hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. 6 Adaptado de Expressões, Movimentos e Gestos, texto publicado originalmente como hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. 7 Adaptado de Sons Vocais e Corporais, texto publicado originalmente como hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. 8 Adaptado de Objetos Sonoros e Arranjos, texto publicado originalmente como hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. GRUPOS Os grupos coletivos de Arte configuram-se no agrupamento de pessoas com um objetivo em comum, sendo muito contemporâneo e espaço privilegiado na troca COLETIVOS de saberes, respeito mútuo e construção coletiva. DE ARTE Nos seus primórdios, a arte já era reconhecida desse modo. A arte Indígena e Kátia Cristina de Paula Africana, por exemplo, se manifestam por meio de objetos rituais, vestuários, Santos utensílios, utilitários, decorativos, adornos e pinturas corporais nas quais são expressas as necessidades e anseios de um grupo, assim como a Arte Marajoara, que era produzida em cerâmica pelos habitantes da Ilha de Marajó.

Os coletivos não são novidade na história, pois vários grupos com ideias e ideais semelhantes, sobre artes visuais, literatura, música, já se reuniram para colocar suas ideias em prática. 19 Arts and Crafts, surgiu na Inglaterra, na metade do século XIX e tinha o ideal de valorizar o artesanato criativo frente à mecanização. O Dadaísmo, de Zurique em 1916, apresentou a falta de sentido que a linguagem pode ter.

Os grupos formados na década 1935 a 1940, Seibi e Santa Helena, já demonstravam a intenção dessa formação coletiva, ao se reunirem pensando na criação de um espaço para produção, divulgação e principalmente a discussão e crítica sobre as obras produzidas. A parceria criada nos grupos de trabalho era de troca mútua, compartilhando os conhecimentos e promovendo as famosas excursões de fim de semana para pinturas ao ar livre. Os grupos coletivos, contam atualmente com a rua ou a internet como forma de divulgação de sua filosofia, compreendendo que o coletivo é muito mais produtivo que o individual quando o assunto é cultura, privilegiando esse espaço também para manifestações de forma a intervir na sociedade.

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• Arte coletiva. Disponível em https://melissacrocetti.wordpress.com/2010/07/15/arte-coletiva/ Acessado em 28 de outubro de 2018. • Cerâmica Marajoara. Disponível em http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5353/arte-marajoara- ceramica-marajoara Acessado em 28 de outubro de 2018. • Coletivo Quizumba. Disponível em . Acessado em 29 de outubro de 2018. • Grupo Santa Helena. Disponível em Acessado em 28 de outubro de 2018. 20 • Grupo Seibi. Disponível em Acessado em 28 de outubro de 2018.

HAPPENING O happening é uma palavra inglesa que, em português, significa acontecimento. O happening, como procedimento artístico, pertence à categoria de artes visuais, Inezita Maria de Melo porém está muito próximo do teatro. Trata-se de um procedimento onde não Barros9 apenas o objeto da obra artística é exposto em público, mas ao seu redor é gerada uma situação incomum, com a participação do próprio artista e das pessoas que ali estão. Muitas vezes, o happening é confundido com as performances, porém existem algumas diferenças entre estas duas formas de

9 Texto publicado originalmente em Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. expressão: nas performances o artista constrói previamente as trajetórias da ação e não precisa, necessariamente, da participação do espectador. Também se utilizam vários recursos e materiais das artes visuais. Já no happening, o desenvolvimento do trabalho artístico, embora planejado, conta sempre com a improvisação; assim sendo, nunca se repete. Além disso, as pessoas comuns participam como atores principais do evento, sendo tiradas da condição de espectadoras e incluídas como elemento integrante da obra. Nesse sentido, os happenings se aproximam de eventos teatrais, mas não é teatro propriamente dito, porque no teatro existe uma trama, uma história, e nos happenings isso não acontece.

O termo happening, como categoria artística, foi utilizado pela primeira vez na Pop Art com os artistas Allan Kaprow e Jim Dine, em 1959. Eles programavam happenings com o intuito de "tirar a arte das telas e trazê-la para a vida". 21

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• Happening. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3647/happening >. Acessado em 22 de outubro de 2018. Ao final do glossário, consulte os quadros-resumo da História da Arte e de HISTÓRIA DA História do Teatro. ARTE

Luiz Alberto de Souza PROCURAR MAIS Geraldo Monteiro Neto • A Arte do Fantástico – Duchamp, Dalí, Magritte, Chagall, Man Ray, Giacometti. Coleção Grandes Mestres da Arte. Belo Horizonte: Centro Difusor de Cultura, s/d. 6 DVDs. Inclui 6 livros com biografias. • A Natureza como inspiração – Constable, Turner, Cézanne, Gainsborough, Leonardo da Vinci. Coleção Grandes Mestres da Arte. Belo Horizonte: Centro Difusor de Cultura, s/d. 5 DVDs. Inclui 6 livros com biografias. • ADORNO, T. W. O ensaio como forma. In: ADORNO, W. T. Notas de Literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Ed. 34, 2003, p. 15-45 • AJZENBERG, Elza. Arte e Memória: História da Arte Antiga. São Paulo: PGEHA USP, 2007. • ARANHA, Carmen S. G. Exercícios do olhar. Conhecimento e visualidade. São Paulo, UNESP / Rio de Janeiro, FUNARTE. 2008. 22 • ARGAN, Giulio Carlo. As fontes da arte moderna. (trad. Rodrigo Naves). Novos Estudos, (18), São Paulo, CEBRAP, set. 1987 • BOSI, Alfredo. Reflexões sobre Arte. São Paulo: Ática, 2000 • BÜRGER, P. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify, 2008 • CANTON, Katia. Narrativas enviesadas. São Paulo: Martins Fontes, 2009. • CHAUÍ, Marilena. Experiência do pensamento: Ensaios sobre a obra de Merleau-Ponty. São Paulo: Martins Fontes, 2002 • Cor, luz, simbolismo – Bosch, Blake, Matisse, Vermeer. Coleção Grandes Mestres da Arte. Belo Horizonte: Centro Difusor de Cultura, s/d. 4 DVDs. Inclui 4 livros com biografias. • DANTO, A. Após o fim da Arte. A Arte Contemporânea e os Limites da História. São Paulo, Odysseus Editora, 2006 • DIDI-HUBERMAN, G. O que vemos e o que nos olha. Tradução de Paulo Neves. São Paulo, Ed. 34, 2010 • FABBRINI, R. O Fim das Vanguardas. In Cadernos da Pós-Graduação. Campinas: Instituto de Artes/ UNICAMP: ano 8; vol.8; no.2; 2006 • FAVARETTO, Celso Fernando. “Moderno, Pós-Moderno, Contemporâneo”. In : A Semana de 22 e a Emergência da Modernidade no Brasil. Bulhões, Maria Amélia & Ken, Maria Lúcia Bastos (orgs.), Porto Alegre, Secretaria Municipal de Cultura, 1992. • FERREIRA, Taís. Enfoque 1: História do Teatro. Material para fins didáticos. Disponível em < http:// terceiroeixo.pbworks.com/f/historia_do_teatro.pdf>. Acessado em 30 de outubro de 2018. • GARDNER, James. Cultura ou lixo? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996 • GROUT, Donald J. A history of Western Music. 3a edição. Nova York: W. W. Norton & Company, Inc., 1980. 850 p. • História da Arte – Das origens ao legado grego / Do clássico ao Islã / Arte Medieval e do Renascimento / Arte Barroca e do Rococó ao Neoclássico / Do Impressionismo às últimas tendências. Barueri: Grupo Cultural, s/d. 5 DVDs. Inclui 1 livro. • História da Arte I. Curso online disponibilizado pela UNIVESP. Docente responsável: Prof. Dr. José Leonardo do Nascimento. Disponível em < https://www.youtube.com/playlist?list=PLxI8Can9yAHdukuAw- kWXuPyEwnYQkbPs >. Acessado em 26 de outubro de 2018. • História da Arte II. Curso online disponibilizado pela UNIVESP. Docente responsável: Prof. Dr. José Leonardo do Nascimento. Disponível em < https://www.youtube.com/playlist?list=PLxI8Can9yAHcJ-wA1MpfTLDL- MZDcBJ5e>. Acessado em 26 de outubro de 2018. • História da Música II. Curso online disponibilizado pela UNIVESP. Docente responsável: Prof.ª Dr.ª Dorotéa Kerr. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=uePhIQs7DAU&list=PLB11EEBBD5514D1DA>. Acessado em 26 de outubro de 2018. • História do Teatro. Disponível em Acessado em 30 de outubro de 2018. 23 • História do Teatro. Disponível em < https://www.coladaweb.com/artes/historia-teatro> Acessado em 30 de outubro de 2018. • História do Teatro no Brasil e no mundo. Disponível em < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/ artigos/direito/historia-do-teatro-no-brasil-e-no-mundo/50069> Acessado em 30 de outubro de 2018. • HUYSSEN, A. Mapeando O Pós Moderno. In: Pós Modernismo e Política. HOLANDA, H. B. (org.) Rio de Janeiro: Rocco, 1991 • HUYSSEN, A. Memórias do Modernismo. Rio de Janeiro, UFRJ, 1997. • JAMESON, F. “Fim da arte” ou “Fim da história”. In A Cultura do dinheiro: ensaios sobre a globalização. Petrópolis, Vozes, 2001. • JANSON, Anthony F., e JANSON, H. W. Iniciação à história da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971. 476 p. • KÖPP-JUNK, Heidi. The earliest music in Ancient Egypt. American Schools of Oriental Research (ASOR) The Ancient Near East Today January 2018: Vol. VI, nº 1. 7 p. Disponível em < https://www.academia.edu/ 37069373/ The_Earliest_Music_in_Ancient_Egypt._ASOR_The_Ancient_Near_East_Today_January_2018_Vol._VI_No._1 >. Acessado em 19 de outubro de 2018. • LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hiper-modernos. São Paulo: Barcarola, 2004. • LYOTARD, J. F. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro, José Olympio, 1986. • LYOTARD, J. F. O Pós-Moderno explicado às crianças, Lisboa, Dom Quixote, 2a edição, 1993. • RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005. • Retratistas – Warhol, Rembrandt, Reynolds, Rubens, Van Dyck. Coleção Grandes Mestres da Arte. Belo Horizonte: Centro Difusor de Cultura, s/d. 5 DVDs. Inclui 5 livros com biografias. • Rumo à abstração – Pollock, O’keeffe, Klee, Miró, Mondrian, Kandinsky. Coleção Grandes Mestres da Arte. Belo Horizonte: Centro Difusor de Cultura, s/d. 6 DVDs. Inclui 6 livros com biografias.

IMPROVISAÇÃO Dentre as muitas formas de se fazer música, uma das mais presentes em todas as culturas é a improvisação. Ao improvisar, a pessoa cria a música MUSICAL instantaneamente, durante a própria execução. Geraldo Monteiro Neto 24 Há vários exemplos de improvisação. Crianças, de maneira geral, em seu primeiro contato com instrumentos musicais, tendem a experimentá-los de diferentes formas, pesquisando possibilidades e criando ritmos e frases que não estavam previstos anteriormente.

Muitas manifestações da cultura popular lidam também com a improvisação. No samba de roda e no jongo, por exemplo, os participantes criam pequenos versos e estrofes durante a dança, frequentemente intercalados com um refrão fixo que é cantado por todos. São famosos, também, os repentistas nordestinos, que a partir de uma base musical executada pelo violão, pelo pandeiro ou algum outro instrumento, criam rimas e melodias que surpreendem os ouvintes.

Modernamente, os praticantes do Rap realizam encontros onde criam seus versos e rimas de maneira improvisada, sobre uma base instrumental eletrônica ou sobre o som do beat box (imitação da bateria, feita com a boca ). Ocorrem até mesmo disputas e desafios entre os improvisadores.

Alguns estilos musicais, como o blues e o jazz, também lidam grandemente com a improvisação. É frequente que uma banda desses estilos sustente uma base por um certo tempo para que um dos músicos crie melodias livremente, improvisando, e depois ceda a vez para que outro músico comece a improvisar.

Mesmo no ambiente clássico, onde tudo parece minuciosamente pré- determinado, há obras nas quais o compositor reserva momentos para que o instrumentista improvise. Esses momentos são chamados cadências.

Na escola, podem ser realizados exercícios de improvisação muito variados. Uma criança pode propor um padrão rítmico com batidas de pés e palmas, e outra 25 pode criar um outro padrão que funcione como uma “resposta”. Pode-se, também, estabelecer uma base rítmica comum sobre a qual, alternadamente, as crianças possam improvisar versos, se estiverem cantando, ou frases musicais com instrumentos. INTERVENÇÃO Também chamada Intervenção Urbana, é o termo usado para designar as interferências realizadas nos espaços públicos da cidade. Ela tem como marco NO ESPAÇO precursor no Brasil as inserções críticas ao governo militar durante a ditadura com PÚBLICO pichações de frases contrárias ao regime. As manifestações mantiveram a tonalidade crítica de sua gênese nos tempos mais atuais e se espalharam nos Yuri Arbelli Segura espaços de pouco cuidado pelo poder público, ressignificando-os afetiva e esteticamente.

Sua prática se mistura aos elementos da paisagem urbana (placas de sinalização, muros, postes, bueiros, hidrantes, etc.) e busca dar vazão às opiniões adversa ao modus operandi de se relacionar com os espaços urbanos de maneira menos sóbria, utilitária, áspera.

26 Um outro aspecto bastante importante que vale ressaltar é que tal expressão faz questão de abolir a mediação de museus, galerias ou outras instituições no contato das obras com público. Ou seja, as intervenções realizadas para o espaço público não pretendem ser absorvidas pelo mercado das artes, vale dizer sua expressividade é estabelecida no “trânsito” do público pelo espaço público.

“(...) diversas iniciativas artísticas realizadas fora dos museus e galerias, dos palcos e dos pedestais buscaram novas relações socioespaciais e consolidaram a ideia de intervenção urbana em dois rumos: como estratégia de transformação física (monumentos também heterônomos) ou como tática de uso da cidade e da cultura (interferências efêmeras, imagéticas, móveis, colaborativas).” Na escola:

O estudo das Intervenções no Espaço Urbano se apresenta como um caminho possível para as discussões mais amplas sobre cidadania e respeito, levando em conta as questões sobre os problemas da própria escola, do bairro e da cidade, ocupando-os poética e criticamente.

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• Intervenção urbana. Disponível em Acessado em 30 de outubro de 2018.

INTERVENÇÕES Também chamadas Body Art, é a manifestação na vertente da Arte 27 Contemporânea que utiliza o corpo como suporte e/ou matéria expressiva da arte. NO CORPO Desenvolve-se no âmbito da atuação artística, do registro fotográfico ou videográfico da expressividade do corpo, sobretudo na sociedade ocidental. Yuri Arbelli Segura Encontra nas outras sociedades, indígenas, aborígenes e antepassadas sua gênese, onde tais manifestações (pinturas, adereços, mutilações e modificações) se associam à própria vida em grupo, a estética e os rituais de passagem e celebração.

Um exemplo bastante clássico de como essas manifestações foram incorporadas por nossa sociedade é a propagação das tatuagens e piercings, hoje comuns e difundidas a todos os recortes sociais. Um aprofundamento conceitual e formativo, trás algumas questões controversas e perturbadoras à quem se aproxima pela primeira vez das experimentações realizadas no corpo por alguns(as) artistas.

“O sangue, o suor, o esperma, a saliva e outros fluidos corpóreos mobilizados nos trabalhos interpelam a materialidade do corpo, que se apresenta como suporte para cenas e gestos que tomam por vezes a forma de rituais e sacrifícios. Tatuagens, ferimentos, atos repetidos, deformações, escarificações, travestimentos são feitos ora em local privado (e divulgados por meio de filmes ou fotografias), ora em público, o que indica o caráter frequentemente teatral da arte do corpo.”

Na escola:

O estudo das Artes pelo viés da body art pode ser um caminho interessante de 28 aproximação das crianças, uma vez que podemos encontrar diversos exemplos no próprio cotidiano das crianças da relação entre arte e vida, acessando e debatendo diversas questões bastante caras ao conhecimento da Arte, sobretudo na contemporaneidade (rompimento das linguagens tradicionais, aproximação da arte com a vida e a importância de um espectador proativo).

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• BODY Art. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: . Acesso em: 30 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 • Conceito de body art. Disponível em Acessado em 30 de outubro de 2018. JOGOS DE A palavra jogo vem do latim jocu e tem, entre outros significados, o de atividade física ou mental organizada por um sistema de regras, com jogadores, pessoas IMPROVISAÇÃO dispostas a jogar, brincar. Jogos Teatrais é o termo utilizado para designar qualquer estrutura de jogo que possa ser utilizado no teatro: cenas, esboços, Carla Andrea Zigante10 improvisações, jogos lúdicos e brincadeiras.

Os jogos teatrais foram introduzidos pela primeira vez em 1963 nos Estados Unidos com a publicação do livro “Improvisação para o Teatro”, da diretora teatral norte-americana Viola Spolin. Viola Spolin sistematizou uma proposta para a atividade teatral no contexto educativo por meio de jogos teatrais. Ao longo de trinta anos, Spolin trabalhou com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos e desenvolveu uma proposta educativa que se estrutura em um jogo com regras.

Spolin desenvolve essa estrutura dos jogos por meio de experiências com Neva 29 Boyd, cujo trabalho social teve como foco os imigrantes da cidade de Chicago bem como por meio de fundamentos obtidos nas técnicas de interpretação de Stanislavski e Brecht. Eles foram concebidos para ensinar as técnicas teatrais para jovens estudantes, escritores, diretores e técnicos, mas não se tratavam apenas de lições de como fazer teatro, mas sim de jogos que faziam com que estas mesmas técnicas teatrais, suas disciplinas e convenções fossem absorvidas de forma natural e divertida. Viola Spolin defendia, através de seu método, a máxima de que qualquer pessoa podia fazer teatro, aprender a atuar ou ter uma experiência criativa pelo teatro.

Apesar de o jogador se apropriar da linguagem teatral, o jogo não tem como

10 Texto publicado originalmente em Jogos Teatrais, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. finalidade os resultados estéticos, o produto, e sim a cena em ação. O princípio do jogo teatral é a improvisação. A improvisação parte das relações, ou seja, das interações entre os jogadores mediados pela linguagem teatral. Os jogadores encontram-se implicados na solução cênica de um problema de atuação. O problema é o próprio jogo a ser solucionado, o Ponto de Concentração. Para cada jogo proposto, especificam-se um “o quê” (a ação propriamente dita, o objetivo da ação, pois sem ação não há conflito); “onde” (o lugar escolhido para se passar a ação) e “quem” (as personagens).

Procura-se, com os jogos teatrais, desenvolver uma forma de prática teatral que não seja elaborada apenas na mente do ator ou jogador, mas por sua vivência improvisacional (os sujeitos jogam a partir da ação improvisada). Inclusive, os papéis podem não ser estabelecidos a priori, mas se delinear a partir das diversas interações que ocorrem durante o jogo. Além disso, o grupo que joga pode se 30 dividir em funções de “jogadores” e de “observadores” (também denominados, respectivamente, de jogadores-atores e jogadores-espectadores), isto é, com sujeitos jogando deliberadamente para que outros observem. E ambos os papéis (jogadores e observadores) enfatizam o processo de construção coletiva, incorporando erros e acasos e buscando a experimentação.

Ainda podemos dizer que no sistema de Jogo Teatral de Spolin, o coordenador do jogo tem um papel fundamental na explicitação das regras, das propostas para atividade com a linguagem teatral, na explicitação do foco da atividade proposta e nas intervenções deliberadas, que são as instruções dadas para que os jogadores não percam o ponto de concentração. No contexto educacional, esse papel de coordenador é dado ao professor e valoriza uma atuação atenta e consciente de seu papel de orientador. Ambos fomentam no educador uma atenção para aproveitar, no decorrer da atividade, qualquer oportunidade para questionar, dialogar, incorporar imprevistos e transformar. Nesse sentido, os educadores que optam por essa proposta necessitam ser flexíveis, sendo fundamentais a alteração e adaptação do plano previsto quando for necessário. O educador necessita compreender o seu papel como mediador, e não como instrutor.

A proposta para a prática teatral na Educação, sistematizada por Viola Spolin, fundamenta-se nos argumentos da racionalidade cognitiva. Suas pesquisas ao longo de mais de três décadas com crianças, adolescentes, jovens, adultos, resultaram em um detalhado programa de oficina com linguagem teatral destinado a escolas, centros comunitários, grupos amadores e companhias teatrais. A base de sua proposta pedagógica se encontra nos procedimentos do teatro improvisacional. Por meio do jogo improvisacional, o educando pode aprender, vivenciar os componentes básicos da atividade teatral, ordenando progressivamente sua linguagem dramática. A finalidade do jogo teatral é o desenvolvimento cultural e o crescimento pessoal dos jogadores ao mesmo 31 tempo em que se apropriam da linguagem teatral.

As ideias de Viola Spolin repercutiram intensamente no ambiente educacional do Brasil a partir da década de 1970. No Brasil, o sistema dos jogos teatrais de Spolin foram amplamente divulgados pela professora Ingrid Koudela, da Universidade de São Paulo, e responsável pela tradução do livro Improvisação para o Teatro. Toda a obra de Viola Spolin foi publicada no Brasil.

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• KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996. • SPOLIN, Viola. Jogos teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2001. • ______, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1979. LAND ART No final da década de 1960, artistas americanos, holandeses e ingleses iniciaram uma procura pelos elementos da natureza para suas criações. A natureza era o suporte de que eles precisavam para expressarem o desejo de mostrar, para o mundo, que era possível expor a arte além das galerias, museus e espaços Inezita Maria de Melo urbanos. Barros11 Em 1970, incomodado com a limitação de espaço e a pouca novidade criativa nas galerias, o artista plástico Robert Smithson partiu para um espaço ilimitado e iniciou uma experiência artística em meio à natureza. Uma das suas experiências mais conhecidas foi "Espiral", no Great Salt Lake, EUA, construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a quatrocentos metros, e destruída, pouco depois, pela própria água. Smithson não parou aí, e explorou grandes e diversos ambientes e territórios remotos, ampliando de forma radical os 32 elementos da obra para uma escala de enormes dimensões, tornando-se um dos principais representantes do movimento da Land Art nos Estados Unidos. Seus trabalhos assumiram as características físicas e acidentais dos enormes terrenos, sendo que para apreciar suas obras, é preciso observá-las de grandes alturas.

Quase todas as Land Arts são efêmeras e, geralmente, são construídas em locais que são pouco visitados pelas pessoas. As experiências são realizadas apenas para ser vistas por um determinado tempo. Assim como um castelo de areia, que tem uma duração que depende da ação do mar, as Land Arts têm seu tempo de vida: podem duram muito, mas poderão ser destruídas em algum momento, e para serem eternizadas, somente por meio de registro e de documentação como o vídeo ou a fotografia.

11 Texto publicado originalmente em Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. PROCURAR MAIS

• Land Art. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3649/earthwork >. Acessado em 22 de outubro de 2018.

MOSAICO A arte do mosaico é antiquíssima. Já na Grécia e Roma antigas, encontramos exemplos de mosaicos. No início da era cristã, artesãos da cidade de Bizâncio (mais tarde, rebatizada de Constantinopla) utilizavam pequenos pedaços coloridos de cerâmica, pedra e vidro, colados juntos sobre uma superfície, desenvolvendo Geraldo Monteiro Neto uma técnica de composição de imagens. Vistos muito de perto, não se compreende a imagem composta por um mosaico - somente a uma certa distância é possível perceber a composição como um todo. 33

Durante a Idade Média, os artesãos gregos de Constantinopla mantiveram viva essa técnica, que logo se disseminou por toda a Europa, constituindo-se numa das mais importantes formas artísticas visuais do cristianismo.

Vale destacar que também a arte islâmica desenvolveu riquíssimos trabalhos em mosaico, na forma de padrões geométricos conhecidos como arabescos.

A composição de imagens a partir da colagem de pequenos pedaços coloridos é facilmente adaptável aos materiais disponíveis na escola, permitindo que as crianças experimentem a técnica individualmente ou em grupo. MURALISMO A pintura mural difere das outras formas de arte pictórica por estar profundamente vinculada à paisagem urbana. Devido ao foco temático, tipo de COLETIVO – imagens e cores utilizadas, a arte de rua costuma alterar radicalmente a PINTURAS percepção do ambiente local. MURAIS A pintura mural está presente na vida dos homens desde o tempo das cavernas, COLETIVAS expressando ideias, emoções, fazeres e crenças. No Renascimento, foram criadas algumas obras-primas do muralismo, como os afrescos da capela Sistina, por Luiz Alberto de Souza Michelangelo, e a "Última ceia", de Leonardo da Vinci.

No século XX, em meio ao contexto da Revolução Mexicana, a pintura mural ressurge de forma emblemática e vigorosa. Nascia o Muralismo Mexicano, arte popular elaborada por artistas combativos, que influenciou toda a América Latina 34 e produziu profundo impacto no panorama mundial das artes. Os três principais artistas ligados a este movimento foram Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros.

Na contemporaneidade surgem os murais coletivos, que são elaborados por grupos de artistas das mais variadas áreas de atuação, tendo como meta principal atuar juntos na transformação de espaços públicos urbanos. Para tanto, estes grupos utilizam uma diversidade de dispositivos técnicos – stencil art (uso de molde vazado), sticker (pintura com adesivo), pôster Lambe-lambe (imagem reproduzida e aplicada em larga escala) e a pintura.

Estes grupos, chamados simplesmente de coletivos, são extremamente atuantes dentro de movimentos sociais, participando de forma crítica e questionadora. Costumam desenvolver ações que buscam transformar o local onde vivem e multiplicar valores humanos.

Um dos conceitos deste tipo de linguagem artística é que a arte deve ser acessível a todos, ocupando lugares públicos e rompendo com os locais tradicionais, como galerias, museus e coleções particulares. Os temas e os estilos aplicados nas intervenções urbanas são livres e variados, adequados ao contexto e as mensagens e/ou críticas a serem realizadas. É uma forma artística que visa a liberdade expressiva e luta contra a homogeneização cultural.

As intervenções coletivas retratam muitas vezes o cotidiano e a realidade das metrópoles e de suas periferias, a partir de um olhar interno. O artista de rua revela tanto a cidade quanto seus moradores, seus problemas, medos, desejos e alegrias. Temas que envolvem a ecologia também são usuais neste tipo de 35 linguagem artística.

Os coletivos iniciam suas obras e abrem espaço para intervenções de outros artistas e de todos aqueles que se identificam e se interessam pela obra em desenvolvimento, ocorrendo uma troca mútua. Tão importante quanto o produto final é o processo de criação do mural, com fazeres e saberes compartilhados e rearticulados, resignificados coletivamente durante toda a execução. Para estes novos atores sociais, as paredes e muros, assim como os espaços públicos e privados, são como telas brancas prontas para receberem expressões da liberdade artística. PROCURAR MAIS

• ENCIPLOPÉDIA Barsa Digital. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. • MARINO, Aluízio. Coletivos Culturais da Cidade de São Paulo. São Paulo. Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação/ECA-USP, 2013. Disponível em: . Acesso em 22 de outubro de 2018. • ROCHA, Ana Luiza Carvalho. Arte de rua, estética urbana: Relato de uma experiência sensível em metrópole contemporânea. Fortaleza. Revista de ciências Sociais, v.47, nº1, 2016, p. 26-49. Disponível em: . Acesso em 22 de outubro de 2018. • QUELUZ, Marilda Lopes Pinheiro. Muralismo libertário: Comunicação e educação emancipadora. Revista intersaberes, v.12, nº25, 2017. ISSN 1809-7286. Disponível em: . Acesso em 22 de outubro de 2018.

36 No sentido literal, o termo se refere a toda obra situada em algum espaço OBRA público, seja ele um museu, uma galeria, uma praça. Porém, conceitualmente PÚBLICA dispõe-se seu uso para designar as Obras de Arte que não habitam o locus tradicionalmente usado para sua exposição, excluindo, portanto, os museus e as Yuri Arbelli Segura galerias.

Tratam-se de obras fisicamente acessíveis e que modificam o espaço em caráter permanente ou temporário. Têm a premissa de interferir na fisionomia urbana e flerta com a definição de Intervenção no Espaço Público.

Pelo prisma da Arte Contemporânea, as Artes Públicas dialogam com o espaço natural ou urbano, aproximando e transformando o observador (espectador) em agente integrante da relação. Nas ruas, as obras articulam diversas linguagens e desafiam classificações premeditadas de suas representações, pois são agregadas de sentidos mais amplos dados pelo próprio público.

“O espaço das cidades é explorado pela arte pública de modos distintos. Alguns projetos artístico-arquitetônicos associam-se diretamente aos processos de requalificação do espaço urbano e contam com a participação da população local em sua execução.”

A ocupação dos espaços públicos com as obras e monumentos pretendem a interação direta com o público e (re)organizam simbolicamente e esteticamente a arquitetura local ou os espaços naturais.

Na escola: 37 Faz-se importante a nutrição estética de Obras Públicas, bem como seu conceito no campo das Artes pois a ideia de pertencimento do espaço que é comum a todas as pessoas é um dos passos necessários para o exercício da cidadania plena.

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• ARTE Pública. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: . Acesso em: 27 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7 Todos os estilos musicais têm certas características que os identificam: formas PADRÃO de cantar, instrumentos utilizados, configuração das partes da música etc. Uma RÍTMICO dessas característica é o ritmo.

Geraldo Monteiro Neto Na música da cultura popular, por exemplo, é fácil perceber como os diferentes ritmos se organizam a partir de uma certa ideia musical que é repetida ao longo de toda a canção. No ritmo do baião, há uma batida característica executada pela zabumba e complementada pelo triângulo, que se mantém durante toda a execução, independentemente da melodia, da letra ou da tonalidade adotada. Se compararmos essa batida com a usada no frevo, ficam evidentes as diferenças entre esses ritmos. O mesmo pode ser dito com relação ao maracatu, à ciranda, ao samba, ao jongo e tantos outros.

38 Essa “batida” que é repetida ao longo da música é o que podemos chamar de um padrão rítmico. Isso não quer dizer que não possa haver variações e improvisos durante a execução. Se prestarmos atenção na bateria de uma escola de samba, verificaremos que cada instrumento obedece a um certo padrão, mas que ao longo do desfile, são feitas variações, paradas e retomadas que surpreendem o ouvinte. Curioso também é notar como padrões de determinados ritmos são adotados e mesmo recriados por outros estilos. O Funk carioca contemporâneo, por exemplo, usa como base o padrão rítmico do Maculelê.

Mesmo na música erudita podemos encontrar padrões. Diversos compositores se dedicaram a compor danças, ou seja, peças instrumentais que obedeciam aos padrões rítmicos de danças populares em suas épocas, como valsa, mazurca e outros. A célebre Quinta Sinfonia de Ludwig van Beethoven (1770-1827) utilizava um certo padrão rítmico logo em seu início, o qual era repetido diversas vezes ao longo do primeiro movimento. Existe até mesmo uma lenda não confirmada de que aquele padrão seria a imitação de alguém que bate à porta – “o destino”, segundo alguns. Com efeito, a sinfonia é até hoje apelidada de “Sinfonia do Destino”.

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• ELIA, Ricardo. Ritmos brasileiros. São Paulo: Editora Scipione, 2013. 152 p. • PORTILHO, Gabriel. Como se compõe uma sinfonia? Reportagem publicada pela revista Super Interessante. Disponível em < https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-se-compoe-uma- sinfonia/ >. Acessado em 22 de outubro de 2018.

PAISAGEM O conceito de paisagem sonora foi criado pelo compositor, pesquisador e 39 professor canadense R. Murray Schafer. Ele empregou o termo para se referir ao SONORA conjunto de sons que somos capazes de captar diante de uma paisagem ou num dado ambiente. Geraldo Monteiro Neto12 Ao fechar os olhos em um parque, por exemplo, ouvimos o som do vento, das folhas das árvores, dos animais e dos passos e vozes das pessoas ao redor. Esses sons configuram a paisagem sonora daquele local. Numa rua movimentada, os sons captados certamente serão outros: carros, buzinas, máquinas. Assim como são diferentes visualmente, os ambientes diferem em suas sonoridades. É altamente desejável que as crianças desenvolvam a capacidade de perceber os sons ao redor, estando sempre atentas a eles.

12 Texto publicado originalmente em Paisagens Sonoras, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. Schafer também cunhou a expressão ecologia acústica para definir a conscientização e estudo sobre os problemas de poluição sonora do mundo atual, buscando formas de melhorar a qualidade de vida relacionada ao ouvir.

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• FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. Música e meio ambiente: ecologia sonora. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004. 102 p. • SCHAFER, R. Murray. O ouvido pensante. Tradução de Marisa Trench de Oliveira Fonterrada, Magda R. Gomes da Silva, Maria Lúcia Pascoal. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011. 408 p.

PERFORMANCE A performance nas artes visuais é uma combinação de artes plásticas com outras linguagens da arte, como a música, a dança, o teatro, entre outras. O artista 40 Inezita Maria de Melo compõe seu trabalho utilizando, como elemento principal, o próprio corpo, e há a Barros13 possibilidade de interação com o público. São infinitos trabalhos onde as performances estão presentes: uma pintura, uma escultura, uma instalação, uma fotografia, etc. A performance não é a obra em si, é o formato da obra, é uma característica do trabalho do artista.

Vários pintores, por exemplo, fazem suas composições de forma performática. Uma citação feita pelo artista Paul Jackson Pollock mostra como ele se inspirava para compor suas criações performáticas: “Objetos de todos os tipos, são materiais para a nova arte: tinta, cadeira, comida, luzes elétricas e néon, fumaça, água, meias velhas, um cachorro, filmes, mil outras coisas que serão descobertas pela geração atual de artistas.” Nos anos 1970, a performance passou a ser aceita

13 Texto publicado originalmente em Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. como artes visuais, dando um novo rumo as artes visuais já existentes, rompendo barreiras impostas pelas antigas artes.

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• Performance. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3646/performance >. Acessado em 22 de outubro de 2018.

Toda produção artística é o resultado de uma elaboração sígnica e única, exclusivamente POÉTICA de quem a faz, seja um artista consagrado ou você o autor da obra. (...) A recepção que PESSOAL você faz do mundo através de seus sentidos, percepção, imaginação, intuição, intelecto não é passiva; você não é mero receptáculo de informações, influências, conhecimentos, Darly Aparecida de etc. Na verdade, você seleciona o que toca você. (Martins, 2009, p. 73) 41 Carvalho dando significado ao que vê, Lucimara Ferreli de A criança vive intensamente a leitura do mundo interpreta, simboliza e assimila. Em meio a um desenvolvimento expressivo, utiliza Campos Bueno Ferraz14 recursos e elementos básicos da linguagem das artes visuais, ora impulsivamente e ao longo de seu desenvolvimento intencionalmente.

Quando descobre suas possibilidades de aprimorar e registrar com maior riqueza de detalhes, usa de indicadores próprios para identificar e personalizar suas produções. Dá-se o nome de poética pessoal a toda linha sensível de pensamento que uma pessoa tem, e podem ser observadas em seus trabalhos ao longo de toda a vida. Assim, estas marcas permeiam todas suas obras, reconhecidas muitas

14 Texto publicado originalmente em Poética Pessoal, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. vezes nas fases de cada artista. Esta poética pessoal é percebida nos trabalhos de arquitetos, escritores, artistas plásticos entre outros.

(...) através do seu modo de ver o mundo, do seu jeito de viver a vida e emocionar-se ou não frente aos fatos, de pensar sobre eles; de chorar, rir, amar, sofrer, agir, interpretar, expressar. Dessa forma, o resultado de qualquer produção artística que você faça terá, inevitavelmente, a sua marca, a de sua história, da sua ótica, fruto do ser único que você é. (Martins, 2009, p. 73)

A oportunidade desencadeada pelas atividades em artes visuais possibilita ao aluno perceber em que contexto político, histórico, social as "marcas" nas obras dos pintores representam, seus sentimentos, sua criatividade e criticidade.

PROCURAR MAIS 42 • MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 2009.

PONTILHISMO O Pontilhismo, também conhecido como Divisionismo, é uma técnica pictórica pós-impressionista surgida na França e criada seguindo conceitos científicos Luiz Alberto de Souza relacionados aos estudos da luz e das cores. A crítica aponta os meses de maio e junho de 1886 como sendo o início do movimento e conferem a Seurat a posição de líder e seu maior expoente. O pontilhismo teve como principais teóricos Georges Seurat e Paul Signac, autor do tratado De Eugène Delacroix ao neoimpressionismo (1899). Outro importante representante do movimento foi o italiano Giovanni Segantini. Tanto Seurat como Paul Signac preferem o termo divisionismo, numa referência direta à divisão das cores e não aos pontos usados nas pinturas.

O princípio básico desta linguagem pictórica era produzir uma decomposição tonal e determinados efeitos de combinação e contraste aos olhos do espectador, produzidos a partir de misturas ópticas. A leitura de uma cor em proximidade a outra, de matiz diferente, distorce e também cria ilusão óptica, alterando-se mutuamente. A técnica divide as cores sobre a tela em forma de pequenos pontos, rigorosamente calculados e que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros. Sem misturas realizadas na paleta, o efeito óptico é propiciado pelo olhar do observado a certa distância. A recomposição da unidade é produzida através de sínteses subtrativas ou aditivas de cores. Processo similar ao das telas de televisão, computadores e celulares, que funcionam desta mesma maneira, unindo ciência e arte. 43

Dentro do conceito, existia ainda uma relação de simetria entre as cores complementares, de modo que para uma área pintada de vermelho deveria ter correspondente outra de verde. A justaposição de cores complementares, segundo um esquema matemático deu ao pontilhismo um aspecto inconfundível.

Para muitos, Domingo de Verão na Grande Jatte (1884-1886; Instituto de Arte de Chicago), é a obra prima de Seurat e a criação máxima do pontilhismo.

“Ontem fui ao enterro de Seurat e vi Signac tomado de aflição e pesar por tão enorme perda. Acho que você tem razão quando diz que o pontilhismo acabou, mas também acho que dessa técnica provirão outras coisas extremamente importantes para a arte. Sem dúvida Seurat deu grande contribuição [a esse processo].” Camile Pissarro, numa carta escrita ao seu filho Lucien, pintor neoimpressionista. (Os Impressionistas... 1991). PROCURAR MAIS

• OS IMPRESSIONISTAS. Georges Seurat. São Paulo: Editora Globo S.A. 1991. p. 03. ISBN: 85-250-0987-3 • AS BELAS ARTES. Impressionistas e pós-impressionistas. Nova York: Grolier Incorporated, v. 7, 1971. p 100 – 103 • ENCIPLOPÉDIA Barsa Digital. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. • PONTILHISMO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: . Acesso em: 23 de Out. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

PROCEDIMENTOS As artes visuais constituem um vasto campo de pesquisa e experimentação de E TÉCNICAS criação de imagens. Muitas técnicas já são razoavelmente conhecidas pelos alunos e estudadas no espaço da escola, como a colagem, o desenho, a pintura, a 44 Inezita Maria de Melo fotografia, a gravura (obtida por meio da impressão, a partir de uma matriz em Barros15 madeira, metal etc.), a modelagem e a escultura ou mesmo o vídeo. Entretanto, a incessante pesquisa artística leva à constante criação de novos procedimentos e técnicas.

Arte efêmera Efêmero é um termo grego que significa “apenas por um dia”. Refere-se a algo passageiro ou transitório. Dessa forma, a arte efêmera é uma arte que tem curta durabilidade. Ela está totalmente ligada à contemporaneidade, a realidade atual em que vivemos. É a presença do tempo na arte e no cotidiano. A arte efêmera é toda a arte que tem a intenção de se esvair no espaço, seja pelo uso de materiais perecíveis ou pela ação da natureza, no caso da land art. Também é toda arte que

15 Adaptado de Procedimentos e Técnicas, hyperlink constante da versão em CD-ROM das Matrizes Curriculares para a Educação Básica – Arte. Prefeitura de Mogi das Cruzes, 2014. tem propósitos pré-estabelecidos, de começo meio e fim, como as performances, as instalações e o happening. Para o artista poder eternizar sua obra é necessário o uso de registros fotográficos ou de filmagens.

Algumas obras como os grafites, os tapetes feitos com pétalas de flores e pó de serra para festas religiosas, as esculturas de areia, são realizadas pelos artistas com a certeza de que irão se deteriorar rapidamente.

Um importante artista plástico brasileiro, , em seus trabalhos, faz uso de técnicas diversas e emprega, com frequência, materiais inusitados como açúcar, chocolate, recicláveis, gel de cabelo, entre outros.

Instalação A instalação é uma manifestação artística contemporânea onde a obra é 45 construída pela reunião de diversos elementos: objetos comuns, materiais perecíveis ou não, plantas, pessoas, tecnologias digitais, ou outras formatos de obra de arte (um quadro ou uma escultura, por exemplo), dispostos num ambiente, geralmente em galerias e museus, compondo uma cena que pode, ou não, sugerir um significado.

Esse leque de possibilidades de formatos e meios faz com que a instalação seja uma forma muito confortável do fazer artístico. Ela questiona o espaço e o tempo, constrói e desconstrói e por isso, diante de suas características, no contexto histórico, faz parte da Arte Contemporânea. A ideia do artista é sempre chamar a atenção do espectador e propor reflexões, na medida em que provoca sensações das mais diversas, confortáveis ou não. Normalmente, o apreciador tem de percorrer a instalação para poder contemplá- la ou até interagir com ela. É uma obra de arte que não é permanente, é passageira, é efêmera. Tem tempo de duração, e é montada para um determinado evento, mostra, exposições e, após isto, é desmontada, sendo que poderá ser vista novamente, apenas, nos registros de mídia ou materializada na memória do espectador.

A instalação tem característica própria e permite o diálogo com as outras manifestações dentro de seu espaço. Uma assemblage, por exemplo, pode fazer parte da obra. Essa possibilidade de diálogo leva a instalação a ter diversas definições e, por isso, muitas vezes ela se confunde com outros tipos de 46 manifestações artísticas, como intervenções, arte ambiental e a própria assemblage.

Uma das primeiras e mais conhecidas instalações foi "MerzBoo", ou "Casa Merz", do poeta e artista plástico Kurt Schwitters, que em 1926 transformou seu apartamento em uma obra de arte na cidade alemã de Hannover. Algum tempo depois, surgiram os trabalhos de Marcel Duchamp que fizeram parte das exposições dos artistas surrealistas em 1938 e 1942, em Nova York. As instalações tornaram-se mais comuns nos anos 1960, e só a partir daí o termo foi incorporado ao vocabulário das artes visuais. Ready-Made O termo Ready-made é uma palavra inglesa que significa “pronto- feito”, e foi criada por Marcel Duchamp (1887 - 1968), pintor e escultor francês, para designar um tipo de obra feita com artigos de uso cotidiano, selecionados sem critérios estéticos e expostos como obras de arte. A atitude de Duchamp marca o rompimento com o conceito de arte histórica, característica do Dadaísmo, movimento artístico ao qual o artista fazia parte, e que surgiu como um movimento subversivo em tempos de guerra (Segunda Guerra Mundial). Duchamp era um contestador e queria, com seus ready-mades, causar impacto na sociedade e protestar contra o sistema da arte. Assim, objetos utilitários sem nenhum valor estético em si são retirados de seus contextos originais e elevados à condição de obra de arte simplesmente ao ganhar uma assinatura e um espaço em exposições. 47 Marcel Duchamp em seu primeiro ready-made, de 1912, posicionou uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho. Em outro trabalho, em 1919, considerado uma intervenção, ele tomou uma reprodução da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci (1452 - 1519), e acrescentou à imagem um bigode, com as letras L.H.O.O.Q, que quando lidas em francês, forma-se uma frase obscena. Também apresentou, como uma obra de arte, um urinol invertido assinado por R. Mutt. Duchamp deu à obra o título de “Fonte”, e com isso propôs uma reflexão sobre a autoria das obras de arte.

Duchamp afirmou que "será arte tudo o que eu disser que é arte", o que fez (e faz) refletir sobre o conceito de arte. As provocações do artista levaram a crítica a considerar os ready-mades uma “não arte”, pois entendiam que se tratavam de intervenções absurdas e perturbadoras, mas não obras.

Além destas técnicas, há ainda outras como a Assemblage, o Happening, a Land Art e a Performance.

PROCURAR MAIS

• Assemblage. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Assemblage. Acessado em 18 de junho de 2014. • Assemblage. Disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm? fuseaction=termos_texto&cd_verbete=325&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8. Acessado em 18 de junho de 2014. • Bispo do Rosário. Disponível em http://www.zupi.com.br/bispo-do-rosario/. Acessado em 18 de junho de 2014. • Earthwork. Disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm? fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3649&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8 . Acessado em 18 48 de junho de 2014. • Efêmera (arte). Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ef%C3%AAmera_(arte). Acessado em 18 de junho de 2014. • Happening. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Happening. Acessado em 18 de junho de 2014. • Happening. Disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm? fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3647. Acessado em 18 de junho de 2014. • Instalação. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Instala%C3%A7%C3%A3o_(arte). Acessado em 18 de junho de 2014. • Instalação. Disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm? fuseaction=ter os_texto&cd_verbete=3648&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8. Acessado em 18 de junho de 2014. • Land Art. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Land_Art. Acessado em 18 de junho de 2014. • LEITÃO, Jaime. Artes visuais II – a instalação. Disponível em http://linguagensdaarte.blogspot.com.br/. Acessado em 18 de junho de 2014. • O movimento Land Art – origem, história e expressão. Disponível em http:// cultivarbiodiversidade.wordpress.com/2010/09/14/o-movimento-land-art-origem-historia-e-expressao/. Acessado em 18 de junho de 2014. • O que é instalação. Disponível em http://lazer.hsw.uol.com.br/instalacao.htm. Acessado em 18 de junho de 2014. • Performance nas artes visuais (questão teórica 07). Disponível em http://artenomundo.wordpress.com/ 2010/11/16/performance-nas-artes-visuais%E2%80%9D-questaoteorica-07/. Acessado em 18 de junho de 2014. • Performance. Disponível em http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm? fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3649&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8. Acessado em 18 de junho de 2014. • Ready-made. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ready-made. Acessado em 18 de junho de 2014. • Robert Smithson. Disponível em http://www.infopedia.pt/$robert-smithson. Acessado em 18 de junho de 2014.

49 PRODUÇÃO A África é o continente com o maior número de países: 54 nações. Além disso, há centenas de etnias africanas. Tristemente, o continente africano sofreu, durante ARTÍSTICA séculos, com a colonização e exploração por parte de outros povos, em especial AFRICANA E europeus. AFRO- Durante quase quatro séculos, Portugal traficou centenas de milhares de escravos, BRASILEIRA capturados e trazidos à força para o Brasil para trabalhar principalmente nas Geraldo Monteiro Neto lavouras. Outros colonizadores, como espanhóis e ingleses, também tiveram a mesma prática em muitos outros países da América Latina e nos Estados Unidos.

Dois grupos linguísticos e culturais, em especial, foram os que em maior número foram trazidos para o Brasil: os Bantu, vindos dos atuais Angola, Congo e Moçambique, e os Sudaneses (que compreendiam os grupos Jeje, Nagô ou Iorubá e Haussá), vindos da Nigéria e do antigo reino do Daomé, hoje Benim.

Muitas são as manifestações artísticas desses povos, como a pintura corporal e a confecção de objetos variados em palha, madeira, cerâmica, peles de animais, penas de pássaros e metal, com destaque para as esculturas e para as máscaras – estas talvez sejam o mais conhecido objeto artístico produzido pelos povos africanos. Nem todas essas produções, contudo, puderam ter continuidade no Brasil, já que estavam ligadas a rituais religiosos que eram reprimidos pelos senhores de escravos. Ainda assim, muitas formas e símbolos tradicionais africanos permanecem vivos no Brasil, em especial nos espaços de prática das religiões de matriz africana como a Umbanda e o Candomblé. Artistas contemporâneos como Agnaldo Manoel dos Santos, Mestre Didi e Rubem 50 Valentim, entre outros, revisitaram essa estética de diferentes maneiras.

Na tradição africana, o conhecimento é compartilhado com as gerações mais jovens por meio da oralidade, tendo destaque a figura dos griôs. Misto de contadores de histórias, poetas e cantores, eram figuras mais velhas, conhecedores e guardiões das tradições do passado. Muitos desses mitos e lendas são parte importante da cultura popular no Brasil.

As tradições religiosas africanas são indissociáveis da música e da dança. Todo e qualquer rito, seja de passagem ou de celebração do divino, inclui o canto, a exuberante complexidade rítmica (expressa principalmente nos instrumentos de percussão, como tambores), a roda e movimentos que simbolizam espíritos, divindades e outros. Com a repressão, os negros adaptaram essas práticas, mesclando-as a aspectos da cultura europeia, e ajudaram a dar à música brasileira sua característica única. Maracatu, Jongo, Tambor de Mina, Maculelê, Congadas, entre outros, são alguns exemplos de ritmos brasileiros de flagrante herança africana. Isso sem mencionar a Capoeira, hoje internacionalmente admirada e respeitada como mescla de dança e esporte, e o Samba, indiscutivelmente o estilo musical brasileiro mais conhecido mundialmente, que deve toda sua forma rítmica e sua dança à cultura afro.

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• BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva; SILVA, Renato Araújo da. África em Artes. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015. 56 p. Disponível em http://www.museuafrobrasil.org.br/docs/default-source/ publica%C3%A7%C3%B5es/africa_em_artes.pdf , acessado em: 16/10/2018. • DIAS, Paulo, KISHIMOTO, Alexandre, e TRONCARELLI, Maria Cristina (org.). Jongo do Tamandaré: Guaratingutá – SP. São Paulo: Associação Cultural Cachuera, 2012. 128 p. Inclui 1 CD e 1 DVD. • MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil contemporâneo: histórias, línguas, culturas e civilizações. São Paulo: Gaudí Editorial, 2012. 109 p. 51 • Matriz Afro. In: O Povo Brasileiro. São Paulo: Versátil Home Video, 2006. 1 DVD. • SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2014. 175 p.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), existem atualmente 252 etnias PRODUÇÃO indígenas diferentes no território brasileiro, falantes de cerca de 160 idiomas. ARTÍSTICA Usando métodos de coleta e análise de dados diferentes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a números ainda maiores: 305 povos, falantes INDÍGENA de 274 línguas. Geraldo Monteiro Neto Tamanha riqueza cultural ainda permanece desconhecida da maior parte da população não indígena. Mesmo as incontáveis contribuições culturais dos povos indígenas para a cultura brasileira, muitas vezes, não são percebidas.

No que se refere à produção artística, a pesquisadora Els Lagrou chama a atenção para o fato da palavra Arte não existir na maioria dessas línguas. Ocorre que, na cultura indígena, não existe o conceito de obra de arte tal como na cultura europeia. Os belíssimos objetos confeccionados com técnica e esmero pelos artesãos não se destinam à apreciação, mas à utilização, seja ela cotidiana ou ritual. Também não existe a busca por uma expressão pessoal, única de cada indivíduo. A criação artística procura ser a expressão de uma tradição, herança cultural de todo um povo.

Dentre as principais manifestações artísticas desses povos estão a pintura 52 corporal, a cerâmica, a cestaria, a arte plumária (objetos feitos e/ou adornados com penas de aves), a tecelagem e a confecção de máscaras, colares, instrumentos musicais e esculturas. Vale destacar que cada povo tem uma identidade visual própria, perceptível na escolha dos materiais, nas formas adotadas e nos grafismos (desenhos que obedecem a padrões geométricos ou formas da natureza) empregados. Ao comparar um cesto Guarani e um cesto Xavante, por exemplo, ficam evidentes as diferenças nas formas de construção e decoração. As cores e desenhos empregados na pintura corporal Kaingang são bastante distintas daquelas empregadas pelos Karajá, assim como as cores e formas produzidas com penas de pássaros.

Se no passado os povos indígenas não utilizavam a escrita, hoje é crescente o número de indígenas sendo alfabetizados em sua própria língua. Isso tem permitido a publicação, tradução e divulgação de uma riquíssima literatura que antes só circulava oralmente, e que revela uma série de contos, lendas e mitos, muitos narrando a origem de animais, de alimentos, de rios e florestas, do mundo.

A música e a dança, no contexto indígena, estão intimamente ligadas, e são largamente praticadas em inúmeros rituais: nascimentos, casamentos, falecimentos, caçadas, pescarias, colheitas, ritos de passagem da infância à vida adulta, são todas ocasiões celebradas com trajes e ornamentos específicos. Nesses momentos, as pessoas cantam, dançam e, muitas vezes, “interpretam” personagens (animais, espíritos, divindades, heróis do passado). Embora o canto seja a principal manifestação musical indígena, ele quase sempre se faz acompanhar de instrumentos próprios de cada cultura: chocalhos, flautas, apitos e tambores, e até mesmo de instrumentos de origem europeia que alguns povos adotaram e adaptaram às suas práticas musicais, como o violão ou o violino. 53 PROCURAR MAIS

• JEKUPÉ, Olivio. A mulher que virou urutau = Kunha urutau re ojepota. São Paulo: Guia dos Curiosos comunicações, 2013. 23 p. • LAGROU, E. Arte ou artefato? Agência e significado nas artes indígenas. IN: Proa – Revista de Antropologia e Arte [on-line]. Ano 02, vol.01, n. 02, nov. 2010. Disponível em: http://www.ifch.unicamp.br/proa/DebatesII/ elslagrou.html , acesso em: 16/10/2018. • MUNDURUKU, Daniel. Contos indígenas brasileiros. São Paulo: Global, 2005. 63 p. • Povos Indígenas no Brasil – Instituto Socioambiental. Disponível em https://pib.socioambiental.org/pt/ P%C3%A1gina_principal , acessado em: 16/10/2018. • Projeto Vídeo nas Aldeias. Disponível em http://www.videonasaldeias.org.br/2009/index.php , acessado em: 16/10/2018. • PUCCI, Magda. A floresta canta: Uma expedição sonora por terras indígenas do Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2017. 67 p. • PUCCI, Magda. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Peirópolis, 2017. 335 p. • Xingu – A terra ameaçada. Acervo educacional TV Cultura. São Paulo: Editora Bereare, 2009. 8 DVDs. SIGNIFICANTE O significado e o significante são conceitos que se relacionam, ora um não existe / SIGNIFICADO sem o outro. Um dá forma, materializa o outro. “Se o significante é a “forma”, o “corpo” do que se vê ou que se ouve – da palavra –, o Neuraide Rezende da significado corresponde ao conteúdo, ao que o conjunto de sons/letras que constituem o Silva Fujita que essa palavra representa.” (https://imasters.com.br/front-end/signo-significante-e- significado-na-web, consultado em 27/10/2018).

Deste modo, o conceito corresponde ao significado, e a imagem acústica, ao significante.

Émile Benveniste (1902 – 1976), linguista francês considera a linguagem um sistema de signos socializado, seus elementos só adquirem significado quando 54 inseridos em contextos de inter-relação, pois cada signo por si só não possui significado relevante, tomam sentido pela junção do significante e do significado, ou seja, da imagem acústica e do sentido. Esses saberes contribuem de forma relevante para a alfabetização e letramento, pois, nesse processo, o sujeito parte do concreto, por meio de desenhos para um conhecimento abstrato, relacionado ao mundo da escrita.

Partindo desta premissa, os conceitos de linguagem e cultura não existem separadamente, cada cultura, cada época e cada tecnologia constrói e articula sua linguagem de maneira a atender aos mais variados interesses e necessidades.

Para melhor compreender:

Significante: É o elemento tangível, concreto, perceptível, material do signo. Tudo aquilo que conseguimos captar pelos nossos órgãos (olhando, ouvindo, sentindo, cheirando);

Significado: É o conceito, o ente abstrato do signo. É o que cada um associa em sua imaginação. É o que realmente algo representa para você, pela sua percepção e vivencia (o que nos diferencia dos outros);

Segundo Ferdinand de Saussure (1857/1913), que é considerado hoje o pai da linguística moderna, o significado e o significante podem ser utilizados para compreender o processo de alfabetização, pois as crianças partem do conceito, como algo mais concreto e que pode ser representado com desenhos, para atingir o significante, ou seja, a representação da imagem acústica.

Exemplificando: Podemos ouvir o som ou ver a grafia da palavra “bolo” se ela for 55 dita ou escrita. Esse som ou essa imagem são significantes de um só significado, o conceito de um “bolo – um alimento à base de massa de farinhas e ovos, geralmente doce e cozido no forno. Os bolos são um dos componentes principais das festas, como as de aniversário e casamento, por vezes ornamentados artisticamente e ocupando o lugar central da mesa.” (Wikipédia).

Este significado pode ser explicitado em um objeto real, atribuindo-se a ele uma instância, um referente, minhas vivencias e experiências aqui são consideradas:

• O meu bolo de chocolate. • O bolo que a mamãe fez. • O bolo que está em cima da mesa. Assim, no processo de construção e aquisição da escrita, o significante vai tomando forma e se torna um representante de um sentido ou conceito inicial, a criança que a princípio usava um desenho para representar um significado, passa a usar um significante como representante desse significado.

Neste contexto, no currículo de Arte, ao buscar o conhecimento de “si e do outro”, ao perpassar pelos diferentes territórios, materiais e experimentações permite a construção de significantes a partir dos significados trazidos por cada um.

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• FLATSCHART, Fábio. Signo, Significante e Significado na WEB. Disponível em: https://imasters.com.br/ front-end/signo-significante-e-significado-na-web - Consultado em outubro de 2018 • SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 25 ed. São Paulo: Cultrix, 2003. 56

SITE O termo Site Specific (Sítio Específico) surgiu nos anos 60, geralmente a partir de convites para realizar as obras em um lugar e espaço determinado, interagindo e SPECIFIC incorporando a obra com o meio o qual foram elaboradas, seja em meio natural, urbano ou galeria. Kátia Cristina de Paula Santos A Arte contemporânea conquista o espaço, apropriando-se dele e tornando-o parte da obra, dialogando com o meio o qual está inserido, incorporando-o ou transformando-o, podendo ser permanente ou efêmera.

No Site Specific, a obra deixa de ser representada por meio de paisagens ou algo que possa representar as Artes Plásticas, passando a ser a natureza do local pelo qual a Arte é expressa, o espaço físico é o campo em que os artistas fazem as intervenções, modificando o ambiente circundante, questionando a relação hierárquica do ambiente a serviço da Arte.

Na paisagem há um primeiro momento de transformação, seguindo para museus e finalmente no campo da tecnologia e informação, extrapolando o espaço físico.

Esse tipo de arte também remete a noção de Arte Pública, superando os espaços tradicionais para o qual sempre foi destinada, superando relações institucionalizadas entre arte e público, podendo intervir e até mesmo se tornar parte da obra.

O espaço como possibilidade de criação, também permite ao artista manifestar-se de forma crítica no ambiente o qual a obra está inserida, aproximando a arte e a 57 vida.

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• Diálogos entre acervos: o espaço como possibilidade de criação no site specific. Disponível em < http:// centrocultural.sp.gov.br/site/dialogos-entre-acervos-o-espaco-como-possibilidade-de-criacao-no-site- specific/> Acessado em 29 de outubro de 2018. • MONACHESI, Juliana. Conceito de “site specific” tem origem na década de 60. Disponível em https:// www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u36575.shtml Acessado em 29 de outubro de 2018. • Site specific. Disponível em http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5419/site-specific Acessado em 28 de outubro de 2018. TABLEAU Segundo Mélanie Boucher, professora da Escola Multidisciplinar de Imagem, de Quebec (Canadá), o tableau vivant (pronuncia-se “tablô vivã”), traduzível como VIVANT “quadro vivo”, originou-se na França no século XIX, como uma forma de diversão popular. Indivíduos se fantasiavam como personagens de pinturas, e faziam poses Geraldo Monteiro Neto diante de um cenário.

O tableau esteve associado ainda aos primórdios da fotografia, já que, para ser fotografadas, as pessoas precisavam permanecer imóveis durante um certo tempo para a captura da imagem.

Recriar pinturas, esculturas e fotografias com as crianças, como numa “brincadeira de estátua”, pode ser uma atividade teatral simples, e ao mesmo tempo, produzir resultados interessantes, que podem até mesmo ser fotografados e compor uma 58 exposição.

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• ALMEIDA JR., José Simões de. Apontamentos acerca do espaço no Teatro de Figuras Alegóricas. Sorocaba: Universidade de Sorocaba, s/d. 4 p. Disponível em . Acessado em 19 de outubro de 2018. • DEZOTTI, Clara Beatriz da Silva. O teatro como meio de comunicação – um estudo sobre a utilização do tableau na proposta pedagógica de Arte do Ensino Fundamental e Médio da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Dissertação de mestrado apresentada ao curso de Pós-graduação em Comunicação da Universidade de Marília. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lúcia Correia Marques de Miranda Moreira. Marília: Universidade de Marília, 2006. 123 p. Disponível em < http://livros01.livrosgratis.com.br/cp022167.pdf >. Acessado em 19 de outubro de 2018. QUADRO-RESUMO DE HISTÓRIA DA ARTE: PRÉ-HISTÓRIA E PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

PERÍODO ARQUITETURA ESCULTURA PINTURA MÚSICA

15.000 – 10.000 a.C. Vênus de Willendorf. Pedra Pinturas rupestres Estalagmites no interior das cavernas (lixadas e golpeadas para produzir som) Período Paleolítico Friso de Animais, Caverna de Lascaux, França Evidências de instrumentos musicais 10.000 – 5.000 a.C. feitos com madeira, pedra e ossos Período Neolítico Bisão ferido, Altamira, Espanha (flautas, chocalhos, tambores)

4.000 a.C. Templo Branco, Uruk Harpas, liras, flautas e tambores. Escala: modo lídio

3.000 a.C. Pirâmides de Miquerinos, Quéfren e Paleta do Rei Narmer, de Hieracômpolis. Música possivelmente baseada em Queóps, de Gizé Ardósia escala pentatônica. 59 A Grande Esfinge, de Gizé Estátuas do Templo de Abu, Tell Asmar. Trompetes, flautas, tambores, sistras, Mármore sinos, harpas, liras, alaúdes Templo de Âmon-Mut-Khonsu, Luxor O Príncipe Rahotep e sua esposa Nofret. Calcário Pintado

Miquerinos e sua esposa, de Gizé. Ardósia

2.000 A.C O Grande Círculo, Stonehenge, Inglaterra Estrela de Hamurabi Afresco do Toureiro, Cnossos, Creta Trompetes, flautas, tambores, sistras, sinos, harpas, liras, alaúdes Palácio de Minos, Cnossos, Creta Cabeças de Akhenaton e Nefertiti. O Jardim de Nebamun Calcário Templo de Âmon-Mut-Khonsu, Luxor Mural da Tumba de Khnumhotep Cobertura do Sarcófago de Tutancâmon. Ouro Tutancâmon e sua Esposa

Porta dos Leões, Micenas 1.000 A.C. Porta de Ishtar, Babilônia (Tijolo Relevos de Nínive Vaso de Dipylon Música grega monofônica, baseada em esmaltado) escalas conhecidas como modos Jovem de Pé (Kouros) Ânfora de figuras em preto, Psíax (dórico, jônico, frígio, lídio, mixolídio, Partenon, Acrópole, Atenas eólico) Frontão oriental do templo de Egina Lápita e o Centauro (Vaso com figuras Palácio em Persépolis em vermelho) Lira, cítara, aulos, trompetes, tambores Poseidon. Bronze Templo de Poseidon, Pesto, Itália Túmulo das Leoas, Tarquínia Epitáfio de Sícilo Friso norte do Tesouro de Sifnos, Delfos. Templo Partenon, Acrópole, Atenas Mármore A Batalha de Alexandre contra os Persas Coro de Orestes

Templo de Atena Nike, Acrópole Atenas Apolo, de Veii. Terracota Paisagens da Odisséia Hino Délfico a Apolo

Loba, de Roma. Bronze Vila dos Mistérios, Pompéia

Friso oriental do Mausoléu, Halicarnasso. Mármore

Vaso Cinerário

Gaulês Morimbundo

Vitória de Samotrácia. Mármore

Laocoonte e seus filhos 60 Retrato de cabeça, de Delos Ara Pacis, Roma

1 d.C. – 200 D.C. Coliseu, Roma Arco de Tito, Roma. Relevo em Mármore Casa dos Vettii, Pompéia Lira, cítara, aulos, trompetes, tambores Estátua Equestre de Marco Aurélio, Retrato de um Menino, de Faiyum, Egito. Roma. Bronze Encáustica sobre painel

Filipe, o Árabe, Roma. Mármore QUADRO-RESUMO DE HISTÓRIA DA ARTE: A IDADE MÉDIA

PERÍODO ARQUITETURA ESCULTURA PINTURA MÚSICA

300 - 500 D.C. Peristilo. Palácio de Diocleciano, Split, Constantino, O Grande. Mármore, Museu Catacumba de São Pedro e São Música monofônica baseada em escalas Iugoslávia Capitolino, Roma Marcelino. Roma conhecidas como modos (dórico, jônico, frígio, lídio, mixolídio, eólico) Basílica de Constantino, Roma Sarcófago de Junius Bassus, Mármore, A Partida de Lot e Abraão. Mosaicos, Grutas do Vaticano, Roma Santa Maria Maggiore, Roma Salmos e Hinos San Vitale, Ravena Arcanjo Miguel, painel de um díptico Miniatura extraída do Virgílio do Hino à Trindade (Hino de Oxirrinco) A Igreja da Sabedoria Sagrada, Santa Vaticano Sofia, Istambul Jacó Lutando com o Anjo. Gênesis de Sant’ Apollinare in Classe, Ravena Viena

Justiniano e seu Séquito. Mosaico. San Vitale, Ravena

600 – 900 D.C. Capela do Palácio de Carlos Magno, Tesouro da barca funerária de Sutton Página da Cruz, dos Evangelhos de Música monofônica baseada em escalas 61 Aachen Hoo Lindisfarne conhecidas como modos (dórico, jônico, frígio, lídio, mixolídio, eólico1) Planta do Mosteiro de Sankt Gallen, Barca funerária de Oseberg São Mateus, Evangeliário de Carlos Suíça Magno. Museu de História da Arte, Viena Introdução de instrumentos de origem Relevo da crucificação, capa dos árabe na Europa evangelhos de Lindau. Ouro e pedras São Marcos, do Evangeliário do preciosas. Arcebispo Ebbo de Reims. Salmos, Hinos e Antífonas

O Crucifixo de Gereão. Madeira, Catedral Canto Moçárabe de Colônia Canto Gregoriano

Antífona Salve Regina

1 Embora empreguem os mesmos nomes, as escalas utilizadas na Idade Média não são as mesmas usadas na Grécia Antiga. Livros litúrgicos modernos preferem classificar os modos utilizando números, embora os nomes gregos ainda sejam conhecidos. GROUT, 1980, p.59. 1000 – 1400 D.C. Igreja de São Miguel, Hildesheim Portas de Bronze do Bispo Bernward, Cristo Lavando os pés de Pedro, do Música monofônica baseada em escalas Hildesheim. Igreja de São Miguel. Evangeliário de Oto III. conhecidas como modos Conjunto da Catedral de Pisa Bronze. A Crucificação. Mosaicos, Dáfni, Grécia. Criação e difusão da notação (escrita Batistério, Florença Apóstolo, St. Sernin, Toulouse musical) A Batalha de Hastings. Tapeçaria de Igreja de St. Etienne, Caen Portal sul, St. Pierre, Moissac. Pedra. Bayeux. Bordado de lã sobre linho. Início da música polifônica, ainda baseada em escalas conhecidas como Catedral de Durham Pia Batismal, St. Barthélemy, Liège, de Murais sobre o arco da nave central, St. modos Renier de Huy. Bronze. Savin Sur Gartempe. Notre Dame La Grande, Poitiers. Salmos, Hinos, Antífonas, Motetos e Jarro, do Vale do Mosa. Bronze banhado Evangeliário do Abade Wedricus. Canons Notre Dame, Paris. a ouro. Iluminura. França. Canto Gregoriano Catedral de Chartres. Tímpano do Juízo Final, Catedral de Vitral. Catedral de Bourges. Autun. Harpas, sinos, flautas, vielles, órgão, Catedral de Salisbury. Madona Entronizada. Têmpera sobre saltérios, alaúdes Portais do lado oeste da Catedral de painel. Sta. Croce, Florença. Chartres. Primeiros compositores conhecidos Breviário de Filipe, o Belo, do mestre Catedral de Florença. Altar de Klosterneuburg, A Travessia do Honoré. Hino a São João (Ut queant laxis) Mar Vermelho, de Nicolas de Verdun. Palazzo Vecchio, Florença. Placa Esmaltada. Afrescos da Capela da Arena, Pádua, de Magnus liber organi (Leonin) Giotto. Catedral de Orvieto. Anunciação e Visitação. Fachada oeste Dies irae (Thomas de Celano) da Catedral de Reims. Pedra. Altar da Maestà, Siena, de Duccio. 62 St. Maclou, Rouen. Cantigas de Santa Maria O Beijo de Judas. Tela da capela-mor, Afresco do Bom Governo, Palazzo Catedral de Naumburg. Pedra. Pubblico, Siena, de Ambrogio Lorenzetti. Robin et Marion (Adam de la Hale)

Púlpito, Batistério, Pisa, de Nicola O Caminho para o Calvário. Têmpera Messe de Notre Dame (Guillaume de Pisano. Mármore. sobre painel, de Simone Martini. Machaut)

Madona. Mármore. Catedral de Prato, de Tríptico de O Nascimento da Virgem, Giovanni Pisano Pietà, Bonn. Madeira Siena, de Pietro Lorenzetti.

O Poço de Moisés, Dijon, de Claus Sluter. A Morte da Virgem, do Mestre da Pedra. Boêmia.

O Sacrifício de Isaac. Relevo para as Apresentação no Templo e Fuga para o Portas do Batistério. Bronze Banhado a Egito. Têmpera sobre painéis, Dijon, de Ouro. Florença de Ghiberti Melchior Broederlam.

Riquíssimas Horas do Duque de Berry. Iluminura, dos irmãos Limbourg.

Altar da Adoração dos Magos. Painel, de Gentile da Fabriano. QUADRO-RESUMO DE HISTÓRIA DA ARTE: RENASCIMENTO E BARROCO

PERÍODO ARQUITETURA ESCULTURA PINTURA MÚSICA

1400 D.C. – 1500 D.C. Filippo Brunelleschi. Cúpula da Catedral Donatello. São Jorge. Nicho da Igreja de Santa Dorotéa. Xilogravura. Museu Música polifônica baseada em escalas de Florença, Or San Michele. Mármore. Estadual de Artes Gráficas, Munique. conhecidas como modos

Filippo Brunelleschi. Igreja de San Donatello. Monumento Equestre de Hubert e/ou Jan Van Eyck. Desenvolvimento da técnica do Lorenzo, Forença. Gattamelata. Bronze. Piazza contraponto Crucificação; O Juízo Final. Michelozzo. Palazzo dos Medici Del Santo, Pádua. Missas, Motetos, Canons, Têmpera e óleo sobre tela. Museu Riccardi, Florença. Lorenzo Ghiberti. A história de Jacó e Metropolitano de Arte, Nova York. Chansons e Madrigais Esaú, painel das “Portas do Paraíso”. Leone Battista Alberti, Igreja de Sant’ Bronze banhado a ouro. Batistério, Masaccio. A Santíssima Trindade. Harpas, sinos, flautas, órgão, saltérios, Andrea, Mântua. Florença. Afresco. Igreja de Santa Maria Novella, alaúdes, guitarras renascentistas, viola Florença. da bracio, viola da gamba Giuliano da Sangallo. Igreja de Santa Luca della Robbia. A Ressurreição. Maria delle Carceri, Prato. Terracota esmaltada. Catedral, Florença. Mestre de Flémalle. Anunciação, painel Nuper rosarum flores (Guillaume Dufay) central do Retábulo de Merode. Óleo Donato Bramante. O Tempietto, San Antonio Rosselino. Giovanni Chellini. sobre painel. Museu Metropolitano de Livro de Canções Lochamer (Lochamer Pietro in Montorio, Roma. Mármore. Museu Victoria and Albert, Nova York. Lierderbuch) Londres. 63 Catedral de São Pedro, Roma. Trabalho Jan van Eyck. O Casal Arnolfini. Óleo Missa Se la face ay pale (Guillaume arquitetônico de Michelangelo; cúpula Andrea Del Verrocchio. Putto com sobre painel. Galeria Nacional, Londres. Dufay) concluída por Giacomo Del La Porta. Golfinho. Bronze. Palazzo Vecchio, Florença. Rogier van der Weyden. A descida da Missas (Jacob Obrecht) Pierre Lescot. Pátio Quadrado do Louvre, Cruz. Óleo sobre Painel. Museu do Paris. Antonio Del Pollaioulo. Hércules e Prado, Madri. Anteu. Bronze. Museu Nacional, Florença. Konrad Witz. O Milagre dos Peixes. Painel. Museu de Genebra. Michelangelo. David. Mármore. Academia, Florença. Domenico Veneziano. Madona e o Menino com os Santos. Têmpera sobre Michelangelo. Túmulo de Giuliano de painel. Galeria de Ofícios, Florença. Medici. Mármore. Sacristia nova, San Lorenzo, Florença. Andrea Del Castagno. David. Pintura sobre couro. Galeria Nacional de Arte, Benvenuto Cellini. Saleiro de Francisco I. Washington. Ouro e esmalte. Museu de História da Arte, Viena. Andrea Mantegna. São Tiago levado ao Suplício. Afresco. Capela Ovetari, Igreja Jean Goujon. Relevos da Fonte dos dos Eremitani, Pádua. Inocentes. Paris. Hugo van der Goes. Painel central do Retábulo dos Portinari. Óleo sobre painel. Galeria dos Ofícios, Florença. Sandro Botticelli. O Nascimento de Vênus. Têmpera sobre Tela. Galeria dos Ofícios, Florença.

Martin Schongauer. A Tentação de Santo Antônio. Gravura. Museu Metropolitano de Arte, Nova York.

Pietro Perugino. A Entrega das Chaves. Afresco. Capela Sistina, Vaticano, Roma.

Leonardo da Vinci. A Última Ceia. Mural. Santa Maria delle Grazie, Milão.

Albrecht Dürer. Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Xilogravura.

Piero di Cosino. A Descoberta do Mel. Óleo sobre painel. Museu de Arte Worcester, Massachusetts.

Albrecht Dürer. Auto Retrato. Painel. Pinacoteca, Munique.

Hieronymus Bosch. O Jardim das Delícias. Painel.

Leonardo da Vinci. Mona Lisa. Óleo 64 sobre painel. Museu do Louvre, Paris.

Giorgione. A Tempestade. Óleo sobre tela. Academia, Veneza.

Michelangelo. A Criação do Homem. Capela Sistina. Afresco. Vaticano, Roma.

Matthias Grünewald. O Retábulo de Isenheim - A Anunciação; Virgem e o Menino com Anjos; A Ressureição. Óleo sobre painel. Museu Unterlindren, Colmar.

Rafael. A Escola de Atenas. Afresco. Stanza della Segnatura, Palácio Vaticano, Roma.

Rafael. Galatéia. Afresco. Villa Farnesina, Roma.

Albrecht Dürer. Cavaleiro, Morte e Diabo. Gravura. Museu de Belas Artes, Boston.

Ticiano. Bacanal. Óleo sobre tela. Museu do Prado, Madri. Rosso Fiorentino. A Descida da Cruz. Óleo sobre painel. Pinacoteca de Volterra, Itália.

Parmigianino. Auto Retrato. Óleo sobre painel. Museu de História da Arte, Viena.

Jean Clouet. Francisco I. Óleo sobre painel. Museu do Louvre, Paris.

Albrecht Altdorfer. A Batalha de Isso. Óleo sobre painel. Antiga Pinacoteca, Munique.

Lucas Cranach. O Julgamento de Páris. Óleo sobre painel. Galeria Estadual de Arte, Karlsruhe, Alemanha.

Correggio. Júpiter e Io. Óleo sobre tela. Museu de História da Arte, Viena.

Michelangelo. Afresco do Juízo Final. Capela Sistina, Roma.

Parmigianino. Madona do Pescoço Comprido. Óleo sobre painel. Galeria dos Ofícios, Florença.

Hans Holbein. Henrique VIII. Óleo e 65 têmpera sobre painel. Galeria Nacional, Roma. 1550 D.C. – 1750 D.C. Andrea Palladio, Villa Rotonda, Vincenza. Giovanni Bologna. O Rapto da Sabina. Agnolo Bronzino. Eleanora de Toledo e Transição da polifonia baseada em Mármore. Loggia dei Lanzi, Florença. seu Filho Giovanni de Medici. Óleo sobre modos para o sistema tonal (escala Basílica de São Pedro, Roma. Nave tela. Galeria dos Ofícios, Florença. maior e menor) central e fachada de Carlo Maderno; Gianlorenzo Bernini. O Êxtase de Santa colunata de Gianlorenzo Bernini. Tereza. Mármore. Capela Cornaro, Santa Pieter Brueghel. O País da Cocanha. Contraponto Maria Della Vittoria, Roma. Óleo e têmpera sobre painel. San Carlo alle Quattro Fontane. Fachada Pinacoteca. Munique. Missas, Motetos, Canons, Chansons, e planta de Francesco Borromini. Gianlorenzo Bernini. Modelo para Madrigais, Cantatas, Toccatas e Fugas estátua equestre de Luís XIV. Terracota. Frans Hals. O Alegre Bebedor. Óleo Claude Perrault. Face leste do Louvre, Galeria Borghese, Roma. sobre tela. Rijksmuseum, Amsterdâ. Surgimento da Ópera Paris. François Girardon. Modelo para estátua Judith Leyster. Menino com Flauta. Óleo Cravos, harpas, sinos, flautas, órgão, Palácio de Versalhes, Paris. Louis Le Vau equestre de Luís XIV. Cera. Galeria de sobre tela. Museu Nacional de saltérios, alaúdes, guitarras barrocas, e Jules Hardouin Mansart; Jardins de Arte da Universidade de Yale, New Estocolmo. violinos, viola da gamba André Le Nôtre. Haven, Connecticut. Peter Paul Rubens. O Jardim do Amor. Odhecaton (Josquin de Prez) Christopher Wren. Fachada oeste. Óleo sobre tela. Museu do Prado, Madri. Geystliche Gesangk Buchleyn (Johann Catedral de São Paulo, Londres. Pietro da Cortona. Glorificação do Walter e Martinho Lutero) Reinado de Urbano VIII. Afresco. Palazzo Guarino Guarini. Palazzo Carignano, Barberini, Roma. Spem in Alium (Thomas Tallis) Turim. Willen Heda. Natureza Morta. Óleo sobre Ricercari (Adrian Willaert) Johann Fischer Von Erlach. Igreja de São painel. Museu Boymans van Beuningen, Carlos Borromeu, Viena. Roterdâ. Missas (Giovanni Pierluigi da Palestrina) 66 Balthasar Neumann. Kaisersaal, Palácio Anthony van Dick. Retrato de Carlos I Livro de Madrigais (Philippe de Monte) Episcopal, Würzburg. Caçando. Óleo sobre tela. Museu do Louvre, Paris. Livro de Madrigais (Orlando di Lasso)

Rembrandt. O Cegamento de Sansão. Improperia ( Giovanni Pierluigi da Stãdelsches Institut, Frankfurt. Palestrina)

Nicolas Poussin. O Rapto das Sabinas. Salmos de Penitência (Orlando di Lasso) Óleo sobre tela. Museu Metropolitano de Arte, Nova York. Opus Musicum (Jakob Handl)

Louis Le Nain. Família Camponesa. Madrigais (Claudio Monteverdi) Museu do Louvre, Paris. Cantiones Sacrae (William Byrd) George de La Tour. José, o carpinteiro. Óleo sobre tela. Museu do Louvre, Paris. Balés para cinco vozes (Thomas Morley)

Claude Lorrain. Pastoral. Galeria de Arte Amfiparnaso (Orazio Vecchi) da Universidade de Yale, New Haven, Connecticut. Madrigais (Carlo Gesualdo)

Jacob van Ruisdael. O cemitério. Dafne (Jacopo Peri) Instituto de Arte de Detroit. Canções (John Dowland) Rembrandt. O Cavaleiro Polonês. Óleo sobre tela. Coleção Frick, Nova York. Symphoniae sacrae (Giovanni Gabrielli) Diego Velázquez. As Meninas. Óleo sobre Euridice (Jacopo Peri) tela. Museu do Prado, Madri. Musae sioniae (Michael Praetorius) Jan Steen. A Véspera do dia de São Nicolau. Rijksmuseum, Amsterdâ. Requiem (Thomas Luis de Victoria)

Jan Vermeer. A Carta. Óleo sobre tela. Lachrymae (John Dowland) Rijksmuseum, Amsterdâ. Orfeu (Claudio Monteverdi) Jean Baptiste Siméon Chardin. De Volta do Mercado. Óleo sobre tela. Museu do Arianna (Claudio Monteverdi) Louvre. Canções e Sonatas (Giovanni Gabrielli) Thomas Gainsborough. Robert Andrews e sua Esposa. Óleo sobre tela. Galeria La Catena d’Adone (Domenico Nacional de Londres. Mazzocchi)

Giovanni Battista Tiepolo. Afresco. Chi soffre (Virgilio Mazzocchi e Marco Kaisersaal, Palácio Episcopal, Würzburg. Marazzoli)]

Angelica Kauffmann. Safo. Óleo sobre La Galatea (Loreto Vittori) tela. Museu de Arte Ringling, Sarasota, Flórida. Concertos (Antonio Vivaldi)

Marie Louise Elizabeth Vigée Lebrun. Concertos de Brandemburgo Princesa de Polignac. Waddesdon Manor, Inglaterra. (Johann Sebastian Bach)

Sir Joshua Reynolds. Mrs. Siddons como Toccata e Fuga em Ré Menor 67 a Musa Trágica. Óleo sobre tela. Biblioteca e galeria de Arte Henry E. (Johann Sebastian Bach) Huntington, San Marino, Califórnia. A Paixão segundo S. João (Georg Thomas Gainsborough. Mrs. Siddons. Friedrich Händel) Óleo sobre tela. Galeria Nacional de Londres. As Quatro Estações (Antonio Vivaldi)

A Paixão Segundo S. Mateus( Johann Sebastian Bach)

Aleluia (Georg Friedrich Händel)

La Serva padrona (Giovanni Pergolesi) QUADRO-RESUMO DE HISTÓRIA DA ARTE: NEOCLASSICISMO E ROMANTISMO ATÉ ÉPOCA ATUAL

PERÍODO ARQUITETURA ESCULTURA PINTURA FOTOGRAFIA MÚSICA

1750 D.C. – 1900 D.C. Antônio Francisco Lisboa4, o Antônio Francisco Lisboa5, o Jean Baptiste Greuze, A Noiva da Joseph Nicéphore Niépce. Vista Sistema tonal (escala maior e Aleijadinho. Igreja de S. João Aleijadinho. Estátuas da Via Aldeia. Museu do Louvre, Paris. de Sua Janela em Le Gras. menor) Batista, Barão de Cocais, e Igreja Sacra e dos Profetas no Heliografia. Universidade do de S. Francisco de Assis, Ouro Santuário de Bom Jesus de Benjamin West. A Morte do Texas. Sinfonias, Sonatas, Concertos, Preto. Matosinho, Cadeiras e Trono General Wolfe. Óleo sobre tela. Balés e Óperas Episcopal em Mariana. Galeria Nacional do Canadá. Oscar Rejlander, Os dois Horace Wapole, Strawberry Hill, Caminhos da Vida. Composição Pianos, quartetos de cordas Twickenham, Inglaterra. Jean Antoine Houdon, Voltaire. John Singleton Copley, Watson e com cópias de albumina seca. (violino, viola, violoncelo e Modelo de terracota para o Tubarão. Óleo sobre tela. Museu Internacional da contrabaixo), flautas, oboés, Jacques Germain Soufflot, mármore. Museu Fabre, Instituto de Arte de Detroit. Fotografia, Nova York. fagotes, introdução do naipe de Panteão, Paris Montpellier, França. metais (trompa, trompete, Jacques Louis David, A Morte de Nadar, Sarah Bernhardt. Museu trombone, tuba), violão moderno Thomas Jefferson. Fachada e Antonio Canova, Pauline Sócrates. Óleo sobre tela. Museu Internacional da Fotografia, Nova jardim. Monticello, Borghese como Vênus. Mármore. Metropolitano de Arte de Nova York. Quartetos (Joseph Haydn) Charlottesville, Virgínia Galeria Boeghese, Roma. York. Alexander Gardner, O Lar de um Orfeo ed Euridice (Christoph Karl Langhans, Portão de François Rude, La Marseillaise. Jacques Louis David, A Morte de Rebelde Atirador de Elite, Willibald Gluck) Brandemburgo, Berlim Pedra. Arco do Triunfo, Paris. Marat. Óleo sobre tela. Museu Gettysburg. Fotografia com chapa 68 Real de Belas Artes de Bruxelas. úmida. Sociedade Histórica de Sinfonias (Joseph Haydn) Charles Barry e A. Welby Pugin, O Jean Baptiste Carpeaux, A Dança. Chicago. Parlamento, Londres Modelo de gesso. Museu da Antoine Jean Gros, Napoleão em Quartetos (Wolfgang Amadeus Ópera, Paris. Arcole. Óleo sobre tela. Museu do Julia Margaret Cameron, Retrato Mozart) Henri Labrouste, Sala de leitura Louvre, Paris. de Ellen Terry. Cópia em da Biblioteca Ste. Geneviève, Auguste Rodin, O Pensador. Albumina Seca. Museu Sinfonias (Wolfgang Amadeus Paris Bronze. Museu Metropolitano de Francisco Goya, A Família de Metropolitano de Arte, Nova York. Mozart) Arte de Nova York. Carlos IV. Óleo sobre tela. Museu Charles Garnier, Ópera de Paris do Prado, Madri. O Canhão do Czar Fora do Portão Sonatas para piano (Wolfgang Constantin Brancusi, O Beijo. Spassky, Moscou. Amadeus Mozart) Louis Sullivan. Loja de Museu de Arte da Philadelphia. Théodore Géricault, Oficial Estereofotografia. Departamentos Carson Pirie Montado da Guarda Imperial. O Rapto do Serralho (Wolfgang Scott & Company, Chicago. Ernst Barlach, Homem Óleo sobre tela. Museu do Gertrude Käsebier, O Cristal Amadeus Mozart) Desembainhando ama Espada. Louvre, Paris. Mágico. Cópia em Platina. Madeira. Museu da Academia de Sociedade Fotográfica Real, Bath. As Bodas de Fígaro (Wolfgang Arte Cranbrook, Bloomfield Hills, Jean Auguste Dominique Ingres, Amadeus Mozart) Michigan. Odalisca. Óleo sobre tela. Museu Eadweard Muybridge, Mulher do Louvre, Paris. Seminua em Movimento, de Don Giovanni (Wolfgang Wilhelm Lehmbruck. Jovem de Pé. locomoção humana e animal. Amadeus Mozart) Pedra. Museu de Arte Moderna Francisco Goya, Três de Maio. Museu Internacional da de Nova York. Óleo sobre tela. Museu do Prado, Fotografia, Nova York. Così fan tutte (Wolfgang Madri. Amadeus Mozart) Umberto Boccioni, Formas Jacob Riis, Esconderijo de Singulares da Continuidade no Caspar David Friedrich, O Oceano Bandidos. Cópia em A Flauta Mágica (Wolfgang Espaço. Bronze. Museu de Arte Polar. Óleo sobre tela. Galeria de Gelatinobrometo de prata. Amadeus Mozart) Moderna de Nova York. Arte de Hamburgo. Museu da Cidade de Nova York. Trios (Ludwig van Beethoven) Raymond Duchamp Villon, O Eugène Delacroix, A Grécia Missa Imperial (Joseph Haydn) Grande Cavalo. Bronze. Instituto Agonizando nas Ruínas de de Arte de Chicago. Missolonghi. Óleo sobre tela. Sonatas para piano (Ludwig van Museu de Belas Artes, Bordeaux, Beethoven) Constantin Brancusi, Ave no França. Espaço. Bronze. Museu de Arte Sinfonias (Ludwig van Moderna de Nova York. Jean Auguste Dominique Ingres, Beethoven) Louis Bertin. Óleo sobre tela. Figura Masculina de um Pássaro Museu do Louvre, Paris. Fidelio (Ludwig van Beethoven) (Imagem de Um Ancestral), Rio Sepik, Nova Guiné. Mdeira, John Constable. Stoke by Gretchen am Spinnrad (Franz Universidade de Washington, St. Nayland. Óleo sobre tela. Schubert) Louis. Instituto de Arte de Chicago. Der Freischütz (Carl Maria von Máscaras de variadas regiões. Joseph Mallord Willian Turner. O Weber) Barmenda, Camarões. Madeira. Navio Negreiro. Óleo sobre tela. Museu Rietberg, Zurique. Museu de Belas Artes de Boston. Octeto de cordas (Felix Mendelssohn) Máscara da península de Gazelle, George Caleb Bingham, Nova Bretanha. Casca de Negociantes de Peles no Sinfonias (Franz Schubert) Madeira. Museu de Antropologia Missouri. Museu Metropolitano do México. de Arte de Nova York. Sinfonia Fantástica (Hector Berlioz) Máscara esquimó do Alasca. Rosa Bonheur. Arando no Madeira. Museu do Indio Nivernais. Museu Nacional do Guilherme Tell (Gioachino Americano, Fundação Heye, Nova Castelo de fontainebleau. Rossini) York. Dante Gabriel Rossetti, Ecce Variações Abegg (Robert Ancilla Domini. Galeria Tates, Schumann) 69 Londres. Papillons (Robert Schumann) François Millet, O Semeador. Óleo sobre tela. Museu de Belas Artes Estudos e Mazurkas (Frédéric de Boston. Chopin)

Honoré Daumier, Vagão de Sonho de Uma Noite de Verão Terceira Classe. Óleo sobre tela. (Felix Mendelssohn) Museu Metropolitano de Nova York. Prelúdios (Frédéric Chopin)

Edouard Manet, o Almoço na O Barbeiro de Sevilha (Gioachino Relva. Óleo sobre tela. Museu Rossini) d’Orsay, Paris. Sinfonias (Robert Schumann) Edouard Manet, O Tocador de Pífaro. Edouard. Museu d’Orsay, Rienzi (Richard Wagner) Paris. Prelúdios (Franz Liszt) Winslow Homer, O Sino da Manhã. Galeria da Universidade Macbeth (Giuseppe Verdi) de Yale, New Haven, Connecticut. Requiem (Anton Bruckner) Claude Monet. O Rio. Instituto de Arte de Chicago. Rigoletto (Giuseppe Verdi) Berthe Morisot, A Irmã da Artista, La Traviata (Giuseppe Verdi) Edma, e a Mãe. Galeria Nacional de Arte, Washington. Nabucco (Giuseppe Verdi)

James McNeill Whistler. A Mãe do Rapsódia Húngara (Franz Liszt) Artista. Museu d’Orsay, Paris. Tristão e Isolda (Richard Wagner) Thomas Eakins. A Clínica Gross. Óleo sobre tela. Escola de Quinteto para piano (Johannes Medicina Jefferson, Filadélfia. Brahms)

Gustave Moreau. A Aparição. O Danúbio Azul (Johann Strauss) Museu de Arte fogg, Massachusetts. O Anel dos Nibelungos (Richard Wagner) Auguste Renoir. Le Moulin de La Galette. Óleo sobre tela. Museu Aída (Giuseppe Verdi) d’Orsay, Paris; L’Arlesiènne (Georges Bizet) Edgar Degas. O Absinto. Óleo sobre tela. Museu d’Orsay. Sinfonias (Anton Bruckner)

Paul Cézanne. Fruteira, Copo e Eugen Onegin (Piotr Ilyich Maçãs. Coleção René Lecomte, Tchaikovsky) Paris. Os Contos de Hoffmann (Jacques Edouard Manet. O Bar no Folies Offenbach) Bergères. Óleo sobre tela. 70 Coleção Courtauld, Londres. Otello (Giuseppe Verdi)

Odilon Redon. O olho do balão. Scherazade (Nikolas Rimsky- Litografia. Korsakov)

Georges Seurat. Uma Tarde de Cavalleria Rusticana (Pietro Domingo na Grande Jatte. Óleo Mascagni) sobre tela. Instituto de Arte de Chicago. Manon Lescaut (Giacomo Puccini)

Edgar Degas. A Bacia. Pastel. Sinfonias (Piotr Ilyich Museu d’Orsay, Paris. Tchaikovsky)

Vincent Van Gogh. Auto Retrato. La Bohème (Giacomo Puccini) Óleo sobre tela. Coleção Sr. E Sra. John Hay Whitney, Nova York. O Quebra-Nozes (Piotr Ilyich Tchaikovsky) Vincent Van Gogh. Paisagem com Ciprestes, perto de Arles. Óleo O Carnaval dos Animais (Camille sobre tela. Galeria Nacional de Saint-Säens) Londres. Assim falava Zaratustra (Richard Paul Gauguin. O Cristo Amarelo. Strauss) Óleo sobre tela. Galeria de Arte Albright Knox, Buffalo. Mary Cassatt, O Banho. Óleo sobre tela. Instituto de Arte de Chicago.

Henri Toulouse Lautrec. No Moulin Rouge. Óleo sobre tela. Instituto de Arte de Chicago.

Audrey Beardsley. Salomé. Desenho com bico de pena. Biblioteca da Universidade de Princeton, Nova Jersey.

Edvard Munch. O Grito. Óleo sobre tela. Museu Nacional, Oslo.

Henry O. Tanner, A Aula de Banjo. Óleo sobre tela. Museu da Universidade de Hampton, Virgínia.

Paul Cézanne. O Monte Santa Vitória visto da pedreira de Bibemus. Museu de Arte de Baltimore. 71 1900 D.C. – 1980 D.C. Frank Lloyd Wright, Robie House, Alberto Giacometti, O Palácio às Pablo Picasso. O Velho Edward Steichen, Rodin com suas Sistema tonal (escala maior e Chicago Quatro da Manhã. Madeira, fios, Violonista. Óleo sobre painel. Esculturas “Victor Hugo” e “O menor) arame e vidro. Museu de Arte Instituto de Arte de Chicago. Pensador”. Cópia em goma Walter Gropius. Bloco comercial. Moderna de Nova York. bicromatada. Instituto de Arte de Criação do Dodecafonismo Bauhaus, Dessau Pablo Picasso. As Senhoritas Chicago. Julio Gonzales, Cabeça. Ferro. d’Avignom. Óleo sobre tela. Música Concreta Le Corbusier, Casa Savoye, Poissy Museu de Arte Moderna de Nova Museu de Arte Moderna de Nova Alfred Stieglitz, A Terceira Classe sur Seine. York. York. do Navio. Instituto de Arte de Música Eletrônica Chicago. Le Corbusier, Notre Dame Du Henry Moore, Figura Reclinada. Claude Monet. Nenúfares, Sinfonias, Sonatas, Concertos, Haut, Ronchamp Pedra Hornton verde. Galeria Giverny. Óleo sobre tela. Coleção Eugène Atget, Lago Artificial em Balés e Óperas tate, Londres. Jocelyn Walker, Londres. Versalhes. Cópia em Cloreto de Ludwig Mies van der Rohe e ouro. Museu de Arte Moderna de Pianos, quartetos de cordas Philip Johnson, Edifício Seagram, Alexander Calder, Armadilha de Gustav Klimt. O Beijo. Óleo sobre Nova York. (violino, viola, violoncelo e Nova York Lagosta e Cauda de Peixe. Arame tela. Galeria Austríaca, Viena. contrabaixo), flautas, oboés, e alumínio. Museu de Arte Man Ray, Raiografia. Cópia em fagotes, introdução do naipe de Renzo Piano e Richard Rogers, Moderna de Nova York. Henri Matisse, Harmonia em Gelatinobrometo de prata. metais (trompa, trompete, Centro da Cultura e Artes Vermelho. Óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova trombone, tuba), violão moderno, Nacionais Georges Pompidou, Pablo Picasso, Cabeça de Touro. Museu Hermitage, Leningrado. York. sintetizadores, piano preparado Paris Guidão em bronze moldado e assento de uma bicicleta. Galeria Emil Nolde. A Última Ceia. August Sander, Pasteleiro de Noturnos (Claude Debussy) James Stirling, Neue Louise Leiris, Paris. Stiftung Seebüll Ada und Emil Colônia. Galeria Sander. Staatsgalerie, Stuttgart. Nolde, Neukirchen, Alemanha. Concertos para Piano (Sergei Mathias Goeritz, Estrutura de Aço. Alfred Stieglitz, Equivalente. Rachmaninov) , Congresso O Eco, Cidade do México. Pablo Picasso. Ambroise Vollard. Cópia em Cloreto. Instituto de Nacional Brasileiro, Banco Boa Óleo sobre tela. Museu Pushkin, Arte de Chicago. Sinfonias (Gustav Mahler) Vista, Catedral de Brasília, Robert Rauschenberg, Odalisca. Moscou. 72 Conjunto Copan, Conjunto da Combinação de materiais. Museu Edward Weston, Pimentão. Centro Madama Butterfly (Giacomo Pampulha – Igreja de São Ludwig,Colônia Henri Rousseau. O Sonho. Óleo para Fotografia Criativa, Tucson Puccini) Francisco de Assis, Centro sobre tela. Museu de Arte Cultural de Le Havre, Museu de George Segal, Cinema. Gesso, Moderna de Nova York. John Heartfield, Assim como na Quartetos (Maurice Ravel) Arte Moderna em Caracas, metal, luz e matéria plástica. Idade Média, também no Terceiro Memorial da America Latina, Galeria de Arte Albright-Knox, Marc Chagall. Eu e Minha Aldeia. Reich. Pôster, Fotomontagem. Salomé (Richard Strauss) Museu Oscar Niemeyer, Editora Buffalo. Óleo sobre tela. Museu de Arte Academia de Arte, Berlim Mondadori, Palácio do Planalto, Moderna de Nova York. Ocidental. Quartetos (Béla Bártok) Parlamento Latino Americano, David Smith, Cubi XIX. Aço Pavilhão do Brasil para exposição Inoxidável. Galeria Tate, Londres. Marcel Duchamp. A Noiva. Museu Henri Cartier Bresson, México. Claire de Lune (Claude Debussy) mundial de Nova York, Passarela de Arte da Filadélfia. Cópia em Gelatinobrometo de do Samba, Museu de Arte Joseph Kosuth, Uma e Três prata. O Pássaro de Fogo (Igor Contemporânea de Niterói. Cadeiras. Fotografia, cadeira de Georges Braque. Le Courrier. Stravisnky) madeira e ampliação fotográfica Colagem. Museu de Arte da Margaret Bourke White, Barragem da definição de cadeira no Filadélfia. de Fort Peck. Montana. Pierrot Lunaire (Arnold dicionário. Museu de Arte Schoenberg) Moderna de Nova York. Umberto Boccioni. Dinamismo de Robert Capa, Morte de um um Ciclista. Coleção Gianni Soldado Legalista. Turandot (Giacomo Puccini) Claes Oldenburg, Bolsa de Gelo Mattioli, Milão. Gigante. Plástico e metal com Dorothea Lange, Mãe Migrante da Rapsódia em Blue (George motor interno. Galeria Thomas Wassily Kandinsky. Esboço I para Califórnia. Biblioteca do Gershwin) Segal, Boston. a “Composição VII”. Coleção Felix Congresso, Washington. Klee, Berna. Bolero (Maurice Ravel) Robert Smithson, Molhe em Minor White, Galho Ritual. Museu Aspiral, Grande Lago Salgado, Giorgio de Chirico, Mistério e Internacional da Fotografia, Ionisação (Edgar Varèse) Utah. Melancolia de uma Rua. Coleção George Eastman House, Resor, New Canaan, Connecticut. Rochester, Nova York. Porgy e Bessi (George Gershwin) Barbara Chase Riboud, Liubov Povova. O Viajante. Óleo Joanne Leonard, O Romantismo é Pedro e o Lobo (Sergei Prokofiev) Confissões a Mim Mesma. Bronze sobre tela. Museu Norton Simon, Sempre Fatal, de “Sonhos e pintado e madeira. Museu de Pasadena, Califórnia. Pesadelos”. Transparência Carmina Burana (Carl Orff) Arte da Universidade da positiva e colagem. Califórnia. Joseph Stella, A Ponte de Concerto para Violino (Béla Brooklyn. Óleo sobre tela. Óleo David Hockney, Gregory Vendo a Bártok) Judy Pfaff, Dragões. Instalação sobre tela. Galeria de Arte da Neve Cair, Quioto. Colagem com diversos materiais. Bienal Universidade de Yale, New fotográfica. Sinfonias (Dmitri Shostakovich) de 1981, Museu Whitney de Arte Haven, Connecticut. Americana, Nova York. Henri Cartier-Bresson. Coletânea Choros (Heitor Villa-Lobos) Georges Rouault. O Velho de fotografias em livros. Ron Mueck. Big Man. Esculturas Palhaço. Óleo sobre tela. Coleção Gesang der Jünglinge (Karlheinz realistas. Materiais diversos. do Sr. e da Sra. Stavro Niarchos, Tessa Traeger. Fotografias de Stockhausen) Paris. natureza morta e alimentos. Patricia Piccinini. Esculturas com Sonatas e Interlúdios para Piano foco nas questões das mutações Fernand Léger. A Cidade. Óleo George Leary Love. Fotografias Preparado (John Cage) genéticas. Mídias e materiais sobre tela. Museu de Arte da abstratas. variados. Filadélfia. Pli selon pli (Pierre Boulez) Pete Turner. Fotografias Max Ernst. Placa de Cobre,... Surrealistas. Bomarzo (Alberto Ginastera) Colagem. Succession Arp, Meudon, França. Stephen Dalton. Vida Selvagem. Réquiem (György Ligeti) Fotografia da natureza de alta Pablo Picasso. Três Músicos. Óleo velocidade. Hinos (Karlheinz Stockhausen) sobre tela. Museu de Arte de Nova York. . Projetos Stimmung (Karlhainz integrais sobre diferentes Stockhausen) Paul Klee. A Máquina de Gorjear. culturas. Aquarela, bico de pena e e tinta Sinfonia de Três Orquestras 73 sobre papel. Museu de arte Robert Capa. Fotografia de (Elliot Carter) Moderna de Nova York. Guerra.

Georgia O’Keeffe. Abstração em Franco Fontana. Paisagens de Negro. Óleo sobre tela. Museu de cores abstratas. Arte de St. Louis. Pierre Verger. Fotografias do Pablo Picasso. Três Bailarinos. cotidiano e das culturas Óleo sobre tela. Galeria Tate, populares dos cinco continentes. Londres. Sebastião Salgado. Fotos Chaim Soutine, A Ave Morta. documentais – Projetos Gênesis Instituto de Arte de Chicago. e Êxodos.

Piet Mondrian, Composição em Vermelho, Azul e Amarelo. Coleção do Sr. e Sra. Armand P. Bartos, Nova York.

Salvador Dali, A Persistência da Memória. Óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova York.

Mx Beckmann, A Partida. Óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova York. Joan Miró, Pintura. Óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova York.

José Clemente Orozco. Vítimas (detalhe de um ciclo mural). Universidade de Guadalajara, México.

Paul Klee, Parque perto de Lu(cerna). Óleo e papel para impressão de jornais sobre aniagem. Fundação Paul Klee, Museu de Arte, Berna.

Max Ernst, Totem e Tabu. Coleção William N. Copley, Nova York.

Arshile Gorky, O Fígado é a Crista do Galo. Galeria de Arte Albright Knox, Buffalo.

Jackson Pollok, Um. Óleo e tinta esmaltada sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova York.

Jean Dubuffet, Le Metafysix. Coleção do Sr. e Sra. Arnold 74 Maremont, Winnetka, Illinois.

Willem de Kooning, Mulher II. Óleo sobre tela. Museu de Arte Moderna de Nova York.

Victor Vasarely. Vega. Coleção do artista.

Morris Louis. Véu Azul. Resina de acrílico sobre tela. Museu de Arte Fogg, Universidade de Harvard, Cambridge, Massachusetts.

Roy Lichtenstein, Garota ao Piano. Magna sobre tela. Coleção da família Harry N. Abrams, Nova York.

Helen Frankenthaler, Calçada Azul. Óleo sobre tela. Coleção do Dr. E Sra. Max Garber, Southfield, Michigan.

Ellsworth Kelly. Vermelho Azul Verde. Coleção de Sr. e Sra. Robert Rowan, Los Angeles. Frank Stella. Imperatriz da Índia. Pó metálico em emulsão de polímero sobre tela. Coleção Irving Blum, Los Angeles.

Richard Anuszkiewicz. Entrada para o Verde. Acrílico sobre tela. Coleção da Galeria Sidney Janis, Nova York.

Don Eddy, Sapatos Novos para H. Acrílico sobre tela.Museu de Arte de Cleveland.

Audrey Flack, Rainha. Acrílico sobre tela. Coleção particular.

William T. Williams. Batman. Acrílico sobre tela. Coleção do artista.

Susan Rothenberg, Mondrian. Óleo sobre tela. Galeria Willard, Nova York.

Boris Vallejo. Ilustrações de ficção científica e fantasia.

Frank Frazetta – Ilustrações de 75 ficção científica e fantasia.

Grafite: Os Gêmeos, Crânio, Kobra, Alex Hornesto (Onesto), Nina Pandolfo, Nunca, Binho Ribeiro.

Candido Portinari. Guerra e Paz. QUADRO-RESUMO COMPLEMENTAR: HISTÓRIA DO TEATRO

Pré-história Os homens pré-históricos usavam máscaras e fantasias de animais em rituais, para conseguir uma boa caçada.

VI – V A.C. Festivais anuais em consagração a Dionísio, Deus da alegria, do vinho, do entusiasmo e da fertilidade.

Thespis é considerado o primeiro ator do ocidente, representando Dionísio.

Théatron – Um ator ou grupo de atores interpretam uma história para um público em algum lugar.

Surgem às arenas, locais para encenação. .

Séc. V A.C Na Grécia antiga são criados dois gêneros de teatro, a comédia e a tragédia. Ésquilo, Sófocles e Eurípedes são considerados os autores mais famosos da tragédia grega. 76 Quiônides, Cratino, Crates, Eupólis e Aristófanes são autores famosos da comédia grega. São algumas obras de Aristófanes: Os Banqueteiros, Os Babilônios, Os Arcanianos, Os Cavaleiros, As Nuvens, As Vespas, A Paz, Os Passaros, Lisístrata, As Tesmofórias, As Rãs, Assembléia de Mulheres e Pluto.

Séc. III – I A.C. No teatro na Republica Romana constam os gêneros: Fábula Paliata, Fábula Togata, Fábula Praetexta. O teatro no império romano tem como gêneros: Mimo (Fábula Riciniata), Pantomima (Fábula Sáltica), Tragédias Baseadas nas tragédias gregas.

Séc. V – IX O teatro medieval contempla as vertentes, religiosa (dramas litúrgicos, mistérios, milagres, moralidades, autos), erudita (estudo dos clássicos nos mosteiros) e popular e profana (farsa, sottie, jograis, autos sacramentais).

Séc. X – XII Surge na França o Drama Litúrgico. O gênero do Jogral diverte e divulga histórias de conhecimento popular, romances, histórias de guerras, entre outros.

Séc. XII - XIV Jeu é a forma dramática com representações litúrgicas que dramatizam cenas bíblicas. Milagre é o gênero teatral que conta a vida de um santo. Séc. XIV - XVI Drama medieval religioso conta episódios da Bíblia e a vida dos santos. Paixão é o drama medieval inspirada nos Evangelhos, representando a Paixão de Cristo, encenação que perdura até os dias de hoje.

Moralidade é a obra medieval de inspiração religiosa e com intenção didática e moralizante.

Alegoria é a forma teatral com princípio ou ideia abstrata, como paz, morte, etc.

Séc XVI - XVIII Auto Sacramental – peças religiosas alegóricas representadas na Espanha e Portugal. Gil Vicente, Lope de Vega, Tirso de Molina, Calderóçn de la Barca são alguns dos grandes autores deste movimento.

Farsa é o gênero que intercalava mistérios medievais com alguns momentos de relaxamento e riso. O Pastelão e a Torta, A Farsa do Advogado Pathelin são algumas obras deste gênero.

Sottie é caracterizada por peças cômicas que atacam os poderosos e os costumes.

O Nô japonês é um gênero solene, criado por Zeami, com preceitos éticos e espirituais (derivados do budismo)

O teatro Commedia Dell’Arte

Artistas Mambembes

Se torna ao longo do século XVII a manifestação mais importante da Europa. Uso de máscaras e o uso de personagens fixos (Arlequim, Briguela, Colombina, Pantaleão, Capitão, Doutor e Enamorados) eram comuns. 77 Autores importantes – Carlo Goldoni (Itália), Moliére (França)

Teatro Renascentista - retomada dos clássicos latinos e gregos na Idade Moderna, Humanismo.

Teatro Elizabetano surge na Inglaterra e teve como maior expoente William Shakespeare, considerado por muitos o maior dramaturgo de todos os tempos.

As principais tragédias de Shakespeare foram: “Hamlet”, “Otelo”, “Henrique V”, “Rei Lear”, “Romeu e Julieta”, “Ricardo III”. As comédias mais conhecidas foram: “Sonhos de uma noite de verão”, “As alegres comadres de Windsor”, “A Comédia dos Erros”, “A Megera Domada”, “O Mercador de Veneza”.

Século de ouro na Espanha – O movimento teatral é muito forte e está associado ao imenso desenvolvimento econômico e artístico-cultural.

Lope de Vega (1562-1635) foi o principal escritor de peças do período e Calderón de La Barca (1600-1681) é o autor que atinge o ápice do drama espanhol barroco

No Japão, o teatro Kabuki, criado por mulheres no século XVII, inicialmente era uma dança narrativa.

O Kyogen, também japonês, era composto de pequenas peças cômicas realizadas nos intervalos das peças do Nô. Tom farsesco e de crítica social são comuns.

Neoclassicismo Francês retomava os temas dos mitos gregos e as formas da dramaturgia clássica. Pierre Corneille (1606-1684) e Jean Racine (1939-1699) foram seus principais autores. Séc. XIX Há o surgimento do drama burguês e também dos melodramas. Auge da ópera, misturando o canto, a música e a interpretação em encenações luxuosas.

O Realismo apresenta extensa produção de cunho moral e didático, mostrando o homem burguês com seus vícios e virtudes. Alexandre Dumas Filho e Henrik Ibsen são importates autores deste gênero. Casa de Bonecas, Um Inimigo do Povo e Hedda Gabler são algumas obra importantes deste movimento.

O Naturalismo é a busca pela imitação da realidade iniciada pelos realistas.

O francês Andre Antoine (1858-1943) e Constantin Stanislavski são os grandes nomes do movimento.

Simbolismo é o que mais traz inovações à encenação teatral.

Séc. XX - XXI... Teatro contemporâneo O teatro contemporâneo caracteriza-se justamente por não ser um teatro, mas vários teatros. Alguns nomes relevantes deste período

Constantin Stanislavski (1863-1939)

Vsevolod Meyerhold (1874-1940)

Gordon Craig (1872-1966) 78 Erwin Piscator (1893-1966) Berthold Brecht (1898-1956)

Antonin Artaud (1896-1948)

Jerzy Grotowski (1933- 1999)

Eugênio Barba 79