O Relatório Kruchev
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O Relatório Kruchev Konder: "Relatório Kruschev é fofoca" | Comunidade Josef ... comunidadestalin.blogspot.com/.../konder-relatorio-kruschev-e-fofoca.ht... 14 de nov de 2014 - há mais de um ano · http://revistacidadesol.blogspot.com.br/…/konder-relatorio-… Revista Cidade Sol: ". Stalin e culto à personalidade: o grande mito – Parte 2 | Iglu ... https://iglusubversivo.wordpress.com/.../stalin-e-culto-a-personalidade-o-... 13 de jul de 2012 - (NS Kruschev:Relatório para o Comitê Central, 20 o Congresso do PCUS , Fevereiro de 1956, Londres 1956, p. 80-81). Em seu “discurso Carlos Marighella: https://books.google.com.br/books?isbn=8571392625 Cristiane Nova, Jorge Nóvoa - 1999 - Brazil O RELATÓRIO KRUSCHEV: SUA REPERCUSSÃO SOBRE O PCB E A REAÇÃO DE MARIGHELLA A "estabilidade" alcançada pelos comunistas no Brasil A Coletivização da Terra na Urss - Estante Virtual www.estantevirtual.com.br/b/fabio-bettanin/...terra-na-urss/2924631285 Indice 1. O Relatório que Assombrou o Mundo - Luis Paulo Pilla Varres - 27/03/2006 – PTSUL 2. O Relatório Krushchev 60 anos – Paulo Timm Sul21 3. O Relatório Kruchev – Mario Sérgio Conti – .2016 4. Batalhas de memória no pós-guerra soviético: A controvérsia stalinista no relatório secreto de Nikita Khruschov - Chrystian Wilson Pereira 5. O “RELATÓRIO SECRETO” DE KRUSCHEV E O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCB): DESESTALINIZAÇÃO E CRISE - Frederico José Falcão 6.AS DENÚNCIAS SOBRE OS CRIMES DE STALIN - Antonio Paim 7. O Relatório Kruchev – Wikipedia 8. A crise do movimento comunista, de Fernando Claudín 9. A Coletivização da URSS 10. A Coletivização da Terra na URSS 11.Marxismo soviético 11.A Revolução Brasileira, de Caio Prado Jr. Por Paulo Marçaioli 12 - Um Partido de Massas - Antonio Gramsci 13. Gramsci y la izquierda en América Latina - Raúl Burgos 14 - O Gramsci que “conhecemos” e o que ele inspirou - Alberto Aggio 15.A DEMOCRACIA COMO VALOR UNIVERSAL -Carlos Nelson Coutinho 16. «TROTSKI (TROTSKY) - O PROFETA ARMADO - VOL. I , II, iIII da TRILOGIA - ISAAC DEUTSCHER 17-Considerações marxistas sobre as ``ilusões democráticas`` - Roberto Barros 18-O Projeto Revoluções é uma realização do Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, do SESC-SP e da Boitempo Editorial 19.A Esquerda do futuro: uma sociologia das emergências - Boaventura de Sousa Santos 20. É preciso tratar da democracia socialista Tarso Genro Anexo -O Relatório Krushcher – 24-25 fevereiro de 1956 * 1.O Relatório que Assombrou o Mundo http://www.pilla.vares.nom.br/2006/relatori.htm Luis Paulo Pilla Varres - 27/03/2006 - PTSUL Há exatos 50 anos ocorreu o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Nikita Kruschev era o secretário geral do PC e leu , na ocasião, um documento que se tornou célebre por ter abalado o mundo inteiro. O relatório era para ser secreto, restrito aos integrantes do comitê central do PCUS. Mas vazou e todos os órgãos da mídia internacional deram ampla divulgação ao documento que fazia uma revisão da política de Stálin na União Soviética com denúncia até então inimagináveis na época. As repercussões políticas foram imensa, não apenas na URSS, mas fora delas, principalmente nos Partidos Comunistas ocidentais que, de uma hora para outra, viram-se na urgência de revisar suas posições. Aí dois pólos: o Partido Comunista Italiano, que desde o fim da Segunda Guerra Mundial, baseado na linha política de Antonio Gramsci, construía sua política a partir da realidade italiana, e o Partido Comunista Francês que sempre se alinhou de forma incondicional aos soviéticos. Eram os dois mais importantes PCs do Ocidente. Mas o debate estava instalado e era impossível escapar dele. Os italianos mais independentes e melhor aparelhados teoricamente tornaram-se uma referência para a esquerda mundial. Os franceses, mais duros, perderam alguns de seus intelectuais mais expressivos. O pequeno, mas influente, PC inglês, também soube tirar proveito do sopro de liberdade que o Relatório de Kruschev gerou. No Brasil, o fato teve uma enorme repercussão, gerando a dissidência de Agildo Barata que era o segundo líder em importância no Partidão, apenas depois de Luis Carlos Prestes. Entretanto, o que os meios de comunicação, com raras exceções, nunca chegaram a mencionar na época é que muitos anos antes do célebre relatório, o líder revolucionário Leon Trotsky já havia feito o inventário do stalinismo com muito mais profundidade do que o Relatório de Kruschev. Em obras como "A Revolução Desfigurada", "A Revolução Traída", "Os Crimes de Stálin", Trotsky já havia feito a denúncia e analisado o surgimento de um novo regime político que ele chamaria de o "termidor soviético", uma negação dos princípios e propósitos da Revolução Socialista de 1917: um regime político, social e econômico que tinha como único fator ativo a camada burocrática detentora absoluta do poder. Anos depois, logo ao final da Segunda Guerra, um pequeno grupo da esquerda francesa, animado principalmente por Cornelius Castoriadis, criou a revista "Socialismo ou Barbárie", que iria ainda mais longe nas críticas à burocracia soviética, negando que esta era uma casta parasitária, como pensava Trotsky, mas sim era uma nova classe social que dirigia um tipo diferente de capitalismo, o "capitalismo burocrático total". A invasão da Hungria, em novembro de 1956, pelas tropas soviéticas que esmagaram a revolução dos conselhos operários, iria comprometer seriamente o Relatório de Kruschev, mas os efeitos deste foram fundamentais para a posterior evolução da esquerda mundial. Não podemos desprezar na história da esquerda brasileira este momento crucial do Século XX. Nós do PT, de certa forma somos também resultado do esfacelamento parcial do regime stalinista em 1956, quando se abriram as perspectivas para o surgimento vigoroso de uma nova esquerda em escala internacional. ___________________________________________________ O RELATÓRIO KRUSCHEV: 60 ANOS Paulo Timm - Porto Alegre - 25 fevereiro 2016 Íntegra deste artigo em http://www.paulotimm.com.br/site/downloads/lib/pastaup/Obras%20do%20Tim m/160225031317RELATORIO_KRUSHCHEV.pdf À memória de Luiz Paulo Pilla Vares, combativo jornalista portoalegrense que nos abriu os olhos para o marxismo crítico. * “a exigência de abandonar as ilusões sobre sua condição é a exigência de abandonar uma condição que necessita de ilusões” (Karl Marx - 1844, em Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel) “A força do Estado totalitário é tão grande que deixou de ser um meio, convertendo-se em objeto de admiração e êxtase místico , religioso.” Vassili Grossman in “Vida e Destino”, pg226 “À minha frente estava o fim previsível de um caminho , um desastre de ressonâncias apocalípticas, mas , sobretudo, a ruína de uma casa, de uma cidade inteira, mas, sob de sonhos e vidas. (...) O pior era saber que, de alguma forma, o desaparecimento de Iván era também o do meu mundo e de tanta gente que partilhou nosso espaço e nosso tempo. (...) Porque o papel de Iván é ode representar a massa , a multidão condenada ano anonimato, e seu personagem funciona também como metáfora de uma geração e como o prosaico resultado de uma derrota histórica. (...) Cansaço histórico ou utopia pervertida?” L. Padura (ultimas palavras- pg. 583-4 – Mantilla, Cuba) , in “O Homem que amava cachorros”. “Estaline é demasiado rude e este defeito, que pode ser tolerada livremente em nosso meio e nos contatos entre nós, comunistas, se torna um vício que não pode ser tolerado em um exercício do cargo de Secretário-Geral. Devido a isso, proponho que os camaradas considerem o método pelo qual Stalin seria retirado esta posição e por outro homem, que seria escolhido para ele, um homem que, acima de tudo, que difira de Stalin, em apenas uma qualidade, ou seja, maior tolerância, maior lealdade, maior gentileza e atitude, mais atencioso para com os camaradas, um temperamento menos caprichosa, etc” (V.I.Lênin – Testamento Político , transcrito no Relatório Krushchev -1956) “Viva o maior gênio da humanidade, o Mestre, o Chefe que nos conduziu vitoriosamente para o comunismo , nosso querido Stalin” Nikita Krushchev , ao término de discurso em março de 1939 – apud J.Semprum in “Um belo domingo” , Ed. Nova Fronteira, 1980 – apud Carlos IS. Azambuja em “As denúncias sobre os crimes de Stalin” – 09 .03.2006 Indice Introdução 1. Os três momentos da consciência crítica no Brasil: Ilustração aristocrática – Classes Médias – Mov.Populares 2. O Relatório Krushchev – 1956 3. Stalinismo x Anti-stalinismo: O desafio * Introdução Para o conjunto das forças populares, coloca-se assim uma tarefa de amplo alcance: a luta para inverter essa tendência elitista ou “prussiana" da política brasileira e para eliminar suas conseqüências nas várias esferas do ser social brasileiro. Carlos Nelson Coutinho in A democracia como valor universal. Estivesse vivo, Luiz Paulo Pilla Vares, jornalista, ativo militante comunista, crítico incansável do estalinismo, teria iniciado assim sua crônica do dia: “Há exatos 60 anos ocorreu o 20º. Congresso do Partido Comunista da União Soviética. Nikita Krushchev era o Secretário Geral do PC e leu, na ocasião, um documento que se tornou célebre por ter abalado o mundo inteiro” Assim fez , quando o que viria a ser denominado Relatório Krushchev celebrou seu cinquentenário. Há dez justos anos: “Nós do PT, de certa forma somos também resultado do esfacelamento parcial do regime stalinista em 1956, quando se abriram as perspectivas para o surgimento vigoroso de uma nova esquerda em escala internacional”. Luis Paulo Pilla Varres – in O Relatório que Assombrou o Mundo - http://www.pilla.vares.nom.br/2006/relatori.htm - 27/03/2006 Relembro-o e o homenageio com este pequeno estudo sobre o Stalinismo. A denúncia dos crimes de Stalin não era inédita. Já tinha história. A grande cisão da social democracia europeia no início do século XX já prenunciava uma contestação severa ao modelo da revolução bolchevique, a qual, entretanto, acabaria se impondo depois de 1917 como o verdadeiro caminho da esquerda revolucionária. Mas logo abriria suas próprias fendas ideológicas. O Relatório Kruschev, de 1956, as revelaria.