O lendário maestro britânico Leopold Stokowski • Editor’s choice: os melhores CDs

u agosto 2017

Guia mensal de música clássica www.concerto.com.br

João Marcos Coelho András Schiff

Jorge Coli M. Croche, o antidiletante

Júlio Medaglia 50 anos do CoralUSP

REPERTÓRIO Tristão e Isolda, de Wagner

FERMATA Meneses e Mechetti: 2 vezes 60 anos joão o maestro Ícone da música clássica nacional, João Carlos Martins ganha filme sobre a sua trajetória e cria projeto de difusão de orquestras

ISSN 1413-2052 - ANO XXII - Nº 241 r$ 16,90

ÓPERA festival veRmelhos Paulo Zuben, diretor da Santa Marcelina, Programação reúne destacados fala dos planos para o Theatro São Pedro conjuntos e solistas em Ilhabela

u EDITORIAL

Prezado leitor, João Carlos Martins, que há cinquenta anos arrebatava plateias no mundo inteiro como um dos maiores pianistas de seu tempo, é hoje reconhecido como “o maestro”, ícone da música clássica brasileira. No mês em que terá um filme de longa-metragem sobre sua vida lançado em circuito nacional – “João, o maestro” –, João Carlos Martins está na capa da Revista CONCERTO. A jornalista Camila Frésca refaz a trajetória desse artista singular, de suas conquistas internacionais a seu novo projeto de criação de orquestras pelo país (página 20). Paulo Zuben, diretor da Santa Marcelina Cultura, é o entrevistado desta edição da Revista CONCERTO (página 14). Compositor formado pela USP, Zuben transformou-se nos últimos anos em um de nossos principais gestores culturais, participando de perto das discussões em torno da missão, da função e da sustentabilidade da atividade musical Foto: revista concerto / anthony kunze clássica hoje. Na conversa com João Luiz Sampaio, Paulo Zuben fala, entre outros assuntos, dos projetos e dos desafios do Theatro São Pedro, recentemente incorporado COLABORARAM NESTA EDIÇÃO à Santa Marcelina Cultura, que estreia um programa duplo com o balé Pulcinella, de Stravinsky, e a ópera Arlecchino, de Busoni. Camila Frésca, jornalista e pesquisadora Irineu Franco Perpetuo, jornalista Acontece neste mês a terceira edição do Festival Vermelhos, em Ilhabela, em São e crítico musical Brasil Musical Paulo ( , página 16). Entre os dias 4 e 13 de agosto, o Centro Cultural João Luiz Sampaio, jornalista Baía dos Vermelhos, localizado em um cenário paradisíaco do litoral paulista, receberá e crítico musical grupos e artistas de alto nível, como São Paulo Companhia de Dança, Cristian Budu, João Marcos Coelho, jornalista Fabio Zanon, Ricardo Castro, , Orquestra Sinfônica Municipal, e crítico musical Antonio Meneses e muitos outros. Jorge Coli, professor e crítico musical Como em todos os meses, publicamos a seção especial Gramophone, com uma Júlio Medaglia, maestro seleção de textos da prestigiosa revista britânica: na página 26, um recorte da vida e obra do famoso maestro Leopold Stokowski; os principais lançamentos de CDs e DVDs do mercado internacional (página 51); e a crítica da Gramophone para o novo álbum da Osesp, que contém as Sinfonias nº 8, nº 9 e nº 11 de Villa-Lobos (página 7). memória musical Há 20 anos na Revista CONCERTO Leia ainda nesta edição as seções Fermata, que festeja o aniversário duplo do maestro Fabio Mechetti e do violoncelista Antonio Meneses (página 56), e Repertório, Em Conversa: Hans-Joachim Koellreutter, que trata da ópera Tristão e Isolda, de Wagner, cujo segundo ato será apresentado neste compositor mês pela Osesp (página 30). E não deixe de ler os artigos de nossos colunistas João “Eu nunca me considerei um mestre. Como eu também não considero o que eu faço Marcos Coelho (que escreve sobre András Schiff e seus repertórios – Schiff apresenta- composições. Composições são trabalhos -se no Brasil neste mês), Jorge Coli (que rememora o irreverente M. Croche) e Júlio concluídos, prontos. Eu faço ensaios. Tudo Medaglia (sobre os 50 anos do CoralUSP). o que eu faço está sempre em aberto. A minha prática muda permanentemente, Consulte o Roteiro Musical ilustrado da Revista CONCERTO (a partir da página embora eu seja sempre o mesmo. O mestre 31), com ótimas sugestões musicais por todo Brasil. Além das programações regulares tem a tendência a missionar. Eu discordo. das principais orquestras do país (com a nova temporada da Amazonas Filarmônica), Eu sempre acho que o debate é mais apresentam-se, em São Paulo, os cantores Javier Camarena e Pretty Yende pela série importante que a solução do debate. E a do Mozarteum Brasileiro, e a Orquestra das Américas (com Nadja Salerno-Sonnenberg) beleza é justamente que a diversificação das nossas ideias é aquilo que nos une”. e o já mencionado András Schiff na temporada da Cultura Artística. A Mostra Sesi de música erudita promove uma extensa agenda de concertos em diversas cidades Repertório: Otello, de Verdi, do estado. No Rio de Janeiro, paralelamente à sempre dinâmica programação da Sala por Lauro Machado Coelho Cecília Meireles (este mês haverá recitais de Paulo Szot e Fernando Portari), acontece “Musicalmente, o Otello é o ponto a estreia de nova edição do projeto Musica Brasilis e o Theatro Municipal encena culminante de uma evolução técnica e estilística que leva ao apogeu todas Carmen na adaptação de Peter Brook. No norte, em Belém do Pará, A voz humana, as convenções operísticas herdadas do de Poulenc, abre a 16ª edição do Festival de Ópera do Theatro da Paz. E no sul, a Romantismo (sem que esses clichês, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre apresenta uma nova produção de porém, sejam usados como meras Don Giovanni, de Mozart. formas fixas pois aqui eles decorrem das necessidades íntimas do drama” Escolha o seu programa e participe da temporada musical (A ópera foi apresentada pelo Theatro de sua cidade. Desejamos a todos um ótimo CONCERTO! Municipal de São Paulo)

Roteiro musical de agosto de 1997 • Orquestra Sinfônica de Birmingham toca com Simon Rattle no Teatro Cultura Artística • Zubin Mehta rege a Orquestra Filarmônica de Israel no Theatro Municipal de São Paulo Nelson Rubens Kunze • Festival Música Nova comemora 35 anos diretor-editor em Santos

2 Agosto 2017 CONCERTO

u ÍNDICE @RevistaConcerto ConcertoRevista concerto.com.br

u agosto 2017 nº 241

20 2 Editorial

4 Cartas

6 Contraponto As notícias do mundo musical

10 Atrás da Pauta Os 50 anos do CoralUSP, por Júlio Medaglia

12 Notas Soltas 14 Debussy e o jornalismo musical, por Jorge Coli

14 Em Conversa Paulo Zuben fala dos planos da Santa Marcelina Cultura para o Theatro São Pedro, por João Luiz Sampaio

16 Brasil Musical Festival Vermelhos reúne grandes grupos e solistas no litoral de São Paulo 16 52 20 Capa A trajetória do maestro João Carlos Martins, tema de novo filme, por Camila Frésca

24 Música Viva João Marcos Coelho escreve sobre o pianista András Schiff

30 Repertório Música, drama e filosofia no Tristão e Isolda, de Wagner

31 Abertura Roteiro Musical Destaques da programação musical no Brasil

32 Roteiro Musical São Paulo 30 26 40 Roteiro Musical Rio de Janeiro

44 Roteiro Musical Brasil

52 Lançamentos de CDs e DVDs Consulte os novos lançamentos e os títulos à venda Uma seleção exclusiva do melhor da revista Gramophone 54 Outros Eventos

26 Ícones 55 Classificados O maestro Leopold Stokowski 56 Fermata 51 Editor’s Choice Fabio Mechetti e Antonio Meneses completam 60 anos juntos, Os melhores lançamentos do mês no palco

Agosto 2017 CONCERTO 3 u CARTAS

Henrique Oswald Românticos Escrevo-lhes para uma retificação importante Muito oportuna a reportagem de capa da edição Clássicos Editorial Ltda. na reportagem “O renascimento do romantismo de julho da Revista CONCERTO, sobre obras Nelson Rubens Kunze (diretor) brasileiro”, publicada pela Revista CONCERTO do período romântico. Na minha busca por Cornelia Rosenthal na edição do mês de julho de 2017. A repertório brasileiro para a formação de coro Mirian Maruyama Croce reportagem aborda as recentes iniciativas que feminino encontrei várias pérolas desse período. trazem um novo olhar sobre o romantismo Coincidentemente, o Collegium Cantorum, coro musical brasileiro. Por esse motivo, concedi à feminino sob minha direção, está gravando repórter Camila Frésca uma entrevista sobre um CD registrando obras dos compositores o Concerto para e orquestra op.10, de mencionados no artigo. Até agora não tenho Henrique Oswald, obra que tenho interpretado encontrado registro gravado dessas obras. É um recentemente com algumas orquestras privilégio trazê-las à luz, interpretar e divulgar brasileiras. Na conversa, feita por telefone, esse rico repertório. Aproveito também para Guia mensal de música clássica fui perguntado se esse concerto já havia sido anunciar que no dia 9 de agosto apresentaremos www.concerto.com.br feito no Brasil. A minha resposta foi afirmativa, o programa em Curitiba. explicando que a referida obra havia sido Helma Haller, maestrina, por e-mail AGOSTO 2017 executada pelo pianista e Prof. Dr. José Eduardo Ano XXII – Número 241 Martins há vários anos. Mencionei, também, Periodicidade mensal – ISSN 1413-2052 a ótima gravação do mesmo, em versão para Melodia Mortal Redação e Publicidade quinteto de cordas, realizada pelo Prof. Martins Rua João Álvares Soares, 1.404 e o Quinteto Rubio. Queremos agradecer os elogiosos comentários 04609-003 São Paulo, SP A partitura disponível para a versão piano e de Jorge Coli ao nosso livro “Melodia Mortal”. Tel. (11) 3539-0045 – Fax (11) 3539-0046 orquestra nos arquivos públicos deste concerto Em relação às incorreções por ele apontadas, e e-mail: [email protected] de Henrique Oswald contém erros e problemas: que comprovam quão cuidadosa foi sua leitura, diretor-editor notas dúbias ou erradas, rabiscos na partitura, gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos. Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) notas ilegíveis, borradas pelo tempo, escrita Em relação a Basil Rathbone, tratou-se editor executivo diminuta, correções e anotações que carecem de efetivamente de uma licença poética. Já Sartor João Luiz Sampaio autenticidade autoral. Portanto, quando me referi Redartus e Cenerontola foram falhas de revisão coordenação editorial aos mais de 100 erros que encontrei, ficou claro que, prometemos, serão corrigidas se algum dia Cornelia Rosenthal que o foco foi a edição da Hyperion, comparada o livro tiver uma segunda edição. coordenação de produção Vanessa Solis da Silva com os manuscritos públicos. Sabemos que Pedro Bandeira e Guido Levi, por e-mail revisão Thais Rimkus erros são comuns e corriqueiros na pesquisa editoração e produção gráfica acadêmica com manuscritos. Mesmo em edições Lume Artes Gráficas / Guilherme Lukesic revisadas dos grandes mestres constatamos Canto Coral execução financeira tais problemas. O mito de “edições originais” Mirian Maruyama Croce Gostaria de parabenizá-los pela matéria de sem erros colabora para a crença de que as apoio de produção capa da edição de junho da Revista CONCERTO, partituras são imaculadas, mas, de fato, não Priscila Martins, Vânia Ferreira Monteiro o são. Agradecemos publicamente à Hyperion sobre Canto Coral. Eu, como regente coral, acho qualquer iniciativa em prol desta formação atendimento ao assinante e sua louvável atitude de editar e gravar Tel. (11) 3539-0048 uma obra brasileira para piano e orquestra. e de sua difusão bem-vinda e louvável. No Mas, constatamos que mesmo esta edição, entanto, a falta de profissionalização do Datas e programações de concertos são responsável por um novo impulso na obra de canto coral é ao meu ver um desafio. É óbvio fornecidas pelas próprias entidades promotoras, que o trabalho do canto coral amador é de não nos cabendo responsabilidade por alterações Oswald, carece de uma revisão. e/ou incorreções de informações. Minha declaração de que “esse concerto foi grande importância, seja pela aproximação da população com a música, seja pelos benefícios Inserções de eventos são gratuitas e devem ser tocado há muitos anos por José Eduardo Martins, enviadas à redação até o dia 10 do mês anterior mas usando o manuscrito, que tem muitos cientificamente comprovados que a música ao da edição, por fax (11) 3539-0046 ou e-mail: erros”, não se refere à parte do piano mas traz a quem a pratica. Porém, o trabalho [email protected]. sim à parte da orquestra. A parte pianística é profissional, seja para levar à população um exatamente a mesma nas versões camerísticas, robusto repertório coral bem executado, seja Artigos assinados são de respon­sa­bi­li­dade de para absorver os novos profissionais que se seus autores e não refletem, neces­sariamente, dois e orquestral e certamente foi a opinião da redação. interpretada corretamente pelo prof. Martins. formam, é algo necessário e perfeitamente factível financeiramente quando houver boa Venho aqui declarar que tenho profundo Todos os direitos reservados. respeito e grande admiração pelo trabalho do vontade de fomentar essa prática. Proibida a reprodução por qualquer meio Prof. Dr. José Eduardo Martins. Seu trabalho é Diego Muniz, maestro, por e-mail sem a prévia autorização. uma notória referência, essencial para qualquer estudo acadêmico ou interpretativo da obra de Henrique Oswald. Não tive absolutamente ue-mail: [email protected] nenhuma intenção de fazer qualquer critica Todos os textos e as fotos publicados na seção Gramophone são de propriedade e copyright de negativa ao seu pioneiro e respeitadíssimo Cartas para esta seção devem ser remetidas por e-mail: [email protected], fax (11) 3539-0046 Mark Allen Group, Grã-Bretanha. trabalho acadêmico e musical. ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP www.gramophone.co.uk Nahim Marun, pianista, por e-mail 04609-003, São Paulo, SP), com nome e telefone. (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos Distribuição em Bancas e Redes de Livrarias [Leia esclarecimento de José Eduardo Martins o direito de editar as cartas.) Total Publicações (Grupo Abril) na página 8.] Edicase Gestão de Negócios www.edicase.com.br

Site e Revista CONCERTO A boa música mais perto de você A Revista CONCERTO continua aqui: www.concerto.com.br CTP, impressão e acabamento Prol Editora Gráfica Ltda. 4 Agosto 2017 CONCERTO u CONTRAPONTO Notícias do mundo musical

Teatro Amazonas lança Almeida Prado recebe homenagem destacada temporada O Complexo Júlio Prestes, que abriga a Sala São Paulo, inaugurou, em julho, a Em 2017, a Amazonas Filarmônica completa 20 çã o Sala Almeida Prado, que homenageia anos; a Orquestra de Câmara do Amazonas, 15; e a um dos principais compositores di vu lga Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica, brasileiros do século XX. O espaço será 10. E a temporada 2017/2018 da Série Guaraná, pro- utilizado para palestras e eventos, sendo move celebrações com uma grande programação, que o endereço oficial do Falando de Música, vai do barroco ao contemporâneo, com obras impor- série de palestras que antecedem os tantes e solistas de renome, que confirmam o Teatro concertos da Orquestra Sinfônica do Amazonas, que tem direção artística do maestro Luiz Estado de São Paulo. Com a inauguração Fernando Malheiro, como um dos principais polos da desta sala, o compositor se junta a um atividade musical brasileira. grupo de importantes nomes da música A programação sinfônica e concertante tem como clássica brasileira, que também foram destaque peças que são pilares do repertório. É o caso, homenageados em outros espaços do por exemplo, da Sinfonia nº 10, de Shostakovich, que complexo, como Villa-Lobos, Camargo será apresentada ao lado do Concerto para violino, de Guarnieri e Carlos Gomes. Tchaikovsky, com solos de Leonardo Jaffé. A Rapsódia sobre um tema de Paganini, de Rachmaninov será interpretada pelo pianista Lucas Vondrácek, vencedor do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica em 2016. Também estão presentes peças como a Sinfonia nº 5, de Beethoven, com regência de Luiz Fernando Malheiro, a Sinfonia nº 5, de uçã o reprod Nielsen, com Otávio Simões, e a Sinfonia nº 1, de Brahms, que Malheiro rege em um programa ao lado da Rapsódia para contralto, com solo de Denise de Freitas. A música vocal é outro foco importante da temporada, com peças como as Folk songs, de Luciano Berio, com a soprano Isabelle Sabrié, o Réquiem de guerra, de Britten, com Malheiro à frente da orquestra, do Coral do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, do Coral do Amazonas, da soprano Daniella Carvalho, do tenor Daniel Umbelino e do barítono Homero Velho, e a Sinfonia nº 3, de Mahler, com a contralto Kismara Pessatti. A ópera também está representada. Malheiro rege a filarmônica em uma versão em concerto da ópera La traviata, de Verdi, com os cantores vencedores do Concurso Lírico Riccardo Zandonai, da Itália, e do Concurso Maria Callas, de São Paulo. Marcelo de Jesus rege a Orquestra Experimental do Amazonas em trechos de A flauta mágica, de Mozart. A Orquestra de Câmara do Amazonas, dirigida por Marcelo de Jesus, também faz importante Sinfônica do Espírito repertório, com destaque para compositores nacionais: estão previstas obras de autores como Clau- Santo divulga agenda dio Santoro, Villa-Lobos e Alexandre Guerra, além da estreia mundial de uma obra de Edmundo Villani-Côrtes e o Concerto para jazz trio e orquestra de cordas, de André Mehmari. do segundo semestre Neste mês de agosto haverá sete concertos (dias 8, 10, 15, 17, 24, 29 e 31). Entre os desta- A Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito ques, além do citado acima com a Sinfonia nº 10 de Shostakovitch (dia 17), está o concerto da Santo fará cinquenta concertos no segundo Amazonas Filarmônica com um programa brasileiro (dia 10, com Marcelo de Jesus) e, no dia 31, semestre, abordando tanto o repertório a Sinfonia, de César Franck, com o regente convidado Bruno Nascimento. tradicional quanto a música popular. As apresentações vão acontecer no Teatro Carlos Gomes e em escolas, parques e praças de Vitória e região, regidas pelos maestros TV Cultura Helder Trefzger, diretor artístico e regente titular, Leonardo David, seu adjunto, e o Rádio e TV Cultura Em agosto, o programa “Clássicos” destaca convidado Guilherme Mannis, diretor da Confira os destaques da programação os concertos gravados no Theatro Munici- Orquestra Sinfônica de Sergipe. pal de São Paulo. Entre o repertório a ser apresentado, há Rádio Cultura FM Dia 5: Fidelio, de Beethoven (OSM / concertos importantes, como o Concerto João Carlos Martins ). para violino de Mendelssohn; a Rhapsody [Dia 5 de agosto, sábado, às 10h. Reapre- Dia 12: Mozart e Grieg (OSM / Roberto in blue, de Gerswhin, com solos de Paula sentação terça-feira 8 de agosto, às 21h] Minczuk) Gálama; o Concerto para piano de Grieg, Homenagem ao pianista Sviatoslav Richter. Dia 19: A danação de Fausto, de Berlioz com o pianista André Signorelli; e o Concerto Fim de Tarde com o maestro Júlio Medaglia (OSM / Roberto Minczuk e Neiva, Bene- nº 1 para piano e orquestra de Tchaikovsky, [De segunda a sexta-feira, às 17h00]. detti, Mandarino e Javan) que será interpretado por Aleyson Scopel. Super 8 Dia 26: Gomes, Oswald e Levy (OER / Em suas apresentações em escolas e para [Dia 19 de agosto, sábado, às 20h00. Jamil Maluf e Nahim Marun, piano) famílias, a sinfônica também preparou um Reapresentação, 21 de agosto, às 21h00] Aos domingos, ao meio-dia, a TV Cultura repertório formado por trechos de algumas Por ocasião dos 40 nos da Cultura FM, o apresenta as eliminatórias 6, 7, 8 e 9 do das principais obras do repertório. E o diálogo programa apresenta trilhas de grandes Prelúdio 2017. Apresentação de Júlio com a música popular se dá com a evocação filmes de 1977. Medaglia e Roberta Martinelli. do ticumbi, manifestação regional capixaba, em uma série de concertos.

6 Agosto 2017 CONCERTO Gramophone publica crítica de CD da Osesp

A revista britânica Gramophone publica em sua edição de abertura de filme de agosto um comentário de Andrew Farach-Colton sobre o CD da Hollywood, a música dá Osesp, regida por Karabtchevsky, que contém as Sinfonias nº 8, uma guinada, do apai- 9 e 11 de Villa-Lobos. Leia a crítica a seguir: xonado ao suspense, e termina com uma nota “Essas sinfonias, compostas entre 1950 e 1955, são fasci- intrigante e ambígua. nantemente paradoxais. Todas têm uma orquestração luxurian- A Décima primeira foi te e pululam de atividade; contudo, a maior parte do material escrita para o 75º ani- musical é conciso, construído antes com motivos breves do que versário da Sinfônica com o tipo de melodia expansiva, de inflexões folclóricas, que de Boston, e a Oitava se ouve nos Chôros, da década de 1920, e nas Bachianas bra- e a Nona foram com- sileiras, dos anos 1930 e início dos 1940 – obras que permane- postas para a Orquestra cem as mais populares de Villa-Lobos. Aqui e ali, uma melodia de Filadélfia. Para uma ampla vai se desenrolar. O movimento lento da Oitava sinfonia, amostra do tipo de vir- por exemplo, é dominado por um tema lindo, saudoso, tocado tuosismo que essas partituras requerem, ouça os minutos finais inicialmente pelos violoncelos. Curioso, também, é como essa da Oitava (começando em 4’58”). A Sinfônica de São Paulo en- concisão nos leva a esperar certa clareza arquitetônica, ainda frenta os muitos desafios de forma admirável – aquela corrida que as estruturas que Villa-Lobos efetivamente cria raramente si- louca no final da Oitava é conduzida com finesse notável – e, gam formas tradicionais. Às vezes, na verdade, é difícil discernir diferentemente da realização rival, para a CPO, com Carl St qualquer forma. Transições podem ser bruscas ou inexistentes, Clair, o andamento seguro de Isaac Karabtchevsky transmite um e diversos movimentos terminam de forma abrupta. entendimento mais profundo das partituras. Ele também tem a Apesar dessas várias peculiaridades e incongruências, a mú- orquestra tocando com afinação melhor que a de St Clair, o que sica proporciona uma miríade de recompensas. Há um sentido faz uma diferença enorme em música de sombreados tão finos de drama que eu acho distinta e atraentemente cinematográfico como esse. Um lançamento essencial.” em sua evocação de estado de espírito e atmosfera. Pegue o mo- vimento de abertura da Décima primeira sinfonia, por exem- [Villa-Lobos Symphonies – no 8, no 9, no 11 / São Paulo Symphony plo: depois de fanfarras empolgadas, que funcionam como uma Orchestra/Isaac Karabtchevsky / Naxos M 8 573777 (74’ • DDD)]

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SEXTA • 25 DE AGOSTO • 14H Genia Kühmeier – soprano, Mark Padmore – tenor Florian Boesch – barítono, Rundfunkchor Berlin Sir Simon Rattle – regente Ein kleines symphonisches Gedicht – für Wolfgang, de Georg F. Haas (estreia, encomenda da Fundação Filarmônica de Berlim) A criação, de Haydn

©MONIKA RITTERSHAUS / BERLIN PHIL MEDIA u CONTRAPONTO Notícias do mundo musical

José Eduardo Martins e os Sergio Roberto de Oliveira (1970-2017) Morreu no último dia 19 de julho o compositor e produtor musi- manuscritos de Henrique Oswald cal Sergio Roberto de Oliveira, que desde o ano passado lutava contra um câncer no pâncreas. Aos 46 anos, ele era um dos mais A matéria de capa da edição de julho da Revista CONCERTO (nº 240) gerou ativos profissionais da cena carioca. Além de seu trabalho como objeções entre especialistas da área. Redigida pela jornalista e pesquisadora autor, fundou, em 1998, A Casa Discos, gravadora especializada Camila Frésca, a reportagem cita o pianista Nahim Marun, que teria dito que o em música erudita contemporânea, pela qual foram lançados Concerto para piano de Henrique Oswald havia sido tocado pelo pianista José mais de 30 CDs. Oliveira foi indicado duas vezes ao Grammy Eduardo Martins há muitos anos, “mas usando o manuscrito, que tem muitos Latino e pertencia ao Prelúdio 21, um coletivo de autores dedi- erros”. Após manifestação de José Eduardo Martins, Nahim Marun enviou carta cado à promoção da música contemporânea. Também escreveu à Revista CONCERTO em que afirma que houve um mal-entendido, já que ele música para cinema: lançou em 2014 o curta Ao mar, e compôs a se referira à parte orquestral da versão com orquestra e não à versão para trilha para os filmes Alla Prima e A dívida, sendo indicado com o quinteto de cordas, gravada por Martins (leia carta na página 4). Leia abaixo último no Festival de Cinema de Madri na categoria “Melhor Mú- os esclarecimentos de José Eduardo Martins enviados à Revista CONCERTO: sica para filme” e no International Filmmaker Festival of World “A caminho dos 80 anos e estando a realizar a atividade musical Cinema de Milão na categoria “Melhor Trilha Sonora”. intensamente, tendo, ao longo da carreira, gravado e lançado 23 CDs no Exterior, sob as mais perfeitas condições possíveis, repertoriando compositores Orquestra Criança Cidadã lança concurso dentre os mais notáveis da história, do barroco à contemporaneidade, ter A Orquestra Criança Cidadã, projeto social ligado à formação entre meus livros os publicados pelas Universidades Sorbonne e Coimbra, de músicos, realiza este ano o I Concurso de Jovens Solistas. O surpreendeu-me segmento da matéria na edição de julho da prestigiosa certame, que oferecerá prêmios para músicos de 15 a 21 anos, CONCERTO sob o título “O renascimento do romantismo brasileiro” (pgs.17- homenageará o compositor, arranjador e maestro Clóvis Pereira. 18). Tratava-se do Concerto para piano e orquestra op. 10 do compositor As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de outubro pelo site romântico Henrique Oswald, um de meus eleitos. orquestracriancacidada.org.br/concurso; a etapa final será reali- Palavras atribuídas ao pianista Nahim Marum, no depoimento concedido zada nos dias 29 e 30 de novembro e o concerto de premiação, à colunista Camila Frésca, trazem uma série de equívocos, mormente na no dia 1º de dezembro. menção a erros no manuscrito por mim utilizado. Preparara direito de resposta quando recebo telefonema esclarecedor do pianista e posterior retificação através da cópia de sua “Carta aberta aos leitores da Revista Concerto”, Jerzy Milewski (1946-2017) publicada igualmente no presente número da CONCERTO. Ao leitor, à guisa Faleceu no dia 23 de junho, em Curitiba, o violinista Jerzy Milewski, de informação, diria que Henrique Oswald redigiu ao menos seis manuscritos aos 70 anos, vitimado por um câncer no sistema digestivo. Polo- do Concerto, para várias configurações, sempre a manter a parte do piano nês de Varsóvia, Jerzy conheceu, em 1968, a pianista brasileira basicamente inalterada. Gravei o Concerto na Bélgica com o consagrado Aleida Schweitzer, com quem se casou, vindo a morar no Bra- quarteto belga Rubio acrescido de um contrabaixo (CD lançado no Brasil sob a sil. Naturalizou-se brasileiro em 1972. Durante quatro anos, de égide da Revista CONCERTO em coprodução com a Universidade de São Paulo 1973 a 1977, foi spalla da Orquestra Sinfônica Brasileira. Com e a VZW De Verenigde Cultuurfabrieken / De Rode Pomp, Bélgica, 2002) e o grande interesse pela música brasileira e popular, Jerzy tocou manuscrito autógrafo utilizado pertence-me, pois me foi presenteado pela e gravou com importantes instrumentistas e compositores do neta do compositor, Maria Izabel Oswald Monteiro, que o recebeu, por sua país, dedicando grande parte de sua vida à pesquisa das obras vez, da pianista Honorina Silva, que estudou com o compositor e dele ganhou dos compositores do Brasil. Criador de concertos didáticos, Jerzy o manuscrito autógrafo encadernado (119 páginas). Não há uma só rasura, ensinava música em escolas, universidades e principalmente às o que evidencia certezas plenas por parte de Oswald. Em meu blog de 29 de crianças das comunidades do Rio de Janeiro. O violinista e sua julho pormenorizo o histórico (http://blog.joseeduardomartins.com). mulher Aleida Schweitzer também formaram o Duo Milewski, Aprofundo-me na obra de Henrique Oswald desde 1978, mercê do apoio para a apresentação de um vasto repertório que ia de autores da incondicional da família do compositor durante décadas, rigorosamente sem música clássica, como Mozart e Brahms, até o chorinho. quaisquer outros interesses. Corroborando o exposto: cinco LPs gravados no Brasil e três CDs gravados na Bélgica (o quarto, em edição, previsto para Série Sextas Musicais completa 30 anos 2018-2019), livro (Edusp, 1995), dois trabalhos acadêmicos junto a USP (tese A Casa Thomas Jefferson, em Brasília, comemora em agosto os de doutorado em 1988 e provas para professor titular em 1992), edições de 30 anos da série Sextas Musicais, com diversas apresentações. partituras em 1982 e 2002, artigos acadêmicos e inúmeros recitais, mormente No dia 4, toca o duo formado pelo pianista Marcelo Gama e o no Exterior. Apraz-me saber que, a partir de minha tese pioneira, mais de uma violinista Andreas Kunz; no dia 9, a Camerata Filarmônica de dezena escritas por estudiosos do compositor foram defendidas no Brasil e no Goiás; no dia 11, a atração é o recital de piano a quatro mãos Exterior, tendo eu integrado júris nessas duas condições. Finalizando, diria que com Diego Munhoz e Renata Bittencourt; outro duo, agora de jamais neguei quaisquer aconselhamentos sobre Henrique Oswald a todos os saxofone (Paula van Goes) e piano (Maria Di Cavalcanti) toca no que me têm consultado ao longo das décadas.” dia 18; e, encerrando as comemorações, no dia 25, o pianista Luiz Blumenschein realiza recital solo.

Joaquim Paulo do Espírito Santo (1952-2017) Morreu em junho o pianista Joaquim Paulo do Espírito Santo, correpetidor de larga experiência, que trabalhou nos principais teatros do país e ajudou a formar gerações de cantores líricos. Detalhe da primeira página Aluno de e Magda Tagliaferro, estudou nos do manuscrito autógrafo Estados Unidos e na Alemanha, antes de retornar ao Brasil, onde do Concerto para piano, foi maestro preparador de elencos no Theatro Municipal de São de Henrique Oswald, na Paulo. Nos últimos anos, vinha se dedicando à formatação, ao versão para quinteto de lado de Carlos Mader, de uma orquestra de pessoas com Síndro- cordas, propriedade de me de Down.

uçã o reprod José Eduardo Martins

8 Agosto 2017 CONCERTO u Atrás da pauta Por Júlio Medaglia Um viva aos 50 anos do CoralUSP!

Um verdadeiro modelo de como provocar e promover a ação cultural pelo canto coletivo e pelo comportamento a partir do universo acadêmico

omo é sabido, as grandes universidades do mundo atuam O espírito gregário da música – e do CoralUSP em particular C em áreas diversas. Não só na pedagógica, em que mestres de – motiva, como é de se esperar, a convivência dos estudantes, que elevada formação acadêmica transferem conhecimentos às no- se reúnem não apenas para festinhas ou piqueniques, mas para vas gerações, mas também na área da pesquisa, que resulta em trocar ideias na saudável área de uma atuação artística sofisticada. grandes contribuições na solução de problemas sociais de todas E é bom que se diga que os grupos formados pelos corais as naturezas. É evidente que a concentração da intelligentsia da USP já se apresentaram com sucesso, a cappella ou acompa- das cidades sob um mesmo teto, os corpos docentes e discentes nhados de conjuntos e orquestras, em diversas partes do Brasil e dessas instituições, não deixariam de se interessar nem de atuar do mundo; nas ocasiões, receberam dezenas de elogios e distin- também na área das coisas do espírito, na movimentação e na ções de inúmeras instituições, e seus maestros e seus diretores prática cultural. artísticos, os mais importantes prêmios. Além disso, os grupos já Nesse sentido, a Universidade de São Paulo desenvolveu gravaram seis discos. nos últimos cinquenta anos um projeto de difusão cultural musi- A ideia de um coral universitário surgiu em 1967 por su- cal por meio do canto coral que é o mais diversificado e brilhante gestão do diretor do Grêmio Politécnico José Luiz Visconti. Mas exemplo no país de como fazer alunos, os familiares deles e o esse sucesso e essa filosofia de atuação diversificada e de animação público em geral se interessar pela área artística. cultural se devem a seu diretor musical, maestro Benito Juarez, A sigla CoralUSP reúne um total de 560 cantores, abarca que esteve diante do projeto até 2009. O maestro Juarez implan- 15 grupos corais de diferentes contingentes e projetos musicais, tou algo com as mesmas características na Orquestra Sinfônica que atingem todos os gêneros do canto coral e se apresentam de Campinas, que, durante sua gestão, teve uma atuação e um em média 120 vezes por ano. O repertório abrange das transpa- projeto cultural de características até hoje não superadas por ne- rentes harmonizações renascentistas a cappella ao canto coral nhuma outra sinfônica brasileira. A orquestra de Campinas de sua sinfônico clássico e moderno; do folclore brasileiro à MPB antiga época foi a que mais gravou obras de autores nacionais, a que e atual; do samba de raiz à bossa nova; do canto espontâneo de mais encomendou obras a nossos compositores, a que apresenta- diversas nações à diversidade da música americana – que inclui va a cada concerto uma ideia diferente e original, a que restaurava o jazz, o blues, o spiritual, o pop, o rock, e assim por diante. Os obras antigas e a que mais tocava obras modernas, a que tocou em corais assim se denominam: Azul Dia, Azul Noite, Sul Fiato, palácios principescos e também se apresentou no chão do vale do XI de Agosto, 12 em Ponto, Oxumaré, Tarde, Sestina, Todo Anhangabaú, participando diretamente no histórico comício das Canto, Feminino, Dona Yayá, Tendal, Jupará, Zimana e Novo. Diretas Já, em 1984, e de muitas outras iniciativas. E para que esses conjuntos com suas peculiaridades pudessem Para as comemorações dos 50 anos do CoralUSP será feito atuar com originalidade, foi criada praticamente uma “fábrica” um concerto, no início de setembro, com a estreia da obra Can- de arranjos, que em seguida são colocados à disposição de outros tata brasileira, de autoria de André Juarez, filho do maestro Be- projetos corais semelhantes. nito. Dela fazem parte doze movimentos, cada um representan- Em suas atuações, o CoralUSP não titubeia em acrescentar do um ritmo brasileiro. Esse mapa rítmico do Brasil na cantata elementos visuais e coreográficos. São vestimentas relacionadas vem mais uma vez acentuar o desejo de valorizar a diversidade ao motivo do canto, assim como danças e ações coreográficas du- musical de nosso país e a vontade de apresentar um variado le- rante a atuação vocal, que fazem das apresentações verdadeiros que de opções sonoras, que sempre pautaram a ação desse ex- happenings que seduzem ouvintes, interessados ou não pela cepcional conjunto musical. Fazemos votos que prossigam assim música coral e por esses repertórios. nos próximos e muitos cinquenta anos. t ção a divulg

10 Agosto 2017 CONCERTO u NOTAS SOLTAS Por Jorge Coli M. Croche, o antidiletante

Alter ego de Debussy, personagem criticou com irreverência e brilho a produção musical de seu tempo

estes nossos tempos pós-modernos, compreendemos e que fez entre a orquestra de Beethoven, representada para ele N amamos todas as expressões artísticas. Atingimos aquilo por uma fórmula em preto e branco, dando, em consequência, que Mário de Andrade resumiu na fórmula “a felicidade é um uma gama delicada de cinzas, e a de Wagner, espécie de massa pequeno esforço de compreensão”, esquecendo-nos da luta que corrida multicor passada quase uniformemente e na qual ele me foi abrir caminhos artísticos há mais ou menos um século. dizia não conseguir fazer a distinção entre o som de um violino A luta travava-se não apenas com a criação de obras hostili- e de um trombone”. zadas pelas autoridades acadêmicas e pelo conservadorismo do Recusar o emprego de palavras técnicas: grande lição para público, mas por ferozes debates nos jornais. as análises musicais de hoje, tão marcadas pela veneração mo- Um exemplo dessas batalhas foi o aparecimento, em 1901 derna à forma, erigindo a descrição tautológica como o instru- e na parisiense Revue Blanche, de M. Croche – o sr. Colcheia mento da compreensão artística. Esquecendo-se de que a receita –, que se definia como “antidiletante” e se permitia as mais de um bolo não é um bolo, que o importante é transmitir sensibi- irreverentes e paradoxais opiniões a respeito da música. Ele era, lidade, razão e conhecimento diante de uma obra. de fato, o alter ego de Claude Debussy, que, além de composi- Como Nietzsche, Debussy fora seduzido na juventude por tor, criticava com brilho impiedoso a produção musical de seu Wagner para, depois, renegá-lo. O peso desse Wagner-Moloch – tempo. ou Minotauro, como disse Nietzsche – sobre a música francesa M. Croche, diz Debussy, tinha “uma visão particular da era enorme; sua autoridade embotava a audácia e a abertura música. Falava de uma partitura de orquestra como de um qua- de novas sendas criadoras. “No fim das contas, é irritante esse dro, sem empregar quase nunca termos técnicos, mas palavras aspecto da arte wagneriana que primeiro exigiu de seus fiéis pe- fora do comum, de uma elegância fosca e um pouco gasta, que regrinações onerosas [Debussy se refere ao Festival de Bayreuth parecia ter o som de velhas medalhas. Lembro-me do paralelo criado por Wagner exclusivamente para a execução de suas obras]. Sei que ‘a arte-religião’ era uma das ideias favoritas de Wagner e que ele tinha razão, já que essa fórmula é a melhor Claude Debussy para atrair e reter a imaginação de um público, mas isso desan- dou ao se tornar uma religião-luxo que, por força, excluía muita reprodução gente mais rica em boa vontade do que em vil metal...” Sobre o público, M. Croche é também impiedoso. “O se- nhor já notou a hostilidade de um público de sala de concerto? O senhor já contemplou esses rostos cinza de tédio, de indiferença ou, mesmo, de estupidez? Nunca fazem parte dos puros dramas que se desdobram pelo conflito sinfônico, em que se percebe a possibilidade de atingir o edifício sonoro e de ali respirar uma atmosfera de completa beleza. Essa gente, meu senhor, tem sem- pre o ar de ser visita mais ou menos bem-comportadas; aguenta pacientemente o tédio desse papel...” Debussy odeia maestros que só pensam em si mesmos. Detesta as pantomimas, os “efeitos de mecha” – da mecha de cabelo sobre a testa. E pior, que se contentam sempre com o velho repertório, de cansadas obras-primas. Isso mudou pouco. Raras são as grandes estrelas do pódio capazes de constituir um programa novo e consistente, preferindo repetir sempre os mes- mos títulos: “Vamos assistir aos exercícios costumeiros sobre as diferentes maneiras de reger as sinfonias de Beethoven; uns ‘apressarão o passo’, outros ‘desacelerarão’, e é esse pobre gran- de Beethoven quem mais sofrerá. Pessoas graves e informadas declararão que tal ou tal maestro possui o verdadeiro andamen- to; aliás, é um ótimo tema de conversa. De onde essas pessoas obtiveram tanta segurança? Receberam comunicações do além? Seriam amabilidades do outro mundo que me espantariam mui- to da parte de Beethoven. E se sua pobre alma erra às vezes numa sala de concerto, deve voltar rápido para esse céu em que só se ouve a música das esferas! E o grande avô J. S. Bach deve lhe dizer, meio severo: ‘Meu pequeno Ludwig, vejo, por causa de sua alma meio crispada, que você esteve de novo em lugares pouco recomendáveis’”. A ironia de Debussy nunca era brutal ou grosseira. Sua fi- nura é ainda um modelo para o jornalismo musical de hoje. t

12 Agosto 2017 CONCERTO u EM CONVERSA

Novas linguagens

Entrevista com o diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura Paulo Zuben

Por João Luiz Sampaio

o fim de abril, o mundo da ópera recebeu a notícia de que o Theatro São Pedro passaria por mudanças N na gestão, com troca de organizações sociais. Sairia o Instituto Pensarte e, em seu lugar, entraria a Santa Marcelina Cultura, escolhida pelo governo do Estado por conta de seu trabalho pedagógico. Algumas perguntas, no entanto, ficaram no ar. Que significado essa troca teria na programação? Como conciliar a produção profissional com o trabalho dos alunos? O Theatro São Pedro manteria sua independência e seu foco como espaço voltado à ópera ou seria apenas um anexo do trabalho desenvolvido pela Escola de Música do Estado de São Paulo? Sobre essas questões, o diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, o compositor Paulo Zuben, falou à Revista CONCERTO, apresentando as propostas artísticas para o teatro, que inaugura sua nova fase neste mês, com uma montagem que vai reunir o balé Pulcinella, de Stravinsky e a ópera Arlecchino, de Busoni.

AGENDA Pulcinella, de Stravinsky e Arlecchino, de Busoni Ira Levin – direção musical /William Pereira – direção cênico Dias 19, 21, 23, 25 e 27 de agosto, Theatro São Pedro (São Paulo)

Em 2017, teremos uma ópera do século XX, público da ópera – e, para o público da dança, o se pode mais utilizá-lo para nada. Essa é uma um Mozart e uma opereta. Em que sentido que fazemos na ópera. É uma forma de ampliar a questão a ser resolvida. O teatro precisa de um essa programação é representativa do que audiência. Trabalhar a contemporaneidade à luz esforço do governo para que seu entorno seja a Santa Marcelina Cultura pretende para o de um jogo de conexões e diálogo entre as artes desapropriado e faça parte do projeto de expan- Theatro São Pedro? tem a ver com o perfil que imaginamos para o te- são, principalmente da área técnica, de que o A primeira produção é indicativa da vontade atro. Já Don Giovanni, de Mozart, era um desejo teatro precisa para funcionar. que nós temos de trabalhar um pouco mais a antigo do Cláudio Cruz, e aproveitamos o fato música do século XX. A contemporaneidade de Mauro Wrona preparar uma montagem para Você falou das proporções do Theatro que nos interessa tem muito a ver com o que a o Theatro da Paz. Quanto a La belle Helène, já São Pedro. Em que medida um repertório gente fazia com a Camerata Aberta, um reper- era a ópera que faríamos na escola, no Ópera Es- alternativo, com obras novas, barrocas, o tório que trabalha com a complexidade, uma túdio, com nossos alunos. período clássico, é fundamental na busca escola composicional de desafios de escuta. Eu da identidade do teatro à luz da vida conversei com o maestro Ira Levin e, nesse senti- Não havia a ideia de preparar quatro títulos? cultural de uma cidade de São Paulo? do, ele nos sugeriu Arlecchino. Pulcinella surgiu Sim, a gente pretendia fazer mais uma grande Talvez a gente precise entender com o termo naturalmente, porque o tema das duas obras, no montagem, mas foi inviável dentro do calen- “alternativo” um repertório importante, mas fundo, é a commedia dell’arte. E veio, então, a dário: o São Pedro tem dificuldades técnicas que não costuma ser feito. O São Pedro pode ideia da parceria com a São Paulo Companhia e pouco espaço de bastidores, e isso significa abrigar bem óperas barrocas, que poderíamos de Dança, para mostrar o trabalho deles para o que, quando o palco está com um cenário, não apresentar com qualidade. Óperas contempo-

14 Agosto 2017 CONCERTO São Pedro é a ópera. O que está em jogo é como nais, tem uma orquestra profissional. Nós tive- “Eu realmente se equaciona essa vocação com um momento mos essa experiência com a Camerata Aberta, de orçamentos restritos, de muito questiona- que, mesmo dentro da escola, tinha uma pro- acredito que a mento sobre em que o poder público deve in- dução voltada para a difusão, com um olhar vestir, da parte dos governos e da sociedade. O profissional. Um olhar profissional que, no en- sobrevivência dos teatro de ópera não vai custar mais barato por- tanto, não exclui uma preocupação educativa, que a gente quer, ele tem uma complexidade ao mostrar um repertório novo, desafiador. É teatros passa pelo operacional e uma riqueza de linguagens que óbvio que uma escola não proporciona aquilo precisa ser explorada e alimentada, pois é isso que um teatro profissional pode proporcionar; diálogo com a que faz dela algo fundamental. É esse o desafio. por outro lado, um teatro não oferece toda a for- mação que você tem em uma escola. Então, há contemporaneidade” Se a vocação do Theatro São Pedro é ser uma ligação que pode ser feita entre os dois pro- um teatro de ópera, qual seria, então, no jetos. Não são desafios conflitantes, mas, sim, mundo de hoje e em uma cidade como São complementares. Toda a atividade da orques- Paulo, a vocação de um teatro de ópera? tra, sua relação com o público e com os artistas, No ano passado, estive em Amsterdã para tem um componente de formação, assim como participar de um seminário chamado “Opera na área pedagógica não adianta só sala de aula, Forward”, ou “Ópera para frente”, e fiquei im- o aluno precisa ir para o palco. O que mudou foi pressionado com a quantidade de encomendas, a clareza a respeito da participação dos alunos, de estreias. Eu realmente acredito que a sobre- eles vão atuar em uma produção feita para eles.

z vivência dos teatros passa pelo diálogo com a Se quiserem participar das demais montagens, contemporaneidade. Não se trata apenas de farão audições de composição de elenco. Isso a Bort fazer obras contemporâneas, mas também de é importante para evitarmos uma situação em repensar de modo atual o grande repertório. que você utiliza o jovem artista para resolver

ção / Helois Não falo de atualizar figurinos, cenários, mas problemas de orçamento ou de outra ordem. da busca do diálogo com o público e com outras a divulg áreas. Por que a gente ainda ouve Bach, Bee- Neste ano, a temporada foi formada thoven? A ópera pode dialogar com a socieda- por um conselho, sem a nomeação de râneas também precisam ser feitas, assim como de atual. Como? Nós não moldamos as pessoas um diretor artístico nem de um regente Rossini, Donizetti, Mozart, porque são funda- de hoje, mas podemos tocá-las, transformá-las titular, e uma das críticas feitas foi mentais para o desenvolvimento artístico do te- para que apoiem a existência daquilo que faze- justamente a ausência de profissionais atro. Meu entendimento passa ainda pela con- mos. E, para tanto, o público ou, melhor, dife- da ópera. No futuro, há planos para versa com o Theatro Municipal: não faz sentido rentes públicos precisam ser ouvidos. Se essa postos como esses? a gente competir com as mesmas obras nem conversa não acontecer, não vai mudar nada. Nosso horizonte de trabalho, a perspectiva real, com os dias de récitas. É importante conversar, Não se pode planejar de cima para baixo. vai até o dia 31 de dezembro, pois ainda have- até porque quanto mais complementares forem rá convocação pública para novo contrato, na os projetos, melhor para a comunidade e para a Isso vale para a música clássica em geral, qual outras entidades podem concorrer. As de- própria sustentabilidade dos teatros, que passa não é? cisões para este ano levaram em conta esse ce- pela clareza dos papéis que eles desempenham. Claro, essa ressignificação não é só da ópera; ela nário. E, na perspectiva de uma gestão de oito Podemos trabalhar juntos em defesa da ópera. passa pela orquestra sinfônica, pela sala de con- meses, não fazia sentido convidar um diretor Os projetos precisam ser mais institucionais e certo. Precisamos ter essa conversa. O teatro de artístico sem poder garantir a ele a continuida- menos pessoais. ópera precisa ter clareza na hora de dizer para de do projeto. Foi preciso entender a instituição a sociedade o que acontece ali dentro e que só antes, conhecer a orquestra e suas demandas; A ida do Theatro São Pedro para a Santa pode acontecer ali dentro. O desafio, então, é afinal, caberia aos músicos participar ativamen- Marcelina Cultura trouxe de volta um mostrar a importância do que acontece no tea- te dessa escolha. Supondo que tenhamos um fantasma que ronda o teatro há mais tro. Agora, para isso, é preciso orçamento. Não contrato de cinco anos a partir do ano que vem, de uma década: o fato de que ele deixe é uma questão fácil de resolver, não vai acon- será preciso conhecer a perspectiva real de tra- de ser um teatro dedicado à ópera. Essa tecer de uma hora para outra, mas é preciso balho e a possibilidade de o grupo voltar a ter vocação do São Pedro está em discussão iniciar o processo, e acredito que a formação, mais músicos, o que nos parece possível. É pre- ou será mantida? de público ou de artistas, também passa por ciso tempo de trabalho, experimentar diversos Essa é uma definição da própria secretaria essa consciência. artistas, trabalhar com eles e, eventualmente, quanto ao São Pedro, e não houve mudança com um projeto bem estabelecido, discutir se nenhuma nesse sentido. O grande desafio é a Você falou em formação. A experiência na precisamos da figura de um diretor artístico. O questão orçamentária: a complexidade de uma área da Santa Marcelina Cultura foi usada conselho que formamos apostou em um enten- produção de ópera é muito grande e, conse- como justificativa para que a ela assumisse dimento coletivo, sem processos pessoais nem quentemente, você precisa de um investimen- o Theatro São Pedro. Mas, se na Emesp a personalistas, com profissionais acostumados to substancial. Mas é um investimento justifi- difusão é consequência da atividade de a programar e músicos, por exemplo, que in- cado, porque essa complexidade vem do fato formação, no teatro não aconteceria o tegram orquestras de teatros de ópera e com de que lidamos com diversos profissionais, que contrário, ou seja, teríamos um espaço de certeza têm algo a dizer sobre o assunto. O representam uma riqueza de linguagens artísti- difusão com foco também na formação? meio da ópera me parece bastante restrito e de cas, o que o torna ainda mais relevante. Essa é Essa discussão foi bastante intensa na própria acirramento muito grande de personalidades. a questão a ser trabalhada. A ópera não vai ficar instituição. Quando veio o pedido da secretaria Nosso foco é institucional. barata nem deve aceitar a perda de qualidade para entramos no São Pedro, houve essa pon- para se encaixar em orçamentos. A vocação do deração de que o teatro faz produções profissio- Obrigado pela entrevista. t

Agosto 2017 CONCERTO 15 u Brasil musical Festival Vermelhos, arte e natureza em Ilhabela

Terceira edição do evento, que acontece entre os dias 4 e 13 deste mês, tem em sua programação música de diversos gêneros e espetáculos de dança

Por Camila Frésca

lgumas iniciativas nos deixam especialmente esperançosos Parte externa do ção A em tempos sombrios. É o caso do Festival Vermelhos e de Teatro de Vermelhos

todo o projeto que o sustenta. O evento é sediado no Centro a divulg Cultural Baía dos Vermelhos, que por sua vez é gerido pelo instituto de mesmo nome. Apesar de recente, a ideia tem mais de 15 anos e nasceu da vontade que Samuel MacDowell de Figueiredo tinha de “fazer um teatro no meio da mata”. “Logo me dei conta de que um teatro isolado na mata, sem utilização permanente, não faria muito sentido. A partir daí, as ideias evo- luíram para um centro cultural”, explica. O projeto também levou em conta a carência de equipamentos culturais existentes em todo litoral paulista. Advogado de carreira, Samuel acredita que o amor pelas artes seja herança familiar. Ele revela que passou anos “rodando com o projeto debaixo do braço”, procurando formas de viabi- lizá-lo, sem sucesso. “Então, decidi fazer eu mesmo”, conta. A tal”, revela. “O Teatro de Vermelhos tem mais de mil lugares e primeira construção foi um anfiteatro de 220 lugares, que era um palco grande, que abriga com conforto uma grande orques- para ser provisório, mas acabou incorporado ao projeto. “De- tra sinfônica, além de contar com fosso orquestral para oitenta pois, começamos o teatro principal, que ainda não está totalmen- músicos. Chegaremos a ter 240 artistas ao mesmo tempo no te pronto. O plano do centro cultural inclui outras salas, que só palco.” A programação de fato impressiona: estarão em Ilhabe- serão feitas quando houver recursos. As coisas são mais baratas la para o festival as orquestras Jovem do Estado, Jazz Sinfônica do que parecem, mas muito mais caras do que eu posso manter”, (acompanhando a cantora Ute Lemper) e a Orquestra Jovem das afirma. Ele informa ainda que a ideia não é transformar o espaço Américas, além da São Paulo Companhia de Dança. Ao lado numa casa de espetáculos que repita o repertório consagrado. desses grandes grupos, músicos como Egberto Gismonti, Anto- “Ele pode até ser isso também, mas o objetivo é que se converta nio Meneses e André Mehmari, Ricardo Castro, Lívia e Arthur num projeto social de formação”, completa. Para isso, o Centro Nestrovski, Yamandu Costa e Fabio Zanon. Seguindo a proposta Cultural Baía dos Vermelhos investe em ações para a população original, completam a programação artistas locais, como Júlio local, como a de formar grupos musicais com pessoas da região, Bittencourt Trio e Grupo de Dança Virgínia Ungari. Eser ainda que atuem em suas salas regularmente. destaca outro aspecto importante do festival: “Os eventos no O festival é a principal ação do Instituto Baía dos Verme- teatro (que é parcialmente aberto) promovem, mais do que uma lhos. Ambos têm direção artística de Eser Meneses, que explica experiência artística, uma experiência sensorial. A música se que o evento cresceu bastante em relação a como foi no ano mistura ao barulho do vento, dos pássaros, das cigarras. O teatro passado. Outra novidade é a presença de artistas internacionais. interage com a mata”. “Teremos música erudita e popular, principalmente instrumen- Samuel MacDowell reconhece a importância do festival, mas diz ser essencial ao projeto manter um calendário fixo, com divulgação pequenos concertos mensais, que exijam menor infraestrutura e contribuam com o objetivo de formar plateias no litoral. “No entanto, eu diria que estamos no limite da capacidade de fazer as coisas, precisamos de apoio”, informa. Samuel destaca, contu- do, que nessa terceira edição do Festival Vermelhos a prefeitura de Ilhabela se mostra uma grande parceira, patrocinando parte expressiva do evento. Apesar dos desafios à frente, ele não tem dúvidas de que “as coisas estão acontecendo acima de nossas melhores expectativas”. t

Agenda Festival Vermelhos 2017 – Música e Artes Cênicas De 4 a 13 de agosto Parte interna do Teatro de Vermelhos Centro Cultural Baía dos Vermelhos, Ilhabela, SP

16 Agosto 2017 CONCERTO

IC OS Cursos CLÁSSICOS da Revista CONCERTO

Cursos CLÁ SS na Sala São Paulo / Loja CLÁSSICOS

Bem-vindo aos Cursos CLÁSSICOS da Revista CONCERTO! Tudo o que você sempre quis saber sobre música clássica e ópera está nos Cursos CLÁSSICOS que a Revista CONCERTO promove na Sala São Paulo. Em encontros prazerosos na Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo, especialistas compartilham conhecimento e cultura em linguagem informal e acessível.

Na página ao lado você encontra a programação dos Cursos CLÁSSICOS para o segundo semestre de 2017. Professores, pesquisadores e músicos como Camila Frésca, Helen Gallo, Irineu Franco Perpetuo, Leonardo Martinelli, Mônica Lucas, Sergio Casoy, Sérgio Molina, Sidney Molina e Yara Caznok apresentam uma ampla variedade de assuntos, desde a música barroca até Villa-Lobos, passando pela ópera, pela história do piano, pela música na Reforma Luterana e muito mais. Confira, escolha seu curso e faça a inscrição.

Os cursos destinam-se a iniciantes e iniciados e são realizados na Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo.

Os cursos são oferecidos nos seguintes períodos: Sábados das 11h às 13h (4 aulas de 2 horas) Sábados das 15h às 18h (3 aulas de 3 horas) Quintas-feiras das 18h30 às 20h30 (4 aulas de 2 horas)

Confira a programação completa do 2º semestre de 2017 na página ao lado.

Conheça nossos professores Preço por curso Camila Frésca, jornalista e doutora em musicologia pela ECA-USP, R$ 360,00 (4 aulas de 2 horas | 3 aulas de 3 horas) autora de “Uma extraordinária revelação de arte: Flausino Vale o R$ 240,00 (2 aulas de 3 horas) violino brasileiro” e colaboradora da Revista CONCERTO (Consulte descontos especiais para assinantes da Revista CONCERTO Helen Gallo, pianista, professora, educadora, doutora pela Unesp, e/ou da temporada 2017 da Osesp, para ex-alunos e para universitários.) diretora de formação da Fundação Theatro Municipal de São Paulo n Local dos cursos: Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo Irineu Franco Perpetuo, jornalista, crítico musical, professor, Praça Júlio Prestes, 16 n Campos Elíseos n São Paulo tradutor e colaborador da Revista CONCERTO Leonardo Martinelli, compositor, doutor pela Unesp e professor n Informações e inscrições da Faculdade Santa Marcelina www.concerto.com.br/cursos n Tel. (11) 3539-0048 Mônica Lucas, pesquisadora, professora doutora da Universidade de São Paulo, autora de “Humor e agudeza em Joseph Haydn” Programação sujeita a alterações – Vagas limitadas (A realização do curso está condicionada a um número mínimo de inscrições.) Sergio Casoy, professor, pesquisador de música lírica e autor dos livros “A invenção da ópera” e “Ópera e outros cantares” Sérgio Molina, compositor, professor e coordenador da pós- Realização Revista CONCERTO | Clássicos Editorial -graduação da Faculdade Santa Marcelina Sidney Molina, violonista, professor, crítico musical do jornal Folha de S. Paulo e membro do quarteto de violões Quaternaglia

Guia mensal de música clássica Yara Caznok, professora da Unesp, autora de “Música: entre o audível e o visível” IC OS Cursos CLÁSSICOS da Revista CONCERTO n Informações e inscrições

Cursos CLÁ SS Programação do 2º semestre de 2017 www.concerto.com.br/cursos n Tel. (11) 3539-0048

AGOSTO OUTUBRO

O nascimento de Beethoven A música na Reforma Luterana Por Sidney Molina Por Yara Caznok Qual é o itinerário que conduz o jovem aprendiz às obras da No ano em que se comemoram os 500 anos da Reforma maturidade? Amparado por informações biográficas recém Protestante, o curso propõe, a partir da escuta e de análise lançadas e uma escuta musical comentada, o curso tentará de repertório, uma reflexão sobre os principais aspectos desvendar em que consiste a arte da arte de Beethoven. teológicos, históricos, estéticos e musicais que, ressignificados n Sábados, dias 12, 19 e 26 de agosto e 2 de setembro, das 11h às 13h por Lutero, transformaram todo o repertório sacro ocidental até os dias de hoje. Introdução à História da Música n Sábados, dias 14 e 21 de outubro, das 10h às 13h Por Leonardo Martinelli O engenhoso universo da música barroca Apresentação e contextualização dos principais momentos e movimentos estéticos da história da música, da Idade Média Por Mônica Lucas aos séculos XX e XXI. O que é música barroca? Este curso enfoca os principais n Sábados, dias 12, 19 e 26 de agosto, das 15h às 18h estilos e formas do período musical que se inicia com Monteverdi (1567-1643) e se encerra com Bach (1685-1750). n Sábados, dias 14, 21 e 28 de outubro, das 15h às 18h SETEMBRO Música para ver Uma história do piano Por Sergio Molina Por Irineu Franco Perpetuo A música clássica sempre estabeleceu diálogos sugestivos A criação, a evolução e o repertório do piano desde o século com formas visuais de expressão, com as artes plásticas, XVIII, com Scarlatti, Bach e Mozart, até o início do século XX, a dança, o cinema e a poesia. Partindo dessa criativa rede com Debussy e Rachmaninov, passando pela obra de Beethoven, de enlaces, proporemos diferentes caminhos para um Schubert, Brahms, Chopin e Liszt, entre outros. aprofundamento da escuta. n Quintas-feiras, dias 14, 21 e 28 de setembro e 5 de outubro, das 18h30 às 20h30 n Sábados, dias 28 de outubro e 11, 18 e 25 de novembro, das 11h às 13h La prima donna: heroína ou vilã? Por Sergio Casoy NOVEMBRO

Um olhar sobre a fascinante galeria de grandes personagens Ruptura e permanência: sem medo do século XX femininas que povoam o teatro lírico. Sejam adolescentes frágeis ou damas maduras de forte personalidade, heroínas submissas Por Helen Gallo ou vilãs vingativas, camponesas ou rainhas, para elas os grandes Como entender a música do século XX? Para analisar e compositores de ópera reservaram algumas das melhores compreender a criação musical e suas transformações nas passagens vocais de suas obras. primeiras três décadas desse século, partiremos da ideia de n Sábados, dias 16, 23 e 30 de setembro e 7 de outubro, das 11h às 13h que a história da música é uma espiral e as rupturas musicais do século XX encontram ressonância em outros períodos. O universo de Villa-Lobos n Quintas-feiras, dias 9, 16, 23 e 30 de novembro, das 18h30 às 20h30 Por Camila Frésca O mundo das Quatro estações Quem foi Villa-Lobos? Que tipo de ambiente permitiu que se produzisse, no Brasil, um músico de sua estatura? Que formação Por Leonardo Martinelli teve esse genial compositor? Procurando responder a essas e O curso aborda a trajetória do compositor Antonio Vivaldi e outras perguntas, faremos uma introdução ao universo musical e à o tempo em que viveu por meio da redescoberta de uma das personalidade do maior compositor brasileiro de todos os tempos. mais célebres obras da história da música. n Sábados, dias 23 e 30 de setembro e 7 de outubro, das 15h às 18h n Sábados, dias 11, 18 e 25 de novembro, das 15h às 18h u capa joão, o maestro Ícone da música clássica nacional, João Carlos Martins ganha filme sobre sua trajetória e monta projeto de difusão de orquestras

Por Camila Frésca

música clássica, em todo o mundo, está longe de figurar tempo, não se furta de falar de temas espinhosos, embora evite A entre os gêneros mais populares das artes e do entreteni- detalhes: “Na vida, cometi erros e acertos, não tenho dúvidas. mento. Ainda que tenha suas estrelas internacionais, cujas apre- Os erros procurei corrigir e os acertos, continuar”. sentações são garantia de grande público, a verdade é que são pouquíssimos os artistas que furam a “bolha” da área. E, ironia Uma carreira fulgurante do destino, os nomes que conseguem ser reconhecidos para A história do menino-prodígio se iniciou em 1947, quando além das fronteiras clássicas em geral são vistos com restrição João Carlos Martins começou a ter aulas de piano e demonstrou dentro de seu universo de origem. um talento excepcional, que o levou, menos de um ano depois, Sem dúvida, a mais conhecida personalidade do universo a vencer seu primeiro concurso, executando obras de Johann clássico brasileiro é João Carlos Martins. Para o grande público, Sebastian Bach – era o início de sua íntima ligação com o com- Martins é a referência quando se fala em música clássica, e não positor alemão. Aos 11 anos de idade, passou a ter aulas com são poucos os que conhecem a história do pianista virtuose que José Kliass. Lembrando sua infância e sua juventude, João Carlos venceu as adversidades e tornou-se maestro. Sua trajetória de afirma que estudar piano nunca foi um sacrifício, mas antes um superação já foi tema de livros, documentários, propaganda e até prazer ou, ainda, um refúgio para sua solidão infantil. Em 1953, de escola de samba – em 2011, a Vai-Vai foi campeã do carnaval realizou um concorrido concerto oficial de estreia, embora tives- de São Paulo com o enredo “A música venceu”. Neste mês, um -se apenas 12 anos de idade. Na plateia do Theatro Municipal de lançamento vem se somar às obras que recontam sua vida. Tra- São Paulo, Guiomar Novaes, Magdalena Tagliaferro, Antonieta ta-se de uma caprichada obra ficcional, com conhecidos atores Rudge, Yara Bernette, Camargo Guarnieri, Heitor Villa-Lobos e de TV e produção da família Barreto: o filme “João, o maestro” Eleazar de Carvalho foram conferir o brilhante expoente. Outro centra-se na trajetória de Martins como pianista e termina na grande feito na mesma casa se deu pouco depois, quando, aos transição de sua carreira para a regência. “No que diz respeito à 16 anos, tocou os dois volumes de O cravo bem temperado, parte musical, o que está no filme é extremamente fiel”, explica de Bach, de memória, numa série de quatro concertos. A essa o maestro, que não esconde o entusiasmo com a nova produção altura, o menino-prodígio passava a ser chamado nos jornais de e com o desempenho dos atores. “Vejo no filme a luta de uma “o jovem gênio” do piano. pessoa que, com erros e acertos, nunca desistiu.” Com 18 anos de idade, João Carlos Martins fez seu primei- Dentro do universo clássico, há muito tempo a carreira de ro recital nos Estados Unidos, em Washington, após ser um dos João Carlos Martins é motivo de polêmicas, musicais ou extra- dez pianistas premiados no Festival Pablo Casals. No livro Con- musicais. Pode-se dizer que, em mais de uma ocasião, ele tran- versas com João Carlos Martins, de David Dubal, ele contou sitou do céu ao inferno. Ao longo do tempo, foi identificado por que ficou sem graça com os elogios, pois sabia que ainda não es- público e crítica de maneiras diferentes: o menino-prodígio, o tava preparado para uma carreira internacional. Voltou ao Brasil jovem gênio, o polêmico intérprete de Bach, o pianista envolvi- e mergulhou nos estudos por mais um ano e meio – nesse meio- do em escândalos políticos ou o artista em constante superação -tempo, além de estudar de nove a dez horas por dia, venceu o de obstáculos. Gentil e solícito durante uma conversa, ele sa- primeiro Concurso Eldorado, então voltado apenas para o piano. gazmente a direciona ao ponto que o interessa tratar. Ao mesmo Foi o dia 21 de abril de 1961 que marcou, de fato, o início da carreira de João Carlos Martins em um alto nível internacio-

Revista concerto / anthony kunze nal: ele fez a estreia mundial do Concerto para piano de , com a Sinfônica Nacional de Washington, colhendo elogiosas críticas. No ano seguinte, aos 21 anos, outro triunfo: sua estreia no Carnegie Hall, tocando novamente o concerto de Ginastera. A partir desse momento, uma atividade intensa e marcada por êxitos teve início na carreira do pianista, que se apresentou diversas vezes nos Estados Unidos, passando a vi- ver no país como artista convidado da Organização dos Estados Americanos. Foi então que gravou, para o Clube do Livro, O cravo bem temperado. O disco alcançou grande repercussão, e o empre- sário Jay Hoffmann começou a agendar seus recitais. Na época, Martins foi comparado pela crítica norte-americana a Vanda O maestro João Carlos Martins, em sua residência Landovska e Glenn Gould – as comparações com o pianista ca- nadense, que igualmente se notabilizou por interpretações da

20 Agosto 2017 CONCERTO obra de Bach, foram inevitáveis ao longo de sua carreira. “Estava João Carlos Martins em Nova York quando ouvi o nome de João Carlos Martins pela primeira vez”, lembra o maestro Roberto Minczuk. “Tinha 14 em cenas de anos, estudava na Juilliard, e as pessoas conheciam poucos mú- sicos do Brasil. Em Nova York, João Carlos Martins era o grande sua carreira artista brasileiro de quem as pessoas falavam, o grande intérprete de Bach, ao lado de Glenn Gould. Anos mais tarde, ele tocou em Nova York, e eu assisti – de fato, era de tirar o chapéu e de ficar orgulhoso do fato de o Brasil ter um artista daquele calibre, reconhecido nos Estados Unidos como um dos grandes pianistas da geração”, completa.

Infortúnios No entanto, essa primeira fase de bonança se encerraria em 1965, quando, jogando futebol com o time da Portuguesa no Central Park de Nova York, Martins sofreu um acidente que perfura os nervos de sua mão direita e foi obrigado a interrom- per a carreira por um ano. Ainda se recuperando, fez um recital usando três dedeiras de aço na mão direita. Em 1966, voltou aos palcos: Hollywood Bowl, em Los Angeles; auditório do Palácio Aos 13 anos, com Guiomar Novaes dos Bandeirantes, em São Paulo; e no Carnegie Hall, em dois dias de lotação esgotada. Aparentemente, as coisas pareciam ter voltado ao normal, e em dezembro do mesmo ano ele saiu em turnê europeia como solista da Sinfônica de Washington. Após Gravando a obra de o primeiro concerto em Berlim, no entanto, sentiu fortes dores Bach em Los Angeles e foi operado de apendicite. O quadro se complicou, ele teve embolia pulmonar e ficou entre a vida e a morte por 15 dias. Espantosamente, já em fevereiro de 1967, João Carlos Martins estava de volta à ativa, tocando no com a Sinfô- nica de Boston. Mas a verdade é que sua mão não havia se recuperado com- pletamente e, entre 1968 e 1970, ele precisou cancelar apresen- tações e turnês, e os concertos tiveram rendimentos díspares. A David Dubal João Carlos Martins afirmou que, em 1971, após um recital Bach-Prokofiev em Nova York, decidiu interromper a car- reira ao ouvir um severo comentário de Donald Henahan, o prin- cipal crítico do jornal The New York Times. A partir daí, seguiu-se uma nova fase na vida de João Carlos Martins, que por sete anos se afastou do piano e se tornou empresário de música e boxe. No dia 24 de setembro de 1978, retoma a carreira em grande estilo, novamente no Carnegie Hall. Com lotação esgo- tada, toca o primeiro livro de O cravo bem temperado. Segue se apresentando, até que, em 1982, ao mesmo tempo que se torna secretário de cultura do governo do Estado de São Paulo, João Carlos começa a sentir os efeitos da LER (lesão por esforços repetitivos) nas mãos e para outra vez de tocar. No entanto, ele iniciaria um projeto que, a duras penas, levaria até o fim de sua carreira como pianista: a gravação da integral da obra para tecla- do de Johann Sebastian Bach. Data da década de 1990 outro episódio que marca sua bio- Com Villa-Lobos grafia: seu envolvimento em uma ação de arrecadação de recursos para campanhas eleitorais de Paulo Maluf, contestada na justiça. “Fui absolvido por nove a zero no STF, mas foi um dos grandes erros de minha vida”, relata o artista, que não esconde o arrepen- a l dimento. Ainda que muito influente em altos escalões das esferas

políticas e empresariais do país, João Carlos afirma com convicção pesso q uivo que nunca mais participará diretamente da vida pública.

Em 1997, David Dubal escreve para o jornal Folha de a r fotos: S.Paulo um texto comentando a finalização da gravação da in- tegral da obra de Bach. Um dos trechos mais interessantes do artigo é quando ele conta que apresentou seleções desses CDs a seus alunos da e da Manhattan School of Music: “Um jovem pianista chegou a pedir licença para deixar a sala”, afirma. “Outros, porém, permaneceram sentados, boquiabertos. Concerto no Carnegie Hall, Nova York, em 1985

Agosto 2017 CONCERTO 21 u capa

(...) A maior parte dos jovens pianistas teve a impressão de que Se as restrições à carreira de pianista se limitavam a ques- a audição mostrou um caminho para a aquisição de maior liber- tões estéticas, quando ele investiu na carreira de maestro se dade na execução de Bach, no qual a individualidade não causa somaram a essas críticas de outra ordem. Com a Bachiana Fi- escândalo.” O que estava em jogo eram suas intepretações, mais larmônica, hoje na 14a temporada, João Carlos Martins passou a próximas à tradição do piano de concerto do século XIX do que ocupar espaços não frequentados por artistas da música clássica, ao comedimento esperado para peças originalmente concebidas como programas de TV campeões de audiência, quadras de es- para o cravo. Se essa discussão dividia os especialistas, a verdade colas de samba ou estádios de futebol. Da mesma forma, chocou é que os discos de João Carlos Martins eram bem-aceitos pelo o tradicional universo clássico ao misturar Bach com samba ou público, tanto no Brasil quanto no exterior, e frequentemente fi- programar num mesmo concerto obras de Beethoven e de can- guravam na lista dos mais vendidos do ano. Além dos jovens alu- tores da música sertaneja. “Desde o fim do século XX, a música nos de Dubal e de Roberto Minczuk, o pianista Marcelo Bratke de concerto no mundo inteiro passa por uma transformação. É foi outro dos músicos que não passou incólume pelo Bach de importante manter a tradição que vem desde o século XVII e, João Carlos: “Foi inspirado por João Carlos Martins tocando ao mesmo tempo, entender que hoje o público tem uma atitude Bach que decidi dedicar minha vida à música. O impacto de diferente. Pela própria evolução da tecnologia, o público tem seu carisma musical mudou minha vida para sempre. A música um poder de concentração menor do que antigamente e muitas estava dentro dele! João Carlos foi um herói em minha adoles- orquestras no mundo inteiro estão sendo impactadas por essa cência”, confessa. “Anos mais tarde, em Nova York, quando eu transformação”, argumenta. “A cada cidade que vamos, seja no estudava na Juilliard School, presenciei um dos grandes triunfos interior, na periferia, seja na Sala São Paulo, não abrimos mão de de sua carreira. Foi quando o público norte-americano lotou o Bach, Beethoven, Haydn, Mendelssohn. Mas o fim de nossos Lincoln Center, aplaudindo de pé sua memorável performance concertos está seguindo uma linha que grandes artistas têm se- das Variações Goldberg.” guido, que é a de inserir algo mais leve, da música popular, com que o público se identifique. Yo-Yo Ma faz isso, Zubin Mehta, Reinventando-se no pódio Daniel Barenboim... Quando faço isso no Brasil, sou criticado Os problemas nas mãos seguiram se agravando, também por uma pequena elite”, afirma. “Se chego a uma cidade de 5 em razão de um assalto sofrido em 1995 em Sófia, na Bulgária, mil habitantes, eles vão ouvir quarenta minutos de Beethoven, quando foi atingido na cabeça por um golpe com uma barra de Brahms e Tchaikovsky antes de eu fazer o repertório mais popu- ferro, o que comprometeu os impulsos cerebrais que controlam o lar. E a cada ano um artista popular faz um concerto comigo, um movimento das mãos. Assim, no fim da década de 1990, Martins só: Chitãozinho e Xororó, Thiago Abravanel e outros. Nesses se viu obrigado a encerrar definitivamente a carreira de pianista. casos, o público deles vem para o teatro e também ouve música No entanto, ele não parou com a música e, em 2004, rein- clássica”, completa. Se alguns torcem o nariz para tais iniciati- ventou-se como maestro: fundou a orquestra Bachiana Jovem, vas, outros reconhecem sua importância: “Eu fico feliz que o a Bachiana Chamber e, por fim, a Bachiana Filarmônica. “Estou país tenha entre seus ícones artísticos uma pessoa da música muito feliz como regente”, afirma, quando pergunto se, caso clássica, que é tão conhecida quanto um cantor sertanejo, um fosse possível modificar o passado, ele teria preferido evitar os pop star da MPB”, afirma Roberto Minczuk. acidentes e permanecer como pianista. “Na verdade, se eu tives- se maturidade suficiente aos 26 anos, quando sofri o primeiro Um legado musical acidente, eu já teria começado a me preparar para ser regente, “Como pessoa, sua personalidade é marcante, seu senso em vez de insistir no piano. Mas só fui ter essa maturidade aos de humor contagia e sua generosidade é surpreendente”, afirma 64 anos”, revela. “No entanto, não me arrependo de nada e, Marcelo Bratke. De fato, João Carlos Martins é bastante carismá- modéstia à parte, considero minhas gravações da obra de Bach tico. Ao longo dos anos, com a Bachiana Filarmônica, manteve uma das melhores existentes”, completa. uma temporada de grande sucesso em teatros tradicionais, como a Sala São Paulo e o Theatro Municipal de São Paulo, ao mesmo tempo que se apresentava por todo o estado de São Paulo, indo Filme vai abrir Festival de Gramado a cidades ricas do interior e a pequenos municípios com menos de 10 mil habitantes. Tocando grande parte das vezes em locais O filme “João, o maestro”, sobre João Carlos Martins, estreia nos cinemas brasileiros abertos, a Bachiana Filarmônica chegou a se apresentar para no dia 17 de agosto e, um dia mais tarde, vai abrir o Festival de Cinema de Gramado, plateias de 40 mil pessoas e acumula, segundo seu fundador, um fora de competição. O longa-metragem é uma produção Caravela, LC Barreto e público de mais de 14 milhões de espectadores. Globo Filmes, dirigida pelo cineasta Mauro Lima. Lima tem se especializado em Apesar do sucesso, é outra iniciativa que está no centro cinebiografias, sendo res- de sua atenção hoje. João Carlos Martins não esconde a em- ponsável por filmes como “Tim Maia” e “Meu nome polgação com seu novo projeto, “Orquestrando São Paulo”, não é Johnny”. Em “João, que num próximo passo deverá se tornar nacional e que desde o maestro” ele trabalhou janeiro saiu do papel. É uma ação que parte da educação musical com um grande elenco. para a formação de orquestras em pequenas cidades (até 60 mil Davi Campolongo, João habitantes), articulando para isso os músicos já existentes em Pedro Germano, Rodrigo cada região, bem como os maestros das bandas e os regentes Pandolfo e Alexandre Nero de orquestras das igrejas locais. “Comecei neste ano algo que, interpretam o protagonista acredito, será meu legado musical para o Brasil”, afirma. na infância, na adolescên- O pianista, que há cinquenta anos arrebatava plateias no mun- cia, na juventude e na vida do inteiro como um dos maiores intérpretes, transformou-se hoje o fil m es adulta. Também partici- no maior ícone da música clássica nacional. “Tenho ciência de que pam Alinne Moraes, Caco existe certa polêmica em torno de meu nome. Mas posso afirmar b ção / G lo Ciocler e Fernanda Nobre, que a procura da excelência musical foi o que norteou minha vida entre outros. t a divulg desde os 8 anos de idade”, resume o maestro João Carlos Martins.

22 Agosto 2017 CONCERTO u MÚSICA VIVA Por João Marcos Coelho Embaralhando as cartas

O notável pianista húngaro András Schiff constrói programas que instigam a imaginação

m agosto de 2012, quando fez um recital extraordinário na András Schiff E Sala São Paulo interpretando as últimas sonatas de Haydn, Schubert e Beethoven, o notável pianista húngaro András Schi- ff estava lançando, numa caixa com quatro CDs do selo ECM, O cravo bem temperado, de Bach. Nos últimos cinco anos, ele tem alternado seus recitais entre a trinca Haydn-Schubert-Beethoven e Bach. Mas com um requinte: intercala peças curtas e movimentos de suítes de outros compositores com as invenções bachianas.

O repertório de um dos programas que o pianista realiza este y mês no Brasil (dia 19 de agosto no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e dia 24 na Sala São Paulo), segue esse padrão (no outro

recital em São Paulo, dia 22, o programa conta com o primeiro M a ção / D ieter livro de O cravo bem temperado). Schiff “embaralha as cartas” num recital variado. Foi essa a expressão que ele usou imediata- a divulg mente antes de iniciar um recital no Wigmore Hall, em Londres, em maio passado. “Espero que vocês não percebam onde Bach carnaval de Veneza do século XVIII. Imagine que eles saem termina e onde Bartók começa, porque Bach é tão moderno.” E da orgia para visitar o cemitério em que está enterrado... Igor misturou as peças, entre as Seis danças búlgaras de Bartók e os Stravinsky. Tudo isso está num romance sensacional, curto, quatro Duetti do terceiro livro do Clavier-Übung, de Bach. noventa páginas, Concerto barroco. Vale a pena conhecê-lo. Uma olhadela rápida no programa do dia 24 de agosto Mas, como eu dizia, Carpentier destrói justamente o que mostra que ele quis mesmo embaralhar as cartas, sobretudo o escritor tcheco Milan Kundera chama de maldição da “conti- na primeira parte: as primeiras cinco Invenções a três vozes, nuidade estética”. Esta, por exemplo, nos maravilha com uma a Suíte op. 14, mais cinco Invenções a três vozes, as primeiras sonata de Beethoven e ao mesmo tempo nos faz rir do ridículo três peças da Suíte ao ar livre, as derradeiras cinco Invenções a de um compositor que hoje compõe uma sonata para piano no três vozes e as duas peças finais da Suíte ao ar livre. mesmo estilo. “A sensação de beleza”, pergunta Kundera em A Ao todo, 24 peças – em geral, curtas. Ao misturar obras cortina, outro livro indispensável para quem gosta de música, de compositores distantes entre si por séculos, como Johann “em vez de ser espontânea, ditada por nossa sensibilidade, é Sebastian Bach e Bela Bartók, o pianista quis deixar claro, como então cerebral, condicionada ao conhecimento de uma data?”. fez no recital londrino, que o tempo é incapaz de separar obras E reclama resignado: “Não há nada a fazer (...). Nossa consci- musicalmente irmanadas. ência da continuidade é tão forte que interfere na percepção de Vou me arriscar a justificar tal justaposição recorrendo a cada obra de arte”. detalhes, como o fato de Bach tê-las chamado de “sinfonias e in- Na segunda parte, o prodigioso Schiff faz outra mágica: venções” a três vozes. Por outro lado, reproduzo aqui a resposta liga duas sonatas separadas por pouco menos de um século: de Bela Bartók a um repórter nova-iorquino que lhe perguntou, a primeira, a Sonata 1.X.1905, nasceu trágica – horrorizado em 1944, se a Suíte op. 14 é “música abstrata”: “Se por abstrata pela morte de um manifestante pelo Exército austríaco, em você entende música absoluta, sem programa, sim, a suíte não manifestação em Brno pela criação de uma universidade, Leos contém tema popular. Repousa inteiramente em temas originais Janácek compôs a obra, que depois jogou no rio Moldava. Deze- de minha própria invenção”. nove anos depois, na comemoração dos 70 anos do compositor, Outra expressão que Bartók usa para qualificá-la é criar um Ludmila, num gesto de amor, contou-lhe que guardara uma “estilo mais transparente” ao piano, “um estilo mais de osso e cópia da partitura. O mesmo amor, só que agora impetuoso, músculo, em oposição ao pesado estilo dos acordes do período muito impetuoso, de Robert Schumann por Clara, provocou o romântico tardio”. compositor a deixar de lado as formas livres para voltar à forma Finalmente, ficamos sabendo, pelo livro de Claire Dela- sonata em sua Sonata nº 1. t marche, que “Bartók gostava de tocar um ou outro movimento isolado da Suíte ao ar livre e encadeava a primeira e a quarta peças como se fossem uma só ou, então, as combinava com Para ler: peças retiradas de outras coletâneas”. Concerto barroco, de Alejo Carpentier Essa conversa de limar o tempo histórico para colocar lado (São Paulo, Companhia das Letras, 2008) A cortina, de Milan Kundera (São Paulo, Companhia das Letras, 2006) a lado músicas escritas por diferentes compositores cronologica- Béla Bartók, de Claire Delamarche (Paris, Fayard, 2012) mente distantes me leva a pensar que Schiff, aos 63 anos, é um dos que se negam a aceitar a maldição da continuidade estética. Para ouvir: Nisso ele está acompanhado por ao menos dois escritores de Encores, com András Schiff (ECM, 2017): os extras surpreendentes gênio, Alejo Carpentier e Milan Kundera. O primeiro simples- da integral Beethoven, gravada ao vivo pela ECM mente elimina a noção de tempo histórico, matéria-prima por AGENDA excelência da arte musical, ao juntar Vivaldi e Händel numa Dia 19, Theatro Municipal do Rio de Janeiro [realização Dell’Arte] alucinada noitada musical regada a improviso coletivo num Dias 22 e 24, Sala São Paulo [realização Cultura Artística]

24 Agosto 2017 CONCERTO

Leopold Stokowski Rob Cowan presta tributo ao pioneiro maestro britânico que causou grande impressão nos Estados Unidos, deixou significativo legado de gravação e continuou trabalhando aos 90 anos

nquanto o italiano Arturo Toscanini evocava o esguio Apolo, Então, Stoky foi meu homem da Quinta de Tchaikovsky. Porém, o alemão Wilhelm Furtwängler, o espontâneo Dionísio, e o como tinha acabado de me equipar para tocar vinil, precisava de E maestro holandês Willem Mengelberg ficava em um terreno um equivalente em LP (na tenra juventude, esperava que uma entre os dois, o regente britânico Leopold Stokowski (1882-1977; versão de uma grande obra soasse muito parecida com outra) e nascido em Londres, de ascendência polonesa e irlandesa, não como optei por um LP relativamente barato, da HMV Concert Classics LP, “Leonard Stokes”, como chegou a se achar) era o aventureiro intrépido, com a Filarmônica do Noroeste da Alemanha regida por Wilhelm um Marco Polo cujas explorações e descobertas mantiveram o mundo Schüchter. Acho que pus para tocar uma vez, então voltei a meu 78 musical cativo por cerca de seis décadas – graças às gravações, ainda de Stokowski. Há algo nessas cordas altaneiras de Filadélfia, seus fazem isso. Gerações começam nos clássicos com a obra-prima de portamentos suculentos, fraseando com crescendo ou diminuindo animação da Disney Fantasia (lançada em 1940), em que A sagração da de acordo com os ditames do estado de espírito. Essa também era primavera, de Stravinsky, acompanhava o espectro jurássico gigantesco a história nos Quadros de uma exposição, de Mussorgsky, que, na de dinossauros e Noite no monte Calvo, de Mussorgsky, liberava uma orquestração de Ravel, são elegantes, porém um bocadinho frágeis, comunidade mortal de demônios. Mas talvez a imagem mais impactante enquanto, na versão de Stokowski (1939) – embora ele tenha do filme esteja relacionada a Stokowski regendo Toccata e fuga em descartado “Limoges” e “Tuileries” (achando que ambas eram obra ré menor (BWV565), de Bach, que levava os curiosos na direção de de Rimsky-Korsakov) – a grandiosidade da velha Rússia parece ganhar suas “sínteses sinfônicas” de marcar época (criadas nos anos 1920 e vida de repente, com partes de “O grande portão de Kiev” soando 1930) de Wagner (O anel, Tristão e Isolda e Parsifal ) e Mussorgsky como a cena da morte de Boris Godunov, e “Samuel Goldenberg e (Boris Godunov). Isso significava que um repertório em geral destinado Schmuÿle” como uma descrição impiedosa e imensa da pobreza atroz exclusivamente para o órgão, ou para o palco de ópera, podia contar com importunada pela riqueza. Stokowski para ganhar novas texturas e ser reconstruído de modo que os Assim prosseguiu essa busca faminta por gravações de Stokowski, ouvintes, em casa, ouvissem a mesma música, transferida para o formoso em especial as feitas nos Estados Unidos, com a Filadélfia, a NBC instrumento conhecido como Symphony, a All-American Youth Orquestra de Filadélfia. Anos mais e “suas” orquestras sinfônicas. tarde, stokowskianos dedicados Momentos definidores Embora Stokowski tenha gravado limpariam porões e seções de Petruchka, de Stravinsky, com a • 1898 – Jovem organista e maestro de coro em Londres Aos 16 anos, ofertas de lojas em busca de Orquestra de Filadélfia, antes da torna-se membro do Royal College of Organists. Dois anos depois, forma cópias descartadas desses arranjos o coro da St Mary’s Church, Charing Cross Road guerra, a versão que me ganha magistrais. toda vez é a que ele fez em • 1909 – Estreia oficial na regência Em Paris, em 12 de maio, Minha própria epifania acompanha sua futura (primeira) esposa, a pianista Olga Samaroff, no 1950, estridente, imprudente, Stokowski foi via a Quinta sinfonia Concerto para piano nº 1, de Tchaikovsky absolutamente teatral, com sua de Tchaikovsky – sua gravação • 1912 – Nomeação para a Orquestra de Filadélfia Em 11 de outubro, orquestra sinfônica, relançada de 1934, com a Orquestra de faz a estreia na Orquestra de Filadélfia; logo foi nomeado seu diretor pela Testament, junto com Filadélfia (Victor/HMV), com a uma bela Sheherazade, de • 1929-30 – Espírito pioneiro Durante a temporada sinfônica, abandona qual ele já trabalhava havia mais a batuta e cria o som “Stokowski” ou “Filadélfia”, com o uso amplo de Rimsky-Korsakov, de 1951, de vinte anos. É uma performance arcadas livres e jogando com a disposição das cadeiras e a acústica das com a Philharmonia Orchestra. que combina florescimento salas de concertos Petruchka traz muitos solos tonal e grande intensidade • 1939 – Trabalho com Walt Disney Colabora com Walt Disney no filme distintos e captura o páthos emocional, especialmente no de animação Fantasia, programando alguns de seus próprios arranjos da partitura de forma única. segundo movimento (uma (mais notavelmente Toccata e fuga em ré menor, BWV565, de Bach) e Alguns julgarão uma distorção leitura ampla, com 13’43”), no aparecendo na tela com Mickey Mouse intencional, mas ouça com qual o maravilhoso Arthur Berv • 1940 – Forma sua própria orquestra jovem Forma a All-American atenção e você vai sentir, além toca trompa solo. Os clímax são Youth Orchestra, com músicos de 18 a 25 anos do drama, a batida hesitante do avassaladores, enquanto o fim me • 1960 – Volta a se unir à Filadélfia Aparece com a Orquestra de coração do boneco. parece ter um andamento ideal, Filadélfia como convidado e grava com ela de novo Felizmente, para quem é evitando tempos super-rápidos que • 1973 – Ainda regendo aos 91 anos Rege a International Festival avesso ao som mono, uma das acho muito desconcertantes. Orchestra no Proms, interpretando a Quinta sinfonia de Tchaikovsky melhores “sínteses” de Wagner,

26 Agosto 2017 CONCERTO ícones

Tristão e Isolda (há numerosas reescritas que são sutilmente diferentes), em disco, e versões de estúdio da partitura para a RCA e a CBS (1946 foi refeita para a CBS, em estéreo, em 1960. Jamais esquecerei a ocasião e 1960, respectivamente). Gravações em Londres de Beethoven e em que um amigo que professava asco a Wagner ouviu essa produção Mahler, ao vivo e em estúdio, têm seus devotos legítimos, mas, para em particular e quase desmaiou. “Nunca ouvi nada tão romântico”, mim, o verdadeiro período dourado de Stokowski foi nos Estados exclamou. Depois que eu disse o que ele ouvira, ele passou o resto da tarde Unidos, do fim da década de 1920 ao começo dos anos 1960, quando repassando. Sugiro que esse é o melhor lugar para começar: Tristão, ou o grande escultor da audição fez gravações e transmissões de rádio que parte dele, transformado em um poema sinfônico orgânico, equivalente não foram igualadas até hoje. [Tradução: Irineu Franco Perpetuo] t virtual de algo de Liszt ou Scriabin. Também há as gravações de 1957, para k Ph oto toc a Capitol, do Prélude à l’après-midi d’un faune, de Debussy, e do Cisne de Gravação essencial selecionada Tuonela, de Sibelius, ambas mágicas pela forma com que Stokowski molda frases e inspira o melhor dos solistas individuais. The Columbia Stereo Recordings Sony Classical Para ser franco, com essa massa que Stokowski nos deixou (incluindo numerosas primeiras gravações mundiais), o melhor é Inclui a síntese de Tristão, o Concerto Imperador, de Beethoven (Glenn Gould), checar on-line o que está disponível. Para mim, o destaque entre suas a primeira gravação da Sinfonia nº 4, de Ives S /Al amy Ltd l P ress : P ictoria últimas gravações em Londres é uma retransmissão do Proms de 1964, (que causou grande comoção) e a Sinfonia em com a Orquestra Sinfônica da BBC, no Royal Albert Hall, de El amor dó, de Bizet, da última sessão de gravação de

fotografia brujo, de De Falla (BBC Legends), tão ardente quanto qualquer um Stokowski, em 1977

Agosto 2017 CONCERTO 27

u repertório

Música, drama e filosofia od uçã o repr

Com Tristão e Isolda, ópera da qual a Osesp interpreta neste mês o segundo ato, Wagner mudaria seus caminhos como compositor

Por João Luiz Sampaio

Richard Wagner

urante o outono de 1854, Richard Wagner trabalhava desejo. E esse ciclo vai se repetir incessantemente, acrescido de D na música de A valquíria, segunda das quatro óperas da toda a adversidade e a má sorte que fazem parte da experiência tetralogia O anel do nibelungo, quando iniciou a leitura de humana, até que a morte ponha um fim a ela. Frente a isso, há O mundo como vontade e representação, do filósofo Arthur apenas uma solução: o não pertencimento, a negação do desejo. Schopenhauer, cujo impacto ele definiria da seguinte maneira: Bryan Magee, em The Tristan Chord, anota que “Schopen- “Daquele momento em diante, o livro nunca me abandonou, e hauer deu a alguém já deprimido e desorientado pela perda de antes do verão do próximo ano eu já o havia lido quatro vezes. sua quase religiosa crença na política uma nova forma de ver Seu efeito em mim foi extraordinário e, em todos os sentidos, o mundo”. Ou, como o próprio Wagner afirmaria, “esse olhar decisivo para o resto de minha vida”, escreveu em sua auto- sobre o nada do mundo das aparências está na raiz de toda biografia para, logo em seguida, atribuir à obra do filósofo, e ao a tragédia, e todo grande poeta deve senti-lo”. A Wagner tam- “estado mental que ela produziu”, a inspiração para seu novo bém chama atenção a percepção de Schopenhauer a respeito projeto: Tristão e Isolda. Essa ópera não apenas retrata uma mu- da música. Para o filósofo, a linguagem musical é a única capaz dança de rumo fundamental para o compositor, como, em sua de retratar o mundo imaterial do qual nasce o homem. Ele linguagem musical, sintetiza a sensibilidade do romantismo ao fala na ideia de suspensão, e a melhor maneira de compre- mesmo tempo que a leva a seus limites. endê-la é pela forma que Wagner dá a ela. O famoso acorde Tristão e Isolda, da qual a Osesp interpreta neste mês o de Tristão, com o qual se inicia a ópera, é um bom exemplo: segundo ato em versão de concerto, narra a história do casal ele contém duas dissonâncias, mas Wagner resolve em seguida que, após tomar uma poção de amor, precisa lidar com o de- apenas uma delas, oferecendo ao ouvinte uma sensação mista de sejo proibido pelos costumes e pelo senso de honra da Idade resolução e não resolução, que se presta muito bem à histó- Média – ela havia sido prometida como esposa para o rei e tio ria de um amor que, ainda que forte, não pode se concretizar de Tristão, Marke. A inspiração para o libreto, assinado pelo (dando nova função narrativa à música); ao mesmo tempo, próprio Wagner, vem dos relatos da lenda medieval feitos evoca a oposição entre material e imaterial que está no centro por Gottfried von Strasburg, em 1210, e Tomás da Bretanha, do pensamento de Schopenhauer. em 1160. Mas o compositor não os adaptou propriamente. Outra tradução em música e drama de ideias filosóficas A comparação das fontes com o texto da ópera mostra que está justamente no segundo ato da ópera, que narra o encontro Wagner afastou-se de diversos aspectos (e personagens) da secreto dos amantes. Não é por acaso que a cena se dá à noite: história original. Manteve e reinventou aquilo que o interes- ela não é apenas o refúgio daqueles que amam, o momento em sava – e aí é preciso entender o contexto vivido por ele no que os sentimentos se impõem perante a razão, mas também momento em que se dedicou ao trabalho. o símbolo do distanciamento do mundo. Ao longo de mais de Os ideais revolucionários de 1849 infiltraram-se desde cedo uma hora de música, Tristão e Isolda dão vida ao desejo sexual nas óperas do compositor, e com O anel do nibelungo ele esbo- ao mesmo tempo que chegam à conclusão de que devem ser um çou a criação de uma obra fundamentalmente política. Afinal, só e que será apenas no momento em que deixarem de existir como chama atenção Bernard Shaw em O perfeito wagnerita, que poderão, enfim, estar juntos, voltando ao ponto de partida com deuses, anões, ninfas e ouro mágico, Wagner falava na ver- comum a todos os seres humanos. Quando são interrompidos dade da corrupção e das injustiças de sua época, defendendo pela chegada de Marke, a música mais uma vez não se resolve a arte como campo em que se poderia forjar a criação de uma – e só vai encontrar resolução no fim da ópera, sendo retomada sociedade diferente, mais justa, livre. No entanto, a percepção, no início da cena em que Isolda morre sobre o corpo do aman- adquirida com o tempo, de que novas ideias não foram capazes te. “Tristão deixou de ser uma história simples de um amor de criar outras práticas políticas, perpetuando mazelas contra as idealizado destruído tragicamente pelo ciúme para se trans- quais se lutava, deixou um gosto amargo no compositor – e em formar em uma exploração quase metafísica da angústia de boa parte de sua geração (o mesmo desconforto levaria Verdi, estar no mundo com a intoxicação fatal de uma paixão incon- por exemplo, a escrever uma peça sombria como Don Carlos). trolável”, diz o pesquisador John Deathridge. Nesse processo, Foi então que Wagner começou a leitura de Schopenhauer, Wagner daria nova função ao discurso musical, reproduzindo que estabelece uma visão da vida como fardo, marcado por com tal intensidade a noção romântica do sentimento como dor e sofrimento, que leva necessariamente à decadência e à filtro pelo qual se vê o mundo que, às gerações futuras, não morte. Schopenhauer identifica uma espécie de universo meta- caberia opção senão buscar novos caminhos. t físico, que não existe em nossas noções de tempo e espaço. O indivíduo seria uma manifestação temporária e material desse AGENDA mundo imaterial, e daí nasceria um descompasso que pauta nos- Tristão e Isolda – segundo ato sa existência: estamos constantemente desejando, buscando, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo esperando, lutando, mas esse é um caminho vão, afinal, ainda Sir Richard Armstrong – regente que conquistemos algo, logo será preciso estabelecer um novo Dias 30 de agosto, 1º e 3 de setembro, Sala São Paulo

30 Agosto 2017 CONCERTO u ABERTURA Roteiro Musical

fotos: divulgação g a Javier Camarena (São Paulo, dias 8 e 9 de agosto) ção / C h r is G lo

a div u lg Pinchas Zukerman (Belo Horizonte, dias 17 e 18 de agosto)

Ute Lemper (Ilhabela, dia 5 de agosto)

Iréne Theorin (São Paulo, dias 30 de agosto, 1º e 3 de setembro) Agosto 2017

u ROTEIRO MUSICAL São Paulo (página 32) As programações Nadja Salerno-Sonnenberg são fornecidas pelas (São Paulo, dias 1º e 2 de próprias entidades u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro (página 40) agosto; Rio de Janeiro, promotoras. Confirme dia 3 de agosto) antes de sair de casa. u ROTEIRO MUSICAL Brasil (página 44) u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

u 1 TERÇA-FEIRA Guerrero – regente. José Staneck – Iréne Theorin gaita e Leo Gandelman – saxofone. 20h00 Balé A bela adormecida, de Veja detalhes dia 3 às 21h. Tchaikovsky. Royal Ballet de Londres. er Bäck ção / M at Cinemark. R$ 50. Verificar horários e 21h30 GRUPO CORPO. Rodrigo endereços em www.cinemark.com.br. Pederneiras – coreografia. Participação:

a div u lg Grupo Metá Metá. Programa: Bach – música composta por Marco Antônio

g 20h30 16ª Mostra de Cordas a Dedilhadas. Homenagem a Ronoel Guimarães; e Gira (estreia) – música Simões. Esdras Maddalon – violão. composta pelo Grupo Metá Metá. Programa: Scarlatti – Sonatas original- Teatro Alfa. R$ 50 a R$ 160. Reapresentação mente escritas para cravo no período até dia 13, quartas e quintas-feiras às 21h, ção / C h r is G lo sextas-feiras às 21h30, sábados às 20h e Barroco; Turina – Sonata op. 61; e obras domingos às 18h. Sir Richard Armstrong de Giulio Regondi e Antonio José. Rafael a div u lg Altro – direção. Sala São Paulo Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. u Entrada franca. Continuidade dias 8, 15, 22 e 29 5 SÁBADO às 20h30; dia 12 às 19h e dia 26 às 16h. Osesp apresenta segundo ato da 15h00 Ópera Lucrezia Borgia, 21h00 YOA – Orquestra das de Donizetti. Série Ópera Comentada. ópera Tristão e Isolda, de Wagner Américas. Cultura Artística. Carlos Orquestra e Coro da Ópera de São Francisco. Riccardo Frizza – regente. Depois das atividades e concertos no Festival de Inverno de Cam- Miguel Prieto – regente. Nadja Salerno- -Sonnenberg – violino e Nathália John Pascoe – direção cênica. Renée pos do Jordão, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo volta a Serrano – mezzo soprano. Programa: Fleming, Michael Fabiano e Igor Vieira. sua programação regular na Sala São Paulo, nos dias 3, 4 e 5 de agosto, Stravinsky – Jeu de cartes; Piazzolla – Comentários: João Luiz Sampaio. sob regência de Giancarlo Guerrero. O programa é dedicado à música As quatro estações portenhas; e De Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura Inglesa. Entrada franca. das Américas, com destaque para Heitor Villa-Lobos, de quem são in- Falla – El sombrero de tres picos. Leia mais na pág. 34. terpretados o Concerto para harmônica, com solos de José Staneck, e a 16h30 Orquestra Sinfônica do Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 500. Fantasia para saxofone, com Leo Gandelman. O repertório inclui ainda Reapresentação com outro programa dia 2 Estado de São Paulo. Giancarlo a Passacaglia, de , e a Sinfonia Índia, na qual o mexicano às 21h. Guerrero – regente. José Staneck – Carlos Chávez constrói um discurso musical a partir de três melodias do gaita e Leo Gandelman – saxofone. Veja detalhes dia 3 às 21h. folclore mexicano. O mesmo repertório, sem a Fantasia, será apresenta- u 2 QUARTA-FEIRA do também no domingo, dia 6. 18h30 Alexandre Moschella – Nos dias 10, 11 e 12, o destaque do programa é o Concerto para 21h00 YOA – Orquestra das violão. Série Concertos. A música e as violoncelo de Unsuk Chin, compositora em residência da temporada Américas. Cultura Artística. Carlos outras artes. Programa: Angelo Giardino deste ano. O solista será Isang Enders, jovem violoncelista de origem ale- Miguel Prieto – regente. Nadja Salerno- – Estudos de virtuosismo e Estudo nº 40, Sabiá; Torroba – Aires de la Mancha; e mã e coreana, aluno de dois grandes nomes do instrumento: Truls Mork -Sonnenberg – violino e Nathália Serrano – mezzo soprano. Programa: Brouwer – Prelúdios epigramáticos e Lynn Harell. A regência é de Ilan Volkov, principal regente convidado Copland – El Salón México; Piazzolla – As sobre versos de Miguel Hernandez, da Sinfônica da BBC Escocesa. O programa se completa com duas peças quatro estações portenhas; e Stravinsky – El Decamerón negro, La espiral eterna importantes da primeira metade do século XX: Prélude à l’après-midi Petrushka. Leia mais na pág. 34. e Elogio de la danza. d’un faune, de Debussy, e O mandarim maravilhoso, de Bartók – as duas Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 500. Sesc Vila Mariana – Auditório. R$ 17. obras serão apresentadas também em concerto no domingo, dia 13. 20h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes Regente titular do Coro da Osesp, Valentina Peleggi assume a batuta u 3 QUINTA-FEIRA dia 4 às 21h30. nos dias 17, 18 e 19, quando o concerto tem início com a Abertura em ré, de Haydn. Em seguida, o pianista suíço Louis Schwizgebel, de 30 anos, 20h00 Salomão Soares – piano. ex-aluno de Emanuel Ax e segundo lugar do Concurso Internacional de Participação: Toninho Ferragutti – u 6 DOMINGO Piano de Leeds, interpreta o Concerto nº 5 para piano e orquestra, de acordeão. Programa: composições próprias e música popular brasileira. 11h00 Orquestra Sinfônica do Camille Saint-Saëns. A obra recebeu o codinome de concerto egípcio, Instituto Itaú Cultural. Entrada franca. Estado de São Paulo. Concertos pois o compositor trabalhou nela durante uma viagem ao país e, além Matinais. Giancarlo Guerrero – regente. disso, incluiu na partitura elementos da música africana e do Oriente 21h00 Orquestra Sinfônica do José Staneck – gaita. Programa: Marlos Médio, qualificando a peça como “uma viagem marítima”. E a ideia de Estado de São Paulo. Giancarlo Nobre – Passacaglia; Villa-Lobos – Concerto para harmônica e orquestra; jornadas, de certa forma, também está presenta nas duas composições de Guerrero – regente. José Staneck – gaita e Leo Gandelman – saxofone. Programa: e Carlos Chávez – Sinfonia Índia. Leia Rimsky-Korsakov que fecham os concertos: A lenda da cidade invisível Marlos Nobre – Passacaglia; Villa-Lobos – mais ao lado. de Kitej e a Donzela Frevonia e Capricho espanhol. Concerto para harmônica e orquestra Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos Para encerrar o mês, será apresentado um dos programas mais aguar- e Fantasia para saxofone e orquestra; por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. dados da temporada, o segundo ato de Tristão e Isolda, de Wagner. A e Carlos Chávez – Sinfonia Índia. Leia 11h00 Vento em Madeira e Mônica ópera é um marco não apenas na carreira de Wagner como na própria mais ao lado. Sala São Paulo. R$ 46 a R$ 213. Salmaso – cantora. Música no MCB. Léa história do gênero, colocando um fim, para alguns críticos, no romantis- Reapresentação dia 4 às 21h e dia 5 às 16h30. Freire – flautas, Teco Cardoso – saxofones mo e abrindo espaço para a música moderna. O segundo ato traz o célebre e flautas, Tiago Costa – piano, Fernando dueto de amor, em que a noite serve de refúgio para os amantes. A regência 21h00 Betina Stegmann – violino Demarco – contrabaixo acústico e Edu é de Sir Richard Armstrong, que já regeu a Osesp em O cavaleiro da rosa, e Sérgio Carvalho – cravo. Série Bach: Ribeiro – bateria. Programa: obras do CD Tema & Contratema. Programa: Bach – “Arraial”, diálogo entre a música erudita de Strauss. Como Tristão e Isolda, o tenor Lars Cleveman e a soprano Iréne Integral da obra para violino. Recital II. e popular. Theorin, grande wagneriana de sua geração; o baixo Peter Rose interpreta Espaço Cachuera!. R$ 30. Museu da Casa Brasileira. Entrada franca. Marke; a mezzo soprano Katarina Karnéus, Brangäne; e o barítono João Vitor Ladeira, Melot. As récitas acontecem nos dias 30 de agosto e 1º e 3 11h30 Leonardo Hilsdorf – piano de setembro. (Leia mais sobre Tristão e Isolda na página 30). u 4 SEXTA-FEIRA e Quarteto de Cordas Camargo Guarnieri. Elisa Fukuda e Ricardo O Coro da Osesp, sob regência do maestro convidado Daniel Reuss, 21h00 Orquestra Sinfônica do Takahashi – violinos, Silvio Catto – viola e faz um concerto especial dia 31 com obras de Wagner e Brahms. Estado de São Paulo. Giancarlo Joel de Souza – violoncelo. Programa: César

32 Agosto 2017 CONCERTO u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

Dias 22 e 24, Sala São Paulo Franck – Quinteto para piano e cordas; u 10 QUINTA-FEIRA e Chopin – Concerto para piano nº 1. András Schiff interpreta Bach e Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. R$ 50. 10h00 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Coro Acadêmico 12h00 Orquestra Sinfônica propõe diálogos entre autores da Osesp e Coro da Osesp. Ensaio Heliópolis. Festival Johann Strauss aberto. Ilan Volkov – regente. Isang Jr. Isaac Karabtchevsky – regente. Uma caraterística marcante da Enders – violoncelo. Programa: Debussy – András Schiff Programa: J. Strauss Jr. – Valsa do trajetória do pianista húngaro An- Prélude à L’après-midi d’un Faune; Unsuk Imperador, Sangue Vienense, Perpetuum Chin – Concerto para violoncelo; e Bartók drás Schiff, um dos expoentes do Mobile, Vozes da primavera, Tritsch- – O mandarim miraculoso op. 19. piano na atualidade, é a sua habi- Tratsch-Polka, Abertura de O morcego Sala São Paulo. R$ 10. Apresentação às 21h, lidade em montar programas de re- e O danúbio azul. Leia mais na pág. 35. dia 11 às 21h e dia 12 às 16h30. R$ 46 a R$ 213. citais. Se em alguns casos ele se de- Theatro Municipal. R$ 10. dica a obras ou séries completas de 19h00 Festival Giacomo Bartoloni 15h00 Quarteto de Cordas do 60 Anos. Duo Gisela Nogueira e Luciano determinados autores, em outros Instituto Baccarelli. Concertos na ele sugere um diálogo estimulante Morais, Edelton Gloeden, Marcos Flávio, Garagem. Wagner Oliveira e David Rosimary Parra e Teresinha Prada– violões. entre criadores que nem sempre se Manoel – violinos, Davidson Brito –

ção Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria imaginaria juntos. E ambas as face- viola e Juan Rogers – violoncelo. de Lourdes Sekeff. Entrada franca. Choque Cultural – Garagem. Entrada franca. Continuidade até dia 11. tas estarão presentes nos recitais a div u lg que ele faz nos dias 22 e 24 na Sala 16h00 Cihan Sahin – piano. Recitais de 20h00 Coro Vox Anima. Jardim São Paulo, pela temporada da Cultura Artística (que também apresenta Piano do MuBE. Programa: obras de Bach, in Concert. Jonatas Costa – regente. este mês concertos da Orquestra das Américas, leia mais abaixo). Mozart, Beethoven, Chopin e Debussy. Leonardo Fernandes – piano e órgão. No dia 22, Schiff vai interpretar o livro I do Cravo bem temperado, Auditório MuBE. R$ 30. Programa: Rheiberger – Stabat Mater; de Bach, peça cuja importância histórica a coloca entre as obras funda- e John Leavitt – Missa Festiva. 18h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes Igreja Presbiteriana Jardim das Oliveiras. doras da literatura para teclado, um enorme desafio para o intérprete dia 4 às 21h30. Entrada franca. (Schiff gravou os dois livros do Cravo em 2012, para o selo ECM). Já no dia 24, ele estabelece um paralelo entre a obra de Bach e criações de u 21h00 Orquestra Sinfônica do Bartók, além de inserir neste diálogo uma peça importante do século XX, 8 TERÇA-FEIRA Estado de São Paulo, Coro Acadêmico a intensa Sonata 1.X.1905, de Janácek, e a Sonata nº 1, de Schumann. da Osesp e Coro da Osesp. Ilan Volkov 20h30 16ª Mostra de Cordas – regente. Isang Enders – violoncelo. Schiff também está lançando no Brasil um novo disco, dedicado a Dedilhadas. Homenagem a Ronoel Programa: Debussy – Prélude à L’après- peças de Bach, Mozart, Haydn e Schubert (leia mais na página 52). Simões. Angela Muner – violão. midi d’un Faune; Unsuk Chin – Concerto Programa: Villa-Lobos – Choros nº 1, para violoncelo; e Bartók – O mandarim Prelúdios nº 1, nº 5 e nº 2; e obras de miraculoso op. 19. Leia mais na pág. 32. Torroba, Turina e Albéniz. Rafael Altro – Sala São Paulo. R$ 46 a R$ 213. direção. Reapresentação dia 11 às 21h e dia 12 Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. às 16h30. Dias 1º e 2, Sala São Paulo Entrada franca. Continuidade dia 12 às 19h; dias 15, 22 e 29 às 20h30; e dia 26 às 16h. 21h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes Orquestra das Américas reúne dia 4 às 21h30. 21h00 Pretty Yende – soprano, Javier jovens artistas do continente Camarena – tenor e ÁNGEL RODRÍGUEZ – piano. Mozarteum Brasileiro. Programa: u 11 SEXTA-FEIRA A Orquestra das Américas, grupo trechos de Donizetti – O elixir de amor; formado por jovens músicos de todo o ção Rossini – O barbeiro de Sevilha, La ce- 15h00 Festival Giacomo Bartoloni nerentola e Il turco in Italia; Bellini – I 60 Anos. Duo Luiz Stelzer e Ricardo

continente americano, tem como pro- a div u lg Capuleti e i Montecchi e La sonnambula; Luccas, Duo Favoritti, Filipe Marlon, Gilson posta promover o intercâmbio entre Donizetti – Linda di Chamounix, Lucia di Antunes e Ismael Mesquita– violões. culturas e refinar a formação da nova ge- Lammermoor e Don Pasquale; e Verdi – Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria ração, e já contou com a participação de Rigoletto. Leia mais na pág. 35. de Lourdes Sekeff. Entrada franca. artistas como Plácido Domingo e Yo-Yo Sala São Paulo. R$ 210 a R$ 600. Reapresentação dia 9 às 21h. Ma, entre outros. 19h00 Festival Giacomo Bartoloni 60 Anos. Cleyton Fernandes, Duo Este mês, o conjunto faz duas apre- Nadja Salerno- Giacomo Bartoloni e Celina Charlier, sentações na Sala São Paulo, comanda- u 9 QUARTA-FEIRA Everton Gloeden e Flávio Apro – violões. -Sonnenberg do pelo maestro mexicano Carlos Mi- Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria 19h00 Festival Giacomo Bartoloni de Lourdes Sekeff. Entrada franca. guel Prieto, atual diretor da Orquestra 60 Anos. Concerto de abertura. Giacomo Sinfônica Nacional do México e regente convidado da Orquestra Bartoloni – violão. Participação: Fábio 20h00 Associação Amigos do Bartoloni – violão e Daniela Lucatelle Hallé, na Inglaterra, e da Sinfônica de Detroit, nos Estados Unidos. Teatro Lírico de Equipe/Cia. Ópera – piano. Programa: obras de Giacomo Como solista, a violinista americana Nadja Salerno-Sonnenberg, São Paulo. Gala de Ópera. Jayana Bartoloni e Carmo Bartoloni; e Luca que substitui os violonistas do Duo Assad que, previamente anun- Paiva – soprano, Juliana Taino – mezzo Luciano – Divertimento Mediterrâneo soprano, Daniel Umbelino – tenor e ciado, precisou cancelar a vinda ao Brasil por motivos de saúde. para dois violões (estreia mundial). Tobias Greenhalgh – barítono. Programa: A violinista apresenta, nos dois concertos, as Quatro estações Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria obras de Britten, Rossini, Verdi, Puccini portenhas, de Astor Piazzolla. No dia 1º, o programa conta ainda de Lourdes Sekeff. Entrada franca. Continuidade até dia 11. e Gounod. Paulo Abrão Esper – direção- com Jeu de cartes, de Stravinsky, e El sombrero de tres picos, de -geral e artística. Leia mais na pág. 38. Manuel de Falla. No dia 2, os músicos interpretam El Salón México, 21h00 Pretty Yende – soprano, Javier Teatro Sérgio Cardoso. R$ 20 a R$ 50. de , e Petrushka, de Stravinsky. O grupo também se Camarena – tenor e ÁNGEL RODRÍGUEZ apresenta no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 2 (leia – piano. Mozarteum Brasileiro. 21h00 Orquestra Sinfônica do mais na página 42) e, dia 6, no Festival Vermelhos, em Ilhabela, com Veja detalhes dia 8 às 21h. Estado de São Paulo, Coro Acadêmico da Osesp e Coro da Osesp. Ilan Volkov o pianista Ricardo Castro (leia mais na página 45). 21h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes – regente. Isang Enders – violoncelo. Veja dia 4 às 21h30. detalhes dia 10 às 21h.

34 Agosto 2017 CONCERTO 21h30 GRUPO CORPO. Veja detalhes 15h00 Quinteto de Sopros do dia 4 às 21h30. Instituto Baccarelli. Concertos na Dias 8 e 9, Sala São Paulo Garagem. Vivian Leite – flauta, André Massuia – oboé, Victor Sandoval – clari- Javier Camarena e Pretty Yende u 12 SÁBADO nete, Matheus Araújo – fagote e Jéssica Alves – trompa. fecham série do Mozarteum 11h00 O mundo de Ludovico. Série Choque Cultural – Garagem. Entrada franca. Aprendiz de Maestro. Série Tucca Música Após trazer ao Brasil, em 2016, o tenor Jonas Kaufmann e, este pela Cura. Sinfonieta Tucca Fortíssima, 16h00 Orquestra Jovem do Estado, ano, a soprano Diana Damrau, o Mozarteum Brasileiro encerra a Coro CT Singers e Cia. Dans La Dance. Coral Jovem e Coral Juvenil do Guri. Programa: obras de Beethoven. Cláudio Cruz – regente. Camila Titinger – sua série de concertos na Sala São Paulo com outros dois grandes Sala São Paulo. R$ 75 a R$ 85. Vendas: Tucca – soprano e Luciana Bueno – mezzo nomes do canto lírico internacional: o tenor mexicano Javier Ca- Tel. (11) 2344-1051 e www.ingressorapido.com. soprano. Programa: Mahler – Sinfonia marena e a soprano sul-africana Pretty Yende, para recital com o br. Venda revertida para a Tucca. nº 2, Ressurreição. Leia mais na pág. 37. pianista Ángel Rodríguez. Sala São Paulo. R$ 40. 15h00 Ópera Fierrabras, de Camarena despontou para a fama quando, em 2014, ofereceu Schubert. Série Ópera Comentada. 18h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes um bis durante uma apresentação no Metropolitan Opera House, Orquestra e Coro da Ópera de dia 4 às 21h30. de Nova York – antes dele, apenas Luciano Pavarotti e Juan Diego Zurique. Franz Welser-Möst – regente. Florez haviam conquistado feito semelhante. Pouco depois, ele re- Comentários: João Luiz Sampaio. petiria o mesmo feito no Teatro Real de Madri, na Espanha. Pretty Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura u 15 TERÇA-FEIRA Inglesa. Entrada franca. Yende, por sua vez, tem se destacado nos palcos de todo o mundo 20h30 16ª Mostra de Cordas desde que venceu o Concurso de Canto Operalia, promovido pelo 16h30 OSESP e Coros da Osesp. Ilan Dedilhadas. Homenagem a Ronoel tenor Plácido Domingo. Em 2016, lançou seu primeiro CD, um Volkov – regente. Isang Enders – violon- Simões. Flávio Apro – violão. Programa: celo. Veja detalhes dia 10 às 21h. recital com árias de ópera para o selo Decca Classics. Debussy – Homenaje pour Le Tombeau; Nos recitais em São Paulo, eles vão interpretar árias e duetos de Flávio Apro – Canções do CD “Flávio Apro 18h30 Lucas Tomazinho – piano. plays Napoleon Coste”; e obras de De Rossini, Bellini, Donizetti e Verdi, com foco no período do bel canto. Série Concertos. A música e as outras Falla, Bach, Torroba, Ponce, Napoleon “É uma forma de expressão fascinante, que não se limita à qualidade artes. Programa: Granados – Goyescas Coste, Villa-Lobos, Giácomo Bartoloni técnica. Cada nota, cada agudo, tudo tem um sentido, representan- nº 1, nº 4 e nº 7; e Ravel – Gaspard de la e Rafael Altro. Rafael Altro – direção. nuit; e Liszt – Aprés une lecture du Dante, do a busca da correspondência exata entre a palavra e a música”, Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. explicou Camarena em entrevista recente à Revista CONCERTO. Fantasia quasi sonata. Entrada franca. Continuidade dias 22 e 29 às Sesc Vila Mariana – Auditório. R$ 17. 20h30; e dia 26 às 16h.

19h00 16ª Mostra de Cordas ção Dedilhadas. Homenagem a Ronoel u 16 QUARTA-FEIRA

Simões. Performance Teatro-Musical a div u lg “Come Heavy Sleep”, de Rémy Reber 12h40 Ópera O elixir de amor,

(França). Programa: Britten – Nocturnal; de Donizetti. Ópera no Hall. Academia i nment u sic E nterta Tristan Murail – Tellur; Julien Malaussena de Ópera Theatro São Pedro e Ópera – Scra’p; e obras de Mompou, Dowland e Estúdio EMESP. Brouwer. Rafael Altro – direção. Theatro São Pedro. Entrada franca. g / S o n y M Centro Cultural São Paulo – Sala Adoniran Reapresentação dia 23 às 12h30 na Emesp Barbosa. Entrada franca. Continuidade dias 15, Tom Jobim. 22 e 29 às 20h30; e dia 26 às 16h. 20h00 Coro Acadêmico da Osesp. go r H oh enber Gre 20h00 GRUPO CORPO. Veja detalhes Osesp na Pinacoteca. Marcos Thadeu dia 4 às 21h30. – regente. Programa: Janequin – Bel Aubépin Verdissant, Si Dieu voulait, Javier Camarena Pretty Yende 22h00 Al-mu’tamid, poeta rei do Vents Hardis e La Guerre; Debussy Al-Andalus. 12ª Mostra Mundo Árabe de – Três canções de Charles d’Orléans; Cinema. Uma viagem por dez séculos de Ravel – Três canções para coro misto; música e interculturalidade. André Mehmari – The Rainbow Rose; Sala São Paulo. R$ 30. e Bartók – Quatro canções. Pinacoteca do Estado de São Paulo. Dia 6, Theatro Municipal / Dia 20, Sesc Santos / Dia 27, Masp Auditório Entrada franca. u 13 DOMINGO Sinfônica Heliópolis faz programa 11h00 Orquestra Sinfônica do u 17 QUINTA-FEIRA Estado de São Paulo, Coro Acadêmico dedicado a valsas de Strauss da Osesp e Coro da Osesp. Concertos 10h00 Orquestra Sinfônica do A Orquestra Sinfônica Heliópolis abre a programação de agosto dos Matinais. Ilan Volkov – regente. Estado de São Paulo. Ensaio aberto. Programa: Debussy – Prélude à L’après- Valentina Peleggi – regente. Louis corpos estáveis do Instituto Baccarelli no dia 6, com um concerto no midi d’un Faune; e Bartók – O mandarim Schwizgebel – piano. Programa: Haydn Theatro Municipal de São Paulo. O diretor artístico Isaac Karabtchevsky miraculoso op. 19. Leia mais na pág. 32. – Abertura em ré; Saint-Saëns – Concerto rege um programa inteiramente dedicado a obras de Johann Strauss II. É Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos para piano nº 5, Egípcio; e Rimsky- ele um dos responsáveis por refinar o gênero valsa, nascido em Viena, e por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. -Korsakov – A lenda da cidade invisível fazê-lo dialogar com outras culturas, em obras como Valsa do imperador, de Kitej e a Donzela Frevonia: Suíte, 12h00 Orquestra de Cordas laetare. e Capricho Espanhol op. 34. Danúbio azul e Perpetuum Mobile; o concerto terá também a abertura O flolclore das nações em concerto de Sala São Paulo. R$ 10. Apresentação às 21h, da opereta O morcego. cordas. Muriel Waldman – regente. dia 18 às 21h e dia 19 às 16h30. Já a Orquestra Juvenil Heliópolis apresenta dois programas. No dia Programa: Dvorák – Dança Eslava nº 2; 20, no Sesc Santos, no litoral paulista, interpreta a Sinfonia nº 9, Do novo Jeff – Suíte Armênia e Caminos argen- 20h00 Nicolás Sallaberry – violão. mundo, de Dvorák, e a Abertura festiva, de Shostakovich, sob regência tinos; Lacerda – Dança, do quarteto de Canções do Caminho. Programa: músicas cordas nº 1; Bartók – Dança populares latino-americanas. de Edilson Venturelli. E, no dia 27, no Auditório do Masp, o grupo apre- romenas; e Pout-pourri israelense. Memorial da América-Latina – Auditório senta duas peças de Arthur Barbosa, que assina a regência do espetáculo: Hebraica. Entrada franca. da Biblioteca Latino-Americana. R$ 10. Tanguero concerto e Sinfonia brasileira.

Agosto 2017 CONCERTO 35 u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

20h00 Balé Pulcinella, de 15h00 Quarteto de Cordas do Stravinsky; e Ópera Arlecchino, de Instituto Baccarelli. Concertos na Autores barrocos são destaques da Osusp Busoni. 1ª parte: Balé Pulcinella, de Garagem. Gabriel Meca e Marina Xavier Stravinsky. Orquestra do Theatro São – violinos, Vitor Coelho – viola e Daniel A música barroca é o destaque da agenda de agosto da Orques- Pedro. Ira Levin – direção musical e Tassotti – violoncelo. tra Sinfônica da USP. Nos dias 18 (Centro de Difusão Internacional regente. William Pereira – direção Choque Cultural – Garagem. Entrada franca. da USP) e 20 (Sala São Paulo), o grupo será comandado pelo maestro cênica e concepção de cenário. São 16h00 Duo Aurore – piano a quatro Cláudio Cruz, diretor artístico da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo Companhia de Dança. Inês Bogea – direção artística. Diego de Paula mãos. Recitais de Piano do MuBE. Paulo, em um programa com as Suítes nº 2 e nº 3 da Música aquá- (Pulcinella), Thamiris Prata (Pimpinella), Renata Bittencourt e Diego Munhoz – tica de Händel, seguidas da Sinfonia nº 2, de Beethoven. O grupo Paula Alves (Prudenza), Luciana Davi pianos. Programa: Schubert – Rondó também se apresenta no interior do estado, em Pirassununga, no dia (Rosetta) – bailarinos. 2ª parte: Ópera op. 107; Ravel – Rapsódia espanhola; 10. Nesta ocasião, o regente é Guilherme Mannis, diretor artístico Arlecchino, de Busoni. Vinícius Atique e Rachmaninov – Peças op. 11. Auditório MuBE. R$ 30. e regente titular da Orquestra Sinfônica de Sergipe. No programa, (Alerquim), Rodolfo Giuliani (Sr. Mateo Del Sarto) e Johnny França (Abate a Suíte nº 2 para flauta e cordas, com solos de Renato Kimachi, e o Cospicuo) – barítonos, Denise de Freitas 17h00 Ensemble OCAM – Orquestra Concerto de Brandemburgo nº 3, ambas de Bach, e as Suítes nº 1 e (Colombina) – mezzo soprano, Giovanni de Câmara da ECA/USP. Encerramento nº 2 da Música aquática de Händel. Tristacci (Leandro) – tenor e Pepes do da Exposição Invenções da Mulher Valle (Doutor Bombasto) – baixo-barítono. Moderna, para além de Anita e Tarsila. Leia mais na pág. 37. Gil Jardim – regente. Programa: Patrícia Lopes – Jardim das flores, Hortência e No Alvaro Siviero toca concerto de Brahms Theatro São Pedro. R$ 30 a R$ 80. Reapresentação dias 21, 23 e 25 às 20h e 27 às 17h. ar da noite (estreia mundial); Léa Freire O pianista Alvaro Siviero é a atração de agosto, dia 26, da – A coisa ficou russa; e Valéria Bonafé – Orquestra Sinfônica de Santo André. Dono de uma trajetória ver- 20h00 Paulo Gori – piano. Recitais I am [ where?], making a personal trajec- sátil, na qual convivem a atuação como solista e músico de câma- Eubiose. Programa: Debussy – Integral tory of listening (estreia brasileira). Instituto . Entrada franca. ra, ele vai interpretar um dos mais importantes concertos para dos prelúdios, livros I e II. Sociedade Brasileira de Eubiose. R$ 30. piano e orquestra do repertório, o Concerto nº 2 de Brahms. A 18h00 ANTONIO MENESES – violoncelo e peça foi estreada em 1881 e propõe um diálogo estimulante entre 20h00 Paulo Porto Alegre – violão e aNDRÉ MEHMARI – piano e compositor. orquestra e solista. A regência é do maestro Laércio Diniz, que Maria Helena Andrade – piano. Centro Veja detalhes dia 18 às 21h. rege ainda as Séries brasileiras, de Alberto Nepomuceno. de Música Brasileira. 1ª parte: Paulo Porto Alegre – violão. Programa: Villa- Lobos – Prelúdios nº 3 e nº 5; Guerra- u 21 SEGUNDA-FEIRA Peixe – Suíte; Lacerda – Ponteio; Gnattali – Pequena Suíte; Laurindo Almeida 20h00 Balé Pulcinella, de Stravinsky – Crepúsculo em Copacabana e Brasileiro; e ópera Arlecchino, de Busoni. Veja e Paulo Porto Alegre – Três estudos. 2ª detalhes dia 19 às 20h. 21h00 Orquestra Sinfônica do u 19 SÁBADO parte: – piano. Estado de São Paulo. Valentina Maria Helena Andrade Programa: Programa: Alimonda – Três es- Peleggi – regente. Louis Schwizgebel – 11h00 escualo ensemble. Série u 22 TERÇA-FEIRA piano. Programa: Haydn – Abertura em tudos; Mignone – Seguida, Temperando, Encontros Clássicos. Lançamento do Outra lenda sertaneja, Beliscando forte, ré; Saint-Saëns – Concerto para piano 20h30 16ª Mostra de Cordas CD “Novos ares”. Amanda Martins – Valsa que não é de esquina e Batuque nº 5, Egípcio; e Rimsky-Korsakov – A Dedilhadas. Homenagem a Ronoel violino, Daniel Grajew – piano, Cláudio batucado; Villa-Lobos – Saudades das lenda da cidade invisível de Kitej e a Simões. Andrea Roberto (França) – violão. Torezan – contrabaixo e Rubén Zúñiga – selvas brasileiras; Lacerda – Pequena Donzela Frevonia: Suíte, e Capricho Programa: Tárrega – Variações sobre um vibrafone. Programa: Fresedo – Mi viejo canção e Sonatas nº 1 e nº 2; Tacuchian – Espanhol op. 34. Leia mais na pág. 32. tema de Paganini, Carnaval de Veneza; reloj; Grejew – Milonga cuera e Tango Dobrado; Chiquinha Gonzaga – Gaúcho. Sala São Paulo. R$ 46 a R$ 213. Reapresentação Castelnuovo-Tedesco – Capricho Diabólico buto; Schissi – Astor de pibe; Zúñiga – Centro Brasileiro Britânico. Entrada franca. dia 18 às 21h e dia 19 às 16h30. Alma; Federico – Cabulero; Salgán – A op. 85a; Paganini – Concerto para violino nº 2; e obras de Giulio Regondi, Rodrigo fuego lento; e Nazareth – Odeón. 20h00 Orquestra de Violões Triade e Mauro Giuliani. Rafael Altro – direção. u 18 SEXTA-FEIRA Sala São Paulo – Sala do Coro. Entrada franca. e Filipe Marllon – violão. Concertos Triade Vioesp. Programa: Bach – Prelúdio, Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. 15h00 Ópera Werther, de Entrada franca. Continuidade dia 26 às 15h e 12h30 Orquestra Sinfônica da fuga e allegro BWV 998; Brouwer – El Massenet. Série Ópera Comentada. dia 29 às 20h30. USP. Cláudio Cruz – regente. Programa: Decameron negro; Hans Haug – Alba; Orquestra e Coro da Ópera de Paris. Händel – Música aquática, Suítes nº 2 e Villa-Lobos – Prelúdios nº 4 e Estudos Michel Plasson – regente. Benoit 21h00 András Schiff – piano. Cultura nº 3; e Beethoven – Sinfonia nº 2. Leia nº 11; Rodrigo – Fandango, três peças Jacquot – direção cênica. Comentários: Artística. Programa: Bach – O cravo bem mais acima. espanholas; e Fernando Sor – Gran solo. João Luiz Sampaio. temperado vol. 1. Leia mais na pág. 34. Centro de Difusão Internacional da USP. Triade Instituto Musical. R$ 18. Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 330. Reapresentação Entrada franca. Reapresentação dia 20 às Inglesa. Entrada franca. com outro programa dia 24 às 21h. 11h na Sala São Paulo. 21h00 ANTONIO MENESES – violoncelo e 16h00 Julio Paravela – piano. aNDRÉ MEHMARI – piano e compositor. 21h00 Orquestra Sinfônica do Série Jovens talentos do piano. Veja detalhes dia 18 às 21h. u 23 QUARTA-FEIRA Estado de São Paulo. Valentina Programa: Schubert – Sonata Peleggi – regente. Louis Schwizgebel – D 784; e Chopin – Balada nº 3. 12h30 Ópera O elixir de amor, de piano. Veja detalhes dia 17 às 21h. Aronne Pianos. Entrada franca. u 20 DOMINGO Donizetti. Ópera no Hall. Academia de Ópera Theatro São Pedro e Ópera 21h00 ANTONIO MENESES – violoncelo e 16h30 Orquestra Sinfônica do 11h00 Orquestra Sinfônica da USP. Estúdio EMESP. aNDRÉ MEHMARI – piano e compositor. Estado de São Paulo. Valentina Concertos Matinais. Cláudio Cruz – regen- Emesp Tom Jobim – Saguão. Entrada franca. Lançamento do CD “AM60AM40”, em Peleggi – regente. Louis Schwizgebel – te. Programa: Händel – Música aquática, comemoração dos 60 anos de Antonio piano. Veja detalhes dia 17 às 21h. Suítes nº 2 e nº 3; e Beethoven – Sinfonia 20h00 Balé Pulcinella, de Stravinsky Meneses e dos 40 anos de André nº 2. Leia mais ao lado. e ópera Arlecchino, de Busoni. Veja Mehmari. Programa: Mehmari – Suíte bra- 18h30 Bruch Trio. Série Concertos. Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos detalhes dia 19 às 20h. sileira, Aurora nasceu e Impermanências; A música e as outras artes. Aída Machado por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. e diálogos com Johann Sebastian Bach – piano, Marta Vidigal – clarinete e com o pianista russo Aleksandr Zilot e o Marcelo Jaffé – viola. Programa: Max Bruch 11h00 Mere Big Band. Música no u 24 QUINTA-FEIRA francês Pierre Fournier. – Estudos op. 83; Brahms – Dois cantos op. MCB. Emiliano Sampaio – regente. Sesc Vila Mariana. R$ 25. Reapresentação dia 91; e Schumann – Contos de fantasia. Programa: obras do CD “Tourists”. 12h30 Trio de Metais da OSUSP 19 às 21h e dia 20 às 18h. Sesc Vila Mariana – Auditório. R$ 17. Museu da Casa Brasileira. Entrada franca. e Talita Martins – piano. Amarildo

36 Agosto 2017 CONCERTO Nascimento – trompete, Carlos 20h00 Les Folies. III Mostra Sesi de Theatro São Pedro Freitas – trombone e Vitor Ferreira Música Erudita. A história da música. – trompa. Programa: Gilson dos Programa: John Dowland – Mrs Winter’s Ópera de Busoni e balé de Santos – Turmalina; Eugene Bozza – Jump; Raimbaut de Vaqueiras – Kalenda Chant Lointain, Rustiques e Balada; Maya; William Byrd – La volta; Cussy Stravinsky abrem série lírica e Poulenc – Sonata. de Almeida – Abôio e Nordestinados; Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. e Anônimos – Bourée, Ductia, Dança O Theatro São Pedro abre Ira Levin Entrada franca. Reapresentação dia 27 às de aldeia, Saltarello, La rota e outras. em agosto a sua temporada lírica 12h no Sesc Santo André. Teatro do Sesi Osasco. Entrada franca. com um título pouco conhecido, 19h15 Quinteto Persch. Adriano 20h00 Duo Celta. III Mostra Sesi de Arlecchino, de Ferrucio Busoni, em Persch – direção musical. Adriano Música Erudita. A música pelo mundo. dobradinha com o balé Pulcinella, Persch, André Machado, Daniel Gilson Barbosa – oboé e corne inglês de Stravinsky. A regência é do ame- Castilhos, Ezequiel de Toni e Luciano e Vanja Ferreira – harpa céltica. ricano Ira Levin, que tem diversas Rhoden – acordeão. Participação: Teatro do Sesi São Bernardo do Campo. Toninho Ferragutti – acordeão. Entrada franca. passagens pelas temporadas brasilei- Programa: Ernani Aguiar – Quatro ras, e a direção cênica, de William momentos nº 3; Henrique Alves de 21h30 cia. de dança deborah Pereira. A estreia é no dia 19. Mesquita – Batuque; Otavio de Assis colker. – direção artís- Escrita em 1913, Arlecchino ção Brasil – À moda francesa e O afiador de tica e coreografia. Balé Cão em plumas.

não retrata eventos específicos, a div u lg faca; Nazareth – Vem cá, branquinha; Cláudio Assis – projeção de imagens. Gnattali – Pixinguinha (Suíte Retratos) Teatro Alfa. R$ 50 a R$ 160. Reapresentação mas, sim, é um comentário de e Pé de moleque; Carlos Gomes – O até dia 3/9, terças, quartas e quintas-feiras Busoni a respeito das convenções do mundo da ópera, inspirado nas burrico de pau; Guerra-Peixe – Mourão; às 21h, sextas-feiras às 21h30, sábados às personagens da commedia dell’arte. A música se insere no período neo 20h e domingos às 18h. e Toninho Ferragutti – Nem sol nem lua clássico, ou seja, de volta às formas do passado na busca por uma nova e Na sombra da asa branca. linguagem – o mesmo espírito que moveu Igor Stravinsky ao compor Caixa Cultural São Paulo. Entrada franca. Reapresentação dias 25, 26 e 27 às 19h15. u 26 SÁBADO Pulcinella, também inspirada na commedia dell’arte, e que ganha coreo- grafia da São Paulo Companhia de Dança. 20h00 Duo Ferraz. Série Perspectivas 15h00 16ª Mostra de Cordas Dedilhadas. Homenagem a Ronoel A programação do São Pedro inclui ainda uma apresentação, no dia Musicais. João Pedro Ferraz – violino e 16, da série Ópera no Hall, com O elixir do amor, de Donizetti, na inter- Renan Ferraz Galvão – viola. Programa: Simões. Fábio Zanon – violão. Programa: Bach – Adágio da Sonata em sol menor Sarau para Ronoel Simões. Rafael Altro – pretação dos alunos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro e do para violino; Bach – Partita em mi maior direção. Ópera Studio da Escola de Música do Estado de São Paulo (leia mais sobre para violino; Mozart – Duo em sol maior; Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. o teatro na entrevista com o diretor da Santa Marcelina Cultura, organiza- Entrada franca. Continuidade dia 29 às 20h30. e Händel/Halvorsen – Passacaglia. ção responsável pela gestão do espaço, Paulo Zuben, na página 14). Instituto de Engenharia – Auditório. Entrada franca, reservas pelo site www. 15h00 Ópera Ariadne Auf Naxos, iengenharia.org.br. de R. Strauss. Série Ópera Comentada. Orquestra Estatal de Dresden. Christian 21h00 András Schiff – piano. Thielemann – regente. Philippe Arlaud – Cultura Artística. Programa: Bach – direção cênica. Elenco: Renée Fleming, Dia 13, Sala São Paulo Sinfonias nº 1 a nº 15, Invenção a 3 Sophie Koch e Eike Wilm Schulte. vozes; Bartók – Suíte op. 14 Sz 62 e Comentários: João Luiz Sampaio. Orquestra Jovem do Estado Szabadan Sz 81 nº1 a nº 5, Ao ar livre; Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura Janácek – Sonata 1.X.1905; e Schumann Inglesa. Entrada franca. toca a Sinfonia nº 2 de Mahler – Sonata nº 1. Leia mais na pág. 34. Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 330. 16h00 Banda sinfônica Jovem do A Orquestra Jovem do Estado de São Paulo interpreta, em agos- Estado e Trio Corrente. Mônica Giardini – regente. Programa: André to, um dos monumentos da história da música do final do século u 25 SEXTA-FEIRA Mehmari – Frevo rasgado; Paulo Paulelli XIX e início do século XX, a Sinfonia nº 2, Ressurreição, de Gustav – Ao meu amigo Messias; Tom Jobim – Mahler. A obra é símbolo da maneira como o compositor repensaria 19h15 Quinteto Persch. Veja Garota de Ipanema, Outra vez e Triste; a forma da sinfonia que, para ele, deveria englobar uma ideia de detalhes dia 24 às 19h15. Fabio Torres – Samba do Ribeiro; Edu mundo. A regência é de Cláudio Cruz, que terá ao seu lado duas so- Ribeiro – Nívea; Tom Jobim/Vinicius de 20h00 Balé Pulcinella, de Moraes – Modinha; Baden Powell/Paulo listas que estão entre as mais importantes vozes do cenário nacional: Stravinsky e ópera Arlecchino, de César Pinheiro – Refém da solidão; a soprano Camila Titinger, com passagens por grupos como a Osesp e Busoni. Veja detalhes dia 19 às 20h. e – O bem do mar; palcos como a Sala São Paulo e o Theatro da Paz, e a mezzo soprano Masp Auditório. R$ 20. Reapresentação Luciana Bueno, que já atuou nos principais palcos brasileiros. 20h00 Duo Olga Kopylova – piano dia 27 às 11h na Sala São Paulo. Também participam da apresentação o Coral Jovem do Estado e e Yuriy Rakevich – violino. III Mostra Sesi de Música Erudita. A música pelo 18h30 Nahim Marun – piano. Série o Coral Juvenil do Guri. O mesmo programa será apresentado no dia mundo. Programa: Szymanowski – Mitos, Concertos. A música e as outras artes. 12, em Ilhabela, no litoral de São Paulo, no âmbito do Festival Verme- A fonte de Arethusa, Narcisso e Driades Programa: Ravel – Gaspard de la nuit; e lhos – Música e Artes Cênicas (leia mais sobre o evento na página 45). e Pan; e Fauré – Sonata nº 1. Mussorgsky – Quadros de uma exposição. Teatro do Sesi Mauá. Entrada franca. Sesc Vila Mariana – Auditório. R$ 17.

20h00 Duo Vibrapiano. III Mostra 19h15 Quinteto Persch. Veja Sesi de Música Erudita. Compositores detalhes dia 24 às 19h15. nacionais. Daniel Grajew – piano e Carlos dos Santos – vibrafone. 20h00 Orquestra Sinfônica de Programa: Almeida Prado – Sonata; Santo André. Concerto Sinfônico V. Villani-Côrtes – Concerto para vibra- Laércio Diniz – regente. Alvaro Siviero fone e orquestra; Edson Zampronha – piano. Programa: Nepomuceno – Séries – Melodia; Carlos dos Santos – Pop Brasileiras; e Brahms – Concerto para Orquestra Jovem do ção suíte nº 3; e Daniel Grajew – Sete. piano nº 2. Leia mais na pág. 36. Estado de São Paulo Teatro do Sesi Mogi das Cruzes. Teatro Municipal de Santo André. Entrada a div u lg Entrada franca. franca, até dois ingressos por pessoa.

Agosto 2017 CONCERTO 37 u ROTEIRO MUSICAL São Paulo

20h00 cia. de dança deborah Sesi de Música Erudita. A música pelo colker. Veja detalhes dia 25 às 21h. mundo. Veja detalhes dia 25 às 20h. Sesc promove diálogo entre as artes Teatro do Sesi Mogi das Cruzes. Entrada 20h00 Duo Vibrapiano. III Mostra franca. A série de concertos do Sesc Vila Mariana tem como tema, Sesi de Música Erudita. Compositores em agosto, a relação da música com outras formas de manifes- nacionais. Daniel Grajew – piano e 11h00 Duo Vibrapiano. III Mostra tação artística. No dia 5, por exemplo, o violonista Alexandre Carlos dos Santos – vibrafone. Veja Sesi de Música Erudita. Compositores nacionais. Daniel Grajew – piano e Moschella apresenta peças inspiradas na literatura, como Aires detalhes dia 25 às 20h. Teatro do Sesi Mauá. Entrada franca. Carlos dos Santos – vibrafone. Veja de la Mancha, que Moreno Torroba escreveu inspirado na obra detalhes dia 25 às 20h. Don Quixote, de Miguel de Cervantes, ou Studio nº 40, Sabiá, 20h00 Les Folies. III Mostra Sesi Teatro do Sesi Osasco. Entrada franca. que Angelo Giardino dedicou ao escritor brasileiro Guimarães de Música Erudita. A história da música. Rosa. Já no dia 12, Lucas Tomazinho, destaque entre a nova gera- Veja detalhes dia 25 às 20h. 11h00 Quarteto Ficta. III Mostra Sesi Teatro do Sesi Mogi das Cruzes. de Música Erudita. A história da música. ção de pianistas brasileiros, toca a Fantasia quasi sonata, de Liszt, Entrada franca. Ligia Costa – canto, Giulia Tettamanti – inspirada em Dante, entre outras obras. O Bruch Trio, liderado flautas doces, Gilberto Chacur – viola da pela pianista Aída Machado, é a atração do recital do dia 19, com 20h00 Duo Olga Kopylova – piano gamba e Fernando Cardoso – cravo e Dois cantos, de Brahms, a partir de poemas de Friedrich Rückert, e Yuriy Rakevich – violino. III Mostra violão. Programa: obras de Monteverdi, que inspirou diversos compositores, como Mahler. E, encerrando Sesi de Música Erudita. A música pelo Merula, Marini, Legrenzi e Frescobaldi. mundo. Veja detalhes dia 25 às 20h. Teatro do Sesi São Bernardo do Campo. o mês, dia 26, o pianista Nahim Marun toca Quadros de uma Teatro do Sesi Osasco. Entrada franca. Entrada franca. exposição, que Modest Mussorgsky escreveu após visitar uma mostra de artes plásticas na Rússia. 20h00 Quarteto Grave. III Mostra 11h00 Orquestra Filarmônica Sesi de Música Erudita. Compositores Santo Amaro. Silvia Luisada – nacionais. José Calixto – teorba e regente. Programa: obras de Thiago Série de recitais vai de Bach a Debussy guitarra barroca, Iara Ungarelli – violas Spada, Tchaikovsky, Leroy Anderson, da gamba, baixo e pardessus, Pedro Geraldo Vandre, Henry Mancini e J. C. A programação de recitais do Museu Brasileiro de Escultura Diniz – cravo e espineta e Rafael Bach. (MuBE) tem três atrações em agosto. A primeira é o jovem pianista Ramalhoso – violoncelo. Programa: Teatro Paulo Eiró. R$ 20. Cihan Sahin, no dia 6, com obras de Bach, Mozart, Beethoven, Kagel – General Bass; Marini – Sonata Chopin e Debussy. No dia 20, apresenta-se o Duo Aurore, de piano nº 8; Gabrielli – Canon; Silvio Ferraz/ 11h00 Orquestra do Instituto GPA. Música no MCB. Renata Jaffé – regente. a quatro mãos, com um programa ambicioso, formado por obras Domenico Gabrielli – Ricercar Primo; Diego Ortiz – Recercadas sobre La Programa: – Ciranda da de Schubert (Rondó em lá menor), Ravel (Rapsódia espanhola) e Spagna, Recercadas sobre O felici bailarina; Manici – A pantera cor de rosa; Rachmaninov (Peças op. 11). O último compromisso é no dia 27, occhi miei e Recercadas sobre Doulce e Cláudio Jaffé – Fantasia das cirandas. quando Fabio Godoy interpreta a Sonata appassionata, de Beetho- memoire; Rafael Ramalhoso/Carlo Museu da Casa Brasileira. Entrada franca. ven, ao lado de uma seleção de obras de Chopin e de Debussy. Gesualdo – Recercada sobre Se la mia morte brami; e Frescobaldi 12h00 Trio de Metais da OSUSP – Canzon nº 4. e Talita Martins – piano. Veja Betina Stegmann realiza integral de Bach Teatro do Sesi São Bernardo do Campo. detalhes dia 24 às 12h30. Entrada franca. Sesc Santo André. R$ 17. A violinista Betina Stegmann faz, no dia 3 de agosto, o segundo recital de uma série de sete apresentações ao longo das quais ela 21h00 Coro da Osesp. Daniel 15h00 Trio de Cordas do Instituto vai interpretar a integral da obra para violino de Johann Sesbastian Reuss – regente. Programa: Arvo Pärt Baccarelli. Concertos na Garagem. Juliana Cavalcanti – violino, Andreza Bach. Na ocasião, a artista, integrante do Quarteto de Cordas da – Magnificat; Wagner – Wesendonck Lieder: Im Treibhaus und Träume Batistella – viola e Marcos Mota – Cidade de São Paulo, vai estar acompanhada do cravista Sérgio (arranjo de Clytus Gottwald); Brahms – violoncelo. Carvalho, especialista na obra do compositor. Cinco canções op. 104; Choque Cultural – Garagem. Entrada franca. – Louange a l’Immortalité de Jesus. Masp Auditório. Reapresentação dia 29 16h00 Fabio Godoy – piano. “Aprendiz de maestro” revisita Beethoven às 20h no Instituto Tomie Ohtake. Recitais de Piano do MuBE. Programa: Clara Schumann – Romance em lá A série Aprendiz de Maestro tem como foco sábado 12 de menor; Beethoven – Sonata op. 57, agosto a obra de Beethoven, com o espetáculo O mundo de u 27 DOMINGO Appassionata; Chopin – Estudos op. Ludovico. Por meio de teatro, música e circo, o programa aproxi- 25 nº 1 e nº 12, Noturno op. 48 nº 1; ma crianças a criação do autor. No enredo, o público terá contato 11h00 Banda Sinfônica Jovem do e Debussy – L’Isle Joyeuse. Estado e Trio Corrente. Concertos Auditório MuBE. R$ 30. com as musas inspiradoras, que ajudam o compositor a encontrar Matinais. Mônica Giardini – regente. o seu caminho pessoal e artístico. Participam da apresentação a Veja detalhes dia 26 às 16h. 16h00 Coral da Gente do Instituto Sinfonieta Tucca Fortíssima, com regência do maestro João Maurí- Sala São Paulo. Entrada franca, quatro Baccarelli. Silmara Drezza – regente. cio Galindo, o ator Jairo Mattos, a atriz Luciana Ramanzini, a Cia. ingressos por pessoa. A partir de cinco Otávio Piola e Juliana Ripke – pianos, ingressos, R$ 2. Dans la Dance e o Coro CT Singers, entre outros. Leandro Oliveira – flauta, Pelé Nascimento – bateria e Maryana 11h00 Orquestra Juvenil Cavalcnti – percussão. Lucas Migliorini Barítono Tobias Greenhalgh faz recital Heliópolis e Quinteto de Metais do – preparação cênica. Programa: obras Instituto Baccarelli. Arthur Barbosa de , Gonzaguinha e Dorival Uma gala de ópera marca a abertura da Associação Amigos – regente. Programa: Arthur Barbosa – Caymmi, entre outros. Tanguero Concerto e Sinfonia brasileira. Teatro Lírico de Equipe/Cia. Ópera São Paulo. No dia 11 de Masp Auditório. R$ 10. Masp Auditório. R$ 10. agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, o barítono americano Tobias Greenhalgh, membro do elenco estável do Teather an der 16h00 Camerata Cantareira. 11h00 Les Folies. III Mostra Sesi de Marcelo Jaffé – direção. Programa: Wien, vai interpretar árias e cenas de óperas de Rossini, Britten, Música Erudita. A história da música. Júlio César de Figueiredo – Feijão de Poulenc, Verdi, Puccini e Gounod. Ao seu lado, cantores brasi- Veja detalhes dia 25 às 20h. corda (estreia); Bach – Concerto de leiros vencedores do Concurso Maria Callas: a soprano Jayana Teatro do Sesi Mauá. Entrada franca. Brandemburgo nº 3; Albinoni – Adágio; Paiva, o tenor Daniel Umbelino e a mezzo soprano Juliana Taino. e Mozart – Divertimento K 136. 11h00 Duo Olga Kopylova – piano Pinacoteca de São Paulo – Auditório Alfredo e Yuriy Rakevich – violino. III Mostra Mesquita. Entrada franca no concerto.

38 Agosto 2017 CONCERTO 17h00 Balé Pulcinella, de Ruedas – percussão. Programa: obras Katarina Karnéus (Brangäne) – mezzo Frank Martin – Le Vin Herbé (1ª parte); Stravinsky e ópera Arlecchino, de de Fábio Moraes para quarteto, trio, soprano e João Vitor Ladeira (Melot) – Wagner – Wesendonck Lieder: Im Busoni. Veja detalhes dia 19 às 20h. duos e improvisação. Rafael Altro – barítono. Programa: Wagner – Tristão e Treibhaus und Träume; e Brahms – direção. Isolda: Ato II. Leia mais na pág. 32. Cinco canções op. 104. 18h00 cia. de dança deborah Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Sala São Paulo. R$ 46 a R$ 213. Sala São Paulo. R$ 48. colker. Veja detalhes dia 25 às 21h. Filho. Entrada franca. Reapresentação dia 1º/9 às 21h e dia 3/9 às 16h. 21h00 Orquestra de Câmara 19h15 Quinteto Persch. Veja 21h00 cia. de dança deborah L’Estro Armonico. Clássicos detalhes dia 24 às 19h15. colker. Veja detalhes dia 25 às 21h. 21h00 cia. de dança deborah colker. Veja detalhes dia 25 às 21h. Divinos. Laércio Sinhorelli Diniz – regente. Sérgio Luiz Borgianni – u 29 TERÇA-FEIRA u 30 QUARTA-FEIRA violino. Programa: Vivaldi – Abertua u 31 QUINTA-FEIRA L’Olimpiade e Concerto para violino 20h00 Coro da Osesp. Daniel 20h00 Gilad Ephrat Ensemble e cordas RV 299; Bach – A pequena Reuss – regente. Veja detalhes dia – The Trio (Israel). III Mostra Sesi 20h00 Ligiana Costa – cantora fuga BWV 578; Mozart – Marcha 26 às 21h. de Música Erudita. Música em cena. e compositora e Edson Secco – Alla Turca; Elgar – Canção da ma- Instituto Tomie Ohtake. Programa: obras de Gilad Ephrat. compositor. Lançamento do CD “NU nhã; Barber – Adágio para cordas; Teatro do Sesi São Paulo. Entrada franca. (Naked Universe)”. Programa: canto Granados – Intermezzo; Britten – 20h30 16ª Mostra de Cordas barroco e música popular. Sinfonia simples; e Brahms – Dança hungára nº 5. Dedilhadas. Homenagem a Ronoel 21h00 Orquestra Sinfônica do Instituto Itaú Cultural. Entrada franca. Simões. Fabio Moraes – guitarra Estado de São Paulo. Sir Richard Teatro Municipal Décio de Almeida Prado. flamenca e violão flamenco, Martin Armstrong – regente. Lars Cleveman 21h00 Coro da Osesp. Daniel Reuss Lazarov – oboé e corne inglês, (Tristão) – tenor, Iréne Theorin (Isolda) – regente. Stuart Jackson – tenor e 21h00 cia. de dança deborah Jefferson Perez – violoncelo e Lucas – soprano, Peter Rose (Marke) – baixo, Lucie Chartin – soprano. Programa: colker. Veja detalhes dia 25 às 21h. t

Endereços São Paulo

Aronne Pianos – Sala Giovanni Espaço Cachuera! – Rua Monte Alegre, Museu da Casa Brasileira – Av. Brig. Teatro do Sesi São Bernardo do Aronne – Rua Doutor Amancio de 1094 – Perdizes – Tel. (11) 3872-8113 Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano – Campo – Rua Suécia, 900 – Assunção Carvalho, 525 – Vila Mariana – Tel. (60 lugares) Tel. (11) 3032-3727 (220 lugares) – São Bernardo do Campo – Tel. (11) (11) 5549-6898 4344-1028 Fundação Maria Luisa e Oscar Pinacoteca do Estado de São Paulo Auditório MuBE – Av. Europa, 218 – Americano – Av. Morumbi, 4077 – – Auditório Alfredo Mesquita – Praça Teatro do Sesi – Av. Paulista, 1313 Jardim Europa – Tel. (11) 2594-2601 Butantã – Tel. (11) 3742-0077 da Luz – Luz – Tel. (11) 3229-9844 – Cerqueira César – Tel. (11) 3146- (192 lugares) (107 lugares) Estacionamento: R$ 15 (140 lugares) 7405 e 3146-7406. Bilheteria de Hebraica – Teatro quarta a sexta-feira, das 14h às 18h Biblioteca Brasiliana Guita e José (522 lugares), Anne Frank (270 lugares), Sala São Paulo – Sala de Concertos e sábados e domingos das 14h30 Mindlin – Rua da Biblioteca, s/nº – Espaço 2000 (400 lugares) e Salão Marc (1500 lugares), Sala do Coro às 16h Cidade Universitária – Telefone (11) Chagal (1000 lugares) – Rua Hungria, (140 lugares) e Sala Carlos Gomes (456 lugares) 3091-3930 (Coralusp) 1000 – Jd. América – Tel. (11) 3818-8800. (120 lugares) – Praça Júlio Prestes – Teatro Municipal de Santo André Estacionamento próprio com manobrista Campos Elíseos – Tel. (11) 3223-3966. – Praça IV Centenário – Santo Caixa Cultural São Paulo – Praça da Ingressos: tel. (11) 4003-1212 e André – Tel. (11) 4433-0789. Sé, 111 – Centro – Tel. (11) 3321-4400 Igreja Presbiteriana Jardim das www.ingressorapido.com.br. Estacionamento: R$ 15 e 3321-4406 (80 lugares) Oliveiras – Alameda Jaú, 752 – Bela Vista Estacionamento: R$ 28 – Tel. (11) 3284-4533 (426 lugares) Centro Brasileiro Britânico – Sala Instituto de Artes da Unesp – Teatro Sesc Santo André – Rua Tamarutaca, Teatro Municipal Décio de Almeida Cultura Inglesa – Rua Ferreira de Maria de Lourdes Sekeff (280 lugares) 302 – Vila Guiomar – Tel. (11) 4469- Prado – Rua Cojuba, 45B – Itaim – Araújo, 741 – Pinheiros – Tel. (11) e Teatro de Música (40 lugares) – Rua 1200 (302 lugares) Tel. (11) 3079-3438 (150 lugares) 3039-0575 (157 lugares) Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 – Barra Sesc Vila Mariana – Teatro (608 lugares) Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Centro Cultural São Paulo – Salas Funda – Tel. (11) 3393-8530 e Auditório (128 lugares) – Rua Pelotas, Pinheiro, 765 – Santo Amaro – Adoniran Barbosa (622 lugares), Instituto de Engenharia – Av. Dr. Dante 141 – Vila Mariana – Tel. (11) 5080-3000 Tel. (11) 5686-8440 (600 lugares) Jardel Filho (321 lugares), Paulo Pazzanese, 120 – Vila Mariana – Tel. (11) Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Sociedade Brasileira de Eubiose – Emílio Salles Gomes (100 lugares), 3466-9200 (170 lugares) Barbosa, 153 – Bela Vista – Tel. Av. Lacerda Franco, 1059 – Aclimação – Jardim Interno (40 lugares) e Praça (11) 3288-0136 (856 lugares). Instituto Itaú Cultural – Sala Itaú Tel. (11) 3208-9914. Estacionamento Mario Chamie – Praça das Bibliotecas – Ingressos: telefone (11) 4003- Cultural (219 lugares) e Sala Vermelha no nº 1074 (201 lugares) Rua Vergueiro, 1000 (entre as estações (80 lugares) – Av. Paulista, 149 – Bela 1212 – www.ingressorapido.com.br Paraíso e Vergueiro) – Telefone (11) Vista – Tels. (11) 2168-1776/1777 Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Theatro Municipal de São Paulo – e 3397-4002. Bilheteria: 1 hora antes Andrade Filho, 722 – Santo Amaro – Instituto Tomie Ohtake – Teatro Cetip Sala principal (1500 lugares) e Salão do evento Ingressos: tel. (11) 5693-4000 – (627 lugares) e Grande Hall (150 Nobre (150 lugares) – Praça Ramos www.ingressorapido.com.br (1200 de Azevedo, s/nº – Centro – Tel. (11) Centro de Difusão Internacional lugares) – Rua dos Coropés, 88 – lugares). Estacionamento: R$ 45 e R$ 31 3397-0327. Ingressos: tel. (11) 2626- da USP – Auditório – Rua Professor Pinheiros – Tel. (11) 2245-1900 0857 – www.compreingressos.com/ Lúcio Martins Rodrigues – Travessa Teatro do Sesi Mauá – Av. Presidente Masp – Auditório (374 lugares) e theatromunicipaldesaopaulo 4 – Bloco B – Cidade Universitária – Pequeno Auditório (72 lugares) – Castelo Branco, 237 – Mauá – Telefone Telefone (11) 3091-3000 Av. Paulista, 1578 – Bela Vista – Telefone (11) 4542-8950 (132 lugares) Theatro São Pedro – Sala principal (11) 3251-5644 (636 lugares) – Rua Albuquerque Choque Cultural – Garagem – Teatro do Sesi Mogi das Cruzes – Rua Lins, 207 – Barra Funda – Tel. (11) Rua Medeiros de Albuquerque, 250 – Memorial da América Latina – Valmet, 171 – Brás Cubas – Mogi das 3667-0499 – Metrô Marechal Vila Madalena – Tel. (11) 3061-4051 Biblioteca Latino-Americana (120 Cruzes – Tel. (11) 4723-6900 e 4727- Deodoro. Ingressos: tel. (11) 2122- lugares), Biblioteca Victor Civita (200 1777 (166 lugares) 4070 – www.compreingressos.com Emesp Tom Jobim – Auditório lugares) e Sala dos Espelhos (100 Zequinha de Abreu – Largo General lugares) – Av. Auro Soares de Moura Teatro do Sesi Osasco – Av. Getúlio Triade Instituto Musical – Rua João Osório, 147 – Luz – Tel. (11) 3585-9888 Andrade, 664 – Portões 2 e 5 – Metrô Vargas, 401 – Tel. (11) 3602-6200 Leda, 79 – Santo André – Tel. (11) (85 lugares) Barra Funda – Tel. (11) 3823-4600 (233 lugares) 2831-4832 (60 lugares)

Agosto 2017 CONCERTO 39 u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro

Sala Cecília Meireles u 1 Terça-feira 11h30 Marcelo Saldanha – violão, Gilmar Santoro – percussão e José Paulo Szot e Fernando Portari 18h30 Angela Diel – mezzo soprano Carlos – cuíca. Música no Museu. e Ney Fialkow – piano. Série Recitais Programa: clássicos brasileiros. cantam na Sala Cecília Meireles de Guiomar. Canções alemãs. Programa: Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Schumann – Myrthen; Schubert – Schäfers 16h00 Orquestra de Jovens e O canto é o destaque da pro- Klagelied, Ganymed, Der Musensohn, Paulo Szot Angelica De la Riva – soprano. Projeto gramação de agosto da Sala Cecília Gretchen am Spinnrade e Improviso Candelária. Diego Carneiro – regente. Meireles. Logo no dia 1º, a mezzo nº 4 op. 90; Brahms – O wüsst ich Igreja da Candelária. Entrada franca. soprano Angela Diel interpreta doch den Weg zurück, Wie Melodien um programa dedicado ao Lied, zieth es mir, Von ewiger Liebe; e Strauss – Allersseelen, Zueignung, 17h00 Orquestra Petrobras com peças de Schubert, Strauss e Morgen, Ständchen e Cäcilie. Sinfônica. Série Pelo Rio VI. Priscila Brahms, acompanhada do pianista Sala Cecília Meireles – Espaço Guiomar Bomfim – regente. Tomaz Soares – Ney Fialkow. Novaes. R$ 10. violino. Veja detalhes dia 5 às 10h30. Theatro Dom Pedro. Entrada franca. Já no dia 18, o barítono Paulo 20h00 Balé A Bela Adormecida, Szot, um dos mais importantes de Tchaikovsky. Royal Opera House. cantores brasileiros da atualidade, Cinemark. R$ 50. Verificar horários e u 7 Segunda-feira volta a se apresentar no Rio em um M arie D uncan çã o / L aura endereços em www.cinemark.com.br. 18h00 Coral Brasil Ensemble e recital com o pianista Nahim Ma- divulga u 2 Quarta-feira Orquestra e Coro da Escola de run. O repertório é interessante e Música da UFRJ. Ano José Maurício na variado. Na primeira parte, canções de Mahler (o ciclo Canções de um 12h30 Orquestra de Violões da Antiga Sé – 250 Anos de Nascimento. viajante), Ravel (Don Quichotte à Dulcinée), Claudio Santoro (Amor AV-Rio. Música no Museu. Programa: Maria José Chevitarese e Ernani que partiu e Acalanto da rosa), Ronaldo Miranda (Soneto da separação) clássicos internacionais. Aguiar – regentes. Mariana Gomes – e Edmundo Villani-Côrtes (Casulo). Depois do intervalo, ópera, com tre- Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada franca. soprano, Carla Antunes – mezzo soprano, Guilherme Moreira – tenor e Marcelo chos de Eugene Onegin e A dama de espadas, de Tchaikovsky; de Don 19h00 cRISTIANO VOGAS – piano. Coelho – barítono. Programa: Pe. José Carlo e O baile de máscaras, de Verdi; e de Colombo, de Carlos Gomes. Valsas Brasileiras. Maurício – Abertura em ré maior, Creator Outro destacado cantor brasileiro, com sólida carreira internacional, Espaço Cultural BNDES. Entrada franca. Alme Siderum e Matinas de Santa Cecília. o tenor Fernando Portari apresenta, no dia 26, o ciclo Amor de poeta, Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga de Schumann, acompanhado do pianista Eduardo Monteiro. A apresen- u 3 QuINTA-feira Sé. Entrada franca. tação faz parte da série Sala de Música e tem ainda, na primeira parte, a 20h00 yoA – orquestra das améri- participação do trompista Luiz Garcia. cas. Série O Globo/Dell’Arte Concertos u 9 Quarta-feira A Sala Cecília Meireles recebe ainda a Orquestra Cesgranrio, que Internacionais. Carlos Miguel Prieto 12h30 Adriana Ballesté – violão. faz, no dia 20, a estreia brasileira de Masiá Mujú, da uruguaia Beatriz – regente. Nadja Salerno-Sonnenberg Música no Museu. – violino. Programa: Copland – El Salón Lockhart, concerto para flauta e orquestra inspirado nas melodias da Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada franca. cultura indígena venezuelana. A solista será a flautista Sofia Ceccato, México; Piazzolla – As quatro estações portenhas; Stravinsky – Petrushka. 12h30 VIII Música Brasilis. Cortejos integrante da Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e do Leia mais na pág. 42. e Colagens. Circuito Sesi Cultural. Abram Trio Capitu. O programa se completa com Uirapuru, de Villa-Lobos, e O Theatro Municipal. R$ 50 a R$ 500. pássaro de fogo, de Stravinsky. A regência é de Eder Paolozzi. alas para Chiquinha Gonzaga. José Staneck – harmônica, Marina Spoladore Na sua série de recitais, a Sala também vai abrigar uma apresentação u 4 Sexta-feira – piano e Ricardo Santoro – violoncelo. do pianista João Tavares Filho, no dia 30. Artista que trafega entre o erudito Helena Varvaki (Chiquinha Gonzaga) – e o popular, ele vai interpretar Estudos, de Chopin, a Valsa Mefisto nº ,1 14h30 Orquestra Petrobras narração. Programa: Pe. José Maurício, de Liszt, a Dança do índio branco, de Villa-Lobos, Vaidosa, de Radamés Sinfônica. Ensaio aberto. Priscila Chiquinha Gonzaga e Villa-Lobos. Gnattali, e uma seleção de peças de Jacob do Bandolim e Pixinguinha. Bomfim – regente. Tomaz Soares – Teatro Sesi. R$ 10. Reapresentação dia 18 violino. Programa: Henrique Oswald – às 21h no Teatro Sesi Jacarepaguá e dia 22 Romance; Meneleu Campos – Fantasia; às 15h no Teatro Sesi Caxias. e Dvorák – Serenata para cordas. Fundição Progresso. Entrada franca. 19h00 Madrigal Cruz Lopes. Música Apresentação dia 5 às 10h30 no Centro de Artes no Museu. José Machado – regente. Várias datas e locais da UFF e dia 6 às 17h no Teatro Dom Pedro. Regina Tratagiba – piano. Programa: obras de Mozart, Verdi, Puccini, Mascagni Música no Museu tem grupos u 5 Sábado e Händel. Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Entrada franca. de cordas e Fabio Caramuru 10h30 Orquestra Petrobras Sinfônica. Série Pelo Rio V. Priscila A programação de agosto da série Música no Museu aposta nos 19h00 VIII Circuito Música Brasilis. Bomfim – regente. Tomaz Soares Cortejos e Colagens. Marcha para o instrumentos de cordas, com destaque para a participação de três – violino. Programa: Henrique Oswald – Conde da Barca. Marília Vargas – sopra- grupos formados em comunidades cariocas. No dia 18, no Centro Romance; Meneleu Campos – Fantasia; no, Rosana Lanzelotte – pianoforte e Cultural Justiça Federal, a atração é a Orquestra de Cellos das Co- e Dvorák – Serenata para cordas. Ricardo Kanji – flautas. Marcos França munidades Pacificadas. A Camerata do Uerê toca, no dia 20, no Centro de Artes da UFF. Entrada franca. (Conde da Barca) – narração. Programa: Reapresentação dia 6 às 17 no Theatro Dom Pedro. Museu de Arte Moderna, obras de autores brasileiros. E, no dia 26, obras de Pe. José Maurício, Marcos o Palácio São Clemente recebe a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio Portugal, Tomás Antonio Gonzaga, de Janeiro. u 6 Domingo Neukomm e Joaquim Manoel da Câmara. A programação inclui ainda, no dia 25, no Forte do Leme, uma Leia mais na pág. 41. 11h00 Corais da Associação de Espaço Cultural do BNDES – Auditório. apresentação do pianista Fabio Caramuru. Em seu trabalho recente, Canto Coral do Rio de Janeiro. Entrada franca. o artista tem explorado a relação da música com a natureza brasilei- Programa: obras de Villa-Lobos, Hekel ra e esse será o tom do concerto, em que vai atuar ao lado de jovens Tavares, Mignone, Pe. José Maurício 20h00 Ópera-Balé La tragédie de artistas da Comunidade do Caju. e Ronaldo Miranda. Carmen, de Peter Brook e Marius Sala Municipal Baden Powell. R$ 20. Constant (estreia). Baseado na ópera

40 Agosto 2017 CONCERTO Carmen, de Bizet. Membros do Coro 11h00 Ópera-Balé La tragédie de da Orquestra Sinfônica, do Balé e da Carmen, de Peter Brook e Marius Rosana Lanzelotte Academia de Ópera Bidu Sayão do Constant (estreia). Veja detalhes Theatro Municipal. Peter Brook – di- dia 9 às 20h. reção cênica. Priscila Bonfim e Jesus Figueiredo – regentes. Flávia Fernandes, 11h00 Orquestra Uerê, Orquestra Gisele Diniz e Tatiana Nogueira – so- Grota do Surucucu e Orquestra pranos; Carolina Faria, Lara Cavalcanti Villa-Lobos e as Crianças. Sérgio e Cinthia Graton – mezzo sopranos, Eric Barboza – regente. Programa: obras Herrero e Ivan Jorgensen – tenores, de Villa-Lobos, Corelli, Mozart, Chopin, Leonardo Neiva – barítono e Daniel Nepomuceno, Chiquinha Gonzaga, Germano – baixo-barítono, entre Waldemar Henrique, Chico Buarque e Sérgio Barboza. outros. Leia mais na pág. 42. çã o Sala Municipal Baden Powell. R$ 20. Theatro Municipal. Reapresentação dias 10, 12, 15, 16 e 17 às 20h e dia 13 às 11h. 11h30 Tiago Martins – piano. Música divulga no Museu. Programa: clássicos brasileiros. Espaço Cultural do BNDES, dia 9 / Sala Cecília Meireles, dia 11 u 10 Quinta-feira Museu de Arte Moderna. Entrada franca. 16h00 Orquestra de Cordas do Projeto Musica Brasilis estreia 19h00 Giulio Draghi – piano. Complexo do Alemão. Michael Volhart Lançamento do DVD “Carta Magna: – violoncelo e regente. Omar Fadul – quatro novos espetáculos os 24 Estudos de Chopin”. flauta e compositor, Armen Ksajikian – Escola de Música da UFRJ. Entrada franca. violoncelo, Eduardo Antonello – cravo O O Circuito Musica Brasilis, que tem concepção e direção da 20h00 Ópera-Balé La tragédie de e Ekaterina Tugarinova – flauta. tecladista Rosana Lanzelotte, inicia sua oitava edição este mês. O projeto Carmen, de Peter Brook e Marius Igreja da Candelária. Entrada franca. realiza espetáculos cênico-musicais em que a música é contextualizada Constant (estreia). Veja detalhes por roteiros teatrais interpretados pelos músicos e por atores. dia 9 às 20h. u 15 Terça-feira O tema desta edição é “Cortejos e Colagens”, em torno do qual se organizam quatro novos espetáculos: O boi no telhado, sobre o francês u 11 Sexta-feira 20h00 Ópera-Balé La tragédie de Darius Milhaud; Abram alas para Chiquinha Gonzaga, em celebração Carmen, de Peter Brook e Marius dos 170 anos da pianista e compositora; José Maurício Nunes Garcia – 15h00 Thiago Proença – violino. Constant (estreia). Veja detalhes Música no Museu. dia 9 às 20h. 250 anos; e Marcha para o Conde da Barca, que relembra o idealizador Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. da Missão Francesa. 20h00 Café do Lulu. Música no Museu. Além das apresentações, o Musica Brasilis realiza importante traba- 20h00 VIII Circuito Musica Brasilis. Ana Rita, Andrea Afonso Orro, Thea Simone Cortejos e Colagens. O boi no telhado. e Kay Lyra – vozes. Maurício Maestro – lho de recuperação de partituras de autores brasileiros. Em 2017, cerca Caldereta Carioca. Rosana Lanzelotte direção musical e arranjos. Programa: de 500 obras serão acrescentadas às 1.500 já disponíveis através do por- – pianoforte. Antonio Calloni (Darius clássicos brasileiros e internacionais. tal www.musicabrasilis.org.br. Milhaud) – narração. Programa: Zé Iate Clube. Entrada franca. “As partituras de José Maurício Nunes Garcia são o grande foco dessa Boiadeiro – O boi no telhado; Oswaldo edição. Vamos colocar no ar cerca de 40 partituras, com partes separadas. de Meneses – Mulher de bode; Álvaro Sandim – Flor do abacate; Chiquinha u 16 Quarta-feira Estamos trabalhando nas únicas obras dramáticas (para teatro) de José Gonzaga – Gaúcho; Marcelo Tupinambá Maurício, cujos originais D. João levou para o Palácio Ducal de Vila Viço- – Maricota, sai da chuva e Matuto; 12h30 Fernanda Canaud – piano, sa, quando voltou a Portugal”, explica Rosana Lanzelotte, idealizadora e Nazareth – Ferramenta e Carioca; Harold Emert – oboé, Thiago diretora do projeto. Proença e Mauricio Vivet – violinos e Milhaud – Corcovado, Sorocaba, “Além disso, vamos disponibilizar partituras de compositores bra- Brasileira e Le boeuf sur le toit. e violinistas da Camerata do Sala Cecília Meireles. R$ 20. Uerê. Música no Museu. Programa: sileiros ligados a Darius Milhaud, caso, por exemplo, de Glauco Velas- homenagem a Jerzy Milewsky. quez, Luciano Gallet e Francisco Braga, e teremos no site um arranjo 20h30 YI-JIA SUSANNE HOU – violino Centro Cultural Banco do Brasil. especialmente feito pelo compositor Tim Rescala da obra Abre-Alas, de e EDUARDO MONTEIRO – piano. Concertos Entrada franca. do Theatro Municipal. Programa: obras de Chiquinha Gonzaga, para piano. São obras de grande importância para a Beethoven, Ravel e Piazzolla, entre outros. 20h00 Ópera-Balé La tragédie de nossa história musical”, completa. Theatro Municipal. R$ 15 a R$ 300. Carmen, de Peter Brook e Marius Este ano, a turnê nacional terá 20 apresentações, entre os dias 9 de Constant (estreia). Veja detalhes agosto e 27 de setembro, em 11 cidades de seis estados. A série, uma u 12 Sábado dia 9 às 20h. das únicas dedicadas exclusivamente a repertórios clássicos brasileiros, conta com parceria do Sesi Cultural e tem patrocínio contínuo do BNDES 17h00 Grupo Dá o Tom. Música no u 17 Quinta-feira desde 2009. Museu. Programa: clássicos brasileiros. Marcha para o Conde da Barca ganha a primeira apresentação no Clube Hebraica. Entrada franca. 18h00 RIO EM CANTO. Música no dia 9, no Auditório do BNDES, no Rio de Janeiro, com a soprano Marília 20h00 Ópera-Balé La tragédie de Museu. Marcelo Saldanha – violão e regente. Programa: clássicos brasileiros. Vargas, a cravista Rosana Lanzelotte e o flautista Ricardo Kanji. Carmen, de Peter Brook e Marius Em O boi no telhado, que estreia no dia 11 na Sala Cecília Meireles, Constant (estreia). Veja detalhes Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. dia 9 às 20h. o ator Antonio Calloni vive Milhaud, tratando de temas como a sua rela- 20h00 Ópera-Balé La tragédie de ção com a cena cultural brasileira; a parte musical fica a cargo de Rosana Carmen, de Peter Brook e Marius Lanzelotte e da Caldereta Carioca. u 13 Domingo Constant (estreia). Veja detalhes dia 9 às 20h. Abram alas para Chiquinha Gonzaga, com atuações da atriz Helena 10h30 Quinteto de Metais MP5. Varvaki, do violoncelista Ricardo Santoro, do gaitista José Staneck e da Delton Braga e Nelson Oliveira – trom- pianista Marina Spoladore, estreia em Porto Alegre, no dia 16 (com Clara petes, Josué Soares – trompa, Sérgio de u 18 Sexta-feira Sverner ao piano), e em seguida vai a Petrópolis, no Rio de Janeiro, no dia 19. Jesus – trombone e Carlos Vega – tuba. Programa: obras de Purcell, Gabrieli, 15h00 Orquestra de celLos das E o espetáculo em homenagem a José Maurício, um dos fundadores Bach, Osvaldo Lacerda, e Comunidades Pacificadas. da música brasileira, sobe ao palco no dia 31, no Teatro de Santa Isabel, Chiquinha Gonzaga, entre outros. Música no Museu. em , com a Sinfônica da UFPE recebendo Marília Vargas como Cine Arte UFF. R$ 14. Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. solista em obras do compositor.

Agosto 2017 CONCERTO 41 u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro

Theatro Municipal 20h00 Paulo Szot – barítono e u 21 Segunda-feira Nahim Marun – piano. Série Sala Lírica. Releitura de Peter Brook para Programa: Mahler – Canções de um 19h00 CORAL DO CEPEL e CORAL DA viajante; Ravel – Don Quichotte à ELETROBRAS. Música no Museu. Encontro Carmen é encenada no Municipal Dulcinée; Claudio Santoro – Amor que de voz e energia. Crismarie Hackenberg – partiu e Acalanto da rosa; Ronaldo Miranda direção musical. Em 1983, o diretor teatral – Soneto da separação; Tchaikovsky – Ária Carolina Maison de France – Biblioteca. Entrada franca. Peter Brook, apresentou em Paris de Eugene Onegin e Ária do príncipe Faria uma adaptação da ópera Carmen, Yeletsky, de A dama de espadas; Verdi – Ária de Rodrigo, de Don Carlo e Ária de u 22 Terça-feira de Bizet. Partindo da obra do com- çã o / edna motta Renato, de Um baile de máscaras; e positor, formatou um espetáculo Carlos Gomes – Ária de Colombo. Leia 15h00 VIII Música Brasilis. Cortejos e Colagens. Circuito Sesi Cultural. Abram em que muitas cenas são elimina- divulga mais na pág. 40. das, deixando o foco nos quatro Sala Cecília Meireles. R$ 40. alas para Chiquinha Gonzaga. Veja deta- lhes dia 9 às 12h30. personagens principais – Don José, 21h00 VIII Música Brasilis. Cortejos Teatro Sesi Caxias. R$ 10. Carmen, Micaela e Escamillo. Nas- e Colagens. Circuito Sesi Cultural. Abram cia assim La tragédie de Carmen, alas para Chiquinha Gonzaga. Veja 19h30 Quarteto de Cordas UFF. Tomaz Soares e Ubiratã Rodrigues – vio- espetáculo que é símbolo da proposta estética de Brook em sua relação detalhes dia 9 às 12h30. Teatro Sesi Jacarepaguá. R$ 10. linos, Nayran Pessanha – viola e David com a ópera e que sobe ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro Chew – violoncelo. Programa: obras de em agosto, nos dias 9, 10, 12, 13, 15, 16 e 17. Villa-Lobos e Beethoven. O espetáculo vai contar com a participação de músicos da Orques- u 19 Sábado Teatro da UFF. R$ 14. tra do Theatro Municipal (o arranjo da partitura pede por um conjunto 16h00 ANDRÁS SCHIFF – piano. Série O de câmara) e da Academia Bidu Sayão, além de artistas convidados. O Globo/Dell’Arte Concertos Internacionais. u 23 Quarta-feira Programa: Bach – Sinfonias nº 1 a nº 15 elenco é composto por Carolina Faria, Lara Cavalcanti, Cinthia Graton, 12h30 Trio Diogo Cruz – violão, (invenções a três vozes); Bartók – Suíte Eric Herrero, Ivan Jorgensen, Flavia Fernandes, Gisele Diniz, Tatiana Tinho Martins – flauta e Didier op. 14 Sz 65, Szabadan Sz 81 (Ao ar livre); Nogueira, Leonardo Neiva e Daniel Germano, entre outros. A regência Fernand – baixo acústico. Programa: Janácek – Sonata 1.X.1905; e Schumann – Música de concerto com influência da fica a cargo de Priscila Bonfim e Jesus Figueiredo. Sonata nº 1. Leia mais ao lado. música antiga ao contemporâneo. Theatro Municipal. R$ 50 a R$ 420. Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada franca. 17h00 VIII Música Brasilis. Cortejos Dia 19, Theatro Municipal e Colagens. Abram alas para Chiquinha u 25 Sexta-feira Gonzaga. José Staneck – harmônica, András Schiff faz recital único Ricardo Santoro – violoncelo e Marina 19h00 Camerata de Violões. Spoladore – piano. Helena Varvaki Musicâmara. Sarau do Zimba. Artur Um dos mais celebrados pianistas da atualidade, o húngaro An- (Chiquinha Gonzaga) – narração. Gouvêa, Marco Lima, Fabio Nin, Luciano drás Schiff faz recital único no Theatro Municipal do Rio de Janeiro Programa: obras de Pe. José Maurício, Camara, Eduardo Gatto, Valmyr de Chiquinha Gonzaga e Villa-Lobos. no dia 19 de agosto. A apresentação integra a série da Dell’Arte e Oliveira, Adriano Furtado e Rogério Borda Theatro Dom Pedro. R$ 20. – violões. Luis Carlos Barbieri – curado- tem um repertório instigante. Schiff vem se dedicando com afinco a ria. Programa: Nicanor Teixeira – Suíte séries integrais de obras como as sonatas de Beethoven e Schubert. u 20 Domingo Nordestina; Ginastera – Suíte Estância; Desta vez, no entanto, propõe diálogos entre diferentes autores. Eduardo Gatto – Divagações; Debussy – Começando com Bach e suas Sinfonias nº 1 a nº 15. Em seguida, 11h00 Orquestra Petrobras Quarteto de cordas em sol menor; Leo Bartók (Suíte op. 14) e Janácek (Sonata 1.X.1905). E, para terminar, Sinfônica. Concerto Comemorativo dos Brouwer – Três danças concertantes; 30 anos de patrocínio da Petrobras. Isaac Henrique Oswald – Quarteto op. 46; a Sonata nº 1 de Schumann. e Gaetanos Galifi – Canauã. Schiff também se apresenta na Sala São Paulo, nos dias 22 e 24, Karabtchevsky – regente. Programa: Franz Von Suppé – Cavalaria ligeira; Villa- Teatro Municipal Ziembinski. R$ 20. na temporada da Cultura Artística. Em um dos programas, repete -Lobos – Prelúdio das Bachianas brasileiras 20h00 Fábio Caramuru – piano. o repertório do Rio; no outro, interpreta o Livro I do Cravo bem nº 4; Rossini – Abertura da ópera La gazza Música no Museu. EcoMúsica – Conversas temperado de Bach (leia mais na página 34). ladra; Brahms – Dança húngara nº 5; e de um piano com a fauna brasileira. Tchaikovsky – Capricho italiano. Programa: obras de Tom Jobim. Theatro Municipal. R$ 1. Forte Duque de Caxias – Auditório. Entrada franca. 11h00 Orquestra Sinfônica Dia 3, Theatro Municipal Cesgranrio. Série Sala Orquestras u 26 Sábado Jovens. Eder Paolozzi – regente. Sofia Ceccato e Anuiá Amaru – flautas. 15h00 Grupo Prelúdio 21. Violinista toca as Estações de Programa: Beatriz Lockhardt – Masiá Participação: José Staneck e Guta Mujú; Villa-Lobos – Uirapuru; e Stravinsky Menezes – gaitas e Cristina Couto Piazzolla com orquestra jovem – Suíte de O pássaro de fogo. Andreatti – piano. Programa: Marcos Violinista que tem se dedicado tanto à carreira como solista e came- Sala Cecília Meireles. R$ 20. Lucas – Toccatina, Sergio Roberto rista quanto à atividade pedagógica, a norte-americana Nadja Salerno- de Oliveira – Desertos, Caio Senna – 11h00 Orquestra Rio Camerata. Desencadear é desprender o preso, é -Sonnenberg será a solista da apresentação da Orquestra das Américas, Israel Menezes – regente. Luiz Alvarenga desatar o atado; José Orlando Alves – que toca no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no dia 3, pela tempora- – saxofone, Sônia Katz – violino e Harold Arabescos; Alexandre Schubert – Sobre da da Dell’Arte. Ela vai interpretar As quatro estações portenhas, obra Emert – oboé. Programa: Bocherini – Rosas; e Neder Nassaro – Nó cego. Sinfonia op. 43; Bouvard – Pequeno Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. do compositor argentino Astor Piazzolla. concerto; Bach – Concerto para oboé e O grupo, formado por jovens músicos das Américas, será comandado violino BWV 1060; Rossini – Abertura de 16h00 Orquestra Petrobras na apresentação pelo maestro mexicano Carlos Miguel Prieto, que rege La Scala di Seta; e Gardel – Por una cabeza. Sinfônica. Série Portinari III. Isaac ainda El Salon México, de Aaron Copland, e Petrushka, de Stravinsky. A Sala Municipal Baden Powell. R$ 20. Karabtchevsky – regente. Philip Doyle orquestra também se apresenta em São Paulo nos dias 1º e 2 de agosto, – trompa. Programa: Strauss – Don Juan, 11h30 CAMERATA DO UERE. Música no Concerto para trompa nº 1, Morte e pela temporada da Cultura Artística (leia mais na página 34) e no Festival Museu. Programa: clássicos brasileiros. transfiguração e Suíte O cavaleiro da rosa. Vermelhos, em Ilhabela, no dia 6 (leia mais na página 45). Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 96.

42 Agosto 2017 CONCERTO 18h00 Orquestra Sinfônica Jovem 18h30 Igor Carvalho – clarinete, do Rio de Janeiro. Música no Museu. Rodrigo Herculano – oboé e Palácio São Clemente – Consulado de Carlos Bertão – fagote. Brasilianas: Portugal. Entrada franca. 72 anos da Academia Brasileira de Música. Programa: Aylton Escobar 20h00 Eduardo Monteiro – piano, – Pequeno trecho de discurso e Paulo Sérgio Santos – clarinete, Luiz Cantares para Airton Barbosa; Paulo Garcia – trompa e Fernando Portari Costa Lima – Look at the sky!; Ricardo – tenor. Série Sala de Música. Programa: Tacuchian – Suíte para clarinete e Schumann – Peças de fantasia, Cenas in- fagote; José Siqueira – Três invenções; fantis, Adagio e Allegro e Amor de poeta. e Villa-Lobos – Trio. Sala Cecília Meireles. R$ 40. Sala Cecília Meireles – Espaço Guiomar Novaes. R$ 10. Orquestra Petrobras Sinfônica divulgação u 27 Domingo 19h30 Música Antiga UFF. Lenora Pinto Mendes – flauta, viola da gamba, Dias 20 e 26, Theatro Municipal 11h00 Orquestra Assis Brasil. krumhorn e rauschpfeife, Mario Orlando Programa: obras de Victor Assis Brasil, – flauta, viola da gamba e percussão, Orquestra celebra 30 anos Claude Bolling, Porter e Gershwin. Márcio Paes Selles – flauta, viola da Sala Municipal Baden Powell. R$ 20. gamba e krumhorn e Virgínia Van der de parceria com a Petrobras Linden – flauta transversal, charamela, 11h30 coral do sindicato dos percussão e rauschpfeife. Programa: A Orquestra Petrobras Sinfônica comemora, no dia 20, em servidores da justiça federal. Música Milenium – música medieval. concerto no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, os 30 anos de no Museu. Programa: clássicos brasileiros. Teatro da UFF. R$ 14. patrocínio da Petrobras, uma das mais longevas associações entre Museu de Arte Moderna. Entrada franca. empresas e iniciativas culturais na história do país. A regência é do 12h00 Tita Avendaño (Chile) – u 30 Quarta-feira maestro Isaac Karabtchevsky, que interpreta aberturas de óperas de violão. Programa: Sánchez – Raimundín, Rossini, o prelúdio das Bachianas brasileiras nº 4, de Villa-Lobos, e a Lavapiés, El plazo del ángel e Tonada; 12h30 adriana ballesté – violão. Dança húngara nº 5, de Brahms, entre outras obras. Com o mesmo Barrios – Maxixe e Danza paraguaya; Música no Museu. Programa: clássicos brasileiros. repertório, a orquestra também celebra os 60 anos da Petrobras em Celso Machado – Xaranga do vovô; Vitória, no Espírito Santo, em apresentação no dia 12, com regência Rizzotto – Y se escucha el rio, Carnavalito; Centro Cultural Banco do Brasil. Antonio Lauro – El Marabino, Angostura Entrada franca. do maestro Carlos Prazeres. e Carora; Eduardo Martín – Inevitable; A orquestra e Karabtchevsky voltam ao palco do Theatro Muni- 20h00 João Tavares Filho – piano. e Brouwer – Un dia de noviembre. Série Piano na Sala. Programa: Chopin cipal do Rio no dia 26, com um programa inteiramente dedicado à Fundação Cultural Avatar. Ingressos: doação música de Richard Strauss, compositor cuja obra situa-se na passa- de material de limpeza e lâmpadas. – Estudos nº 1 op, 10, nº 12 op. 10 e nº 1 op. póstumo e Scherzos nº gem do século XIX para o século XX, período que é especialidade do 2 op. 31 e nº 3 op. 39; Liszt – Valsa maestro. O trompista Philip Doyle será o solista no Concerto para u 29 Terça-feira Mephisto nº 1; Villa-Lobos – Dança trompa nº 1 e a orquestra toca ainda Don Juan, Morte e transfigura- do índio branco; Gnattali – Vaidosa; ção e a Suíte O cavaleiro da rosa. 18h00 orquestra de Violões da Jacob do Bandolin – Santa morena; AV-Rio. Música no Museu. e Pixinguinha – Ingênuo, Lamentos, A Orquestra Petrobras Sinfônica, com regência de Priscila Forte de Copacabana – Museu do Exército. Rosa, Agradecendo e Um a zero. Bomfim, faz ainda duas apresentações da série Pelo Rio, nos dias 5 e 6. Entrada franca. Sala Cecília Meireles. R$ 40. t

Endereços Rio de Janeiro

Centro Cultural Banco do Brasil – Forte de Copacabana – Museu do Igreja Nossa Senhora do Carmo da Teatro da UFF – Rua Miguel de Frias 9 Rua Primeiro de Março, 66 – Exército – Praça Coronel Eugênio Franco, Antiga Sé – Rua Sete de Setembro, 14 – – Icaraí – Tel. (21) 2629-5205 e 2629- Centro – Tel. (21) 3808-2020 1 – Posto 6 – Copacabana – Tel. (21) Centro – Tel. (21) 2242-7766 5206 (346 lugares) (155 lugares) 2521-1032 (150 lugares) Maison de France – Biblioteca – Av. Teatro Municipal Ziembinski – Centro Cultural Justiça Federal – Forte Duque de Caxias – Praça Almirante Presidente Antônio Carlos, 58 – 11º andar Rua Heitor Beltrão, s/nº – Tijuca – Av. Rio Branco, 241 – Centro – Tel. Júlio de Noronha, s/nº – Leme – Telefone – Centro – Tel. (21) 3974-6699 (90 lugares) Tel. (21) 3234-2003 (108 lugares) (21) 3212-2550 (142 lugares) (21) 3223-5076 Museu de Arte Moderna – Av. Infante Teatro Sesi Caxias – Rua Arthur Neiva, Centro de Artes da UFF – Rua Miguel Fundação Cultural Avatar – Rua Doutor Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo 100 – Jd. Vinte e Cinco de Agosto – Tel. Frias, 9 – Icaraí – Niterói – Tel. (21) Pereira Nunes, 141 – Niterói – Telefone – Tel. (21) 3883-5600 (200 lugares) (21) 3672-8341 (220 lugares) 2629-5030 (21) 2621-0217 (55 lugares) Palácio São Clemente – Consulado Teatro Sesi – Firjan – Av. Graça Aranha, Cine Arte UFF – Rua Miguel de Frias, 9 Fundição Progresso – Rua dos Arcos, 24 – de Portugal – Rua São Clemente, 424 – 1 – Centro – Tel. (21) 2563-4168 (338 – Icaraí – Niterói – Tel. (21) 2629-5030 Lapa – Tel. (21) 2220-5070 (110 lugares) Botafogo – Tel. (21) 2544-3570 lugares) (292 lugares) (200 lugares) Iate Clube do Rio de Janeiro – Av. Teatro Sesi Jacarepaguá – Av. Clube Hebraica – Rua das Laranjeiras, Pasteur, 333 – Urca – Tel. (21) 3223- Sala Cecília Meireles – Largo da Lapa, 47 – Geremário Dantas, 940 – Freguesia – 346 – 4º andar – Laranjeiras – Tel. 7200 (200 lugares) Centro – Tel. (21) 2332-9223 (835 lugares) Tel. (21) 3312-3750 (322 lugares) (21) 2557-4455 (200 lugares) Igreja da Candelária – Praça Pio X – Sala Cecília Meireles – Espaço Guiomar Theatro Dom Pedro – Praça dos Escola de Música da UFRJ – Rua Centro – Tel. (21) 2233-2324 Novaes – Rua Teotonio Regadas, 26 – Expedicionários – Centro – Petrópolis – do Passeio, 98 – Lapa – Tel. (21) (375 lugares) Lapa – Tel. (21) 2332-9223 (150 lugares) Tel. (24) 2235-3833 (480 lugares) 2240-1391 (800 lugares) Igreja de Nossa Senhora da Glória do Sala Municipal Baden Powell – Av. Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Espaço Cultural BNDES – Av. República Outeiro – Praça Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Copacabana, 360 – Praça Marechal Floriano – Centro – Tel. do Chile, 100 – Centro – Tel. (21) 135/204 – Glória – Tel. (21) 2557-4600 Copacabana – Tel. (21) 2548-0421 (21) 2332-9191 – www.ingresso.com 2172-7447 (300 lugares) (120 lugares) (500 lugares) (2350 lugares)

Agosto 2017 CONCERTO 43 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Belo Horizonte u ANTONINA, PR u BELÉM, PA

Pinchas Zukerman rege a Orquestra 06/08 10h00 Banda Sinfônica XVI Festival de Ópera do Theatro da da Filarmônica Antoninense. Paz, BELÉM, PA Filarmônica de Minas Gerais Renan Gonçalves – regente. De 5 agosto a 23 de setembro Santuário Nossa Senhora do Pilar – Praça A programação da Orquestra Filar- Leia mais na pág. 47 Pinchas Coronel Macedo, s/nº. Entrada franca. Reapresentação dia 15 às 16h, pelo Alvorada 05/08 20h00 Ópera a voz humana, mônica de Minas Gerais começa com Zukerman uma comemoração dupla: tanto o maes- Festivo no centro de Antonina. de Poulenc. Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Miguel Campos Neto tro Fabio Mechetti como o violoncelista 26/08 21h00 Banda Sinfônica da – direção musical e regente. Eliane Antonio Meneses completam 60 anos Filarmônica Antoninense. Renan Coelho – soprano. Marcelo Marques – em agosto. E sobem juntos ao palco da Gonçalves – regente. Programa: Satoshi direção cênica. Sala Minas Gerais para interpretar, nos Yagisawa – Episódio Sinfônico nº 1; Theatro da Paz – Tel. (91) 4009-8750. Concerto Thomas Doss – Alpina Saga; e Mestre 15/08 20h00 Orquestra Sinfônica dias 3 e 4, o de Hans Gál, com- Duda – Banda Sinfônica 25 anos. positor austríaco pouco executado, mas do Theatro da Paz. Concerto Lírico. Teatro Municipal Maestro Dr. Roberto Miguel Campos Neto – direção musi- que Meneses tem ajudado a resgatar des- Cristiano Plassmann – Tel. (41) 3432-1444. çã o Entrada franca. cal e regente. Luciana Tavares, Lanna de que gravou a peça, há quatro anos, Bastos e Kézia Andrade – sopranos, na Inglaterra (leia mais sobre Mechetti divulga Ana Lúcia Benedetti e Aliane Sousa e Meneses na página 56). O programa, u AQUIRAZ, CE – mezzo sopranos, Antonio Wilson – nos dois dias, se completa com Um ato de fé, obra do compositor brasilei- tenor e Idaías Souto – barítono. ro Levy Oliveira baseada no poema A música das almas, de Vinicius de 24/08 19h00 Orquestra Bachiana Theatro da Paz – Tel. (91) 4009-8750. Jovem de Aquiraz. Programa Tapera Morais, e O beijo da fada: Divertimento, do russo Igor Stravinsky. 18/08 20h00 Stabat Mater, de Artes de Cultura. Um toque de classe. de Pergolesi. Cordas da Orquestra A orquestra realiza, em seguida, no dia 12, um concerto da série Fora Ênio Antunes – direção artística e Sinfônica do Theatro da Paz. Miguel de Série, este ano dedicada à música barroca. De Bach, sob regência de regente. Luciano Damasceno, Rondinelly Campos Neto – regente. Luciana Mechetti, a filarmônica interpreta a Suíte orquestral nº 1 em dó maior; Bezerra e Iris Monteiro – contínuo, Tavares – soprano e Ana Lúcia a Cantata nº 51; e o Concerto de Brandemburgo nº 6. Em seguida, um Israeli Silva e Rita de Cássia Almeida Benedetti – mezzo soprano. – violas. Programa: Pachelbel – Canon; diálogo com a música brasileira, com a interpretação das Bachianas bra- Igreja de Santo Alexandre – Rua Padre Telemann – Abertura de La Lyra; Vivaldi Champagnat, s/nº – Cidade Velha. sileiras nº 5 (solos da soprano Cláudia Azevedo). – Concertos Grossos RV 151, RV 121, RV Nos dias 17 e 18, a Sala Minas Gerais recebe um dos principais con- 531 e Concerto para violino nº 1. Bach – vidados da temporada: o violinista e maestro Pinchas Zukerman, dono de Concerto de Brandemburgo nº 3. u BELO HORIZONTE, MG um currículo que o coloca entre os mais importantes intérpretes de sua Igreja Matriz São José de Ribamar – Tel. (85) 3361-1122. Entrada franca. 03/08 20h30 Orquestra geração. Em Belo Horizonte, ele se apresenta acompanhado de sua mu- Apresentação dia 23 de agosto, às 19h, na Filarmônica de Minas Gerais. lher, a violoncelista Amanda Forsyth: juntos, eles apresentam o Concerto Paróquia São Francisco de Assis de Tapera – Série Allegro. Fabio Mechetti – re- Tel. (85) 3361-4379. Entrada franca. duplo para violino e violoncelo, de Brahms. Completam o programa a gente. Antonio Meneses – violoncelo. Sinfonia nº 1, de Beethoven, e o Rondó em dó maior, de Mozart. Programa: Levy Oliveira – Um ato Uma das mais importantes iniciativas da filarmônica, o Festival Tinta u ARACAJU, SE de fé; Stravinsky – O beijo da fada: Divertimento; e Gál – Concerto Fresca, dedicado a abrir espaço para jovens compositores, é o destaque para violoncelo. Leia mais ao lado. da apresentação do dia 24, sob a batuta do regente associado Marcos 10/08 20h30 Orquestra Sinfônica de Sergipe. Série Cajueiros VI. Daniel Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. Arakaki, que comanda a interpretação das obras finalistas desta edição: Nery – regente. Programa: Debussy – R$ 40 a R$ 105. Reapresentação dia 4 às 20h30, pela série Veloce. Quando o sol se detém para ouvir canções de guerra, de Felipe Vascon- Prélude à l’après-midi d’un faune; Bartók celos; Maris Stella, de Henrique Coe; Impressões francesas, de Renato – Danças romenas; Stravinsky – Dança 08/08 12h00 Orquestra Sinfônica Pimenta; Pandora – Fantasia orquestral sobre o mito de Hesíodo, de infernal, de O pássaro de fogo; Borodin de Minas Gerais. Sinfônica ao Meio-Dia. Caio Facó; e Menniniana, de Marcelo Dino. – Danças polovtsianas; Guarnieri – Três Valsas vienenses. Silvio Viegas – regente. danças brasileiras; e Lorenzo Fernandez – Participação: Raíssa Amaral – soprano. Batuque. Programa: obras de J. Strauss Jr. e Webber. Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1496. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) Belo Horizonte, dias 29 e 30 3236-7400. Entrada franca. Reapresentação dia 16/08 20h30 Orquestra Sinfônica 9 às 20h30, série Sinfônica em Concerto. R$ 20. Sinfônica de Minas Gerais faz de Sergipe. Concerto em homenagem ao Conselho Estadual de Cultura. 12/08 18h00 Orquestra Filarmônica versão em concerto de I pagliacci Guilherme Mannis – regente. Programa: de Minas Gerais. Série Fora de Série. Guarnieri – Três danças brasileiras; Fabio Mechetti – regente. Cláudia A Fundação Clovis Salgado apresen- Lorenzo Fernandez – Batuque; Brahms Azevedo – soprano. Programa: Bach – Eric Herrero çã o ta em agosto uma versão em concerto da – Dança húngara nº 5; Guerra-Peixe – Suíte orquestral nº 1 BWV 1066, Cantata nº Mourão; Cláudio Miguel/José de Gouveia 51 e Concerto de Brandemburgo nº 6 BWV ópera I pagliacci, de Leoncavallo. A obra é divulga – Cheiro da Terra; e José Ferreira Jr. – 1051; e Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras símbolo do período verista, quando a ópera Tributo a Zé Ramalho. nº 5. Leia mais ao lado. italiana busca reproduzir temáticas do coti- Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1496. Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. diano, o que leva a um novo tipo de escrita R$ 40 a R$ 105. vocal e orquestral. A história fala do amor 31/08 20h30 Orquestra Sinfônica de Sergipe e Coro Sinfônico da do palhaço Canio pela jovem Nedda, que 13/08 11h00 Stanely Levi – violão. Orsse. Série Cajueiros VII. Guilherme Manhãs Musicais. Isto não é um violão. se envolve com Silvio, culminando em uma Mannis – regente. Daniel Freire Programa: obras de Roberto Victório, cena na qual, entre fantasia e realidade, a – regente do coro. José Bastista Barrios, Kampela, Bach e Ginastera. tragédia cai sobre os personagens. Jr. – clarinete e Verônica Santos Fundação de Educação Artística – Sala Sergio A produção mineira, com récitas nos dias 29 e 30, será comandada – soprano. Programa: Beethoven – Magnani – Tel. (31) 3226-6866. R$ 20. Abertura Coriolano; Roberto Macedo pelo maestro Silvio Viegas, titular da Orquestra Sinfônica de Minas Ge- – Pseudodivertimento para clarinete e 15/08 20h00 Guilherme Peluci – sa- rais. No elenco, estão o tenor Eric Herrero, a soprano Mariana Gomes, orquestra; e Schumann – Missa op. 147. xofone e Daniela Veronesi – soprano. o barítono Fabian Veloz e o tenor Matheus Pompeu, entre outros. Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1496. Conduction #BR8. Haverá workshop às

44 Agosto 2017 CONCERTO 15h: veja em Outros Eventos. – Abertura em sol menor; Stravinsky – Fundação de Educação Artística – Sala Sergio Sinfonia em dó; Rachmaninov – Rapsódia Ilhabela, dias 4 a 13 Magnani – Tel. (31) 3226-6866. R$ 10. sobre um tema de Paganini; e R. Strauss – O cavaleiro da rosa: valsas. Festival Vermelhos reúne artistas 17/08 20h30 Orquestra Filarmônica Sala Minas Gerais. R$ 40 a R$ 105. Reapre- de Minas Gerais. Série Allegro. Pinchas sentação dia 1º/9 às 20h30, pela série Veloce. Zukerman – regente e violino. Marcos e conjuntos de peso em Ilhabela Arakaki – regente. Amanda Forsyth – 31/08 20h30 Miguel Bernat – O Centro Cultural Baía violoncelo. Programa: Mozart – Rondó K percussão. Pluralidades. Programa: Ute Lemper 373; Beethoven – Sinfonia nº 1; e Brahms obras de Puerto, Guinjoan, A. Fernandez dos Vermelhos, construído em – Concerto duplo. Leia mais na pág. 44. e Applebaum, entre outros. comunhão com a natureza no Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. Fundação de Educação Artística – Sala Sergio litoral norte de São Paulo, pro- R$ 40 a R$ 105. Reapresentação dia 18 às Magnani – Tel. (31) 3226-6866. R$ 20. move este mês, entre os dias 4 e 20h30, pela série Veloce. 13, a terceira edição do Festival 20/08 11h00 Iura de Rezende – cla- u BERTIOGA, SP Vermelhos de Música e Artes rinete, Rommel Fernandes – violino, Cênicas, com uma proposta de Elise Pittenger – violoncelo e Gustavo 12/08 20h00 Antonio Lauro Del diálogo entre as artes e uma Claro – violoncelo. Série Em Concerto. Carvalho – piano. Manhãs Musicais. programação rica, com grandes Dobras do tempo. Programa: obras de Cello em solo brasileiro. Programa: Messiaen e Samir Odeh Tamimi. Dimitri Cervo – Suíte brasileira; Aleh artistas e conjuntos. Fundação de Educação Artística – Sala Sergio Ferreira – Suíte nº 4; Rogério Duprat – Seis A abertura, no dia 4, vai Magnani – Tel. (31) 3226-6866. R$ 20. pequenas peças; Villani-Côrtes – Tríptico; reunir sobre o palco o pianis- çã o Santoro – Fantasia Sul América; Clóvis

ta Cristian Budu e a São Paulo divulga 22/08 12h00 Coral Lírico de Minas Pereira – O canto do cego e Côco agalo- Gerais. Sarau Lírico. Augusto Pimenta – pado, da suíte Macambira; Raul do Valle Companhia de Dança, além da regente. Programa: obras sacras, barrocas – obra inédita (estreia mundial); e Aloísio participação especial do Núcleo Artístico Virginia Úngari. No dia 5, e contemporâneas. Didier – obra inédita (estreia mundial). destaque para o duo formado por Lívia e Arthur Nestrovski, para o Palácio das Artes – Foyer – Tel. (31) 3236- Leia mais na pág. 49. violonista Yamandu Costa e para o concerto da cantora Ute Lemper, 7400. Entrada franca. Fundo Social de Solidariedade – Rua Walter Pereira, 77 – Centro. Entrada franca. que se apresenta com a Orquestra Jazz Sinfônica. Um dia depois, o 24/08 19h30 Coral Lírico de Minas pianista Ricardo Castro toca o Concerto de Ravel com a Orquestra Gerais. Lírico Sacro. Lara Tanaka – re- das Américas e Carlos Miguel Prieto. gente. Fred Natalino – piano. Programa: u BRASÍLIA, DF O violonista Fabio Zanon faz recital no dia 8, além de oferecer obras sacras, barrocas e contemporâneas. master classes. No dia 11, é a vez de Egberto Gismonti. No dia 12, Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem – 04/08 20h00 Marcelo Gama – Rua Sergipe, 175 – Funcionários. Entrada franca. piano e AndreaS Kunz – violino. duas grandes atrações: o violoncelista Antonio Meneses se une ao Comemoração dos 30 anos do Projeto pianista e compositor André Mehmari, com quem gravou um disco 24/08 20h30 Orquestra Filarmônica Sextas Musicais. no início do ano; e a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo in- de Minas Gerais. Festival Tinta Fresca. Casa Thomas Jefferson – Asa Sul – Tel. (61) terpreta, com Cláudio Cruz, a soprano Camila Titinger e a mezzo Marcos Arakaki – regente. Programa: 3442-5501. Entrada franca. Henrique Coe – Maris Stella; Caio Facó – soprano Luciana Bueno, a monumental Sinfonia nº 2, Ressurreição, Pandora, fantasia orquestral sobre o mito 09/08 20h00 Camerata Filarmônica de Mahler. (Leia mais sobre o Festival Vermelhos na página 16). de Hesíodo; Renato Pimenta – Impressões de Goiás. francesas; Felipe Vasconcelos – Quando o Casa Thomas Jefferson – Asa Sul – Tel. (61) sol se detém para ouvir canções de guerra; 3442-5501. Entrada franca. e Marcelo Dino – Menniniana. 11/08 20h00 Diego Munhoz e Campinas, dias 5, 6,19, 20, 26 e 27 Sala Minas Gerais – Tel. (31) 3219-9000. Entrada franca. RENATA BITTENCOURT – piano a quatro mãos. Campinas realiza integral para 29/08 12h00 Orquestra Sinfônica Casa Thomas Jefferson – Asa Sul – Tel. (61) de Minas Gerais e Coral Lírico de 3442-5501. Entrada franca. piano e orquestra de Beethoven Minas Gerais. Sinfônica e Lírico ao Meio- 18/08 20h00 Paula Van Goes – saxo- -Dia. Silvio Viegas – regente. Mariana Em parceria com a Escola de fone e Maria Di Cavalcanti – piano. çã o Gomes – soprano, Eric Herrero e Matheus Comunicação e Artes da Univer- Casa Thomas Jefferson – Asa Sul – Tel. (61) Pompeu – tenores e Fabian Veloz – baríto- 3442-5501. Entrada franca. sidade de São Paulo, a Orquestra divulga no. Programa: Leoncavallo – Trechos de Il Sinfônica Municipal de Campinas pagliacci. Leia mais na pág. 44. 25/08 20h00 Luiz Blumenschein – apresenta no Teatro Castro Men- Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) piano. des um ciclo dedicado à integral de 3236-7400. Entrada franca. Reapresentação Casa Thomas Jefferson – Asa Sul – Tel. (61) dia 30 às 20h30 (versão completa), pela série 3442-5501. Entrada franca. Beethoven para piano e orquestra, Sinfônica e Lírico em Concerto. R$ 20. com regência de seu titular Victor 29/08 20h30 Antonio Meneses – u CAETÉ, MG Hugo Toro, e com jovens solistas de violoncelo e Celina Szrvinsk – piano. destaque da nova geração brasileira. Lucas Thomazinho Concertos Teatro Bradesco. Programa: 26/08 20h30 Orquestra Nos dias 19 e 20, Richard Schumann – Adágio e Allegro op. 70; Filarmônica de Minas Gerais. Turnê Kogima sola o Rondó para piano e Shostakovich – Sonata para violoncelo Estadual. Marcos Arakaki – regente. orquestra; Carlos Vogt, o Concerto nº 1; e Lucas Thomazinho, o Con- e piano; Guerra Vicente – Cenas cariocas; Programa: Elgar – Pompa e circunstância: Ginastera – Pampeana nº 2; Villa-Lobos – Marcha Militar nº 1; Berlioz – A danação certo nº 5. Já nos dias 26 e 27, Pedro Brack toca o Concerto para piano Cantinela e O trenzinho do caipira; de Fausto: Marcha húngara; Schubert em ré maior, atribuído a Beethoven por pesquisadores do século XX; e Piazzolla – O grande tango. – Rosamunde: Abertura; J. Strauss Jr. – Leandro Mota interpreta o Concerto para piano nº 3; e Lucas Gonçalves, Teatro Bradesco – Tel. (31) 3516-1360. R$ 20. Tik-Tak Polka; Carlos Gomes – Condor: a transcrição para piano e orquestra do Concerto para violino. A série Abertura; Tchaikovsky – Eugene Onegin: continua em setembro, nos dias 2 e 3, com Pedro Sperandio, Luciana 31/08 20h30 Orquestra Valsa; Liszt/Müller-Berghaus – Rapsódia Filarmônica de Minas Gerais. Série húngara nº 2; e Bizet – Carmen: Prelúdio. Shimabuco e Silvia Molan. Presto. Marcos Arakaki – regente. Lukás Ginásio Poliesportivo – Tel. (31) 3651-3243. Antes, nos dias 5 e 6 de agosto, o grupo se apresenta sob regência de Vondrácek – piano. Programa: Bruckner Entrada franca. Carlos Moreno e com Marco Pereira no violão.

Agosto 2017 CONCERTO 45 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Várias datas e locais Terceira Mostra do Sesi tem especial atenção à música brasileira

A terceira Mostra Sesi-SP de Música Erudita promove ao longo do vez, canta ao lado do Quinteto Bachiana Sesi-SP um programa dedi- mês uma série de concertos em todo o estado, com grupos importan- cado a árias e canções de autores como Händel, Puccini e Gershwin tes e um repertório ambicioso, que repassa a história da música, com (São José do Rio Preto, dia 25; Birigui, dia 26; Marília, dia 27). Já o especial atenção à produção contemporânea e de autores brasileiros. Quinteto Zephyros, composto por músicos da Osesp e da Sinfônica O Quarteto Radamés Gnattali, liderado por Carla Rincón, vai in- Municipal, propõe um diálogo entre Villa-Lobos, Samuel Barber e terpretar uma seleção de quartetos do compositor que homenageia Nino Rota (Franca, dia 26; Araraquara, dia 27). com o seu nome (Birigui, dia 25; Marília, dia 26; São José do Rio Pre- to, dia 27). O duo formado pelo clarinetista Luís Afonso Montanha e o percussionista Ricardo Bologna explora diferentes facetas da música çã o

brasileira, com peças de Eduardo Guimarães Álvares, Villa-Lobos e divulga Marlos Nobre (Araraquara, dia 26; Franca, dia 25). Villa-Lobos tam- bém é o tema dos recitais do violonista Turíbio Santos (Sorocaba, dia 25; Rio Claro, dia 26; Piracicaba, dia 27). O A Trio elege como foco a obra de autores como Ricardo Tacu- chian e Liduíno Pitombeira (Piracicaba, dia 26; Santos, dia 27) e o Quarteto Grave apresenta criações de Maurício Kagel e Silvio Ferraz (Rio Claro, dia 25; São Bernardo do Campo, dia 26; Sorocaba, dia 27). A música barroca está representada, entre outros, pela presença do Ficta, conjunto liderado pela cantora Ligiana Costa (Santos, dia Quarteto Radamés Gnattali 25; São Bernardo do Campo, dia 27). O tenor Jean William, por sua

III Mostra SESI-SP ITAPETININGA música pelo mundo. Duo Celta: 11h: A música pelo mundo. Duo de Música Erudita 25/08 às 20h: A música pelo mundo. Gilson Barbosa – oboé e corne Olga Kopylova – piano e Yuriy Cidades do Estado de São Paulo Gilad Ephrat Ensemble – The Trio inglês e Vanja Ferreira – harpa Rakevich – violino. (Israel). 26/08 às 20h: A história da céltica. 27/08 às 11h: Compositores Teatro do Sesi Mogi das Cruzes – Entrada franca música. Ensemble São Paulo. 27/08 nacionais. A Trio: Daniel Rosas – Tel. (11) 4723-6900. www.sesisp.org.br/cultura às 11h: Crossover. Ricardo Herz Trio. clarinete, Sarah Nascimento – viola Teatro do Sesi – Tel. (15) 3275-7920. e Danieli Longo – piano. 25/08 às 20h: A história da ARARAQUARA Teatro do Sesi – Tel. (13) 3209-8210. música. Les Folies. 26/08 às 25/08 às 20h: A música pelo mun- MARÍLIA 20h: A música pelo mundo. Duo do. Balkãn Neo Ensemble. 26/08 25/08 às 20h: A música pelo SÃO JOSÉ DO RIO PRETO Olga Kopylova – piano e Yuriy às 20h: Compositores nacionais. Luís mundo. Olam Ein Sof. 26/08 às 20h: 25/08 às 20h: A história da Rakevich – violino. 27/08 às Afonso Montanha – clarinete e claro- Compositores nacionais. Quarteto música. Jean William – tenor e 11h: Compositores nacionais. Duo ne e Ricardo Bologna – vibrafone e Radamés Gnattali. 27/08 às 11h: Quinteto Bachiana Sesi-SP. 26/08 Vibrapiano: Daniel Grajew – piano marimba. 27/08 às 11h: A história A história da música. Jean William – às 20h: A música pelo mundo. e Carlos dos Santos – vibrafone. da música. Quinteto Zephyros. tenor e Quinteto Bachiana Sesi-SP. Olam Ein Sof. 27/08 às 11h: Teatro do Sesi Osasco – Tel. (11) Teatro do Sesi – Tel. (16) 3305-2500. Teatro do Sesi – Tel. (14) 3401-1500. Compositores nacionais. Quarteto 3602-6200. Radamés Gnattali. BIRIGUI PIRACICABA Teatro do Sesi – Tel. (17) 3224-6611. 25/08 às 20h: A música pelo 25/08 às 20h: Compositores nacio- 25/08 às 20h: A música pelo mundo. Duo Celta: Gilson Barbosa nais. Quarteto Radamés Gnattali. mundo. Luca Luciano (Itália) – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – oboé e corne inglês e Vanja 26/08 às 20h: A história da música. clarinete e Duo Daniela Lucatelle 25/08 às 20h: Crossover. Ricardo Ferreira – harpa céltica. 26/08 Jean William – tenor e Quinteto – piano e Fábio Bartoloni – violão. Herz Trio. 26/08 às 20h: A música às 20h: Compositores nacionais. Bachiana Sesi-SP. 27/08 às 11h: 26/08 às 20h: A história da música. pelo mundo. Gilad Ephrat Ensemble Quarteto Grave. 27/08 às 11h: A A música pelo mundo. Olam Ein Sof. A Trio: Daniel Rosas – clarinete, – The Trio (Israel). 27/08 às 11h: história da música. Quarteto Ficta. Teatro do Sesi – Tel. (18) 3643-1400. Sarah Nascimento – viola e Danieli A história da música. Ensemble Teatro do Sesi São Bernardo do Longo – piano. 27/08 às 11h: São Paulo. Campo – Tel. (11) 4344-1000. CAMPINAS Compositores nacionais. Turíbio Teatro do Sesi – Tel. (12) 3919-2000. 25/08 às 20h: A história da música. Santos – O violão sinfônico. 30/08 às 20h: Música em cena. Ensemble São Paulo. 26/08 às 20h: Teatro do Sesi – Tel. (19) 3403-5900. SÃO PAULO Crossover. Ricardo Herz Trio. 27/08 25/08 às 20h: A música pelo Gilad Ephrat Ensemble – The Trio às 11h: A música pelo mundo. Gilad RIO CLARO mundo. Duo Olga Kopylova – piano (Israel). Ephrat Ensemble – The Trio (Israel). 25/08 às 20h: A história da música. e Yuriy Rakevich – violino. 26/08 às Teatro do Sesi Paulista – Tel. (11) 3146-7496. Teatro do Sesi Amoreiras – Tel. (19) Quarteto Grave. 26/08 às 20h: 20h: Compositores nacionais. Duo 3772-4100. Compositores nacionais. Turíbio Vibrapiano: Daniel Grajew – piano Santos – O violão sinfônico. 27/08 e Carlos dos Santos – vibrafone. SOROCABA FRANCA às 11h: A música pelo mundo. Luca 27/08 às 11h: A história da música. 25/08 às 20h: Compositores 25/08 às 20h: Compositores nacio- Luciano (Itália) – clarinete e Duo Les Folies. nacionais. Turíbio Santos – O nais. Luís Afonso Montanha – cla- Daniela Lucatelle – piano e Fábio Teatro do Sesi Mauá – Tel. (11) 4542-8977. violão sinfônico. 26/08 às 20h: A rinete e clarone e Ricardo Bologna Bartoloni – violão. música pelo mundo. Luca Luciano – vibrafone e marimba. 26/08 às Teatro do Sesi – Tel. (19) 3522-5650. 25/08 às 20h: Compositores (Itália) – clarinete e Duo Daniela 20h: A história da música. Quinteto nacionais. Duo Vibrapiano: Daniel Lucatelle – piano e Fábio Bartoloni Zephyros. 27/08 às 11h: A música SANTOS Grajew – piano e Carlos dos Santos – – violão. 27/08 às 11h: A história pelo mundo. Balkãn Neo Ensemble. 25/08 às 20h: A história da música. vibrafone. 26/08 às 20h: A história da música. Quarteto Grave. Teatro do Sesi – Tel. (16) 3712-1600. Quarteto Ficta. 26/08 às 20h: A da música. Les Folies. 27/08 às Teatro do Sesi – Telefone (15) 3388-0444.

46 Agosto 2017 CONCERTO u CAMPINAS, SP u CAMPOS DO Belém 05/08 20h00 Orquestra JORDÃO, SP Sinfônica Municipal de Campinas. Monólogo A voz humana abre Carlos Eduardo Moreno – regente. 12/08 19h00 Leda Monteiro e Marco Pereira – violão. Programa: Letícia Gatti – sopranos, Aquillis Festival do Theatro da Paz Lacerda – Abertura nº 1; Villa-Lobos Skupien – tenor e Antonio Luiz – Sinfonietta nº 1(A memória de Barker – piano. Toriba Musical. Um dos mais importantes even- Mozart); e Marcos Pereira – Abertura Programa: Gershwin – Liza; Bernstein tos do calendário nacional, o Festival – Somewhere; Webber – Pie Jesu; Tosti Brincantes, Suíte das águas, Círculo do Theatro da Paz abre em agosto a dos amantes e Violão vadio. – Sogno; Bassani – Posate, dormite; Bellini – Vaga luna; Rossini – La serenata; sua décima sexta edição. A primeira Teatro Municipal José de Castro Mendes – Tel. (19) 3272-9359. R$ 30. Reapresentação Humperdinck – Abendsegen,; Mozart – produção será dia 5, A voz humana, dia 6 às 11h. R$ 6. Trechos de As bodas de Fígaro; Donizetti de Poulenc, monólogo que será inter- – Trechos de O elixir de amor; e Puccini – pretado pela soprano Eliane Coelho, O soave fanciulla, de La bohème. 05/08 20h00 Sonia Rubinsky grande nome do canto lírico no país. – piano. Ciclo Virtuoso: De Bach a Hotel Toriba – Tel. (12) 3668-5000. Villa-Lobos (e vice-versa). Programa: Entrada franca. Miguel Campos Neto assina a regência Bach – Partitas nº 2, nº 4 e nº 6, Ária e Marcelo Marques, a direção cênica.

19/08 19h00 RICARDO PESCE – çã o das Variações Goldenberg, Lute Suíte: A voz humana estreou em 1958 Ana Lúcia acordeão. Série Jovens Talentos. Bourrée, Suíte francesa nº 5; Willy Correa e o libreto, baseado na peça de Jean Benedetti Programa: obras de Piazzolla, divulga de Oliveira – Prelúdio de Sonia Rubinsky; Ginastera, Tiersen, Hermosa e . Cocteau, nos fala de uma mulher que e Villa-Lobos –Nesta rua e Bachianas brasileiras nº 4. Curadoria: João Luiz Hotel Toriba – Tel. (12) 3668-5000. tem a última conversa com seu amante, que agora está envolvido Entrada franca. Sampaio. Leia mais na pág. 49. com outra pessoa. Poulenc dedicou-se com afinco à ópera, tendo Espaço Cultural CPFL – Auditório Umuarama 26/08 19h00 ADRIANA BERNARDES escrito títulos como O diálogo das carmelitas. Sua parceria com – Tel. (19) 3756-8000. Entrada franca. – soprano e ANTONIO LUIZ BARKER – Cocteau é um dos pontos altos do gênero no século XX. piano. Toriba Musical. Casta Diva – paixão Ainda em agosto, o festival promove, no dia 15, um Concerto 18/08 14h00 16ª Mostra de e desejo na ópera. Programa: Händel – . Sarau para Lírico, com a participação da mezzo soprano Ana Lúcia Benedetti, Cordas Dedilhadas Ária de Xerxes; Rossini – Ária de Rosina, Ronoel Simões. – direção. que acaba de apresentar-se com sucesso de crítica em A danação Rafael Altro de O barbeiro de Sevilha; Bellini – Casta – organização. Gilson Antunes Diva, de Norma; Verdi – Caro nome, de de Fausto, de Berlioz, no Theatro Municipal de São Paulo, do te- Espaço Cultural Casa do Lago – Unicamp – Rigoletto e Sempre libera, de La Traviata; nor Antonio Wilson, das sopranos Luciana Tavares, Lanna Bastos e Tel. (19) 3521-1708. Entrada franca. Offenbach – Les oiseaux dans la char- Kézia Andrade, da mezzo soprano Aliana Sousa e do barítono Ida- mille, de Os contos de Hoffmann; Bizet 19/08 20h00 Orquestra Sinfônica ías Souto, mais uma vez com regência de Campos Neto. Benedetti – Habanera; e Puccini –Ária de Musetta Municipal de Campinas. Festival e Tavares também interpretam, no dia 18, o Stabat Mater, uma de La bohème; e O mio Babbino caro, Beethoven: integral da obra para de Gianni Schicchi. das mais importantes obras de Pergolesi, escritas em suas últimas piano e orquestra. Victor Hugo Toro Hotel Toriba – Tel. (12) 3668-5000. semanas de vida. – regente. Richard Kogima, Carlos Entrada franca. Vogt e Lucas Thomazinho – pianos. O Festival do Theatro da Paz continua em setembro, tendo como Programa: Beethoven – Rondo WoO 6, destaque uma nova produção da ópera Don Giovanni, de Mozart, Concerto para piano nº 1, e Concerto u CANOAS, RS com direção cênica de Mauro Wrona, diretor artístico do evento. para piano nº 5, O Imperador. Leia mais na pág. 45. 10/08 19h00 Eudóxia de Barros Teatro Municipal José de Castro Mendes – – piano. Programa: Eduardo Souto – O Tel. (19) 3272-9359. R$ 30. Reapresentação despertar da montanha e Um choro na dia 20 às 11h. R$ 6. Praia Grande; Lacerda – Estudos nº 4, nº Porto Alegre, dias 26 e 27 10 e nº 12; Chiquinha Gonzaga – Gaúcho 19/08 20h00 Amilton Godoy – piano e Atraente; Villa-Lobos – Nesta rua, nesta Ospa apresenta nova produção e Gabriel Grossi – harmônica. Ciclo rua; Mignone – Congada; Guarniei – Dança Virtuoso: De Bach a Villa-Lobos (e vice- brasileira; Nazareth – Espalhafatoso, de Don Giovanni, de Mozart -versa). Villa-Lobos Popular. Programa: Brejeiro, Confidências, Odeon e Apanhei-te Villa-Lobos – Ciclo brasileiro: Festa no Don Pasquale cavaquinho; e Gottschalk – Grande Fantasia Depois do sucesso de , de Carla Cottini çã o sertão; Guia Prático: A maré encheu; Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro. Donizetti, no ano passado, a Orquestra Sin- Bachianas Brasileiras nº 4, nº 5 e nº 2, Canoas Shopping – Praça de Eventos fônica de Porto Alegre apresentará nos dias divulga Canções típicas brasileiras: A estrela é lua Guilherme Schell – Tel. (51) 3415-5100. nova; e Pout-pourri folclore. Curadoria: Entrada franca. 26 e 27 de agosto uma nova produção da João Luiz Sampaio. Leia mais na pág. 49. ópera Don Giovanni, de Mozart, no Theatro Espaço Cultural CPFL – Auditório Umuarama São Pedro. A obra é uma das principais cria- – Tel. (19) 3756-8000. Entrada franca. u CAXIAS DO SUL, RS ções do compositor, que nela trabalhou com 26/08 20h00 Orquestra Sinfônica 10/08 20h30 Orquestra Sinfônica o libretista Lorenzo Da Ponte, alcançando Municipal de Campinas. Festival da UCS. Quinta Sinfônica. Manfredo um casamento perfeito entre texto e música Beethoven: integral da obra para Schmiedt – regente. Victor Rosenbaum – os dois também colaborariam em As bodas piano e orquestra. Victor Hugo Toro – – piano. Programa: Beethoven – Concerto de Fígaro e Così fan tutte. regente. Pedro Brack, Leandro Motta para piano nº 3 e Sinfonia nº 5. A regência é de Evandro Matté, diretor artístico do grupo, e a di- e Lucas Gonçalves – pianos. Programa: UCS – Teatro – Tel.(54) 218-2610. R$ 10. Beethoven – Concerto para piano, reção cênica fica a cargo de Caetano Pimentel, que este ano já assinou Kinsky Ahn. 7 (primeiro movimento), produções de O espelho, de Jorge Antunes, no Theatro São Pedro de São Concerto para piano nº 3 e Concerto u CUBATÃO, SP Paulo, e de Tannhäuser, de Wagner, no Festival Amazonas de Ópera. No para piano op. 61a (transcrição do papel-título está o barítono Homero Velho, e o trio feminino composto 06/08 19h00 Banda Marcial de Concerto para violino). Leia mais por Donna Elvira, Donna Anna e Zerlina será vivido por Carla Cottini, na pág. 45. Cubatão e Coral Zanzalá. Programa: Teatro Municipal José de Castro Mendes – canções eruditas e gospel. Maíra Lautert e Carolina Faria. Completam o elenco o tenor Flávio Leite Tel. (19) 3272-9359. R$ 30. Reapresentação Igreja Nossa Senhora da Lapa – Tel. (13) (Don Otavio), o barítono Carlos Rodriguez (Masetto), o baixo-barítono dia 27 às 11h. R$ 6. 3361-1272. Entrada franca. Daniel Germano (Leporello) e o baixo Sávio Sperandio (Comendador).

Agosto 2017 CONCERTO 47 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

12/08 18h00 Grupo Rinascita de De 18 a 20 de agosto às 20h 2ª parte: Lívia Nestrovski – canto e Nepomuceno – Sinfonia em sol menor. Música Antiga. Programa: música Theatro Via Sul – Av. Washington Soares, e ARTHUR Nestrovski – violão. Pós Centro Cultural – Sala Celso renascentista, barroca e medieval. 4335 – Edson Queiroz Você e Eu. Furtado – Tel. (83) 3208-3546. Entrada franca. Igreja Nossa Senhora da Lapa – Tel. (13) Entrada franca Anfiteatro da Floresta. 3361-1272. Entrada franca. www.festivalfortaleza.com.br 05/08 16h00 Violões na Floresta. u JUNDIAÍ, SP 25/08 20h00 Banda Marcial e 1ª parte: Laércio Ilhabela – violão. Corpo Coreográfico. Sexta Cultural. u GOIÂNIA, GO 2ª parte: Yamandu Costa – violão. 05/08 20h00 Orquestra Municipal Participação: Studio de Dança Alessandra Anfiteatro da Floresta. de Jundiaí. Cláudia Feres – regen- Palucci. Programa: canções eruditas e 17/08 20h30 Orquestra 05/08 20h00 Orquestra Jazz te. Clelia Iruzun – piano e Anthony populares. Filarmônica de Goiás. Concertos Sinfônica e ute lemper – canto. Flint – violino. Participação: Quarteto Bloco Cultural – Praça dos Emancipadores, s/nº. Especiais. Neil Thomson – regente. João Maurício Galindo – regente. Polytheama. Programa: Schubert – Entrada franca. Andrea Kaiser – soprano. Programa: Programa: Songs from the heart. Quarteto de cordas nº 14, A morte a L. Nono – Como una ola de fuerza y luz; Teatro de Vermelhos. donzela; e Mendelssohn – Concerto para piano, violino e cordas e Sinfonia nº 2. u CURITIBA, PR Beethoven – Sinfonia nº 3, Heroica. 06/08 11h00 YOA – Orquestra das Centro Cultural – Tel. (62) Américas. Carlos Miguel Prieto – Teatro Polytheama – Tel. (11) 4586-2472. 3201-4907. Entrada franca. 09/08 20h00 Collegium Cantorum. regente. Ricardo Castro – piano. Poemas em vozes femininas. Helma 20/08 11h00 Eudóxia de Barros Programa: Copland – El Salón México; Haller – regente. Programa: Henrique – piano. Homenagem à Nhanhá Ravel – Concerto para piano em sol; u LORENA, SP Oswald – Invocação à arte; Nepomuceno – do Couto e ao Ano Cultural Belkiss e Stravinsky – Petrushka. O baile na flor e Coração indeciso; Glauco Spenziere Carneiro de Mendonça. Teatro de Vermelhos. 25/08 19h00 Coro do Grupo de Velasquez – Serenata; Leopoldo Miguez Programa: Eduardo Souto – O despertar 06/08 16h30 Jazz e Instrumental Referência Guri. Projeto Guri. – Branca Aurora; Lorenzo Fernandez – Ode da montanha e Um choro na Praia Brasileiro. 1ª parte: Aaron Goldberg Eduardo Fernandes – regente. à Santa Cecília; e obras de Brasílio Itiberê, Grande; Fernando Cupertino – Valsa – piano. 2ª parte: Leo Gandelman Colégio Adventista – Auditório – Henrique de Curitiba e Bento Mossurunga. nº 1; Lacerda – Estudos nº 2, nº 4, nº Quarteto. Leo Gandelman 30 anos Tel. (12) 3152-4114. Entrada franca. Comunidade Luterana do Redentor – Tel. 7, nº 10 e nº 12; Chiquinha Gonzaga – de carreira. Leo Gandelman – sa- (41) 3223-4745. Entrada franca. Gaúcho e Atraente; Villa-Lobos – Nesta xofone, Eduardo Farias – teclados, rua, nesta rua; Mignone – Congada; Alberto Continentino – baixo e Cassius u MANAUS, AM Cantoritiba – Festival internacional Guarnieri – Dança brasileira; Nazareth Thepersson – bateria. de Corais de Curitiba – Espalhafatoso, Brejeiro, Confidências, Leia matéria sobre a temporada 2017- De 17 a 20 de agosto Teatro de Vermelhos. Odeon e Apanhei-te cavaquinho; e 2018 do Teatro Amazonas na pág. 8. Ingressos: www.diskingressos.com.br 08/08 18h00 Fábio Zanon – violão. Gottschalk – Grande Fantasia Triunfal Tel. (41) 3315-0808 Violão no Centro Histórico. sobre o Hino Nacional Brasileiro. www.cantoritiba.com.br Paróquia Nossa Senhora da Ajuda – u MUCUGÊ, BA Centro Cultural da UFG – Tel. (62) 3209-6137. Praça Prof. Alfredo Oliabni, 53 – Centro. 18/08 20h00 Coral Univille. Abertura Entrada franca. Entrada franca. oficial. Projeto Nosso Canto Regional IX Festival de Corais VOZES Matriz. Martinho Lutero Klemann – 27/08 11h00 Orquestra Filarmônica 10/08 14h00 1ª parte: Concerto dos NA CHAPADA regente. Programa: Tributo a Beatles. de Goiás. Concertos para a Juventude. alunos da classe de violão. De 3 a 6 de agosto canal da Música – Tel. (41) 3331-7513. Eliseu Ferreira – regente. Wellington 2ª parte: Orquestra de Percussão. Informações: tel. (71) 3451-4900 R$ 30. Rebouças – violino e Felipe Santos – Resultado das oficinas. 19/08 19h00 Mostra Música Erudita trompa. Programa: L. Gonçalves – Noturno; Teatro de Vermelhos. Entrada franca. e Música Sacra. Mostra não compe- Prokofiev – Concerto para violino nº 1; 11/08 20h00 Egberto Gismonti – u NATAL, RN titiva. Coral Gregoriano (Curitiba/PR) e R. Strauss – Concerto para trompa nº 1; multi-instrumentista. Instrumental Coral Harmonia (Curitiba/PR). Mostra e Tchaikovsky – Sinfonia nº 5. brasileiro. 30/08 20h00 Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Quartas competitiva. Coral A.B. Deter (Curitiba/ Centro Cultural Oscar Niemeyer – Tel. Teatro de Vermelhos. (62) 3201-4907. Clássicas. Linus Lerner – regente. Liliana PR), Coral da UFRGS (Porto Alegre/RS), 12/08 11h00 1ª parte: Antonio Coro Insiemi (Montevidéu/Uruguai); del Conde, Andrea Cortes Moreno Meneses – violoncelo e André (México) e Elizabeth Rodriguez Berrios Madrigal Uniso (Sorocaba/SP) e Coro Mehmari – piano. 2ª parte: Mani Masculino Ottava Bassa (Curitiba/PR). u ILHABELA, SP (Porto Rico) – sopranos. Programa: árias Padme Trio: Yaniel Matos – piano, de óperas, zarzuelas e canções latinas. museu Oscar Niemeyer – Teatro Poty Sidiel Vieira – contrabaixo e Ricardo Lazzarotto – Tel. (41) 3350-4400. R$ 20. FESTIVAL VERMELHOS 2017 Teatro Riachuelo – Midway Mall – Tel. (84) Música e artes cênicas Mosca – bateria. 4006-3424. 20/08 18h00 Coral da UTFPR. Noite De 4 a 13 de agosto Teatro de Vermelhos. de Premiação. Espetáculo Fronteiras. Curadoria: Samuel MacDowell 12/08 18h00 Orquestra Jovem Priscilla Prueter – regente. de Figueiredo e Eser Meneses do Estado, Coral Jovem e Coral u PATOS DE MINAS, MG Teatro Guaíra – Auditório Bento Munhoz Centro Cultural Baía dos Vermelhos Juvenil do Guri. Cláudio Cruz – da Rocha Netto – Tel. (41) 3304-7900. Av. Governador Mário Covas, 11.970 26/08 20h30 Mirta Herrera – piano, R$ 30. regente. Camila Titinger – soprano Ingressos: de R$ 10 a R$ 60. e Luciana Bueno – mezzo soprano. Pablo Cassiba – tenor, Beatriz Lozano Vendas: www.ingressorapido.com.br Programa: Mahler – Sinfonia nº 2, – soprano e Hugo Niro – percussão. u FLORIANÓPOLIS, SC www.vermelhos.org.br Ressurreição. Concertos Terra Sem Sombra: Madre Leia mais na pág. 45 Teatro de Vermelhos. Entrada franca. Tierra. Participação: Andrea Cioni e Teresa Furno – bailarinas. Programa: Ginastera, 05/08 20h30 Cármelo de los Santos 04/08 20h00 Cristian Budu – piano, 13/08 11h00 Concerto de encerramen- . Programa: Bach e Paganini. Piazzolla, Guastavino, Gardel e outros – violino São Paulo CIA. de Dança e Grupo to. Orquestra Sinfônica Municipal Auditório Jurerê Classic – Tel. (48) 3282 2203. de Dança do Núcleo Artístico Teatro Municipal Leão de Formosa – Tel. de São Paulo. Roberto Minczuk – (34)-3822-9671. Ingressos: 1 kg de alimento R$ 50. . Abertura: dança e Virgínia Úngari regente. não-perecível. piano. – direção artística. Inês Bogéa Teatro de Vermelhos. 19/08 20h30 Duo Aurore. Diego Programa: Le Spectre de la Rose, Munhoz e Renata Bittencourt – piano coreografia de Mario Galizzi e música u PIRACICABA, SP a quatro mãos. ao vivo; Suíte para dois pianos, coreo- u JOÃO PESSOA, PB Auditório Jurerê Classic – Tel. (48) 3282 2203. grafia de Uwe Sholz; Pivô, coreografia R$ 40. 12/08 19h30 Coro de Câmara de de Fabiano Lima; e Pássaro de fogo pas 05/08 18h00 Orquestra Sinfônica Piracicaba. Festival do Folclore em de deux, coreografia de Marco Goecke. Municipal de João Pessoa. Laércio comemoração aos 250 anos de Piracicaba. u FORTALEZA, CE Teatro de Vermelhos. Diniz – regente. Alphonsos de Melo Ernst Mahle – regente, piano e flauta 05/08 11h00 1ª parte: Almir Silveira – clarinete. Programa: Clóvis doce. Cidinha Mahle, Cecília Bellato, I Festival Internacional de Corais Clemente – saxofone e Julio Pereira – Abertura Festiva; Debussy – Eliana Asano e Suelen Almeida – pianos, de Fortaleza Bittencourt Jazz Trio. Cores. Rapsódia nº 1 para clarinete e orquestra; Ligia Gabrielle e Grazielle Tinós – sopra-

48 Agosto 2017 CONCERTO nos, Sonia Dechen – contralto, Daniel – Concerto para oboé nº 2; Henri Tomasi Pedroso e Antonio Pessotti – tenores, – Fanfarras litúrgicas; Alexandre Travassos Norberto Vieira – barítono e Gerelmager – Rapsódia Sefaradi; e Lacerda – Suíte Espírito Santo tem românticos e operetas Gonçalves – violão. Programa: Mahle Guanabara. – Suíte Viajando pelo Brasil; Waldemar Igreja da Reconciliação – Tel. (51) 3224-5011. A Orquestra Sinfônica do Espírito Santo fará dois programas distin- Henrique – Trem de Alagoas para piano Entrada franca. tos em agosto, no Teatro Carlos Gomes, em Vitória. Nos dias 9 e 10, o a quatro mãos, Caprichosa, Minha terra grupo coloca lado a lado dois ícones do romantismo: Brahms, de quem e Guriatã, curió; Massarani – Casinha 08/08 20h30 Orquestra Sinfônica pequenina; Tavares – Dança negra; de Porto Alegre. Concerto da Série é interpretada a Serenata nº 1 op. 11, e Mendelssohn, com o Concerto Villa-Lobos – Nesta rua, nesta rua; UFRGS. Enrique Diemecke (México) para violino – a peça é item fundamental na literatura concertante do Guerra-Peixe – A inúbia do caboclinho; – regente. Diego Grendene de Souza – instrumento e terá como solista a violinista Gabriela Queiroz. A regên- e Mignone – A folhinha da pimenta; e pe- clarinete. Programa: Copland – Concerto cia é de Leonardo David. Já nos dias 23 e 24, a orquestra apresenta o para clarinete. quenas canções para flauta doce e violão. programa Noite Vienense. A abertura é com Paul Hindemith e suas Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst UFRGS – Salão de Atos – Tel. (51) 3308-4303. Mahle – Sala de Concertos Dr. Mahle – Tel. R$ 30. Metamorfoses sinfônicas. E, em seguida, são apresentados trechos da (19) 3422-2464. R$10. opereta O morcego, de Johann Strauss II, e de obras de Franz Lehár, 11/08 20h30 Orquestra Sinfônica como A viúva alegre. A regência é de Guilherme Mannis, diretor da da UCS. Quinta Sinfônica. Manfredo 19/08 20h30 Orquestra Sinfônica Orquestra Sinfônica de Sergipe, que comanda um time de solistas in- de Piracicaba. Comemoração dos 250 Schmiedt – regente. Victor Rosenbaum anos de Piracicaba. Ernst Mahle – regen- – piano. Programa: Beethoven – Concerto tegrado pela soprano Lorena Espina, o tenor Augusto Caruso e alunos te. Luís Carlos Justi – oboé. Programa: para piano nº 3 e Sinfonia nº 5. do Curso de interpretação musical aplicada à ópera. Mahle – Arapuá Suíte e Concerto para Theatro São Pedro – Tel. (51) 3227-5100. oboé (estreia); e Schumann – Sinfonia R$ 10. nº 4. Leia mais ao lado. Ernst Mahle rege a Sinfônica de Piracicaba 16/08 21h00 VIII Circuito Musica Teatro Municipal Erotídes de Campos – Tel. A Orquestra Sinfônica de Piracicaba comemora os 250 anos da (19) 3413-5212. Entrada franca. Às 16h30, Brasilis. Cortejos e Colagens. Espetáculo haverá a palestra “O meu concerto de hoje”, cênico musical. 170 anos de nascimento cidade com um concerto especial, no dia 19, no Teatro Municipal e às 17h ensaio geral aberto. de Chiquinha Gonzaga. Abram alas para Erotídes de Campos. A regência é do maestro e compositor Ernst Chiquinha. Clara Sverner – piano. Helena Mahle, cuja atuação como autor se une à de formador de gerações 20/08 10h00 Orquestra de Câmara Varvaki – narração como Chiquinha de artistas brasileiros. A primeira parte do programa traz duas obras da empem. Festival do Folclore em co- Gonzaga. Programa: obras de Chiquinha memoração aos 250 anos de Piracicaba. Gonzaga. Chopin, Glauco Velásquez e suas: Arapuá Suíte, baseada numa lenda dos índios Tembé, e a pri- Programa: Mahle – Suíte Viajando pelo Ernesto Nazareth. Rosana Lanzelotte – meira audição do Concerto para oboé, com solos de Luís Carlos Jus- Brasil; e Guerra-Peixe – Mourão. direção. Leia mais na pág. 41. ti. Em seguida, o grupo interpreta uma importante obra do cânone Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Theatro São Pedro – Tel. (51) 3227-5100. europeu: a Sinfonia nº 4, de Robert Schumann. Mahle – Sala de Concertos Dr. Mahle – Tel. R$ 5 a R$ 20. (19) 3422-2464. R$10. 20/08 16h30 Quarteto de Cordas da Recife programa Brahms com Marlos Nobre 24/08 19h30 Quarteto de OSPA. Música no Museu. Brigita Calloni Trombones Ernst Mahle. Diogo do e Marcio Cecconello – violinos, Cosmas A Orquestra Sinfônica do Recife, sob o comando de seu diretor Amaral, Emerson Teixeira, Paulo Santos Grieneisen – viola e Alexandre Diehl artístico e regente titular Marlos Nobre, apresenta-se no dia 23 no e Rodrigo Rocha – trombones. Programa: – violoncelo. Programa: Nepomuceno – Teatro Santa Isabel. O programa tem início com a abertura Mar Mahle – Suíte combinada elefante. Coro Prece; Luiz Cosme – Quarteto de cordas Infantil Empem. Programa: O limoeiro nº 1; Liduino Pitombeira – Nyx e Três pe- calmo e viagem próspera, de Mendelssohn. Em seguida, o grupo de Patras, Anda roda, Zum gali gali, A ças atonais; e Debussy – Quarteto op. 10. apresenta a Sinfonia nº 1, de Brahms. velha Alzira perdeu o gato e Maria a Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Tel. costurar. Coro das Quintas Empem. (51) 3227-2311. Entrada franca. Tânia Pacca Perticarrari – regente. Luís Espaço CPFL promove diálogos musicas Dellagracia – piano. Programa: Mahle 26/08 20h00 Ópera Don Giovanni, – O rei da mazurca, Oliveira pequenina, de Mozart. Série Theatro São Pedro. Ciclo virtuoso: de Bach a Villa-Lobos (e vice-versa) é o títu- Que lindos olhos, Os olhos da Marianita, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. lo da nova série de concertos do Espaço Cultural CPFL, que tem Samba lelê e Dona Mari. Evandro Matté – direção musical e re- dois compromissos em agosto, com curadoria do jornalista e crítico Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst gente. Caetano Pimentel – direção cêni- musical João Luiz Sampaio. A proposta é investigar, por meio da Mahle – Sala de Concertos Dr. Mahle – Tel. ca. Participação: Coro Sinfônico da Ospa. obra de compositores e do trabalho de intérpretes, as múltiplas (19) 3422-2464. Entrada franca. Carla Cotini e Maíra Lautert – sopranos, Carolina Faria – mezzo soprano, Flávio influências que se misturam na criação musical brasileira. No dia 5, Leite – tenor, Homero Velho e Carlos abrindo a série, a pianista Sonia Rubinsky interpreta obras de Bach u PIRASSUNUNGA, SP Rodrigues – barítonos, Daniel Germano – ao lado de peças de Willy Corrêa de Oliveira. E, no dia 19, Amilton baixo-barítono e Sávio Sperandio – baixo. Godoy e Gabriel Grossi celebram a importância de Villa-Lobos bus- 10/08 20h00 Orquestra Sinfônica Leia mais na pág. 47. cando os elementos genuinamente populares da pesquisa por ele da USP. Guilherme Mannis – regente. Theatro São Pedro – Tel. (51) 3227-5100. Renato Kimachi – flauta. Programa: Reapresentação dia 27 às 17h. realizada em seu processo criativo. Bach – Suíte nº 2 para flauta e cordas e Concerto de Brandemburgo nº 3; e Händel – Música aquática, Suítes nº 1 u RECIFE, PE Antonio Lauro del Claro estreia obra e nº 2. Leia mais na pág. 36. O violoncelista Antonio Lauro del Claro faz, no dia 10, em São Centro de Convenções Prof. Dr. Fausto 06/08 17h00 Maria Clara Lima Victorelli – Tel. (19) 3562-1207. Entrada franca. e Elyanna Caldas – dois pianos. Carlos, e no dia 12, em Bertioga, recitais da série Em Concerto, Programa: Bach – Gottes Zeit is die promovida pelo Sesc, com curadoria da jornalista e pesquisadora allerbest Zeit; Rachmaninov – Suíte Camila Frésca. O programa é todo voltado para a música brasileira. u PORTO ALEGRE, RS nº 2; e Piazzolla – Milonga del ángel Boa parte das obras apresentadas foi dedicada a del Claro, como a e O grande tango. 01/08 20h30 Orquestra Sinfônica Academia Pernambucana de Letras – Suíte brasileira, de Dimitri Cervo; a Suíte nº 4 de Aleh Ferreira; de Porto Alegre. Série Igrejas. Especial Auditório – Tel. (81) 3268-2211. Entrada franca. o Tríptico de Villani-Còrtes; e a Fantasia Sul América, de Claudio Sopros e Percussão. Marcos Sadao Santoro. Completam o programa composições de Clóvis Pereira, Shirakawa – regente. Timothée Oudinot 23/08 20h00 Orquestra Sinfônica Raul do Valle e a estreia mundial de uma obra de Aloisio Didier. (França) – oboé. Programa: Fernando de do Recife. Concerto Oficial. Marlos Oliveira – Maxixe Urbano; Frigyes Hidas Nobre – direção musical e regente.

Agosto 2017 CONCERTO 49 u ROTEIRO MUSICAL Brasil

Programa: Mendelssohn – Mar calmo u SÃO CARLOS, SP u TIRADENTES, MG Sinfônica; Villa-Lobos – Prelúdio das e viagem próspera; e Brahms – Sinfonia Bachianas Brasileiras nº 4; Suppé – nº 1. Leia mais na pág. 49. 10/08 20h00 Antonio Lauro Del 04/08 20h00 Elisa Freixo – órgão Cavalaria ligeira; Rossini – Abertura de Teatro Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3322. Claro – violoncelo. Série Em Concerto. e convidados. Música Barroca. La gazza ladra; e Brahms – Dança húngara Entrada franca. Apresentação dia 22 às 10h Cello em solo brasileiro. Programa: Igreja Matriz de Santo Antônio – Tel (32) nº 5. Leia mais na pág. 43. para estudantes, pela série Concerto para a 3355-1676. R$ 35. Apresentação sextas-feiras Praia de Camburi. Entrada franca. Favor Juventude. Dimitri Cervo – Suíte brasileira; Aleh Ferreira – Suíte nº 4; Rogério Duprat – Seis às 20h. confirmar horário. Informações: www. petrobrasinfonica.com.br. 31/08 20h00 VIII Circuito Musica pequenas peças; Villani-Côrtes – Tríptico; Brasilis. Cortejos e Colagens. Espetáculo Santoro – Fantasia Sul América; Clóvis u VALINHOS, SP 13/08 11h00 Orquestra de Câmara cênico musical. Padre José Maurício Pereira – O canto do cego e Côco agalo- Sesi-ES. Série Concertos Didáticos. Nunes Garcia – 250 nos. Orquestra pado, da suíte Macambira; Raul do Valle 13/08 20h00 Cláudia Habermann Leonardo David – regente. Programa: Sinfônica da UFPE. Sérgio Dias – – obra inédita (estreia mundial); e Aloísio e Ana Carolina Sacco – sopranos, Hinos dos clubes brasileiros de futebol. regente. Marília Vargas – soprano. Didier – obra inédita (estreia mundial). Marcelo Santos – barítono, Katia Teatro do Sesi Jardim da Penha – Tel. (27) Carlos Ferrera – narração de Padre Leia mais na pág. 49. Kato – oboé, Alexandre D’Antonio 3334-7307. R$ 10. Sesc – Tel. (16) 3373-2333. Entrada franca. José Maurício. Programa: obras de José e Juliano Buosi – violinos e Pedro 17/08 20h00 Orquestra de Câmara Maurício Nunes Garcia. Rosana Lanzelote Estevão Quental – órgão. Série Sesi-ES. Série Camerata Pop. – direção. Leia mais na pág. 41. u SÃO JOSÉ DO Concertos na Matriz. Programa: obras O Piano Brasileiro. Leonardo David – Teatro Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3322. de Bach e Vivaldi. Ana Carolina Sacco – regente. André Mehmari – piano e cravo. R$ 20. RIO PARDO, SP direção artística. Programa: Mehmari – Ballo,; Mehmari Paróquia de São Sebastião – Rua Padre – Shostakovitchiana e Aria antiga; e 07/08 20h30 16ª Mostra de Cordas Manuel Guinaut, 74. Ingressos: valor espontâneo. Improvisos para piano. Dedilhadas. Sarau para Ronoel Simões. u RIBEIRÃO PRETO, SP Teatro do Sesi Jardim da Penha – Tel. (27) Rafael Altro – direção. Alberto Guedes – 25/08 20h00 Celina Charlier – 3334-7307. R$ 10. 12/08 20h30 Orquestra Sinfônica organização. flauta, Felipe Bernardo – órgão e de Ribeirão Preto. Concerto Centro Cultural Ítalo Brasileiro – Tel. (19) Fabio Pellegatti – violoncelo. Série 23/08 20h00 Orquestra Sinfônica Internacional. Knut Andreas – regente. 3608-4658. Entrada franca. Concertos na Matriz. Programa: Sonatas do Estado do Espírito Santo. Série Programa: Beethoven – Sinfonia nº 4; de Händel e Telemann. Ana Carolina Pré-Estreia. Metamorfoses Sinfônicas. Nino Rota – Suíte do filme Guerra e Paz; u SOROCABA, SP Sacco – direção artística. Noite Vienense. Guilherme Mannis – Michael Nyman – The end of the Affair; Paróquia de São Sebastião – Rua Padre regente. Participação: Lorena Espina John William – Indiana Jones; e Elmar 12/08 15h00 KARIN FERNANDES – Manuel Guinaut, 74. Ingressos: valor espontâneo. – soprano e Augusto Caruso – tenor. Bernstein – The Magnificent Seven. PIANO. Schaeffler Música. Programa: Solistas: alunos do curso de interpretação Theatro Pedro II – Tel. (16) 3632-0757. R$ 60. obras de Villa-Lobos. musical aplicada à ópera (Prêmio Oses). Reapresentação dia 13 às 10h30, pela série Ciclo Ecológico – Parque Chico Mendes – Av. u VINHEDO, SP Programa: Hindemith – Metamorfoses Juventude tem Concerto, entrada franca. Três de Março, 1025. Entranda framca. sinfônicas sobre um tema de Carl Weber; J. 06/08 19h00 Duo The Biedermeiers. Strauss – Abertura e trechos de O Morcego; 17/08 20h00 Orquestra Sinfônica 12/08 20h30 Musical Ópera do Concerto no Mosteiro. Programa: musica Sieczynski – Wien Du Stadt meiner Träume; de Sorocaba e Trio Fundec. Fernando Malandro, de Chico Buarque. Cia do século XIX para cordas e sopros. Lehàr – Trechos de A viúva alegre e de Ortiz de Villate – regente. Abner Aragão Minaz. Gisele Ganade – regente. Mosteiro de São Bento – Tel. (19) 3876-4788. Giuditta; e Kálmán – Trechos de Die – violino, Jefferson Perez – violonce- Participação: Coral Minaz. R$ 25. Csárdásfürstin. Leia mais na pág. 49. Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. lo e Thais Valim – piano. Programa: 26/08 19h30 Edmundo Hora – forte- Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. Reapresentação dia 13 às 19h. Beethoven – Abertura Coriolano op. 62, R$ 2. Reapresentação dia 24 às 20h, pela série piano e Alvaro Peterlevitz – violino. Concerto Triplice op. 56 e Sinfonia nº 8. Concertos Sinfônicos. 25/08 20h30 Paulo Mestre e Gisele Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. R$ 20. Concerto no Mosteiro. Programa: Mozart Ganade – cantores e Duo Siqueira Reapresentação dia 20 às 19h. – Sonatas K 304 e K 379, Fantasia K 396 27/08 11h00 Orquestra Sinfônica Lima – violões. Ópera e Outros Cantos. e Prelúdio modulatório K. deest. do Estado do Espírito Santo. Série Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. Mosteiro de São Bento – Tel. (19) 3876-4788. Concertos para a família. Helder Trefzger u TATUÍ, SP R$ 25. – regente. Programa: obras de Strauss, Shostakovich, Rossini e Bizet. CONSERVATÓRIO DE TATUÍ u SANTOS, SP Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444. u VITÓRIA, ES R$ 2. 02/08 19h00 Grupo Rinascita de 15/08 20h00 5º Seminário de 03/08 20h00 Orquestra de Câmara 31/08 20h00 Orquestra de Câmara Música Antiga. Programa: música Regência do Conservatório de Tatuí. Sesi-ES. Série Sesi-ES Música Clássica. Sesi-ES. Série Sesi-ES Música de Câmara. renascentista, barroca e medieval. Banda Sinfônica do Conservatório O retorno ao século XVIII – Diferentes Programa: Telemann – Concertos para Capela da UniSantos – Av. Conselheiro Nébias, . Dario Sotelo – coordenação. olhares. Carlos Prazeres – regente. quatro violinos nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4; 300. Entrada franca. de Tatuí Continuidade até dia 18, com ensaios aber- Célia Ottoni – piano. Programa: Respighi Biber – Battalia à 10; e Bach – Concerto – Danças antigas, suíte nº 3; Bach – 13/08 16h00 Sérgio Villafranca tos e apresentações diárias. Entrada franca. de Brandemburgo nº 3 BWV 1048. Concerto para piano BWV 1054; e Grieg – piano. Reinventando Villa-Lobos. Teatro do Sesi Jardim da Penha – Tel. (27) 17/08 18h30 BANDA SINFÔNICA DA – Suíte Holberg. 3334-7307. R$ 10. t Programa: Villa-Lobos – Dança do índio ESCOLA MUNICIPAL DE MÚSICA DE SÃO Teatro do Sesi Jardim da Penha – Tel. (27) branco, Uirapuru e Momoprecoce, entre PAULO. Entrada franca. 3334-7307. R$ 10. outros; e obras de Sergio Villafranca. Sesc – Área de Convivência – Tel. (13) 3278- 24/08 20h00 Gala Lírica. 09/08 20h00 Orquestra Sinfônica balé NO CINEMA 9800. Entrada franca. Apresentação de professores de canto do Estado do Espírito Santo. ESPETÁCULOS CINEMARK lírico. Cristine Bello Guse – coordenação. Série Quarta Clássica. Dois Ícones do R$ 50 20/08 18h00 Orquestra Juvenil Entrada franca. Romantismo. Leonardo David – regente. www.cinemark.com.br Heliópolis. Projeto Tocando Santos. Gabriela Queiroz – violino. Programa: Edilson Ventureli – regente. Programa: 25/08 19h00 Samuel Henrique de Brahms – Serenata nº 1 op. 11; e Balé A bela adormecida, de Dvorák – Sinfonia nº 9, Do Novo Mundo; Proença – clarinete. Recital de formatu- Mendelssohn – Concerto para violino Tchaikovsky. Royal Ballet de e Shostakovich – Abertura Festiva op. 96. ra. Salão Villa-Lobos. Entrada franca. op. 64. Leia mais na pág. 49. Londres. Sesc – Tel. (13) 3278-9800. Entrada franca. 26/08 20h00 Míriam Braga – piano. Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. R$ 2. Reapresentação dia 10 às 20h, pela série Terça-feira, 1º de agosto às 20h Especial Solo Brasileiro. Entrada franca. Transmissão nas cidades de: 23/08 20h00 Regina Schlochauer – Quinta Clássica. Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, piano e cravo. Programa: obras de C. P. E. 30/08 20h00 Orquestra Sinfônica. Campinas/SP, Curitiba/PR, Porto Bach, J. S. Bach, Daquin, Händel, Lacerda, 12/08 20h00 Orquestra Petrobras João Maurício Galindo – regente. R$ 12. Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Schumann, Brahms, Debussy e Kiefer. Sinfônica. Concerto 60 anos Petrobras. Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Vitoria/ES Pinacoteca Benedicto Calixto – Tel. (13) 31/08 20h00 Jazz Combo. Rodrigo Carlos Prazeres – regente. Programa: 3288-2857. Ursaia – coordenação. R$ 12. Mateus Freire – Abertura da Arca

50 Agosto 2017 CONCERTO Edição Agosto 2017 Todos os textos e fotos publicados na seção Gramophone são de propriedade e copyright de Mark Allen Group, Grã-Bretanha. www.gramophone.co.uk

Baseado nas A duas obras de câmara resenhas deste DOVE altamente envolventes segue- In Damascus mês, Martin Mark Padmore ten -se uma resposta comovente Cullingford Charles Owen pn ao conflito da Síria. Lindamente Sacconi Quartet apresenta Signum interpretado, é uma visão as melhores muito impressionante de um gravações compositor distinto. Gravação do mês Gravação

JS BACH DEAN DVORÁK The Art of Fugue – excs Dramatis personae ‘American’ BEETHOVEN FRANCESCONI Hard Pace String Quartet String Quartet No 13 Håkan Hardenberger tpt & Quintet Australian Chamber Gothenburg Symphony Škampa Quartet Orchestra / Orchestra / Champs Hill Richard Tognetti vn John Storgårds ABC Classics BIS Tognetti e seus colegas da ACO trazem a Dois concertos contemporâneos para Essa parece ser uma grande era de ótimos energia e o virtuosismo que são suas marcas trompete, tocados por – nas palavras de Andrew quartetos de cordas jovens, com o excelente registradas a esse programa altamente Mellor – um “time dos sonhos” de músicos. Škampa Quartet contando entre eles com gratificante. méritos, como demonstra, com estilo, esse soberbo disco de Dvorák.

BEETHOVEN. CHOPIN ‘LATE NIGHT LUTE’ JS BACH Piano Works Matthew Wadsworth Secular Cantatas, Vol 8 Elisabeth Brauss pn alaúde Bach Collegium Japan / Oehms Deux-Elles Masaaki Suzuki BIS

Uma estreia realmente notável. O primeiro Esse belo recital coloca repertório histórico Masaaki Suzuki e o Bach Collegium do disco da jovem pianista alemã Elisabeth Brauss escolhido com cuidado e tocado com elegância Japão – veteranos de 22 anos de gravações de demonstra uma segurança impressionante, em volta de uma obra nova e fascinante de Bach – são uma aparição tão frequente nessas frescor, inteligência e, acima de tudo, talento. Stephen Goss, servindo-se com imaginação do páginas que só dá para voltar a reiterar os Uma pianista para acompanhar. som único da teorba. elogios do passado!

EISLER Lieder, Vol 1 KURTÁG ‘FIRST DROP’ Holger Falk bar Steffen Complete Works for Ars Nova Copenhagen Schleiermacher pn Ensemble and Choir / Paul Hillier Dabringhaus und Grimm Netherlands Chamber Canteloupe Choir; Asko|Schönberg / Reinbert de Leeuw ECM New Series

A primeira parte de uma panorâmica de Um tesouro de composições de György Paul Hillier rege um disco de obras corais quatro volumes das canções de Hanns Eisler, Kurtág, cuja diversidade de abordagem é contemporâneas que proporciona uma bela com o barítono Holger Falk e o pianista Steffen demonstrada nesse item de três discos. jornada pela música moderna, cantada – e Schleiermacher oferecendo, como é dito pelo gravada – com cuidado e paixão evidentes. crítico Hugo Shirley, performances excelentes.

DVD/Blu-ray RELANÇAMENTO/ARQUIVO Em associação com WAGNER Parsifal JS BACH Sols incl Ventris & Lang; Royal Brandenburg Concertos Concertgebouw Orchestra / Iván Fischer Newstone Challenge Classics Heritage www.qobuz.com

A colaboração visual de Pierre Um item significativo, os antigos Ouça diversas das Audi e Anish Kapoor – e, claro, Concertos de Brandemburgo em gravações da Escolha musicalmente, Iván Fischer no estéreo de Harry Newstone recebem do Editor online em pódio – é aqui capturada em filme. um relançamento merecido. qobuz.com

Agosto 2017 CONCERTO 51 u CDs Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

MUSIC FOR BRASS SEPTET J. S. BACH ENCUENTRO LA HARPE REINE Volumes 3 e 4 Toccatas & Fugues Manuel de Falla Musique à la cour de Marie- Septura André Isoir – órgão Federico Garcia Lorca -Antoinette Lançamentos Naxos. Importado. Lançamento La Dolce Vita. Importado. Estrella Morente – canto Xavier de Maistre – harpa R$ 46,10 R$ 75,10 Javier Perianes – piano Les Arts Florissants Grupo residente da Royal O nome do mestre francês André Lançamento Harmonia Mundi. William Christie – regente Academy of Music, o septeto de Isoir, que morreu em 2016 aos Importado. R$ 99,50 Lançamento Harmonia Mundi. metais Septura é composto por 81 anos, está intimamente ligado O poeta Federico Garcia Lorca Importado. R$ 99,50 alguns dos principais músicos à música de Johann Sebastian e o compositor Manuel de Falla Dois grandes artistas se unem em atividade na Inglaterra, em Bach. Nascido em Saint-Dizier, ele entraram para a história como neste disco precioso: o maestro orquestras como as sinfônicas de realizou seus estudos principais símbolos incontornáveis da arte William Christie, referência na Londres, BBC e Philharmonia. no Conservatório de Paris, onde espanhola. Mas, entre eles, há pesquisa histórica, que ele traduz Isso por si já é garantia de um foi aluno de Rolande Falcinelli outros pontos em comum. Garcia por meio de um estilo bastante nível artístico de excelência, com e ganhou o primeiro prêmio em Lorca começou sua trajetória pessoal, e o harpista Xavier de artistas capazes de explorar todas órgão e em improvisação. Depois artística na música, enquanto De Maistre. O ponto de partida é as possibilidades expressivas de de vencer concursos em toda a Falla flertava com a literatura. Em fascinante e nos leva de volta seus instrumentos. Mas, ao se Europa, passou a ocupar o posto certo ponto, no entanto, ambos à França do século XVIII, mais juntar em um novo conjunto, os de organista em St.-Médard, em mudaram de rota, o primeiro precisamente a 1770, quando músicos se propuseram também a St.-Séverin e em Saint-German des abraçando a poesia, e o segundo, Maria Antonieta chega ao país, reler o grande repertório ocidental Prés, em Paris. A partir dos anos a composição. Não é difícil supor, levando em sua bagagem uma à luz da sonoridade dos metais, 1970, resolveu embarcar em um no entanto, que música e literatura harpa. O instrumento já não era encomendando versões e arranjos projeto que lhe tomaria décadas: a sempre foram influências para dos mais populares, mas estava que estão sendo gravados nesta gravação da obra integral de Bach os dois artistas. Esse é o universo entre os favoritos da futura rainha. série de discos. Os dois novos para órgão, com mais de vinte retratado neste ótimo CD. Javier E, por conta disso, diversas obras volumes são bastante diferentes volumes. Neste CD, ele se volta ao Perianes é um dos grandes foram compostas, agradando a entre si. No número 3, o Septura compositor, interpretando tocatas pianistas de sua geração e, como Maria Antonieta e, ao mesmo se dedica à música russa do final e fugas. A escolha não se dá por muitos colegas, tem associado tempo, apontando caminhos do século XIX e do início do século acaso. Qualidades como a escrita em sua carreira tanto o grande fundamentais para o instrumento. XX, com leituras instigantes contínua e intensa na Dorian repertório como projetos menos Basta ouvir o Concerto nº 5 de obras como Quarteto nº 8 BWV 538; o desenvolvimento do tradicionais. Aqui, ele se une à de Krumpholtz, por exemplo, de Shostakovich ou Vocalise de tema na BWV 540; a imaginação cantora de flamencoEstrella para perceber como ele explora Rachmaninov, além de Prelúdios na escrita da Fantasia e fuga BWV Morente para interpretar as diferentes timbres. Ou então de Scriabin. Já no volume 542; e mesmo os experimentos Siete canciones españolas de o uso que Haydn faz da harpa seguinte, eles voltam no tempo em obras da juventude, como De Falla e as Canciones españolas na Sinfonia nº 85, apelidada de para redescobrir o trabalho de a BWV 565 – todas essas antiguas, que Lorca escreveu na “A rainha”. O disco traz ainda grandes mestres musicais do características, no toque inspirado juventude. Ambas, assim como a famosa Dança dos espíritos, Renascimento, como Palestrina de Isoir, ajudam a compreender a a suíte El amor brujo, para piano trecho do Orfeu e Eurídice de (de quem interpretam Missa genialidade do compositor, o modo solo, partem do folclore local para, Gluck, em um arranjo sensível Papae Marcelli ) ou Orlando como desenvolveu seu trabalho ao com uma linguagem moderna, feito pelo próprio De Maistre. de Lassus (com Lagrime di San longo dos anos e, com isso, tornarem-se símbolos da criação Uma viagem musical pelo tempo, Pietro). O resultado sonoro é acabou transformando a própria musical da primeira metade acompanhada do fenomenal Les fascinante. história da música. do século XX. Arts Florissants.

ENCORES AFTER BEETHOVEN integral das sonatas do compositor. E surgiu uma questão: András Schiff – piano o que tocar como bis nessas apresentações? Querendo fugir Lançamento Universal. Nacional. Preço a definir de peças de efeito fácil, resolveu interpretar obras que, de O pianista húngaro András Schiff é um dos maiores nomes alguma forma, permitissem um diálogo com as sonatas. da história do instrumento e neste mês volta ao Brasil para Assim, o público teve a chance de ouvir Três peças para recitais pela temporada da Cultura Artística, interpretando piano, Melodia húngara e Allegretto D 915, de Schubert; Bach, Bartók, Schumann e Janácek (leia mais no Roteiro Eine kleine Gigue, de Mozart; Sonata HOB.XVI:44, de Musical, na página 36). Quem quiser se preparar para as Haydn; e uma seleção de partitas de Bach. Todas essas obras apresentações pode fazer isso ouvindo o novo disco do estão no disco, mais um testemunho da familiaridade de artista, Encores after Beethoven. Entre 2004 e 2006, Schiff Schiff com o grande repertório do piano e de sua capacidade realizou em todo o mundo uma série de concertos com a de interpretá-lo com coloridos sempre surpreendentes.

52 Agosto 2017 CONCERTO u CDs Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

POLISH VIOLIN CONCERTOS GIOACHINO ROSSINI CHORA, VIOLÃO! PRESENÇA DE VILLA-LOBOS Piotr Plawner – violino Stabat Mater Nicolas de Souza Barros – Volume 2 Kammersymphonie Berlin Würtenberg Philharmonic violão de 8 cordas Hugo Pilger – violoncelo Jürgen Bruns – regente Orchestra Lançamento independente. Nacional. Lucia Barrenechea – piano Lançamento Naxos. Importado. Camerata Bach Choir Poznán R$ 27,70 Lançamento independente. Nacional. R$ 46,10 Antonino Fogliani – regente Depois de gravar um disco Álbum com dois CDs. R$ 52 Para o público brasileiro de Lançamento Naxos. Importado. dedicado à obra do compositor O primeiro volume de Presença concertos, o conceito de R$ 46,10 Ernesto Nazareth, o violonista de Villa-Lobos trazia boa parte nacionalismo musical não é Durante uma viagem à Espanha, Nicolas de Souza Barros volta-se da produção do compositor estranho. Pelo contrário, a Gioachino Rossini aceitou uma mais uma vez ao universo da para o violoncelo, mas não tentativa de unir o folclore, encomenda para escrever um música brasileira. O ponto de só isso. Hugo Pilger e Lucia símbolo da arte local, com as Stabat Mater. Sua fama como partida foi um arranjo que fez Barrenechea queriam mostrar técnicas da música de concerto compositor de óperas já era da Primeira valsa de esquina, de também como a criação de Villa- pautou criadores como Villa-Lobos imensa e, tendo assumido diversos Francisco Mignone, cujo resultado Lobos, além de sua importância e, durante muitas décadas, foi compromissos, chegou próximo lhe deu confiança para construir intrínseca, influenciou gerações guia estético. Esse não foi, porém, ao prazo de entrega da nova obra todo um álbum em torno da de autores, uma “presença” um caso isolado. E uma das mais sem ter conseguido terminá-la. música urbana do fim do século constante pairando sobre a vida fascinantes escolas nacionais é a A solução foi pedir a um amigo, XIX e do início do século XX, um musical brasileira, ajudando polonesa, sobre a qual este disco Giovanni Tadolini, que escrevesse dos mais fascinantes períodos da a apontar rumos. O mesmo se debruça. Já tendo atuado em em seu lugar parte da peça. Foi criação musical brasileira, em que espírito é mantido agora no palcos como o Concertgebouw de assim que o Stabat Mater estreou; a nossa identidade sonora começa segundo volume. De Villa-Lobos, Amsterdã e o Teatro Chatelêt em anos depois, Rossini voltou à a tomar forma. A valsa, ele diz, eles interpretam Prelúdio nº 2, Paris, o violinista Piotr Plawner partitura, escrevendo ele próprio foi se transformando no Brasil e Berceuse, Sonata nº 2 e O canto grava neste trabalho quatro novas passagens e eliminando os passou a ser componente essencial do cisne negro, completando sua concertos para violino e orquestra trechos de Tadolini, que caíram nesse processo. E é por isso que, integral para violoncelo e piano, que servem de símbolo da cultura no esquecimento. Ao menos até além de Mignone, ele resolveu desde já referência de qualidade da Polônia, acompanhado da agora, quando o maestro Antonio gravar peças como Eponina e no mercado discográfico brasileiro. Kammersymphonie Berlin, Fogliani recuperou a obra original Cardosina, de Nazareth. O disco E, ao lado delas, estão outros regidos por Jürgen Bruns. Na para gravá-la com um time traz ainda algumas revelações que autores que dialogam com o peça de Grazyna Bacewicz, inspirado de solistas, com destaque o tornam ainda mais interessante. universo criativo do compositor. chama atenção o solo inicial do para a mezzo soprano Marianna Uma delas é a produção de É o caso de Francisco Mignone, instrumento; nas Cinco peças para Pizzolato e o baixo Mirco Henrique Alves de Mesquita, que, com Modinha ou Lenda sertaneja violino de Alexandre Tansman, Palazi, associando leitura musical com A surpresa ou A baiana, nº 4; de Radamés Gnattali, com o folclore dialoga com a música cativante a curiosidade histórica. É prenuncia, no século XIX, a Modinha e baião; de José Vieira barroca; no Allegro e andante, de grande interesse ainda a cantata música das décadas seguintes. Brandão, a ambiciosa Sonata. revela-se a sonoridade peculiar Giovanna d’Arco, contemporânea A outra é Eduardo Souto, O disco traz ainda a Mazurka, de Michael Spizak; e Andrzej do Stabat Mater e uma das menos compositor romântico, autor de Alberto Nepomuceno, escrita Panufnik demonstra enorme conhecidas criações do autor de da delicada O despertar da e estreada em 1887, no ano musicalidade em seu concerto. O barbeiro de Sevilha. montanha. em que nasceu Villa-Lobos.

u OUTROS EVENTOS

u SÃO PAULO CORAL MUSIC CENTER. Novo grupo. Aprendizado de no- Cultural Augôsto Augusta – Rua Augusta, 2161 – Tel. (11) ções básicas de técnica vocal e canto, percepção auditiva 3082-1830 – [email protected] – www.augosto.com.br. AMACORDAS – 2º Encontro de Música de Câmara para e afinação. Ensaios quartas-feiras, das 19h às 21h. Início Amadores. De 2 a 4 de novembro. Para instrumentistas em 2 de agosto. Investimento: R$ 123 por mês, para CURSO: Introdução à música clássica. Com João Maurício de cordas. Direção artística: Gretchen Miller. Local: Insti- não alunos. Local, informações e inscrições: Music Center Galindo – maestro. Terças-feiras 1º, 8, 15 e 22 de agosto, tuto Fukuda – Rua Brás Cubas, 258 – Tel. (11) 5083-4913. Núcleo de Ensino Musical – Rua José Maria Lisboa, 921 – das 18h às 19h30. Valor: R$ 120. Local, informações e Informações e inscrições: www.amacordas.com.br. Jardins – Tel. (11) 3889-9084 – www.music-center.art.br. inscrições: Sociedade Brasileira de Eubiose – Av. Lacerda Franco, 1059 – Aclimação – Tel. (11) 3208-9914. XXI CONCURSO NACIONAL DE VIOLÃO MUSICALIS. Dias 15 CURSO: Comparando argumentos. Com Sergio Casoy. e 16 de novembro. Dividido em cinco turnos, a partir de Pares de óperas com semelhanças entre si. Dias 1º e 8 CURSO: Música sacra e música religiosa. Com André 7 anos, sem limite de idade, e de música de câmara com de agosto: La cenerentola, de Rossini. Dias 15 e 22 de Guimarães Rodrigo. Segundas-feiras 21 e 28 de agosto violão. Direção artística: Giacomo Bartoloni. Informações agosto: Cendrillon, de Massenet. Dias 29 de agosto e e 4 e 11 de setembro, das 14h às 17h. Valor: R$ 200. Lo- e inscrições: Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, 5 de setembro: O rapto do seralho, de Mozart. Sempre cal: Museu de Arte Sacra – Av. Tiradentes, 676. Inscrições: 38 – Tel. (11) 3845-1514 – [email protected]. terças-feiras, às 14h. Valor: R$ 410 por mês. Local: Espaço [email protected]. – Tel. (11) 5627-5393.

54 Agosto 2017 CONCERTO u OUTROS EVENTOS

CURSO: Os modos da beleza. Com Leandro Oliveira. MUSICALIS NÚCLEO DE MÚSICA. Coral Musicalis. Com o Jaraguá do Sul, SC / 13º FESMUSC – Festival de Música As relações entre música clássica, cinema e literatura no maestro Júlio Maluf. Início: 8 de agosto. Ensaios terças-fei- de Santa Catarina. De 14 a 27 de janeiro. Concertos, cinema atual. Sempre quintas-feiras, das 14h às 15h30. ras à noite. R$ 130 por mês. Orquestra de violões para aulas, cursos, oficinas, master classes e palestras. 300 Início em 3 de agosto. Valor: R$ 410 por mês. Local: Espaço iniciantes, com Cláudio Weizmann e Juliana Castro. Aulas vagas para instrumentistas de todo o mundo. Inscrições: Cultural Augôsto Augusta – Rua Augusta, 2161 – Tel. (11) semanais, tarde e noite. Início: 9 de agosto. R$ 100 por de 10 de agosto a 10 de setembro. Direção artística: 3082-1830 – [email protected] – www.augosto.com.br. mês. Cursos de canto, instrumentos, teoria e harmonia; Alex Klein. Informações e inscrições: www.femusc.com.br. iniciação musical a partir de 2 anos. Local, informações João Pessoa, PB / XV FESTIVAL PARAIBANO DE COROS. CURSOS CLÁSSICOS. Cursos de música e ópera. 1) O nas- e inscrições: Musicalis Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, De 14 a 18 de novembro. Da Universidade Federal da cimento de Beethoven, por Sidney Molina. Ampara- 38 – Itaim-Bibi – Tel. (11) 3845-1514. do por informações biográficas e uma constante escuta Paraíba (UFPB). Oficinas e palestras. Coordenação: Eduardo musical comentada, o curso desvenda em que consiste PALESTRAS DE DEGUSTAÇÃO MUSICAL. Com Sérgio Nóbrega. Inscrições abertas até 6 de agosto. Informações a arte da arte de Beethoven. Sábados 12, 19 e 26 de Molina. Palestras preparatórias para audição de concertos. e inscrições: www.festivalparaibanodecoros.com. Aulas ilustradas com gravações e DVDs. Sábado, das 16h15 agosto e 2 de setembro, das 11h às 13h. 2) Introdução Mucugê, BA / IX FESTIVAL DE CORAIS – VOZES NA CHAPADA. às 18h45. Dia 19 de agosto: Wagner – Tristão e Isolda, à história da música, por Leonardo Martinelli. Apre- De 3 a 6 de agosto. Inscrições abertas. Informações: tel. ato II. Valor: R$ 110; R$ 55 para estudantes e alunos sentação e contextualização dos principais momentos (71) 3451-4900 – [email protected]. e movimentos estéticos da história da música, da Ida- novos. Local e informações: Espaço Cultural É Realizações – de Média aos séculos XX e XXI. Sábados, 12, 19 e 26 Rua França Pinto, 498 – Vila Mariana – Tel. (11) 5572-5363 Pelotas, RS / 8º FESTIVAL INTERNACIONAL SESC DE de agosto, das 15h às 18h. Preço R$ 420; R$ 378 para – www.erealizacoes.com.br/eventos. MÚSICA. De 15 a 26 de janeiro. Classes de instrumen- assinantes da Revista CONCERTO e da Temporada 2017 tos, canto lírico, piano e composição, prática de orquestra da Osesp. Local: Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo – Tel. (11) u BRASIL e de banda sinfônica, música de cãmara e oficina de cho- 3337-2719. Informações e inscrições: Revista CONCERTO ro. Programação de concertos. Direção artística: Evandro Belo Horizonte, MG / WORKSHOP: Violão contemporâ- – Tel. (11) 3539-0048 – www.concerto.com.br/cursos. Matté. Inscrições até 6 de agosto. Informações e inscri- neo na música popular e erudita: recursos percussivos. ções: www.sesc-rs.com.br/festival. FESTIVAL GIACOMO BARTOLONI 60 ANOS. De 9 a 11 Com Stanley Levi. Sábado 12 de agosto, das 14h às 16h. agosto. Concertos: veja no Roteiro Musical. Quinta- Participação gratuita, inscrições até 10 de agosto. Workshop: Recife, PE / 1º CONCURSO DE JOVENS SOLISTAS. Da -feira 10 de agosto às 10h: master class de violão com A arte do Conduction, com Guilherme Peluci (Brasil) e Orquestra Criança Cidadã (OCC). Homenagem a Clóvis Giacomo Bartoloni. Às 15h: Palestra com Teresinha Pra- Daniela Veronesi (Itália/EUA). Terça-feira 15 de agosto, Pereira. Patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal. da: “Giacomo Bartoloni e Revista Violão Intercâmbio: his- às 15h. Participação gratuita. Local: Fundação de Educação Para violinistas de todo o país, duas categorias: A (até tórico e sua participação”. Às 16h30: Mesa redonda 1: Artística – Sala Sergio Magnani – Tel. (31) 3226-6866. 15 anos) e B (de 16 a 21 anos). Prêmios em dinheiro. “O violão paulista dos últimos 30 anos”, com Edelton Inscrições até 15 de outubro. Informações, edital e inscri- Brasília, DF / 1º CONCURSO NACIONAL DE COMPOSIÇÃO ções: www.orquestracriancacidada.org.br/concurso. Gloeden, Gílson Antunes, Gisela Nogueira, Paulo Porto Ale- JORGE ANTUNES. Da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacio- gre e Sidney Molina. Sexta-feira 11 de agosto às 16h30: nal Claudio Santoro. Em comemoração ao 75º aniversário Rio de Janeiro, RJ / VIII CIRCUITO MUSICA BRASILIS. Mesa redonda 2: “Giacomo Bartoloni, a trajetória de um de Jorge Antunes. Inscrições até 20 de agosto. Informa- Cortejos e colagens. De agosto a setembro. Concer- violonista”, com Everton Gloeden, Juliana Oliveira, Lucia- ções: www.jorgeantunes.com.br/concurso-ostncs. tos: veja no Roteiro Musical. Exposição interativa sobre no Morais, Paulo de Tarso Salles e Teresinha Prada. Local: séculos de música brasileira. De 2 a 9 de agosto: Tea- Teatro Maria de Lourdes Sekeff – IA/Unesp Campus Barra Camboriú, SC / III FESTIVAL INTERNACIONAL DE CORAIS. tro Sesi Centro – Av. Graça Aranha, 1 – Tel. (21) 2563- Funda – Rua Bento Teobaldo Ferraz, 271. Entrada franca. Dias 10, 11 e 12 de novembro. Mostra de música coral 4163. De 11 a 18 de agosto: Teatro Sesi Jacarepaguá – Informações e inscrições: [email protected]. de diversos estilos. Inscrições até 1º de outubro. Informa- Av. Geremário Dantas, 940 – Tel. (21) 3312-3750. De 22 a ções e inscrições: www.festivalcamboriu.com.br. 29 de agosto: Teatro Sesi Caxias – Rua Artur Neiva, 100 – MASTER CLASS DE PIANO. Com Alexandra Mascolo- Curitiba, PR / XXXVI CONCURSO LATINO-AMERICANO Tel. (21) 3672-8341. Entrada franca. Curadoria: Rosana -David. Do Laboratório de Piano da USP. Quarta-feira 2 de ROSA MÍSTICA. Provas de piano solo, violão solo, duos e Lanzelotte. Informações: www.musicabrasilis.org.br. agosto, às 9h. Local: Auditório Olivier Toni do Departa- grupos de câmara. Dias 7 e 8 de outubro. Inscrições até mento de Música da ECA-USP – Tel. (11) 3091 4330. Rio de Janeiro, RJ / VIII CONCURSO NACIONAL DE VIOLÃO 11 de setembro. Informações e inscrições: tel. (41) 3253- FRED SCHNEITER. Dias 10 e 11 de outubro. Prêmios em 4409 e (41) 3085-4409 – www.escolarosamistica.com.br. MASTER CLASS DE PIANO. Com Helena Elias. Domingo 6 dinheiro, acessórios e um violão do Luthier Wellington de agosto, às 15h. Valor: R$ 100 (intérpretes) e R$ 30 Fortaleza, CE / I FESTIVAL INTERNACIONAL DE CORAIS. Polegário da Silva. Inscrições de 14 a 21 de agosto. Local: (ouvintes). Local e inscrições: Sociedade Brasileira de Dias 18, 19 e 20 de agosto. Realização: Grupo Maestro Sala Cecília Meireles – Espaço Guiomar Novaes. Informa- Eubiose – Av. Lacerda Franco, 1059 – Tel. (11) 3208-9914. Gil Gonçalves. Informações e inscrições: www.festival ções e inscrições: www.mostrafred.com. fortaleza.com.br. MASTER CLASSES OSESP. Para estudantes de música e Sorocaba, SP / OFICINA: Como ouvir música clássica. músicos profissionais. Sexta-feira 11 de agosto, das 14h Ituiutaba, MG / 24º concurso de piano Prof. abrão Com Sérgio Molina. Schaeffler Música. 8ª Temporada de às 16h: Unsuk Chin – composição. Segunda-feira 21 de calil neto. De 25 a 30 de setembro. Compositor home- música clássica. Sábado 26 de agosto, das 15h às 17h. agosto, das 14h às 16h: Emmanuele Baldini – violino. nageado: Liduino Pitombeira. Inscrições até 25 de agos- Tema: Wagner – Tristão e Isolda: ato II, O amor como Inscrições gratuitas para executantes e ouvintes: acade- to. Três categorias: I – Solo de piano (7 grupos); II – Piano música. Local: Conservatório Rogerio Koury – Rua [email protected]. Local: Sala São Paulo – Tel. (11) 3367- a 4 mãos (6 grupos) e III – Música de câmara. Informações ,154 – Centro. Inscrições gratuitas pelo tel. 9619 – www.osesp.art.br. e inscrições: www.conservatorioituiutaba.com.br. (15) 3211-1360 (MdA International). t

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Agosto 2017 CONCERTO 55 u FERMATA Antonio Meneses e Fabio

çã o / eugenio savio Mechetti: duas vezes 60 anos divulga Músicos celebram no palco da Sala Minas Gerais o duplo aniversário

Por Camila Frésca

ois dos maiores músicos brasileiros completam, em 2017, 60 anos de idade. Antonio D Meneses e Fabio Mechetti comemoram a efeméride em concertos com a Filarmônica de Minas Gerais, nos dias 3 e 4 deste mês. Juntos, interpretam o pouco conhecido Concerto para violoncelo, do austríaco Hans Gál, que Meneses gravou em 2012. Não há dúvidas de que ambos têm muito a celebrar: Antonio Meneses é um dos maiores violoncelistas que o Brasil já produziu e um artista que se apresenta nas melhores salas de concerto do mundo. Além desse aniversário carregado de simbologia, em 2017 ele também lembra dois acontecimentos fundamentais em sua carreira: os 40 anos da conquista do Concurso de Munique e, sobretudo, os 35 anos do primeiro lugar em um dos principais concursos do universo musical: o Tchaikovsky, de Moscou, realizado a cada quatro anos. A agenda segue intensa, com compromissos no Brasil e no exterior, incluindo, além de concertos, o lançamento de um CD (leia mais na próxima edição). Também o maestro Mechetti tem mais a comemorar. Há dez anos, depois de viver muito tempo fora do Brasil, ele retornava a seu país natal para capitanear o nascimento de uma nova orquestra, a Filarmônica de Minas Gerais. À frente do projeto artístico – o que incluía selecionar músicos e repertório, convidar solistas, maestros e lapidar artisticamente o grupo (bem como batalhar por uma sede adequada) –, Mechetti pode se orgulhar de ter participado da construção de uma das melhores orquestras do Brasil, com a qual ganhou prêmios, realizou turnês pelo Uruguai e pela Argentina e fez gravações para o selo Naxos. Fizemos um bate-bola com os dois músicos, abordando a relação de amizade que os une e reflexões sobre os 60 anos.

Antonio Meneses Fabio Mechetti Qual foi a primeira vez que você e Qual foi a primeira vez que você e Mechetti fizeram música juntos? Meneses fizeram música juntos? Se não me engano, foi tocando o triplo de Eu creio que foi no início dos anos 2000, Beethoven ainda como membro do Beaux com o Beaux Arts Trio. Arts Trio. Orquestra do Municipal do Rio. Tempos difíceis, meu pai tinha acabado de falecer... O que você mais admira no maestro O que você mais admira em Mechetti? Antonio Meneses? Difícil de dizer, porque posso esquecer Sua honestidade. outras qualidades dele, mas devo mencionar a integridade musical e sua capacidade de trabalhar e criar. Qual é o sentimento ao completar Qual é o sentimento ao completar 60 anos de idade? 60 anos de idade? São tantos os sentimentos que seria Já? preciso um livro para dizer tudo. Se pudesse voltar atrás, faria algo Se pudesse voltar atrás, faria algo diferente na carreira? diferente na carreira? Sim, ganharia meus concursos Sim, mas não tenho nada a reclamar (Tchaikovsky, Munique) com uns 40 desta. anos de idade. AGENDA Que conselho o Meneses de 60 anos Que conselho o Mechetti de 60 anos Orquestra Filarmônica de Minas Gerais daria para o Meneses de 20 anos? daria para o Mechetti de 20 anos? Fabio Mechetti – regente. Não pense só no violoncelo!!! Faça exatamente como eu fiz. Antonio Meneses – violoncelo Um sonho ainda a realizar? Um sonho ainda a realizar? Dias 3 e 4 de agosto, Sala Minas Gerais, Muitos, mas são segredo!! Celebrar os 50 anos da Filarmônica Belo Horizonte de Minas Gerais.

56 Agosto 2017 CONCERTO