Leituras Da Grande Guerra
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45 nº 1 nº EXTRA DOSSIÊ VASCO RATO A PRIMAVERA DOS FARAÓS CRISTIANO CABRITA WHY DEMOCRACY IS ITS OWN LEITURAS DA GRANDE GUERRA WORST ENEMY? ANTÓNIO PAULO DUARTE PENSAR ESTRATEGICAMENTE PORTUGAL: A INSERÇÃO INTERNACIONAL DAS PEQUENAS E MÉDIAS POTÊNCIAS E A 1.ª GUERRA MUNDIAL ANICETO AFONSO E CARLOS DE MATOS GOMES HISTÓRIA DE UM LIVRO: PORTUGAL E A GRANDE GUERRA JOÃO MOREIRA TAVARES MEMÓRIAS DA GRANDE GUERRA NUNO LEMOS PIRES SOBRE PORTUGAL E A GUERRA NA FRENTE AFRICANA DA GRANDE GUERRA DE 1914-1918 MIGUEL FREIRE COMANDAR EM ÁFRICA JOSÉ LUÍS ASSIS RELATÓRIO DE UMA COMISSÃO DE INQUÉRITO REALIZADA À 4.ª EXPEDIÇÃO A MOÇAMBIQUE HELENA PINTO JANEIRO A LONGA MARCHA DE NORTON DE MATOS PARA A GUERRA FÁTIMA MARIANO PRISIONEIROS RITA NUNES DESPORTO EM TEMPO DE GUERRA NATIVIDADE MONTEIRO MULHERES PORTUGUESAS EM TEMPO DE GUERRA (1914-1918) ÂNGELA SALGUEIRO A UNIVERSIDADE E A GUERRA MARISA FERNANDES A ARMA SUBMARINA NA ESTRATÉGIA ALEMÃ NA 1.ª GUERRA MUNDIAL PAULO COSTA A GUERRA NO MAR: ASPETOS MILITARES E CIVIS DO ENVOLVIMENTO PORTUGUÊS I S S N 0870-75 7 X 00145 Instituto Instituto nº 145 9 7 7 087 0 7 5 700 7 da Defesa Nacional LEITURAS DA GRANDE GUERRA da Defesa Nacional NAÇÃO E DEFESA Revista Quadrimestral Diretor Vítor Rodrigues Viana Coordenador Editorial Alexandre Carriço Conselho Editorial Ana Santos Pinto, António Horta Fernandes, António Paulo Duarte, António Silva Ribeiro, Armando Serra Marques Guedes, Bruno Cardoso Reis, Carlos Branco, Carlos Mendes Dias, Daniel Pinéu, Francisco Proença Garcia, Isabel Ferreira Nunes, João Leal, João Vieira Borges, José Luís Pinto Ramalho, José Manuel Freire Nogueira, Luís Leitão Tomé, Luís Medeiros Ferreira, Luís Moita, Manuel Ennes Ferreira, Maria do Céu Pinto, Maria Helena Carreiras, Mendo Castro Henriques, Miguel Monjardino, Nuno Brito, Paulo Jorge Canelas de Castro, Paulo Viegas Nunes, Raquel Freire, Rui Mora de Oliveira, Sandra Balão, Vasco Rato, Victor Marques dos Santos, Vítor Rodrigues Viana. Conselho Consultivo Abel Cabral Couto, António Martins da Cruz, António Vitorino, Bernardino Gomes, Carlos Gaspar, Diogo Freitas do Amaral, Fernando Carvalho Rodrigues, Fernando Reino, João Salgueiro, Joaquim Aguiar, José Manuel Durão Barroso, Luís Valença Pinto, Luís Veiga da Cunha, Manuel Braga da Cruz, Maria Carrilho, Nuno Severiano Teixeira, Pelágio Castelo Branco. Conselho Consultivo Internacional Bertrand Badie, Christopher Dandeker, Christopher Hill, George Modelski, Josef Joffe, Jurgen Brauer, Ken Booth, Lawrence Freedman, Robert Kennedy, Todd Sandler, Zbigniew Brzezinski. Antigos Coordenadores Editoriais 1983/1991 – Amadeu Silva Carvalho. 1992/1996 – Artur Baptista dos Santos. 1997/1999 – Nuno Mira Vaz. 2000/2002 – Isabel Ferreira Nunes. 2003/2006 – António Horta Fernandes. 2006/2008 – Isabel Ferreira Nunes. 2009/2010 – João Vieira Borges. Núcleo de Edições Colaboração Capa Cristina Cardoso e António Baranita Luísa Nunes Nuno Fonseca/nfdesign Normas de Colaboração e Assinaturas Consultar final da revista Propriedade e Edição Instituto da Defesa Nacional Calçada das Necessidades, 5, 1399‑017 Lisboa Tel.: 21 392 46 00 Fax.: 21 392 46 58 E‑mail: [email protected] www.idn.gov.pt Composição, Impressão e Distribuição EUROPRESS – Indústria Gráfica Rua João Saraiva, 10‑A – 1700‑249 Lisboa – Portugal Tel.: 218 494 141/43 Fax.: 218 492 061 E‑mail: [email protected] www.europress.pt ISSN 0870‑757X Depósito Legal 54 801/92 Tiragem 750 exemplares Anotado na ERC O conteúdo dos artigos é da inteira responsabilidade dos autores Nação e Defesa 2 Editorial 5 Leituras da Grande Guerra Pensar Estrategicamente Portugal: a Inserção Internacional das Pequenas e Médias Potências e a Primeira Guerra Mundial 8 António Paulo Duarte História de um Livro: Portugal e a Grande Guerra 24 Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes Memórias da Grande Guerra: Passado, Presente e Futuro 33 João Moreira Tavares Sobre Portugal e a Guerra na Frente Africana da Grande Guerra de 1914-1918 44 Nuno Lemos Pires Comandar em África, 1914-1918: uma Abordagem Metodológica 56 Miguel Freire A Grande Guerra em África (1914-1918): Relatório de uma Comissão de Inquérito Realizada à 4.ª Expedição a Moçambique, Comandada pelo Coronel Tomás de Sousa Rosa 70 José Luís Assis A Longa Marcha de Norton de Matos para a Guerra: a Frente Governamental 81 Helena Pinto Janeiro Prisioneiros: a Face Esquecida da Guerra 91 Fátima Mariano Desporto em Tempo de Guerra: os Jogos Interaliados 101 Rita Nunes Mulheres Portuguesas em Tempo de Guerra (1914-1918) 109 Natividade Monteiro A Universidade e a Guerra: a Mobilização da Universidade Portuguesa Durante a Primeira Guerra Mundial (1916-1918) 122 Ângela Salgueiro A Arma Submarina na Estratégia Alemã na Primeira Guerra Mundial 133 Marisa Fernandes A Guerra no Mar Durante a Grande Guerra: Aspetos Militares e Civis do Envolvimento Português 153 Paulo Costa 3 Nação e Defesa Extra Dossiê A Primavera dos Faraós 168 Vasco Rato Why Democracy is its Own Worst Enemy? 199 Cristiano Cabrita Nação e Defesa 4 EDITORIAL O Instituto da Defesa Nacional realizou, em 8 de abril de 2015, um workshop inse- rido no projeto de investigação “Pensar Estrategicamente Portugal: A Inserção Internacional das Pequenas e Médias Potências e a Primeira Guerra Mundial”. Este projeto é desenvolvido pelo Instituto da Defesa Nacional, em parceria com o Insti- tuto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e com o Instituto de Ciências Sociais da Universi- dade de Lisboa, e conta com o apoio da Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da I Guerra Mundial. Tirando partido da presença de vários historiadores portugueses dedicados ao estudo de Portugal na Grande Guerra, procurou fazer-se um levantamento do ‘estado da arte’ da historiografia nacional e expor as novas leituras historiográ- ficas que estudam e analisam a participação de Portugal no primeiro conflito mundial. O decurso dos trabalhos veio revelar o dinamismo da historiografia con- temporânea portuguesa que, desconstruindo o passado, possibilita ao futuro dis- por de conhecimento bem fundamentado e de análise crítica rigorosa sobre um período particularmente dramático da história da humanidade e também de Por- tugal. A importância do tema em debate impunha a publicação dos resultados desta investigação. Deste objetivo resultou o ‘dossiê especial’ publicado neste número da revista Nação e Defesa, a que designámos “Leituras da Primeira Guerra Mundial em Portugal”. Trata-se de um dossiê plural, que evidencia a variedade de investiga- ções que podem decorrer da participação de um país num cenário de guerra. São o caso dos estudos sobre a mobilização da universidade portuguesa para a guerra ou dos prisioneiros portugueses na Alemanha, da história da emancipação das mulhe- res, assim como os estudos relativos ao desporto e sua relação com a contenda. Isso não impede que estudos mais clássicos, mas com ênfase em novas tecnologias ou em novas temáticas, até agora descuradas, permitam hoje uma leitura mais abran- gente sobre o conhecimento da ação das forças armadas ou da política de guerra. É o caso do estudo dos relatórios dos comandantes-chefes nacionais, por exemplo o do futuro General Sousa Rosa, enquanto chefe das forças nacionais em Moçambi- que em 1918. É também o curioso estudo sobre a guerra submarina na costa portu- guesa, com recurso a novas fontes de informação: os filmes elaborados pela Kaiser- liche Marine. O papel dos submarinos alemães durante a guerra é, na sua vertente clássica, também aqui objeto de análise. Importa salientar, pelo contributo para a promoção de um conhecimento mais abrangente, a possibilidade de acesso a novas fontes de informação, que atual- mente servem de base a investigações em curso, permitindo uma melhor compre- ensão da intervenção de Portugal na Primeira Guerra Mundial, através de novos e mais amplos ângulos. De igual modo têm-se desenvolvido novos espaços, mais apelativos e abrangentes, de divulgação histórica junto do grande público. 5 Nação e Defesa Editorial Em ambos os casos, é relevante o trabalho que tem sido realizado pelo Arquivo Histórico Militar. No ‘dossiê especial’ agora publicado analisam-se, igualmente, questões mais técni- cas dos arquivos ou da elaboração teórica dos projetos de investigação. É objeto de estudo a elaboração da obra “Portugal e a Grande Guerra. 1914-1918”, um volume coletivo consagrado à participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial, assim como os fundamentos do projeto de investigação “Pensar Estrategicamente Portu- gal: A Inserção Internacional das Pequenas e Médias Potências e a Primeira Guerra Mundial”, acima referido. Mas esta diversidade de estudos historiográficos sobre a Primeira Guerra Mundial também evidencia uma evolução ao nível da Estratégia. Com as guerras mundiais, a Estratégia deixou de estar confinada ao vetor militar e teve de se alargar e ampliar, em razão da natureza de um conflito de largo espectro. Este número da Nação e Defesa conta, ainda, com uma secção extra-dossiê. Vasco Rato aborda os processos de contestação popular que ficaram conhecidos como a “Primavera Árabe”, argumentando que os regimes que utilizaram um grau ele- vado de violência aumentaram as suas probabilidades de sobrevivência. Porém, como ilustram os casos de Hosni Mubarak e Ben Ali, removidos da chefia do estado porque perderam o apoio das suas respetivas instituições militares, as forças arma- das foram atores determinantes ao longo da “Primavera Árabe”. Por fim, Cristiano Cabrita analisa os desafios futuros que se colocam à democracia, argumentando que esta é, em certa medida, a sua pior inimiga, porque na ótica do autor, a maioria das questões que estão hoje em dia a ser debatidas resultam de um elevado grau de inépcia, apatia, alheamento e desinteresse por parte das democra- cias liberais. Vítor Rodrigues Viana Nação e Defesa 6 Leituras da Grande Guerra Pensar Estrategicamente Portugal: a Inserção Internacional das Pequenas e Médias Potências e a Primeira Guerra Mundial 1 António Paulo Duarte Investigador e Assessor do Instituto da Defesa Nacional. Investigador Integrado do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.