Perfil Da Mortalidade Materna Na IIª Regional De Saúde Limoeiro-PE, 2001 a 2005
Total Page:16
File Type:pdf, Size:1020Kb
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA Curso de Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde ANA PAULA BARBOSA MATEUS JOSE ROBERTO DE SANTANA VALMIR CORREIA DE MELO Nome do Aluno Perfil da Mortalidade Materna na IIª Regional de Saúde Limoeiro-PE, 2001 a 2005 RECIFE 2008 Ana Paula Barbosa Mateus Jose Roberto de Santana Valmir Correia de Melo PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA NA IIª REGIONAL DE SAÚDE – LIMOEIRO-PE, 2001 A 2005 Monografia apresentada ao Curso Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz como requisito parcial à obtenção do grau de Especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. Orientadora: Profª. Giselle Campozana Gouveia RECIFE 2008 Catalogação na fonte: Biblioteca do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães M425p Mateus, Ana Paula Barbosa Perfil da mortalidade materna na IIª Regional de Saúde – Limoeiro-PE, 2001 A 2005/ Ana Paula Barbosa Mateus, Jose Roberto de Santana, Valmir Correia de Melo. — Recife: A. P. B. Mateus, 2008. 35 f.: il. Monografia (Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde) – Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz. Orientadora: Giselle Campozana Gouveia. 1. Mortalidade materna. 2. Perfil de saúde. 3. Complicações na gravidez. I. Gouveia, Giselle Campozana. II. Título. CDU 314.42 Ana Paula Barbosa Mateus Jose Roberto de Santana Valmir Correia de Melo PERFIL DA MORTALIDADE MATERNA NA IIª REGIONAL DE SAÚDE – LIMOEIRO-PE, 2001 A 2005 Monografia apresentada ao Curso Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde do Departamento de Saúde Coletiva, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz como requisito parcial à obtenção do grau de Especialista em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. Aprovado em: ____/_____/_____ BANCA EXAMINADORA _________________________________ Drª Giselle Campozana Gouveia Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz __________________________________ Msc. Juliana Martins Barbosa da Silva Costa Secretaria Municipal de Saúde do Recife RESUMO Este estudo teve como objetivo descrever a mortalidade materna na IIª Regional de Saúde - Limoeiro, nos anos de 2001 a 2005. Constituindo a população todas as mulheres, residentes nos 31 municípios da IIª Regional de Saúde de faixa etária entre 10 e 49 anos, que morreram durante a gravidez, no parto ou no puerpério, ou até um ano após estes eventos, ou seja, os óbitos causados por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Os dados foram coletados através do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) –– IIª Regional de Saúde e através do banco de dados da Vigilância do óbito Materno – UNIEP/SES. Os principais resultados encontrados foram que o CMM para a IIª GERES – Limoeiro está muito acima do padrão considerado aceitável pela OMS; as mortes maternas obstétricas diretas representaram 70,7% dos óbitos, enquanto as mortes maternas obstétricas indiretas representaram 25,9%; os Distúrbios Hipertensivos foram responsáveis pelos maiores percentuais dos óbitos maternos obstétricos diretos; as Doenças do Aparelho circulatório, complicando a gravidez, o parto e o puerpério representaram a principal causa das mortes maternas obstétricas indiretas; a faixa etária onde concentram-se o maior numero de óbitos é a de 25 a 29 anos; em relação ao estado civil, observou-se que mais de 85% das mulheres viviam com companheiros; quase metade das mulheres que tiveram óbito materno, apresentavam baixo grau de escolaridade, o que pode levar a suposição de que o numero de anos de estudo pode representar importante fator de risco para morte materna; mais de 50% das mulheres que foram a óbito eram de cor parda; e em relação a ocupação mais de 50% eram do lar e 24% agricultoras. Conclusão: O perfil dos óbitos maternos encontrado na IIª GERES – Limoeiro apresenta-se bastante similar ao padrão encontrado em outros estudos brasileiros, revelando que a baixa condição sócio-econômica, a faixa etária de maior reprodutibilidade, e as doenças relacionadas ao aparelho circulatório representam os maiores percentuais dos óbitos por morte materna nesse estudo. Palavras-chaves: Mortalidade materna. Registros de mortalidade. Mortalidade. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 2 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 9 3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11 3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 11 3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 11 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 12 4.1 Desenho do Estudo ........................................................................................... 12 4.2 População do Estudo ........................................................................................ 12 4.3 Área do Estudo .................................................................................................. 12 4.4 Período do estudo: ............................................................................................ 14 4.5 Coleta de Dados ................................................................................................ 14 4.6 Critérios de inclusão e de exclusão: ............................................................... 15 4.7 Elenco de Variáveis ........................................................................................... 15 4.8 Análise dos Dados ............................................................................................ 15 4.9 Aspectos Éticos ................................................................................................ 16 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 17 6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 26 7 RECOMENDAÇÕES FINAIS ................................................................................. 27 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29 APENDICES ............................................................................................................. 31 6 1 INTRODUÇÃO A Determinação do Coeficiente de Mortalidade Materna vem se firmando como índice de extrema importância para a avaliação da qualidade dos serviços de saúde voltados para o atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal e das condições sócio-econômicas de uma determinada região. É uma medida de risco relativa à mulher quando esta torna-se grávida (KERR-PONTES; ROUQUAYROL, 2003). A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), em seu congresso mundial realizado na Austrália em 1967, aprovou a classificação e o conceito de morte materna preconizados pelo Comitê Internacional de Mortalidade Materna, sendo incorporados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1975 por ocasião da 9ª Revisão do Manual de Classificação Internacional de Doenças (CID 9) e mantidos na 10ª Revisão (CID 10) (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1994; SOUZA; LAURENTI, 1987). A definição clássica de morte materna considera ―a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais‖ (SOUZA; LAURENTI, 1987). A razão de Mortalidade Materna é expressa pela razão entre o numero de óbitos maternos ocorridos em determinado tempo e lugar e o número de nascidos vivos na mesma área e período. As Mortes maternas são classificadas em mortes obstétricas diretas ou indiretas. As mortes diretas são aquelas resultantes de complicações obstétricas no período gravídico-puerperal, devidas a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou de uma seqüência de eventos resultantes de qualquer uma dessas situações (ex.: hemorragia, infecção puerperal, hipertensão, tromboembolismo, acidente anestésico). Representam ainda a principal causa de morte materna nos paises em desenvolvimento. As mortes indiretas são resultantes de doenças pré-existentes ou que se desenvolveram durante a gravidez (intercorrentes), excluindo-se as causas 7 obstétricas diretas, mas que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da gestação (ex.: cardiopatias, colagenoses, e outras doenças crônicas) (COSTA, 2002). A morte em mulheres durante a gestação e/ou puerpério por causas direta ou indiretamente ligadas à gravidez (morte materna) representa enorme parcela de óbitos em adultos em todo mundo, especialmente nos paises subdesenvolvidos da África, América Latina e, neste principalmente o Brasil (LAURENTI, 1998) No Brasil, não é conhecida a real magnitude do problema, mas estima-se em 5.000 as mortes anuais por causas maternas. Estima-se ainda que 98% dessas mortes poderiam ser evitadas, ou seja, 4.900 perdas não deveriam estar ocorrendo, se as condições de vida dessas mulheres e os serviços de atenção à saúde fossem melhores (BEREZOWSKI, 1995). O Centro Feminista