Uma Luta Pela Emancipação Do Contestado (1909-1917)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA GABRIEL GOULART BARBOZA O MOVIMENTO EM PROL DO ESTADO DAS MISSÕES: UMA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO DO CONTESTADO (1909-1917) FLORIANÓPOLIS 2021 GABRIEL GOULART BARBOZA O MOVIMENTO EM PROL DO ESTADO DAS MISSÕES: UMA LUTA PELA EMANCIPAÇÃO DO CONTESTADO (1909-1917) Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof. Dr. Paulo Pinheiro Machado FLORIANÓPOLIS 2021 Gabriel Goulart Barboza O movimento em prol do Estado das Missões: uma luta pela emancipação do Contestado (1909-1917) O presente trabalho em nível de mestrado foi avaliado e aprovado por banca examinadora composta pelos seguintes membros: Profa. Dra. Cláudia Maria Ribeiro Viscardi Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Prof. Dr. Delmir José Valentini Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi julgado adequado para obtenção do título de mestre em História. ____________________________ Prof. Dr. Fábio Augusto Morales Soares Coordenador do Programa de Pós-Graduação ________________________ Prof. Dr. Paulo Pinheiro Machado Orientador Florianópolis, 13 de janeiro 2021. Dedico este trabalho aos meus avós paternos Eduardo Barboza e Delia Gladis Gambetta e avós maternos Dirceu Moraes Goulart e Silvina Lemes Goulart. AGRADECIMENTOS Terminando a dissertação comecei a pensar no grande número de pessoas que me auxiliaram em todo esse processo. São tantas que talvez acabe me esquecendo de alguém. Por isso, início essa seção do meu trabalho agradecendo a todos e a todas que estiveram comigo de alguma forma nesse período de mestrado. Muito obrigado! Mesmo assim, não poderia me furtar a dedicar algumas palavras para os mais próximos durante a pesquisa. Gostaria de começar agradecendo ao meu orientador Paulo Pinheiro Machado, por toda a ajuda, as conversas, as ideias, os conselhos, os alertas e, acima de tudo, pelo apoio e a liberdade concedida para eu poder conduzir minha pesquisa. Possuir um orientador que incentive e dê suporte às nossas ideias é algo que deve ser valorizado. Por isso, sou muito grato de poder ter contado com o professor. Muitíssimo obrigado! Existem também outras pessoas que são fundamentais no desenvolvimento dos nossos trabalhos intelectuais. A nossa família e os nossos amigos. Ao primeiro círculo agradeço, em especial, aos meus pais, irmãos, madrasta, avós, cunhados, tios, primas e até ao sogro e à sogra! Enfim, quem me conhece um pouco sabe como gosto de estar entre familiares e a importância que todos têm para mim. Agradeço a vocês, principalmente pelo incentivo dado em todos os momentos. Aos meus amigos também! Não vou citar um por um, pois posso me esquecer de alguém. Mas saibam que mesmo estando sumido nos últimos tempos, eu sempre guardo cada um de vocês no meu coração e vocês também foram/são importantes para a minha formação como sujeito e pesquisador. Vou aproveitar para dedicar um espacinho aqui para minha companheira Luiza Pereira Canabarro. Essa mulher foi fundamental na minha pesquisa, pois além de me aguentar, ainda foi a minha leitora oficial. Digo, sem exagerar, que esse trabalho sem ela não teria nem a metade das suas qualidades. Meu amor, muito, muito obrigado. Espero poder retribuir todas essas ajudas em dobro na sua jornada como educadora. Agradeço também ao meu amigo e xará Gabriel Kunrath, fundamental nessa pesquisa. Sem o Gabriel, também não teríamos um trabalho como esse. Obrigado por lembrar-se de mim durante suas incursões, amigo! Seus documentos foram muito importantes para a construção de toda a narrativa. Também sou grato à Cristina Dallanora pela concessão de bom grado de diversos documentos. Quero, também, deixar meu agradecimento aos professores Delmir José Valentini e Waldomiro Lourenço da Silva Júnior presentes na minha banca de qualificação. Ao professor Delmir, por todo o auxílio, as contribuições, as sugestões ideias e pelo incentivo à pesquisa no tema. Ao Waldomiro, agradeço pela paciência de ouvir minhas ideias e me auxiliar no desenvolvimento dos meus raciocínios sobre estrutura, tempo histórico e espaço. Igualmente, gostaria de deixar registrado o meu agradecimento à professora Cláudia: pelas contribuições dadas na minha banca de defesa, me proporcionando um aprendizado ainda maior sobre minha pesquisa e os assuntos debatidos. Agradeço também à CAPES pela bolsa concedida durante a minha pesquisa. Em um momento como o que estamos vivendo, contar com esse auxílio foi fundamental. Gostaria de agradecer também aos meus queridos amigos do Museu do Tribunal de Justiça de Santa Catarina: Adelson, Gustavo, Amanda, Jaqueline, Felipe. É impossível fazer uma pesquisa sem me lembrar de vocês e do nosso trabalho no Museu. Além do mais, foi lá que me formei como pesquisador e todo aprendizado obtido durante minha curta estadia no arquivo ainda dão muitos frutos em minhas pesquisas. Outros pesquisadores que gostaria de deixar registado o meu agradecimento é ao pessoal do Grupo de Investigação do Movimento do Contestado. Foram dois anos de muito aprendizado nos encontros e conversas realizados e essa pesquisa buscou levar em consideração a contribuição de cada um de vocês. Obrigado amigos! Não posso deixar de agradecer também a todo pessoal do PPGH da UFSC. Desde meus amigos, André, Marcos, Conrado e tantos outros colegas de disciplina, aos professores Marcos, Flavia, Henrique e os integrantes da linha de pesquisa História Global do Trabalho. O mestrado foi um momento muito importante para mim e as discussões realizadas durante esse período mudaram muito minha forma de enxergar o mundo. Muito obrigado a todos vocês! Outra pessoa que gostaria de deixar meu profundo agradecimento é a minha amiga Suzane por ter se disponibilizado para revisar o meu trabalho com tanto carinho. Entramos juntos no PPGH da UFSC e saímos praticamente ao mesmo tempo hehe. Suzane, que a vida possa nos manter sempre conectados e ajudando um ao outro. Muitíssimo obrigado! Também sou grato a todo pessoal do CEAP que sempre me apóia e me incentiva nos meus projetos, na minha forma de ser, nas minhas falas, enfim, em todas as atividades que venho realizando. Obrigado gente! Além disso, agradeço também a todos aqueles que sempre nos acompanham e estão ao nosso lado: nos momentos felizes e, também, nos difíceis da nossa vida. Aqueles que nunca falham e estão sempre prontos para nos reerguer e nos dar um conselho, a não nos julgar e nos ajudar a manter-nos firmes na busca do nosso propósito de bem. Muito obrigado amigos, sem vocês não teria conseguido. Os acontecimentos são o efêmero da história, eles a atravessam como breves clarões; mal nascem regressam logo à escuridão e muitas vezes ao esquecimento. Cada um deles, com certeza, ainda que breve, testemunha e esclarece um canto escuro ou, por vezes, um vasto panorama da história. E não apenas de história política, pois qualquer área – política, econômica, social e mesmo geográfica – é iluminada pelo brilho intermitente do acontecimento [...] Não sou de modo algum inimigo do acontecimento. Fernand Braudel, 1949. RESUMO O movimento pelo Estado das Missões surgiu pela primeira vez, em 1909, na cidade de Palmas (PR). Em síntese, tratava-se de uma reivindicação de algumas lideranças locais do Sudoeste paranaense, exigindo a emancipação administrativa do território conhecido como “O Contestado” – uma faixa territorial de aproximadamente 48.000 km² disputada por Paraná e Santa Catarina desde o período imperial – para torná-lo mais um estado da Federação brasileira. Assim, ao longo da trajetória do movimento, diversas estratégias foram colocadas em prática, havendo variações nas ações utilizadas e nos sujeitos envolvidos. Esse movimento ainda reapareceu mais duas vezes na década de 1920, nos anos de 1922 e 1927. Portanto, o objetivo principal desta dissertação é compreender, minuciosamente, o que foi o movimento em prol do Estado das Missões, quem foram os atores sociais envolvidos com esse ideal e como era o mundo onde eles estavam inseridos. Para dar conta deste propósito, foram utilizados como aporte teórico-metodológicos as contribuições da micro-história, da Geografia Humana e Histórica e ainda dos autores Fernand Braudel e Reinhart Koselleck. Desta maneira, trabalhamos com as três categorias de tempo histórico – longa duração, conjuntura e evento – de forma a compreender os diversos contextos influentes na ação dos indivíduos defensores do projeto emancipacionista. Assim, numa primeira parte abordamos a formação histórico-geográfica da Fronteira Sul, unidade espacial onde nossos indivíduos estavam localizados, apontando algumas características de longa duração. Em seguida, passamos a entender o contexto social, político e econômico no qual os atores sociais viviam e a identificar as estratégias colocadas em prática para concretizar alguns projetos particulares, como o próprio Estado das Missões (1909-1917) e o pela criação do Território Federal das Missões (1896). Por fim, também buscamos aproveitar o potencial oferecido pelo nosso objetivo de pesquisa para realizar um estudo do universo político da Primeira República (1889-1930), com enfoque principalmente no fenômeno coronelista. Desta forma, com as discussões abordadas ao longo do trabalho, esperamos ter contribuído para a historiografia da Fronteira Sul, do Contestado e da Primeira República. Palavras-Chave: Estado das Missões. Contestado.