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Simões de Assis Galeria de Arte stand G 07 preview quarta-feira, 11 de abril de 2018 de 12 a 15 de abril quinta a sábado, das 13h às 21h domingo, das 11h às 19h Pavilhão da Bienal Parque Ibirapuera, portão 3 Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n São Paulo, Brasil Cícero Dias (Escada, PE - 1907 / Paris, França - 2003) Cícero Dias, um ícone da arte moderna brasileira, viveu o século XX em sua plenitude. É protagonista de uma das mais ricas e extensas trajetórias da história da nossa arte, com oito décadas de produção, pontuada sempre pelo pioneirismo e ideias vanguardistas. O marco inicial de sua carreira é o painel “Eu vi o mundo... ele começava no Recife”, pintado entre 1926 e 1929 no Rio de Janeiro, e a sua mais recente obra foi concebida em 1999, uma rosa- dos-ventos idealizada para o piso de uma grande praça, inaugurada no Recife na virada do ano 2000. Cícero Dias viveu em Paris desde 1937, partiu incentivado por Di Cavalcanti que lá se encontrava, deixando para trás uma legião de intelectuais modernistas, entre eles os pintores Anita Malfatti, Gomide, Guignard, Lasar Segall e Tarsila do Amaral, e os poetas e escritores Mário de Andrade, Murilo Mendes, Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, mas não tardou a se envolver com a vanguarda francesa, ligando-se a expoentes da pintura e da literatura, entre eles Picasso e Paul Éluard. Integrou-se à “École de Paris” e juntamente com os demais pintores desta corrente do pós-guerra, inscreveu-se na história da arte moderna mundial. Em 2017, ocorreu uma mostra retrospectiva de Cícero Dias, apresentada no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, nos espaços do Centro Cultural Banco do Brasil. Coleções Museum of Fine Arts, Houston, EUA; Musée André Malraux, Le Havre, França; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha; Fundação Cisneros, Nova York; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Argentina; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, Cícero Dias São Paulo; Museu de Arte Brasileira - FAAP, São Paulo; Pinacoteca do Praia da Piedade, Década de 1930 Estado de São Paulo entre outras. Óleo sobre tela 60,5 x 100 cm Cícero Dias 1, 2, 3, 4, 1929 Aquarela sobre papel 32,3 x 49,4 cm José Pancetti (Campinas, SP - 1902 / Rio de Janeiro, RJ - 1958) Marinheiro, Pancetti começa sua obra nos momentos de folga ou solidão em alto-mar e o convívio com o mar, aliado ao seu talento e dedicação à pintura, colocam o artista entre os mais importantes pintores modernos de marinhas do Brasil. As composições de Pancetti - sejam paisagens marítimas, naturezas- mortas, retratos ou cenas urbanas – são caracterizadas por enquadramentos inesperados, em perspectiva aérea ou com cortes em ângulos diagonais. Educado na Itália, trabalhou como aprendiz em marcenarias e fábricas até os 17 anos, quando ingressa na marinha mercante italiana. Em 1920, volta para o Brasil e dois anos depois se alista na marinha de guerra brasileira onde permanece por mais de vinte anos. Em 1933, integra o Núcleo Bernardelli e recebe orientação principalmente do pintor polonês Bruno Lechowski (1887 – 1941). O Núcleo Bernardelli, atuante entre 1931 e 1947, no Rio de Janeiro, consistia na reunião de artistas para desenhar com modelo vivo e praticar sessões de pintura ao ar livre. Lutava pela melhoria do ensino na Escola Nacional de Belas-Artes e a abertura do Salão Nacional de Belas-Artes aos jovens. José Pancetti Itanhaém, 1945 Óleo sobre tela 38,4 x 45,9 cm José Pancetti Marinha com barcos, 1956 Óleo sobre tela 38 x 55 cm Tomie Ohtake (Kyoto, Japão, 1913 / São Paulo - SP, 2015) Nasceu em Quioto e mudou-se para o Brasil em 1936. Começou sua carreira como artista aos 37 anos, quando se juntou ao grupo Seibi, que reunia artistas de ascendência japonesa. Em 1957, convidada pelo crítico Mário Pedrosa, realizou sua primeira exposição individual, no Museu de Arte Moderna de São Paulo; quatro anos depois, em 1961, participou da Bienal de São Paulo. Além de sua produção em pintura, Tomie começou a fazer experiências com diversos métodos de impressão durante a década de 1970 e, a partir do final da década de 1980, realizou projetos esculturais em grande escala e obras públicas em São Paulo e cidades vizinhas. Participou de várias bienais, entre elas a Bienal de São Paulo, Brasil (1961, 1963, 1965, 1967, 1989, 1996, 1998 e 2003); XI Bienal de Veneza, Itália (1972); 1ª e 2ª edições da Bienal Latino-Americana em Havana, Cuba (1984, 1986); 5ª edição da Bienal de Cuenca (1996); entre outras. Tomie realizou exposições individuais no Museu Hara de Arte Contemporânea (Tóquio); Museu Mori de Arte Contemporânea (Tóquio); Barbican Centre (Londres); Bass Museum of Art (Miami); Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo; MASP (São Paulo); Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre); entre outras instituições. Seu trabalho faz parte das coleções do Museu Hara de Arte Contemporânea, Tóquio; MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand, São Paulo; MAM-SP, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo; MAM-RJ, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; MAC-USP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo; MAC-Niterói, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói; Coleção Patricia Phelps de Cisneros, Caracas; e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo. Tomie Ohtake Sem Título, 1969 Óleo sobre tela 135 x 110 cm Alfredo Volpi (Lucca - Itália, 1896 / São Paulo - SP, 1988) Volpi é nascido em Lucca, Itália, em 1896, muda- se com seus pais para o Brasil em 1897, fixando-se em São Paulo. Em 1914 executa sua primeira obra. Em 1925 inicia sua participação em mostras coletivas. Na década seguinte aproxima-se do Grupo Santa Helena. Conheceu Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo de maneira decisiva. Desenvolve a partir de então um cromatismo mais vívido, em detrimento da textura, quase translúcida. Participa em 1938 do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, ambos em São Paulo. Em 1939, após visita a Itanhaém, inicia série de marinhas. Participa, em 1940, do VII Salão Paulista de Belas Artes. Em 1941, do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Em 1950 volta à Itália, participa da XXV Bienal de Veneza, seduz-se com a arte dos góticos, principalmente de Giotto. Nesse período, gradativamente substitui o óleo pela têmpera. Inicia, também, uma fase construtivista, que compreende um período estático, com fachadas e casas abstraídas, seguido a uma fase construtivista, que se transforma, nos anos 1960, em esquemas óticos e vibráteis puramente cromáticos, das bandeirinhas e fitas. Participa em 1952 da XXVI Bienal de Veneza. Ganha, em 1953, o prêmio de Melhor Pintor Nacional da II Bienal Internacional de São Paulo. Os geométricos paulistas o apontam como seu precursor. Participa em 1954 da XXVII Bienal de Veneza. Em 1956, participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta. Em 1957 tem sua primeira exposição retrospectiva, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Participa das Bienais de Veneza em 1962 e 1964. Em 1975, mostra retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1984, participa da mostra Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, da Fundação Bienal. Em 1985, expõe pela primeira vez em Curitiba, na Simões de Assis Galeria de Arte, na mostra Quatro Mestres, Quatro Visões: Barsotti, Ianelli, Tomie, Volpi. Em 1986, seu aniversário de 90 anos, o Museu de Arte Moderna de São Paulo promove a exposição Volpi 90 Anos. Morre em 1988, em São Paulo. Em 1993, a Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe Volpi – Projetos e Estudos em Retrospectiva, Décadas de 1940- 1970. Participa da Bienal Internacional de São Paulo em cinco edições: I Bienal (1951), II (1953, recebendo o Prêmio de Pintura Nacional), III (1954), IV Bienal, Sala Especial (1957) e XV (1979). Recebe inúmeras premiações. Participa da mostra Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal de São Paulo. Em 2006, Alfredo Volpi Olívio Tavares de Araújo faz a curadoria da mostra Volpi: A Música da Cor, no Bandeirinhas, década de 1970 Museu de Arte Moderna de São Paulo, e em 2008, Volpi, O Mestre de sua Época, Têmpera sobre tela no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba. 46,6 x 32 cm Alfredo Volpi Ogiva, década de 1970 Têmpera sobre tela 32,7 x 24 cm Cícero Dias Composition - Espace, 1953 Óleo sobre tela 100 x 81 cm Carmelo Arden Quin (Rivera - Uruguai, 1913 / Paris, 2010) O uruguaio Carmelo Arden Quin, fundador do Movimento Madi, foi um dos detonadores das vanguardas latino americanas na década de quarenta do século XX, assim como Joaquin Torres Garcia na década de trinta. Em 1935, Arden Quin teve seu primeiro contato com Joaquín Torres Garcia, o mestre do construtivismo, que voltou a viver em Montevidéu, com quem manteve uma relação enriquecedora e determinante para sua futura concepção estética. Arden Quin instalou-se em Buenos Aires no final de 1937, e não tardou a se envolver com esse meio. Conheceu os artistas Rhod Rothfuss e Gyula Kosice. Em 1945 formou-se o Grupo de Arte Madi, que aglutinou Arden Quin, Kosice, Rothfuss e Blaszko. Juntos realizaram três exposições em Buenos Aires em 1946. Nessas exposições, seus participantes mostraram uma original concepção estética. Por divergências internas, o grupo Madi também é dividido. Kosice permanece em Buenos Aires, aliado a Rothfuss e Arden Quin, que parte para Paris em finais de 1947. No período pós-guerra em Paris Arden Quin quis ser protagonista da festa artística da cidade.