Guia Cultural

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Guia Cultural IRAQUE BAGDADE ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: FEVEREIRO DE 2021 GUIA CULTURAL Red REFUGIADOSSea DA SOMÁLIA SOMÁLIA DEMOCRATIC REPUBLIC MOGADÍSCIO OF THE CONGO KINSHASA INTRODUÇÃO Entre 2017 e 2019, 1 058 refugiados da Somália foram reinstalados em países da UE-27 através do programa de reinstalação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), tendo a maioria das pessoas sido reinstaladas na Suécia, França e Alemanha.1 No mesmo período, 43 555 requerentes de proteção internacional nacionais da Somália solicitaram asilo em países da UE +.2 Necessidade de Reinstalação e Barre enfrentou um isolamento diplomático crescente quando os abusos dos direitos humanos perpetrados 5 Em 1960, a Somalilândia Britânica (que na época era pelo seu governo foram expostos, incluindo detenções um protetorado do Império Britânico) e o Território arbitrárias, maus-tratos e execuções sumárias de civis Fiduciário da Somalilândia (na época um território suspeitos de colaborar com rebeldes que lutavam por 4 administrado pela Itália, como parte de seu império) um governo mais democrático. foram unidos, formando a República Somali.3 Em 1969, o então presidente do país, Abdirashid Ali Shermake, Em 1990, Barre anunciou uma série de medidas e foi assassinado, tendo militares tomado o poder após a reformas dentro do país, incluindo a libertação de sua morte através de um golpe de estado liderado pelo dezenas de supostos simpatizantes de grupos rebeldes general Mohamed Siad Barre.3 e que estariam detidos sem acusação formal desde 1989; a promessa de um referendo sobre uma nova Barre renomeou o país como República Democrática constituição e eleições locais multipartidárias; e, em da Somália e permaneceu no poder até 1991.4 O seu casos políticos, a reintrodução do direito ao habeas 5 governo foi inicialmente marcado por laços com a União corpus. Ainda assim, Barre foi forçado a deixar o cargo 6 Soviética, embora Barre tenha começado a alinhar-se em 1991 quando começou uma guerra civil na Somália, com os Estados Unidos após a Guerra de Ogaden em durante a qual milícias rivais lutaram pelo controlo 7 1977-1978, quando o seu exército tentou invadir a área da capital, Mogadíscio, e a área da Somalilândia 8 de Ogaden, no sudeste da Etiópia.4 Em troca do uso do declarando independência unilateral do resto do país. porto de Berbera, na Somália, os EUA providenciaram ajuda militar e económica ao país. No entanto, uma década depois, a ajuda externa diminuiu drasticamente – 1 – Esta publicação foi financiada pelo GUIA CULTURAL EURITA (SOMÁLIA) Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração da União Europeia Os combates intensificaram-se no final de 1991 entre O grupo extremista Al-Shabab, formado em 2006,15 Condições nos países de asilo as forças do autonomeado presidente interino Ali Mahdi continua a executar ataques direcionados, bem como 9 14 e as do seu rival, o general Mohamed Farah Aidid. ataques aleatórios em todo o país e em países No final de julho de 2020, o ACNUR estima que o número de Estima-se que 350 000 somalis foram mortos em vizinhos. Em 2019, a violência inter-clãs e intra- 17 refugiados provenientes da Somália seja 762 064. Em 2020, IÉMEN 7 1992 como resultado da guerra civil, doenças e fome. forças de segurança, muitas vezes motivadas pelo os três países que acolhiam o maior número de refugiados Adicionalmente, um número desconhecido de pessoas controlo de terras e assassinatos por vingança, levou somalis eram o Quénia (265 911 refugiados), o Iémen ficaram permanentemente incapacitadas, e milhares à deslocação de civis, a ferimentos e mortes, assim (255 188 refugiados) e a Etiópia (200 073 refugiados).17 Muitos de pessoas ficaram com sequelas psicológicas causa como as operações militares contra o Al-Shabab por refugiados da Somália vivem em campos de refugiados há 9 14 dos horrores que suportaram. A ONU, que apoiou um forças somalis e estrangeiras. O Al-Shabab continua quase 30 anos.18 etiópia cessar-fogo e entregas de ajuda ao país no final de a impor os seus próprios julgamentos sobre práticas Somália 1992 e foi apoiada por tropas dos Estados Unidos e de islâmicas, impondo também a sharia (lei islâmica) a Quénia outros países, finalmente retirou-se da Somália em 1995, muçulmanos e não-muçulmanos, sendo conhecido por A maioria dos refugiados da Somália reside no complexo tendo falhado em apoiar um acordo entre líderes de ameaçar executar qualquer pessoa que se converta para refugiados em Dadaab, numa zona semi-árida perto da 10 diferentes fações do país. ao cristianismo, por assediar organizações de ajuda fronteira somali. O ACNUR estimava, em abril de 2017, que QUÉNIA humanitária religiosas ou laicas, e por assassinar aproximadamente 245 000 refugiados da Somália viviam 16 O ACNUR estima Em 1998, a região de Puntland declarou-se um estado funcionários do governo federal e seus aliados. em Dadaab, enquanto que outras fontes estimavam que o 8 autónomo; no entanto, ao contrário da Somalilândia, a número se situava entre os 300 000 to 350 000, uma vez 760 000 refugiados são da Somália, desde julho de 2020 região ainda desejava continuar parte de uma Somália Tanto as autoridades regionais como as federais, que muitos dos refugiados não teriam efetuado o seu registo 3 federal. Em 2000, o Governo provisório de Transição especialmente na Somalilândia, continuaram a junto do ACNUR.19 Em abril de 2017, aproximadamente Fonte: ACNUR Nacional foi formado, embora não tenha conseguido restringir as liberdades de expressão e dos meios 40 000 refugiados da Somália viviam no campo de Kakuma, no nordeste do Quénia.19 Dadaab é composto por 11 estabelecer governança adequada. Um processo de de comunicação. Foi reportado que todas as partes três campos,20 e a maioria dos seus residentes são da Somália.21 Dadaab está sobrepopulado, sendo os seus paz apoiado pela Autoridade Intergovernamental para envolvidas no conflito em curso cometeram abusos novos abrigos produzidos apenas a partir de películas de plástico22 e apresentando fornecimento de água, serviços o Desenvolvimento levou à eleição de Abdullahi Yusuf graves contra crianças, incluindo mutilações, sanitários e de higiene inadequados. Os refugiados somalis no Quénia enfrentam frustrações adicionais uma vez 14 Ahmed como presidente de um segundo governo assassinatos e recrutamento como crianças-soldado. que as soluções duradouras permanecem fora do seu alcance: a integração local não é livremente discutida e o interino, conhecido como Governo Federal de Transição, Mulheres e meninas deslocadas internamente continuam emprego é difícil de encontrar.25 Uma vez que os refugiados em Dadaab estão limitados, não podendo movimentar-se em 2004. Em 2009, um novo Governo Federal de sob risco de violência sexual e de gênero por parte livremente pelo Quénia, e que os vistos ou licenças de trabalho raramente são concedidas a refugidos,27 a maioria Transição foi instalado sob o presidente Sheikh de civis e homens armados. Em setembro de 2019, a dos residentes em Dadaab encontram-se exclusivamente dependentes da ajuda humanitária que é extremamente 11 Sharif Ahmed, que permaneceu no poder até 2012. ONU estimou que 2,1 milhões de somalis enfrentavam limitada, o que deixa muitos a sentir-se desesperados.22 Dadaab é oficialmente supervisionado pelo governo Nesse mesmo ano, a República Federal da Somália insegurança alimentar aguda, muitos dos quais eram queniano e pelo ACNUR apesar de, na prática, serem voluntários representantes da comunidade democraticamente 14 foi estabelecida, substituindo o Governo Nacional de pessoas deslocadas internamente e crianças. eleitos que trabalham em proximidade com as agências humanitárias no terreno apoiando a implementação dos seus 12 Transição com a adoção da Constituição da Somália. programas.23 Quatro presidentes serviram desde então, tendo Mohamed Abdullahi Mohamed sido eleito como atual Conforme registado num relatório produzido parcialmente pelo ACNUR em 2016,24 o acesso a serviços de educação presidente em 2017.13 em Dadaab é um desafio. Reporta-se que todas as escolas devem seguir o currículo queniano, e que todas as crianças que queiram frequentar a escola devem ser admitidas. No entanto, esta prática tem causado a sobrelotação A violência e o conflito armado em curso e as secas das turmas e a colocação de pressão adicional sobre os professores. Tal como notado no relatório, apenas 13 % dos recorrentes — que as Nações Unidas explicitamente jovens consegue aceder à educação pós-primária e as meninas representam apenas 25 % dos estudantes do ensino vinculam à mudança climática, entre outras causas14 — secundário. que afetaram a Somália nas últimas décadas levaram , milhões de somalis milhões de pessoas a serem desalojadas das suas 2 6 Um relatório publicado pela International Refugee Rights Initiative em 2017 constatou que muitos somalis que são deslocados internos casas, enfrentando desnutrição e pobreza extrema.7 A fugiram da violência associada às práticas do Al-Shabaab são erradamente associados com o grupo terrorista 25 falta de proteção do Estado também deixou a população Muitos sofrem de malnutrição, quando chegam aos países de asilo. Este foi o caso em particular do Quénia, que já sofreu ataques terroristas do Al-Shabab, o que fez com que as discussões sobre políticas de refugiados fossem cada vez mais impulsionadas somali vulnerável a abusos graves.14 Em 2019, havia estão em situação de pobreza extrema e estão vulneráveis a por preocupações securitárias e dominadas pela retórica do 'terrorismo' e do 'extremismo violento'.25 Como observa cerca de 2,6 milhões de pessoas deslocadas
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