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FAUNA ENDOPARASITÁRIA DE Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) “TRAÍRA”(CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) DO RIO GUANDU, RJ Isabella dos Santos Braga Rio de Janeiro 2014 ISABELLA DOS SANTOS BRAGA Discente do curso de Ciências Biológicas Matrícula n.º 1112221042 FAUNA ENDOPARASITÁRIA DE Hoplias malabaricus (BLOCH, 1794) “TRAÍRA”(CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) DO RIO GUANDU, RJ Monografia apresentada ao Curso de Graduação de Ciências Biológicas da UEZO como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas, sob a orientação da professora Michelle Daniele dos Santos Clapp. Rio de Janeiro Dezembro de 2014 i Dezembro de 2014 ii Dedico este trabalho à Deus iii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus, pois sem Ele eu não teria traçado o meu caminho e feito a minha escolha pela Biologia. A Ele toda honra e toda glória para sempre! Aos meus queridos e inigualáveis pais, Mário Jorge e Alba, que doaram seu tempo, amor e carinho para que eu conclui-se a minha caminhada, sem eles nada disso seria possível, eles foram a peça fundamental para a concretização deste sonho. A vocês expresso o meu maior agradecimento! Ao meu irmão, Matheus, por me ajudar na área computacional, na estruturação da monografia e na configuração das imagens e tabelas. Muito obrigada, meu irmão querido! Ao meu marido André que me incentivou nesta etapa da minha vida, que me ajudou nos momentos que mais precisei e pela sua compreensão sem limites. A você, meu Amor, meu muito obrigada! Agradeço também a minha família e amigos, principalmente Larissa, por ter me apoiado e ficar ao meu lado nas horas que eu mais necessitava. Ao meu amigo, Arthur, pelas ajudas incondicionais, pelos momentos de apoio, nunca me negando sua ajuda quando eu precisava. Amigos queridos, meus sinceros agradecimentos! A todos os professores que me cercaram durante estes quatro anos de graduação, e em especial a minha mãe científica Dra Michelle, por exigir de mim muito mais do que eu supunha ser capaz de fazer. Agradeço por transmitir seus conhecimentos e por fazer da minha monografia uma experiência positiva e por ter confiado em mim, sempre estando ali me orientando e dedicando parte do seu tempo a mim. À todos, os meus sinceros agradecimentos, e que Deus os abençoe! iv “Tu, Ó Senhor Deus, és tudo o que eu tenho. O meu futuro está em tuas mãos; Tu diriges a minha vida. Como são boas as bênçãos que me dás! Como são maravilhosas!” (Salmos 16. 5-6) v RESUMO O Rio Guandu é considerado o sistema fluvial que detém a maior diversidade de peixes e a maior biomassa da bacia hidrográfica da Baía de Sepetiba. Constitui a mais importante fonte de abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro e de parte da Baixada Fluminense, sendo o principal curso d’água desta bacia, que é muito impactado negativamente em função de lançamentos de efluentes in natura. O conhecimento da fauna parasitária dos peixes merece atenção dos pesquisadores, pois nele foram registrados sérios problemas ambientais causados pelo lançamento de esgoto. Dentre os peixes do rio Guandu, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), mais comumente conhecido como traíra, é um peixe carnívoro, de ampla distribuição na América do Sul. Trinta espécimes (12 machos e 18 fêmeas) de traíras provenientes do rio Guandu foram examinados para estudo de sua fauna de endoparasitos metazoários, no período de julho à setembro de 2013 e janeiro de 2014. Desse total, nove peixes estavam parasitados. Foram coletados 37 espécimes de endoparasitos pertencentes a dois grupos taxonômicos, sendo 23 Platyhelminthes e 14 Nematoda. As espécies larvais foram mais prevalentes que as adultas. Seis espécies de endoparasitos foram identificadas, sendo três de Platyhelminthes: Austrodiplostomum compatum (Lutz, 1928), Sphincterodiplostomum sp. e Ithyoclinostomum dimorphum (Diesing, 1850) e três de Nematoda: Contracaecum sp., Paraseuratum soaresi (Fábio, 1982) e Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus (Travassos, Artigas e Pereira, 1928). A espécie mais prevalente foi Contracaecum sp. (16,6%), seguido de P. soaresi (13,3%). A espécie que apresentou maior intensidade e abundância média foi Sphincterodiplostomum sp.. Não houve correlação do sexo do hospedeiro com a prevalência e nem com a abundância parasitária de Contracaecum sp. e P. soaresi. Também não houve correlação entre o tamanho do hospedeiro e a intensidade e a abundância parasitária de ambas as espécies. As larvas de Contracaecum sp. foram significativamente mais prevalentes em peixes de maior comprimento total, fato que pode ser justificado pelo efeito cumulativo da infecção. Contracaecum sp. e P. soaresi apresentaram o típico padrão de distribuição agregado. Apesar de ter sido encontrado com baixa prevalência P. (S.) inopinatus constitui novo registro em H. malabaricus ampliando assim a lista de hospedeiros e a distribuição geográfica conhecida para o rio Guandu, RJ. O presente estudo forneceu dados sobre a taxonomia da comunidade parasitária de H. malabaricus do rio Guandu, contribuindo assim com o enriquecimento da ictiparasitologia. Palavras-chave: Hoplias malabaricus. Endoparasitos. Rio Guandu. vi ABSTRACT The Guandu River is considered the fluvial system that has the highest fish diversity and biomass of the largest river basin in Sepetiba Bay. Constitutes the most important source of water supply for the city of Rio de Janeiro and part of the Baixada Fluminense, the main watercourse of the basin, which is very negatively impacted due to effluent discharges. The knowledge of the parasitic fauna of fish deserves attention from researchers, since it serious environmental problems caused by the release of raw sewage were recorded. Among the fish of the Guandu River, H. malabaricus (Bloch, 1794), more commonly known as traíra, is a carnivorous fish with a wide distribution in South America. Thirty specimens (12 males and 18 females) of traíras from the Guandu River were examined to study the fauna of metazoan endoparasites, from July to September 2013 and January 2014. Of this total, nine fish were parasitized. A total of 37 specimens of endoparasites belonging to two taxa were collected, of which 23 were Platyhelminthes and 14 were Nematoda. The larval species were more prevalent than adult. Six species of endoparasites were identified, three of Platyhelminthes: Austrodiplostomum compatum (Lutz, 1928), Sphincterodiplostomum sp. and Ithyoclinostomum dimorphum (Diesing, 1850) and three Nematoda: Contracaecum sp, Paraseuratum soaresi (Fabio, 1982) and Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus (Travassos, Artigas and Pereira, 1928). The most prevalent species was Contracaecum sp. (16.6%), followed by P. soaresi (13.3%). The species with the highest mean intensity and mean abundance was Sphincterodiplostomum sp. There was no correlation between the sex of the host to the prevalence and abundance of Contracaecum sp. and P. soaresi. There was also no correlation between host size to the intensity and abundance of both species. Larvae of Contracaecum sp. were significantly more prevalent in larger fish total length, this could be explained by the cumulative effect of the infection. Contracaecum sp. and P. soaresi showed the typical clustered distribuition pattern. Despite having been found with low prevalence P. (S.) inopinatus is new record in H. malabaricus thus expanding the list of hosts and geographical distribution known to the Guandu River, RJ. This study provided data on the taxonomy of the parasite community of H. malabaricus from Guandu River, contribuiting with the enrichment of fish parasitology. Keywords: Hoplias malabaricus. Endoparasites, Guandu River. vii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Rio Guandu (1) e Lagoa Guandu (2), próximo às barragens da 03 CEDAE Figura 2: Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) do Rio Guandu, RJ 05 Figura 3: Mapa de distribuição geográfica de Hoplias malabaricus (Bloch, 05 1794), destacando ampla distribuição na América Central e América do Sul Figura 4: Vista ventral da cabeça do traírão Hoplias curupira Oyakawa & 07 Mattox, 2009 (A) com a sínfise em forma de “U” e da traíra Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (B) com sínfise em forma de “V” Figura 5: Vista lateral de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), destacando a 08 mandíbula ultrapassando o limite da maxila superior Figura 6: Traíra predando um peixe menor 08 Figura 7: Pescadores artesanais exercendo a pesca próximo às barragens da 13 ETA-Guandu, Nova Iguaçu Figura 8: Orgãos de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) do rio Guandu, 14 individualizados em placa de Petri Figura 9: Metacercária de Austrodiplostomum compactum (Lutz, 1928) dos 20 olhos (humor vítreo) de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) do rio Guandu, RJ. Espécime larval corado com Hematoxilina de Delafield – VO: ventosa oral, PV: pseudoventosa, FA: faringe, OT: órgão tribocítico, FL: fenda longitudinal e EC: extremidade cônica. Escala = 0,099 mm Figura 10: Metacercária de Sphincterodiplostomum sp. dos olhos (humor 23 vítreo) de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) do rio Guandu, RJ. Espécime larval corado com Carmim de Meyer – VO: ventosa oral, PV: pseudoventosa, RA: região anterior, AC: acetábulo, OT: órgão tribocítico e RP: região posterior. Escala = 0,099 mm viii Figura 11A-B: Ithyoclinostomum dimorphum (Diesing, 1850) da musculatura de 25 Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) do rio Guandu, RJ. Espécime larval corado com Hematoxilina de Delafield – A (extremidade anterior), AC: acetábulo, B (extremidade posterior), CI: cecos intestinais. Escala = 0,72 mm Figura 12A-C: Contracaecum sp. da cavidade celomática de Hoplias malabaricus 28 (Bloch, 1794) do rio Guandu,