O Cinema Interior De Philippe Garrel

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O Cinema Interior De Philippe Garrel philippe garrel philippe garrel o cinema interior de philippe garrel 1 Ministério da Cultura apresenta Banco do Brasil apresenta e patrocina philippe philippe garrel garrel philippe philippe ccbb rio de janeiro 17 out—5 nov 2018 ccbb brasília 30 out—18 nov 2018 Maria Chiaretti e Mateus Araújo organização 15 philippe garrel, aqui e agora 111 a criança-cinema maria chiaretti e mateus araújo alain philippon 21 um cinema do espetáculo íntimo: 119 amor em fuga as poéticas de philippe garrel alain philippon adrian martin 127 o povo que dorme: notas sobre o 35 “filmar a mulher amada, como fiz cinema de philippe garrel por dez anos, é algo em si bastante marcos uzal louco…”: sistema simbólico e virada narrativa na obra de philippe garrel 135 atores na alma nicole brenez cyril béghin 45 a maturidade de garrel 139 manifesto por um cinema violento adriano aprà philippe garrel 69 garrel: ali onde a fala se torna gesto 141 fragmentos de um diário thierry jousse philippe garrel 81 um filme “quebra-cabeça” 146 sendo o cinema apenas o fazendo sally shafto philippe garrel 97 o fulgor de um rosto 149 philippe garrel e serge daney: diálogo edson costa jr. 165 sinopses críticas 103 vida e morte da película luiz carlos oliveira jr. 209 filmografia Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam O cinema interior de Philippe Garrel, a mais completa retrospectiva do ci- neasta francês já realizada no Brasil. Garrel aborda em sua trajetória cinematográfica a vida da juventude francesa, tendo como inspiração episódios de sua pró- pria biografia. Um dos nomes mais importantes do movimento pós-Nouvelle Vague ainda em atividade, o premiado cineasta tem 53 anos de carreira e segue filmando em formato 35mm, que é a marca de seu cinema. Ao oferecer esta retrospectiva, o CCBB reafirma seu apoio à arte cinematográfica e mantém seu compromisso com uma programação de qualidade, além de conceder ao público a opor- tunidade de se aproximar da obra de Philippe Garrel e de uma estética relevante para o cinema mundial. Centro Cultural Banco do Brasil 11 12 13 philippe garrel, aqui e agora Maria Chiaretti e Mateus Araújo Aos 70 anos de idade e 54 de carreira, Philippe Garrel é hoje um dos maiores cineastas europeus em atividade, segundo uma avaliação largamente partilhada pela melhor crítica, pela me- lhor historiografia e pelos mais talentosos dentre os próprios cineastas. Iniciada precocemente na adolescência, sua carreira de realizador remonta a 1964, atravessa mais de cinco décadas de trabalho e resulta, até agora, em 23 longas, uma dezena de curtas e médias, mais um punhado de emissões para a televisão francesa – faceta menos prezada por ele próprio, menos conhe- cida por seus estudiosos e menos coberta pela sua fortuna crítica. Como se vê por este breve resumo, Garrel logrou filmar com muita constância. Cabe acrescentar que o fez em condições de produção inicialmente franciscanas (nos primeiros vinte anos de carreira) e, desde meados da década de 1980, relativamente modestas. Com algumas exceções (os trabalhos para a televisão e os longas feitos no contexto do grupo Zanzibar), ele assumiu até os anos 1980 a concepção, o roteiro, a direção, a montagem, a produção e mesmo a distribuição de seus filmes – em alguns dos quais chegou também a atuar e a fotografar. De lá para cá, conseguiu viabilizar estruturas mais profissionais de produção e distribuição, dividindo as tarefas (roteiro, montagem, produ- ção) com uma equipe maior, que incluiu eminentes diretores de fotografia (Raoul Coutard, Caroline Champetier, William Lubtchansky, Willy Kurant) e ganhando uma inserção mais cons- tante no circuito de festivais e salas de exibição. 14 15 Se estas duas fases se distinguem, a soberania de Garrel per- íntimo, mas de caráter mais narrativo e mais dialogado – de manece intacta na passagem de uma a outra. Em ambas, tra- A criança secreta (L’Enfant secret, 1979) em diante. Neste per- balhasse com orçamentos baixíssimos ou um pouco mais con- curso, tal obra conjugou as lições de Jean-Luc Godard, Robert fortáveis (sobretudo nos filmes com estrelas como Catherine Bresson e Warhol, com resultados muito próprios, que a dife- Deneuve ou Monica Bellucci), ele manteve sempre uma fide- renciam até mesmo do cinema daqueles reconhecidos por ele lidade intransigente ao seu universo de preocupações, assim como seus irmãos artísticos: Jean Eustache, Chantal Akerman, como aos imperativos da sua expressão. Tal universo se con- Werner Schroeter, Jacques Doillon. centrou na esfera da intimidade de algumas poucas persona- Explorando um pouco as relações de Garrel com seus pre- gens de caráter frequentemente autobiográfico, que tendem a decessores e contemporâneos, que não podemos detalhar aqui transfigurar aspectos da experiência pessoal do cineasta, quase nesta breve apresentação, nossa curadoria traz ao Rio e a Bra- sempre às voltas com a dificuldade de ser – vicissitudes da rela- sília um conjunto significativo de Screen Tests, de Warhol, com ção amorosa ou familiar, fragilidades emocionais ou psíquicas, cuja figuração do rosto o trabalho de Garrel trava um diálogo problemas com as drogas, obstáculos para viabilizar projetos muito estimulante, devolvendo-lhe a expressividade que Warhol artísticos. A cada vez, as personagens parecem à primeira vista lhe retirara. Traz também dois filmes de Eustache, que marca- apartadas da vida social, ou aquém da sociabilidade. Na verdade, ram a sensibilidade de Garrel, e aos quais ele consagrou um seu sofrimento constante, apreendido em longos closes de seus texto e alguns comentários. rostos, traduz e filtra a seu modo o refluxo geral do ímpeto de transformação social cujo emblema na França foi o levante de —— 1968, que ele filmou no calor da hora em Actua 1 (1968) e re- visitou ficcionalmente em Os amantes constantes (Les Amants Até bem recentemente, sua obra permaneceu pouco vista e réguliers, 2005), 37 anos mais tarde. pouco discutida no Brasil. Três de seus filmes vieram à 22a Bie- Inscrevendo seu cinema ao mesmo tempo na linhagem da nal de São Paulo (1994) e circularam sem alarde no Rio e em Nouvelle Vague e da contracultura (dirigindo emissões de rock Belo Horizonte. Depois disso, alguns chegaram a ser lançados para a TV francesa, integrando o coletivo experimental Zan- por aqui, mas seu trabalho só ganhou mais visibilidade entre zibar, trazendo a droga para seus filmes), participando dos nós em meados dos anos 2000, graças sobretudo à cultura do acontecimentos de maio de 1968, tomando contato com a Fac- torrent (que os tornou acessíveis aos cinéfilos do download) e tory de Andy Warhol graças ao namoro com Nico (com a qual às revistas eletrônicas. Em 2017, o festival Indie trouxe um con- faz sete filmes, antes de evocá-la em outros), Garrel construiu junto mais significativo de filmes do cineasta a São Paulo e a uma obra muito original. Para quem não a conhece, não é fácil Belo Horizonte, e incluiu três textos sobre ele e uma entrevista caracterizá-la e situá-la em poucas palavras. Ao longo dos anos, dele numa seção de seu pequeno catálogo geral. marcada pela fidelidade à película e a preferência pelo p&b, ela Este livro que o leitor tem em mãos constitui, até onde sabe- descreveu uma curva que vai do moderno cinema de autor fran- mos, o primeiro volume inteiramente consagrado a Garrel nas cês (nos dois primeiros curtas) a um terreno francamente expe- Américas, que vem se somar assim à fortuna crítica crescente rimental (de Marie pela memória [Marie pour mémoire, 1967] a do cineasta, encabeçada por uma dezena de livros, publicados O azul das origens [Le Bleu des origines, 1979], com vários fil- na França, na Itália, na Espanha e em Portugal. No limite das mes silenciosos entre os dois), e deste a um cinema igualmente nossas possibilidades, mas balizados pelo conhecimento da 16 17 maioria destes livros, procuramos selecionar textos de referên- filmes em p&b dos anos 1970-80. Em “Vida e morte da película”, cia de alguns dos seus melhores intérpretes franceses, italianos também inédito, o crítico e pesquisador Luiz Carlos Oliveira e anglo-saxões, de pelo menos três gerações, sem excluir con- Jr. analisa o momento em que Garrel investiu mais fortemente tribuições de estudiosos brasileiros. na forma do filme-retrato e num cinema cuja força ontológica Nosso sumário se divide em três partes. A primeira é com- original reside na pura tomada. Os dois artigos seguintes, “A posta por artigos de fôlego (alguns deles inéditos, outros publi- criança-cinema” e “Amor em fuga”, do crítico dos Cahiers du cados anteriormente em francês, inglês e italiano), que traçam cinéma Alain Philippon, nunca traduzido no Brasil, trazem aná- uma visão de conjunto da obra ou se concentram em filmes ou lises sutis, arriscadas no calor da hora, quando A criança secreta questões particulares. Em “Um cinema do espetáculo íntimo: as (1979) e O nascimento do amor (La Naissance de l’amour, 1993) poéticas de Philippe Garrel”, que abre o livro, o crítico e profes- entraram em cartaz na França. “O povo que dorme: Notas sobre sor australiano Adrian Martin procura identificar e analisar al- o cinema de Philippe Garrel”, do crítico Marcos Uzal, discute guns topoi da poética do cineasta, que teria criado um cinema da a postura das personagens no cinema de Garrel privilegiando inquietude. Numa fina análise, Martin enfatiza uma dimensão Os amantes constantes (Les Amants réguliers, 2005). Por fim, coletiva nem sempre reconhecida pela crítica por trás do seu ci- “Atores na alma”, do crítico Cyril Béghin (organizador do livro nema em primeira pessoa, que constituiria em suas palavras “um coletivo Philippe Garrel – Monographie, essencial para a nossa romance autobiográfico em expansão”. Em “Filmar a mulher pesquisa), discute de modo transversal o trabalho do ator em amada, como fiz por dez anos, é algo em si bastante louco…”, Garrel e como ele organiza e conjuga nudez e máscara dos ato- a professora e curadora Nicole Brenez examina a invenção for- res/personagens.
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