House of Night 03

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House of Night 03 Chosen House of Night - 03 - Chosen Por P.C. Cast e Kristin Cast Esse é para todos que nos mandaram email querendo mais e mais de Zoey e sua gangue. Nós ouvimos vocês! UM “Yep, eu tenho um aniversário horrível,” eu disse a minha gata, Nala. (Ok, na verdade ela não é minha gata e sim sou a pessoa dela. Você sabe como é com gatos: Eles não tem donos, eles tem empregados. Um gato que eu ignoro.) De qualquer jeito, eu continuo falando com a gata como se ela estivesse pendurada em cada palavra minha, o que tããããão não é o caso. “Já faz 17 anos de um aniversário chato do dia 24 de dezembro. Eu estou completamente acostumada. Não tem nada demais.” Eu sabia que estava dizendo as palavras só pra me convencer. Nala “mee-uf- owed” para mim em sua voz mal humorada de uma mulher velha e então sentou para sentar suas partes privadas, claramente entendendo que eu estava cheia. “Aqui é o negocio,” eu continuei quando terminei de passar um pouco de delineador nos meus olhos. (e eu digo um pouco passar-delineador-até-parecer-um-guaxinin definitivamente não é para mim. Na verdade, não é pra ninguém.) “Eu vou ganhar vários presentes de bom grado que não são presentes de aniversario de verdade - são coisas com temas de Natal porque as pessoas tentam esmagar meu aniversario com o natal, e isso não funciona.” Eu encontrei os olhos verdes no espelho. “Mas vamos fingir e fingir que está tudo bem com os presentes nerds porque as pessoas não entendem que elas não podem juntar um aniversario com natal. Pelo menos não com sucesso.” Nala espirrou. “Exatamente como me sinto, mas seremos boazinhas porque é pior dizer alguma coisa. Então ganho presentes horríveis e todo mundo fica chateado e as coisas ficam estranhas.” Nala não parecia convencida, então foquei minha atenção no meu reflexo. Por um segundo eu pensei ter exagerado no delineador, mas eu olhei mais perto e percebi que estava fazendo meus olhos ficarem tão grandes e escuros não era do meu delineador. Embora já fizesse dois meses desde que eu fui Marcada e virei uma vampira, a tatuagem em forma de lua crescente entre meus olhos e elaborados e os fios de tatuagens entrelaçadas que emolduravam meu rosto ainda tinham a habilidade de me surpreender. Eu tracejei uma das linhas espirais com meu dedo. Então quase inconsciente eu abaixei o a já baixa gola do meu suéter para baixo e expus meu ombro esquerdo. Com uma virada da minha cabeça eu joguei para trás meu cabelo escuro para que o raro padrão de tatuagens que começava na base do meu pescoço e se espalhavam por meus ombros até o lado da minha espinha até a parte baixa das minhas costas. Como sempre, a visão de minhas tatuagens me dava um choque elétrico que me deixava em parte excitada e em parte com medo. “Você não é como todo mundo,” eu sussurrei para meu reflexo. Então limpei minha garganta em uma voz muito faceira. “E está tudo bem não ser como todo mundo.” Eu virei os olhos para mim mesma. “Tanto faz.” Eu olhei por cima da minha cabeça, meio surpresa por não ser visível. Quero dizer, eu definitivamente podia sentir a enorme nuvem negra que me seguia desde o último mês. “Diabos, estou surpresa por não estar chovendo aqui. E isso não seria ótimo para o meu cabelo?” Eu sarcasticamente disse para o meu reflexo. Então suspirei e peguei um envelope que estava na minha mesa, A FAMÍLIA HEFFER estava escrito com linhas douradas contra o brilhante endereço de resposta. “Em falar em depressivo...” eu murmurei. Nala espirrou de novo. “Você está certa. É melhor acabar com isso.” Eu relutantemente abri meu envelope e puxei o cartão. “Ah, diabos. É pior do que eu pensei.” Havia uma enorme cruz de madeira na frente do cartão. No meio da cruz (com um prego ensangüentado) tinha um velho papel. Escrito (em sangue, é claro) estavam as palavras: Ele É a razão para a temporada. Dentro do cartão estava escrito (com letras vermelhas, é claro): FELIZ NATAL. Abaixo disso, com a letra da minha mãe, dizia: Eu espero que você lembre da sua família durante essa época abençoada do ano. Feliz Aniversário, Com amor, Mamãe e Papai. “Isso é tão típico,” eu disse a Nala. Meu estomago doeu. “E ele não é meu pai.” Eu rasguei o cartão em dois e o joguei no lixo, e então levantei olhando para os pedaços. “Se meus pais não vão me ignorar, eles estão me insultando. Eu prefiro ser ignorada.” A batida na minha porta me fez pular. “Zoey, todos querem saber onde você está.” A voz de Damien passou facilmente pela porta. “Espera - estou quase pronta,” eu gritei, me balancei mentalmente, e olhei mais uma vez meu reflexo, decidindo, com uma ponta defensiva, deixar meu ombro nu. “Minhas Marcas não são como as de todo mundo. É melhor dar as pessoas algo para olhar enquanto conversam.” Eu murmurei. Então suspirei. Eu normalmente não sou tão mal humorada. Mas meu péssimo aniversário, meus péssimos pais... Não. Eu não podia continuar mentindo para mim mesma. “Queria que Stevie Rae estivesse aqui,” eu sussurrei. E era isso, o que tinha feito eu me afastar dos meus amigos (incluindo meus namorados - os dois) durante o mês e personificando uma grande, carregada, e nojenta nuvem de chuva. Eu sentia falta da minha melhor amiga e ex colega de quarto, que todos tinham visto morrer um mês atrás, mas quem eu sabia que tinha virado uma criatura morta viva da noite. Não importa o quão melodramática e um péssimo filme isso soa. A verdade era que agora, Stevie Rae deveria estar lá embaixo se ocupando com os detalhes bobos do meu aniversario chato, e agora ela estava andando em algum lugar nos velhos túneis de baixo de Tulsa, conspirando com suas criaturas amigas nojentas que eram realmente maldosos, assim como definitivamente fedidas. “Uh, Z? Você está bem aí?” A voz de Damien chamou de novo, interrompendo minha tagarelice mental. Eu levantei Nala que reclamava, virando as costas para o terrível cartão de natal-aniversário dos meus pais, e corri para a porta, quase atropelando Damien que parecia preocupado. “Desculpe... desculpe...” eu murmurei. Ele parou do meu lado, dando pequenos e rápidos olhares de lado. “Eu nunca conheci ninguém antes que não fica excitado com seu aniversário,” Damien disse. Eu soltei Nala e dei nos ombros, tentando sorrir. “Só estão praticando para quando estiver velha - tipo com 30 - e precisar mentir sobre minha idade.” Damien parou e virou seu rosto para mim. “Okayyyyy.” Ele arrastou a palavra. “Todos sabemos que vampiros de 30 anos ainda parecem ter 20 e definitivamente são quentes. Na verdade vampiros de 130 anos ainda parecem ter 20 e são definitivamente bonitos. Então mentir sobre sua idade não é um problema. O que está acontecendo com você?” Enquanto hesitei, tentando descobrir o que podia ou não dizer para Damien, ele levantou uma sobrancelha, e a voz de professor dele disse, “Você sabe o quão sensíveis minha gente são para emoções, então é melhor você desistir e me contar a verdade.” Eu suspirei de novo. “Vocês gays são incrivelmente intuitivos.” “Somos nós: homos - poucos, orgulhosos, e super sensíveis.” “Homo não é um termo pejorativo?” “Não se for usado por um homo. Mas você está enrolando e isso não está funcionando para você.” Ele pôs as mãos nos quadris e bateu o pé. Eu sorri para ele, mas sabia que a expressão não chegou nos meus olhos. Com uma intensidade que me surpreendeu, de repente, eu desesperadamente queria contar a verdade ao Damien. “Eu sinto falta de Stevie Rae,” eu disse antes de poder me parar. Ele não hesitou. “Eu sei.” Os olhos dele pareciam suspeitosamente úmidos. E foi isso. Como se uma represa tivesse se quebrado dentro de mim as palavras começaram a sair. “Ela deveria estar aqui! Ela estaria correndo como uma mulher louca colocando decorações de aniversario e provavelmente assando um bolo sozinha.” “Um bolo realmente horrível,” Damien disse com um pequeno fungo. “Yeah, mas uma das receitas favoritas de sua mãe,” eu dei o meu melhor sotaque Okie exagerado enquanto imitava a voz country de Stevie Rae, o que me fez sorrir pelas lagrimas, e eu pensei o quão estranho era agora que eu estava deixando Damien ver o quão magoada eu me sentia - e enquanto me sentia desse jeito - meu sorriso chegou nos meus olhos. “E as Gêmeas e eu ficaríamos fulas porque ela teria insistido que todos usássemos aqueles chapéus de aniversários pontudos com um elástico que pinica seu queixo.” Ele tremeu em um horror não tão fingido. “Deus, eles são tão feios.” Eu ri e senti um pouco do aperto no meu peito se soltar. “Tem algo sobre Stevie Rae que me faz sentir bem.” Eu não percebi que usei o verbo no presente até que o sorriso de Damien vacilou. “Yeah, ela era ótima,” ele disse, com uma ênfase extra na palavra era enquanto olhava para mim como se estivesse preocupado com minha sanidade. Se ele apenas soubesse toda a verdade. Se eu pudesse contar a ele. Mas eu não podia. Se eu contasse, isso iria levar Stevie Rae ou eu, ou nós duas, a morte. Pra sempre dessa vez. Então, ao invés disso, eu agarrei o braço do meu amigo obviamente preocupado e comecei a puxar ele em direção as escadas que levariam até a sala do dormitório das garotas e meus amigos que esperavam (e seus presentes nerds). “Vamos. Estou sentindo a necessidade de abrir presentes,” eu menti entusiasticamente.
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