1. ENQUADRAMENTO REGIONAL DPGU Direcção Municipal De Planeamento Do Território E Da Gestão Urbanística
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1. ENQUADRAMENTO REGIONAL DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística “Cascais é mais do que a soma dos seus territórios administrativos, ambientais ou sociais. É terra e é mar. É cultura e é inovação. É lugar virado para o mundo e a gente que assim ficou. Cascais é onde se investe nas pessoas. No seu meio. No seu bem-estar. No seu talento. Na sua capacidade de reinventar, criar riqueza, gerar conhecimento e fazer diferente. Cascais é a sua comunidade. E a comunidade são as pessoas.” DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 2 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística Índice 1. ENQUADRAMENTO REGIONAL ............................................................... 5 2. ENQUADRAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA ....................... 18 2.1. INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL (IGT) .......................... 19 2.1.1. PROGRAMA NACIONAL DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO (PNPOT) ............................................................................. 19 2.1.2. PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA (PROT-AML) ............................... 22 2.1.2.1. OPÇÕES ESTRATÉGICAS DE BASE ECONÓMICA ............................ 22 2.1.2.2. DOMÍNIOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA VISÃO ..................................... 26 2.1.2.3. UIDADES TERRITORIAIS ...................................................................... 29 2.1.3. PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL SINTRA- CASCAIS .............................................................................................................. 36 2.1.4. PLANOS REGIONAIS DE ORDENAMENTO FLORESTAL .................... 41 2.1.4.1. SUB-REGIÃO HOMOGÉNEA SINTRA ..................................................... 42 2.1.4.2. SUB-REGIÃO HOMOGÉNEA GRANDE LISBOA ................................... 43 2.1.4.3. SUB-REGIÃO HOMOGÉNEA ARRIBAS .................................................. 44 2.1.5. PLANOS DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA (POOC) ........... 46 2.1.5.1. PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA SINTRA- SADO............................................................................................................ 46 2.1.5.2. PLANO DE ORDENAMENTO DA ORLA COSTEIRA PARA O TROÇO CIDADELA-SÃO JULIÃO DA BARRA ....................................... 47 2.1.6. PLANO SECTORIAL REDE NATURA 2000 ................................................ 50 2.2. ESTRATÉGIA REGIONAL LISBOA 2020 ................................................... 52 2.2.1. PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA (POR LISBOA) ................................................................................................................ 54 DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 3 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística 2.3. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO LOCAL ......................................... 56 2.3.1. VISÃO PROSPECTIVA ..................................................................................... 56 2.3.1.1. CASCAIS - TERRITÓRIO COM QUALIDADE DE VIDA URBANA ........ 57 2.3.1.2. CASCAIS - TERRITÓRIO DE CRIATIVIDADE, CONHECIMENTO E INOVAÇÃO............................................................................................... 58 2.3.1.3. CASCAIS - TERRITÓRIO DE VALORES AMBIENTAIS ......................... 59 2.3.1.4. CASCAIS - TERRITÓRIO COESO E INCLUSIVO .................................. 60 2.3.1.5. CASCAIS - TERRITÓRIO DE CIDADANIA ACTIVA ............................... 60 2.3.2. O POTENCIAL DO MAR .................................................................................. 61 2.4. ANÁLISE SWOT .................................................................................................... 64 2.4.1. PONTOS FORTES ............................................................................................. 64 2.4.2. PONTOS FRACOS ............................................................................................. 65 2.4.3. OPORTUNIDADES............................................................................................. 66 2.4.4. AMEAÇAS ............................................................................................................ 67 DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 4 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística 1. ENQUADRAMENTO REGIONAL DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 5 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística No âmbito da evolução do sistema urbano português, assistiu-se nas últimas duas décadas a um forte aumento da dinâmica demográfica, com maior ênfase nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto. O elevado crescimento populacional conduziu a uma reorganização da população, que se traduziu no desenvolvimento do processo de sub-urbanização dos dois pólos centrais destas duas unidades territoriais. A Área Metropolitana de Lisboa (AML) tem para nós uma maior relevância, não só por ter a maior concentração populacional do país - em 2001 abarcava cerca de ¼ da população portuguesa - mas principalmente porque o concelho de Cascais é dela parte integrante, como apresentado na carta 01.01.01. Figura 1. Mapa de Portugal Continental, Área Metropolitana de Lisboa, Grande Lisboa e Península de Setúbal Fonte: Câmara Municipal de Cascais DPGU - Divisão de Estatística A AML é uma unidade territorial que visa a prossecução de interesses próprios das populações da área dos 18 Municípios integrantes: Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 6 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sesimbra, Setúbal, Seixal, Sintra e Vila Franca de Xira. A AML acumula uma série de vantagens únicas ao nível nacional. A extensa costa Atlântica, bem como os estuários do Tejo e do Sado, e as paisagens protegidas, conferem-lhe um potencial ambiental, paisagístico, económico e de lazer que importa preservar e valorizar (http://www.aml.pt). A sua localização geográfica, em conjunto com o facto de integrar a capital do país, torna-a num centro de recursos estratégicos para o desenvolvimento económico, social e cultural, conferindo-lhe condições privilegiadas para uma constante melhoria da qualidade de vida dos seus Residentes. Estes factores tornam-na numa área territorial de grande atractividade, e, consequentemente, é cada vez maior o número de indivíduos que procuram a AML para se estabelecerem. De facto, entre 1991 e 2001 assistiu-se a um crescimento populacional de 5,6%. DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 7 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística Concelhos da AML 1991 2001 Val. Abs. Val. Rel. (%) Grande Lisboa 1.880.215 1.947.261 67.046 3,6 Amadora 181.774 175.872 -5.902 -3,2 Cascais 153.294 170.683 17.389 11,3 Lisboa 663.394 564.657 -98.737 -14,9 Loures 192.143 199.059 6.916 3,6 Mafra 43.731 54.358 10.627 24,3 Odivelas 130.015 133.847 3.832 2,9 Oeiras 151.342 162.128 10.786 7,1 Sintra 260.951 363.749 102.798 39,4 Vila Franca de Xira 103.571 122.908 19.337 18,7 Península de Setúbal 623.882 698.803 74.921 12,0 Alcochete 10.169 13.010 2.841 27,9 Almada 151.783 160.825 9.042 6,0 Barreiro 85.768 79.012 -6.756 -7,9 Moita 65.086 67.449 2.363 3,6 Montijo 36.038 39.168 3.130 8,7 Palmela 27.246 37.567 10.321 21,7 Seixal 116.912 150.271 33.359 28,5 Sesimbra 27.246 37.567 10.321 37,9 Setúbal 103.634 113.934 10.300 9,9 Total AML 2.520.708 2.661.850 141.142 5,6 Quadro 1 População Residente nos Concelhos da Área Metropolitana de Lisboa em 1991 e 2001 Fonte: INE - Recenseamentos Gerais de População 1991 e 2001 Verifica-se um crescimento significativamente mais relevante nos concelhos pertencentes à Península de Setúbal; concelhos como Alcochete (27,9%), Palmela (21,7%), Seixal (28,5%) e Sesimbra (37,9%) obtiveram crescimentos superiores aos 20%, apenas numa década. Já nos concelhos que integram a Grande Lisboa, o crescimento não foi tão significativo, apesar de se assistir a um aumento populacional relevante em Sintra (39.4%), Mafra (24.3%) e Vila Franca de Xira (18.7%); os restantes concelhos registaram acréscimos mais moderados. Com comportamentos de variação negativa, isto é perda de população residente, na Grande Lisboa destacam-se os concelhos de Lisboa (-14.9%) e Amadora (-3.2%), enquanto que na Península de Setúbal, somente o concelho do Barreiro (-7,9%) regista valores negativos. DPDM – Divisão do Plano Director Municipal 8 DPGU Direcção Municipal de Planeamento do Território e da Gestão Urbanística Gráfico 1 Variação percentual do crescimento da população dos Concelhos da Área Metropolitana de Lisboa entre 1991 e 2001 Fonte: INE - Recenseamentos Gerais de População 1991 e 2001. Em 2001 deslocavam-se diariamente na Área Metropolitana de Lisboa cerca de 1 milhão e 381 mil activos, empregados ou estudantes com 15 ou mais anos (movimentos pendulares). Destes, concluiu-se que 95% se deslocavam dentro da AML e apenas 3,4%, 47.436 indivíduos, eram oriundos de fora da área analisada. Em contrapartida a população residente na AML que se desloca diariamente para fora da mesma, no intuito de exercer a sua actividade profissional ou de estudo, cerca de 23.980 indivíduos, representa apenas metade do valor anteriormente referido. A análise referente às deslocações pendulares demonstra que a AML detém um saldo “positivo relativamente ao restante território nacional” (INE-Destaque de 25 de Fevereiro de 2003, “Movimentos Pendulares na Área Metropolitana de Lisboa 1991-2001”). Porém quando analisamos