Gal Gadot Recebeu 2% Do Salário Pago Ao Ator De Superman, Diz Site
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Para protagonizar ‘Mulher- Maravilha’, Gal Gadot recebeu 2% do salário pago ao ator de Superman, diz site A atriz Gal Gadot, estrela de “Mulher-Maravilha” ganhou apenas 2% do salário pago ao ator Henry Cavill por “Superman: Homem de Aço”. (Folha de S.Paulo, 20/06/2017 – acesse no site de origem) Segundo o site norte-americano “Decider”, o cachê de Gal por “Mulher- Maravilha” foi de US$300 mil dólares, enquanto Henry levou US$14 milhões para protagonizar o filme do Superman. Convertendo para reais, Gadot recebeu R$990 mil, menos do que o prêmio conquistado por Emilly Araújo no “Big Brother Brasil 17”, que foi de R$1,5 milhão. O site diz também que esse valor foi acordado com Gal como pagamento para cada um dos três filmes que ela fará – “Batman vs Superman”, lançado em 2016, “Mulher-Maravilha” e “Liga da Justiça”, que estreia em 2018. Ou seja, ela levaria, pelo trabalho completo, US$900 mil dólares. O veículo ressalta a possibilidade de um acordo preestabelecido de participação nos lucros. O filme já faturou US$573,5 milhões em bilheteria ao redor do mundo. O salário de Gal seria equivalente a inexperiência da atriz em Hollywood, que tem no currículo como trabalho de maior destaque quatro filmes da franquia “Velozes & Furiosos”. O “Decider” diz que o valor pago à atriz é o mesmo que Chris Evans recebeu pelo primeiro “Capitão América”, em 2011. Para comparação, Jennifer Lawrence recebeu UU$1 milhão pelo primeiro “Jogos Vorazes” (2012). Para a sequência, “Em Chamas” (2013), a atriz voltou com um Oscar conquistado por “O Lado Bom da Vida” e recebeu dez vezes mais. Empresas fazem pacto para acabar com estereótipos de mulheres na publicidade Objetivo é que medida gere mudanças culturais positivas na sociedade (O Globo, 20/06/2017 – acesse no site de origem) Alguns dos maiores anunciantes do mundo uniram forças à ONU para banir estereótipos de gêneros de anúncios. O grupo, que inclui Facebook, Google, Mars, Microsoft e a gigante publicitária WPP, lançou a Unstereotype Alliance para combater “a generalizada prevalência de estereótipos que são frequentemente perpetuados por meio da publicidade”. O objetivo é causar mudanças culturais positivas ao usar os anúncios para espalhar “retratos realistas e não tendenciosos sobre mulheres e homens”. — Estereótipos refletem ideias com raízes profundas sobre feminilidade e masculinidade — destacou Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres, antes do evento inaugural do grupo em Cannes, marcado para esta quinta-feira. Ela também comentou o impacto social dos anúncios. — Concepções negativas, diminuídas de mulheres e meninas são uma das grandes barreiras para a igualdade de gênero, e nós precisamos atacar e mudar essas imagens onde quer que elas apareçam. A publicidade é um motor particularmente potente para mudar percepções e impactar normais sociais — completou a executiva. PROGRESSO FEITO NÃO É O BASTANTE Keith Weed, diretora de marketing e comunicação da Unilever, que está convocando para o evento, em parceria com a ONU Mulheres, disse que já houve progresso na indústria, mas admitiu que ele não é suficiente. O plano é que, na primeira reunião do grupo sejam definidos seus compromissos prioritários, sua visão e estabelecidas as estratégias-chave prioritárias. A ONU Mulheres informou que trabalha para desfazer estereótipos e envolver diversos grupos na questão da igualdade de gêneros. Esses grupos incluem empresas de notícias, homens, meninos, jovens e líderes religiosos. Igualdade de gênero na publicidade ganha valor em Cannes O tema da responsabilidade social na comunicação das marcas deve dominar o festival internacional de publicidade Cannes Lions, o principal evento anual da indústria, que acontece nesta semana na Riviera Francesa. (Folha de S.Paulo, 17/06/2017 – acesse no site de origem) Pauta de palestras e debates, ações afirmativas por igualdade de gênero e causas sociais deverão influenciar até mesmo o julgamento dos trabalhos publicitários mais criativos que receberão os cobiçados prêmios do festival. Pela primeira vez, os jurados receberam orientação formal contra a objetificação de gêneros. A organização pede aos jurados que “considerem se um trabalho objetifica um gênero” e “levem isso em conta ao votar nos trabalhos”. A intenção é evitar deslizes como o ocorrido no ano passado, quando o festival foi criticado por premiar uma campanha desenvolvida pela agência brasileira AlmapBBDO para a Aspirina, acusada nas redes sociais de ser machista e incentivar a chamada “pornografia da vingança”. A propaganda do remédio contra dor de cabeça incluía a frase “Calma amor, não estou filmando isso.mov”, referência a atos sexuais gravados e divulgados sem consentimento de uma das partes. A pedido do cliente, a farmacêutica Bayer, a campanha teve sua inscrição cancelada e a agência devolveu o prêmio recebido, o Leão de bronze na categoria outdoor. Desta vez, a estrela do festival deverá ser o pastor americano Jesse Jackson, ativista dos direitos humanos, convidado a falar sobre a necessidade de as marcas participarem da construção de uma sociedade mais inclusiva. Em outro painel, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, vencedor do Nobel, vai discutir as lições do acordo de paz com a guerrilha colombiana com o chefão de uma grande agência de relações públicas, Jack Leslie, da Weber Shandwick. “Promover a paz é o briefing mais difícil”, afirma o anúncio da palestra. Maurice Lévy, do grupo Publicis, receberá para um bate papo a diretora- gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde. Assunto: “A criatividade é capaz de mudar o mundo?” Gal Barradas, co-presidente da agência BETC São Paulo, diz que a recomendação do júri contra a objetificação de gênero resulta de um processo iniciado há cinco anos, quando o ex-presidente dos EUA Bill Clinton fez uma palestra em Cannes e convidou a indústria a usar a criatividade para impactar a sociedade. “O festival bebeu muito daquela palestra e a partir dali começaram a valorizar campanhas que falam de sustentabilidade e diversidade”, diz. O festival lançou um programa para estimular a presença de mulheres nos departamentos de criação das agências -tido como reduto masculino em todo o mundo. O programa é voltado para profissionais em meio de carreira e levará a Cannes neste ano 15 publicitárias, que participarão de workshops e atuarão como mentoras de outros profissionais. Entre elas, a brasileira Deborah Vasques Soares, redatora sênior da Lew’Lara\TBWA. Uma criação da BETC São Paulo tem boas chances de ser premiada por ir de encontro às preocupações dos organizadores do festival -um aplicativo de celular que calcula o número de vezes em que uma mulher é interrompida por um homem numa reunião, o Women Interrupted. O aplicativo foi criado por iniciativa própria da agência, sem envolvimento de nenhum cliente nem veiculação na mídia. Com sede em Paris, a BETC é conhecida pelo ativismo político e social -todas as filiais são co-presididas por uma mulher e um homem. “Cannes não é um lugar para descobrir as novas tendências, mas mostra o que se consolidou na indústria”, diz Barradas. “Essa questão do apoio à diversidade atingiu um ponto de maturidade.” O engajamento da indústria também segue uma lógica de mercado. “O poder de decisão de consumo no mundo está na mão das mulheres”, diz. “Além disso, um ambiente de trabalho mais diverso e justo é mais criativo e impacta no resultado dos negócios.” “As marcas não conversam mais só com clientes e colaboradores”, diz o presidente da Dentsu, Mario D’Andrea, único brasileiro a presidir um júri neste ano, na categoria Rádio. “Elas têm que se preocupar em como são percebidas pela sociedade.” Mariana Barbosa Tive de ser ‘sargentona’ para ganhar respeito, lembra jornalista pioneira no Brasil Ana Arruda Callado, jornalista e escritora, foi a primeira mulher a ocupar a chefia de reportagem de um jornal no Brasil. A viúva do escritor Antônio Callado esteve recentemente em Londres e visitou a BBC, onde Callado trabalhou de 1942 a 1947. Ela compartilha aqui com a BBC Brasil sua história de pioneirismo no Jornalismo: (BBC Brasil, 13/06/2017 – acesse no site de origem) Em 1966, o Diário Carioca, um jornal com grande prestígio na cidade e que se vangloriava de ser pequeno – tinha apenas 12 páginas -, iniciou uma reforma. O novo dono, Horácio de Carvalho, chamou o jurista Prudente de Morais Neto para a direção do jornal. Este escolheu Zuenir Ventura, que havia se destacado na Tribuna da Imprensa, para a Chefia de Redação. E para a Chefia de Reportagem? Discutiram o tema e chegaram a um nome: Ana Arruda, que no Jornal do Brasil havia assinado reportagens importantes. Ana Arruda Callado foi a primeira chefe de reportagem de um jornal brasileiro, nos anos 1960 (Foto: Arquivo Pessoal) Houve grande propaganda em torno do fato de uma mulher, pela primeira vez, ter ocupado esta função. Um jornal inovador, foi a mensagem. Para mim, um desafio e uma comprovação: eu tinha chegado lá; estava entre os jornalistas que admirava. Eu havia feito vestibular para o Curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia no início de 1955. Terminara o Curso Científico no Colégio de Aplicação da então Universidade do Brasil e não perguntem por que escolhi ser jornalista, quando minhas disciplinas preferidas no colégio eram Matemática e Física. Ninguém mais do colégio optou por esse caminho. Na turma da FNFi, as outras mulheres eram funcionárias públicas que buscavam um diploma para ascender no emprego. Uma única, Mary Akierstein, queria, como eu, seguir a carreira. E seguiu, por pouco tempo, e hoje é Mary Ventura, esposa de Zuenir. O curso universitário era apenas uma etapa necessária para conhecer melhor a profissão e amadurecer um pouco. Afinal, eu tinha apenas 17 anos. Mas estava decidida, apesar de ninguém da minha família ter seguido o jornalismo. Sendo uma das doze filhas de meus pais (eles tiveram e criaram bem ainda mais três homens), ouvi daquele pernambucano nascido no final do século 19 o seguinte conselho: “Estudem, minhas filhas, tenham uma profissão, ou vocês vão ser escravas de homens”.