Final Para Homologar
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA O gênero Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionoideae) no Brasil Tese de doutorado Guilherme Bordignon Ceolin Orientadora: Drª Sílvia T. S. Miotto Co-orientador: José F. M. Valls Porto Alegre 2011 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BOTÂNICA O gênero Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionoideae) no Brasil Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFRGS como um dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ciências: Botânica Banca examinadora Dr. Luciano Paganucci de Queiroz (UEFS/BA) Drª Maria de Lourdes A. A. de Oliveira (FZB/RS) Dr. Rodrigo Bustos Singer (UFRGS/RS) 3 RESUMO O gênero Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionoideae) no Brasil Autor: Guilherme Bordignon Ceolin Orientadora: Drª Sílvia T. S. Miotto Data da defesa: 11 de março de 2011 O objetivo desta tese foi fazer uma revisão do gênero Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionoideae) no Brasil, englobando diversos aspectos, tanto taxonômicos quanto ecológicos e de conservação. No entanto, esta tese está dividida em dois eixos temáticos principais, os quais se complementam e se suportam mutuamente: a primeira parte discute as práticas epistemológicas e metodológicas envolvidas no trabalho taxonômico, as quais dão sustentação às decisões taxonômicas desenvolvidas na segunda parte. O principal resultado desta tese é uma sinopse taxonômica, que mostra que o gênero Galactia no Brasil é composto por 26 táxons, dos quais dois são descritos pela primeira vez e um configura-se como registro novo. 4 ABSTRACT The genus Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionodeae) in Brazil Author: Guilherme Bordignon Ceolin Advisor: Drª Sílvia T.S. Miotto Date of public defense: 11 Mar 2011 The objective of this thesis was to review the genus Galactia P. Browne (Leguminosae, Papilionoideae) in Brazil, covering several aspects regarding taxonomy, ecology and conservation. This thesis is divided into two main themes, which complement and support each other: the first part discusses the epistemological and methodological practices involved in taxonomic labour, giving support to the taxonomic decisions developed in the second part. The main result of this thesis is a taxonomic synopsis, showing that Galactia in Brazil consists of 26 taxa, being two described for the first time and one appearing as a new record to the country. 5 Esta tese é dedicada a minha família; se cheguei até aqui foi por causa do apoio de vocês 6 Agradecimentos Após 30.744 horas trabalhadas, 1.300 exsicatas analisadas, quase 10.000 km rodados, milhares de picadas de mosquito e de reais gastos, 1 capítulo de livro, 7 artigos e nenhuma viagem ao Caribe, esta tese chega ao final. Escrever uma tese para muitos é um sofrimento sem tamanho; para mim foi bastante divertido, todavia não menos trabalhoso e desgastante. Ainda bem que pude contar com muitas pessoas que me ajudaram nesta empreitada. Por isso, meus agradecimentos vão para as seguintes pessoas, em ordem mais ou menos cronológica: Aos meus pais, por terem me dado o mais valioso dos exemplos: se quisermos ser bem sucedidos na vida (não estou falando só financeiramente), nunca devemos recuar diante dos desafios, mesmo nas piores situações possíveis, nem nunca desistir dos objetivos; se não for um absurdo, insiste que uma hora dá; A Claudia, por estar ao meu lado em todos os momentos e principalmente por ter sido uma presença fundamental para eu manter minha sanidade mental durante todo o processo de feitio desta tese; nenhuma palavra em língua do mundo pode descrever o quanto tu és importante para mim; A Sílvia, minha orientadora já há quase cinco anos por nunca querer fazer o papel de minha mãe, por que esta eu já tenho; por ter sido uma orientadora de fato, sempre apoiando minhas decisões (as viáveis pelo menos) sem interferir demasiado; por ter dado liberdade para eu fazer minha tese seguindo meu ritmo de produção característico, de “equilíbrio pontuado” (não sabe o que é, Padawan? Joga no Google), e sem fazer terrorismo do tipo “não vai dar tempo”; Ao Valls, meu co-orientador, pelas horas de conversa sempre úteis e instrutivas seja no campo ou na sua sala na EMBRAPA/CENARGEN em Brasília; A Prof. Tatiana Souza-Chies, que na época de minha seleção era a coordenadora do PPG, por ter desempenhado um papel fundamental para “desenroscar” o imbróglio burocrático que foi a minha progressão ao doutorado; A meus amigos Eduardo Giehl, Ernestino Guarino, Rodrigo Leonel, Fernando Rocha e Pedro Rattes por terem me oportunizado mergulhar em um ambiente realmente acadêmico, com leituras de artigos, brainstorms e discussões científicas relevantes; aos demais colegas do laboratório fitoecológico pela agradável convivência, Susa Weege, Talita Camargo, Jaque Durigon, Martin Molz, João André Jarenkow; A Vagner Cortez, Marcelo Sulzbacher, Gilberto Coelho e Mateus Reck pela grande amizade e incentivo, mesmo trabalhando com organismos que nem são plantas; 7 Aos meus “irmãozinhos” de orientadora, Priscila Ferreira e João Iganci pela grande ajuda com os mais variados temas, desde “bota a carta no correio para mim”, até parceria em campo e ajuda com alinhamento de sequências moleculares; A Marcos Sobral, Aristônio Telles, Vinícius Diettrich e Leandro Giacomin pela prestatividade e hospedagem em BH; a Vanessa Terra por ter me facilitado as coisas quando estive em Viçosa; a Dani Wondracek e Claudenir Caires pela hospedagem e ajuda em Brasília; a Laura Lima e família e a Vali Pott pela hospedagem e pela força quando estive em Campo Grande; a Rubens Queiroz pela parceria naquela viagem “do demo” que fizemos pelo Centro-Oeste e pela hospedagem em Campinas; a Tânia Moura e família pela hospedagem em Goiás, por ter agilizado as licenças de coleta no Parque de Caldas Novas e pela companhia em diversos herbários em Campinas, Piracicaba e São Paulo; a Renée Fortunato e todo o pessoal do INTA e do Instituto Darwinion pela simpatia e grande ajuda em Buenos Aires a este “brasileño” encagaçado e cheio de sotaque; a Eudes, Rogéria e Gustavo pela paciência e ajuda nas rotinas do laboratório de biologia molecular; a direção do ICB e aos meus colegas de FURG por sempre terem facilitado minha vida quando precisei me ausentar de minhas atividades por conta do doutorado; Ao pessoal do Herbário ICN e aos curadores de todos os herbários que me mandaram material; A todos que tiveram algum papel importante na minha tese e que agora eu não lembro porque não anotei no dia; vocês também foram importantes mesmo que anônimos; 8 “(...) em vez de abalar sua teoria, o trabalho provava a Darwin que a variação estava em toda a parte. Dez anos antes ele pensava que a variação era uma exceção da natureza. (...) todas as partes ‘de cada uma das espécies’ estavam propensas a mudanças; quanto mais ele observava, tanto mais a estabilidade parecia uma ilusão. (...) todas aquelas variações tornaram-se um empecilho na sua tentativa de definir cada espécie com precisão. Onde as variedades terminavam e onde começavam as novas espécies? (...) aquela ‘variação desconcertante’ era uma benção duvidosa. (...) ‘Como um especulador, ela me é prazerosa, mas como sistemata, me é detestável’. (...) Frequentemente ele descrevia espécies separadas, depois pensava melhor e reclassificava- as como variações de uma única espécie, em seguida mudava sua opinião, rasgava a descrição e começava tudo outra vez. E a cada vez ‘eu tenho rilhado meus dentes, amaldiçoado as espécies e me perguntado que pecado cometi para se tão punido’. Como as espécies de hoje eram as variedades de ontem, ele acabou por cortar o nó górdio simplesmente aglomerando as variantes em espécies reconhecidas. Nada disso importava. Não existiam formas absolutas, invariáveis e, portanto, uma classificação exata era, de todo modo, improvável.” Trecho extraído de Desmond, A. & Moore, J. 2007. Darwin – a vida de um evolucionista atormentado (pp. 394 – 395). 5ª edição. São Paulo: Geração Editorial. 9 Prefácio A tese a seguir representa o esforço de quase cinco anos trabalhando com o gênero Galactia. Inicialmente apenas a Região Sul do Brasil estava sendo contemplada; posteriormente, devido a um razoável número de imbróglios taxonômicos que surgiram com a identidade de alguns táxons, cuja área de ocorrência transcendia as fronteiras políticas da citada região, achou-se por bem expandir a área de abrangência para todo o território nacional, pois assim era possível englobar a distribuição geográfica completa de vários táxons e ter-se uma ideia melhor da variação intraespecífica dos mesmos. Esta tese está dividida em seções temáticas, as quais dão suporte e convergem para a seção única que é de fato a tese a ser defendida. As seções temáticas, por sua vez, estão divididas em artigos a serem submetidos (ou já submetidos) a vários periódicos internacionais, bem como um capítulo de livro multiautoral em preparação. Por questão de otimização de espaço e de recursos, os artigos que não foram submetidos estão formatados de acordo com a revista a que se destinam apenas no que tange às referências e alguns outros detalhes de organização do texto. O restante das normas (e.g. espaçamento duplo) não foi seguido, pois representaria um desperdício demasiado de papel. No canto superior esquerdo está designado o nome do periódico pretendido, seguido pelo título, nome dos autores (sem dados de filiação e endereços), abstract e palavras-chave; posteriormente, segue o texto. Ao final, encontram-se as figuras, tabelas e legendas. Apreciem a leitura 10 INTRODUÇÃO Por que mais uma tese em taxonomia? A espécie humana tem uma tendência inata a procurar padrões e a ordenar tudo o que a cerca, baseando-se em uma ordem que parece a mais lógica possível. Cada ser humano ordena seu dia-a-dia da maneira que lhe parece mais útil, cada pessoa tem seu próprio método de fazer sua lógica funcionar.