Universidade Federal Da Paraíba Centro De Ciências Humanas, Letras E Artes Programa De Pós-Graduação Em História
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro 1808 SIMONE DA SILVA BEZERRIL Orientador: Prof. Dr. Elio Chaves Flores Área de Concentração: História e Cultura Histórica Linha de Pesquisa: Saberes Históricos e Ensino de História João Pessoa – PB Agosto de 2013 USOS DO PASSADO Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro 1808 SIMONE DA SILVA BEZERRIL Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), vinculado ao Centro de Ciências Humanas Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em cumprimento às exigências para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração em História e Cultura Histórica. Orientador: Prof. Dr. Elio chaves Flores Linha de Pesquisa: Saberes Históricos e Ensino de História João Pessoa – PB Agosto de 2013 USOS DO PASSADO Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro 1808 Dissertação de Mestrado avaliada em ____/____/ 2013 BANCA EXAMINADORA _________________________________________________________________ Prof. Dr. Elio Chaves Flores Programa de Pós-Graduação em História – UFPB (Orientador) __________________________________________________________________ Prof. Dr. Flávio Weinstein Teixeira Programa de Pós-Graduação em História – UFPE (Examinador Externo) ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Wellington Pereira Programa de Pós-Graduação em Comunicação – UFPB (Examinador Interno) ___________________________________________________________________ Prof. Dr. Severino Cabral Filho Programa de Pós-Graduação em História – UFCG (Suplente Externo) ___________________________________________________________________ Profª. Drª. Telma Dias Fernandes Programa de Pós-Graduação em História – UFPB (Suplente Interno) Aos meus pais, ao meu suporte em João Pessoa (a querida ‖Dona Neném‖) e a Juh, quem nunca mediu esforços para me ajudar, seja com um gesto de carinho, uma palavra de incentivo ou dando uma carona até a universidade quando eu precisava, e isso era quase sempre. Dedico. Eles [os jornalistas] não apenas dominam as formas e técnicas de apresentar esse tipo de texto, mas em um trabalho cooperativo pensam a disciplina de uma maneira aberta e criativa percebendo enfoques que nos escapam... É evidente que jornalistas não têm obrigação de dominar todos os métodos do ofício de historiador e o passado tampouco é exclusividade desse último. Mas vale que conheçam algumas questões elementares da disciplina. Luciano Raposo de Almeida Figueiredo (2010) AGRADECIMENTOS Diante das conquistas, é sempre bom agradecer a quem faz diferença em nossas vidas. Por isso, agradeço: Aos meus professores Chegar até aqui já considero uma vitória. Quando ingressei, pela primeira vez, à universidade, em 2003, para cursar Comunicação Social, tinha como único objetivo ser uma jornalista – era meu sonho de criança. Após dois anos de curso, comecei a também fazer História. Não imaginava que aquela nova escolha seria capaz de transformar ou fazer surgir dentro de mim outro desejo profissional. Tenho a sorte de poder aliar duas áreas de que tanto gosto - o Jornalismo e a História. Trabalhar com temáticas que enfoquem a relação entre esses dois campos acabou sendo uma constante nas minhas pesquisas acadêmicas até hoje. Confesso que a vontade de querer fazer uma pós-graduação, e um dia, quem sabe, seguir carreira acadêmica, surgiu da admiração que tinha por alguns professores de ambos os cursos. E nesse rol, destaco: Wellington Pereira e Elio Chaves Flores. Com o primeiro, aprendi a perceber o Jornalismo com outro olhar. Até nas conversas informais, Wellington sempre nos dá uma aula de vida e de profissionalismo, demonstrado na sua paixão pelo que faz. Embora quisesse fugir de suas provocações, como ele mesmo denominava as indagações que dirigia aos alunos na sala de aula, aquilo me instigava a querer buscar mais, saber mais. E essa vontade me fez perceber que seria capaz de chegar a um patamar mais elevado, bastaria acreditar e seguir. Já o meu primeiro contato com o professor Elio Chaves Flores foi ainda durante o Curso de Comunicação. Ao preparar um seminário sobre as relações entre Jornalismo e História, tive informações de que Elio já havia escrito um artigo sobre a temática. Então, por sugestão do Professor Wellington, decidi procurá-lo. Depois desse contato inicial, outros foram se estabelecendo, e quando percebi, lá estava Elio Chaves Flores na banca julgadora da monografia de Comunicação Social, juntamente com o Professor Wellington Pereira - ressalto. Depois, adivinha quem era meu orientador no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de História? Sim, era o Professor Elio Chaves Flores, que, agora, tive a honra de ter, também, como orientador desta dissertação. A Elio agradeço pela a paciência, a generosidade e os ensinamentos. A cada reunião marcada para discutir os tópicos da dissertação, prestava atenção não apenas no que falava, mas também no modo como conduzia suas palavras e em sua simplicidade ao passar os conhecimentos. Tenho certeza de que as lições que recebi serão levadas comigo nessa longa jornada que ainda tenho pela frente. Desde já, saliento que não quero esquecê-las jamais, pois essa ―simpatia intelectual‖ é fruto da maneira simples de ver e conduzir a vida. Por tais razões, nota-se que não é por acaso que Wellington e Elio fazem parte desta banca. Ressaltei a importância desses dois professores, como representantes de tantos outros com quem tive o privilégio de estudar, para homenagear a figura do professor, enfatizando o quanto ele pode fazer diferença em nossas vidas, como tem o poder de nos motivar e de nos estimular a superar nossas dificuldades e buscar alcançar nossos sonhos. Para a concretização desta pesquisa, sem dúvida, a contribuição do Professor Elio foi fundamental. Mas também agradeço as observações feitas por Wellington Pereira e, especialmente, pelo Professor Flávio Weinsten, que, gentilmente, aceitou participar da Banca de Qualificação. As considerações e os questionamentos feitos por ele foram de extrema importância para que eu refletisse melhor sobre o meu objeto de estudo. Por isso, novamente tenho o prazer de tê-lo na Banca Examinadora desta dissertação. E com quem muito gostaria, assim como ocorreu com Elio e Wellington, de compartilhar desafios futuros. Aos meus pais Não só por terem investido em mim, mas também por terem acreditado em minhas escolhas e as respeitado. A educação e o amor que me proporcionaram é o legado mais precioso que levarei para sempre. Muito obrigada por existirem em minha vida! Aos meus amigos Dedico esta conquista a amizades antigas, dentre elas, aquelas que estão comigo até hoje (como sempre falo, minhas melhores amigas da Comunicação, em especial, Pollyana Fernandes, que muito contribuiu na fase final desta dissertação com a realização de uma leitura cuidadosa; e a minha melhor amiga de História, Arianne Olinto). Também dedico às amizades novas, conquistadas durante o Mestrado. Agradeço pelos incentivos e pelas palavras de carinho (do meu amigo Júlio, que muito me incentivou a fazer o Mestrado, e dos meus amigos de turma - não citarei nomes para não ser injusta com ninguém). Érica, Lidiana, Elaine, Jean, Tiago, Sirleide... – guardarei as maravilhosas, tumultuadas e engraçadas lembranças de nossas viagens para congressos. Tenho certeza de que nos veremos muitas vezes nesta vida. Ao meu amor Meu suporte emocional, companheiro de minha vida! A Deus Que me possibilita viver e amar! RESUMO Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 – Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua ―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos