Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Sistema de Información Científica Ventura, Deisy; Aguilar Perez, Fernanda CRISE E REFORMA DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Lua Nova, núm. 92, mayo-agosto, 2014, pp. 45-77 Centro de Estudos de Cultura Contemporânea São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=67332418003 Lua Nova, ISSN (Versão impressa): 0102-6445
[email protected] Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Brasil Como citar este artigo Número completo Mais informações do artigo Site da revista www.redalyc.org Projeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto CRISE E REFORMA DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Deisy Ventura e Fernanda Aguilar Perez Crise e reforma são palavras que acompanham a trajetória das organizações internacionais (OIs), fadadas a conciliar os imperativos da realização de suas funções com a heterogênea vontade dos seus Estados-membros. O objetivo deste artigo é mostrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) cons- titui um dos mais ricos exemplos das tensões que permeiam as OIs na atualidade e, por conseguinte, que o processo de reforma da Organização, atualmente em curso, merece maior atenção da comunidade acadêmica brasileira. Originalmente considerada a “autoridade moral e porta- -voz da saúde no mundo” (OMS, 2011a, p. 11), diretora e coor- denadora da atuação internacional no domínio da saúde (OMS, 1946), a OMS oferece uma espécie de “enquadramento políti- co e técnico” aos Estados em matéria de saúde pública (OMS, 2011a, p. 12). Contudo, nas palavras de sua atual diretora-geral, Margaret Chan, “a OMS está sobrecarregada e é incapaz de res- ponder com agilidade aos desafios da saúde global” (Sridhar e Gostin, 2011, p.