Elza Soares Presta Homenagem a Lupicínio Rodrigues
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Elza Soares presta homenagem a Lupicínio Rodrigues No centenário de um dos maiores compositores do Brasil e cronista das dores de amores, Elza Soares prestará uma homenagem emocionada, repleta de belas interpretações. Apaixonada pela obra e pelo grande amigo Lupi – desde o início da década de 1960, quando gravou “Se acaso você chegasse” – Elza levará ao palco um show inteiramente dedicado à obra de Lupicínio Rodrigues. “Paixão, não saudade”. Essa é a definição de Elza Soares para o show em homenagem ao centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues, dias 16 e 17 de dezembro, às 21h, no Theatro São Pedro. A apresentação traz músicas paradoxalmente atemporais de um dos maiores cronistas brasileiros das dores de amores, na voz singular de uma eterna vanguardista e fonte de inspiração para diferentes gerações de músicos. Com direção do maestro Eduardo Neves, Elza interpreta clássicos como Cadeira vazia, Se acaso você chegasse, Ela disse-me assim e Nervos de aço, entre outras. “Lupi está na minha pele. Tenho duas rosas tatuadas em homenagem a ele, a quem devo muito”, conta Elza que conheceu Lupicínio Rodrigues no início da década de 1960, na boate Texas, no Rio de Janeiro. “Estava no palco e vi de longe um homem vestido de branco, com um buquê de rosas vermelhas na mão. Ele me olhava insistentemente e eu já fui pensando que não daria certo! No final do show, ele se aproximou e disse que trazia rosas para uma Rosa. Eu rispidamente respondi que detestava rosas – a mais pura mentira, sou louca por rosas – e que meu nome não era Rosa. Ele, lindamente e com um sorriso calmo, respondeu que sabia que eu era Elza Soares e que estava fazendo muito sucesso com uma música dele. Era a música Se acaso você chegasse...”, conta Elza, que até hoje se diverte com a gafe. A partir desse momento, teve início uma amizade e admiração mútua que acompanhou a trajetória dos dois. Confessadamente apaixonada por Lupicínio Rodrigues, Elza Soares conta que a expectativa para o show é muito grande e que o repertório traduz fielmente o sentimento e as lembranças que cultiva do amigo. “Ele sentia tudo com muita intensidade e eternizou, nas composições, a melancolia por amores perdidos, paixões impossíveis, a boemia alegre e os desencantos. É essa beleza que estará presente em cada minuto dessa homenagem. Prometo muito samba-canção e muita emoção”, afirma. O show em homenagem ao centenário de nascimento de Lupicínio Rodrigues é um projeto idealizado e coordenado pela Barraventos Artes, do produtor Glauber Amaral. ELZA SOARES Eleita em 2000 como “A voz do século” pela emissora britânica BBC, Elza Soares foi descoberta em um concurso de calouros apresentado por Ary Barroso; aplaudida de pé, recebeu as maiores notas da noite. Depois dessa estreia no rádio, contou com inúmeras músicas no topo das paradas de sucesso. Nascida na comunidade de Água Santa, subúrbio do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, Elza era filha de uma lavadeira e um operário. A vida intensa é uma marca registrada – casou aos 12 anos, ficou viúva aos 18, tornou-se artista aos 21 anos, teve cinco filhos. Associação Amigos do Theatro São Pedro - Praça Marechal Deodoro, s/nº Centro - Porto Alegre – RS – CEP: 90010-300. Assessoria de Comunicação - (51) 3228.7842 / 3227.5300 [email protected] www.teatrosaopedro.com.br No final da década de 1950, iniciou uma turnê argentina com Mercedes Batista; em novembro de 1961 conheceu Mané Garrincha. Tornou-se popular por introduzir o ritmo marcante do jazz ao samba. Em 1962 se apresentou no Chile durante a Copa do Mundo e conquistou o público internacional. Nas décadas de 1960 e 1970 fez parcerias com Miltinho, Roberto Ribeiro e Wilson das Neves; foi tema de dois documentários – um dirigido pela cineasta Izabel Jaguaribe e outro por Elizabete Martins. Diva da Música Popular Brasileira, Elza Soares canta de maneira inigualável e, com ousadia, continua a influenciar gerações e gerações de artistas brasileiros. LUPÍCINIO RODRIGUES Nascido em um bairro simples de Porto Alegre, em 1914, Lupicínio Rodrigues (Lupe, como era chamado desde criança) compôs inúmeras marchinhas de Carnaval e sambas- canção repletos de melancolia por amores perdidos. Inventor do termo dor de cotovelo – alusivo à prática de apoiar os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pedir uma bebida e chorar a perda do amor – Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para compor canções, nas quais a traição e o amor andavam juntos. De 1935 a 1947 trabalhou como bebel na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), após deixar o Exército; viveu em Porto Alegre por toda a vida, exceto por alguns meses, em 1939, quando viajou para conhecer o ambiente musical do Rio de Janeiro. Aos 14 anos compôs sua primeira canção; o sucesso veio em 1938 com Se acaso você chegasse, gravada por Ciro Monteiro; Francisco Alves, o Rei da Voz, passou a gravá-lo; em 1951 foi a vez de Linda Batista, que estourou com o samba-canção Vingança. Em 1960, Elza Soares fez de Se acaso você chegasse um sucesso novamente. Lupe morreu em 1974, em Porto Alegre, por problemas no coração – aliás, um final apropriado para um homem que tanto usou o coração. Serviço: O que: Show Canta e Chora Lupicínio. Quando: dias 16 e 17 de dezembro, às 21h. Ingressos: R$ 120,00 (plateia e cadeira extra), R$ 100,00 (camarote central), R$ 80,00 (camarote lateral) e R$ 40,00 (galerias). Assessoria de Imprensa: Bebel Prates. Contato: (21) 3874 0544 Associação Amigos do Theatro São Pedro - Praça Marechal Deodoro, s/nº Centro - Porto Alegre – RS – CEP: 90010-300. Assessoria de Comunicação - (51) 3228.7842 / 3227.5300 [email protected] www.teatrosaopedro.com.br .