Afro-Ásia ISSN: 0002-0591
[email protected] Universidade Federal da Bahia Brasil Earl Castillo, Lisa O TERREIRO DO ALAKETU E SEUS FUNDADORES: HISTÓRIA E GENEALOGIA FAMILIAR, 1807- 1867 Afro-Ásia, núm. 43, 2011, pp. 213-259 Universidade Federal da Bahia Bahía, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=77021122007 Como citar este artigo Número completo Sistema de Informação Científica Mais artigos Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Home da revista no Redalyc Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto O TERREIRO DO ALAKETU E SEUS FUNDADORES: HISTÓRIA E GENEALOGIA FAMILIAR, 1807-1867* Lisa Earl Castillo** terreiro Ilê Maroiá Laji, localizado na cidade de Salvador e mais conhecido como o Alaketu, é considerado um dos mais velhos O do Brasil, junto com a Casa das Minas, no Maranhão, e a Casa Branca, na Bahia. Embora este último e dois descendentes seus, o Gantois e o Ilê Axé Opô Afonjá, tenham recebido mais atenção etnográfica, o Alaketu também ocupa um lugar de prestígio no mundo do candomblé baiano, o que resultou no seu tombamento pelo IPHAN em 2005. Na etnografia, a primeira menção do terreiro é de 1937, quando foi indicado para ser visitado pelos participantes do II Congresso Afro-Brasileiro. Em 1948, Edison Carneiro caracterizou a então ialorixá Dionísia Fran- cisca Régis como uma das mais importantes de Salvador. Contudo, ao abordar a história do candomblé da Bahia, Carneiro privilegiou a Casa * A pesquisa que deu origem a este texto foi realizada entre 2006-2010, com o apoio de bolsas de pós-doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – Fapesb e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.