Telejornalismo E Linguagens.Pdf
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Reitora Berenice Quinzani Jordão Vice-Reitor Ludoviko Carnascialli dos Santos Capa Ricardo Bagge Catalogação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina. Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) T267 Telejornalismo e linguagens [livro eletrônico] / Ana Paula Silva Oliveira, Florentina das Neves Souza (organizadoras). Londrina : UEL, 2015. 1 Livro digital : il. Vários autores. Inclui bibliografia. Disponível em : http://www.uel.br/projetos/telejornalismoelinguagens ISBN 9788578463182 1. Telejornalismo – Londrina (PR). 2. Telejornalismo – Brasil. 3. Comunicação de massa e linguagem. 4. Rede globo – Brasil. I. Oliveira, Ana Paula Silva. II. Souza, Florentina das Neves. CDU 070.19(0.034.1) Sumário Apresentação ................................................................................................................ 4 TELEJORNALISMO NAS TVS PÚBLICAS E ESTATAIS TV Cultura: entre o público e o estatal ..................................................................... 8 Fiama Heloisa Silva dos Santos Hora da Notícia: o telejornalismo como um instrumento de diálogo ................. 24 Ana Paula Oliveira Em busca de novos valores-notícia: a linguagem do jornalismo público ........... 35 Fiama Heloisa Silva dos Santos TELEJORNALISMO E OPINIÃO A Opinião no Telejornalismo da Globo: história e perfil do Jornal da Globo .... 51 Maurício Donavan Rodrigues Paniza História e trajetória do Jornal da Band: como o telejornal dialoga com o telespectador ................................................................................................................ 63 Vanessa Tolentino Telejornalismo e auto-reflexividade: o dia em que Avenida Brasil parou o Jornal da Globo ....................................................................................................................... 77 Maurício Donavan Rodrigues Paniza Um olhar sobre o papel dos apresentadores no Telejornalismo brasileiro ......... 90 Vanessa Tolentino TELEJORNALISMO E POLÍTICA O papel do telejornalismo na política em Londrina: a imagem de Barbosa Neto na sessão de julgamento do caso Centronic ............................................................ 106 Adriana Nakamura Gallassi Jornal Nacional e a Construção da Realidade: O Caso Mensalão ........................ 121 Guilherme Pereira Vanzela TELEJORNALISMO REGIONAL TV Tarobá em Londrina: a formação histórica e a programação regional ......... 134 Adriana Nakamura Gallassi Apresentação Telejornalismo e Linguagem É com muito orgulho que o grupo de pesquisa Telejornalismo e Linguagem apresenta ao leitor o resultado de mais um trabalho. Nós do Projeto “Construção simbólica e agendamento por meio da Imagem e das linguagens na produção telejornalística” cumprimos agora, com este primeiro volume, o compromisso assumido de partilhar o resultado de alguns estudos desenvolvidos ao longo de dois anos. Os textos envolvem a temática do telejornalismo discutindo perfis, conteúdos, discursos e têm por objetivo avaliar alguns telejornais da televisão brasileira ao acompanhar, de forma crítica, a evolução de cada um. No trabalho atual, apresentamos um panorama da linguagem dos telejornais: Jornal da Globo e Jornal Nacional da Rede Globo; Jornal da Band da Rede Bandeirantes; os telejornais das emissoras públicas TV Cultura e TV Brasil, além do telejornalismo local de Londrina. Os dez artigos, embora distintos, articulam-se entre si com o objetivo de pensar o telejornalismo e a linguagem e estão divididos em quatro seções. A primeira delas, intitulada Telejornalismo nas TVs Públicas e Estatais, apresenta três artigos. No primeiro “TV Cultura: entre o público e o estatal”, Fiama Heloísa Silva dos Santos discute, a partir da análise da história da TV Cultura, qual o modelo de televisão proposto pela emissora. Essa discussão é tangenciada no outro artigo da pesquisadora “Em busca de novos valores- notícias: a linguagem do jornalismo público” que tem por objetivo estudar as características do Jornalismo Público e a sua aplicação. Esta seção conta também com o artigo “Hora da Notícia: o telejornalismo como um instrumento de diálogo” da pesquisadora Ana Paula Oliveira. Veiculado pela TV Cultura de São Paulo nos anos 1970 e líder de audiência da emissora na época, o telejornal Hora da Notícia foi idealizado não apenas para divulgar intenções e atos governamentais, mas para iniciar uma discussão que permitiu à emissora estabelecer um diálogo com o público. 4 A segunda seção intitulada Telejornalismo e Opinião apresenta quatro artigos. No primeiro deles “A opinião no Telejornalismo da Globo: história e perfil do Jornal da Globo”, Maurício Donavam Rodrigues Paniza discute a presença da opinião no telejornal a partir de um levantamento histórico sobre o Jornal da Globo e as suas características. A pesquisadora Vanessa Tolentino, no artigo “História e trajetória do Jornal da Band: como o telejornal dialoga com o telespectador” recupera a história do Jornal da Band, exibido pela Rede Bandeirantes desde 1967, e mostra as transformações no perfil do noticiário a partir da troca de apresentadores. Em “Telejornalismo e auto-reflexividade: o dia em que Avenida Brasil parou o Jornal da Globo”, Maurício Donavan Rodrigues Paniza estuda o fenômeno da auto-reflexividade aplicado ao telejornalismo. Finalizando essa seção, temos “Um olhar sobre o papel dos apresentadores no Telejornalismo brasileiro”. Nele, Vanessa Tolentino descreve e investiga o desempenho do apresentador no telejornalismo brasileiro. A terceira seção intitulada Telejornalismo e Política apresenta dois artigos. No primeiro deles “O papel do telejornalismo na política em Londrina: a imagem de Barbosa Neto na sessão de julgamento do caso Centronic”, a pesquisadora Adriana Nakamura Gallassi analisa a cobertura política dos principais telejornais londrinenses a partir do caso Centronic. O segundo artigo “O Jornal Nacional e a construção da realidade: o caso mensalão” do pesquisador Guilherme Pereira Vanzela aborda a construção simbólica e agendamento por meio de imagem e do texto da cobertura do julgamento dos envolvidos no episódio conhecido como “mensalão” em duas edições do Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão. A quarta e última seção é dedicada ao Telejornalismo Regional. No artigo “TV Tarobá em Londrina: a formação histórica e a programação regional”, Adriana Nakamura Galassi apresenta, a partir de pesquisa bibliográfica e entrevistas, a história da TV Tarobá de Londrina com destaque para a influência que exerce nas emissoras locais. A pesquisa em telejornalismo ainda é recente no meio acadêmico em função dos desafios encontrados na investigação a começar pela bibliografia disponível, arquivo e captação do objeto, porém sempre tivemos a inquietação em torno do debate. Por isso, este ebook representa a perseverança da 5 discussão já que publicamos outros dois sobre o telejornalismo e eleições nos domínios da Universidade Estadual de Londrina, www.uel.br/projetos/ tejornalismoeeleicoes. Florentina das Neves Souza 6 TELEJORNALISMO NAS TVS PÚBLICAS E ESTATAIS TV CUltUra: ENTRE O público E O estatal Fiama Heloisa Silva dos Santos Resumo O presente trabalho se lança ao desafio de identificar o modelo de televisão da TV Cultura de São Paulo. Esse tema surgiu de um questionamento antigo no meio televisivo, pois durante toda a história da emissora é possível observar que os conceitos de público e estatal se confundem. Para alcançar o objetivo proposto, realizamos primeiramente uma apresentação conceitual do sistema televisivo brasileiro, da TV pública e da estatal. Em seguida, resgatamos a história da emissora em questão e analisamos algumas características específicas que podem auxiliar na resposta da questão inicial. Palavras-chave: Comunicação; TV pública; TV estatal; TV Cultura. Introdução A TV Cultura se autodenomina uma instituição pública mantida por uma fundação, no caso a Fundação Padre Anchieta, cuja meta principal é a formação cidadã das pessoas. Seu compromisso maior seria com a população, sempre prezando por uma programação de qualidade que priorize os interesses sociais e não a espetacularização, já que a emissora dispõe de liberdade em relação às regras de mercado. Apesar da autoafirmação, surgem questionamentos sobre o caráter público da instituição. O que levanta a dúvida seriam as ingerências do governo de São Paulo (estado que contribui com parte da receita da emissora) sobre o controle da televisão. Em função de tais questionamentos, o objetivo deste trabalho é apresentar os conceitos de televisão pública e estatal e as características estruturais da TV Cultura de São Paulo, para tentar identificar qual é o modelo da emissora. Buscando cumprir com o objetivo do trabalho, este artigo divide- se em quatro partes. A primeira utilizou a Constituição Brasileira para definir o funcionamento do sistema de radiodifusão brasileiro. Em seguida, 8 são apresentadas as principais características que definem a TV Pública e a TV Estatal, respectivamente. Na última parte, com base em alguns dados (história, financiamento, de programação) da TV Cultura e de uma consulta a importantes estudiosos do tema, tenta-se efetivar a proposta inicial do trabalho que questiona a real situação da emissora que foi o expoente da comunicação pública no país. O sistema televisivo no Brasil A Constituição Brasileira define, em seu artigo 223, a complementariedade dos sistemas de radiodifusão no país. De acordo com a lei, “compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de