Recredenciado pela Portaria n° 1.278 de 29/11/2018, DOU de 30/11/2018

Relatório de Autoavaliação Institucional

Comissão Própria de Avaliação (CPA) Março – 2019 SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO ...... 4 Versão do relatório ...... 4 Caracterização da Instituição ...... 4 Avaliação Institucional no Unasp ...... 6 Histórico ...... 6 Comissão Própria de Avaliação (CPA) ...... 7 Planejamento para Autoavaliação Institucional – triênio 2018/2020 ...... 8 Objetivos ...... 9 Os eixos e dimensões a serem avaliados ...... 9 Cronograma ...... 18 II – METODOLOGIA ...... 24 Descrição...... 24 Roteiro para autoavaliação do eixo 2 ...... 24 III – DESENVOLVIMENTO ...... 34 Indicador 2.1: Missão, objetivos, metas e valores institucionais ...... 34 Indicador 2.2: PDI, planejamento didático-instrucional e política de ensino de graduação e de pós-graduação ...... 41 Indicador 2.3: PDI, política e práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural ...... 49 Indicador 2.4: PDI, políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial ...... 52 Indicador 2.5: PDI e políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social ...... 91 Indicador 2.6: PDI e política institucional para a modalidade EAD ...... 97 Indicador 2.7: Estudo para implantação de polos EAD ...... 102 IV – ANÁLISE ...... 104 Indicador 2.1 ...... 104 Indicador 2.2 ...... 105

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 2 Indicador 2.3 ...... 109 Indicador 2.4 ...... 109 Indicador 2.5 ...... 110 Indicador 2.6 ...... 111 Indicador 2.7 ...... 111 V – AÇÕES COM BASE NA ANÁLISE ...... 113

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 3 I – INTRODUÇÃO Versão do relatório Relatório da autoavaliação parcial referente ao ano de 2018.

Caracterização da Instituição IES Centro Universitário Adventista de – Unasp Código MEC 1365 Portal Web www.unasp.br

O Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) é uma instituição de ensino superior multicampi, pluricurricular, privada, confessional, comunitária e filantrópica mantida pelo Instituto Adventista de Ensino e por este orientado. A instituição está comprometida com a transmissão dos valores bíblicos e busca oferecer ensino de qualidade, objetivando permanentemente a excelência. Sua inserção no contexto educacional nacional e regional, mediante suas modalidades de serviços agregados, representa uma alternativa àqueles jovens que veem nessa orientação um espectro curricular, disciplinar, filosófico, didático e formativo que se harmoniza com seus sonhos pessoais– prerrogativa legítima de cada cidadão em uma sociedade pluralista. Os campi do Unasp localizam-se no Estado de São Paulo, sendo dois na Região Metropolitana de e outro na zona sul do Município de São Paulo. Unasp – campus EC – Engenheiro Coelho: Estr. Municipal Pr. Walter Boger, km 3,4 13.445-970 – Engenheiro Coelho – SP Fone: (19) 3858-9000

Unasp – campus HT – Hortolândia: Rua Pr. Hugo Gegembauer, 265 13184-010 – Hortolândia – SP Fone: (19) 2118-8000

Unasp – campus SP – São Paulo Estrada de Itapecerica, 5859 05858-001 – São Paulo – SP Fone: (11) 2128-6000

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 4 Os campi do Unasp em Engenheiro Coelho e Hortolândia estão localizados na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que é composta por 20 (vinte) municípios e possui área total de 3.791 Km2, o que corresponde a 1,6% de toda a área geográfica do Estado de São Paulo. A RMC apresenta uma taxa média de urbanização de 97,6% (SEADE, 2019), pouco menor que a média do Estado de São Paulo, concentra 3.158.030 de habitantes e um PIB de cerca de R$ 178.316.589.750 (SEADE, 2016). A RMC ocupa o primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as regiões metropolitanas do Brasil. No entanto, com seu IDH de 0,732 (IBGE, 2010) e PIB de R$ 439.779.400,00 (SEADE, 2016), Engenheiro Coelho é um dos municípios menos expressivos da RMC, registrando a maior taxa de analfabetismo da população acima de 15 anos da região, 8,7% (SEADE, 2010). Hortolândia é um município promissor com um IDH de 0,756 (IBGE, 2010) e PIB de R$ 11.515.071.500,00 (SEADE, 2016), ocupando o 5º lugar entre os municípios da RMC. A taxa de analfabetismo está em 4,6% (SEADE, 2010) na população acima de 15 anos. Com mais de 5.200 alunos, da educação infantil ao stricto sensu, dos quais 1.300 que residem no próprio campus, o Unasp campus EC é a maior instituição de ensino do município. Já o Unasp campus HT possui mais de 5.100 alunos, dos quais 3.200 fazem parte da educação básica, o que o torna uma instituição de grande destaque nessa região desde sua fundação, em 1949.

O campus SP localiza–se no Município de São Paulo, capital do Estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina. A capital paulista é a maior cidade brasileira em termos demográficos e econômicos, concentrando 5,7% da população residente no país e 26,2% no Estado de São Paulo, além de responder hoje por 12% do Produto Interno Bruto do país e por mais de 35% daquele gerado no Estado de São Paulo. Seu PIB é superior ao de qualquer Estado brasileiro, exceto o do próprio Estado de São Paulo. Na cidade de São Paulo, a população cresce a taxas de 0,99% ao ano. A densidade demográfica é de 8,005 mil habitantes/km² (EMPLASA, 2018). O bairro que abriga o campus SP, Capão Redondo, faz parte da área administrativa da subprefeitura do Campo Limpo, que reúne os distritos administrativos de Campo Limpo, Vila Andrade e Capão Redondo. A região convive com bolsões de prosperidade econômica, como a Vila Andrade, e uma extensa periferia com perfil social heterogêneo marcado por bairros como Capão Redondo e Jardim Ângela, conhecidos pelos altos índices de pobreza e violência. Com seus mais de 6.000 alunos, da educação infantil ao stricto sensu, o campus SP é a instituição de referência nesta região, em que está instalado desde 1915. Se tornou uma organização centenária que se consolidou oferecendo serviços educacionais de qualidade, tanto no ensino básico quanto na educação superior.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 5 Avaliação Institucional no Unasp

Histórico A avaliação dos processos acadêmicos desenvolvidos no Instituto Adventista de Ensino (IAE), mantenedora, tem sido realizada sistematicamente em suas dimensões interna e externa muito antes de o Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) ser credenciado. Na dimensão interna, a mantenedora estimulava os processos de autoavaliação, os quais, no entanto, eram realizados de modo independente pelas várias unidades e setores da instituição. Na dimensão externa, a avaliação continua sendo promovida periodicamente pelos órgãos internacionais responsáveis pelo programa de avaliação das instituições de ensino da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Utilizando padrões de qualidade próprios e adequados ao caráter confessional da instituição, uma comissão de avaliadores composta por gestores, docentes, eclesiásticos e leigos que atuam em outras instituições de ensino da rede educacional adventista avalia os processos acadêmicos da instituição, ouvindo o seu corpo discente, o corpo docente e o corpo técnico–administrativo. Logo após o seu credenciamento, o Unasp constituiu uma Comissão Permanente de Avaliação Institucional (CPAI), que começou suas atividades em março de 2000, antecipando-se à futura exigência legal. Durante o seu primeiro ano de atuação, a CPAI iniciou o processo de discussão e estudo sobre o tema, visitando outras instituições e conhecendo exemplos de programas de avaliação institucional estabelecidos. A partir de abril do ano seguinte, definidos os princípios norteadores e delineadas as Políticas de Avaliação, um Programa de Avaliação Institucional (PAI) passou a ser estruturado. Principiando sua ação pelos cursos de graduação, foram desenvolvidos instrumentos para autoavaliação, os quais passaram a ser utilizados no segundo semestre de 2001. O PAI foi gradualmente sendo construído e ampliado para alcançar todos os processos e dimensões acadêmicas do Unasp, até que, atendendo ao que determina a Medida Provisória nº 147 de 15/12/2003, a CPAI foi reestruturada, por um ato especial da reitoria, constituindo-se então a Comissão Própria de Avaliação (CPA). Desde então, a CPA comandou o PAI, adequando os processos existentes ao formato de Avaliação Institucional definido pela CONAES.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 6 Comissão Própria de Avaliação – CPA

Composição

Nome Status Segmento Antenor Aguiar dos Santos Membro Corpo Docente Betânia Jacob Stange Lopes Membro Corpo Docente Bruno da Silva Ferreira Membro Corpo Técnico–Administrativo Heidi Ines Weber Wanderer Membro Corpo Discente Lélio Maximino Lellis Membro Corpo Técnico–Administrativo Levi Morgan Membro Corpo Docente Lúcio Henrique Pereira Membro Corpo Docente Marcelo Alves Secretário Corpo Técnico–Administrativo Rogério Ferraz Membro Corpo Técnico–Administrativo Rosane Segantin Keppke Membro Corpo Docente Rubem César Tavares Presidente Corpo Técnico–Administrativo Valcenir do Vale Costa Membro Corpo Docente Daniel Baía Membro Representante da Comunidade

Período de Mandato Tempo indeterminado

Atos de Designação Atos Especiais 03/04 de 02/03/2004, 05/04 de 16/02/2005, 05/16 de 20/07/2005, 10/15 de 24/03/2010, 13/16 de 17/12/2013, 15/03-01 de 16/03/2015, 17/16 de 30/06/2017 e 18/01-A de 08/02/2018. Votos CONSU 2007-07 e 2008-15.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 7 Planejamento para Autoavaliação Institucional – triênio 2018/2020

O Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) concebe a autoavaliação como uma poderosa aliada para promover a melhoria contínua da educação oferecida na instituição, por meio da coleta e análise de dados, da produção de relatórios e da sugestão de ações corretivas. Como ação permanente de análise e observação da realidade institucional, o Programa de Avaliação Institucional (PAI) deve gerar um conhecimento que transcenda a mera descrição do objeto observado e estimular a discussão sobre as medidas a serem tomadas com o fim de consolidar os aspectos positivos e corrigir os processos que não apresentam a qualidade desejada, configurando-se assim como um instrumento por excelência para orientar o processo de planejamento institucional. Diante da relevância da autoavaliação para orientar o processo de planejamento institucional, faz-se imprescindível que a mesma também seja planejada de forma que possa efetivamente informar sobre a realidade da instituição. Nesse sentido, o presente documento representa o trabalho conjunto da CPA de elaborar o planejamento do seu processo de autoavaliação e a validação do mesmo pelos diversos segmentos da instituição que tomaram ciência do referido plano e participaram da sua construção mediante análise do documento elaborado previamente pela CPA e proposição de sugestões em fórum destinado a esse fim. A duração do presente documento é trienal, em que se elencam anualmente os eixos que serão priorizados, de forma que ao término dos três anos tenha sido realizada a avaliação dos cinco eixos propostos pelo SINAES, a saber: eixo 2 (2018); eixo 3 e 5 (2019); eixos 4 e 1 (2020). A condução e realização das atividades de autoavaliação serão de responsabilidade da CPA, ouvindo e envolvendo a participação efetiva da comunidade interna e a contribuição de atores externos à instituição, como egressos e empregadores. Para a obtenção das informações que comporão o diagnóstico, serão utilizados procedimentos e instrumentos diversificados, dentre os quais análise documental, grupo de discussão ou grupo focal, entrevistas, questionários, entre outros. Os resultados relativos aos eixos que foram trabalhados no período serão socializados ao final de cada ano. A socialização dos resultados se dará por meio de reuniões, documentos informativos (impressos e eletrônicos), seminários e outros. As reuniões de planejamento da instituição serão um espaço privilegiado para as ações de sensibilização, divulgação e incorporação dos resultados. Dessa maneira, levantando informações e socializando os resultados, a instituição constrói uma cultura de avaliação que possibilita uma permanente atitude de tomada de consciência sobre sua missão e finalidades acadêmicas e sociais, bem como a tomada de decisões e ações que favoreçam superar a distância entre as intenções expressas nos planos e as práticas concretas realizadas.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 8 Objetivos: ● Possibilitar a consolidação de uma cultura avaliativa; ● Apresentar transparência e garantir a participação tanto no processo de diagnóstico quanto na construção de soluções aos problemas detectados; ● Favorecer a instauração de um clima de cooperação na identificação de problemas, suas causas e na busca de soluções; ● Prover elementos para o aperfeiçoamento do planejamento Institucional a fim de aumentar a eficiência na consecução da Missão Institucional; ● Fornecer subsídios que agilizem as tomadas de decisão dos órgãos gestores para a correção dos desvios em relação à Missão Institucional; ● Elaborar instrumentos para a avaliação dos diferentes aspectos a serem observados; ● Coletar dados, gerar relatórios, produzir diagnósticos e efetuar análises sobre a realidade educacional; ● Sistematizar e prestar as informações solicitadas pelo INEP.

Os eixos e dimensões a serem avaliados

Os eixos e dimensões a serem avaliados são relacionados a seguir, sendo distribuídos pelo período do triênio e tendo identificadas as ações avaliativas, os recursos de avaliação e os agentes avaliadores.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 9 2018 Eixo 2 – Desenvolvimento Institucional Dimensão 1 – Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional Dimensão 3 – Responsabilidade Social Analisar as políticas institucionais de ensino, pesquisa, extensão, gestão, inserção social, de inclusão e as voltadas para o desenvolvimento econômico e social, verificando se são alinhadas com o PDI e coerentes com a Missão, objetivos e valores institucionais. Ações avaliativas: Verificar se: ● Missão, objetivos e valores estão presentes no PDI; ● As políticas institucionais de Ensino, Pesquisa e Extensão, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural, de responsabilidade social e ambiental, relativa à memória institucional e ao Patrimônio cultural são alinhadas com o PDI, refletindo a missão, objetivos e valores institucionais; ● Há ações institucionais internas, transversais a todos os cursos, que materializam a missão, os objetivos e valores institucionais e contemplam a participação de discentes, docentes e técnicos administrativos; ● Os projetos de responsabilidade social são uma expressão da missão, objetivos e valores institucionais; ● As políticas de ensino consideram os métodos, as técnicas didático-pedagógicas, as atividades de avaliação e metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado; ● Na prática de ensino na graduação e na pós-graduação pode ser constatada a utilização dos métodos e técnicas didático-pedagógicas e das atividades de avaliação indicadas nas políticas de ensino, além da utilização de metodologia que favorece o atendimento educacional especializado, incentiva a interdisciplinaridade e incorpora avanços tecnológicos; ● São promovidas ações didático-pedagógicas reconhecidamente exitosas ou inovadoras; ● Existem práticas acadêmicas de produção e interpretação do conhecimento em linhas de pesquisa e de trabalho transversais aos cursos e mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade; ● Existem ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos, da igualdade étnico-racial, valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural e sua transversalidade nos cursos ofertados; ● As políticas institucionais para o desenvolvimento econômico e social da comunidade estão alinhadas ao PDI e se são executadas ações para a melhoria das condições de vida da população e de inclusão que incluem o empreendedorismo;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 10 ● Existe uma política institucional para educação a distância e um projeto pedagógico de utilização da base tecnológica disponibilizada pela instituição, observando a formação pretendida para os discentes, na sede e nos polos, e as condições reais das localidades de oferta; ● A política para EAD está alinhada ao PDI, observa a formação pretendida para os discentes ao tratar da base tecnológica disponível e atende à formação pretendida para os discentes, na sede e nos polos; ● O PDI apresenta o estudo para a implantação de polos EAD que considera a sua distribuição geográfica, os indicadores estabelecidos pelo PNE, a contribuição dos cursos ofertados para o desenvolvimento da comunidade e aspectos regionais da população do ensino médio (demanda por cursos superiores, a razão matriculados/evadidos, outros indicadores).

Recursos de avaliação - Projeto de Desenvolvimento institucional (PDI); - Roteiro para avaliação do eixo 2; - Relatórios das avaliações institucionais externas para o recredenciamento; - Relatórios da avaliação institucional externa executada pela Agência Adventista de Acreditação; - Relatórios de Autoavaliação; - Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC); - Roteiro de análise do PDI, PPC e PE (Planos de Ensino) investigando a coerência entre esses documentos; - Relatórios de eventos, projetos, programas e demais atividades desenvolvidas, relativas ao meio ambiente e à produção artística, à memória cultural e ao patrimônio cultural; - Relatórios das ações promotoras do desenvolvimento socioeconômico regional; - Relatórios das ações promotoras de inclusão social desenvolvidas pelo Serviço de Atendimento ao Aluno, Assistência Social e Programa de apoio ao Discente (PROAD); - Relatórios das ações de intercâmbio e cooperação realizadas.

Agentes avaliadores CPA, NDE, alunos, docentes e comunidade alcançada pelos programas e projetos;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 11 2019 Eixo 3 – Políticas Acadêmicas Dimensão 2 – Políticas para o Ensino, Pesquisa e Extensão Dimensão 4 – Comunicação com a Sociedade. Dimensão 9 – Políticas de Atendimento aos Discentes Analisar a expressão das políticas institucionais acadêmicas, encontradas no PDI, nas ações de ensino, pesquisa e extensão realizadas nos cursos de graduação e pós-graduação. Avaliar a efetividade dos canais institucionais de comunicação interna e externa e dos programas de apoio ao discente.

Ações avaliativas: Verificar: ● A articulação entre as políticas de ensino e as ações acadêmico-administrativas desenvolvidas na graduação envolvendo os seguintes aspectos: sistemáticas de atualização curricular; procedimentos didático-pedagógicos; oferta de componentes curriculares na modalidade semipresencial e programas de monitoria; ● A relação entre as ações acadêmico-administrativas e as políticas de ensino na pós- graduação lato e stricto sensu, bem como a articulação com a graduação; ● As diretrizes institucionais para criação, expansão, manutenção e melhoria da qualidade da pós-graduação lato e stricto sensu; ● A formação de pesquisadores e de profissionais para o magistério superior. ● A relação entre as políticas institucionais e ações acadêmico-administrativas para a pesquisa, iniciação científica, tecnológica, artística e cultural; ● Os vínculos e contribuição da pesquisa para o desenvolvimento local/regional. ● As políticas e práticas institucionais de pesquisa e para a formação de pesquisadores (inclusive iniciação científica); ● A articulação da pesquisa com as demais atividades acadêmicas; ● Os critérios para o desenvolvimento da pesquisa, participação dos pesquisadores em eventos acadêmicos, publicação e divulgação dos trabalhos; ● As ações de extensão praticadas e sua relação com as políticas institucionais. ● A concepção de extensão e de intervenção social afirmada no PDI; ● A articulação das atividades de extensão com o ensino e a pesquisa e com as necessidades e demandas do entorno; ● A expressão da integração entre pesquisa, extensão e ensino na prática docente. ● A participação dos estudantes nas ações de extensão e intervenção social e o respectivo impacto em sua formação; ● A relação entre as políticas institucionais e as ações de estímulo referentes à difusão das produções acadêmicas de cunho científico, didático-pedagógico, tecnológico, artístico e cultural; ● A imagem pública da instituição nos meios de comunicação social;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 12 ● Os mecanismos de comunicação e sistemas de informação para a coordenação dos campi/cursos; ● As estratégias, recursos e qualidade da comunicação interna e externa; ● A implantação de canais de comunicação da IES com a comunidade interna e externa: ouvidoria, divulgação de cursos, pesquisa e extensão, entre outros; ● A presença de programas de apoio aos estudantes: atendimento psicopedagógico; programas de acolhimento, acessibilidade, nivelamento; participação/realização em eventos; incentivo para a produção discente; ● A existência de políticas e ações de acompanhamento de egressos, considerando os aspectos: responsabilidade social e cidadania onde a IES está inserida, empregabilidade, preparação para o mundo do trabalho, relação com as entidades de classe e empresas do setor; ● A coerência entre PDI e ações institucionais no que tange a inovação tecnológica e propriedade intelectual.

Recursos de avaliação - Plano de desenvolvimento institucional – PDI, projetos pedagógicos dos cursos, planos de ensino, atas de reuniões; - Programas e projetos de extensão; - Relatórios e registros das atividades desenvolvidas e dos programas e projetos de extensão; - Convênios e acordos com outras instituições públicas e privadas, organizações profissionais e empresariais, associações, centros assistenciais; - Projetos de Pesquisa e de iniciação científica, tecnológica e/ou artística e relatórios da sua execução; - Relatórios de autoavaliação; - Relatórios do PROAD – Programa de Apoio ao Discente; - Relatórios do PROAPARC – Programa de Apoio à Participação em Reuniões Científicas; - Pesquisas ou estudos sobre os egressos e/ou empregadores dos mesmos; - Entrevista com Pró-reitoria de Graduação e coordenadores de curso; - Entrevista com Pró-reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão e coordenadores de cursos e de programas; - Plano do programa de inovação tecnológica, ações em execução/executadas e resultados alcançados.

Agentes avaliadores CPA, NDE, coordenadores de curso, Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Pró-Reitoria de Graduação, discentes, docentes e egressos.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 13 Eixo 5 – Infraestrutura Física Dimensão 7 – Infraestrutura Física Examinar as condições estruturais, ambientais e tecnológicas que a instituição oferece para a realização de suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Ações avaliativas: Verificar: ● Se as instalações administrativas, salas de aula, instalações sanitárias, auditórios, salas para os professores, gabinetes para os professores de tempo integral, espaços para o atendimento aos alunos, biblioteca, laboratórios e ambientes para práticas didáticas atendem às necessidades institucionais nos aspectos de quantidade, dimensão, limpeza, acústica, iluminação, ventilação, segurança, acessibilidade e conservação; ● Se as salas de apoio de informática nos aspectos: equipamentos, espaço físico, normas de segurança, acesso à internet, atualização de software, acessibilidade digital, acessibilidade física, condições ergonômicas e suporte tecnológico aos usuários, atendem satisfatoriamente às demandas e necessidades da comunidade acadêmica; ● O plano de atualização das salas de apoio de informática e sua adequação às demandas; ● Se os Recursos de Tecnologia da Informação e Comunicação atendem às necessidades dos processos de ensino e aprendizagem que envolvem professores, técnicos, estudantes e sociedade civil; ● Se a CPA possui a infraestrutura física necessária para atender adequadamente a realização de suas funções; ● Se a Biblioteca apresenta infraestrutura que atende muito bem às necessidades relativas à acomodação física do acervo e oferece espaço para estudos em grupo e individuais, bem como para os técnicos administrativos, e conta também com um plano de expansão e atualização do acervo físico e digital; ● Se a Biblioteca conta com profissionais da área de biblioteconomia, tem o seu acervo e um sistema de empréstimos informatizados, acessível pela internet para consulta e reserva, dispõe de bancos de dados e relatórios de gestão; ● O grau de utilização dos serviços da biblioteca; ● O grau de satisfação dos usuários da biblioteca.

Recursos de avaliação - Questionários dirigidos aos usuários das instalações e recursos de infraestrutura; - Relatórios (dimensões das instalações, número de usuários, grau de ocupação e utilização dos espaços, equipamentos e serviços; execução de planos de atualização, tamanho etc.); - Normas técnicas; - Indicadores definidos pelos instrumentos de avaliação de curso oficiais. Agentes avaliadores CPA, CIPA e usuários dos distintos recursos de infraestrutura.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 14 2020 Eixo 4 – Políticas de Gestão: Dimensão 5 – Políticas de Pessoal Dimensão 6 – Organização e Gestão da Instituição Dimensão 10 – Sustentabilidade Financeira Analisar as práticas institucionais de gestão administrativa, estrutura organizacional, planejamento orçamentário financeiro e gestão de pessoas, nos aspectos de qualificação, incentivo para formação continuada e planos de carreira, de docentes e técnicos administrativos.

Ações avaliativas: Verificar: ● O plano de formação e capacitação de docentes, tutores e técnicos administrativos; ● A dotação orçamentária para a capacitação de docentes, tutores e técnicos administrativos; ● Os planos de carreira de docentes, tutores e técnicos administrativos; ● O incentivo à participação em eventos científicos/técnicos/culturais; ● O incentivo à formação continuada de docentes, tutores e técnicos administrativos; ● O clima institucional; ● Existência de mecanismos claros e conhecidos para a seleção, contratação, aperfeiçoamento e avaliação do corpo docente, tutores e técnico-administrativo; ● O funcionamento, composição e atribuição dos órgãos de gestão e colegiados, sua autonomia e representatividade dos diversos segmentos da instituição (a participação de professores, tutores, técnicos, estudantes e sociedade civil organizada; critérios de indicação e recondução de seus membros; realização e registro de reuniões); ● O sistema de registro acadêmico diante das necessidades institucionais e dos discentes, considerando: organização, informatização, agilidade no atendimento e diversificação de documentos disponibilizados e guarda do acervo; ● Os processos de tomada de decisão, instâncias de apoio, o grau de centralização, suporte tecnológico e de inteligência competitiva; ● A Sustentabilidade financeira da instituição e formas de captação e alocação de recursos para o custeio e investimento em ensino, extensão, pesquisa e gestão, em conformidade com o PDI; ● O planejamento financeiro (orçamento com as respectivas dotações e rubricas) para a gestão do ensino, da pesquisa e da extensão, em conformidade com o PDI; ● Se as obrigações trabalhistas estão sendo cumpridas;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 15 Recursos de avaliação: - PDI; - Estatuto; - Planos de carreira docente, tutores e dos técnicos administrativos; - Atas dos Colegiados de curso; - Atas da COMDIC; - Atas do CONSU; - Orçamento dos campi; - Relação de docentes em capacitação/docentes capacitados (em nível de pós- graduação – especialização, mestrado e doutorado); - Relação de tutores em capacitação/docentes capacitados (em nível de pós-graduação – especialização, mestrado e doutorado); - Relação dos técnicos administrativos em capacitação/capacitados (em nível de pós- graduação: especialização, mestrado e doutorado); - Planilha de liberação de verbas para capacitação de docentes e técnicos administrativos; - Planilha de liberação de verbas para auxílio de custo para participação em eventos pelos discentes; - Programa de Apoio à Participação em Reuniões Científicas – PROAPARC; - Planilhas com relação de participantes e de despesa em eventos científicos; - Programa de Apoio ao Docente – PAD; - Cópia do balanço e de relatórios contábeis; - Relatórios do setor de RH; - Regulamentos do setor de RH (contratação); - Perguntas sobre o clima institucional incluídas nas tomadas de opinião; - Entrevista com docentes, tutores e discentes; - Entrevista com representantes nos colegiados; - Entrevista com usuários do sistema acadêmico: gestores, professores e alunos; - Entrevista com gestores (processo de tomada de decisão);

Agentes avaliadores: CPA; RH; docentes; tutores; técnicos administrativos; gestores; alunos;

Eixo 1 – Planejamento e Avaliação Institucional: Dimensão 8 – Planejamento e Avaliação Analisar o processo de autoavaliação institucional, sua execução, sua relação com o planejamento institucional e contribuição para a gestão do Unasp.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 16 Ações avaliativas: Verificar: ● Se o processo de autoavaliação institucional constitui-se em uma ferramenta de gestão; ● Se o planejamento institucional revela a influência da autoavaliação institucional; ● Os procedimentos de avaliação e acompanhamento do planejamento institucional; ● Os índices de participação dos agentes institucionais no processo de autoavaliação; ● Se o processo de avaliação permite gerar juízo crítico sobre a instituição; ● O processo de divulgação interna dos resultados da autoavaliação; ● As ações e mudanças decorrentes dos resultados da autoavaliação;

Recursos de avaliação: - Entrevista com gestores; - Planejamento estratégico; - Planejamento anual; - Relatórios da diretoria de campus; - Relatórios da autoavaliação; - Relatórios dos NDE; - Relatórios da avaliação externa (AAA); - Programa de avaliação institucional; - Entrevista como os responsáveis pela divulgação nos campi; - Entrevista com alunos, docentes, tutores e técnicos administrativos;

Agentes avaliadores: CPA; docentes; discentes; tutores, técnicos administrativos; gestores

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 17 Cronograma 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M Preparo do sistema para tomada de opinião regular X X dos alunos, tutores e professores – eixo 2. Sensibilização dos alunos, tutores e X professores – eixo 2. Ouvindo os alunos através do questionário de avaliação, X regular, eixo 2 – via web nos laboratórios Ouvindo os professores e tutores através do questionário de avaliação, X regular, eixo 2 – via web com acesso por qualquer ponto. Divulgação dos relatórios da avaliação regular, eixo 2, para os X alunos, tutores docentes e encaminhamento para os NDE. Análise dos relatórios da avaliação regular, eixo 2, alunos, X X tutores e professores, pelos NDE Criação do roteiro de autoavaliação do eixo 2 – análise X X X documental e aspectos complementares Encaminhamento dos relatórios dos NDE para a X administração do campus. Análise dos relatórios das NDE pela Adminstração X X e elaboração de plano de metas.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 18 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M Criação do roteiro de análise do PDI, PPC e X PE(Planos de Ensino) pela NDE; Autoavaliação do eixo 2 – análise X X X Documental pela CPA e NDE Construção do Roteiro para X X autoavaliação do Eixo 5 Construção do questionário para X avaliação do eixo X 5 – Infraestrutura Ouvindo os docentes, tutores, discentes e técnicos administrativos X através do questionário específico para avaliação do eixo 5. Elaboração do relatório parcial X X X de autoavaliação 2018 Levantamento de dados líderes/liderados, X X X para avaliação da gestão.

Análise das respostas sobre o eixo 5 – docentes, tutores, discentes e X técnicos administrativos;

Preparo do sistema para tomada regular de opinião dos alunos, tutores, e X professores eixos 3 e 5

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 19 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M

Preparação do sistema para avaliação pelos X X egressos

Sensibilização dos alunos, tutores e professores – X eixo 3 e 5

Ouvindo os alunos através do questionário de X avaliação, eixo 3 e 5 – via web nos laboratórios

Ouvindo os professores, tutores, através do questionário de avaliação, X eixo 3 e 5 – via web com acesso por qualquer ponto.

Preparação do sistema para avaliação dos X X X gestores.

Divulgação dos relatórios da avaliação regular eixos 3 e 5 (alunos, tutores, e professores) para os X alunos, tutores e docentes e encaminhamento para os NDE.

Análise dos relatórios da avaliação regular, eixos 3 X X e 5, alunos, tutores e professores, pelos NDE

Ouvindo os egressos X

Levantamento de documentos e relatórios X X setoriais relativos aos itens de avaliação do eixo – 3

Preparo do sistema para avaliação dos docentes e X X tutores pelos alunos

Avaliação dos gestores por X seus liderados;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 20 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M Encaminhamento dos relatórios dos NDE para a X administração do campus Análise dos relatórios das NDE pela X X administração e elaboração de plano de metas.

Ouvindo a opinião dos alunos sobre os X seus, tutores e professores.

Emissão dos relatórios da avaliação dos X X X gestores por seus liderados; Entrevista do gestor com seu X X líder; Análise dos documentos institucionais e relatórios X X setoriais relativos aos itens do eixo – 3 Processamento dos dados da X avaliação dos X docentes pelos alunos; Divulgação, para os docentes, tutores, coordenadores de curso, diretor X acadêmico e X X X alunos, dos relatórios da avaliação dos docentes, feita pelos alunos. Elaboração do relatório parcial X X X da auto avaliação 2019 Preparo do sistema para tomada de opinião dos X alunos e professores eixos 1 e 4

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 21 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M Sensibilização dos alunos, tutores e X professores – eixos 1 e 4

Ouvindo os alunos através do questionário de X avaliação, eixo 1 e 4 – via web nos laboratórios

Ouvindo os tutores e professores através do questionário de X avaliação, eixos 1 e 4 – via web com acesso por qualquer ponto. Entrevista com gestores, docentes, tutores, X X X X alunos, representantes nos colegiados,

Divulgação dos relatórios da avaliação eixos 1 e 4 (alunos, tutores, e professores) para os X alunos, tutores, e docentes e encaminhamento para os NDE.

Levantamento de documentos e relatórios setoriais relativos X X aos itens de avaliação dos eixos 1 e 4 Análise dos relatórios da avaliação eixos 1 e 4, alunos, X X tutores, e professores, pelos NDE Encaminhamento dos relatórios dos NDE para a X administração do campus Análise dos relatórios das NDE pela X X administração e elaboração de plano de metas.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 22 2018 2019 2020 2021 Ações J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M Análise dos documentos institucionais e relatórios X X X setoriais relativos aos itens aos eixos 1 e 4

Elaboração do relatório de X X X autoavaliação final do triênio

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 23 II – METODOLOGIA

Descrição

Em 2018 foram objetos da autoavaliação institucional as dimensões englobadas no eixo 2, Desenvolvimento Institucional, conforme estabelecido no planejamento elaborado para o triênio 2018 a 2020. O processo de autoavaliação foi referenciado no instrumento de avaliação institucional – MEC – 2017 e executado em quatro etapas, a seguir relacionadas. Etapa 1 – Para cada indicador do instrumento foram definidos, pela CPA, os recursos avaliativos e os agentes avaliadores. Foram criados roteiros, definidos critérios de análise e produzidos instrumentos para levantar a opinião de agentes acadêmicos, professores, tutores, alunos e técnico–administrativos. Etapa 2 – Os avaliadores, de posse dos roteiros, critérios e instrumentos realizam o levantamento dos dados e documentos, obtêm a opinião dos agentes acadêmicos, analisam os elementos observados e elaboram relatórios-síntese que são encaminhados para a CPA. Etapa 3 – A CPA analisa os relatórios e elabora o relatório final. Etapa 4 – O relatório, tendo sido apresentado aos gestores institucionais, é socializado com a comunidade institucional sendo divulgado no site do programa de avaliação institucional. A autoavaliação concentrou-se no eixo 2, Desenvolvimento Institucional, que procura verificar o alinhamento e articulação entre o PDI e as políticas de ensino, pesquisa, extensão, meio ambiente, memória cultural, direitos humanos, desenvolvimento econômico-social e da modalidade EAD. Para orientar a autoavaliação desse eixo, a CPA desenvolveu um roteiro em que, para cada indicador, é apresentado o Objeto da Avaliação, o Padrão de Referência, um detalhamento dos elementos a serem observados na análise do objeto, um conjunto de ações a serem executadas e a relação de documentos e recursos a serem utilizados. Acrescenta-se a esses elementos a identificação dos avaliadores e uma descrição da estrutura do relatório que deve ser produzido.

Roteiro para autoavaliação do eixo 2

Indicador 2.1 –

Objeto de avaliação: Missão, objetivos, metas e valores institucionais

Padrão de Referência - A missão, os objetivos, as metas e os valores da instituição estão expressos no PDI, comunicam-se com as políticas de ensino, de extensão e de pesquisa (esta última, considerando a organização acadêmica), traduzem-se em ações institucionais

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 24 internas, transversais a todos os cursos, e externas, por meio dos projetos de responsabilidade social.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar se os objetivos, as metas e os valores institucionais estão expressos no PDI; 2) Verificar se as políticas de ensino, de extensão e de pesquisa refletem a missão, os objetivos e metas institucionais e são harmônicas com os seus valores; 3) Verificar se há ações institucionais internas, transversais a todos os cursos, que materializam a missão, os objetivos e valores institucionais, e contemplam a participação de discentes, docentes e técnicos administrativos; 4) Verificar se os projetos de responsabilidade social são uma expressão da missão, objetivos e valores institucionais.

O Como: a) Análise do PDI demonstra a existência; b) Análise das políticas de ensino, pesquisa e extensão, verificando se elas expressam a missão, objetivos e valores da instituição; c) Fazendo um levantamento das ações institucionais internas transversais aos cursos, avaliando se atendem aos elementos que devem ser verificados; d) Fazendo um levantamento das ações externas, projetos de responsabilidade social e avaliando se eles atendem aos aspectos indicados, relativos à missão, objetivos e valores da instituição.

Indicador 2.2 –

Objeto de Avaliação: PDI, planejamento didático-instrucional e política de ensino de graduação e de pós-graduação.

Padrão de Referência - Há alinhamento entre o PDI e a política de ensino, considerando os métodos e as técnicas didático-pedagógicas, metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado e as atividades de avaliação, o que se traduz nas práticas de ensino de graduação e de pós-graduação, com incorporação de avanços tecnológicos, com metodologia que incentiva a interdisciplinaridade e com a promoção de ações reconhecidamente exitosas ou inovadoras.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar se as políticas de ensino de graduação e pós-graduação são coerentes/estão alinhadas ao PDI. (Embora estejam no PDI, as políticas de ensino podem não estar alinhadas com os valores, metas e outros aspectos da instituição);

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 25 2) Verificar se as políticas de ensino consideram os métodos, as técnicas didático- pedagógicas e as atividades de avaliação; 3) Verificar se as políticas de ensino consideram metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado. Ou se o atendimento educacional especializado está contemplado nas políticas institucionais; 4) Verificar se na prática de ensino na graduação e na pós-graduação pode ser constatada a utilização dos métodos, técnicas didático-pedagógicas e as atividades de avaliação, conforme indicado nas políticas; 5) Verificar se na prática de ensino na graduação e na pós-graduação pode ser constatada a utilização de metodologia que favorece o atendimento educacional especializado conforme indicado nas políticas; 6) Verificar se a prática didática incorpora avanços tecnológicos; 7) Verificar se a prática didática utiliza metodologia que incentiva a interdisciplinaridade; 8) Verificar se há a promoção de ações didático-pedagógicas reconhecidamente exitosas ou inovadoras.

O Como: a) Analisar o PDI/PPI visando avaliar os aspectos indicados no objeto/detalhes 1. b) Analisar as políticas de ensino e PPI visando avaliar os aspectos indicados nos objetos/detalhes 1, 2 e 3. c) Analisar o PPC de cada curso visando avaliar o seu alinhamento com as políticas institucionais nos aspectos analisados nos objetos/detalhes 1, 2 e 3. d) Analisar os Planos de Ensino visando constatar a presença de ações que revelem os elementos dos objetos/detalhes 4 a 8.

Os objetos/detalhes descritos nos itens 1 a 3 serão avaliados pelos líderes do Programa de Apoio Pedagógico – PROAP, e os itens 4 a 8, que tratam da verificação do alinhamento das práticas pedagógicas com o estabelecido no PPC, observadas nos planos de ensino, serão analisados pelo NDE de cada curso, com aplicação do seguinte instrumento:

Análise da Relação PDI x PPC x PE (Graduação e Pós)

O NDE deve analisar o Projeto Pedagógico de Curso (PPC) e os Planos de Ensino (PE) no contexto do que é estabelecido pelo Projeto Pedagógico Institucional (PPI) observando o grau de alinhamento entre os elementos correlatos de ambos os documentos. O grau de alinhamento deve ser expresso pela seguinte escala:

1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 26 A anotação indicada na escala deve ser justificada com elementos textuais ou quantitativos. (Exemplo: Uso de metodologia ativa previsto no PPI está expressa no PPC item, artigo etc. e consta em X% dos planos de ensino). A falta da justificativa ou uma justificativa superficial indica que há um baixo grau de alinhamento.

Elementos a serem observados:

a) Considerando a Missão Institucional, você classifica o grau de alinhamento entre o PDI e o PPC do seu curso como: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

b) Considerando os Objetivos Institucionais, você classifica o grau de alinhamento entre o PDI e o PPC do seu curso como: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

c) Considerando os Valores Institucionais, você classifica o grau de alinhamento entre o PDI e o PPC do seu curso como: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

d) Considerando os Métodos e Técnicas didático-pedagógicas você classifica o grau de alinhamento entre as políticas de ensino, constantes no PDI, e o PPC do seu curso como: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado, relacionando métodos e técnicas utilizados.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 27 ______

e) Considerando as atividades (Recursos, estratégias etc.) de avaliação, você classifica o grau de alinhamento entre as políticas de ensino, constantes no PDI, e o PPC do seu curso como: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

f) Observando o que é praticado no seu curso, evidenciado nos Planos de Ensino, constata-se que a utilização dos métodos e técnicas didático-pedagógicas previstos no PPI e PPC é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

g) Observando o que é praticado no seu curso, como evidenciado nos Planos de Ensino, constata-se que a aplicação das atividades de avaliação previstas no PPI e PPC é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado: ______

h) Observando o que é praticado no seu curso, evidenciado nos Planos de Ensino, constata-se que a utilização de metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado, previstas no PPI e PPC, é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado, indicando as metodologias previstas e exemplificando sua aplicação: ______

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 28 i) Observando o que é praticado no seu curso, evidenciado nos Planos de Ensino, constata-se que a incorporação de avanços tecnológicos é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado, indicando os avanços tecnológicos incorporados na prática didática: ______

j) Observando o que é praticado no seu curso, evidenciado nos Planos de Ensino, constata-se que a utilização de metodologias que promovem a interdisciplinaridade é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – Suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado, indicando as metodologias utilizadas e o percentual de disciplinas em que são utilizadas.: ______

k) Observando o que é praticado no seu curso, constata-se que a promoção intencional de ações didático-pedagógicas reconhecidamente exitosas ou inovadoras é: 1 – Inexistente 2 – Insuficiente 3 – suficiente 4 – Muito Boa 5 – Excelente

Justifique sua resposta de modo fundamentado, descrevendo a forma como isso tem sido feito e apresentando exemplos dessas ações promovidas/compartilhadas. ______

Indicador 2.3 –

Objeto de avaliação: PDI, política e práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural.

Padrão de Referência - Há alinhamento entre o PDI e a política e as práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural, verificando-se práticas acadêmicas voltadas à produção e à interpretação do conhecimento, havendo linhas de pesquisa e de trabalho transversais aos cursos ofertados e mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 29 O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar se as políticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural, são coerentes/estão alinhadas ao PDI; 2) Verificar se o que se pratica em termos de pesquisa/iniciação científica, de desenvolvimento artístico/cultural e de inovação tecnológica corresponde ao que está definido nas políticas desses segmentos e no PDI; 3) Verificar a existência de práticas acadêmicas de produção e interpretação do conhecimento; 4) Verificar a existência de linhas de pesquisa e de trabalho transversais aos cursos (Cursos de Graduação e, nos elementos que forem aplicáveis, também de Pós- Graduação); 5) Verificar a existência de mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade.

O Como: a) Análise do PDI e dos PPC, verificando os aspectos de iniciação científica, inovação tecnológica e desenvolvimento artístico e cultural presentes nesses documentos, a existência das linhas de pesquisa e de veículos de transmissão dos resultados para a comunidade. b) Identificar as linhas de pesquisa transversais aos cursos e elencar os projetos e práticas de produção e interpretação do conhecimento desenvolvidos e os produtos decorrentes. c) Levantamento, nos relatórios de execução dos projetos, da quantidade de participantes envolvidos na sua produção e execução e a quantidade de pessoas alcançadas. d) Identificar os canais de divulgação da produção científica, artística e cultural, destacando-se o seu perfil, periodicidade, classificação e alcance.

Indicador 2.4 –

Objeto de Avaliação: PDI, políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial

Padrão de Referência - O PDI possui políticas institucionais que se traduzem em ações voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e em ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial, de modo transversal aos cursos ofertados, ampliando

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 30 as competências dos egressos e ofertando mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar a existência, no PDI, de políticas institucionais relativas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural; 2) Verificar se as políticas estão sendo executadas, isso é, se traduzem em ações voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural; 3) Verificar a existência de ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial; 4) Verificar como as ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial são conduzidas e a sua transversalidade nos cursos ofertados. 5) Verificar se há mecanismos de transmissão dos resultados para a comunidade.

Como: a) Análise dos documentos: PDI, PPC, relatórios ou relação de eventos, projetos, programas e demais atividades desenvolvidas. Relatórios do NEDE, relatórios das COMANs; b) Quantidade de eventos realizados, a quantidade de pessoas que participam na produção, a quantidade de pessoas alcançadas, (transversalidade); c) Elementos de divulgação dos eventos, a todos os cursos, e de socialização dos resultados

Indicador 2.5 –

Objeto de Avaliação: PDI e políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social

Padrão de Referência - Há alinhamento entre o PDI e as políticas institucionais para o desenvolvimento econômico e social, considerando a melhoria das condições de vida da população e as ações de inclusão e empreendedorismo, articulando os objetivos e valores da IES e a promoção de ações reconhecidamente exitosas ou inovadoras.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar se as políticas institucionais para o desenvolvimento econômico e social da região (ou políticas não específicas, mas que alcancem essa área) são coerentes/estão alinhadas ao PDI;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 31 2) Verificar se as políticas incluem, e se são executadas, ações para a melhoria das condições de vida da população e ações de inclusão; 3) Verificar se as ações de inclusão e para a melhoria das condições de vida da população incluem o empreendedorismo e são articuladas com os valores e objetivos da instituição; 4) Verificar se há ações exitosas ou inovadoras nessa área

O Como a) Ouvir a Comunidade sobre a promoção do desenvolvimento social e cultural e do empreendedorismo; b) Analisar o PDI, as políticas institucionais e os relatórios das ações previstas e executadas; c) Listar e documentar as ações para a melhoria das condições de vida da população, ações de inclusão e empreendedorismo; d) Listar e documentar as ações exitosas ou inovadoras existentes.

Indicador 2.6 –

Objeto de avaliação: PDI e política institucional para a modalidade EAD

Padrão de Referência - A política institucional para a modalidade a distância está articulada com o PDI e contempla o alinhamento da base tecnológica institucional com o projeto pedagógico da sua utilização, observando a formação pretendida para os discentes (na sede e nos polos) e considerando as condições reais da localidade de oferta.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar a existência de Política institucional para educação a distância e seu alinhamento/coerência com o PDI; 2) Verificar a existência de um projeto pedagógico de utilização da base tecnológica disponibilizada pela instituição, observando a formação pretendida para os discentes, na sede e nos polos, e as condições reais das localidades de oferta; 3) Verificar se a política contempla o alinhamento da base tecnológica que a instituição dispõe com o projeto pedagógico de utilização dessa base; 4) Verificar se a política para EAD observa a formação pretendida para os discentes, ao tratar da base tecnológica disponível, e atende à formação pretendida para os discentes na sede e nos polos.

Como: a) Análise do PDI; b) Análise da política institucional para EAD;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 32 c) Análise do projeto pedagógico de EAD.

Indicador 2.7 –

Objeto de Avaliação: Estudo para implantação de polos EAD Exclusivo para modalidade a distância com previsão de polos. Padrão de Referência - O PDI apresenta estudo para implantação de polos EAD que considera sua distribuição geográfica e aspectos regionais sobre a população do ensino médio, a demanda por cursos superiores e a relação entre número de matriculados e de evadidos, bem como a contribuição do(s) curso(s) ofertado(s) para o desenvolvimento da comunidade e os indicadores estabelecidos no PNE vigente.

O Quê: Detalhando o objeto de avaliação 1) Verificar se o PDI apresenta o estudo para a implantação de polos EAD; 2) Verificar se o estudo de implantação de polos considera a sua distribuição geográfica e aspectos regionais da população do ensino médio (demanda por cursos superiores, a razão matriculados/evadidos, outros indicadores); 3) Verificar se o estudo de implantação de polos considera a contribuição dos cursos ofertados para o desenvolvimento da comunidade; 4) Verificar se o estudo de implantação de polos leva em conta os indicadores estabelecidos pelo PNE.

O Como: a) Análise do PDI; b) Análise do estudo de implantação de polos.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 33 III – DESENVOLVIMENTO

Observado o roteiro estabelecido pela CPA, os agentes avaliadores examinaram o plano de desenvolvimento institucional (PDI), os projetos pedagógicos de curso (PPC), os planos de ensino (PE) das disciplinas de cada curso, atas de reuniões do colegiado de cursos e do núcleo docente estruturante (NDE), projetos e relatórios de Pesquisa e de Extensão, projetos e relatórios da Pastoral Universitária, o Plano Nacional de Educação (PNE) e relatórios das escolas de artes; pesquisaram as redes sociais da instituição e de departamentos, levantaram informações publicadas no site do Unasp ou veiculadas pelas agências de veículos de comunicação; ouviram líderes das áreas relacionadas, alunos, docentes e técnicos administrativos; reuniram-se presencialmente e por videoconferências. Desse esforço avaliativo, emergem os resultados a seguir apresentados para os indicadores do eixo avaliado.

Indicador 2.1: Missão, objetivos, metas e valores institucionais

Missão, objetivos, valores e metas do PDI

A leitura do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) revela que nele estão expressos de maneira clara a missão, os objetivos, os valores e as metas institucionais. A missão: “Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade” (PDI, p.28).

As finalidades e objetivos (PDI, p.29-31): ● estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; ● formar diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; ● incentivar o trabalho de pesquisa/iniciação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do ser humano e do meio em que vive; ● promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; ● suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 34 sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; ● estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; ● promover a educação integral do homem em seus aspectos biopsicossocial e espiritual; ● promover a integração entre os diversos ramos do saber, bem como a integração entre a ciência e a fé, na busca das soluções dos problemas humanos; ● formar recursos humanos de nível superior e promover a pesquisa/iniciação científica e a difusão da cultura, da ciência, das letras, das artes e da tecnologia; ● estender à comunidade, sob a forma de cursos e serviços, suas atividades relativas aos diversos campos do saber; ● priorizar o interesse de atuação nas áreas da saúde e da educação; ● contribuir para o fortalecimento da solidariedade entre os homens; ● contribuir para o desenvolvimento da cidadania relativo aos direitos e deveres da pessoa, da família, do Estado e dos demais grupos que compõem a sociedade; ● desenvolver ações que reflitam a preocupação com a preservação do meio ambiente; ● desenvolver a cultura institucional de planejamento, seu acompanhamento e autoavaliação permanente.

Quanto aos valores institucionais, o capítulo II do PDI, p.47-49, que traz o Projeto Pedagógico Institucional, apresenta as bases filosóficas que fundamentam a instituição, as políticas que orientam a prática educacional na instituição e sua organização didático- pedagógica e declara que da filosofia educacional adventista emerge um legado de valores e virtudes que predominam na instituição e dão a sustentação necessária à prática pedagógica desejada e que, enquanto tal, dão também a “fisionomia” dessa prática. Esses valores influem decisivamente na missão, nos objetivos, nas atividades curriculares, no estilo e na estrutura administrativa, no uso das finanças, na seleção do corpo docente e nas normas e condutas sugeridas e são agrupados em cinco grandes categorias: Valores Culturais e Sociais, Valores Espirituais, Valores Estéticos, Valores Intelectuais e Valores Profissionais. O PDI (p. 197-201), apresenta as metas institucionais organizadas em três grupos: metas acadêmicas, metas de expansão e desenvolvimento e metas administrativas. As metas acadêmicas relacionam-se diretamente com qualidade dos cursos, acompanhamento de egressos, incentivo a pesquisas, projetos de extensão etc. As metas relacionadas à expansão da instituição referem-se prioritariamente ao aumento de oferta de cursos de nível superior e a incorporação legal da Faculdade Adventista de Hortolândia ao Centro Universitário Adventista de São Paulo, sendo que esta última foi alcançada em 10 de dezembro de 2018

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 35 com a publicação da Portaria 865 de 07/12/2018. As metas administrativas estão relacionadas, sobretudo, à gestão, segurança, formação continuada, entre outras.

As políticas de ensino, pesquisa e extensão também estão apresentadas no PDI, no capítulo denominado “Projeto Pedagógico Institucional – PPI”, sendo as de ensino distinguidas como políticas de graduação e políticas de pós-graduação. As políticas referentes à modalidade EAD serão consideradas no indicador 2.6

Políticas para a Graduação (PDI, p. 63-71)

Para atingir seus objetivos e metas, a instituição está comprometida com a formação pessoal e profissional do acadêmico e sua realização plena como ser humano ao desenvolver os valores institucionais de modo a contribuir para o exercício de uma cidadania consciente e estabelece suas políticas para o ensino da graduação, cujo foco é a formação pessoal e profissional do acadêmico e sua realização plena como ser humano, organizadas de acordo com quatro dimensões: a) Atendimento ao discente: Esta política está focada no suporte aos discentes fundamentada pelo diálogo a fim de diagnosticar suas necessidades e oferecer os serviços para atendê-lo de forma adequada. b) Incentivo à permanência discente na instituição: Esta política tem o objetivo de fomentar estratégias, desenvolver ações e programas que de algum modo impactem positivamente no vínculo de permanência do discente na instituição, garantindo que os investimentos feitos sejam otimizados com ganhos para o discente e ganhos para a instituição. c) Acompanhamento do egresso: Esta política pretende identificar melhor o perfil e a trajetória profissional dos egressos, manter-se atualizada quanto às competências exigidas pelo mercado através da percepção daquele que está inserido no mundo do trabalho e manter atualizados os currículos dos cursos e programas. d) Educação a distância: Priorizando a modalidade em que coexistem encontros presenciais e não presenciais mediados pelo uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), esta política objetiva o desenvolvimento da competência de gerenciar a própria aprendizagem, propiciar condições para a inclusão digital, oferecer alternativas de acesso para quem tem limitação de tempo para o ensino plenamente presencial e possibilitar a personalização e um melhor controle do desenvolvimento da aprendizagem.

Políticas para a Pós-Graduação (PDI, p. 72-73)

Diante do cenário marcado por mudanças socioeconômicas e avanços científicos e tecnológicos que ocorrem numa velocidade sempre crescente, os cursos de pós-graduação assumem um papel importante na formação continuada e para a atualização de profissionais

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 36 em todas as áreas do conhecimento, preparando agentes capazes de dar prosseguimento, alavancar, transformar e inovar o trabalho rumo aos desafios da atualidade. Ao ofertar os programas de pós-graduação, objetiva-se dar oportunidade aos egressos e à comunidade em geral para o aprofundamento de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes que venham contribuir para a adequação profissional às necessidades da sociedade. Para a consecução dos seus objetivos, a pós-graduação pauta-se nas seguintes políticas: a) Vinculação dos Cursos de Pós-Graduação aos Cursos de Graduação: Possibilitando o permanente intercâmbio de experiências e informações entre os docentes e discentes de ambos os níveis, visando a produção coletiva de novos conhecimentos. b) Estímulo e Iniciativas para a Formação e Valorização Profissional: Os conteúdos e as ações da pós-graduação buscam responder ao desafio de formação continuada e ampliada, conforme exigência da realidade atual, e faz efetiva uma política de valorização profissional, necessária para um mundo em mudança e globalizado. c) Filosofia Educacional Adventista na Organização Curricular: A pós-graduação busca garantir que cada curso seja um veículo de difusão da missão e vocação institucionais, procurando constituir um corpo docente que sustente a filosofia institucional e suas metodologias. d) Fidelização dos Discentes de Graduação à Educação Continuada: A Instituição considera a oferta de cursos de pós-graduação uma oportunidade para a educação continuada e para a fidelização de seus discentes.

Políticas para a Pesquisa/Iniciação científica (PDI, p. 72-84)

Na perspectiva da filosofia institucional, a busca pela verdade e pelo conhecimento deve ser desenvolvida com afinco, respeitando as limitações legais, profissionais e éticas relacionadas aos projetos de pesquisa/iniciação científica. A pesquisa/iniciação científica no Unasp é associada aos projetos pedagógicos dos cursos, objetivando a qualidade do ensino e a formação do aluno, fazendo parte do processo de ensino-aprendizagem e também é parte do processo permanente de formação e capacitação do docente. As políticas de pesquisa/iniciação científica são as seguintes: a) Alinhamento e Consistência da Pesquisa/Iniciação Científica. A fim de estabelecer um alinhamento da pesquisa/iniciação científica nos cursos de graduação e pós-graduação, bem como organizar, articular e dar consistência e adensamento às atividades de pesquisa/iniciação científica, o Unasp estabeleceu quatro áreas temáticas e dezesseis linhas para pesquisa e extensão. As áreas temáticas apontam aos grandes temas representativos da vocação institucional e orientam alinhamentos para pesquisa e extensão de forma integrada. As

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 37 linhas enfocam a concentração e especificidade do que será estudado, tanto na pesquisa quanto na extensão. b) Promoção Permanente da Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa/Iniciação Científica e Extensão na Comunidade Acadêmica Esta política deve ser praticada pela atuação das Coordenadorias de Pesquisa, promovendo uma reflexão coletiva, e pela partilha de experiências entre docentes nos colegiados dos cursos de graduação e pós-graduação, e pela criação de outros espaços de conscientização e estímulo. c) Articulação Constante da Pesquisa/Iniciação Científica com a Missão Institucional e seu Fundamento Axiológico Esta política deve determinar a escolha das linhas de pesquisa, a priorização dos projetos, e as demais decisões derivadas da área. d) Compromisso com a Pesquisa/Iniciação Científica como um Importante Componente Acadêmico Estabelece que as iniciativas já existentes e as novas ações a serem promovidas foquem no garantir a integração entre o ensino a pesquisa e a extensão e promovam uma integração vertical entre graduação e pós-graduação, para que se atinja o padrão de qualidade que se espera da instituição. e) Valorização de Ações de Intercâmbio e Parcerias com outras Instituições que Promovam a Pesquisa Orienta que se promova o intercâmbio com instituições da Rede Adventista de Educação e com outras de natureza pública ou privada, nacionais ou internacionais, como estratégia para o desenvolvimento e ampliação da pesquisa para a comunidade acadêmica do Unasp. f) Incentivo à Produção e Divulgação da Produção Intelectual A divulgação da produção intelectual através de incentivos institucionais para sua realização é o meio pelo qual se dará a inserção e visibilidade da instituição no mundo científico, tecnológico e artístico. g) Editorial de Periódicos Acadêmicos Esta política visa estabelecer um conjunto de ações necessárias para aperfeiçoar o processo editorial, favorecer a tomada de decisões, otimizar recursos e assegurar a produção de publicações de qualidade, que ampliem de modo sistemático e sustentável a credibilidade, a visibilidade e o impacto dos conteúdos publicados.

Políticas para a Extensão (PDI, p.85-86)

A Extensão propicia a socialização do conhecimento e promove o diálogo entre o saber científico e a sociedade, é o veículo pelo qual discentes e docentes contribuem de maneira significativa e democrática com a sociedade.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 38 As práticas extensionistas norteiam-se pelas seguintes políticas: a) Promoção Permanente da Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa/Iniciação Científica e Extensão Esta política deve ser executada pela atuação das Coordenadorias de Extensão, promovendo uma reflexão coletiva, pela partilha de experiências entre docentes nos colegiados dos cursos de graduação e pós-graduação e pela criação de outros espaços de conscientização e estímulo b) Articulação Constante da Extensão com a Missão Institucional e seu Fundamento Axiológico Orienta o balizamento das atividades de extensão, que são pautadas nas premissas da missão institucional e seu fundamento axiológico. c) Oferecimento de Atividades de Extensão que Contribuam com a Flexibilização dos Currículos Estabelece que serão priorizadas as atividades que possibilitem a aplicação do conhecimento e o consequente enriquecimento curricular. d) Ênfase em Atividades que Resultem no Desenvolvimento e Melhoria da Qualidade de Vida da Comunidade Os projetos de extensão devem dar preferência a ações cuja repercussão redunde em melhoria na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico e social da região geográfica na qual a instituição está localizada. e) Promoção de Ações de Intercâmbio e Parcerias Por meio de intercâmbio interinstitucional, o Unasp lança suas bases em direção a outras instituições afins, firmando convênios que possam ampliar suas áreas de atuação por meio da capacitação permanente de recursos humanos e prospecção de novas verbas para o desenvolvimento dos programas de interesse da comunidade acadêmica e da sociedade. As parcerias e convênios firmados devem sempre resguardar os aspectos éticos que alicerçam o Unasp, bem como sua independência filosófica e pedagógica.

Ações que materializam a missão, objetivos e valores institucionais

A instituição promove um conjunto de ações que evidenciam sua missão e valores e influenciam decisivamente na consecução dos seus objetivos. O Plano Mestre de Desenvolvimento Espiritual (PMDE) ressalta de modo bastante enfático os valores institucionais. Em 2018, com o foco no “Descubra o Novo”, foram destacados os valores: Humildade – Um novo jeito de ser, Igualdade – uma nova forma de pensar, Generosidade – uma nova maneira de agir e Integridade – uma nova razão para compartilhar. Assim, a cada ano novos valores são destacados através de um conjunto de ações que ocorrem em salas de aulas e também são promovidas por meio de eventos especiais e

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 39 através de projetos integrados que envolvem os alunos, os professores e os técnico- administrativos dos cursos. Em cada curso de graduação e de pós-graduação há disciplinas específicas que tratam dos conteúdos relativos aos valores institucionais e promovem o comportamento ético e comprometido com o próximo. Disciplinas tais como Princípios de Vida Saudável, Filosofia e Ética Cristã, Assistência Espiritual ao Paciente e Filosofia da Educação Cristã, entre outras, são componentes curriculares que revelam os valores institucionais. Outros elementos promovidos pela instituição que demonstram a ênfase em sua missão e valores e são alinhados com seus objetivos ocorrem de forma transversal a todos os cursos, por exemplo:

Programa Change Your World (Mude Seu Mundo) Programa de Voluntariado de curto prazo em que docentes, discentes, demais servidores e parceiros externos dedicam parte de suas férias do mês de julho desenvolvendo projetos voluntários que auxiliam comunidades em diversos países e no Brasil (Nova Iorque - EUA, Egito, Angola, , Vila Velha – ES, Registro – SP, Maués – AM, Campinas – SP etc). Através das diversas atividades desenvolvidas pelos voluntários anualmente, nas localidades selecionadas, tais como: feira de saúde, espaço Kids, oficinas em Centros de Influência, atividades físicas com idosos, atendimento veterinário, atendimento médico e odontológico, evangelismo relacional, serviços de manutenção nas moradias, ações sociais para população de imigrantes etc. é promovida a melhoria da qualidade de vida dos habitantes dessas comunidades.

Curso de extensão - Liderança em Projetos Sociais Com objetivo de preparar pessoas para servir como agentes transformadores da sociedade, o Centro de Voluntariado Berndt Wolter oferece este curso com a fim de capacitar pessoas para liderarem projetos de voluntariado de curto e de longo prazos. Resultado de uma parceria com a Universidade Andrews (EUA), o curso de extensão nasceu com o propósito de ser um programa permanente de capacitação de novos líderes.

Evento: Workshop - O Poder do Voluntariado Liderança foi o foco do evento, sendo o tema abordado pelas várias palestras apresentadas sobre voluntariado.

Projeto de Pesquisa/Extensão: Adequação de dietas vegetarianas e desenvolvimento de materiais educativos e de protocolos de atendimento nutricional ao público vegetariano.

Este projeto do curso de Nutrição do Unasp elabora materiais educativos para crianças com foco no estímulo em uma alimentação baseada em frutas e vegetais, em

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 40 harmonia com a Política de Extensão “Ênfase em Atividades que Resultem no Desenvolvimento e Melhoria da Qualidade de Vida da Comunidade”:

Indicador 2.2: PDI, planejamento didático-instrucional e política de ensino de graduação e de pós-graduação.

De acordo com o roteiro estabelecido, a avaliação desse indicador foi segmentada em dois blocos. No primeiro bloco foi verificado o alinhamento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) com o PDI/PPI, através da análise comparativa desses documentos, considerando a missão, objetivos e valores institucionais, os métodos e técnicas didático- pedagógicos e as atividades de avaliação. No segundo bloco, foi verificada a prática docente, através da análise dos Planos de Ensino (PE) de todas as disciplinas, visando a constatação do uso dos métodos e técnicas didático-pedagógicas, da aplicação das atividades de avaliação e de metodologia para o atendimento educacional especializado indicados no PPC, e a incorporação de avanços tecnológicos e o uso de metodologias que promovam a interdisciplinaridade. Verificou-se ainda se os cursos promovem as ações exitosas ou inovadoras, socializando tal conhecimento. As análises feitas pelo NDE foram expressas em uma escala de cinco pontos em que o algarismo 1 representa a situação de não existência de coerência entre os documentos e o 5 indica um excelente grau de coerência. Indicação NA significa que o item não foi avaliado. Para cada conceito expresso na escala foi apresentada uma justificativa. Os resultados das análises efetuadas estão registrados no Quadro 1.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 41 Quadro 1 – Grau de alinhamento entre o PPC e o PDI e a expressão na prática docente dos elementos das políticas de ensino

Os PPC dos cursos, alinhados com o PPI, estabelecem o uso de metodologias ativas, e para sua efetiva incorporação na prática pedagógica, a instituição ofereceu formação continuada durante todo o período letivo avaliado. O campus EC ofereceu o curso de pós-graduação “Inovação Didática no Ensino Superior”, além de palestras e oficinas sobre o tema de metodologias ativas e de avaliação formativa, bem como de oficinas para o aperfeiçoamento da elaboração de questões avaliativas interdisciplinares.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 42 O campus HT ofereceu capacitação com encontros mensais de Grupos de Estudo nos cursos de Administração e de Ciências Contábeis. No curso de Pedagogia houve um trabalho semanal durante dois anos e meio visando o alinhamento metodológico com foco em uma aprendizagem mais significativa. No campus SP foi promovida, durante todo o ano, a capacitação em Metodologias Ativas (Sala de Aula Invertida, Estudo de Caso, Mapa Conceitual, TBL e Metodologia de Projetos), em recursos tecnológicos para a elaboração de vídeo aulas, com a utilização de software para sua edição, e no uso das ferramentas que o sistema dispõe para apoio pedagógico. Para a capacitação docente também foram disponibilizadas videoaulas orientando a produção do plano de ensino e sobre elaboração de questões similares às do ENADE. Cada docente recebeu o livro: Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem.1 O trabalho com a capacitação para a formulação de questões similares às do ENADE, que tem transcorrido já em anos anteriores através de oficinas pedagógicas com os docentes de cada curso, gerou um ambiente interdisciplinar na medida em que o modelo ENADE de avaliações está pautado pela interdisciplinaridade e, ao realizarem o exercício de formular questões, os professores tiveram oportunidade de conversar e trocar ideias entre áreas afins ou com as quais pudessem estabelecer interfaces. A inclusão dos projetos integradores em cada curso promove uma forte ação interdisciplinar e o estabelecimento da avaliação interdisciplinar reforça essa prática. Algumas das metodologias ativas utilizadas também promovem a interdisciplinaridade. Laboratórios específicos tais como os de anatomia e fisiologia, informática, agência de publicidade com seus equipamentos, e tantos outros, são espaços utilizados como recurso didático no sentido de contemplar ferramentas do mundo profissional em ambiente acadêmico, proporcionando assim a incorporação de avanços tecnológicos na prática didática. Uso das tecnologias mais comuns como o computador, o projetor multimídia, a lousa digital em algumas salas, o Ambiente Virtual de Aprendizagem e Tecnologias de Informação e Comunicação também estão incorporados na prática didática. Em sintonia com as necessidades sociais contemporâneas, o Unasp se dispõe a cumprir seu papel institucional por meio de um ensino que contribua para os avanços científicos, tecnológicos e culturais. Como instituição confessional, tem por missão formar o estudante para o exercício profissional e compromisso com a qualidade de vida dos seres humanos na busca das soluções para os seus problemas por meio de uma educação integral e inspirada em valores éticos cristãos, missão essa que se concatena com metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado. O PDI/PPI (p. 121-122), apresenta uma Política de Acessibilidade e Inclusão para a Pessoa com Deficiência:

1 BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2018.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 43 “Com base na legislação vigente e com o objetivo de organizar ações institucionais que garantam a inclusão da pessoa com deficiência, de transtornos globais do desenvolvimento a altas habilidades/superdotação, bem como acesso a todos os espaços educativos, o Unasp define esta política no sentido de viabilizar igualdade de oportunidade à vida acadêmica, eliminando barreiras pedagógicas, arquitetônicas, de comunicação e informação, promovendo o cumprimento dos requisitos legais de acessibilidade e inclusão, além de oferecer aos discentes disciplinas que lhes permitam a comunicação nos termos da legislação em vigor e propiciar aos docentes capacitação nessas linguagens. O Unasp, em decorrência da amplitude de sua missão, busca atender com excelência toda a comunidade acadêmica, incluindo o Público Alvo da Educação Especial e, a fim de dar efetividade a esta política, utilizará, além da Assessoria de Apoio Acadêmico ao Discente, o Núcleo de Apoio à Acessibilidade (NAAC), cuja finalidade é apoiar e orientar a comunidade acadêmica sobre o processo de inclusão de discentes e funcionários com deficiência, garantindo o princípio de preservação de direitos à acessibilidade, por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão, serviços diversos e a oferta de espaços multifuncionais para atendimento educacional especializado”. Essa política define as diretrizes gerais para a acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência. Nesse contexto é criado o Núcleo de Apoio à Acessibilidade (NAAC), com o objetivo de apoiar o professor em seu cotidiano de sala, e fora dela, no processo inclusivo. Na execução dessa política atuam a Assessoria de Apoio ao Discente (PROAD) e o NAAC, o qual tem suas ações regidas por regulamento próprio. Tendo sido definidos o Programa Institucional de Acessibilidade e o regulamento do NAAC, este definiu o seu Plano de Ação com sete eixos que abrangem desde as condições para o ingresso e permanência na instituição de discentes e funcionários, eixo 1, até as atividades de extensão sobre o tema da acessibilidade, eixo 7, passando pela infraestrutura, ensino, pesquisa, comunicação e o mapeamento, catalogação e controle da situação da acessibilidade na instituição e dos portadores de deficiência. O uso de metodologias que favorecem o atendimento educacional especializado é tratado principalmente no eixo 3 – Acessibilidade Pedagógica e Curricular. A execução desse plano de ação começou em 2018 e se demonstra eficaz na promoção da inclusão e atendimento às pessoas com deficiência, com realização das ações previstas em seu eixo 1. As ações previstas no eixo 2 foram executadas, e os campi mostram uma estrutura adequada, com rampas, elevadores, banheiros específicos, corrimãos, pisos e sinalização tátil etc. Para a acessibilidade curricular, eixo 3, foram promovidos eventos e palestras, providenciados monitores para acompanhar os estudantes com limitações no processo de aprendizagem; intérpretes para alunos com deficiência auditiva ou baixa audição; ampliação do tempo para realização das provas; adequação dos mobiliários para oferecer melhores condições de participação nas aulas; disponibilização de equipamentos de

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 44 tecnologias assistivas para estudantes com baixa visão e material pedagógico adaptado: slides e cópias específicas de textos etc. Os quadros 2, 3 e 4 apresentam a relação de alunos com deficiência recebidos pela instituição nos últimos anos, em cada campus, e as ações de apoio e suporte executadas.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 45 Quadro 02 – Relação dos discentes com deficiência no campus EC

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 46 Quadro 03 – Relação dos discentes com deficiência no campus HT

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 47 Quadro 04 – Relação dos discentes com deficiência no campus SP

Leitura e impressões de textos descrições e vídeos, digitação de atividades a serem entregues aos professores e enviadas pelo UNASP virtual, preenchimento dos 2006 Pedagogia 28486 Deficiência Visual registros de estágio e atividades complementares e acompanhamento em espaços do campus para a solução de problemas diversos. Impressão de avaliações e atividades dentro dos padrões 2013 Psicologia 67773 Visão Subnormal que ele precisa e os professores disponibilizam conteúdo em sala de aula em fonte maior. Impressão de avaliações e atividades dentro dos padrões 2014 Psicologia 76464 Visão Subnormal que ela precisa, e os professores disponibilizam conteúdo em forma ampliada em sala de aula. O aluno necessita de tempo excedente para realizar as 2015 Administração 89371 Deficiência intelectual tarefas e avaliações As atividades extras são oportunizadas a aluna e maior 2015 Educação Física 56723 Problemas de Aprendizagem tempo para realização de atividades e avaliações diferenciadas. Apoio, quando solicitado, na realização das atividades mais 2015 Fisioterapia 40088 Deficiência Intelectual complexas. Atendemos ao pedido dela em fazer as avaliações em uma 2015 Psicologia 89326 Dislexia sala separada. A coordenação providenciou dois tutores para Ciências 2016 5940 Síndrome de Asperge acompanharem o aluno nas atividades, favorecendo o Biológicas entrosamento do mesmo coma turma. Atendemos ao pedido dele em fazer as avaliações com maior tempo; Acompanhamento semanal das dificuldades Ciência da 2016 96095 Dislexia com orientação para os estudos; Atendimento Psicológico; Computação Tutor para a realização das tarefas e estudo para as avaliações. A escola Providenciou um monitor para buscar a aluna no Cadeirante/ Atrofia Muscular 2016 Pedagogia 98187 estacionamento e levar para a sala de aula e degenerativo acompanhamento psicológico. É oportunizado ao aluno um maior tempo para realização de 2017 Educação Física 103159 Dislexia atividades e avaliações. Ansiedade, impulsividade, 2018 Ciências Sociais 30209 suspeita de autismo. Problemas emocionais, 2018 Ciências Sociais 67845 psiquiátricos e falta de estrutura familiar. O aluno é acompanhado por um aluno tutor. E recebe 2018 Educação Física 108683 Deficiência Intelectual orientações especificas dos professores. Monitoria e acompanhamento semanal com atividades de 2018 Pedagogia 108459 Linguagem linguagem com tutora.

Disponibilizar monitores para ajudar na locomoção (cadeira 2018 Psicologia 100855 Suspeita de distrofia muscular de rodas motorizada) de modo que facilite a viabilidade do acesso aos diferentes lugares dentro da instituição.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 48 Indicador 2.3: PDI, política e práticas de pesquisa ou iniciação científica, de inovação tecnológica e de desenvolvimento artístico e cultural.

Assim como as políticas de pesquisa ou iniciação científica e a relativa ao desenvolvimento artístico e cultural, a política institucional de apoio e incentivo à inovação encontra-se no PDI (p. 187-193), e sua introdução a contextualiza no cenário de uma sociedade globalizada e em constante mutação que exige agilidade na adaptação e criatividade na busca de novas soluções para os inéditos e grandes desafios. “...vive-se no contexto da economia do conhecimento, em que o crescimento e desenvolvimento econômico e social ocorrem na medida em que são desenvolvidas as capacidades de criar, desenvolver, divulgar e aplicar conhecimentos”. “Na intersecção entre os desafios atuais e a economia do conhecimento está a inovação”. “A abordagem e solução dos inúmeros desafios, seja em esfera local, nacional, internacional ou global, demanda desenvolver a capacidade de inovar”. O Unasp, por seu posicionamento em educar e servir com excelência e em consonância com os princípios bíblicos, também se insere no contexto do desenvolvimento e promoção da inovação e define um conjunto de diretrizes e parâmetros gerais que norteiam a gestão da inovação na instituição, não apenas visando o desenvolvimento de vantagens competitivas, mas principalmente o aprimoramento e melhoria dos serviços prestados pela IES às comunidades circunvizinhas, promovendo condições sociais mais justas e melhores condições de vida às pessoas e aos cidadãos em geral, seja no Brasil ou em outros países com os quais o Unasp tenha a oportunidade de interagir e/ou atuar. A Política Institucional de Apoio e Incentivo à Inovação tem como princípios fundamentais: Centralidade da missão institucional. Isso quer dizer que todos os esforços e recursos destinados à inovação no Unasp, antes e acima de buscar vantagens competitivas, priorizarão a busca pela excelência do serviço a Deus e à humanidade. A inovação, no contexto dos valores bíblicos, parte da compreensão de que estudantes, professores e colaboradores são todos filhos de um mesmo Criador e, como tais, capazes de criar em suas diversas esferas de atuação, aplicando os diversificados talentos, conhecimentos e experiências individuais. Estímulo à criação, favorecendo o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo. Isso quer dizer que a inovação deve ser resultante de um processo crítico e reflexivo, no qual a inovação, seja qual for, leve em consideração suas implicações e repercussões sociais, ecológicas, éticas, econômicas e espirituais. Estimular e reconhecer o espírito empreendedor. O fortalecimento e sobrevivência da instituição está nos indivíduos que a compõem, na capacidade criativa, inovadora e de iniciativa desses indivíduos. O Unasp reconhece que a iniciativa individual

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 49 empreendedora e inovadora, ainda que esteja a serviço da instituição e de sua missão, depende de incentivos individuais e regulamentos que valorizem e protejam a propriedade intelectual. Alinhamento com as linhas de pesquisa institucionais. O Unasp tem em seu PDI a definição de suas linhas de pesquisa que deverão nortear as iniciativas de inovação na instituição.

Dentre as ações previstas para a área de Inovação, conforme estabelecido por essa política, destaca-se a parceria estabelecida entre o Unasp e o Instituto Adventista de Tecnologia – IATec, com a finalidade de fomentar a inovação através de ações conjuntas. Com essa parceria, o IATec passa a ocupar três cadeiras no Comitê Institucional de Inovação. Foi criado o Núcleo de Estudos e Incentivo à Inovação e estabelecida a propositura de ações tais como: Um programa de Trainee IATec – Unasp, oportunidades de estágios, participação conjunta em eventos, organização de visitas técnicas ao IATec e uso de espaços do IATec como sala ambiente, participação do IATec na discussão de atualizações da matriz curricular dos cursos de tecnologia do Unasp, entre outras. O alinhamento das políticas para a Pesquisa ou Iniciação Científica ao PDI é apresentado e analisado no contexto do indicador 2.1 e o da política relativa ao desenvolvimento artístico e cultural é extensamente detalhado no tratamento do indicador 2.4, em que são apresentadas as ações institucionais nessa área. O PDI parte do pressuposto que “Um ensino superior de qualidade exige do docente e do discente uma atitude investigativa que lhes permita vivenciar a pesquisa como um processo indispensável para aprendizagem” (PDI, p.74). Nestes termos, a pesquisa é assumida como um princípio pedagógico. Em suas políticas de pesquisa, o Unasp estabelece quatro áreas temáticas que apontam para os grandes temas da vocação institucional e, destas, dezesseis linhas para pesquisa e extensão, que orientam e alinham os diferentes programas, projetos ou grupos de pesquisa e extensão de forma integrada. As linhas enfocam a concentração e especificidade do objeto de estudo, tanto na pesquisa quanto na extensão. Tanto as áreas temáticas quanto as linhas estão conceituadas, traduzindo o pensamento coletivo acadêmico. Presentes nos PPC dos Cursos de Graduação, essas linhas norteiam o desenvolvimento da pesquisa, da iniciação científica e dos trabalhos de conclusão de curso dos alunos. No Unasp os cursos de graduação possuem grupos credenciados no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, e os projetos de pesquisa apresentados, coerentes com as áreas temáticas e linhas de pesquisa institucionais, abrigam os diferentes trabalhos de conclusão de curso (TCC), que podem ser apresentados nos formatos monografia ou artigo científico.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 50 Para promover o desenvolvimento da pesquisa na instituição, há um conjunto de práticas de estímulo. Semestralmente, docentes de dedicação parcial e/ou integral recebem atribuição de horas para dedicação às atividades de pesquisa. Anualmente é aprovado orçamento para investimento em pesquisa. Os docentes envolvidos em pesquisa apresentam seus projetos para serem apreciados nos colegiados dos cursos e, após sua aprovação, cadastram o projeto na Coordenadoria de Pesquisa e Extensão, solicitando as verbas para o desenvolvimento dos mesmos. Paralelamente à dotação orçamentária anual para financiamento de pesquisas, o Unasp oferece o Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC), sendo ofertadas bolsas anuais. Cada curso faz o lançamento do edital, divulgando o número de bolsas disponíveis, os candidatos fazem a inscrição e os selecionados se vinculam aos projetos desenvolvidos pelos docentes, juntamente com os grupos de pesquisa. A bolsa proporciona um valor financeiro mensal para o aluno como estímulo ao desenvolvimento da pesquisa. Os alunos contemplados com a bolsa do PIBIC, comprometem-se em: ● Apresentar semestralmente relatórios do desenvolvimento do projeto e, ao término, publicar os resultados encontrados em periódico científico em conjunto com o orientador; ● Apresentar resultados parciais ou finais da pesquisa, sob a forma de exposições orais e/ou painéis, por ocasião do Encontro Anual de Iniciação Científica do Unasp (ENAIC); ● Nas publicações e trabalhos apresentados, fazer referência a sua condição de bolsista do Unasp.

Para os docentes e discentes que tenham seus trabalhos de pesquisa aceitos para apresentação em eventos científicos externos, o Unasp oferece apoio através do Programa de Auxílio a Participações em Reuniões Científicas (PROAPARC) Docente/Discente. Para os docentes, o auxílio poderá chegar a 100% das despesas, dependendo do regime de trabalho do docente. Para o discente, é ofertado auxílio sobre inscrição, hospedagem e transporte num montante que varia entre 40% e 80% do valor gasto. Para os docentes que divulgam os resultados de suas pesquisas através da publicação de artigos científicos, o Unasp mantém a Política de Incentivo à Produção Intelectual. Através dela, o docente recebe uma premiação em dinheiro pelos artigos publicados. O valor do prêmio varia de acordo com o estrato da revista proposto pela CAPES. O conhecimento gerado pelas pesquisas é disseminado através dos canais usuais do meio científico, publicação e apresentação em eventos científicos e em revistas especializadas. Além desses canais, o Unasp oferece cursos, projetos e programas de extensão, através dos quais os resultados das pesquisas, do desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento artístico cultural são disponibilizados para a comunidade.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 51 Para estimular os alunos na transmissão do conhecimento, anualmente o Unasp desenvolve o Encontro Anual de Iniciação Científica (ENAIC), evento em que os alunos e egressos apresentam os resultados do TCC e das iniciações científicas de que participam. Em 2018, na 20ª edição do evento no campus SP, foram apresentados na forma de pôsteres ou de comunicação oral cerca de 270 trabalhos; em sua 6ª edição no campus HT, foram 220 trabalhos; e no campus EC, 330 trabalhos foram apresentados na sua 19ª edição. Em todos os campi, o evento conta com participação massiva dos docentes. O conhecimento produzido é também transmitido para a sociedade através da publicação de artigos nas revistas científicas editadas pela Unaspress.

Indicador 2.4: PDI, políticas institucionais voltadas à valorização da diversidade, do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural, e ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico- racial

O Plano de Desenvolvimento Institucional, ao apresentar a história de sua fundação e desenvolvimento, menciona que o Unasp “foi fundado em 1915 em uma área rural de 145 hectares nas proximidades de Santo Amaro, na cidade de São Paulo, com o objetivo de favorecer uma educação missionária integral de jovens de ambos os sexos, primando pelo desenvolvimento de suas potencialidades” (p.10). Indica também que a preocupação da instituição com sustentabilidade e meio ambiente contribuiu para a preservação, por décadas, de uma extensa área verde até que, “em 1992, a Prefeitura Municipal de São Paulo transformou a área de Mata Atlântica remanescente, preservada pelo Unasp, no Parque Santo Dias com 134.000m2, onde se observa a existência de mais de cinquenta espécies de aves” (p. 14). “Considerando que uma alternativa para a preservação ambiental passa por um esforço educacional, a instituição firmou parceria com o Ministério do Meio Ambiente, em 2006, para a implantação do programa Municípios Educadores Sustentáveis (MES), de intercâmbio educacional voltado para docentes. Os municípios que pertencem à Região Metropolitana de Campinas (RMC) e a outras microrregiões circunvizinhas ao Unasp campus EC se uniram para implementar educação ambiental com o objetivo de reduzir os impactos do avanço tecnológico, industrial e urbano na Mata Atlântica e recursos hídricos. Em 2007 foi assinada uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, com o objetivo de ampliar a cobertura florestal dos campi, somando cerca de 20 hectares de área verde a ser criada nos próximos anos” (p. 16). Faz parte da cultura institucional do Unasp a valorização do mundo natural e uma ambiência que produza um estilo de vida saudável, equilibrado e holístico. Segundo o PDI, a atenção do Unasp às questões de sustentabilidade e preservação do meio ambiente levaram a criação de uma Política Ambiental que

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 52 sintetiza os principais campos de atuação institucional, quer no âmbito da conscientização e formação de um compromisso pessoal da comunidade acadêmica com as questões ambientais, quer nas ações efetivas a serem desenvolvidas pela Instituição para lograr maior efetividade nas relações com o consumo de bens, com o manejo dos recursos naturais e com os rejeitos produzidos no âmbito institucional” e estabelece que “a gestão ambiental do Unasp atua em setores como o de áreas verdes, compreendendo as áreas urbanizadas, agrícolas e de preservação; consumo consciente e gestão de recursos; resíduos gerados nos campi, compreendendo os resíduos recicláveis, os potencialmente perigosos e os esgotos; e educação ambiental” (p. 37).

O PDI informa que a:

organização curricular dos cursos e programas da instituição atende às definições das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e demais legislações estabelecidas para cada carreira e nível de ensino. Os temas relativos à Educação em Direitos Humanos, Educação Ambiental e Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e africana e indígena são tratados em cada curso, conforme definido nos projetos pedagógicos”(p.56) e que “os componentes curriculares são voltados para a apropriação e construção do conhecimento, desenvolvimento de atitudes e habilidades requeridas para o exercício profissional, bem como, a atuação na realidade, segundo princípios éticos, dos direitos humanos, da diversidade étnica e da educação ambiental” (p. 88).

Ações relativas ao Meio Ambiente e Sustentabilidade

No Unasp campus São Paulo funciona desde 1989 o curso de Ciências, transformado em curso de Ciências Biológicas em 1997, que tem sido referencial na formulação de diretrizes ambientais para o Unasp a exemplo do compromisso assumido na Eco Rio 1992, quando formalizou a coleta seletiva no campus São Paulo e o plantio de orquídeas em árvores ornamentais nas alamedas do campus sede. Por sua localização no extremo sul da cidade, o Unasp SP atende a uma região com mais de 2 milhões de habitantes. A região, até a segunda metade do século 20, era uma extensa área ocupada pela Mata Atlântica que foi derrubada e povoada num veloz processo de urbanização. O Unasp SP preservou um pequeno trecho de área verde transformado no Parque Santo Dias e outro ainda preservado pela instituição. O Unasp criou uma Comissão de Monitoramento Ambiental – COMAM presidida pelo coordenador do curso de Ciências biológicas. Com representação em cada campus, a COMAM tem caráter consultivo, assessora a administração do campus na implementação da Política Ambiental, faz levantamentos e diagnósticos dos desvios e práticas ambientalmente inadequadas monitorando os indicadores de consumo ou desperdícios dos

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 53 recursos renováveis, e promove eventos e ações de divulgação para disseminar ideias que levem à conscientização das comunidades quanto à responsabilidade ambiental. Em 2018 a COMAM monitorou o corte de árvores em situação de risco, acompanhou o replantio em áreas adequadas nos diversos campi, apoiou e incentivou programas de Educação Ambiental como “A Fazendinha” e o “Eu Jogo Limpo”, respectivamente nos campi EC e SP, incentivou ações de combate ao desperdício dos restaurantes e a reciclagem de lixo coletado em cada campus. Em conjunto com coordenações de curso, a COMAM ofereceu indicações bibliográficas aos estudantes que pesquisaram sobre a temática nos GPs e TCCs dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Pedagogia. A COMAM promove campanhas de conscientização sobre o uso da água, a valorização das energias renováveis, como uso de madeira de reflorestamento plantada no próprio campus, o uso de energia solar, a coleta seletiva e sobre preservação ambiental fora dos limites institucionais. O Unasp EC localizado em área rural, possui uma Estação de Tratamentos de Efluentes (ETE). A Educação Ambiental é valorizada no Unasp por conta de sua filosofia institucional que incentivou a implantação inicial dos campi em extensas áreas rurais. Essas áreas foram alcançadas pela urbanização e se transformaram em oásis verdes na Região Metropolitana de São Paulo e Região Metropolitana de Campinas. O Unasp EC, por conta de sua história ser mais recente, é considerado um campus rural, com 6,3 mil hectares de terra com espaço para agricultura, fruticultura, criação de gado leiteiro, desenvolvimento da avicultura e apicultura.

Figura 1 – campus HT

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 54 Figura 2 – campus SP

Figura 3 - campus EC

Em 2016, o Unasp campus Engenheiro Coelho abriu um espaço cultural e educacional sustentável conhecido como Fazendinha, servindo de atuação para os cursos de Mestrado Profissional em Educação, para Pedagogia, e também para os cursos de Licenciatura e escola de educação básica atuarem em ações de educação para o meio ambiente, sustentabilidade e ecologia. Dois grandes lagos piscosos estão localizados juntos à Fazendinha. O espaço é arborizado e uma infraestrutura está sendo sustentavelmente articulada para atender estudantes da Rede Adventista em São Paulo e das escolas públicas da região em projetos de Educação Ambiental. Nesse local, o curso de Pedagogia desenvolve estágio, com a escola de educação básica do campus EC e demais unidades

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 55 escolares da região, o curso de História oferece formação em História Ambiental e local, o curso de Engenharia Agronômica dá suporte para horticultura, fruticultura, silvicultura e promoção da apicultura e do manejo de abelhas sem ferrão (meliponicultura).2 A Editora Novas Edições Acadêmicas publicou o livro Biorremediação de ambientes contaminados por petróleo e derivados, que fala sobre o meio ambiente, do qual o diretor da COMAM do campus SP é um dos autores.3

Figura 4 – Capa do livro

O curso de Arquitetura acompanha as construções dentro do conceito de sustentabilidade. O local serve de cenário e apoio para filmagens e produção de documentários e clipes do curso de Comunicação Social (Publicidade e Rádio TV). O até então ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, em 12 de julho de 2018, visitou o Unasp campus Engenheiro Coelho e conheceu o projeto de Educação Ambiental

2 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. 3 CAVALARO, B. D. W.; SANTOS, A. A. Biorremediação de ambientes contaminados por petróleo e derivados. São Paulo: Novas Edições Acadêmicas, 2018.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 56 Fazendinha, local que terá os anos iniciais da escola de educação básica implantada em 2019.4

Figura 5 – Visita do ministro da Educação ao projeto Fazendinha

Figura 6 – Fazendinha vista do lago

4 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 57 Figura 7 – Professores visitam o projeto Fazendinha

Figura 8 – Aula no ambiente do projeto Fazendinha

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 58 Figura 9 – Educação Ambiental

Figura 10 – Aula na Fazendinha

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 59 Figura 11 – Evento realizado no campus EC

Ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico- racial

Na trajetória do Unasp, já nos primórdios em 1927, professores e estudantes egressos da instituição se voluntariaram para atuar em projetos missionários com ênfase na educação e promoção da saúde na Ilha do Bananal, atual estado de Tocantins, entre os índios Karajá. Em 1927 foi enviado para o continente africano o primeiro casal de estudantes para atuar na área missionária e educacional no Bongo e em Angola. Em 2016 foi criado o Núcleo de Estudos da Diversidade Étnica (NEDE), que mantém filiais em cada campus com o propósito de fomentar pesquisa e ações afirmativas de conscientização da comunidade escolar e circundante sobre a cultura indígena, africana e afro-brasileira. Ações afirmativas de defesa e promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial que se inserem nos programas acadêmicos em todos os níveis e departamentos coordenados pelo NEDE, que se torna Núcleo de Estudos da Diversidade Étnica e Direitos Humanos (NEDEDH). Os elementos relativos à diversidade estão presentes nos Projetos Pedagógicos de Curso no que se refere a ações institucionais relativas à Educação Étnico-racial programação acadêmica desenvolvida encontra-se registrada nos relatórios semestrais do NEDEDH, que tem representação em cada campus.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 60 O Unasp estabeleceu áreas temáticas e linhas de pesquisa e extensão que contemplam as questões ambientais, dos direitos humanos, diversidade e igualdade étnico- racial, e as ações na produção científica e acadêmica executadas são vinculadas a elas. Periodicamente são realizados simpósios com a participação de palestrantes especialistas e representantes de aldeias indígenas em debates, palestras formativas e informativas sobre o tema. Livros impressos e E-books foram lançados com o propósito de estimular a produção de reflexões acadêmicas a partir de ações internas e na comunidade externa sobre diversidade cultural e a necessidade de inclusão de todas as etnias no debate democrático. Atualmente, o Unasp tem recebido jovens de aldeias indígenas do Tocantins, etnias Karajá e Xerente, e da Bahia, etnia Pataxó. Estudantes estrangeiros oriundos da África e outros continentes estudam no Unasp, muitos deles, com bolsas de estudos parciais e integrais. Há diversos corais e conjuntos musicais formados por essas comunidades estrangeiras, os quais periodicamente se apresentam nas programações culturais da instituição e em outras que ocorrem nas imediações dos campi. A ação interdisciplinar na área dos direitos humanos, diversidade e igualdade étnico-racial também se apresenta em projetos de pesquisa, destacando-se em Trabalhos de Conclusão de Curso, dissertações de mestrado e uma variedade de eventos realizados nos campi. A produção acadêmica na área também tem sido apresentada em eventos científicos. Exemplos da produção acadêmica na área de diversidade e igualdade étnico-racial e direitos humanos:

Projeto de Pesquisa

Título: UMA CONVERSA SOBRE SÍMBOLOS E CABELOS: aplicação de um projeto de valorização do ser negro(a) nas escolas públicas e privadas no município de Engenheiro Coelho, SP Participação em Eventos Científicos - Publicação em Anais

Evento: 31 Congresso da SOTER Título: Um quilombo e uma história com símbolos singulares de religiosidade. Local: Belo Horizonte, MG Data: julho de 2018 Autores: RAMÍREZ, Germana Ponce de Leon; DIAS, Marcelo Eduardo da Costa.

Evento: 31 Congresso da SOTER Título: Os incas peruanos e a moral sob uma perspectiva teológica. Local: Belo Horizonte, MG Data: julho de 2018 Autores: PONCE DE LEON, Isaúl Joaquin Ramirez; RAMÍREZ, Germana P.L.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 61 Evento: III Jornada Ibero-Americana de Pesquisa em Políticas Educacionais e Experiências Interdisciplinares de Educação Título: Uma reflexão sobre a discriminação da mulher negra na contabilidade Local: Brasília, DF Data: setembro de 2018 Autores: SANTANA, Rosangela Marques de; RAMIREZ, Germana P. L.; SILVA, Leonelson Dias.

Evento: III Jornada Ibero-Americana de Pesquisa em Políticas Educacionais e Experiências interdisciplinares de educação Título: Da homogeneidade à diversidade: uma reflexão atual em combate ao racismo. Local: Brasília, DF Data: setembro de 2018 Autores: SILVA, Leonelson Dias da; RAMIREZ, Germana Ponce de Leon.

Evento: II EDUPALA Congresso Internacional Conhecimentos Pertinentes para a Educação na América Latina: Formação de Formadores. Título: Representações sociais das imagens do negro na educação: formação de professores e o respeito às diferenças Local: Lages, SC Data: 24 a 26/ 09/ 2018 Autores: ARANTES, Luana Carvalho; RAMIREZ, Germana Ponce de Leon.

Evento: 6º ENAIC do Unasp/HT Título: Discriminação e identidade: questões Étnico-raciais. Local: Hortolândia, SP Data: 02/ 12/ 2018 Autores: ARAUJO, Daiane C.; LAURINDO, Isabela C.; CARRARO, Elaine C.; FERRARI, Keyla.

Trabalhos de Conclusão de Curso

1) Título: O uso do paradidático como meio de ensino: ferramenta de conscientização da diversidade étnica indígena. Curso: Licenciatura em Pedagogia

2) Título: Conscientização e valorização do ser negro nas séries iniciais Curso: Licenciatura em Pedagogia

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 62 3) Título: O papel do brinquedo como recurso didático para o ensino da consciência em ser negro na educação infantil. Curso: Licenciatura em Pedagogia

4) Título: O ensino de história e os povos indígenas, um diálogo harmonioso Curso: Licenciatura em História

5) Título: A imprensa brasileira e a missão adventista entre os índios Karajá (1927- 1977). Curso: Licenciatura em História

6) Título: A influência da literatura infantil brasileira na construção da identidade da criança negra. Curso: Licenciatura em Pedagogia

7) Título: A formação docente para o estudo de história e cultura afro-brasileira. Curso: Licenciatura em Pedagogia

8) Título: Donos da própria história: análise sobre as memórias dos povos indígenas. Curso: Jornalismo

9) Título: Alfabetização e letramento para o povo Xerente. Curso: Licenciatura em Pedagogia

10) Título: O papel do brinquedo como recurso didático para o ensino da consciência em ser negro nas séries iniciais. Curso: Licenciatura em Pedagogia

11) Título: Lei Áurea: o contexto da abolição, antes, durante e depois de 1888. Curso: Direito.

12) Título: Django Livre e o racismo que aprisiona. Curso: Direito.

Dissertações de Mestrado

1) Título: Povo Haliti Paresi: contribuições para a prática docente não-indígena na Educação Básica Aluna: Vivian Balan Fiuza Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 63 Defendido em 20/08/2018

2) Título: As questões afro-brasileiras no ensino privado do município de Cuiabá, MT. Aluno: Leonelson Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez. Qualificado em 19/10/2018

3) Título: Representações sociais do negro no âmbito acadêmico jurídico: a valorização de uma educação inclusiva Aluna: Luana Carvalho Arantes Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez. Defendido em 06/12/2018

4) Título: Narrativas de mulheres negras no entrelace entre a contabilidade e a educação. Aluna: Rosangela Marques de Santana Orientadora: Germana Ponce de Leon Ramírez. Qualificado em 06/12/2018

Exemplos de Eventos realizados em 2018

Seminários Interdisciplinares

Título: 70 ANOS DA MORTE DE MAHATMA GANDHI Título: 50 ANOS DA MORTE DE MARTIN LUTHER KING

Figura 12 – Seminário

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 64 Figura 13 – Seminário: Liberdade Religiosa

Figura 14 – Veiculação na rádio Unasp

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 65 Figura 15 E-book disponível para – Figura 16 – Evento: Chá Cultural – download gratuito pôster. Título: CHÁ CULTURAL

Figura 17 – IV SECONE Título: IV SECONE – Seminário de Debate sobre a Consciência Negra

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 66 Figura 18 - Evento realizado na comunidade externa Título: AFRICAN DAY

Figura 19 – Evento promovido pela comunidade africana do Unasp Título: SUPER ÁFRICA

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 67 Figura 20 – Oficina de Culinária Congolesa vegetariana Título: OFICINA CULINÁRIA VEGETARIANA CONGOLESA

Figura 21 – Encontro da Diversidade Étnica Título: I Encontro do Diversidade étnica do campus SP

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 68 Figura 22 – Encontro Afrobrasilidade Título: II Encontro Afrobrasilidade

Figura 23 – Apresentação do coral da igreja africana

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 69 Figura 24 – Evento sobre o tema África e participação da comunidade africana do Unasp

Figura 25 – Evento: Diálogos étnico-raciais no ambiente confessional Título: I Diálogos Étnicos-raciais no ambiente confessional

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 70 Dentre as políticas institucionais gerais encontra-se a que é intitulada “Memória Institucional e Patrimônio Cultural” (p. 37), que pontua que:

O Unasp entende ser seu dever a promoção e o cultivo de bens culturais como elemento fundamental para o desenvolvimento de seus discentes, e como valor distintivo da matriz de serviços educacionais. Documentos e peças diversas, arquivos, espaços de memória, eventos que reúnam várias gerações da vida institucional, devem ser e traduzir expressões de valorização cultural no Unasp. Além disso, o distintivo cenário do Unasp na produção artística, especialmente através da música, permite firmar um patrimônio cultural peculiar e de destaque regional, nacional e até internacional. A comunidade acadêmica é beneficiada com a rica troca de experiências culturais, e um aporte diversificado de serviços, quer identificando dons e talentos, quer propiciando estímulo e oportunidades de participação aos que desejam se desenvolver com maior profundidade no campo artístico e cultural (p. 38-39).

Essa política justifica as frequentes ações celebrativas e comemorativas promovidas pelos alunos egressos que retornam ao campus e celebram o reencontro com Ação de Graças, apresentações musicais e a recordação de eventos passados. A meta para o estabelecimento de um Centro de Memória em cada campus, apresentada no PDI (p. 200), os museus de Ciências Naturais (campus SP) e de Arqueologia (campus EC), e o Centro Nacional da Memória Adventista também decorrem dessa política e revelam o empenho da instituição na preservação de sua memória e patrimônio cultural. O Unasp é uma instituição centenária cuja sede, localizada em São Paulo, completou 103 anos em 2018, e tem ampliado seu interesse em preservar a história de sua comunidade interna e externa. Cada campus possui bibliotecas gerais para Pós-Graduação e Graduação, e coleções específicas atendendo à escola de educação básica. Esses acervos contam com: setor de livros raros e periódicos de interesse para a memória institucional e local, que constituem um rico acervo para pesquisas envolvendo o patrimônio cultural nacional, estadual e municipal. O Unasp mantém, desde 1987, o Centro White, inicialmente criado no campus São Paulo e transferido para o campus Engenheiro Coelho. Nesse departamento existe o Centro Nacional da Memória da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que abriga documentos históricos nos mais diferentes suportes (filmes, slides, fotografias, panfletos, livros, manuscritos), e que serve de apoio bibliográfico. Progressivamente, a partir de 2012 tem-se disponibilizado ao público em geral, pela internet, parte do acervo fotográfico pela plataforma Flickr.5

5 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 71 Figura 26 – Centro White – Homepage

Os cursos de Licenciatura em História e de Arquitetura, do campus Engenheiro Coelho, assim como como diversos departamentos do Unasp, estiveram envolvidos no processo de tombamento de parte dos edifícios centrais do campus SP, em 2018, através de consultoria de grupos de ex-alunos da instituição que submeteram ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico a solicitação de tombamento do Prédio Escolar cuja construção data de 1925; Auditório Central, construído no início da II Grande Guerra; o Arco de entrada do Antigo Colégio Adventista, atual campus SP, datado dos anos 1930.6 Na cidade de , a docente Janaina Silva (do curso de História, Pedagogia e Arquitetura) produziu um documento sobre a Capela do Bairrinho com a imagem de Santa Bárbara, atribuídas ao século 18 e construção do século 19, com ampla repercussão da mídia regional. Dois alunos e duas professores apresentaram no auditório da Câmara Municipal de Engenheiro Coelho um inventário da Igreja e da imagem com ampla repercussão na cidade.7

Figura 27 – Audiência pública: A Capela de Santa Bárbara

6 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. 7 Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 72 Figura 28 – Apresentação de TCC – A Capela de Santa Bárbara (inventário histórico)

Pesquisas de TCC sob orientação de professores de diversos cursos do campus EC têm produzido reflexões e iniciativas de difusão e divulgação do estado de preservação de edifícios com características relevantes dos séculos 19 e 20, nas cidades circunvizinhas, destacando-se Mogi Guaçu, , , Engenheiro Coelho, Artur Nogueira e , em 2018. Docentes do curso de História, através do PIBID e do Programa de Residência Pedagógica, iniciaram em agosto de 2018 uma parceria com a CAPES e estão envolvidos em ações de pesquisa, ensino e produção de material didático sobre a história dos Municípios de Artur Nogueira e Engenheiro Coelho.8 Participaram de ações de defesa do patrimônio evitando que, para a construção de uma nova igreja matriz, ocorresse a demolição da igreja católica9 que surgiu como capela antes da fundação da cidade de Artur Nogueira que completa 70 anos.10 Inaugurado em 14 de maio de 2000, o Museu de Arqueologia Bíblica (MAB) é o primeiro núcleo adventista brasileiro destinado a colecionar e expor achados arqueológicos relacionados ao mundo da Bíblia e o maior desse segmento na América Latina. Composto por cerca de duas mil peças, ele é, sem dúvida, um importante símbolo do compromisso da Igreja Adventista no Brasil com a autoridade normativa das Escrituras. Instalado no edifício da Biblioteca do campus EC, está prestes a mudar-se para um novo edifício para o qual está prevista uma ala museológica educacional para atender o público escolar e uma exposição de artefatos indígenas da região.

8 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. 9 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. 10 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 73 No dia 16 de novembro de 2018, o Unasp foi autorizado a captar 3,7 milhões de reais através da Lei Rouanet para finalizar a construção do MAB.

Figura 29 – Logo do Museu de Arqueologia Bíblica

Figura 30 – Divulgando o MAB para captação de recursos

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 74 O Grupo de Estudos da Antiguidade (GEAN), composto por pesquisadores (professores, estudantes, egressos e comunidade), boa parte com atuação nos cursos de Letras, História, Tradutor Intérprete, lançou um livro, em 9 de maio de 2018, pela Unaspress intitulado Arqueologia: História, Textos e Escrita, no qual são abordados temas regionais, nacionais e internacionais dentro da perspectiva de proteção do Patrimônio Cultural.

Figura 31 – Livro: “Arqueologia: História, Textos e Escrita”

Entre os dias 15 e 18 de novembro de 2018, aconteceu o II Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, com cerca de 400 participantes internacionais vindos de vários países da África e da América do Sul. Vieram três palestrantes de Israel, um deles diretor e curador do Santuário do Livro que preserva e divulga os manuscritos do Mar Morto, e dois arqueólogos com longa experiência de escavações nas cavernas do Mar Morto, em Jerusalém e nos mais conhecidos sítios arqueológicos de Israel. O Diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP deu palestras sobre o acervo do MAE.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 75 Figura 32 – 2º Congresso Internacional de Arqueologia Bíblica

O Unasp campus SP iniciou em 2015 a instalação do seu Centro de Memória numa das salas do Prédio Escolar construído por seu primeiro diretor norte-americano, Dr. Thomas W. Steen, abriga iniciativas de captação de memorabilia de sua comunidade para exposições temporárias sobre sua história e da comunidade. O Unasp foi pioneiro na implantação, na Zona Sul de São Paulo e no Brasil, da pecuária leiteira e importação de vacas holandesas para o melhoramento do rebanho leiteiro nacional. Também é pioneiro na abertura da primeira fábrica de produtos alimentícios integrais nos anos 1930, conhecida então como Fábrica de Produtos Superbom, a primeira indústria alimentícia implantada na Zona Sul de São Paulo.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 76 Figura 33 – Imagens de materiais que compõem o acervo do Centro de Memória campus SP O campus Hortolândia mantém, nas dependências de seu edifício escolar central, um espaço dedicado à memória da Comunidade Escolar com exposição permanente de acervo histórico. Esse campus do Unasp celebra regularmente o seu aniversário com a presença de alunos egressos do IASP. O campus HT surgiu como Ginásio Adventista de Campinas, nas imediações da Estação Ferroviária Jacuba, que pertenceu à Estrada de Ferro Sorocabana. Ao desmembrar- se de Campinas, a região compunha o município de Sumaré do qual emancipou-se em 1991 tornando-se o município de Hortolândia, hoje abrigando um dinâmico polo industrial, tecnológico e automotivo da Região Metropolitana de Campinas.

Figura 34 – Centro de Memória campus HT

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 77 Figura 35 – Visita ao Centro de Memória campus HT

Amostra de eventos promovidos pelo Centro de Memória do Unasp

Figura 36 – Seminários interdisciplinares no Centro Nacional da Memória Adventista

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 78 Figura 37 – Comemoração dos 40 anos da Banda Sinfônica do campus SP

Figura 38 – Visitantes à mostra relativa aos 40 anos da Banda Sinfônica

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 79 Figura 39 – Jornada Cultural

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 80 Figura 40 – Celebração dos 103 anos do campus SP

Figura 41 – Tema de Exposição no Centro de Memória no campus SP

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 81 Produção Artístico-Cultural no Unasp

A produção cultural do Unasp, com ênfase na área artística musical, é bastante significativa e expressiva, e seus concertos são apreciados por toda a comunidade. Todos os grupos artísticos também se apresentam em outras instituições e ambientes, em vários locais do país e do exterior. O Unasp estimula a produção cultural disponibilizando a infraestrutura necessária e o suporte financeiro para a organização e operação dos principais grupos artísticos em cada campus, os quais se constituem também como um forte estímulo à iniciação artística e um espaço de oportunidades aos que desejam se desenvolver nessa área cultural. A realização das atividades e eventos artísticos e culturais ocorre com o envolvimento da comunidade acadêmica interna além de egressos e promovendo vários projetos de alcance comunitário. Há uma grande variedade de corais, orquestras e bandas, que agregam discentes das mais diferentes faixas etárias. As programações musicais são abertas ao público interno e externo com o ingresso livre na maioria das vezes, ou condicionado à doação de alimentos, que são distribuídos para entidades que dão suporte para comunidades carentes. A produção artística e cultural é diversificada e alcança expressão em âmbito nacional e internacional, com acervo de gravações de corais, bandas, orquestras, instrumentais e vocais, que percorrem vários estilos do gospel à música clássica erudita, em português e outras línguas, inclusive alguns dialetos angolanos. O Unasp criou em 2018 um portal para divulgar de forma comercial a produção local. O Unasp mantém uma editora, a Unaspress, que produz livros e comercializa parte da produção acadêmica e da produção artístico-cultural da instituição. Alguns produtos tratam diretamente ou indiretamente de temas da sustentabilidade, do meio ambiente, dos Direitos Humanos, da memória institucional e sobre arqueologia. Os diversos campi do Unasp fazem uso da plataforma de vídeos do Youtube, produzidos com apoio do centro de Mídia de cada campus e da reitoria. A utilização das redes sociais expandiu a divulgação dos eventos em canais individuais de grupos musicais, artistas, professores e acadêmicos, que atingem milhões de visualizações. Membros dessa grande comunidade que é o Unasp, composta por estudantes e egressos, empregados e ex-funcionários de uma escola matriz centenária, repercutem nas mídias internacionais, nacionais e locais a memória institucional evangélica cristã com nuances que vão do popular ao erudito, do regional ao internacional. As produções artístico-culturais são promovidas principalmente pelas Escolas de Artes, que servem a todos os níveis de ensino com estudantes de graduação e pós- graduação, participando em dezenas de grupos musicais e vocais com amplo e forte envolvimento dos diversos cursos. As apresentações coletivas e individuais de estudantes e egressos envolvidos com pequenos, médios ou grandes eventos artístico-culturais são amplamente divulgados nas

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 82 páginas da instituição, nas redes sociais dos campi, de cada curso e nas páginas pessoais, com forte impacto. Essas produções, além de serem apresentadas ao vivo nos auditórios encontram espaço para divulgação na rádio FM do campus EC e em sua parceira, a Rede Novo Tempo de Rádio e TV, a Rede Adventista de Comunicação, sediada em Jacareí e de propriedade da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em 2018, foram 65 programas, concertos, recitais, mostras e exposições alguns em parceria com o curso de Licenciatura em Música, 95 apresentações de concertos, recitais, palestras e mostras nos auditórios com grupos musicais vinculados à Escola de Artes, totalizando 160 apresentações. No Unasp existem 60 grupos vocais (corais conjuntos e quartetos) e 28 instrumentais (orquestras, bandas e quintetos), os quais envolvem cerca de 1900 pessoas, alunos, docentes e membros da comunidade. Somando as apresentações internas e externas mais de 300 apresentações.11

Amostra dos Eventos Artísticos Musicais Produzidos Pelo Unasp em 2018

Figura 42 – Concerto sacro da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas no campus EC

11 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 83 Figura 43 – Show Gospel – Leonardo Gonçalves

Figura 44 – Semana da Arte – campus HT

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 84 Figura 45 – Concerto da Camerata do campus HT

Figura 46 – Celebração 69º Aniversário do campus HT

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 85 Figura 47 – Musical de Natal – campus HT

Figura 48 – Concerto do Coral de Sinos do campus EC

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 86 Figura 49 – Concerto de Flauta e Piano – campus EC

Figura 50 – Show do Grupo Novo Tom – campus EC

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 87 Figura 51 – 25ª Semana da Arte – campus EC

Figura 52 – Concerto da Orquestra Sinfônica do campus SP

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 88 Figura 54 - Concerto sacro promovido pela associação de egressos – campus HT

Produção Artística em CD e DVD

Figura 55 – Produção campus HT Figura 56 – Produção campus SP

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 89 Figura 57 – Produção campus EC

Produção comercializada pela Unaspress

Figura 58 – Produtos Unaspress

Figura 59 – Produtos Unaspress

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 90 Figura 60 – Produtos Unaspress

Indicador 2.5: PDI e políticas institucionais voltadas ao desenvolvimento econômico e à responsabilidade social

Os aspectos relativos à promoção do desenvolvimento econômico e social, considerando a melhoria das condições de vida da população e as ações de inclusão e empreendedorismo, são percebidos de maneira destacada nas políticas institucionais gerais de Responsabilidade Social e de Empreendedorismo, e ainda na política relativa à área de Extensão, nomeada Ênfase em Atividades que Resultem no Desenvolvimento e Melhoria da Qualidade de Vida da Comunidade. Na política de Empreendedorismo, lemos: “Empreender é uma marca eminentemente humana! E como uma escola é uma instituição humana, a Instituição pretende ser uma apoiadora de iniciativas empreendedoras e buscará fortalecer esta cultura como um elemento distintivo dentre as instituições que lhe são similares” (PDI, p. 34). A Política de Responsabilidade Social do Unasp decorre da sua visão cristã de mundo, de homem, de sociedade, na perspectiva bíblica da condição humana atual e futura, e se expressa nas seguintes ações:

 Assistência a Discentes Carentes;  Atividades de Solidariedade e Atenção Básica a Comunidades Diversas;  Convênios e Parcerias com o Poder Público e/ou Organizações Privadas em Eventos e Programas Sociais;  Projetos Específicos de Atendimento Emergencial;  Componentes Curriculares Voltados para o Compromisso Social Cristão.

A política: “Ênfase em Atividades que Resultem no Desenvolvimento e Melhoria da Qualidade de Vida da Comunidade”, relativa à área de extensão, estabelece: “Os projetos de extensão devem dar preferência a ações cuja repercussão redunde em melhoria na qualidade de vida e no desenvolvimento econômico e social da região

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 91 geográfica na qual a Instituição está localizada, promovendo assim a diminuição das desigualdades sociais, a promoção de atividades artísticas, culturais e ambientais, o bem- estar biopsicossocial dos indivíduos, o direito à informação, respeitando a diversidade e promovendo transformações” (PDI, p. 86). Observando as ações que o Unasp desenvolve a cada período, percebe-se que são bastante evidentes as que promovem melhores condições de vida para a população, a inclusão de várias camadas sociais e a inclusão de pessoas com necessidades especiais. Algumas das ações que comprovam que as políticas institucionais voltadas a esses fins são, de fato, executadas, são: 1. Mutirão de Natal: A cada ano, no segundo semestre, é lançado o projeto de arrecadação de alimentos, roupas, calçados, brinquedos e demais necessidades para as famílias carentes das comunidades vizinhas do Unasp. A arrecadação é feita nas cidades, através de carros e caminhões, juntamente de diversos alunos, passando pelas ruas e apelando para que contribuam como projeto. Além disso, alguns eventos produzidos no Unasp têm como ingresso alimentos não perecíveis, servindo para incrementar o volume de doações. A meta sempre é atingir pelo menos 60 toneladas de alimentos, alvo que sempre é superado. Muitos cursos participam diretamente, contribuindo com doações ou trazendo de outros doadores. 2. Ajuda Urbana: Com periodicidade semanal, esse projeto de voluntariado auxilia no atendimento das necessidades básicas dos moradores de rua e na reintegração à sociedade, além de contribuir para o crescimento e desenvolvimento de crianças nas periferias das cidades de Mogi Guaçu, Limeira e Cosmópolis, no interior de São Paulo. 3. Doação de Sangue: O objetivo do projeto é contribuir com o banco de sangue do Hemocentro de Campinas. O projeto conta com a participação de vários alunos e colaboradores. A iniciativa já atendeu centenas de pessoas durante os últimos anos, necessitados de sangue de vários tipos. A cada ano, uma unidade móvel coleta as bolsas de sangue no campus, sendo um evento de alta relevância social. 4. Imposto de Renda: Os membros da Empresa Júnior de Administração e Ciências Contábeis desenvolvem o projeto há mais de quatro anos, atendendo a comunidade em geral, alunos e servidores, no processo de preenchimento da declaração do imposto de renda. Foram atendidos, nos últimos quatro anos, mais de 250 pessoas, tendo como contraprestação a doação de alimentos não perecíveis ou uma pequena contribuição em espécie. Os alimentos são distribuídos em entidades carentes da cidade de Engenheiro Coelho, mais especificamente a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA). 5. A Hora do Conto: Esse projeto é organizado pela Coordenação de Estágios do Curso de Pedagogia do Unasp, e envolve os estagiários do 6º semestre. O projeto “Hora do Conto” acontece nas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, e utiliza da contação de histórias, que visa despertar nos alunos o gosto e o prazer pela leitura. Os estagiários do curso de Pedagogia fazem a apresentação de obras de literatura infantil

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 92 encenando as histórias e envolvendo a participação dos alunos por meio da reflexão do texto. A obras apresentadas são pré-selecionadas para que as crianças vivenciem material de qualidade. 6. O Projeto Livrão: é uma proposta das disciplinas de estágio e literatura infantil. Os alunos ampliam um livro (por isso o nome "livrão") de literatura infantil e preparam um projeto para trabalhar com as crianças em sala de aula. Esse material faz parte do acervo de livros do curso de pedagogia e os alunos utilizam nas aulas de estágio. Já temos mais de 30 livros confeccionados pelos alunos e é um sucesso entre as crianças.

Figura 61 – Projeto Livrão

7. Leitura na Biblioteca: Esse é um projeto organizado pela Coordenação de Estágios do Curso de Pedagogia do Unasp em parceria com a ADRA de Engenheiro Coelho, desenvolvido semanalmente por um grupo de alunos do curso. É um projeto que viabiliza aos estagiários a regência no ambiente da biblioteca proporcionando momento de leitura e análise de livros com as crianças de diferentes faixas etárias. Favorece também a vivência das crianças com diferentes títulos da literatura infantil oportunizando o conhecimento de diversos temas, a criatividade e o pensamento reflexivo por meio da roda da conversa. 8. Residência Pedagógica: Promovida pelo Ministério da Educação e com a participação dos alunos de licenciaturas do Unasp, apresenta a caracterização da realidade educacional na qual as escolas-campo do subprojeto estão inseridas, incluindo as expectativas e sugestões dos dirigentes das redes de ensino ao qual pertencem essas escolas; percepção de como esses gestores podem contribuir para o desenvolvimento da residência pedagógica, enquanto estratégia para aperfeiçoar a prática na formação inicial

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 93 dos professores da educação básica. Cerca de 3,9 mil alunos são beneficiados com esse projeto. 9. Pedagogia Hospitalar: O projeto consiste em realizar o sonho de uma criança com alguma enfermidade grave. Esse sonho pode ser: ter, ser, ir ou conhecer alguma coisa, lugar ou pessoa. Cada grupo encontra uma criança nesse estado de vulnerabilidade e, através de uma visita, descobre qual seriam os sonhos da criança. Depois, busca patrocínio para a realização desse sonho. 10. Adaptação de Provas/Atividades: Pensando nos alunos portadores de necessidades especiais (PNE), o Unasp auxilia e provê materiais adaptados aos alunos com PNE, inclusive com monitorias/tutorias, conforme os casos específicos, em todos os níveis de ensino. 11. O Cejusc – Artur Nogueira: Convênio realizado entre o Unasp, Poder Judiciário e o Município de Artur Nogueira. Essa parceria acaba rendendo frutos para todos os envolvidos. O Unasp proporciona aos alunos a possibilidade de acompanhar audiência reais de conciliação e mediação, bem como observar o dia a dia do advogado na prática profissional. Para o Poder Judiciário, o CEJUSC funciona como agente de superação de um verdadeiro gargalo, possibilitando que inúmeros processos sejam resolvidos, diminuindo consideravelmente o trabalho do Poder Judiciário. Para o município de Artur Nogueira, é a possibilidade de ofertar aos cidadãos um serviço de assessoria jurídica gratuita, bem como inúmeros outros serviços advocatícios, como os relativos a divórcios, estabelecimento de pensão alimentícia, guarda de menores, direito do consumidor e direito civil. Em 2018 foram atendidas mais de 1300 pessoas, sendo agendadas as audiências e sendo frutíferas aproximadamente 40% destas. 12. Projeto Integrador - PI (curso de Administração): Os principais objetivos do PI são: promover a integração das diversas disciplinas do curso e permitir a relação entre teoria e prática, entre alunos e professores e entre “sala de aula” e organizações, por meio de atividades desenvolvidas a partir de contextos sociais, econômicos e mercadológicos reais. O foco foi desenvolver e implantar um projeto com finalidade social, em uma organização pública ou sem finalidades lucrativas (organização social). Ao final do PI, em outubro de 2018, o projeto foi concluído e apresentado um termo de aceite do projeto finalizado, assinado pelos responsáveis da organização beneficiada, com reconhecimento de firma em cartório. O Empreendedorismo foi evidente nesse projeto, colaborando com o desenvolvimento social e econômico da região. 13. Visitas Técnicas: Com o objetivo de proporcionar mais conhecimentos práticos e vivenciar as rotinas de trabalho, são promovidas visitas técnicas em diversas cidades e nas mais diversas áreas de interesse, como indústrias automobilísticas, de refrigerantes, de perfumes, Bovespa etc. Essas visitas ampliam a visão dos alunos e dão oportunidade para que estes sonhem grande, através do planejamento e determinação. 14. Unasp e Sebrae: A cada semestre, a partir de 2016, uma unidade móvel do SEBRAE-Campinas permanece durante uma semana no Unasp. Essa semana é marcada

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 94 por atendimentos a empresários e futuros empreendedores, tirando suas dúvidas e conhecendo melhor o mercado. Todos os atendimentos são gratuitos e os assistidos recebem material farto e orientações dos consultores sobre áreas do interesse individual. Pode-se afirmar que tal evento desperta muito interesse, resultando em mais de 100 pessoas que receberam orientações e assessoria sobre empreendedorismo (2018). 15. Feira do Empreendedor: Evento que acontece anualmente na cidade de São Paulo, em parceria com o SEBRAE-SP, promovendo uma visão de negócios e o que o mercado espera dos empresários. Está intimamente ligado ao empreendedorismo, no qual alunos de vários cursos do Unasp participam, anualmente. Em 2018, cerca de 40 alunos estiveram presentes no evento, além de professores e comunidade. 16. Mão na Massa: Objetiva a construção e/ou reforma de habitações para famílias carentes da cidade de Engenheiro Coelho. A ação ajuda desde a formação e documentação dos projetos até a fase construtiva. Atualmente está sendo executada uma casa no Bairro dos Universitários, para a Sra. Maria. 17. Horta Urbana: Projeto desenvolvido pelos alunos do curso de Engenharia Agronômica do Unasp, em parceria com moradores da cidade de Engenheiro Coelho, apresentando técnicas de cultivo, adubação, manutenção e colheita dos produtos. Essas ações visam, especialmente, contribuir com o conhecimento técnico dos alunos para a população desenvolvê-las no cultivo de seus alimentos e, ainda, proporcionar uma fonte de renda alternativa. Atualmente, existem duas hortas urbanas na cidade, as quais têm alcançado os objetivos propostos. 18. O projeto Asilo: Esse projeto tem o objetivo de motivar jovens a dedicarem um pouco do seu tempo para as pessoas da terceira idade, através de carinho, histórias e bastante cuidado por parte dos universitários do Unasp. As visitas são semanais na cidade de Conchal, onde vários alunos e parte da comunidade dá atenção durante os sábados à tarde. 19. Design de Mobiliário para Crianças Especiais: Trabalho da disciplina de Design de Móveis e Objetos do sexto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo do Unasp, desenvolvido em parceria com a terapeuta ocupacional Lígia Leal Silotto Cardoso. Os alunos trabalharam durante o semestre com a criação de mobiliário para quatro crianças com necessidades especiais. Os casos foram trazidos pela terapeuta, a partir das demandas de quatro pacientes reais: 1) J. 7 anos com paralisia cerebral, 2) A. 2 anos com ataxia, 3) J. M. 1 ano com complicações por nascimento prematuro, 4) M. 4 anos com autismo. Os grupos elaboraram protótipos, que foram testados nos próprios pacientes por um grupo de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Com o feedback, os alunos puderam melhorar seu design e entender na prática a complexidade envolvida na criação de um produto. A maioria dos objetos finais foram doados para as crianças e dois grupos decidiram continuar o desenvolvimento buscando alcançar o registro de patente. A proposta propiciou o contato dos alunos com um novo mundo de demandas, novas possibilidades

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 95 de atuação no mercado de trabalho e uma sensibilização para que as necessidades especiais sejam atendidas em seus projetos.

Figura 62 – Protótipo de mobília para crianças especiais

Figura 63 – Protótipo de mobília para crianças especiais

20. Feira do empreendedor e encontros com empresários: Espaços onde os alunos apresentam projetos de empreendedorismo para a comunidade acadêmica e local, e troca de informações e levantamento de demandas dos empresários da região. Dentre as ações realizadas, pode-se destacar como exitosas diversas ações desenvolvidas, tais como: Mutirão de Natal, Ajuda Urbana, A Hora do Conto, Projeto

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 96 Integrador, Unasp e Sebrae, Cejusc, Pedagogia Hospitalar, Projeto Livrão, Leitura na Biblioteca, Feira do empreendedor, etc. Como ação inovadora destaca-se, dentre outras, o projeto de Design de Mobiliário para Crianças Especiais, elaborado pelos alunos de Arquitetura e Urbanismo, criando protótipos de cadeiras e outros móveis para atender PNE. Essa ação proporcionou oportunidades mais acessíveis e adaptadas aos casos específicos, no caso, PNE. Com o pensamento de patentear alguns desses protótipos, vislumbra-se que os alunos envolvidos no projeto se tornem empreendedores para o respectivo nicho do mercado, enquanto ajudam os PNE em seu conforto e desenvolvimento social e econômico. As ações da parceria entre Unasp e Sebrae, a Feira do Empreendedor e o Encontro com Empresários são exemplos de ação exitosa e inovadora. Direcionados a alunos, servidores e comunidade em geral, essas ações oportunizam o conhecimento sobre empreendedorismo aos moradores de diversos municípios, e contribuem para o seu desenvolvimento econômico. Destaca-se a grande procura por esses eventos, fazendo com que muitos alunos partam para o ramo empresarial, como donos e gestores de seus próprios negócios.

Indicador 2.6: PDI e política institucional para a modalidade EAD

O Capítulo VIII do PDI discorre especificamente sobre a Oferta de Educação a Distância. Iniciando pela definição da missão para esse segmento da instituição e a apresentação de um histórico de sua atuação nessa área, define seus objetivos e apresenta as Diretrizes para essa modalidade de ensino. Dentre os objetivos propostos no PDI ( p. 130) para o EAD, destacam-se em relação à tecnologia:

 formular e implementar cursos e projetos de Educação a Distância (EAD);  acompanhar e dar apoio tecnológico e pedagógico aos cursos a distância, desde a fase de projeto, desenvolvimento, implementação, até à sua administração, supervisão e avaliação;  promover a pesquisa sobre novas tecnologias, formas e instrumentos de ação para a EAD;  desenvolver, produzir e disseminar conteúdos, programas e ferramentas tecnológicas para a utilização em EAD.

As principais atividades relacionadas a esses objetivos são os cursos: “Gestão de EAD e Tutoria online” (pós-graduação) e “Formação de Tutores para EAD” (extensão).

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 97 Figura 64 – Página de inscrição para o curso de Pós-Graduação, MBA em Gestão em EAD e Tutoria online.12

Figura 65 – Página de inscrição para o curso de Extensão em Formação de Tutores para a EAD13

12 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019. 13 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 98 Entre os objetivos do curso de especialização Gestão em EAD e Tutoria Online, estão:

 Preparar profissionais para atuarem na gestão e mediação de projetos educacionais, à distância, contribuindo para o desenvolvimento de conteúdo, ferramentas, planejamentos, gerenciamentos de cursos na modalidade EAD;  Formar tutores online, preparando-os para o desempenho de funções na modalidade a distância, o que envolve o desenvolvimento de competências relacionadas às dimensões pedagógicas, gerenciais e técnicas das atividades;  Preparar gestores responsáveis pelas peculiaridades que envolvem o planejamento, a execução e a avaliação de cursos a distância;  Desenvolver projetos inovadores que tenham como princípio inserir no âmbito da Educação a distância, novas possibilidades educacionais, tecnológicas e de gestão;  Promover pesquisas e desenvolvimento de materiais nas áreas de Tecnologia, Educação a distância e Gestão.

Todos esses objetivos estão alinhados aos objetivos do EAD contemplados no PDI. O item 8.4 do PDI (p. 130-131) apresenta as Diretrizes para o Ensino na Modalidade EAD, considerando que: “No Unasp, a EAD mostra-se como nova ferramenta de fortalecimento da qualidade de ensino que a Instituição oferece. Exige-se, portanto, uma nova concepção do ensino, em que se busca, por meio da tecnologia da informação, desenvolver novas formas de interação entre instituição e sociedade, sempre na busca da eficiência e qualidade de ensino”.

Assim, o Unasp define como diretrizes para a EAD:

 ampliar o conhecimento dessa modalidade de ensino no Unasp, por meio de difusão de informações e da própria estrutura instalada junto aos cursos de graduação, pós-graduação e gestores;  oferecer cursos a distância, em todos os níveis, mantendo, pelo menos, a mesma qualidade do ensino promovido pela instituição nos cursos presenciais já ofertados;  subsidiar os cursos presenciais, com o oferecimento e plataformas virtuais para suporte de disciplinas presenciais;  ampliar a busca de novos discentes para a Instituição, por meio de cursos de graduação e pós-graduação lato sensu oferecidos na modalidade a distância; promover a atualização constante dos recursos materiais e humanos voltados para a EAD;

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 99  promover a gestão do ambiente de aprendizagem dispondo de ferramentas para gestão pedagógica, tecnológica, administrativa e financeira;  promover a interação síncrona, assíncrona, democratização da informação e a socialização do conhecimento, através do uso de tecnologias de informação e comunicação.

No item 8.5 do PDI (p. 131), Recursos para Ensino/Aprendizagem em EAD, são apresentadas diretrizes tecnológicas relacionadas ao EAD. Nesse tópico, o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem – é apresentado como principal recurso tecnológico de interação e serviço ao aluno, conforme segue:

As atividades virtuais serão realizadas pela utilização do Moodle, Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) de qualidade reconhecida internacionalmente, com apoio de equipe técnica para aprimorar os serviços do AVA e customizar sua interface com o sistema de gestão acadêmica. O AVA está armazenado em um datacenter que dispõe de banda 100mbps e garantia de disponibilidade do sistema de 99,9% [...] O uso do AVA facilita a disponibilidade de recursos aos discentes, tais como: atendimento, agendamento, download de materiais instrucionais, gabarito das avaliações, entre outros e favorece a interatividade formal entre discentes e docentes. Além do AVA, principal ambiente de interação, em momentos especiais, prevê- se o uso de outras tecnologias de comunicação síncrona a fim de permitir a troca de mensagens, de áudio e de videoconferência.

Esse item tem sido atendido regularmente no EAD, através da plataforma adequada, obtida por contrato com a empresa Grupo A, que fornece a plataforma Moodle Rooms, a plataforma fica disponível para os alunos conforme login e senha disponibilizados no ato de confirmação da matrícula. Abaixo a figura representativa do AVA.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 100 Figura 66 – Página de login – senha para acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem14

Figura 67 – Conteúdos de uma disciplina no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)15

14 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 101 Para a execução dos processos de ensino/aprendizagem nessa modalidade há necessidade de materiais pedagógicos específicos os quais são produzidos e disponibilizados pela área de Produção de Materiais e Logística, cuja estrutura também está bem definida no PDI, páginas 132 a 134.

Indicador 2.7: Estudo para implantação de polos EAD

De acordo com o artigo 10° da portaria Normativa n° 11 (20/06/2017), o polo de EAD “é a unidade acadêmica e operacional descentralizada, no país ou no exterior, para o desenvolvimento de atividades presenciais relativas aos cursos superiores a distância”. Essa portaria “estabelece normas para o credenciamento de instituições e a oferta de cursos superiores a distância, em conformidade com o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017”. A leitura do PDI do Unasp revela que o mesmo discorre sobre as atividades a serem realizadas nos polos de apoio presencial.

O PDI discorre sobre “Polos de Apoio Presencial” apresentando a necessidade de se fazer estudos para a implantação dos polos, levando em consideração: a) distribuição geográfica, b) aspectos demográficos, c) demandas por ensino superior, d) contribuição dos cursos para o entorno, e) indicadores do PNE de então e f) a distribuição e capilaridade da Rede Adventista de Educação, sendo este último aspecto de destacada importância. Tendo em perspectiva os dispositivos legais de então, o PDI apresenta o estudo de implantação dos 21 polos de apoio presencial definidos pelo Unasp. Os campi presenciais do Unasp também foram credenciados como polos. A Normativa n° 11 (20/06/2017), no artigo 12 diz:

As IES credenciadas para a oferta de cursos superiores a distância poderão criar polos EAD por ato próprio, observando os quantitativos máximos definidos no quadro a seguir, considerados o ano civil e o resultado do Conceito Institucional mais recente:

Conceito Institucional Quantitativo anual de polos 3 50 4 150 5 250

Portanto, as instituições de Ensino Superior (IES) que possuem Conceito Institucional (CI) 3 poderão criar até 50 polos por ano, as com CI 4 poderão criar 150 e as com CI 5 poderão criar até 250 polos por ano.

15 Disponível em: . Acesso em: 27 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 102 A medida torna mais ágil a ampliação da oferta de polos EAD pelas IES devidamente credenciadas, visto que, antes do Decreto recentemente publicado os processos de credenciamento de polos eram analisados pelo MEC, com tempo prolongado de análise. Além disso, essa portaria concentra na sede da IES as avaliações in loco que o MEC realiza, e não mais nos polos. Consoante ao disposto nesta portaria normativa, foram criados novos polos.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 103 IV – ANÁLISE

Indicador 2.1

A leitura do PDI revela de imediato a presença destacada da Missão, Visão e Lema institucionais bem como mostra que o conjunto de fins e objetivos listados se constituem no seu detalhamento, evidenciando a completa articulação entre esses elementos. As políticas de Ensino revelam pleno alinhamento com a missão institucional e norteiam a construção dos cursos de graduação e pós-graduação que são estruturados para promover a consecução dos objetivos e metas institucionais. As políticas de graduação estabelecem programas que “se concatenam com a cosmovisão adotada pela Instituição, uma vez que proporcionam ao discente o desenvolvimento de sua potencialidade como ser humano e a formação de cidadãos qualificados e comprometidos com a sociedade e com a sua transformação”, e na pós- graduação, a política de ensino Estímulo e Iniciativas para a Formação e Valorização Profissional aponta que “a demanda por profissionais competentes e habilitados, capazes de adaptar-se e/ou provocar mudanças, implica uma formação comprometida com valores ético-cristãos” (PDI, p. 73). Em todos os PPCs de Pós-Graduação encontra-se a afirmação: “O Unasp mantém seu compromisso de valorização do ensino, da pesquisa e da extensão, segundo valores bíblicos, e busca oferecer cursos que atendam as demandas da comunidade local e regional de seus campi, bem como, dar oportunidade para que os servidores da vasta rede de instituições diversas da Igreja Adventista do Sétimo Dia possam se atualizar”. Para a pós-graduação, a pesquisa/iniciação científica e a extensão, há políticas que apresentam vínculo direto com a filosofia e missão institucional, especificamente as que estabelecem “A Filosofia Educacional Adventista na Organização Curricular” e a “Articulação Constante da Pesquisa/Iniciação Científica e da Extensão com a Missão Institucional e seu Fundamento Axiológico”. Constata-se assim que as políticas de ensino, de pesquisa/iniciação científica e de extensão refletem a missão, os objetivos e valores da instituição. Analisando as ações transversais a todos os cursos, observa-se que materializam a missão, os objetivos e os valores institucionais conforme estabelecido nas políticas de extensão “Articulação Constante da Extensão com a Missão Institucional e seu Fundamento Axiológico” e “Ênfase em Atividades que Resultem no Desenvolvimento e Melhoria da Qualidade de Vida da Comunidade” (PDI, p. 85-86). Fica evidente que a missão, as metas e os valores da instituição, expressos no PDI, comunicam-se com as políticas de extensão e de pesquisa, traduzem-se em ações institucionais internas e externas, por meio de projetos de responsabilidade social.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 104 Indicador 2.2

As análises dos documentos PDI/PPI e PPC, efetuadas pelo NDE dos cursos e sintetizadas no quadro 1, demonstram que 83% dos cursos têm seus projetos pedagógicos muito bem alinhados com o PDI em todos os aspectos considerados, enquanto os outros 17% avaliam o alinhamento como “Suficiente”, conceito 3, em algum item isolado. Analisando as justificativas apresentadas pelo NDE, para cada item avaliado como “Suficiente” encontramos:

a) Quanto aos objetivos: O único curso que atribuiu conceito 3 para esse item pontua que, entre os objetivos do curso relacionados no PPC, não constam de forma explícita três dos objetivos organizacionais relacionados no PDI (p. 29). Evidentemente, não é esperado que o curso apresente entre seus objetivos, todos os objetivos estabelecidos para a instituição. b) Quanto aos Valores: O PDI apresenta seus valores institucionais agrupados em categorias denominadas Culturais e Sociais, Espirituais, Estéticos, Intelectuais e Profissionais, os quais surgem pelo PPC de forma distribuída e diluída, permitindo inferir a presença de alguns de maneira mais objetiva enquanto outros, especialmente os Culturais, Sociais e Estéticos, são menos percebidos. c) Quanto aos Métodos e Técnicas didático-pedagógicas: “O PDI indica de maneira clara os métodos e técnicas didático-pedagógicas. Cita que a ação pedagógica deve ser dinâmica e flexível e que o aprendizado deve ser ativo, significativo, colaborativo, interdisciplinar, baseado na resolução de problemas, contextualizado e universal. Alguns desses aspectos: flexibilidade, autonomia intelectual e pessoal, integração dos componentes curriculares, estão contemplados no PPC de forma menos detalhadas.” d) Quanto às Atividades de Avaliação: “O PDI expressa que a avaliação deve ser contínua e os resultados devem definir novas dimensões e funções, sendo que essas novas dimensões precisam convergir para um repensar, e recriar, por todos os atores envolvidos no processo ensino- aprendizagem, enquanto o PPC estabelece que a avaliação deve garantir aos discentes a aquisição e produção do conhecimento e aos docentes a reflexão permanente sobre o processo e resultados. O PPC também estabelece a escala a ser usada para atribuição dos conceitos e o mínimo para aprovação, tanto em termos de nota quanto de frequência, pontuando que o detalhamento dos critérios e processo de avaliação encontra-se nos Planos de Ensino.”

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 105 Quanto à presença na prática docente dos elementos avaliados, observada nos planos de ensino e apresentada no quadro 1, constata-se um menor índice de conformidade, com 60% dos cursos apresentando conformidade muito boa ou excelente, quando é desconsiderado o item relativo à utilização de metodologias que favoreçam o atendimento educacional especializado. Especificamente sobre o atendimento educacional especializado, item H, os cursos que atribuem conceito “inexistente” ou “insuficiente”, de forma geral, justificam assim: “ Não se observa no PPC a indicação de práticas específicas para esse fim nem nos PE há descrição de metodologia claramente inclusiva. No entanto, ao acompanhar o cotidiano do curso verifica-se que têm sido atendidas de maneira personalizada as necessidades que o alunado revela, utilizando-se dos recursos dispostos pela instituição para os que apresentam necessidades mais específicas, tais como deficiência visual ou auditiva, e da atuação fundamental do PROAD e do NAAC. De outra parte, a análise dos planos de ensino demonstra que, na maioria das disciplinas há o emprego de métodos diversificados o que torna viável o alcance dos alunos que apresentam necessidades especiais de aprendizado”. Os cursos que atribuem conceito “Suficiente” ou superior, justificam de forma semelhante, destacando o que está estabelecido pela política de Acessibilidade e Inclusão para a Pessoa com Deficiência, e executado pelo PROAD e NAAC. A inexistência de alunos com deficiência, na maioria dos cursos, é apresentada como justificativa para não serem encontradas referências específicas, nos planos de ensino, aos métodos voltados para o atendimento de tais indivíduos. A análise dos resultados do plano de ação do NAAC revela que as ações executadas, referentes ao eixo 1, favorecem o ingresso na instituição do candidato que manifesta a sua necessidade, pois promovem o seu acolhimento e oferece todo o atendimento de que necessita. No entanto, após o processo de admissão, é necessário estabelecer, em seguida, o contato entre os estudantes com necessidade educacionais especiais e a equipe responsável para identificar o tipo e nível de apoio de que o discente necessita, a fim de que este seja bem orientado quanto aos procedimentos a serem efetuados para a sua plena integração ao ambiente acadêmico. Também é necessária a pronta interação da equipe do PROAD e NAAC com os coordenadores e professores dos cursos que receberão esses alunos, a fim de que sejam orientados quanto ao tipo e nível de apoio de que cada estudante necessita, e possam prover as adequações metodológicas necessárias para o processo inclusivo. Quanto ao resultado das ações relativas ao eixo 3 – acessibilidade curricular –, observou-se que promovem as condições para o bom desenvolvimento acadêmico dos estudantes e constatou-se que os professores que propiciaram um ambiente relacional entre os conteúdos ensinados e alunos com necessidades especiais obtiveram melhores resultados no desenvolvimento desses alunos. Foi possível constatar também, que a convivência dos alunos com NEE e alunos sem NEE proporcionou a estes a oportunidade de desenvolverem

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 106 valores de respeito às diferenças no ambiente acadêmico e a capacidade de lidar com as dificuldades de aprendizagem na sala de aula. Pensar em uma proposta de educação inclusiva requer repensar os segmentos dos espaços educacionais de forma mais apropriada para atender os alunos público alvo da Educação Especial. Para esse processo há necessidade de programas bem direcionados que contemplem as diferenças e o pleno desenvolvimento de cada aluno. Quanto mais alto o nível de ensino, mais complexas e desafiadoras são as propostas inclusivas para esse grupo. A utilização dos métodos e técnicas didático-pedagógicas previstos no PPI e no PPC, item F, é avaliada pelos NDE de todos os cursos com conceito maior ou igual a 3 (Suficiente), sendo que 83% avaliam como Muito Bom (conceito 4) ou Excelente (conceito 5). Percebe-se, nesse item, uma variabilidade no rigor da análise do objeto considerado, enquanto uns consideram “Muito Bom” a constatação de que pelo menos um dos métodos e técnicas previsto no PPC consta em cada PE das disciplinas do curso, outros só atribuem o mesmo conceito quando todos PE apresentam o uso de quatro ou cinco métodos ou técnicas diferentes. Os NDE de alguns cursos destacam a presença mais frequente da estratégia de ensino “aulas expositivas”, ou “expositivo-dialogadas”. Os NDE dos cursos que atribuíram conceito “Suficiente” nesse item observam a presença do uso das metodologias citadas no PPC e PPI, porém menos de 60% dos PE registram a utilização de todas, ou da maioria delas, e ainda, destacam que há prevalência das aulas expositivas dialogadas. Os NDE de todos cursos avaliaram com conceito “Muito bom” ou “Excelente” a aplicação das atividades de avaliação previstas no PPC, Item G, observando uma diversificação de instrumentos avaliativos registrados nos planos de Ensino, os quais também registram os critérios que serão utilizados na atribuição do conceito final da disciplina. A incorporação de avanços Tecnológicos na prática didática, item I, é observada nos planos de ensino das disciplinas e é avaliada como muito bom ou excelente por 90% dos cursos. A intensa utilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem, que oferece uma ampla variedade de recursos de suporte ao ensino e de interação, softwares específicos da área do curso, aplicativos, vídeo-aulas, bases de dados, equipamentos disponíveis em sala de aula e nos laboratórios são exemplos de recursos tecnológicos incorporados na prática docente. Os NDE dos cursos que em mais de 40% dos seus planos de ensino não há referência à utilização desses recursos atribuíram conceito 2 ou 3 a esse item. Quanto à utilização de metodologias que promovem a interdisciplinaridade, Item J, verifica-se um alto grau de avaliação positiva com 100% dos cursos atribuindo conceito igual ou superior a 3 (Suficiente). A Atribuição dos conceitos “Muito bom” ou Excelente é justificada principalmente pela presença de Projetos integradores e da Avaliação interdisciplinar, sendo também referida a estruturação curricular através de eixos temáticos como agente promotor de

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 107 interdisciplinaridade. Projetos experimentais, encontros interdisciplinares, disciplinas integradas, cenários de prática que agregam o trabalho interprofissional e a existência de uma disciplina, Tópicos em Atualização Interdisciplinar, presente em cada semestre, são práticas e estratégias interdisciplinares apresentadas por alguns cursos. Metodologias ativas como a metodologia da problematização, estudo de casos e a adoção do Arco de Maguerez são elementos citados pontualmente. Os cursos que atribuíram conceito 3, justificam o conceito pela ausência de um projeto integrador ou pela constatação de que não são encontradas práticas interdisciplinares, em mais de 40% dos planos de ensino. Quanto à promoção intencional de ações didático-pedagógicas reconhecidamente exitosas ou inovadoras, Item K, 77% dos cursos a consideram “Muito boa” ou “Excelente”, 13% atribuem o conceito “Suficiente” e 10% conceitua como “Insuficiente”. Dentre os que avaliam “Muito bom” ou “Excelente” há os que atribuem tal conceito pela presença do Projeto Integrador e da Avaliação interdisciplinar no currículo do curso, visto que esses itens são identificados como inovação no PDI, outros o fazem porque constatam a existência de ações consideradas inovadoras ou exitosas, seja por seu ineditismo no curso seja devido aos resultados alcançados pelos discentes, e outros ainda avaliam como “Muito Bom” ou “Excelente” porque as práticas pedagógicas exitosas são regularmente compartilhadas entre os próprios pares, em reuniões de colegiado e também em períodos de planejamento promovidos pelo PROAD. Por outro lado, há curso que atribuiu o conceito “Insuficiente” a esse aspecto, porque não foi possível reconhecer a existência dessas ações exitosas ou inovadoras na quantidade desejada, enquanto outro, que atribui o mesmo conceito, identifica muitas experiências que têm alcançado êxito no desenvolvimento e aprendizado dos alunos, mas não percebe a divulgação necessária para que sejam efetivamente reconhecidas pelos pares. Os 13% que consideram “suficiente” identificam a prática de ações inovadoras e exitosas, mas reconhecem que é necessário incrementar a sua promoção. Como fica evidente, há necessidade de uma melhor conceituação da expressão “Promoção Intencional” nesse indicador, para que os resultados possam ser mais significativos e coerentes, o que deve ser considerado em nova edição da avaliação desse tema. Os resultados descritos representam um incremento significativo nos aspectos avaliados, que resulta de um esforço coletivo, permanente, de cada curso dos três campi a fim de promover ações que sistematizem práticas que visem o aprimoramento do ensino em sintonia com os princípios e valores que dão sentido a existência do Unasp e de propostas de ensino que contemplem mudanças em decorrência da dinâmica do mundo social e produtivo. O cenário histórico em que se situa a sociedade contemporânea nos últimos anos têm potencializado o avanço de novas tecnologias, modificado as percepções das pessoas quanto à importância de um mundo vivo, interligado em redes comunicacionais proporcionando oportunidades para todos cidadãos, contemplando assim as diferenças no

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 108 contexto educacional. Esse processo tem exigido novo perfil profissional que, além da qualificação para o trabalho, tenha senso crítico e reflexivo, saiba se comunicar de forma eficiente, solucionar problemas de forma criativa, atuar em equipe, ter liderança administrativa e de gerenciamento.

Indicador 2.3

A análise da política institucional de apoio e incentivo à inovação revela seu completo alinhamento à missão, objetivos e valores institucionais expressos no PDI e amplamente evidenciado pelos princípios a ela subjacentes, conforme registra o seu enunciado e é apresentado neste relatório. A constituição da parceria Unasp-IATec se constitui em um marco significativo dessa política. O alinhamento das políticas de pesquisa com o PDI foi discutido e demonstrado na análise do indicador 2.1. Todos os aspectos relativos à política para a promoção e desenvolvimento artístico, seu alinhamento ao PDI e a sua expressão prática são abordados no indicador 2.4. Observando-se a prática institucional na promoção e indução da pesquisa constata- se a consolidação do Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC) que, favorecido pelo credenciamento dos grupos de pesquisa no diretório do CNPq, faz regularmente o lançamento de editais e admite novos alunos bolsistas e voluntários. Constata-se também a homogeneização da execução do programa de apoio à participação em Eventos científicos (PROAPARC) em todos os campi aumentando a sua transparência e melhor promovendo a divulgação dos resultados das pesquisas produzidas. O financiamento institucional da atividade de pesquisa, com a atribuição ou alocação de horas de trabalho para o pesquisador e provimento dos insumos previstos em seus projetos, é um desafio constante, mas concretizam a intencionalidade da busca de uma instituição de excelência. Da análise efetuada observa-se que a execução das ações decorrentes das políticas institucionais de pesquisa/iniciação científica, tem produzido a organização dos processos, a estruturação dos programas de apoio e estímulo, a composição de grupos de pesquisa e seu registro no diretório do CNPq e um incremento quali e quantitativo na produção científica institucional, especialmente pelos programas stricto sensu. Constata-se que, embora as atividades de pesquisa e extensão estejam alinhadas às quatro áreas temáticas, e constem nos projetos dos cursos de pós-graduação, há a necessidade de ajuste nos projetos pedagógicos de alguns cursos de Graduação do campus EC.

Indicador 2.4

É de observação direta o alinhamento das políticas institucionais denominadas “Responsabilidade Ambiental” e “Memória Institucional e Patrimônio Cultural” com a

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 109 missão, valores e objetivos da instituição, destacadamente com os objetivos: i) Desenvolver ações que reflitam a preocupação com a preservação do meio ambiente; ii) Incentivar o trabalho de pesquisa/iniciação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do ser humano e do meio em que vive; iii) Formar recursos humanos de nível superior e promover a pesquisa/iniciação científica e a difusão da cultura, da ciência, das letras, das artes e da tecnologia; entre outros, expressos em seu PDI e relacionados no desenvolvimento do indicador 2.1. O conjunto de ações realizadas em todos os campi e por todos os segmentos acadêmicos demonstra que as políticas são uma expressão da vida institucional nessas áreas. A preservação e conservação do meio ambiente é prática histórica na instituição assim como o incentivo à produção artística e cultural que é diversificada e disseminada nos diversos cursos e departamentos. Constata-se que a valorização da diversidade, a promoção e defesa dos direitos humanos e da igualdade étnica-racial é expressa nas ações promovidas transversalmente em todos os cursos e tem destaque através de eventos específicos e de trabalhos acadêmicos (TCCs, Dissertações, livros, materiais pedagógicos etc.). A produção artística, a promoção dos direitos humanos e da igualdade étnico-racial extrapola os limites dos campi e alcança a comunidade próxima, através dos projetos de extensão, apresentação dos concertos e exibição dos musicais, alcança a comunidade acadêmica externa, pela presença em eventos acadêmicos externos e publicações, e alcança também a comunidade distante, através das ações sociais desenvolvidas pelo Programa de Voluntariado em várias localidades do país, como as realizadas na comunidade Quilombola do Valongo em Tijucas, Santa Catarina, e em outros países, nos quais estudantes e docentes desenvolvem projetos de saúde, educação e de preservação da memória local. Os canais institucionais de comunicação e divulgação, tais como a rádio Unasp, a editora Unaspress e as mídias sociais ampliam ainda mais o alcance da produção institucional. A valorização do Patrimônio e da Memória cultural tem ganhado ênfase com a instalação do Centro de Memória de cada campus.

Indicador 2.5

A análise das políticas institucionais que tratam da melhoria das condições de vida da população, seu desenvolvimento econômico, empreendedorismo e inclusão revela que expressam a missão, valores e cosmovisão institucionais, estando assim perfeitamente alinhadas com o PDI e particularmente com os objetivos: i) Formar diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; ii) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer, com esta,

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 110 uma relação de reciprocidade; iii) promover a educação integral do homem em seus aspectos biopsicossocial e espiritual; iv) contribuir para o fortalecimento da solidariedade entre os homens; entre outros relacionados no desenvolvimento do indicador 2.1. Observando as várias atividades e eventos desenvolvidos durante o período, percebe-se que essas políticas institucionais, alinhadas com o PDI, resultam em ações, demonstrando que “a responsabilidade ética do Unasp não se restringe a uma mera proclamação oral daquilo que acredita, defende e postula como ideal social”. Através de inúmeros projetos e ações, constata-se que o Unasp se preocupa com o desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em geral, não atingindo apenas as pessoas diretamente ligadas à instituição. Assim, alunos, servidores e demais residentes nas imediações dos campi são favorecidos por estas atitudes de cunho responsável, tendo como resultado uma melhora nas condições de vida e uma perspectiva de sonhos a serem alcançados em breve futuro.

Indicador 2.6

Para o desenvolvimento da autoavaliação desse indicador verificou-se que a regulamentação e orientação relativa à modalidade de Ensino a Distância está concentrada no PDI. Todos os projetos pedagógicos dos cursos ofertados nessa modalidade fazem referência às diretrizes presentes no PDI. Quanto aos polos presenciais, estes estão localizados em Escolas da rede Adventista de educação que apresentam estrutura de acesso a deficientes, auditório, salas de apoio e espaço para atendimento de secretaria/tesouraria. No momento, há 55 polos presenciais em funcionamento, distribuídos em todas as regiões brasileiras, os quais têm sido utilizados para a aplicação da avaliação ao final de cada módulo. No que tange a pós-graduação nessa modalidade, algumas deficiências com relação à insuficiência de recursos didáticos foram percebidas e estão sendo mitigadas pela reestruturação dos cursos, inserção de novos objetos de aprendizagem, reformulação da matriz curricular e adoção de um novo design instrucional.

Indicador 2.7

A análise do estudo para a implantação dos polos apresentado no PDI revela que, quanto à distribuição geográfica e aspectos regionais da população do ensino médio (demandas por cursos superiores), pode-se constatar que tais aspectos foram contemplados, uma vez que os polos definidos pelo Unasp, na sua totalidade, oferecem ensino médio há vários anos, depreendendo-se, portanto, uma análise a priori de aspectos geográficos e demográficos. Os primeiros cursos de graduação definidos e implantados pelo Unasp, quais sejam: Administração, Ciências Contábeis, Pedagogia, Letras, Tecnologia em Processos

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 111 Gerenciais e Tecnologia em Recursos Humanos, que figuram entre os 10 cursos mais procurados no Brasil na modalidade a distância. Assim, observa-se que a relevância da contribuição dos cursos ofertados para o desenvolvimento da comunidade foi levada em consideração na escolha dos polos do Unasp. No estudo para a implantação dos polos também se considerou os indicadores do Plano Nacional de Educação (PNE), estabelecido pela Lei 13.005 (25/06/2014), com vigência de 10 anos. No PNE, a Meta 12 espera “Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público”.

Figura 68 – Gráfico: Porcentagem de matrículas na Educação Superior em relação à população de 18 a 24 anos – Taxa bruta de matrícula (OPNE)16

O Brasil precisará chegar à taxa de 50% até 2024. Conforme se vê no gráfico acima, nos últimos 15 anos, a taxa média de crescimento percentual anual das matrículas foi de 1,4%. Em se mantendo essa taxa de crescimento, a meta de 50% na taxa bruta de matrícula não será alcançada.

16 Disponível em: . Aceso em: 28 mar. 2019.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 112 V – AÇÕES COM BASE NA ANÁLISE

Analisadas as políticas de graduação observa-se que, apesar de a política Incentivo à Permanência Discente na Instituição estabelecer um conjunto de ações estratégicas para a manutenção do vínculo do aluno até a sua conclusão do curso, não fica claro nos projetos pedagógicos de curso essa ação. Assim, recomenda-se que sejam mais claramente expressas as ações desenvolvidas para a efetivação dessa política. Quanto à política de Acompanhamento dos egressos, observa-se que os Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação não explicitam a estratégia ou ações que são desenvolvidas no âmbito do curso relativas à essa política. Assim, recomenda-se que sejam mais claramente expressas as ações realizadas para a efetivação dessa política. Considerando que a política de pesquisa Articulação Constante da Pesquisa/Iniciação Científica com a Missão Institucional e seu Fundamento Axiológico estabelece um referencial para a priorização dos investimentos em pesquisa, visando a potencialização dos esforços, insumos e recursos para o cumprimento da missão e da vocação institucional, recomenda-se que todos os projetos de pesquisa e de extensão apresentem com clareza seu alinhamento com os fundamentos axiológicos da missão e vocação institucional. Para tornar mais eficaz o atendimento aos alunos com algum tipo de deficiência ou necessidade especial é preciso encaminhá-lo ao PROAD imediatamente após a matrícula, no caso de ter sido identificada a sua necessidade durante o processo seletivo, ou assim que seja revelada a sua situação. Prover imediata interação entre a equipe do PROAD e NAAC com o coordenador e docentes do curso que receberá o aluno com deficiência para que possam providenciar as adequações metodológicas necessárias. Os professores universitários, mesmo os que acreditam na importância da inclusão para jovens com NEE no Ensino Superior, revelam certa insegurança pelo fato de não terem clareza quanto ao limite de cobrança a ser imposta a esses alunos, e apresentam dificuldades em preparar aulas que contemplem as necessidades deles. Isso indica que os professores também precisam de mais apoio ao longo do processo. Desenvolver estratégias que possibilitem incrementar a comunicação entre os professores para proporcionar um maior crescimento na interdisciplinaridade. Crescer na formação continuada para docentes em relação ao uso das metodologias inovadoras, dos processos pedagógicos e da promoção de ações interdisciplinares como espaço de diálogo entre os vários campos do conhecimento, atendendo a demanda especialmente de docentes bacharéis. Promover processos contínuos relativos à incorporação das tecnologias digitais com a finalidade de conscientizar e ajudar professores a fazerem uso de tecnologias no processo de ensino.

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 113 Em uma próxima edição da avaliação do tema abordado pelo indicador 2.2, deve-se apresentar uma conceituação mais precisa de expressões que constam nos diversos itens, para que haja um maior equilíbrio na análise e os resultados observados possam ser mais significativos e coerentes. Que os coordenadores de todos os cursos que atribuíram conceito igual ou inferior a 3 em sua autoavaliação de algum dos indicadores considerados, desenvolvam ações que promovam a superação dos aspectos apontados pelo NDE. Diante do identificado e exposto na análise do indicador 2.3, recomenda-se a continuidade no processo de reestruturação e reorganização da pesquisa/iniciação científica e que os cursos de graduação concentrem-se nas linhas de pesquisa institucionais e promovam a criação de grupos de pesquisa registrados no CNPq. Reconhece-se o avanço realizado na implementação da política de apoio e incentivo à inovação e recomenda-se a intensificação da execução das ações que ela prevê, tais como: a construção do Regulamento sobre a Propriedade Intelectual no Unasp, o estabelecimento de novas parcerias, realização de convênios com entidades de fomento, dentre outras. Apesar da constatação de ampla ação interdisciplinar na área dos direitos humanos, diversidade e igualdade étnico-racial sugere-se que, além do incentivo efetivo à produção acadêmica e científica, seja proporcionado aos discentes uma abordagem mais contínua nessa área. Incluir os grupos étnico-raciais dentro da produção do stricto sensu do campus São Paulo na área de Promoção da Saúde. Por exemplo: Estudar longevidade e estilo de vida saudável em membros da IASD declaradamente alvo das ações afirmativas de igualdade étnico-raciais. Constituir o Comitê de Memória Institucional (COMINS), definido na política da Memória Institucional e Patrimônio Cultural. Incrementar o Centro de Memória do campus HT com apoio da Associação de Ex- Alunos do IASP e apoio dos cursos de Pedagogia, Publicidade e Sistemas de Informação. Ampliar a realização de projetos de educação ambiental, interdisciplinares, que promovam uma maior qualidade de vida e incremento da consciência ecológica coletiva, e que envolvam a comunidade acadêmica do Unasp bem como a do seu entorno.

Diante do observado no desenvolvimento relativo ao indicador 2.5, recomenda-se que seja mantido o empenho na realização das ações que foram destacadas, procurando incrementá-las e divulgá-las nos meios de comunicação da região. A população tem necessidade de saber o que o Unasp realiza como atos de responsabilidade social e demais itens avaliados. Quando a comunidade está informada destas ações, a credibilidade aumenta e a colaboração e participação em eventos promovidos pela IES tende a ser maior. Recomenda-se também que os projetos e ações descritos, quando possível, sejam inscritos em prêmios ou concursos que possam dar mais visibilidade à instituição e ao

UNASP – Relatório de Autoavaliação Institucional – 2018 114 próprio projeto, o que pode se reverter em aprimoramento e fortalecimento das ações de responsabilidade e desenvolvimento social. Recomenda-se, ainda, promover ações intercursos que valorizem os itens avaliados, criando oportunidade para alunos e professores com pensamentos e ideias diferentes se unirem para um bem comum. Exemplo disso poderia ser o Design de Móveis, do curso de Arquitetura e Urbanismo, aliando-se com a Engenharia de Produção, com seu know-how, com o fim de melhorar a performance e utilização de outras criações Sugere-se que o Comitê Interdisciplinar de Educação a Distância (COIED), órgão previsto no Estatuto Unasp, atualize a Política Institucional do EAD e o PPI. A base tecnológica deve atender a formação pretendida para os discentes, na sede e nos polos, bem como as condições reais dos locais onde o serviço é ofertado, e estar alinhada ao projeto pedagógico do EAD. Sugere-se assim que seja efetuado um estudo para eventual substituição da atual plataforma do AVA. Diante do disposto na Portaria Normativa n° 11 (20/06/2017) e considerando o potencial representado pelas mais de 400 unidades escolares que compõem a Rede Educacional Adventista, e que estão plenamente aptas a cumprirem as atribuições próprias de polo, sugere-se que o Unasp faça a ampliação do número de polos de apoio presencial, mediante estudo prévio de implantação de acordo com os critérios pré-estabelecidos.

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