Universidade Federal De São Carlos Centro De Ciências Biológicas E Da Saúde Programa De Pós-Graduação Em Ecologia E Recursos Naturais
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS Carolina da Silva Souza Gessner A COMUNIDADE DE BRACONIDAE (HYMENOPTERA; ICHNEUMONOIDEA) EM UM GRADIENTE ALTITUDINAL NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, RJ: TAXONOMIA, DISTRIBUIÇÃO E DIVERSIDADE. - São Carlos - 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS Carolina da Silva Souza Gessner A COMUNIDADE DE BRACONIDAE (HYMENOPTERA; ICHNEUMONOIDEA) EM UM GRADIENTE ALTITUDINAL NO PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA, RJ: TAXONOMIA, DISTRIBUIÇÃO E DIVERSIDADE. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutora em Ciências Área de concentração: Ecologia e Recursos Naturais. Orientação: Profª. Drª. Angélica Maria Penteado Martins Dias - São Carlos - 2016 Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da Biblioteca Comunitária UFSCar Processamento Técnico com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Gessner, Carolina da Silva Souza G392c A comunidade de Braconidae (Hymenoptera; Ichneumonoidea) em um gradiente altitudinal no Parque Nacional do Itatiaia, RJ : taxonomia, distribuição e diversidade / Carolina da Silva Souza Gessner. -- São Carlos : UFSCar, 2016. 263 p. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal de São Carlos, 2016. 1. Altitude. 2. Parasitoides. 3. Campos de altitude. 4. Gradiente. I. Título. _____________________________________ Profª. Drª. Angélica Maria Penteado Martins Dias Orientadora Dedico este trabalho à memória de meu pai Milton e de minha avó Ruth, que sabiam apreciar a natureza e todos os recursos que ela lhes oferecia... Dedico este trabalho à memória de meu pai Milton e de minha avó Ruth, que sabiam apreciar a natureza e todos os recursos que ela lhes oferecia... AGRADECIMENTOS À Profa. Dra. Angélica Maria Penteado Martins Dias, pelos ensinamentos ao longo desses anos que muito contribuíram para minha formação, pela confiança e pela oportunidade de realizar mais este trabalho. A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela bolsa de estudos concedida. Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais. Ao INCT Hympar Sudeste (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira), pelos recursos fornecidos para os trabalhos de campo e de laboratório. À FAPERJ, financiadora do projeto do Edital PENSA-RIO (26/110.727/2012). À equipe gestora do Parque Nacional do Itatiaia, por permitirem as coletas. Ao Prof. Dr. Ricardo Monteiro, à Dra. Cristina Araújo de Oliveira pelas coletas no Parque Nacional do Itatiaia e pela contribuição com informações sobre a área de estudo. À equipe de técnicos do laboratório de ecologia de insetos (UFRJ), pela triagem e envio do material coletado em 2013-2014. Ao Dr. Izar Aximoff por contribuir com informações importantes. Ao Prof. Dr. Manoel Martins Dias Filho, por seus ensinamentos ao longo desses anos, pelas sugestões no exame de qualificação e pela participação como membro da banca de defesa. Às Profas Dras. Sônia Modesto Zampieron e Odete Rocha e ao Prof. Dr. Valmir Antonio Costa pelas contribuições como membros da banca de defesa. A todos os amigos Hymenopteristas com os quais muito aprendi e aprendo no convívio mesmo que distante, especialmente: À MSc. Paula Muradas de Campos Cerântola, pela parceria no trabalho e triagem do material. Ao Dr. Clóvis Sormus de Castro Pinto, por identificar todos os exemplares de Doryctinae e pelas sugestões no exame de qualificação. Ao MSc. Marco Aurélio Bortoni e ao BSc. Luis Felipe Almeida, pela parceria nos trabalhos, sugestões, e pela ajuda na confirmação das identificações dos exemplares de Microgastrinae e Euphorinae. Ao Dr. Eduardo Mitio Shimbori pela parceria nos trabalhos, confirmação de alguns exemplares e por contribuir com sugestões importantes para este trabalho. À BSc. Giulia Iza de Campos, pela identificação e confirmação de alguns exemplares de Agathidinae. À Dra. Luciana Bueno dos Reis Fernandes, pelas fotografias dos exemplares e sugestões no exame de qualificação. À Dra. Helena Carolina Onody, por contribuir com sugestões importantes. Ao Dr. Matheus Reis e a André Kato Silva, pelos esclarecimentos e discussões acerca das análises realizadas. À Profa. Dra. Maria Elina Bichuette e ao MSc. Jonas Gallão por contribuírem com sugestões. À Tereza Luz, por contribuir com a revisão do texto de introdução. À equipe técnica: Airton, Beth, Dora, Cleusa, Vera, Ynaê, Maíra, Marília e Paula, pelo trabalho de curadoria dos exemplares. Aos professores, funcionários e colegas do PPGERN, do Departamento (DEBE) e do laboratório de Hymenoptera parasitica. À Deus e a Santa Sara Kali, pela saúde, pelo trabalho e por me guiarem. Ao meu marido Ricardo, pela paciência, amor, e por me inspirar diariamente à disciplina a determinação e a humildade. Agradeço a minha família, pelo carinho e apoio, especialmente à minha mãe, por me educar e me instruir contribuindo para a formação do meu caráter, pelo amor, suporte e encorajamento que nunca me faltaram. À minha sogra Alaíde, ao meu sogro Fergus e à avozinha Aracy, que me acolheram em seus corações e sempre me motivaram e compartilharam sua sabedoria e atenção. A U.N.E.C. que contribuiu para o meu bem estar espiritual, mental e físico. A todos que ao longo desses anos doaram seu tempo, sua atenção e contribuíram para meu aprendizado e consequentemente para a qualidade deste trabalho. Muito Obrigada! “A força de vontade, a crença, a esperança e a convicção pessoal tornam o sonho impossível de cada dia mais real e possível.” José Alves da Luz RESUMO No Brasil, ainda são escassos os estudos em ecossistemas de montanha que visam a conservação da biodiversidade, inclusive utilizando himenópteros parasitoides, sobretudo a família Braconidae, grupo de grande importância ecológica por representarem a diversidade de outros grupos de insetos que são os seus hospedeiros. Este estudo teve como objetivo contribuir para o conhecimento da diversidade da fauna de Braconidae em ecossistema de montanha no Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil. As coletas foram realizadas com armadilhas Malaise (TOWNES, 1972) instaladas entre 987 e 2255 metros, em duas vertentes da montanha (continental e costeira), abrangendo três fitofisionomias de Mata Atlântica existentes na área de estudo (Florestas Ombrófila Densa Montana e Altomontana, e Campos de Altitude). Foram amostradas quatro altitudes em 10 meses de coleta entre 2011-2012, e sete altitudes em 14 meses de coleta entre 2013-2014. No total foram obtidos 9.854 exemplares de Braconidae, dos quais, 8.814 exemplares foram identificados, e distribuídos em 28 subfamílias e 125 gêneros. As subfamílias mais abundantes foram Alysiinae, Microgastrinae, Doryctinae, Braconinae e Opiinae. Os gêneros mais abundantes foram Opius, Heterospilus e Bracon. A estação chuvosa favoreceu a maior riqueza e abundância das subfamílias e gêneros. Foram observados dois padrões de distribuição da riqueza e abundância: no gradiente amostrado em 2011-2012, a riqueza e a abundância aumentaram com a altitude e apresentaram pico na maior altitude; no gradiente amostrado entre 2013-2014, foi observado pico de riqueza e abundância nas altitudes intermediárias, seguido de declínio com a elevação. As curvas de acumulação de riqueza não atingiram a fase assintótica; entretanto, os estimadores de riqueza indicaram que o período de amostragem foi suficiente para conhecer a maior parte da fauna local. A maioria dos gêneros abundantes apresentou maior amplitude de distribuição altitudinal. Foi observado um grande número de gêneros exclusivos. Algumas das principais subfamílias apresentaram preferência pelas maiores altitudes. A maior parte da fauna identificada é cenobionte, endoparasitoide solitário do estágio larval da ordem Lepidoptera, com baixa amplitude do espectro de hospedeiros. Muitos gêneros identificados não possuem informações sobre sua biologia. Aparentemente a estrutura da comunidade de parasitoides foi fortemente influenciada pelo gradiente de vegetação na montanha. A fitofisionomia Altomontana apresentou uma fauna mais rica e os Campos de altitude apresentaram uma fauna mais dominante. No gradiente amostrado em 2011-2012, os cenobiontes e idiobiontes apresentaram picos nas maiores altitudes; no gradiente amostrado em 2013-2014 os cenobiontes e idiobiontes apresentaram pico em altitudes distintas. Na distribuição espacial e temporal de cenobiontes e idiobiontes foi observado um provável padrão de competição. Os ectoparasitoides foram mais frequentes nas maiores altitudes, e os endoparasitoides nas altitudes mais baixas. A maior parte dos gêneros sem registro de espécies para a Região Neotropical e Brasil, foi mais frequente nas maiores altitudes. Dois gêneros novos para a ciência foram reconhecidos, e pelo menos 46 espécies novas foram descobertas. Estudos como este mostram a importância das pesquisas em ecossistemas de altitude, e permitem que a biodiversidade e a importância ecológica desses habitats sejam conhecidas. Palavras chave: Altitude, Parasitoides, Campos de altitude, Gradiente. ABSTRACT In Brazil, there are few studies on mountain ecosystems that aims the biodiversity conservation, even with hymenoptera parasitoids, especially the family Braconidae, a group ecologically important, because they represent the diversity of other groups of insects, that are their