Dissertação, Rafaela Barbosa. Versão Atual
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Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Mestrado em Ciências da Comunicação Linha de Pesquisa Mídias e Processos Audiovisuais Padrão tecno-estético e mercado televisivo: um estudo sobre a Rede Record de Televisão Rafaela Chagas Barbosa Valério Cruz Brittos Orientador São Leopoldo-RS 2011 2 Rafaela Chagas Barbosa Padrão tecno-estético e mercado televisivo: um estudo sobre a Rede Record de Televisão Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Orientador: Valério Cruz Brittos São Leopoldo-RS 2011 3 Rafaela Chagas Barbosa Padrão tecno-estético e mercado televisivo: um estudo sobre a Rede Record de Televisão Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção título de Mestre, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________________________________ Dr. Valério Cruz Brittos – Orientador – Unisinos ______________________________________________________________________ Dr. Pedro Gilberto Gomes – Unisinos ______________________________________________________________________ Dra. Jacqueline Lima Dourado – Universidade Federal do Piauí São Leopoldo-RS 2011 4 Escrevo diante da janela aberta. Minha caneta é cor das venezianas: Verde!... E que leves, lindas filigranas Desenha o sol na página deserta! Não sei que paisagista doidivanas Mistura os tons... acerta... desacerta... Sempre em busca de nova descoberta, Vai colorindo as horas quotidianas... Jogos da luz dançando na folhagem! Do que eu ia escrever até me esqueço... Pra que pensar? Também sou da paisagem... Vago, solúvel no ar, fico sonhando... E me transmuto... iriso-me... estremeço... Nos leves dedos que me vão pintando! Mário Quintana 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Francisco Carlos Barbosa e Rosangela Chagas Barbosa, por me permitirem experimentar o que é viver. 6 Agradecimentos O homem seria metafisicamente grande se a criança fosse o seu mestre. Sören Kierkegaard Para mim, eis uma das partes mais complicadas de constituir no corpo da dissertação, ora pela emoção de repensar todas as etapas que cercaram a minha formação no curso de mestrado para ponderar os acontecimentos e as pessoas que empreenderam esforços, de alguma maneira, para a pesquisa se concretizar, ora pela injustiça de deixar passar nomes de pessoas que foram importantes para que o texto dissertativo se tornasse real em mim. Então, espero que se algum nome for omitido, entendam que ele estará sempre guardado na minh’alma. À minha família por me apresentar desde cedo o que é a vida, isso resultou no meu desejo por conhecimento, que me tornou responsável pelas minhas buscas para ser o que acredito poder ser, apesar dos meus comportamentos “demasiadamente humanos”, em particular, aos meus pais, as minhas irmãs, Flávia Chagas Barbosa (saudades) e Roberta Chagas Barbosa, e a minha sobrinha-filha, Flavianne Chagas Barbosa, que me faz compreender que somos uma só. Minha Vó Francisca Barbosa, que me ensinou a ser humana. Dando-me amor, fé e conhecimento para eu construir minha essência. À Sergianne Mazullo, pela “invisível presença silenciosa” da amizade que se faz potente em mim, quando relembro todas as nossas vivências sinto minh’alma alegrando-se com o poder de me conhecer por meio do outro, que acaba sendo extensão de mim. À Fabiele Gattiboni, pela amizade, por me apresentar o Rio Grande do Sul/RS e apostar nas minhas aspirações quando ainda eram ideias divagantes. Aos amigos que me fazem compreender o sentido de manifestar o ser criança quando o dia-a-dia solicita posturas adultas de mim. Obrigada, por me deixarem viver, mesmo que em breves momentos, num mundo encantado de cores, flores, brigadeiros, reflexões, cumplicidade, danças e amor. Eis os amigos daqui, de lá (Maranhão e Piauí) e de outros lugares que quero agradecer: Anele de Paula, Bruno Leites, Daiana Martins, Denise Rejane, Denise Moro, Darci Moro, Edna Fassine, Eduardo Meneses, Fabiana de Almeida, Francisco Augusto Vidal, Franciele Zarpelon, Juliana Recart, Jussara Medeiros, Kátia Ferreira, Luciano Correia, Luiza Dantas, Paola Madeira Nazário, Priscila Doroche, Rute Máximo, Simone 7 Feltes, Sonia Montaño e Vanda Pantoja. À Profa. Maria Cecília Nunes, por repartir conhecimento metodológico e espiritual para eu realizar minhas construções científicas, sobretudo, na preparação do projeto de ingresso do mestrado. À Jaqueline Dourado, por “abrir as portas da academia” para uma sonhadora inexperiente com as coisas da ciência. Ao Ernani José Brandão Jr., que me ensinou o que é companheirismo, cumplicidade, saudade (mesmo estando presente de outras maneiras) e desprendimento quando se quer bem alguém. O maior agradecimento advém pelo apoio, quase onipresente, na minha fase de transição para o RS. À Cláudia Zendron, por desvelar a minha cegueira situacional, despertando em mim afetações com o mundo e pelas provocações direcionadas ao meu eu que produziram autoreflexões para entender a mim e a pesquisa na mesma proporção. Agradeço pelo espaço de partilha, no qual pude expor os meus sentimentos de angústia, felicidade e, sobremaneira, de evolução em meio a tantas incertezas que o processo de autoconhecimento produz. À Regina Martins, pela acolhida maternal nos momentos de adaptação e pela certeza de ter alguém com quem contar. Às Gurias de segunda-feira, que tornam a minha experiência no Rio Grande do Sul mais afetuosa e leve. Ao meu orientador, Valério Cruz Brittos, pela minha transformação acadêmica (que será eterna) e pela paciência de perceber o meu tempo de maturação no processo de aprendizagem científica. Quero registrar o agradecimento pelas respostas cuidadosas e incentivadoras, em meio as minhas inquietações epistemológicas. Ao prof. José Luiz Braga, com quem pude compartilhar alguns “momentos de apuros” na busca do problema de pesquisa e pela receptividade em escutar e direcionar a minha construção empírica. A prof(a). Suzana Kilpp, por me fazer depreender a filosofia da diferença na pele. Ao Pe. Pedro Gilberto Gomes, pela leitura comprometida e pelas ricas contribuições na banca de qualificação. Aos professores do PPG em Ciências da Comunicação, da Unisinos, em especial, Antônio Fausto Neto, Efendy Maldonado, Fabrício Silveira e Suely Fragoso (atualmente na Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS). Ao prof. Ari Oro, do Programa de Pós Graduação de Antropologia Social (PPGAS), da UFRGS que me provocou a ter um olhar antropológico nas questões religiosas, em 8 específico no âmbito protestante. Ao sociólogo Leonildo Campos, da Universidade Metodista, UMESP, que compartilhou parte do seu conhecimento sobre o movimento neopentecostal, numa entrevista, que proporcionou análises mais cuidadosas a respeito do atravessamento religioso instituído na Rede Record. Ao presidente do Grupo Record/RS (na época da pesquisa), Natal Furucho, que gentilmente concedeu uma entrevista esclarecedora acerca das estratégias mercadológicas da Rede Record de Televisão. Aos entrevistados do departamento nacional de jornalismo da Rede Record, em São Paulo, Virgílio Abranches Quintão e Ailton Nasser (Mineiro). Aos colegas do mestrado 2009/2010 (e do doutorado), por elucidar algumas ideias que estão presentes na dissertação por meio das discussões em sala de aula, das bancas de qualificação e defesa e, até mesmo, das conversas de corredor. À Arine Coelho, agradeço pela revisão ortográfica e gramatical dedicada. Ao Matheus Nedel Engesser por realizar uma tabulação cuidadosa dos dados obtidos na observação sistemática do Jornal da Record . À Ford Foundation, por financiar a produção da pesquisa. À Unisinos, pela estrutura física e humana para o desenvolvimento do pesquisador e da pesquisa acadêmica. À minha persistência. Apesar de todas as adversidades encontradas no trajeto, hoje elas tornaram-se parte de uma realização profissional e pessoal. 9 RESUMO Esta pesquisa investigou o posicionamento estratégico da Rede Record de Televisão no mercado brasileiro de TV aberta, tendo como aporte teórico-metodológico basilar a Economia Política da Comunicação (EPC), que foi articulada com outras teorias do âmbito comunicacional ao longo do texto dissertativo. Esta análise permitiu observar que o grupo estudado compete com o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) pelo segundo lugar no cenário televisivo; no entanto, na faixa do prime time , a Record manteve a vice-liderança no período da pesquisa. Tal projeção foi sustentada pela retomada produtiva da cabeça de rede na esfera jornalística e de teleficção. Outra circunstância que interveio no processo estratégico da Rede Record foi o investimento extramídia, com repasse de verba não convencional ao do mercado publicitário, feito pela Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo informações avaliadas nesta pesquisa, tal investimento corresponderia a aproximadamente R$ 400 milhões por ano, referentes à compra de horários no período da madrugada. Ainda foi observado que o padrão produtivo do objeto estudado entende o telejornalismo como o principal produto para desenhar sua ascensão nacional. A rede realiza ao todo seis telejornais, e as praças produzem de quatro a cinco produtos jornalísticos por dia. Dada essa importância do telejornalismo para a emissora, a investigação se propôs a caracterizar o padrão tecno-estético da Rede Record por meio do seu principal produto jornalístico, o Jornal da Record (JR), e do atual conceito