2019 Tese Cbleal.Pdf
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E RECURSOS NATURAIS CLEDINALDO BORGES LEAL ECOLOGIA DE GIRINOS DE Corythomantis greeningi (ANURA: HYLIDAE) E MICROALGAS EM FITOTELMOS DE TRONCOS DE ÁRVORES FORTALEZA 2019 CLEDINALDO BORGES LEAL ECOLOGIA DE GIRINOS DE Corythomantis greeningi (ANURA: HYLIDAE) E MICROALGAS EM FITOTELMOS DE TRONCOS DE ÁRVORES Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ecologia e Recursos Naturais. Área de concentração: Ecologia e Recursos Naturais. Orientador: Prof. Dr. Paulo Cascon. FORTALEZA 2019 CLEDINALDO BORGES LEAL ECOLOGIA DE GIRINOS DE Corythomantis greeningi (ANURA: HYLIDAE) E MICROALGAS EM FITOTELMOS DE TRONCOS DE ÁRVORES Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Ecologia e Recursos Naturais. Área de concentração: Ecologia e Recursos Naturais. Aprovada em: 30/05/2019. BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Prof. Dr. Paulo Cascon (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC) _________________________________________ Prof.ª Dr.ª Diva Maria Borges-Nojosa Universidade Federal do Ceará (UFC) _________________________________________ Prof. Dr. Daniel Cassiano Lima Universidade Estadual do Ceará (UECE) _________________________________________ Prof.ª Dr.ª Déborah Praciano de Castro Universidade Estadual do Ceará (UECE) _________________________________________ Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Soares Universidade Federal do Ceará (UFC) A Deus. A minha amada mãe Antonia Leal. A minha querida tia Placilda Luz (in memoriam) e minha amiga-irmã Mercês Coutinho (in memoriam). AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Paulo Cascon, meu orientador, pela paciência, ensinamentos, trocas de ideias e principalmente por ter sempre a palavra certa, de incentivo, quando, em alguns momentos, pensei que desistiria e não conseguiria chegar até o final dessa jornada. A meu amigo Eliesé Idalino Rodrigues, por ser um irmão e pelos ensinamentos e ajuda valiosa nas estatísticas, orientações e discussões. A minha mãe, Dona Antonia Maria Leal, mulher da minha vida, uma lutadora, que me criou sozinha e com a garra e força de uma mulher e, apesar das adversidades, nunca deixou que o filho de uma mãe pobre ficasse sem estudar e tivesse algum futuro na vida. Aos amigos Leomá Albuquerque Matos e Maria da Conceição Prado de Oliveira, companheiros de batalha diária na UFPI/CEAD, que me apoiaram enquanto eu estava “no mundo”, nas inúmeras viagens para o doutorado. Aos amigos Carlos Eduardo de Araújo Fontenele e Santina Barbosa de Sousa pelo apoio durante o doutorado, principalmente quando precisei me ausentar na coordenação de Ecologia, segurando a barra, em um trabalho de equipe. A meus amigos-irmãos Joe Carvalho e Elildo Idalino Rodrigues, pelo suporte no dia a dia, em coletas e apoio quando precisei. A Ana Paula dos Santos Correia Lima da Silva e Carla Adriana Rodrigues de Sousa Brito pela pronta ajuda e apoio com materiais para as análises. A todos do CEAD que me deram apoio direta ou indiretamente, principalmente a Osana Alves de Sousa, amiga e técnica de laboratório do curso de Biologia/EaD. À Prof.ª Rita de Cássia Meneses Oliveira, ao Benedito e demais membros dos Laboratórios do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais (NPPM) da UFPI pelo auxílio no laboratório e pela amizade. A Ana Cláudia e Lucas pela ajuda no campo e nas análises de laboratório. A Antonio Francisco Andrade Lima, meu amigo, pela ajuda no campo e no laboratório. Às professoras e tutoras Claudene, Aureluce, Graça Aguiar pelo apoio nas análises de nutrientes no laboratório Prof. Raimundo Barros, do Polo UAB de Inhuma (PI), bem como às alunas da turma UAB-6: Aline Gabriela de Sousa, Bárbara Sá Rego e Leonete Ferreira de Morais. Às amigas zoólogas Wáldima Alves da Rocha e Marcélia Basto Silva, pela amizade, conversas, ideias e trocas de ensinamentos. Aos amigos do Departamento de Biologia da UFPI pela ajuda e amizade quando precisei do departamento para alguma atividade do doutorado ou dos cursos da coordenação mista do CEAD – Ciências Biológicas, Ecologia e Ciências da Natureza. Às Biólogas Luzia Rodrigues, Suzicley Jati e Prof.ª Liliana Rodrigues, do Nupelia, da Universidade Estadual de Maringá, pelas ideias discutidas sobre microalgas (perifíton e fitoplâncton). À amiga Francisca Expedita Bezerra Costa pelos incentivos na graduação e na vida! Aos meus colegas do PPGERN (mestrado e doutorado) que fizeram os dias no Ceará serem mais especiais! Ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal do Ceará – UFC (Coordenadores, Professores, funcionários e bolsistas) pelos ensinamentos e direcionamentos. Às secretárias do PPGERN Maria Ednete Jucá Couto, Jésssica Oliveira Lima e Elaine Cristina Pereira, que em todo esse tempo de caminhada se dispuseram a resolver os mais variados problemas e com um sorriso de simpatia, o que fez toda diferença. Ao Laboratório de Zoologia Experimental da UFC, na pessoa do meu orientador Prof. Paulo Cascon, pela medição e identificação dos girinos. Aos cursos de graduação em Ciências Biológicas e Ciências da Natureza (nota máxima no MEC) e de pós-graduação lato sensu em Ecologia do Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) pela licença. Aos Professores participantes das bancas de defesa de projeto (Diva Borges, Bianca Terra e Daniel Cassiano), defesa de qualificação (Carla Rezende, Daniel Cassiano e Cristina Rocha Barreira) e de defesa de tese (Diva Borges, Déborah Praciano, Daniel Cassiano e Marcelo Soares) pelo tempo, pelas valiosas colaborações e sugestões. A todos aqueles que de alguma forma me ajudaram, inclusive aos que porventura eu tenha esquecido de citar aqui o nome, mas que foram importantes na caminhada. A meus avós (in memorian) Francisco Borges Leal e Maria Antonia de Sousa pelos seres humanos maravilhosos que foram e que sempre serão! Saudades imensas! A Deus, sempre primeiro em tudo, pela proteção nas estradas da vida, por me mostrar os caminhos a seguir e por me dar força e sabedoria, quanto imaginei que não conseguiria! O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. “Não importa como choramos nossas lágrimas. As respostas são uma explosão em um mundo distante. Eu quero sentir esperança. Eu quero sentir o amanhã se aproximando aqui em paz e sossego. Em um mundo de inverno, existe alguma esperança? Eu quero sentir o desejo por um tempo tão brilhante quanto a liberdade.” (Tro – Esperança, Marie Fredriksson/ Roxette) RESUMO Fitotelmos são ambientes aquáticos lênticos temporários que se formam pelo acúmulo de chuva em estruturas de plantas terrestres, constituindo-se em microcosmos peculiares. Como todo ambiente aquático, sua base trófica costuma ser as microalgas (fitoplâncton e perifíton), controladas por fatores bottom-up, sobretudo a iluminação e os nutrientes, e top-down, predadores como zooplâncton, peixes e larvas de anfíbios. Na Floresta Nacional (FLONA) de Palmares (Altos, Piauí, Brasil), tais ambientes são a única fonte de água disponível, crucial na reprodução do anfíbio Corythomantis greeningi (Anura: Hylidae). Visou-se compreender os fatores de estruturação ecológica de fitotelmos em troncos de árvores, bem como os fatores reguladores das microalgas e dos girinos desse anfíbio, elencar possíveis fatores determinantes na escolha do fitotelmo utilizado para desova e verificar possíveis relações entre as concentrações de nutrientes e a espécie de fitotelmo e sua classificação filogenética. Para isso, foram realizadas oito coletas em dez fitotelmos, por dois anos subsequentes (março a abril/2016 e março a abril/2017), com medição de variáveis climatológicas e hidrológicas, biomassa fitoplanctônica e perifítica e biovolume dos girinos. Os resultados mostraram que o principal fator ambiental estruturador dos fitotelmos é a pluviosidade, havendo também influência da espécie da planta, e que a turbidez é o fator que mais explica as variações de tamanho dos girinos, bem como a escolha do local para desova. A maior quantidade de fitoplâncton ocorreu no fitotelmo de Dictyoloma vandellianum (pau-de-urubu) e do perifíton no fitotelmo de Lecythis pisonis (sapucaia). Os fatores bottom-up, sobretudo os relacionados à iluminação, contribuíram em 31% para a variação da biomassa do fitoplâncton, porém sem influência evidente dos fatores top-down. A biomassa do perifíton não evidenciou contribuição nem dos fatores bottom-up, nem dos fatores top-down. Em termos de nutrientes, a sapucaia diferiu das demais espécies e o jacarandá (Machaerium villosum) foi diferente do angico branco (Anadenanthera colubrina), estando este resultado coerente com a classificação filogenética de tais plantas. Conclui-se que, embora sejam ambientes imprevisíveis devido à falta de estabilidade, é possível se fazer inferências ecológicas sobre os processos que ocorrem nos fitotelmos. Palavras-chave: Larvas de anuros. Ambientes temporários. Perifíton. Fitoplâncton. Ecologia trófica. Fatores limitantes. APG III. ABSTRACT Fitotelmata are temporary lentic aquatic environments formed by the accumulation of rain in structures of terrestrial plants, constituting peculiar