Band of Brothers – Companhia De Heróis
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“Um caminho incrível, e Ambrose ilumina brilhantemente cada quilômetro dele.” — The Tampa Tribune “Uma abordagem primorosa sobre as características dos soldados de infantaria de elite... Os aficionados por história militar se deliciarão com a riqueza de detalhes da obra... A pesquisa minuciosa e o senso de organização de idéias de Stephen Ambrose produziram um relato profundamente empolgante do serviço heróico desse ‘grupo de irmãos’ que ele tanto admira.” — San Francisco Chronicle “Como membro dessa unidade... estou impressionado com a eficiência com que o Sr. Ambrose captou a verdadeira essência de uma companhia de fuzileiros.” — The New York Times “Uma obra valiosa e fascinante... O leitor avança comovido por suas páginas junto com os membros da Companhia E, sofre e ri com eles.” — The Times-Picayune “Leitura fascinante para todos os interessados nos combates da Segunda Guerra Mundial.” — Publishers Weekly A Easy Company, 506° Regimento de Infantaria Pára-quedista do exército norte-americano, foi uma das melhores companhias de fuzileiros do mundo. De seu rigoroso treinamento na Geórgia, em 1942 ao Dia D e à vitória dos Aliados, Ambrose nos conta a história dessa notável companhia, que sempre recebia as missões mais difíceis. A Easy Company foi responsável por tudo, do salto de pára-quedas na França nas primeiras horas da manhã do Dia D à captura do Ninho da Águia, a fortaleza de Hitler em Berchtesgaden. Band of Brothers é o relato dos homens dessa admirável unidade que combateram, passaram fome, sofreram com o frio e morreram, uma companhia que teve 150% de baixas e considerava a medalha Purple Heart um distintivo. Lançando mão de horas de entrevistas com sobreviventes, bem como dos diários e das cartas dos soldados, Stephen Ambrose conta as histórias, geralmente com as próprias palavras dos combatentes, desses heróis americanos. STEPHEN E. AMBROSE, historiador, escreveu diversos livros sobre a história norte-americana: a expedição de Lewis & Clark e a conquista do Oeste, a construção da estrada de ferro transcontinental e a Guerra de Secessão, mas foram os livros sobre a Segunda Guerra Mundial, especialmente O Dia D e Soldados Cidadãos (ambos publicados pela Bertrand Brasil), que o transformaram num dos maiores nomes da historiografia contemporânea. Nasceu em 10 de janeiro de 1936, em Illinois. Formou-se pela Universidade de Wisconsin em 1957 e concluiu o mestrado na Universidade Estadual de Louisiana para então retornar a Wisconsin e se tornar Ph.D. em 1963. Ao longo da sua carreira lecionou história em inúmeras universidades e publicou mais de 20 livros. Foi diretor emérito do Eisenhower Center, em Nova Orleans, onde fundou o Museu Nacional do Dia D. Faleceu em 13 de outubro de 2002, no Mississipi, aos 66 anos. Do Autor: O DIA D — 6 DE JUNHO DE 1944 A Batalha Culminante da Segunda Grande Guerra SOLDADOS CIDADÃOS Do Desembarque do Exército Americano nas Praias da Normandia à Batalha de Ardenas e à Rendição da Alemanha (7 de junho de 1944 a 7 de maio de 1945) BAND OF BROTHERS (Companhia de Heróis) Companhia E, 506°. RIP, 101ª. DIA Da Normandia ao Ninho da Águia de Hitler Stephen E. Ambrose Tradução MILTON CHAVES DE ALMEIDA 1992 by Stephen E. Ambrose Título original: Band of Brothers Capa: Raul Fernandes Editoração: DFL 2004 Impresso no Brasil Printed in Brazil A todos os membros da Infantaria Pára-quedista do Exército dos Estados Unidos de 1941 a 1945, que usaram a Purple Heart não como condecoração, mas como distintivo. “From this day to the ending of the World, ... we in it shall be remembered ... we band of brothers” Henrique V William Shakespeare 1 “Queríamos Aquelas Asas” CENTRO DE INSTRUÇÃO MILITAR DE TOCCOA 1 Julho-dezembro de 1942 Oriundos de várias partes dos Estados Unidos, os membros da Companhia E, 506º Regimento de Infantaria Pára-quedista (RIP), 101ª Divisão Aerotransportada do Exército Americano (DIA), caracterizavam-se por um passado de diferenças extremas. Uns haviam sido fazendeiros e mineradores, habitantes das montanhas e filhos do chamado Deep South 2 . Alguns eram extremamente pobres, outros provenientes da classe média. Um deles vinha de 1 Era um simples acampamento militar pouco antes do início da 2’ Guerra Mundial, quando o Ministério da Guerra dos Estados Unidos resolveu transformá-lo num centro de treinamento de pára-quedistas. (N.T.) 2 “Extremo Sul”, parte da região sudeste americana situada mais ao sul, compreendida, principalmente, pelos estados do Alabama, da Geórgia, da Louisiana e do Mississipi. Região em que o racismo parece mais intenso que em outras partes dos EUA, já que a economia dos estados do Sul era baseada na escravidão. Esses estados ainda têm grandes populações de negros. Além disso, as pessoas do Deep South são tidas pelos americanos como mais conservadoras, e as igrejas fundamentalistas têm grande força ali. Às vezes, os americanos usam a expressão Deep South para demonstrar desdém pelas coisas de lá. (Fonte: Longman Dictionary of English Language and Culture.) Harvard, outros de Yale, alguns da UCLA 3. Apenas um servira no Old Army 4, somente uns poucos vinham da Guarda Nacional ou da reserva. Eles eram soldados cidadãos. Eles foram reunidos no verão de 1942, época em que os europeus estavam em guerra havia três anos. No fim da primavera de 1944, haviam se tornado membros de elite de uma companhia de infantaria aerotransportada leve. Nas primeiras horas da manhã do Dia D 5 , em seu primeiro combate, a Companhia E capturou e tirou de ação uma bateria alemã de canhões de 105 milímetros que defendia um trecho da Praia de Utah 6. A companhia encabeçou o avanço para Carentan, combateu na Holanda, controlou as cercanias de Bastogne, liderou a contra-ofensiva na Batalha das Ardenas, participou da campanha da Renânia e tomou o Ninho da Águia, a fortaleza de Hitler em Berchtesgaden. Ela sofreu quase 150% de baixas. No auge de suas atividades, na Holanda em outubro de 1944 e nas Ardenas em janeiro de 1945, foi uma das melhores companhias de fuzileiros do mundo. Depois, com o dever cumprido, a companhia foi desfeita, e seus membros voltaram para casa. Cada um dos 140 combatentes e 7 oficiais que formavam a companhia original trilhou caminhos diferentes na volta para o local em que ela nascera, Centro de Instrução Militar de Toccoa, na Geórgia, mas eles tinham algumas 3 University of California at Los Angeles. (N.T.) 4 “Exército Antigo”, alusão ao exército regular americano do século XIX, modernizado no século seguinte. (N.T.) 5 Dia 6 de junho de 1944. Na 2’ Guerra Mundial, dia em que os Aliados desembarcaram na França, para dar início à distribuição de suas forças de combate pela Europa, sob o comando do general Eisenhower. É lembrado pela organização militar, pela vontade dos envolvidos em trabalhar eficientemente em equipe e pelo sucesso que caracterizaram a operação. (N.T.) 6 Codinome de extensão de praia e da respectiva região litorânea da Normandia em que as tropas dos Aliados desembarcaram. (N.T.) coisas em comum. Eram jovens, nascidos nos anos da 1ª Guerra Mundial e nos que os sucederam. E eram brancos, pois o exército americano, na 2ª Guerra Mundial, tinha uma política de segregação racial. Com três exceções, todos eram solteiros. Quando estudantes, tinham sido caçadores e atletas, em sua maioria. Eles eram especiais em seus valores. Valorizavam muito o bem-estar físico, a hierarquia e o fato de fazerem parte de uma unidade de elite. Eram idealistas, prontos e ávidos por incorporar-se a um grupo em luta por uma causa e procuravam ativamente uma unidade com a qual pudessem identificar-se, juntar-se a ela e cooperar com seus membros como se numa família. Ofereceram-se como voluntários para compor o corpo de pára-quedistas, disseram, por causa da emoção e da honra que isso proporcionava e pelos 50 dólares mensais (para os alistados) ou 100 dólares (para os oficiais) como adicional que os pára-quedistas recebiam. Mas, em verdade, eles se ofereceram para saltar de aviões por duas razões sérias e pessoais. Primeiro, nas palavras de Robert Rader, “o desejo de ser melhor que o colega foi um ponto decisivo”. Cada um deles, a seu modo, havia tido a mesma experiência de Richard Winters: a de acabar percebendo que, em sua passagem pelo exército, o melhor era dar o máximo de si, em vez de justificar a ociosidade com desculpas lamentáveis, tal como o faziam os soldados que conheceram nos postos de recrutamento ou nos centros de instrução básica. Eles queriam aproveitar bem o tempo gasto no exército, fazer dele uma experiência de aprendizado, amadurecimento e emoção. Segundo, eles sabiam que entrariam em combate e não queriam fazer isso com recrutas maltreinados, fora de forma e pouco motivados ao lado deles. Entre a opção de ser um pára-quedista encabeçando uma ofensiva e a de ser um simples soldado de infantaria que não pudesse confiar no sujeito ao lado, chegaram à conclusão de que o risco maior estava na de fazer parte da infantaria. Quando o tiroteio começasse, queriam alçar os olhos para o colega ao lado, em vez de olhar para baixo. Eles haviam sido castigados pela Depressão de 29 e tinham cicatrizes para exibir como conseqüência disso. Tinham crescido, muitos deles, sem o suficiente para comer, com sapatos furados, com suéteres esfarrapadas e sem o conforto do carro e do rádio. O estudo tinha sido interrompido, quando não pela Depressão, pela guerra. — Apesar disso, de um passado como esse, eu amava muito, e ainda amo, o meu país — declarou Harry Welsh 48 anos depois. Independentemente de quanto tenham podido queixar-se legitimamente da forma pela qual a vida os havia tratado, não se amarguraram com isso nem com o seu país.