Pesquisa, Gênero & Diversidade
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Organizadoras Ana Cristina Aguilar Viana Bárbara Mendonça Bertotti Julia Heliodoro Souza Gitirana Letícia Regina Camargo Kreuz Volume II Tailaine Cristina Costa MEMÓRIAS DO Pesquisa, III ENCONTRO DE PESQUISA Gênero & POR/DE/ SOBRE Diversidade MULHERES CONSELHO EDITORIAL Ana Claudia Santano – Professora do programa de Estado pela PUC/SP; Especialista em Direito Constitucional mestrado em Direitos Fundamentais e Democracia, do pela UNIFOR-CE. Consultora Jurídica na área de Direito Centro Universitário Autônomo do Brasil – Unibrasil. Pós- Urbanístico. É professora do Centro Universitário Chris- -doutora em Direito Público Econômico pela Pontifícia tus, em Fortaleza, nas disciplinas de Direito Administrati- Universidade Católica do Paraná. Doutora e mestre em vo II, Coordenadora de Pesquisa da mesma Faculdade e Ciências Jurídicas e Políticas pela Universidad de Sala- professora associada do Escritório de Direitos Humanos manca, Espanha. vinculado ao Curso de Direito. É professora licenciada da Daniel Wunder Hachem – Professor de Direito Consti- Faculdade Paraíso - FAP, em Juazeiro do Norte-CE, de gra- tucional e Administrativo da Universidade Federal do duação e pós-graduação. Presidente do Instituto Cearense Paraná e da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. de Direito Administrativo - ICDA desde 2014. Diretora do Doutor e Mestre em Direito do Estado pela UFPR. Coor- Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico desde 2013. É denador Executivo da Rede Docente Eurolatinoamerica- professora de Pós-Graduação da Universidade Regional na de Derecho Administrativo. do Cariri - URCA; Professora colaboradora do Instituto Ro- meu Felipe Bacellar desde 2006, em Curitiba/PR. Emerson Gabardo – Professor Titular de Direito Admi- nistrativo da PUCPR. Professor de Direito Administrativo Luiz Fernando Casagrande Pereira – Doutor e Mestre em da UFPR. Pós-doutorado pela Fordham University School Direito pela Universidade Federal do Paraná. Coordena- of Law - EUA. Vice-presidente do Instituto Brasileiro de dor da pós-graduação em Direito Eleitoral da Universi- Direito Administrativo. dade Positivo. Autor de livros e artigos de processo civil e direito eleitoral. Fernando Gama de Miranda Netto – Doutor em Direito pela Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro. Professor Rafael Santos de Oliveira – Doutor em Direito pela Uni- Adjunto de Direito Processual da Universidade Federal versidade Federal de Santa Catarina. Mestre e Gradua- Fluminense e membro do corpo permanente do Progra- do em Direito pela UFSM. Professor na graduação e na ma de Mestrado e Doutorado em Sociologia e Direito da pós-graduação em Direito da Universidade Federal de mesma universidade. Santa Maria. Coordenador do Curso de Direito e editor da Revista Direitos Emergentes na Sociedade Global e da Ligia Maria Silva Melo de Casimiro – Doutora em Direito Revista Eletrônica do Curso de Direito da mesma univer- Econômico e Social pela PUC/PR; Mestre em Direito do sidade. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626 Pesquisa, gênero & diversidade: memórias do III P474 Encontro de Pesquisa por/de/sobre Mulheres /organização de Ana Cristina Aguilar Viana ... [et al.] – Curitiba: Íthala, 2020. v.2, 355p.: il.; 22,5cm Vários colaboradores ISBN: 978-85-5544-212-4 1. Mulheres – Política. 2. Violência de gênero. 3. Mulheres – Direitos fundamentais. 4. Mulheres – Ciências e tecnologias. I. Viana, Ana Cristina Aguilar (org.). II. Bertotti, Bárbara Mendonça (org.). III. Gitirana, Julia Heliodoro Souza (org.). IV. Kreuz, Letícia Regina Camargo (org.). V. Costa, Tailaine Cristina(org.). CDD 305.4201 (22.ed) CDU 396 Editora Íthala Ltda. Capa: Antonio Dias Rua Pedro Nolasko Pizzatto, 70 Diagramação: Sônia Maria Borba Bairro Mercês 80.710-130 – Curitiba – PR Fone: +55 (41) 3093-5252 Fax: +55 (41) 3093-5257 http://www.ithala.com.br E-mail: [email protected] Informamos que é de inteira responsabilidade das autoras a emissão de conceitos publicados na obra. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Íthala. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/98 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Organizadoras Ana Cristina Aguilar Viana Bárbara Mendonça Bertotti Julia Heliodoro Souza Gitirana Letícia Regina Camargo Kreuz Tailaine Cristina Costa MEMÓRIAS DO Pesquisa, III ENCONTRO DE PESQUISA Gênero & POR/DE/ SOBRE Diversidade MULHERES Volume II EDITORA ÍTHALA CURITIBA – 2020 PREFÁCIO APRENDENDO SEMPRE PELA PRIMEIRA VEZ Ah! Vocês não têm ideia do que pensei, cá comigo mesma, ao receber o convite para escrever este Prefácio... “não vou aceitar... nunca fiz antes... não vou conseguir...” Comentando com pessoa próxima, fizemos uma reflexão a respeito do enfrentamen- to dos novos desafios que se apresentam e que nos permitem questionar nossos medos, nossa noção de capacidade, nosso olhar e entendimento sobre a produção acadêmica. Será que eu precisaria ter conhecimento sobre todos os temas tratados nas pesqui- sas? Será que eu precisaria empregar uma linguagem própria da Academia? Precisaria ter um método específico para análise do material? Por outro lado, lembrei-me do quanto amo a leitura desde sempre. O quanto fui apoiada por minha mãe Rita, e incentivada pela professora Deni Correia Pedotti, que, em Cornélio Procópio, colocou livros à minha disposição, me ensinou a usar o dicionário e a interpretar e compreender o sentido dos textos. Capacidade adquirida ao longo da vida estu- dantil, acadêmica e profissional. Pensei também na aventura da FLIP, em 2017, e que libertou minha voz, transmutou minha timidez em atitude, me deu visibilidade, me alimentou de um poder antes desconheci- do. Consegui, aos 77 anos, ultrapassar um limite imposto durante toda a vida. Uma timidez adquirida a duras penas, no embate permanente do dia a dia, conhecido por todas as meni- nas negras e pobres deste país. Procurada e convidada para falar em várias oportunidades, expus minha experiência de vida e meu pensamento sobre a situação subalterna em que a população negra foi mantida, neste país rico, mas que nunca se propôs a distribuir de forma mais igualitária essa riqueza. Então, mesmo ciente da dificuldade a ser enfrentada, resolvi que deveria, sim, aceitar mais esse desafio. Porque representaria mais um aprendizado para mim, e porque tenho aproveitado todas as oportunidades que se apresentaram para que eu pudesse falar. E es- crever... é falar! E começo agradecendo às organizadoras Ana Cristina, Bárbara, Julia, Letícia e Taila- ne, pela confiança e pela oportunidade, nova para mim. Considerei todos os textos, apresentados em dois volumes, e que trazem as memó- rias do III Encontro de Pesquisa Por/De/Sobre Mulheres, de suma importância. Tratam de Ana Cristina A. Viana | Bárbara M. Bertotti | Julia Heliodoro S. Gitirana |Letícia Regina C. Kreuz | 6 Tailaine Cristina Costa - Organizadoras uma forma muito ampla as disparidades, injustiças e sérias questões ainda enfrentadas por mulheres nestes tempos estranhos. Sem pretender esgotar os temas, percebi que adentram pelos ambientes masculinos da política, analisando a violência de gênero ali presente. Pes- quisam e anotam as especificidades do feminino em nichos sociais e ambientes da cidade, do campo, da vida convivendo com a discriminação, o racismo, a violência sexual. Passam pela atuação da mulher na literatura, no legislativo e no judiciário. Esse trabalho denso já é resultado de processos anteriores, de definições pessoais quanto às áreas de interesse, de estudo e preparação de cada pesquisa, de análise de dados, de sistematização, de redação. E de participação nos Encontros do Movimento Por/de/para Mulheres. Um grande esforço de preparação das mulheres para participação consciente na área da política no país. Louvo essa ideia e sua concretização. Nestes tempos estranhos precisamos ter voz e atitudes. Nestes tempos estranhos precisamos aprender a comunicar nosso pensamento de forma clara, para que o maior número de pessoas possa nos compreender. Precisamos questionar o fosso que separa, as formulações teóricas, da vida cotidiana das pessoas que vivem a dura vida do trabalho assalariado. Precisamos construir as pontes. Temos que observar com atenção o que ocorre tanto em nosso país como nos países vizinhos, de nossos irmãos latino americanos. É preciso reafirmar nossa soberania enquanto nação. É preciso apoiar e participar das propostas de empoderamento das classes trabalhadoras. É preciso que elas adquiram o poder de falar de si próprias. É preciso, nestes tempos estranhos, que as mulheres guerreiras, em todos os seus matizes, se unam e possam somar às suas lutas justas, as lutas justas dos pobres, dos negros, dos indígenas, dos ribeirinhos, dos sem tetos, dos sem terras, dos quilombolas, dos assalariados, dos estudantes... Sim, porque acredito que a liberdade, plena de direitos das mulheres, será conquistada no bojo desta luta social ampla pelo direito de todos que, neste momento, ainda estão submetidos a uma vida sem escolhas e sem oportunidades de pleno desenvolvimento humano. Não posso aceitar que, em um país rico como o Brasil, oitava economia do mundo (neste momento, mas já estivemos em quarto lugar!) com vasto território, terras férteis, riquezas minerais, parque industrial, petróleo, nióbio, grafeno, tecnologia, água, e um povo com potencialidades, não se processe radical distribuição dessas riquezas. Precisamos, para isso, ser donos do nosso destino. Precisamos nos livrar de para- digmas que nos rotulam.