Baseado no livro Marina – A vida por uma causa De Marília de Camargo César Apresentação Há mulheres que seguem o seu destino e por isso são vitoriosas. Há mu- lheres que lutam contra o seu destino e por isso são excepcionais.

Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima ou simplesmente Marina Silva apresenta uma trajetória que desafia os limites da ficção.

Nascida em 8 de fevereiro de 1958 na pequena comunidade de Breu Ve- lho, no Seringal Bagaço, no Acre, desde menina Marina Silva lutou contra o destino que lhe acenava com pobreza, doença, analfabetismo, opressão e exclusão em todos os sentidos. Seus pais nordestinos tiveram 11 filhos, dos quais oito sobreviveram.

Foi uma menina da floresta, que acordava sempre às 4h da manhã, cortava uns gravetos, pegava uns pedaços de seringuins, acendia o fogo, fazia o café e uma salada de banana perriá com ovo para o café da manhã.

Analfabeta até os 16 anos, vítima de várias doenças ( três hepatites, cinco malárias e uma leishmaniose), a jovem franzina foi para a capital do es- Há mulheres que tado e começou a mudar o rumo de sua vida. Em dez anos completava o seguem o seu curso universitário e ousava trocar a vocação religiosa pelo envolvimento político-social-ambiental. destino e por isso Parceira de luta de Chico Mendes, Marina foi eleita para cargos de verea- são vitoriosas. Há dora, deputada estadual e senadora pelo seu estado. mulheres que lutam No governo Lula, foi Ministra do Meio Ambiente, e na última eleição presi- contra o seu destino dencial foi a terceira colocada, arregimentado quase 20 milhões de votos com um discurso marcado pela ética e pelo compromisso com o desenvol- e por isso são vimento sustentável para todos – no Brasil e no mundo. excepcionais. Baseada no livro ‘Marina, a vida por uma causa’, de Marília de Carmargo César, a diretora Sandra Werneck pretende levar às telas este percurso úni- co, ao mesmo tempo dramático e emocionante, regional e universal – de uma das maiores lideranças políticas do país, com amplo reconhecimento internacional.

O filme de Sandra Werneck abordará a infância de Marina nos seringais, os fatos mais marcantes de sua trajetória pessoal e política até o recebimento do prêmio Sofia, em 2009, em Oslo, concedido anualmente pela Sophie Foundation a pessoas e organizações que se destacam nas áreas ambien- tais e do desenvolvimento sustentável.

Marina conta com profissionais renomados em sua equipe técnica, como a roteirista Melanie Dimantas, o diretor de fotografia Walter Carvalho, o diretor de arte Cláudio Amaral Peixoto, figurinos de Kika Lopes, montagem de Sérgio Meckler e trilha sonora de Jaques Morelenbaum. O filme tem como produtor delegado José Joffily e produtor executivo Caíque Ferreira. Sinopse

O filme começa com a menina pobre que se embrenhava pela floresta de madrugada para colher alguns gravetos. Marina perdeu a mãe aos 15 anos, e um ano depois deu o primeiro – e talvez mais importante passo de sua vida: pediu permissão ao pai para ir para a capital (Rio Branco) se tra- tar da primeira hepatite que contraiu, estudar e se dedicar à vida religiosa.

Para se sustentar e estudar, Marina trabalhava como empregada domés- tica. Foi uma aluna aplicada: alfabetizou-se no Mobral e dez anos depois formava-se em História.

Determinada a seguir a vocação religiosa, entrou para um convento. Du- rante uma missa, o olhar da jovem noviça foi atraído por um cartaz con- vocando para um curso de liderança rural com Clodovis Boff (irmão de Leonardo Boff) e Chico Mendes. A jovem ficou curiosa, seguiu sua intuição e participou do curso.

Estava selada a segunda grande guinada da vida de Marina. Ao conhecer o líder seringueiro Chico Mendes, as idéias da Teologia da Libertação e as Comunidades Eclesiais de Base, Marina sentiu a vocação religiosa substi- tuída por uma sólida e irreversível vocação no campo social, com ênfase na questão ambiental. Em 1984, foi uma das fundadoras da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Acre, que teve como primeiro coordenador Chico Mendes e a jovem Marina como vice-coordenadora.

A convivência com Chico Mendes representou um intenso aprendizado em vários sentidos. Além de compartilharem dos mesmos ideais, Mari- na o via como um mestre na arte política – de ouvir o outro, de estar aberto ao diálogo, às diferenças, mas também firme e intransigente nas questões essenciais. A menina da floresta Ao lado de Chico Mendes, Marina desenvolveu intensa atividade de defesa franzina transformou- dos interesses da Amazônia e da população mais pobre. A morte brutal do líder seringueiro em 1988 consolidou seus princípios de luta e de uma se em poderosa líder postura ética e ideológica que seguiria por toda a vida. política de amplo Filiada ao PT, em 1988, aos 30 anos, se elegeu como a vereadora mais reconhecimento votada de Rio Branco. Em 1990, era eleita deputada estadual, com votação recorde. Em 1994, aos 36 anos, pisou em Brasília como a senadora mais internacional. Casada, jovem da história da República, reeleita em 2002. No Senado, foi a pri- mãe de quatro filhos, meira parlamentar a defender a redução das emissões de gases do efeito estufa, meta adotada pelo Planalto em 2009. Marina luta como Convidada pelo Presidente Lula, assumiu a pasta do Ministério do Meio qualquer mulher Ambiente em 2003, na qual defendeu, entre várias causas, a promoção do para conciliar a vida desenvolvimento sustentável. Em 2008, pediu demissão do cargo, e em 2010, foi lançada como candidata a Presidência da República pelo Partido pública e privada. Verde, angariando mais de 19 milhões de votos. Uma vitória incontestá- vel e que teve, entre outros méritos, levar a disputa presidencial para o segundo turno.

A menina da floresta franzina transformou-se em poderosa líder políti- ca de amplo reconhecimento internacional. Casada, mãe de quatro filhos, Marina luta como qualquer mulher para conciliar a vida pública e privada.

O filme Marina pretende contar o percurso da brasileira Marina Silva, que lutou contra o seu destino de excluída para colocar-se, em muitos aspec- tos, muito à frente do seu tempo. Apesar de interiorana – ou talvez por causa disso – ela desenvolveu uma visão de que o mundo só será melhor se as condições de vida, de saúde e de meio-ambiente forem melhores para todo o mundo. Nunca uma menina do interior foi tão universal. É isso que o filme pretende mostrar. Justificativa e objetivos “ Essa história de coragem, superação e determinação precisa ser contada ao maior número possível de pessoas. Exemplos são para ser seguidos. E o cinema ainda é o maior veículo de divulgação de belas histórias: por seu formato, por sua abrangência em termos de distribuição e pelo impacto emocional que somente a tela é capaz de produzir”.

Assim a diretora Sandra Werneck define o seu empenho em levar aos cinemas o percurso único e vitorioso de Marina Silva em quase 30 anos de vida pública. Defensora inabalável da ética, do desenvolvimento sus- tentável, da valorização dos recursos naturais em ampla escala, a menina da floresta se transformou em uma liderança respeitada tanto no cenário nacional como internacional.

Apesar da trajetória política, o filme pretende focalizar, em primeiro plano, a trajetória humana que, por vários mo- tivos, encontrou na política o canal mais adequado para pregar suas idéias e provocar mudanças

“Há muito tempo venho acompanhando a trajetória de Marina. Suas lu- tas, sua coragem, sua honestidade, sua constância - e o primado da ética que a caracteriza. Como personalidade, como líder e como política”, de- fende Sandra Werneck, diretora com muitos filmes voltados para o uni- verso feminino.

No percurso vitorioso de Marina sobressai um elemento raro na vida pú- blica: a fidelidade às suas origens, às suas idéias, às suas crenças.

Assim é Marina, assim sempre foi Marina: franzina mas forte como os “Essa história de seringais do vilarejo em que nasceu, religiosa mas defensora da tolerância, coragem, superação e rigorosa e intransigente em seus princípios, mas também aberta ao diálo- go e à troca de idéias. Aparentemente calma e controlada, ouvinte exem- determinação precisa plar, mas também oradora convincente, sobretudo por ser verdadeira. ser contada ao maior O filme Marina pode e deve cumprir várias funções: revelar as questões número possível de mais contemporâneas de forma acessível às grandes platéias através de uma doce guerreira brasileira desdobrada em ambientalista, historiadora, pessoas. Exemplos pedagoga, atenta tanto aos valores regionais como universais. são para ser seguidos. E o cinema ainda é o maior veículo de divulgação de belas histórias”... Cronograma

2011 2012 2013

Ações março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril

Desenvolvimento do projeto

Preparação do projeto e captação

Primeiro tratamento do roteiro

Aprimoramento do roteiro (outros tratamentos)

Pesquisa

Primeiro teste de elenco para atores principais

Primeira visita a locações na Amazônia/ Rio Branco(Acre) e floresta

Pré-produção

Filmagem

Pós-Produção

Comercialização

Lançamento 2011 2012 2013

Ações março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro janeiro fevereiro março abril

Desenvolvimento do projeto

Preparação do projeto e captação

Primeiro tratamento do roteiro

Aprimoramento do roteiro (outros tratamentos)

Pesquisa

Primeiro teste de elenco para atores principais

Primeira visita a locações na Amazônia/ Rio Branco(Acre) e floresta

Pré-produção

Filmagem

Pós-Produção

Comercialização

Lançamento Sandra Werneck Diretora e Produtora A premiada carreira de Sandra Werneck abrange documentários e filmes de ficção, de curta, média e longa-metragem. Com três milhões de espec- tadores, Cazuza - O Tempo não Pára co-dirigido por Walter Carvalho, foi um dos filmes mais premiados das últimas safras do cinema brasileiro. As comédias românticas, Pequeno Dicionário Amoroso e Amores Possíveis também foram êxitos de bilheteria e ganharam prêmios no Brasil e no exterior. Amores Possíveis foi eleito o Melhor filme Latino-Americano no Sundance Film Festival, em 2001.

Mas sua carreira começou com documentários de forte cunho social e formatos pouco convencionais. Em Pena Pri- são detentas “interpretam” seu próprio cotidiano num presídio carioca. Ritos de Passagem enfoca travestis, Damas da Noite documenta prosti- tutas, Profissão Criança aborda o trabalho infantil. O premiado A Guerra dos Meninos - Prêmio Especial do Júri no Amsterdan Documentary Film Festival, em 1991 - realiza denúncia pioneira sobre o assassinato de me- ninos de rua, no contexto da violência urbana brasileira. O documentário Meninas, sobre gravidez adolescente, participou da Mostra Panorama, do prestigiado Festival de Berlim, em 2006, e abriu como “Hors Concours”, o mais importante evento de documentários da América Latina, o Festival Internacional É Tudo Verdade.

Continuando nesse tema, o ultimo filme de Sandra, Sonhos Roubados, que teve seu lançamento comercial em abril/2010 aborda a prostituição e a banalização da vida sexual de jovens da periferia, não é um filme desentra- nhado de outros filmes seus. Trata-se de uma peça a mais na construção de uma premiada obra, na qual sensibilidade e contundência temática são elementos indissociáveis. Já recebeu os prêmios de melhor filme júri popu- lar o Festival do Rio, melhores atrizes no Festival Biarritz Amérique Latine, na França, entre outros. Cineluz Produções Criada em 1992 pela cineasta Sandra Werneck. Desde então a empresa vêm se destacando no meio cinematográfico brasileiro com a produção de documentários e filmes de ficção. Desde sua criação, a CINELUZ já realizou mais de dez filmes documentários, entre eles, Guerra dos Meninos, pre- miado no Amsterdan International Documentary Film Festival (IDFA), Fes- tival de Havana, e Festival de Gramado; Meninas, selecionado para mostra Panorama do Festival de Berlin; Margem, premiado no Forumdoc.bh e no Tekfestival; e Terras, que obteve grande aceite em festivais nacionais e internacionais, recebendo prêmios na Bélgica, no festival de Guadalajara, e outros no Brasil.

Nos últimos anos, a produtora passou a se dedicar também a realização de filmes de ficção, que se destacaram como sucesso de público e critica. Ca- zuza, O Tempo não Pára, foi o filme de maior bilheteria brasileira em 2004 e conquistou mais de 30 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Amo- res Possíveis foi premiado em festivais como Sundance (2001) e Miami Film Festival (2001). O primeiro projeto de ficção longa-metragem da pro- dutora, Pequeno Dicionário Amoroso, foi também premiado em diversos festivais, e conquistou a critica e o público. O último projeto de Sandra foi Sonhos Roubados, premiado no Festival do Rio, em Biarritz, Miami e Paris.

A CINELUZ sempre teve destacados patrocinadores nacionais e um pé no mundo, estabelecendo importantes parcerias internacionais. Hoje, além dos projetos de Sandra, a Cineluz também produz os filmes da realizadora Maya Da-Rin e vem estabelecendo acordos e co-produção no Brasil e no exterior. Além disso, a CINELUZ tem outro objetivo marcante e distintivo: a produtora pretende ser um pólo de elaboração do pensamento cinema- tográfico e televisivo, aberto a outros projetos e atento às questões do acesso e da formação audiovisual.

Atualmente, a Cineluz prepara a produção dos projetos de longa-metra- gem, O Lugar do desejo e Marina e o tempo, enquanto Maya Da-Rin faz um mestrado na França. Equipe

Diretora e Produtora Sandra Werneck Roteiro Melanie Dimantas

Roteirista Não quero falar sobre isto agora (1991, Carlota Joaquina (1995), Legítima defesa (1996), Olhos azuis (2009), O outro lado da rua (2003), Copacabana (2000), Duas Vezes com Helena (2001). Co-roteirista de Avassaladoras (2002), de Mara Mourão,Gatão de meia idade (2006), de Antônio Carlos da Fontoura, Mulheres do Brasil (2006), de Malu de Martino, Irma Vap - O retorno (2006), de Carla Camura- ti, Nome próprio (2007), de Murilo Salles, Os porralokinhas (2007), de Lui Farias e Or- questra dos meninos (2009), de Paulo Thiago. Produtora Associada Julia de Abreu

Roteirista dos filmes de longa-metragem: Fonte da Saudade (1987) e Sombras de Ju- lho (1994),Amores Possíveis (1999), Celeste e Estrela (2002) e Vendo ou Alugo (2006, em fase de captação). A Casa do Tom: Mundo, Monde, Mondo (2007) documentário de 52’ sobre Tom Jobim. Produtora-associada e captadora de recursos dos filmes Amores Possíveis (1999) Me- ninas (data?), Cazuza, Sonhos Roubados (2010), de Sandra Werneck, , de Helena Solberg(2004), Celeste e Estrela (2002) e Vendo ou Alugo de Betse de Paula. Consultora para elaboração de projetos e captação de recursos da Associação de Amigos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2003-2007) e do Espaço Tom Jobim Cultura e Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (2007-2011). Produtor Delegado José Joffily

Diretor,Curta-seqüência: galeria Alaska e Copa mixta (1979)., Praça Tiradentes 77 e Alô Te- téia(1977). Voando com os pés no chão, Urubus e papagaios (1985). Roteiros participação, O sonho não acabou (1981), de Sergio Rezende, Parahyba, mulher macho (1982), de , Avaeté - A semente da vingança (1985), de Zelito Viana, A cor de seu destino (1986), de Jorge Durán, Terra para Rose (1987), de Tetê Moraes, e O rei do Rio (1985), de Fábio Barreto e Sonhos Roubados (2009), de Sandra Werneck. Direção e produção A maldição do Sampaku (1991/94), Quem matou Pixote? (1996), O chamado de Deus, Dois perdidos numa noite suja (2002), Achados e perdidos (2006), Olhos azuis (2009. Diretor de Fotografia Walter Carvalho

Diretor de fotografia, Abril despedaçado (2001), O primeiro dia (2000), Central do Brasil (1998), Terra estrangeira (1995) Socorro Nobre (1995) e Krajcberg, o poeta dos vestígios (1987). Central do Brasil e Lavoura arcaica (2001), de ,Pequeno dicionário amoroso (1997) e Amores possíveis (2001), de Sandra Werneck, Notí- cias de uma guerra particular (1999), de João Moreira Salles e Kátia Lund, Amarelo manga(2002) de Cláudio Assis, Madame Satã (2002) de Karim Aïnouz, Carandiru (2003), de Hector Babenco, Entreatos (2004), Cazuza – O tempo não pára (2004), A máquina (2005), de João Falcão, Veneno da madrugada (2005), de Ruy Guerra, Crime delicado (2005), de Beto Brant, e Eu me lembro, de Edgar Navarro, O céu de Suely (2006), de Karim Aïnouz, O baixio das bestas (2006), de Cláudio Assis, Chega de saudade (2007), de Laiz Bodanzky, e Cleópatra (2007), de Julio Bressane. A Erva do rato, de Julio Bressane (2008), Sonhos Roubados (2009), de Sandra Werneck. Diretor Janela da alma (2001), Lunário perpétuo, Moacir arte bruta (2005) Budapeste(2009) Produtor Executivo Caíque Ferreira

Produtor executivo de O xangô de Baker Street (2001), de Miguel Faria Jr., de A par- tilha (2001), de Daniel Filho, e de O sabor da paixão (Woman on top / 2000), de Fina Torres, Sexo, amor e traição(2003), de Jorge Fernando Se eu fosse você (2006), de Daniel Filho. Besouro (2008), de João Daniel Tikhomirrof.. Foi ainda assistente de di- reção em Lara (2002), de Ana Maria Magalhães, Sonhos de menina moça (1987), de Teresa Trautman, Orquídea selvagem (1990), de Zalman King, e da unidade brasileira de O curandeiro da selva (The medicine man/ 1992), de John McTiernan. Diretor de produção Carnaval, de Arnaldo Jabor (realizado para a TV italiana), Manoushe (1990), de Luis Begazo, Jorge, um brasileiro (1987), de Paulo Thiago, Anaconda (1997), de Luís Llosa, e Amazônia (1990), de Mika Kaurismaki. Diretor de Arte Cláudio Amaral Peixoto

Direção de arte Quem matou Pixote?(1996) de José Joffily e Pequeno dicionário amo- roso(1996), de Sandra Werneck, Dois perdidos numa noite suja (2002), de José Joffily Lisbela e o prisioneiro (2003), de Guel Arraes, Cazuza – o tempo não pára (2004), de Sandra Werneck e Walter Carvalho, Bendito fruto (2004), de Sérgio Goldenberg, Noel - o poeta da Vila (2006), de Ricardo Van Steen, Muito gelo e dois dedos d’água (2006), de Daniel Filho, Polaróides Urbanas (2007), de Miguel Falabella, Meu nome não é Johnny (2008) de Mauro Lima e 174 (2008), de Bruno Barreto, Reis e ratos (2009), de Mauro Lima, Olhos azuis (2009), de José Joffily, O Bem Amado (2009), de Guel Arraes, Besouro (2009), de João Daniel Tikhomiroff, Chico Xavier (2010) de Daniel Filho, Pa- lhaço, de Selton Mello. Cenografia de Guerra de Canudos (1998), de Sergio Rezende, Orfeu (1999), de Carlos Diegues, Estorvo (2000), de Ruy Guerra, e Amores possíveis (2000), de Sandra Werneck. Figurino Kika Lopes Maquiagem Juliana Mendes Montagem Sergio Meckler Som Diretor José Moreau Loureiro Edição de Som Waldir Xavier Trilha Sonora Jaques Morelenbaum Produtor de finalização Marcelo Pedrazzi Contrapartidas Além de ser um filme com potencial de auferir receitas positivas e compensatórias para seus investidores, o rotei- ro, o elenco, a qualidade técnica e o tema de Marina e o tempo garante um retorno institucional às empresas que se aliarem ao projeto.

Assim, oferecemos ao INVESTIDOR as seguintes contrapartidas:

Inserção da assinatura institucional da empresa sob a chancela de PATROCÍNIO nos créditos iniciais e finais do filme e em todo mate- rial de divulgação, tais como: site, cartazes, banner eletrônico, con- vites, folhetos, capas de dvds e cds, making of,

Anúncios em mídia impressa bem como no pressbook.

Realização de pré estréia para o público de interesse direto do patrocinador.

Na ocasião de pré estréias comerciais, cessão de convites para convidados especiais.

Cessão de quota de DVDs, cds, cartazes e/ou qualquer outro tipo de material de divulgação do filme.

No site do filme, veiculação de banners, e janelas do PATROCINADOR; da mesma forma, caso seja do interesse do seu interesse, disponibilização do conteúdo do site do filme para ser hospedado no site do PATROCINADOR

Cessão de espaço para a colocação de material promocional do PATROCINADOR nas sessões de pré‐estréia do filme.

Destaque à participação do PATROCINADOR no filme em todas as entrevistas e apresentações do filme para o público e imprensa. Filmografia Produtora e Distribuidora

2010 Terras

Dirigido por Maya Da-Rin; Produção: Cineluz Produções Prêmio “Las Cámaras de La Diversidad”, 25º Festival de Cine de Guadalajara Melhor Longa-metragem, Júri ABCV, Panorama Internacional Coisa de Cinema. Prêmio Especial do Júri, Panorama Internacional Coisa de Cinema. Melhor Filme “Caríssima Liberdade”, 9ª Mostra do Filme Livre, Brasil, 2010 Indicado para Dirk Vandersypen Award, Bélgica, 2010

2009 Sonhos Roubados

Dirigido por Sandra Werneck; Produção: Cineluz Produções Melhor Atriz: Nanda Costa - 14º Brazilian Film Festival of Miami – Inffinito – EUA (2010) Prêmio especial do Juri: Amanda Diniz - 14º Brazilian Film Festival of Miami – Inffinito – EUA (2010) Melhor Atriz: Nanda Costa - Festival do Rio – Brasil (2009) Melhor Ficção - voto popular - Festival do Rio – Brasil (2009) Melhores atrizes: Nanda Costa, Amanda Diniz e Kika Farias - Festival Birritz – França (2010) Melhor atriz: Nanda Costa - Festival de Cinema Brasileiro de Paris – França (2010)

2007 Margem

Dirigido por Maya Da-Rin; Produção Cineluz Produções Melhor Documentário Internacional - TekFestival - Roma, Itália (2008) Menção Honrosa - Forumdoc.bh - Belo Horizonte, Brasil (2007)

2005 Meninas

Dirigido por Sandra Werneck; Co - produção: Cineluz e Giros Produções Convidado para a Mostra de Berlim (2005) Convidado para a abertura do Festival É Tudo Verdade (2006) 2004 Cazuza - O Tempo não Pára

Dirigido por Sandra Werneck; Co-Produção:Cineluz Produções, Lereby Produções, Globo Fil- mes, Columbia Pictures Melhor Ator Daniel de Oliveira - Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) 2004. Melhor Ator Daniel de Oliveira - Prêmio PQBSP (Premio Qualidade Brasil - SP) 2005 Melhor Filme - Prêmio PQBSP (Premio Qualidade Brasil - SP) 2005 Melhor Ator Daniel de Oliveira - Prêmio PQBRJ (Premio Qualidade Brasil - RJ) 2005. Melhor Equipe de Som - Prêmio ABC de Cinematografia 2005. Melhor Longa -Metragem Ficção - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Ator Daniel de Oliveira - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Direção de Fotografia - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Trilha Sonora - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Som - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Montagem - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Roteiro Adaptado - Grande Prêmio Tam de Cinema 2005. Melhor Ator Daniel de Oliveira - Andorinhas CINEPORT (I Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa) 2005. Melhor Filme - Júri Popular - Andorinhas CINEPORT - I Festival de Cinema de Países de Lín- gua Portuguesa) 2005. Melhor Ator Daniel de Oliveira - ACIE (Associação de Críticos da Imprensa Estrangeira) 2005. Melhores Filmes de 2004 - Festival CINESESC dos Melhores Filmes de 2004 (Critica e Publico) Melhor Ator - Daniel de Oliveira - 9th Brazilian Film Festival of Miami Melhor filme - 9th Brazilian Film Festival of Miami Prêmios de sites de Cinema (escolha público) Revelação Masculina Daniel de Oliveira - Blockbuster Enterteinement Awards Melhor Trilha Sonora - Blockbuster Enterteinement Awards Melhor Filme Nacional - Prêmio CINEPOP 2004 Melhor Ator Daniel de Oliveira - Prêmio ADORO CINEMA BRASILEIRO 2004 Melhor Trilha Sonora - Prêmio ADORO CINEMA BRASILEIRO 2004 Melhor Ator Coadjuvante Emilio de Mello - Prêmio ADORO CINEMA BRASILEIRO 2004 Ator Revelação - Daniel de Oliveira - Prêmio ADORO CINEMA BRASILEIRO 2004 Melhor Atriz Coadjuvante - 100% Vídeo de Cinema Brasileiro Melhor Ator Daniel de Oliveira - 100% Vídeo de Cinema Brasileiro

2001 Amores Possíveis

Dirigido por Sandra Werneck; Produção: Cineluz Produções Melhor longa metragem Latino Americano – Sundance Film Festival – EUA (2001) Melhor Atriz Irene Ravache – Brazilian Film Festival of Miami – EUA (2001) Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro e Segundo melhor filme – 1º Festival Cine & Video da Amazônia (2001) 2001 Pra Terminar – Videoclipe Ana Carolina

Dirigido por Sandra Werneck; Produção: Cineluz Produções

2001 E agora, José?

Dirigido por Maya Da-Rin; Produção Cineluz Produções

1997 Pequeno Dicionário Amoroso

Dirigido por Sandra Werneck; Co - produção: Cineluz Produções e Lumière Latin America Melhor Roteiro – Festival Internacional de Cartagena – Colombia (1998) Prêmio especial dos críticos – Schermi d’Amore – Verna, Italia (1997) Melhor Filme – 1º Festival Brasileiro de Miami (1997) Melhor Fotografia e Melhor Edição – Festival de Brasília (1996)

1996 O Testamento do Senhor Napumoceno

Dirigido por Francisco Manso, Co – produção: Cineluz Produções, ADR Productions, Cobra Films, Instituto Caboverdiano de Cinema, Instituto Português da Arte Cinematográfica e Au- diovisual, J.L. Vasconcelos Lda., Radiotelevisão Portuguesa

1994 Pintinho

Dirigido por Sandra Werneck; Co - produção: Cineluz Produções e Arté (TV Franco/Alemã)

1994 Canudos - As Duas Faces da Montanha

Dirigido por Sandra Werneck; Co - produção: Cineluz Produções, Televisão Alemã ZDF, Tele- visão Francesa ARTE Melhor fotografia - Rio Cine Festival (1995) Melhor som - Festival de Brasília (1995)

1993 Profissão Criança

Dirigido por Sandra Werneck; Produção: Cineluz Produções

1992 Pornografia

Dirigido por Sandra Werneck e Murilo Salles

1991 Guerra dos Meninos

Dirigido por Sandra Werneck; Co - produção: Synapse, MP@ Produções, Lês Films D’Ici, FR3 Melhor Filme e Melhor Direção – Festival de Gramado – Brasil (1991) Prêmio Especial do Juri – Festival de filme documentário de Amsterdam – Holanda (1991) Prêmio de OCIC – Festival de Havana – Cuba (1991) Prêmio Saul Yellen do comitê de diretores latino americanos – Festival de Havana –Cuba (1991) Prêmio Diva of the National Union for Understanding Among People – Festival de Havana – Cuba (1991) Melhor Filme de crianças e adolescentes – 27th International Youth Film Contest – Alemanha Melhor Documentário – Uppsala Festival – Suécia (1992) Indicado para o Ace Awards (prêmio de TV a cabo americana)

1989 Canal Click

Dirigido por Sandra Werneck, Produção: H.P.A Melhor trilha sonora, melhor fotografia e melhor atriz – Festival de Brasília – Brasil (1989) Melhor Filme pelo Juri Popilar – Festival de São Luis – Brasil (1989)

1987 Damas da Noite

Dirigido por Sandra Werneck Melhor Filme para o Público jovem – Rio Cine Festival – Brasil (1987) Melhor Edição – Festival de Fortaleza – Brasil (1987) Melhor Som – Rio Cine Festival – Brasil (1987) Melhor Filme pelo Juri Popular – Rio Cine Festival – Brasil (1987)

1986 Geléia Geral

Dirigido por Sandra Werneck, Produção: Lumiar Produções Audiovisuais LTDA Melhor Trilha Sonora – Rio Cine Festival – Brasil (1986)

1984 Pena Prisão

Dirigido por Sandra Werneck, Produção: Lumiar Produções Audiovisuais LTDA Representação Brasileira no Festival “Cinéma du Reel” do Centro George Pompidou – Paris (1984) Melhor filme pelo júri popular e melhor edição – Festival de Brasília – Brasil (1984) Melhor Roteiro – II Festival de Fortaleza – Brasil (1984)

1980 Ritos de Passagem

Dirigido por Sandra Werneck, Produção: Corcina - Cooperativa dos Realizadores Cinemato- gráficos Autônomos Ltda Indicado pela Embrafilme para o Prêmio Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Participação Brasileira no Festival da Cracóvia (1980)

1976 Bom Dia Brasil

Dirigido por Sandra Werneck Documentos anexos

Clipping

Brasilia, 30 de março de 2011 Época online / BR

Brasília, 30 de março de 2011 Época online/BR Vida de Marina Silva vai virar filme dirigido por Sandra Werneck

RIO - A trajetória da ex-senadora Marina Silva vai virar filme, ainda sem data para o início das gravações. A candidata à Presidência da Repú- blica de 2010 conquistou 20 milhões de votos e a simpatia da cineasta Sandra Werneck, que comprou os direitos da biografia “Marina: a vida por uma causa”, lançada durante a campanha e escrita pela jornalista Marília de Camargo. A editora res- ponsável pela publicação anunciou, nesta quarta-feira, o negócio.

O filme deve mostrar a dura infância de Marina no Acre, onde só apren- deu a ler aos 16 anos, e a carreira política da mulher que defende a bandeira ecológica desde a época em que colaborava com Chico Men- des - assassinado em 1988 - na pre- servação da Amazônia.

Formada em História e ex-ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008 no governo Lula, Marina aju- dou a fundar o Partido dos Traba- lhadores e só saiu da legenda em 2010 para lançar-se à campanha pelo cargo mais importante do país.

A história deve passar ainda pela adolescência, época em que um convento em Rio Branco foi o desti- no de Marina - ela se preparou du- rante anos para ser freira - e pela universidade, onde começou a tri- lhar a carreira política.

Brasilia, 30 de março de 2011 Extra online / RJ Brasília, 30 de março de 2011 Estadão.com.br - Últimas notícias - São Paulo/SP Brasília, 30 de março de 2011 Folha.com - São Paulo/SP

Brasília, 30 de março de 2011 Folha.com - São Paulo/SP Brasília, 30 de março de 2011 Exame Últimas Notícias/BR Sandra Werneck dirigirá cinebiografia de Marina Silva

A editora Mundo Cristão anunciou nesta quarta-feira (30/3) que a produ- tora Cineluz, da cineasta Suzana Werneck (Sonhos Roubados), comprou os direitos da biografia de Marina Silva, intitulada Marina - A Vida Por Uma Causa, e pretende transformar a obra em filme.

O livro biográfico, escrito pela jornalista Marília de Camargo César, conta a vida de Marina, dando destaque para sua infância difícil, seguida de contur- bados momentos agravados por doenças e sua posterior dedicação às causas do meio ambiente. Também é abordada sua trajetória política, incluindo a experiência como ministra do Meio Ambiente no governo Lula e sua candi- datura à Presidência da República em 2010.

Sandra Werneck possui experiência em cinebiografias, já que em 2004 co- dirigiu o longa Cazuza – O Tempo Não Para, ao lado de Walter Carvalho (Budapeste).

Ainda não existe previsão para início da produção ou das filmagens da cine- biografia de Marina Silva.

Brasília, 30 de março de 2011 CineClick/BR OGLOBO ● SEGUNDO CADERNO ● PÁGINA 8 - Edição: 1/04/2011 -Impresso: 31/03/2011 — 15: 18 h AZUL MAGENTA AMARELO PRETO

8 ● Sexta-feira, 1 de abril de 2011 SEGUNDOCACADDEERRNNOO ARTHUR DAPIEVE

unca gostei de Sigourney Weaver, a própria educação religiosa quanto com os atriz. Um pouco por ela ter 1,80 me- EUA profundos, nos quais pega mal ser gay, tro de altura, ombros largos demais e negro, latino, judeu, pele vermelha. Não se N feições meio masculinizadas. ‘Sigourney Weaver’ regozije, o Brasil também tem sérios proble- Um pouco por causa de suas óbvias limita- mas de homofobia e racismo. Taí o Jair Bol- ções técnicas, o que lhe permite atuar convin- sonaro, que não nos deixa mentir. centemente apenas na série “Alien” ou em Uma referência óbvia para “Jesus hates fag- “Heróis fora de órbita”, grande sarro com A canção, não a atriz gots” é “Gay messiah”, de Rufus Wainwright. “Jornada nas estrelas”. Cruz Este, aliás, é uma referência óbvia para John Em compensação, adoro “Sigourney Wea- Grant (outras são David Ackles e os Buckley, o ver”, a canção. É a quarta faixa do primeiro pai Tim e o filho Jeff). Ela existe na orientação CD solo de um americano chamado John sexual e na apresentação musical. Há sempre Grant, “Queen of Denmark”, lançado (só) no algo de grandiloquente em “Queen of Den- exterior pelo selo Bella Union. Até 2004, Grant mark”, mesmo quando o CD é tão íntimo, co- era membro do cultuado grupo The Czars, mo em “Marz”, ou tão mordaz, como em, ufa... que durou dez anos e, às vezes, foi descrito “Sigourney Weaver”. O nome da atriz não é in- como “country noir”. Por mais que artistas es- vocado em vão. Grant a utiliza para falar do perneiem, rótulos desse tipo ajudam quem seu sentimento de estranheza, como numa nunca ouviu o som a sentir antecipadamente prisão de “Além da imaginação”. o clima do trabalho. Solo, Grant continua “E eu me sinto como Sigourney Weaver”, ex- “country noir”, mas não só. plica Grant. “Quando ela tinha de matar aque- Aliás, Grant está solo, não sozinho. Ele foi les aliens/ E um cara tentava levá-los de volta adotado por músicos mais novos, da banda para a Terra/ E ela não acreditava no que ou- Midlake, que o incentivaram a gravar o pri- via.” Sigourney não é a única estrela de Hol- meiro disco sob seu próprio nome e o acom- lywood citada na faixa. “Eu me sinto como Wi- panharam nas 12 faixas de “Queen of Den- nona Ryder”, logo anuncia Grant, forçando a mark”, injetando uma certa sensibilidade pop pronúncia acaipirada. “Naquele filme sobre no baixo astral predominante. O resultado ge- vampiros/ E ela não conseguia chegar ao so- ral é impressionante: soa como uma autobio- taque certo/ Nem aquele outro cara.” Em tem- grafia barroca de corações partidos, drogas po: as duas contracenaram em “Alien — A res- pesadas e autoestima em frangalhos. surreição”; e “aquele outro cara” é Keanu Re- Como já aconteceu antes na história do ro- eves, em “Drácula de Bram Stoker”. ck, o disco pegou bem do outro lado do Um crescendo transforma o refrão mutante Atlântico Norte: foi eleito o melhor de 2010 no qual as atrizes são mencionadas em algo pela revista inglesa “Mojo” e pegou o sexto próximo de um hino religioso, a não ser, claro, OGlugarLOBOna “Q”● (nesta,SEGUNDOganhouCADERNO“The suburbs”,● PÁGINAseu disco8 - Edição:fora escolhido1/04/2011o melhor-Impresso:de 2010, 31/03/2011doentia, brutal—— 1persistente5: 18 h na imaginação pela completaAZUL ausênciaMAGENTdeA transcendênciaAMARELO PRETOou do Arcade Fire). Entretanto, “Queen of Den- Grant reagiu com a característica angústia: da metrópole. Talvez as antigas colônias se metafísica. Existe na web uma versão de “Si- mark” foi ignorado pela “NME” (que consa- “Meu primeiro pensamento, sendo quem sou, vejam, se escutem, se reconheçam melhor em gourney Weaver” com Grant sozinho ao piano, grou “Hidden”, dos These New Puritans, so- foi que haveria uma repercussão horrível: ‘Ele Kanye West. Talvez não. o que, de modo nada paradoxal, aumenta a sua

●bre o qual escrevi em março do ano passado) não merece isso, quem porra é esse cara, nun- John Grant é gay. E uma coisa é você ser grandiosidade. Confira em www.migre.me/ 8 e pela americana “Rolling Stone” (na qual o ca ouvi falar dele.’” homossexual em São Francisco ou em Nova 48a25. A propósito, Sexta-feira,também é bom1 de abrirabril deoutra2011 vencedor foi “My beautiful dark twisted fan- Não, não esqueci “Sigourney Weaver” e, da- York, cidades sob certos aspectos tão pou- janela em algum site que ofereça a letra da can- tasy”, do Kanye West). da a capacidade de a canção grudar na cabe- co americanas, outra é ser homossexual em ção (ou das outras canções, como “Where Não faria sentido esperar unanimidade em ça, isso nem parece provável num horizonte Kalamazoo, Michigan, ou em Denver, Colo- dreams go to die”). É incongruente que um dis- listas desta espécie. No caso de Grant, contu- audível. Preciso, porém, delimitar o contexto. rado, cidades onde Grant morou. A essa al- co com versos assim tão bons e reveladores do, a ausência de unanimidade é especialmen- Porque um disco como “Queen of Denmark” tura, ele já deve estar vivendo na gay frien- não tenha um encarte. Bem, isso parece o que te significativa. Seria irônico se um trabalho talvez seja tão mais valorizado na Inglaterra dly Berlim, na Alemanha, velho projeto. A de pior posso dizer de “Queen of Denmark”. tão dolorido e pessoal agradasse a todos. por corresponder a uma determinada Améri- faixa “Jesus hates faggots” (Jesus odeia bi- Quando foi comunicado pela “Mojo” de que SEGca — desolada,UNDsombria, rural, puritana,OCACADchas) é tantoDEum acerERtoRNde contasNOcomOsua E-mail: [email protected] ARTHUR DAPIEVE

unca gostei de Sigourney Weaver, a própria educação religiosa quanto com os Marinaatriz. Um pouco porSilva,ela ter 1,80 me- dospalanquesàstelasEUA deprofundos, noscinemaquais pega mal ser gay, tro de altura, ombros largos demais e negro, latino, judeu, pele vermelha. Não se SandraN feiçõesWerneckmeio masculinizadas.filma a trajetória de‘Sigourneylutas pessoais e ambientaisWedaaveracreana ’que disputouregozije,ao BrasilPresidênciatambém tem sériosem pr2010oble- Um pouco por causa de suas óbvias limita- mas de homofobia e racismo. Taí o Jair Bol- ções técnicas, o que lhe permite atuar convin- Divulgação sonaro, que não nosAlexandredeixaGuzanshe/Fmentirotoarena/. 13-8-2010 centemente apenas na série “Alien” ou em Uma referência óbvia para “Jesus hates fag- Rodrigo Fonseca “Heróis fora de órbita”, grande sarro com A canção, não a atriz gots” é “Gay messiah”, de Rufus Wainwright. “Jornadaquacionarnas estrecologiaelas”. e Cruz Este, aliás, é uma referência óbvia para John Empolíticacompensação,— comadormaiso “Sigourney Wea- Grant (outras são David Ackles e os Buckley, o ver”, destaquea canção. paraÉ a quara prtae-faixa do primeiro pai Tim e o filho Jeff). Ela existe na orientação CD soloservaçãode umdaamericanonatureza chamado John sexual e na apresentação musical. 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Grant a utiliza para falar do po”.perneiem,Ainda provisório,rótulos desseo títulotipo ajudam quem seu sentimento de estranheza, como numa danuncacinebiografiaouviu o desomMariaa sentirOs- antecipadamente prisão de “Além da imaginação”. marinao climaMarinado trabalho.Silva Vaz dSolo,e Li- Grant continua “E eu me sinto como Sigourney Weaver”, ex- ma,“countrjá em pré-pry noir”,odução,mas nãofazsó.re- plica Grant. “Quando ela tinha de matar aque- ferênciaAliás,a episódiosGrant estádosolo,passa-não sozinho. Ele foi les aliens/ E um cara tentava levá-los de volta doaddaotex-senadoraado por múesiambienta-cos mais novos, da banda para a Terra/ E ela não acreditava no que ou- listaMidlake,acreana,quecandidatao incentivaramà Pre- a gravar o pri- via.” Sigourney não é a única estrela de Hol- sidênciameiro emdisco2010.sobUmseupassadopróprio nome e o acom- lywood citada na faixa. “Eu me sinto como Wi- quepanharamenvolve alfabetizaçãonas 12 faixasaosde “Queen of Den- nona Ryder”, logo anuncia Grant, forçando a 16mark”,anos, injetandotrês hepatites,uma cerumata sensibilidade pop pronúncia acaipirada. “Naquele filme sobre parnoceriabaixoprofissionalastral predominante.com o lí- O resultado ge- vampiros/ E ela não conseguia chegar ao so- derralseringueiré impressionante:o Chico Mendessoa como uma autobio- taque certo/ Nem aquele outro cara.” Em tem- (1944-1988)grafia barroe cao sonhode coraçõesde se partidos,MARINAdrogasSILVA (ao lado) po: as duas contracenaram em “Alien — A res- tornarpesadasa liderançae autoestimademocrati-em frangalhos. surreição”; e “aquele outro cara” é Keanu Re- cameComonte eleijátaaconteceudo Brasil.antes na históriaterá suadovidarotransformada- eves, em “Drácula de Bram Stoker”. —ck,Nao vidiscoda depegouMarinabem, a nodo- outremo longaladopordoSandra Werneck Um crescendo transforma o refrão mutante çãoAtlânticode tempoNoréte: muitofoi eleitolouca.o melhor de 2010 no qual as atrizes são mencionadas em algo Estamospela refalandovista inglesade uma“Mojo”mu- e pegou(acima)o ,sextodiretora de “Pequeno próximo de um hino religioso, a não ser, claro, lherlugarque,naquando“Q” (nesta,mais jovem,ganhou “Thedicionáriosuburbs”,amoroso”:seufilmagensdisco fora escolhido o melhor de 2010, doentia, brutal — persistente na imaginação pela completa ausência de transcendência ou andavado Arcadede noveFire).a dEntrez etanto,horas “Queen of Den- Grant reagiu com a característica angústia: da metrópole. Talvez as antigas colônias se metafísica. Existe na web uma versão de “Si- pormark”dia entrfoi ignoradoe os seringais.pela “NME” (quecomeçamconsaem-2012“Meu primeiro pensamento, sendo quem sou, vejam, se escutem, se reconheçam melhor em gourney Weaver” com Grant sozinho ao piano, Umagroumulher“Hidden”,crescidadosnumaThesere-New Puritans, so- foi que haveria uma repercussão horrível: ‘Ele Kanye West. Talvez não. o que, de modo nada paradoxal, aumenta a sua giãobreondeo quala escrnotíciaevi emda mormarçote do ano passado) não merece isso, quem porra é esse cara, nun- John Grant é gay. E uma coisa é você ser grandiosidade. Confira em www.migre.me/ doeprpelaesidenteamericanaKennedy“RollingsóStone”—(naEmboraqual Marinao ca nãoouviestejafalar dele.’”valho como fotógrafo do longa. homossexualatual — diz Sandra,em SãoqueFranciscoassume ou50%emdeNovamim que48a25.querAempropósito,o fil- detambémChicoé Mendes:bom abrir Waoutragner chegouvencedorcincofoianos“Mydepois,beautifulnu- darkmaistwistedligada fana nenhum- Não,cargonãopoesqueci- — Seria“Sigourneyum sonho.WeTuaver”do vaie, da-de- Yoterrk,votadocidadesemsobMarinacertosno aspectospri- me.tãoOs pououtr-os janela50% dependemem algum siteMoura.que oferEmeçarelaçãoa letraaodapapelcan- de matasy”,revistadovelhaKanye—We dizst).a rea- lítico e não tenha planoda a capacidadede can- penderde a cançãoda agendagrudardele.na cabe- comeiramericanas,o turno dasoutraeleiçõesé serpresihomossexual- da minhaemfamília.”çãoE(ou eu respondas outras- Marina,canções,aindacomoexiste“Wheruma dúvi-e lizadoraNãodefaria“Pequenosentidodicioná-esperar unanimidadedidatura anunciado,em ça,nãoissopretennem- pareceFicçõesprovávelbrasileirasnum sobrhorizontee figu- Kalamazoo,denciais de 2010.Michigan,— Antesou emda Denverdi: “Ok,, ColoMarina.- drEntãoeams goeutonãodie”).da,É incongremborauenteeu jáquetenhaum dispensa-- riolistasamordestaoso” (1997).espécie. No caso dedoGrant,inscrevercontu-o filmeaudível.em editaisPreciso,rasporém,associadasdelimitarao podero contexto.passa- rado,votação,cidadeseu estavaonde envolvidaGrant morou.saioA essade Brasíliaal- coenquantocom versosnãoassimdo emtão umabonssériee reveladorde nomes.es do, a ausência de unanimidadepúblicos.é especialmen-Vou entrarPoremquecaptaum disco- ramcomoa ser“Queenencaradasof comDenmark”maior tura,com umele outrjá deveo proestarjeto, chamavivendo- naconhecergay frientodos- nãoos membrtenha osumdaencarPorte. umBem,lado,issoexisteparecea tentaçãoo que Filmete significativa.pode custar R$Seria9 milhõesirônico seçãoumjuntotrabalhoa empresastalvezsemsejaeles.tão cautelamais valorizadopelo mercadona Inglatercinematora- dlydo “OBerlim,lugar donadesejo”,Alemanha,quandovelhosuaprojeto.família.”ASódesaípiorde lápossodepoisdizerdedetrabalhar“Queen ofcomDenmark”.uma supera- Sandratão doloridose articulae pessoalpara rodaragradasseNão quera toodos.fazer umporfilmecorrepolísponder- gráficoa umanacionaldeterminadaapós o atribulaAméri-- faixavi uma“Jesusentrevistahatesdafaggots”Marina no(Jesusde conhecerodeia bi- um a um os paren- triz e maquiá-la. Por outro, emQuandomaio defoi2012comunicadoo longa sobrpelae “Mojo”tico. Querdeo quecontarcauma—históriadesolada,dosombria,desempenhorural,comerpuritana,cial de chas)“Programaé tantodo Jô”.um acerEstavato comde contas- tescomdela.suaMasE-mail:[email protected] existe a vontade de viver de Marina, cuja distribuição foi as- de superação, priorizando a tra- “Lula, o filho do Brasil” (2010). pletamente sem tesão para po- apoio integral para o filme, que novo a mesma experiência por segurada pela Downtown Fil- jetória de Marina como mulher Rechaçado por uma ala consi- lítica quando a ouvi falar, dei- pode levantar uma reflexão que eu e o Walter passamos ao mes. Codiretora (com Walter e seu envolvimento com ques- derável da crítica e por analistas xando transparecer sua luta pa- acerca das mudanças do papel dirigir Daniel de Oliveira em Carvalho) do blockbuster “Cazu- tões ecológicas. Revendo meus políticos, o longa de Fábio Bar- ra sobreviver, sua relação com da mulher neste país — diz a ci- “Cazuza”. Pegamos um jovem za —O tempo não para”, visto filmes, percebi que estou sem- reto viu sua ambição de igualar o Acre, seu olhar para a luta neasta, que vai contar com o ator que não era conhecido, por 3.082.522 pagantes em pre contando histórias que ou superar os 5.319.677 pagan- ecológica. No dia seguinte, envolvimento do diretor José trabalhamos com ele, e Dani 2004, a cineasta diz ter se com- apontam para o futuro. Fiz “Me- tes contabilizados por “2 filhos comprei o livro sobre ela e de- Joffily, de “2 perdidos numa noi- v i r o u o q u e v i r o u : u m Marinaprometido com sua biografada Silva,ninas”, um documentáriodossobre de Francisco”palanques(2005) resumir-se cidi que levaria suaàsvida às te-telaste suja” (2002), na prdeodução de cinemagraaaaaaaande ator — diz a não participar de editais com jovens grávidas de periferia, pa- a uma bilheteria de cerca de 850 las. Foram quase seis meses de “Marina e o tempo”. Sandra. — Seria um desafio o projeto, inspirado no livro ra mostrar como está nascendo mil ingressos vendidos. negociação. Preparada para abrir testes poder descobrir uma jovem e Sandra“Marina, a vidaWeporrneckuma causa”,filmaa próximaa trajetóriageração. Falar dedeeco-lutas— Empessoais“Marina e o tempo”,e ambientaiseu Segundo Sandra,da acreanaMarina ti- quepara odisputou elenco em julhoadestePresidênciatalentosa atriz,emter um2010ano pa- de Marilia de Camargo Cesar. O logia é entender que mundo não pretendo abordar as elei- nha um lado reticente acerca ano, Sandra ainda não definiu ra poder ensaiar com ela e orçamento, ainda não definido, nossos filhos e nossos netosDivulgaçãoções para a Presidência de do projeto: quem vai interpretar Marina. transforAlexandre Guzanshe/Fmá-la emotoarena/uma13-8-2010grande pode chegarRodrigoa R$Fonseca9 milhões por vão encontrar — explica San- 2010. E não há laço político en- —Ela não queria se expor. — Eu já tenho certeza de intérprete. E eu costumo ser conta das viagens ao Acre. dra, que espera ter Walter Car- tre a personagem e o governo Mas chegou a me dizer: “Tem quem eu quero para o papel movida por desafios. ■ quacionar ecologia e política — com mais destaque para a pre- E servação da natureza do que para a disputa pelo Pa- lácio do Planalto — será o de- safio da cineasta Sandra Wer- Rioneck aodedirigir Janeiro,a ficção em lon- 01 de abril de 2011 ga-metragem “Marina e o tem- po”. Ainda provisório, o título Oda Globocinebiografia de Maria Os- marina Marina Silva Vaz de Li- ma, já em pré-produção, faz re- ferência a episódios do passa- do da ex-senadora e ambienta- lista acreana, candidata à Pre- sidência em 2010. Um passado que envolve alfabetização aos 16 anos, três hepatites, uma parceria profissional com o lí- der seringueiro Chico Mendes (1944-1988) e o sonho de se MARINA SILVA (ao lado) tornar a liderança democrati- camente eleita do Brasil. terá sua vida transformada — Na vida de Marina, a no- em longa por Sandra Werneck ção de tempo é muito louca. Estamos falando de uma mu- (acima), diretora de “Pequeno lher que, quando mais jovem, dicionário amoroso”: filmagens andava de nove a dez horas por dia entre os seringais. começam em 2012 Uma mulher crescida numa re- gião onde a notícia da morte do presidente Kennedy só — Embora Marina não esteja valho como fotógrafo do longa. atual — diz Sandra, que assume 50% de mim que querem o fil- de Chico Mendes: Wagner chegou cinco anos depois, nu- mais ligada a nenhum cargo po- — Seria um sonho. Tudo vai de- ter votado em Marina no pri- me. Os outros 50% dependem Moura. Em relação ao papel de ma revista velha — diz a rea- lítico e não tenha plano de can- pender da agenda dele. meiro turno das eleições presi- da minha família.” E eu respon- Marina, ainda existe uma dúvi- lizadora de “Pequeno dicioná- didatura anunciado, não preten- Ficções brasileiras sobre figu- denciais de 2010. — Antes da di: “Ok, Marina. Então eu não da, embora eu já tenha pensa- rio amoroso” (1997). do inscrever o filme em editais ras associadas ao poder passa- votação, eu estava envolvida saio de Brasília enquanto não do em uma série de nomes. públicos. Vou entrar em capta- ram a ser encaradas com maior com um outro projeto, chama- conhecer todos os membros da Por um lado, existe a tentação Filme pode custar R$ 9 milhões ção junto a empresas sem eles. cautela pelo mercado cinemato- do “O lugar do desejo”, quando sua família.” Só saí de lá depois de trabalhar com uma supera- Sandra se articula para rodar Não quero fazer um filme polí- gráfico nacional após o atribula- vi uma entrevista da Marina no de conhecer um a um os paren- triz e maquiá-la. Por outro, em maio de 2012 o longa sobre tico. Quero contar uma história do desempenho comercial de “Programa do Jô”. Estava com- tes dela. Mas consegui seu existe a vontade de viver de Marina, cuja distribuição foi as- de superação, priorizando a tra- “Lula, o filho do Brasil” (2010). pletamente sem tesão para po- apoio integral para o filme, que novo a mesma experiência por segurada pela Downtown Fil- jetória de Marina como mulher Rechaçado por uma ala consi- lítica quando a ouvi falar, dei- pode levantar uma reflexão que eu e o Walter passamos ao mes. Codiretora (com Walter e seu envolvimento com ques- derável da crítica e por analistas xando transparecer sua luta pa- acerca das mudanças do papel dirigir Daniel de Oliveira em Carvalho) do blockbuster “Cazu- tões ecológicas. Revendo meus políticos, o longa de Fábio Bar- ra sobreviver, sua relação com da mulher neste país — diz a ci- “Cazuza”. Pegamos um jovem za —O tempo não para”, visto filmes, percebi que estou sem- reto viu sua ambição de igualar o Acre, seu olhar para a luta neasta, que vai contar com o ator que não era conhecido, por 3.082.522 pagantes em pre contando histórias que ou superar os 5.319.677 pagan- ecológica. No dia seguinte, envolvimento do diretor José trabalhamos com ele, e Dani 2004, a cineasta diz ter se com- apontam para o futuro. Fiz “Me- tes contabilizados por “2 filhos comprei o livro sobre ela e de- Joffily, de “2 perdidos numa noi- v i r o u o q u e v i r o u : u m prometido com sua biografada ninas”, um documentário sobre de Francisco” (2005) resumir-se cidi que levaria sua vida às te- te suja” (2002), na produção de graaaaaaaande ator — diz a não participar de editais com jovens grávidas de periferia, pa- a uma bilheteria de cerca de 850 las. Foram quase seis meses de “Marina e o tempo”. Sandra. — Seria um desafio o projeto, inspirado no livro ra mostrar como está nascendo mil ingressos vendidos. negociação. Preparada para abrir testes poder descobrir uma jovem e “Marina, a vida por uma causa”, a próxima geração. Falar de eco- — Em “Marina e o tempo”, eu Segundo Sandra, Marina ti- para o elenco em julho deste talentosa atriz, ter um ano pa- de Marilia de Camargo Cesar. O logia é entender que mundo não pretendo abordar as elei- nha um lado reticente acerca ano, Sandra ainda não definiu ra poder ensaiar com ela e orçamento, ainda não definido, nossos filhos e nossos netos ções para a Presidência de do projeto: quem vai interpretar Marina. transformá-la em uma grande pode chegar a R$ 9 milhões por vão encontrar — explica San- 2010. E não há laço político en- —Ela não queria se expor. — Eu já tenho certeza de intérprete. E eu costumo ser conta das viagens ao Acre. dra, que espera ter Walter Car- tre a personagem e o governo Mas chegou a me dizer: “Tem quem eu quero para o papel movida por desafios. ■ Marina Silva, dos palanques às telas de cinema Sandra Werneck filma a trajetória de lutas pessoais e ambientais da acre- ana que disputou a Presidência em 2010

Equacionar ecologia e política — com mais de candidatura anunciado, não pretendo seu olhar para a luta ecológica. No dia se- destaque para a preservação da natureza inscrever o filme em editais públicos. Vou guinte, comprei o livro sobre ela e decidi do que para a disputa pelo Palácio do Pla- entrar em captação junto a empresas sem que levaria sua vida às telas. Foram quase nalto — será o desafio da cineasta Sandra eles. Não quero fazer um filme político. Que- seis meses de negociação. Werneck ao dirigir a ficção em longa-me- ro contar uma história de superação, priori- tragem “Marina e o tempo”. zando a trajetória de Marina como mulher e Segundo Sandra, Marina tinha um lado re- seu envolvimento com questões ecológicas. ticente acerca do projeto: Ainda provisório, o título da cinebiografia Revendo meus filmes, percebi que estou de Maria Osmarina Marina Silva Vaz de sempre contando histórias que apontam — Ela não queria se expor. Mas chegou a Lima, já em pré-produção, faz referência para o futuro. Fiz “Meninas”, um documen- me dizer: “Tem 50% de mim que querem o a episódios do passado da ex-senadora e tário sobre jovens grávidas de periferia, para filme. Os outros 50% dependem da minha ambientalista acreana, candidata à Presi- mostrar como está nascendo a próxima família.” E eu respondi: “Ok, Marina. Então dência em 2010. Um passado que envolve geração. Falar de ecologia é entender que eu não saio de Brasília enquanto não co- alfabetização aos 16 anos, três hepatites, mundo nossos filhos e nossos netos vão nhecer todos os membros da sua família.” uma parceria profissional com o líder se- encontrar — explica Sandra, que espera ter Só saí de lá depois de conhecer um a um ringueiro Chico Mendes (1944-1988) e o Walter Carvalho como fotógrafo do longa. os parentes dela. Mas consegui seu apoio sonho de se tornar a liderança democrati- integral para o filme, que pode levantar camente eleita do Brasil. — Seria um sonho. Tudo vai depender da uma reflexão acerca das mudanças do pa- agenda dele. pel da mulher neste país — diz a cineasta, — Na vida de Marina, a noção de tempo é que vai contar com o envolvimento do muito louca. Estamos falando de uma mu- Ficções brasileiras sobre figuras associadas diretor José Joffily, de “2 perdidos numa lher que, quando mais jovem, andava de ao poder passaram a ser encaradas com noite suja” (2002), na produção de “Mari- nove a dez horas por dia entre os seringais. maior cautela pelo mercado cinematográ- na e o tempo”. Uma mulher crescida numa regiãoonde a fico nacional após o atribulado desempe- notícia da morte do presidente Kennedy nho comercial de “Lula, o filho do Brasil” Preparada para abrir testes para o elenco só chegou cinco anos depois, numa revista (2010). Rechaçado por uma ala conside- em julho deste ano, Sandra ainda não defi- velha — diz a realizadora de “Pequeno di- rável da crítica e por analistas políticos, o niu quem vai interpretar Marina. cionário amoroso” (1997). longa de Fábio Barreto viu sua ambição de igualar ou superar os 5.319.677 pagantes — Eu já tenho certeza de quem eu quero Filme pode custar R$ 9 milhões Sandra contabilizados por “2 filhos de Francisco” para o papel de Chico Mendes: Wagner se articula para rodar em maio de 2012 (2005) resumir-se a uma bilheteria de cerca Moura. Em relação ao papel de Marina, o longa sobre Marina, cuja distribuição de 850 mil ingressos vendidos. ainda existe uma dúvida, embora eu já foi assegurada pela Downtown Filmes. tenha pensado em uma série de nomes. Codiretora (com Walter Carvalho) do blo- — Em “Marina e o tempo”, eu não pretendo Por um lado, existe a tentação de traba- ckbuster “Cazuza — O tempo não para”, abordar as eleições para a Presidência de lhar com uma superatriz e maquiá-la. Por visto por 3.082.522 pagantes em 2004, a 2010. E não há laço político entre a perso- outro, existe a vontade de viver de novo cineasta diz ter se comprometido com sua nagem e o governo atual — diz Sandra, que a mesma experiência por que eu e o Wal- biografada a não participar de editais com assume ter votado em Marina no primeiro ter passamos ao dirigir Daniel de Oliveira o projeto, inspirado no livro “Marina, a vida turno das eleições presidenciais de 2010. em “Cazuza”. Pegamos um jovem ator que por uma causa”, de Marilia de Camargo Ce- — Antes da votação, eu estava envolvida não era conhecido, trabalhamos com ele, e sar. O orçamento, ainda não definido, pode com um outro projeto, chamado “O lugar Dani virou o que virou: um graaaaaaande chegar a R$ 9 milhões por conta das via- do desejo”, quando vi uma entrevista da ator — diz Sandra. — Seria um desafio po- gens ao Acre. Marina no “Programa do Jô”. Estava com- der descobrir uma jovem e talentosa atriz, pletamente sem tesão para política quando ter um ano para poder ensaiar com ela e — Embora Marina não esteja mais ligada a a ouvi falar, deixando transparecer sua luta transformá-la em uma grande intérprete. E nenhum cargo político e não tenha plano para sobreviver, sua relação com o Acre, eu costumo ser movida por desafios. CINELUZ PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS LTDA.

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