COMO A PANVEL facilitarPODE A VIDA DO PORTO-ALEGRENSE?

A gente acredita no potencial dessa cidade, e no quanto ela pode ser cuidada, amada e valorizada. Quem escolheu viver aqui quer se sentir sempre bem nas suas ruas, praças, cafés e teatros. É fácil se apaixonar por . Mais fácil ainda é se inspirar na sua história de conquistas pra criar novos serviços que facilitam a vida de todos.

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Sumário 04 Aquário

06 Entrevista: Hique Gomez

12 Porto. Alegre de novo?

20 Orla Moacyr Scliar: o reecontro com o Guaíba

26 4º Distrito: terra da economia criativa

29 Curiosidades

30 Menos burocracia e mais ação

34 Esportes: da rivalidade à paixão pela cidade

38 Cartão postal: poemas em imagens

Diretor-Geral RUA SALDANHA MARINHO, 82 JULIO RIBEIRO PORTO ALEGRE - RS Diretora-Executiva CEP 90160-240 40 O Melhor da cidade NELCI GUADAGNIN FONE/FAX (51) 3231 8181

Textos: www.revistapress.com.br CRISTIANO VIEIRA [email protected] Diagramação/ Arte Final Cultura: diversas opções ESPARTA PROPAGANDA Comercialização 54 PORTO ALEGRE: (51) 3231 8181 Imagens: e (51) 99971 5805 com Fotografas da entrevista: NELCI GUADAGNIN Jeferson Bernardes/Agência Preview PRESS e ADVERTISING SÃO PUBLICAÇÕES MENSAIS DA Comercialização: ATHOS EDITORA, COM CIRCULAÇÃO NACIONAL, SOBRE OS 58 Escritores: dos livros para as ruas CRIS ZIMMERMANN MERCADOS DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA BRASILEIROS. OS ARTIGOS ASSINADOS E OPINIÕES EMITIDAS POR FONTES Assinaturas NÃO REPRESENTAM, NECESSARIAMENTE, O PENSAMENTO [email protected] DA REVISTA. Impressão Curiosidades COMUNICAÇÃO IMPRESSA 61

PRESS PORTO ALEGRE AQUÁRIO Uma paixão pra vida toda Lorem ipsum dolor u vi Porto Alegre pela rou um vovô encanecido. A “Cida- sit amet, consectetur primeira vez ali por mea- de Sorriso” foi muito mal-tratada dos dos anos 1970. Devia em algumas administrações mu- ter uns 13 anos, quando nicipais e foi, como diria Mario adipiscing elit, vim de carona com uma Quintana, “perdendo um jeito de irmã, de Pelotas, para vi- sorrir que tinha”. sitarE outra que já morava aqui. Ao Minha paixão pela cidade so- sed do eiusmod passar pela ponte do Saco da Ale- freu alguns revezes, nessas quatro moa, eu vi o skyline da cidade e foi décadas. Por breve tempo, morei paixão à primeira vista. fora, em busca de outras oportuni- Aquela imensidão toda, recorta- dades empresariais. Em alguns ou- da por centenas de prédios e um tros momentos, cheguei a pensar JULIO RIBEIRO sol que se espraiava pelas águas em ir embora de vez. Mas, na ver- [email protected] serenas do Guaíba, me deram a dade, isso sempre foi uma peque- certeza de que ali estava a cidade na ameaça, uma chantagem com a onde pretendia morar pra vida cidade que amo. Nunca pensei, de sas paragens, sob a suave poesia toda. Poucos anos depois, foi o que fato, em ir embora. do velho Quintana. aconteceu. Mudei para a capital, Os problemas da cidade não me “Quando eu for, um dia desses, de mala, cuia e meu projeto de são desconhecidos. Porto Alegre, poeira ou folha levada, no vento vida: ser jornalista. por vezes, me dói. Mas, o meu da madruga, serei um pouco, in- Passados quase 40 anos, desde amor por ela permanece. Tanto visível, delicioso, que faz com que o dia que aportei na rodoviária que estou lançando esta revis- teu ar, pareça mais um olhar, su- com meus mijados, um canudo de ta, que é uma espécie de ode à ave mistério amoroso, cidade do técnico em eletrônica embaixo do cidade que me acolheu, que me meu andas (deste já tão longo an- braço e um alvo muito bem defni- envolve, que me irrita, às vezes, dar), e talvez....de meu repouso” do, muita coisa aconteceu. Comigo e em outras tantas vezes me en- e com a cidade. O menino imberbe ternece. se tornou jornalista, produziu um Encerro essas linhas, como es- Julio Ribeiro é jornalista monte de coisas nesta cidade e vi- pero encerrar um dia a vida nes- e publisher da Athos Editora

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ENTREVISTA

HIQUE GOMEZ “Eu gosto muito de Porto Alegre. Eu nasci aqui, e sempre entendi que deveria desenvolver um trabalho artístico aqui, no qual outras pessoas pudessem se espelhar" or mais de 30 anos, a dupla Kraunus e Pletskaya lotou palcos pelo mos carona na estrada só para ver com o espetáculo Tangos & Tragédias. Os imi- o show, meu pai não queria que a grantes amalucados da Sbórnia, vividos por Hique Gomez e Nico gente viesse. Era um show do disco PNicolaiewsky, transformaram uma tragicomédia musical em Atrás do porto tem uma cidade, com um dos maiores sucessos da história do teatro gaúcho, a ponto de lo- canções como Mamãe natureza. tarem espetáculos também em São Paulo. Na semana em que Porto Ale- gre completou 247 anos, Hique chegou aos 60 anos. Morando no Sétimo Por que marcou tanto? Tu ouvias Céu, região paradisíaca da zona Sul de Porto Alegre, o músico conta, na outros artistas também? entrevista, do seu amor pela cidade, os primeiros shows, a infância no Claro, a gente ouvia Pink Floyd, Yes, interior e relembra a histórica parceria com Nico, que faleceu em 2014. Os Mutantes, David Bowie. Tudo isso estava no mesmo nível. Mas, , para mim, era melhor Chegaste aos 60 anos. Sempre mo- o instrumento. O professor ia uma que todos. E como cantava em por- rando em Porto Alegre? vez por semana em casa. O meu tuguês, tu conseguias entender as Na infância morei no interior, meu pai chegava logo após a aula e letras. Tinha uma poesia incrível, pai era da Caixa Federal. Ele foi emendava uma rodinha de samba uma coisa de comportamento que transferido e fomos juntos. Eu vivi ali mesmo. O pai fazendo caipiri- me marcou muito. muito no interior porque meus nhas e tal, reunindo as pessoas, e o avós eram de Uruguaiana, a gente professor tocando. Durante tua carreira como músi- ia sempre nos feriados. Em Bagé, co, então, ela continuou uma refe- também, tínhamos parentes. No in- Tu és tímido? Ou melhor, o violão rência? terior, moramos em Giruá, no Nor- te deixou mais solto? Sim, porque ela era do Os Mutantes. te, e depois em Soledade, cidade em Olha, eu não sou exibido (risos). E os Mutantes eram o que? Anar- que comecei a tocar. Mas, desde aquela época, nunca tive quia, bom-humor e música de alto problema em tocar. O negócio era a nível. Então, aquilo era um padrão Apesar dessa vivência pelo inte- música que eu produzia, nunca me acima do eu escutava de música rior gauchesco tu começaste foi senti “fazendo uma apresentação” inglesa, por exemplo. A música da mesmo com o rock? para os outros. Rita e dos Mutantes era, realmente, Não, comecei com samba. Quando criativa, consistente, original, tanto nasci, meu pai era volante do Grê- Mas o violão te deu presença com quanto a produzida pelos ingleses. mio (Leo Gomes). Ele era muito li- as gurias...? Era um padrão de postura artística, gado ao samba, e gostava de fazer Ah, mas isso eu já tinha sem o violão de comportamento, da época, im- saraus em casa. Eu tinha lá meus (risos). O negócio da música é tão portante a ser seguido. Eles trouxe- 11 anos e aprendi duas músicas. mobilizador que eu só falava nis- ram esse comportamento pop para No sarau de domingo em casa, eu so. Na reunião dançante, não tinha o Tropicalismo. Depois, Caetano Ve- já tinha que tocar essas músicas. outro assunto com as gurias. “Que loso e Gilberto foram exilados, indo Mas, eu queria, mesmo, era ser jo- chato, esse cara só pensa em músi- morar na Inglaterra. Trouxeram, ador de utebol or inunia do ca”, elas diziam. Minha cabeça era depois, com muita legitimidade, as meu pai. Depois que ele deixou de ocupada pela música. inunia iie ara o traba- jogar bola, começou a treinar time lho deles. Mas, quem amalgamou de criança. Eu via aquilo e, claro, E é verdade essa história de que o comportamento hippie dentro da queria fazer parte. a Rita Lee mudou teu gosto mu- Tropicália foram os Mutantes, e a sical? Rita Lee era o centro dos Mutantes. E porque não seguiu no futebol? udou no defniu orue eu ui a Um dia, ele chamou o professor de um show dela no Gigantinho e aqui- Tu entras, então, com 18 anos, nos violão para me dar aulas. Eu disse lo foi um petardo na minha cabeça. anos 1980, uma época importante “pô, não posso, os caras estão me es- Não sabia que um show teria aquela do rock gaúcho. Chegaste a te li- perando no campinho para jogar”. força. Foram as primeiras apresen- gar ao movimento? E ele: “não senhor, hoje tem aula tações dela pós-Mutantes. “Cara, en- Eu me ligava aos grupos de rock de violão”. Claro, ele sacou que o tão isso que é um show de rock?”, nos anos 1970, quando teve uma futebol não ia dar em nada (risos). pensei, quando vi. Estava morando explosão planetária do rock inglês e Comecei então com o violão e na ainda em Soledade, a gente veio norte-americano. O rock brasileiro, primeira aula já me encantei com escondido para Porto Alegre. Pega- naquele tempo, também foi impor-

PRESS PORTO ALEGRE 7 ENTREVISTAMATÉRIAMATÉRIA DEDE DE CAPACAPA CAPA

tante enquanto bandas como Pink Floyd, Led Zeppelin, Genesis, Peter Gabriel faziam muita música. Essa produção inglesa do rock balizou uma questão comportamental de várias gerações. Aquilo me atingiu muito, tanto que voltei para casa, após o show da Rita Lee, “derruba- do”. Cheguei para meus pais e disse que ia ser músico. Tinha 14 anos. Entrei para uma banda de baile logo depois, aos 15 anos.

E qual era o repertório? Rock, claro, mas com muita músi- ca brasileira. A gente queria tocar aquilo da época. Tinha muito samba, , Tim Maia. A gente ia para o interior, tocava por tudo. O nome era Filtra Som. Caímos na estrada.

Teus colegas de banda seguiram noite e casei muito cedo também, ali. No primeiro show já era Krau- carreira na música? com 20 anos. Entrei na Faculdade nus e Pletskaya. Não. Estive em Passo Fundo, há de iloofa ma memo aim me duas semanas, e encontrei eles to- chamaram para o Exército. Saí do O texto era escrito pelos dois? dos lá. Nos encontramos 42 anos Exército para casar, e logo tivemos Sim, nós dois. Começamos a nos após a banda. Até tocamos um pou- a Clara (Averbuck). encontrar para estudar música, e co. Desde então, é isso o que faço: ocorreu uma sintonia, uma explo- viajo para lá e para cá, tocando, car- Mas aquela turma do Bom Fim, são criativa. Cada um tinha um uni- regando instrumentos para cima e dos anos 1980, como foi? verso e aquela associação foi super para baixo. Foi importante, mas já tínhamos importante. O Nico estudou piano passado por aquele interesse gran- clássico, eu estava começando o Para o grande público, 1984 é o de pelo rock, aquela pegada mesmo, violino. Naquele contexto do boom ano em que surge o Hique Gomez, o rock como bandeira comporta- do rock nacional, com amigos como com a estreia do Tangos & Tragé- mental. Nos anos 1980, o rock en- Legião Urbana, Capital Inicial, Para- dias, em parceria com o Nico Ni- trou no sistema, não tinha mais lamas do Sucesso, Barão Vermelho, colaiewsky... aquela força crítica. Mas, claro, foi foi maravilhoso e os grupos que Sim, mas antes disso, relembran- um tempo marcado por artistas continuam aí. Mas, a gente não ti- do... Nos anos 1970, o rock era muito importantes, como a Rita Lee, que nha condições de fazer uma banda presente. Com a chegada dos anos prosseguiu, com seu olhar crítico, de rock e cair na estrada. Então, o 1980, outros estilos como jazz e mú- a mesma pegada do início. O Nico que surgiu foi a criação de perso- sica instrumental me mobilizavam tinha o Saracura, que era um suces- nagens, a performance. A comu- muito. Comecei a aprender violino, so, mas não conseguia viver daqui- nicação por meio de um universo um instrumento clássico que exige lo. Com aquela crise econômica, a paralelo, a Sbórnia, para que as estudo musical. Estudei também estrutura enorme necessária para eoa feem a liaçe or i piano e técnicas de orquestração, colocar uma banda na estrada in- expandindo meu conhecimento. viabilizava tudo. O gaúcho é conhecido por ser Entrei em contato com músicos de mais contido, taciturno, até. Porto Alegre que eu admirava mui- E veio, então, o Tangos & Tragé- Como essa ópera do Tangos & to, como o Fernando Corona, um dias... Tragédias conquistou os gaúchos baita pianista. Comecei a tocar na im e do omeço ao fm era auilo por três décadas?

8 PRESS PORTO ALEGRE orue a eoa e identifavam Não tem uma pitada de Ionesco Culturalmente, Porto Alegre é sa- com aquilo. Kraunus e Plestakya nisso tudo? tisfatória, digamos? são imigrantes. Não são daqui, vie- Tem, mas a gente não estudou. A Olha, um artista deve estar viajan- ram da Sbórnia. Todo mundo tem gente criou livremente. Primei- do. As possibilidades diminuem uma história que vai se achar em ro, Tangos era uma tragicomédia. muito ara o artita ue fa no me- outro lugar que não aqui. Ou veio Depois, fomos mudando o estilo, mo lugar. O artista é um comunica- da África, ou veio de Portugal, da deixando menos tragédia, menos dor, deve levar sua arte para outras lemana da olnia enfm e- sangue – matava um, arrancava o tribo fou muito orte noa mo o índio, que é daqui, o ambiente coraço e tal o ouo oi fan- marca das temporadas seguidas no já mudou tanto que ele é um estran- do menos dramático e mais non- Theatro São Pedro, e levamos isso geiro. Então, as pessoas se identi- sense, aí acho que entra Ionesco. para fora daqui. Foi uma verdadei- faam om auele ara ina Começamos a lapidar o trabalho, ra formatação artística. O povo ia uma identifaço om ea ultura ele fou mai oftiado porque estava, ali, conectado com a urbana, mistura. E o repertório an- gente. Teve pessoas que foram todos tigo, démodé até, agradou o público. A pergunta é difícil, mas, após os anos. Por que as pessoas saem de Aquilo que é bom mesmo na arte, cinco anos, dói muito ainda a casa hoje, com todo o conforto de ci- permanece. Por exemplo, na década perda do Nico? nema e música que se tem em casa? de 1950, Vicente Celestino fazia um Claro que é dolorido. Tu tens uma Porque lá, no teatro, os artistas têm sucesso estrondoso, vendia 1 milhão estrutura de vida feita a partir da a capacidade neuronal de imprimir de discos. Era um fenômeno, mas, associação com outra pessoa. Tudo um padrão criativo. As pessoas vão ao mesmo tempo, era brega. Queria que tu construiste de sucesso está lá para estabelecer conexão, para ser cantor de ópera, mas não tinha calcado na história do outro. Foi sair do normal. O público sai dife- chance no Brasil e começou a gra- uma transformação de vida muito rente do teatro, e nós também. var. Fez muito sucesso. Até o gran- profunda, e ainda estamos recons- de Caruso, da Itália, quando o viu, truindo isso. E o Nico é um talento Como tu descreverias a alma de chegou a convidá-lo para ir para a extraordinário. As pessoas, às ve- Porto Alegre? Itália, tamanha a qualidade dele. zes, perguntavam: “qual o segredo Porto Alegre é criativa, tem talentos do sucesso?” Eu dizia: “pede para fantásticos, o Rio Grande do Sul tam- Foi a partir do Tangos que deu o Nico tocar uma nota no acorde- bém. Muitas vezes, esses talentos in- para viver, fnanceiramente, da on uando eu ia afnar o violino teragem menos com o País. Porque música? pedia para o Nico tocar uma nota. as pessoas são diferentes aqui e isso Sim, foi. Antes disso tive uma expe- E assim, quando saía... bicho, não é remonta à muito tempo atrás. Eu es- riência interessante com o Dilmar normal essa notinha que ele toca. tava estudando história indígena e Messias. Eu tocava na noite, em Cara, eu pedia um LÁ, e ele vinha descobri que as tribos aqui também bare retaurante u f a trila com a nota... era diferente, sensível. eram diferentes. Os Patos, os Char- e também atuei em uma peça do Tu entendes um talento quando tu ruas, os Minuanos. Cada lugar do Dilmar. Era muda, não tinha texto, o escutas. E esse era o segredo do Brasil é diferente um do outro. Por- apenas música. Foi a primeira vez sucesso. to Alegre tem essa miscigenação dos em que ganhei algum dinheiro. O imigrantes na sua formação. ilmar veio num fm de emana O que te liga à Porto Alegre? As me passar um bolinho de dinheiro pessoas, as memórias de infân- Tem algum lugar da cidade que tu e eu nem sabia para que era. “Te- cia, o Guaíba? mais curtes? nho que pagar alguma coisa com Eu gosto muito de Porto Alegre. O Eu saio pouco. Agora temos o Recan- isso?”, perguntei, rindo. Por que que faz uma cidade ser o que ela é? to Nico Nicolaiewsky, ali na prainha até então, na noite, eu ganhava um Tudo, são as pedras, o solo, as ca- do Iberê Camargo. A orla nova, no cachê, uma notinha aqui outra ali. sas, as pessoas, as árvores. Eu nasci ametro tambm fou muito bo- A peça chamava-se As aventuras aqui, e sempre entendi que deveria nita. Eu gosto de toda a cidade, um de Mime Apestovich do início ao desenvolver um trabalho artístico pouco menos da zona antiga porque meio, encenada no Theatro São Pe- aqui, no qual outras pessoas pudes- tem pouca árvore. E Porto Alegre é a dro. O Dilmar Messias é meu mes- sem se espelhar nesse trabalho. segunda cidade mais arborizada do tre de teatro. Brasil, gosto muito disso.

PRESS PORTO ALEGRE 9 CURIOSIDADES

O BAIRRO DAS ILHAS Pouca gente sabe, mas existe um bairro chamado Arquipélago em Porto Alegre. Ele é formado por 16 ilhas integrantes do Delta do Jacuí. São 5 mil habitantes vivendo nas maio- res ilhas, entre elas, a Ilha da Pintada, a Ilha Grande dos Marinheiros, a Ilha das Flores e a Ilha do Pavão.

USINA A CARVÃO Fechada há pouco mais de um ano enquanto aguarda um pro- jeto de reforma, a Usina do Gasômetro foi construída em 1928 e produziu energia a partir da queima do carvão até 1974. Abriu as portas como centro cultural em 1991 e dispõe de 18 mil me- tros quadrados de área que abriga auditórios, salas multiuso, anfteatros, espaços para exposições, cinema e teatro. Mercado Público Inaugurado em 1869 já com a função de O Laçador abastecer a cidade com gêneros alimentícios, mbolo da fura do ao a o rdio do erado blio de orto lere estátua do Laçador mede quase 5 resistiu a mais de um incêndio em sua histó- metros de altura e vai passar por ria. O primeiro ocorreu em 1912, quando o uma grande reforma. Inaugura- oo detruiu arte da edifaço retaura- da em 1954, foi feita pelo escultor da depois. Houve novos incêndios em 1976, pelotense Antonio Caringi, tendo 1979, e o mais recente, em 2013, que atingiu como modelo o tradicionalista o andar superior. A restauração completa Paixão Côrtes. Atualmente, está lo- ainda não ocorreu. O prefeito Leonel Brizola com calizada no Sítio do Laçador, pró- o escultor Antonio Caringi ximo do Aeroporto Salgado Filho.

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12 elas ruas de Porto Alegre, do Centro ao “Porto Alegre é uma bela mulher, mas precisa de Moinhos de Vento, da Zona Norte à Zona um banho de loja, ir a um salão de beleza. Ela segue Sul, o cotidiano apressado da metrópo- bela, mas está maltratada”, avisa o presidente da le de 1,45 milhão de habitantes é similar Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Paulo ao de outras grandes cidades brasileiras: Afonso Pereira. trânsito por vezes caótico, aumento da po- Ele pondera que faltam recursos para atender às brezaP e o medo da violência cada vez mais perto, ge- necessidades da cidade, mas isso não é exclusivida- ram um sentimento de inquietação que, aos poucos, de de orto lere afnal de onta viemo de um fez com que Porto Alegre, tristemente, deixasse de processo econômico de crise, que destruiu economi- ser a Cidade Sorriso. camente o País como um todo”, lamenta. A capital dos gaúchos ainda é umas cidades do Hoje residindo no Centro Histórico, Pereira lembra Brasil que ostenta maior qualidade de vida, tem boa que a cidade era completamente diferente quando se rede de saúde, ensino de qualidade, uma infraestru- mudou para a capital. “Eu conheci uma Porto Alegre tura urbana que atende às necessidades da popu- excepcional quando cheguei do interior. A gente ca- lação, mas aquele sentimento de amor à cidade, de minhava sem medo pelo centro. As coisas começa- urbanidade, de felicidade no local em que vivemos, ram a se deteriorar por permissividade, por como- diminuiu, aos poucos. dismo”, analisa o presidente da ACPA. O que falta para Porto Alegre voltar a ser alegre de A situação das calçadas, ruim em boa parte da ci- verdade? A pergunta pode ter várias respostas, mas dade, é um ponto que Pereira destaca como negativo. aa eenialmente or ualifaço do eaço “No centro elas são horríveis. A obrigação de manter urbano, redução da violência, melhor distribuição a calçada é do dono do imóvel, mas o dono não arru- de renda e uma gestão municipal que planeje o futu- ma porque já paga imposto e ele vê como responsa- ro da cidade além dos partidos políticos. bilidade da prefeitura. E a prefeitura, se não autuar o

13 MATÉRIA DE CAPA

proprietário, aquilo vai continuar do mesmo jeito”, diz. A questão de limpeza e de conser- var a cidade limpa, segundo o presi- dente da ACPA, também é cultural. “Seu eu cuidar e deixar a frente da minha casa limpa, os vizinhos farão o mesmo, mas ninguém faz isso, in- felizmente”, lamenta. “Porto Alegre cresce, mas as condições de seguran- ça, de mobilidade urbana, não acom- panham”, completa o presidente da Associação Comercial. Há pontos que merecem comemo- ração. A capital gaúcha coleta 90% do esgoto produzido e fornece água para 100% da população. Recife, ca- pital de porte semelhante, coleta apenas 42% do esgoto da cidade e o suprimento de água potável atende a 84% dos habitantes. Por outro lado, aspectos como desemprego e violência crescente, problemas comuns em muitas ci- dades do País, reduzem em muito a satisfação das pessoas em viver nas cidades. Não é à toa que a in- segurança, juntamente com a crise econômica, são os piores medos dos MERCADO Mais do que um espaço de compras, é um lugar em que brasileiros, conforme pesquisa do PÚBLICO: Porto Alegre se encontra com sua história e seu presente IBGE divulgada em 2018. De acordo com o instituto, a segu- rança pública regrediu em relação ao de quantidade de ações judiciais em que era há 30 anos – o ano de com- Porto Alegre envolvendo regulari- paração é 1988. Além do crescimen- zação de imóveis, incluindo, muitas to na criminalidade, houve um au- vezes, remoção de pessoas. “Estamos mento no número de locais em que falando de uma população vulnerá- o Estado não é mais soberano, como vel, sem condições de mobilização áreas dominadas por milícias ou pelo perante a esfera pública e que preci- trfo de droa orto lere no sa de assistência”, relata o promotor. foge à regra: há bairros em que tra- De acordo com ele, atualmente, fante dominam rua e imem o PAULO AFONSO PEREIRA uma das preocupações é a expansão medo às pessoas. Presidente da ACPA da cidade em direção ao Extremo- Essa situação, por vezes, alcança -Sul, em áreas antes inabitadas, ca- outras regiões consideradas seguras. rentes de acesso viário e repletas de Um dos grandes “motores” da violên- “O direito à moradia é colocado em vegetação nativa. “Essa tendência é cia é o desemprego e, com ele, a fa- segundo plano no Brasil”, ressalta o irreversível, mas não pode resultar velização de bairros mais pobres. A promotor Cláudio Ari, da Promoto- em moradia de baixa qualidade, sem habitação é uma questão primordial ria de Habitação e Defesa da Ordem acesso a serviços públicos próximos, quando se pensa no futuro de uma ci- Urbanística do Ministério Público como postos de saúde e linhas de dade, e Porto Alegre não foge à regra. (MPRS). Ele explica que há uma gran- ônibus”, alerta.

14 PRESS PORTO ALEGRE JOSÉ FORTUNATI Ex-prefeito

tou na autoestima de quem mora aqui. Eu preciso me apropriar da cidade, ter orgulho dessa cidade que me acolheu e não apenas reclamar dos problemas”, pondera ele. O poder público, segundo Chmel- nitsky, precisa pensar em um projeto de médio e longo prazo, que vá além das alternâncias no poder e contem- ple as diversas matrizes econômicas de Porto Alegre e suas vocações. “No caso do turismo, por exemplo, que se venda o turismo de negócios para os visitantes, mas que se mostre tam- bém o Centro Histórico, os museus da cidade, e se ressalte a importân- cia estratégica de Porto Alegre junto aos centros econômicos do Mercosul, O futuro de Porto Alegre depende, como Buenos Aires, Montevidéu e essencialmente, do enfrentamento unta el te afrma do problema habitacional. Ari relata ue no eitem nmero ofiai a Mais efciência sem respeito do contingente da popula- aumentar impostos ção da Capital que mora em situação precária, mas estima-se que cerca de Para o vereador e ex-presidente 250 mil pessoas residam em núcleos da Câmara de Vereadores de Porto urbanos irregulares. “E, muitas ve- Alegre Valter Nagelstein, é impres- zes, essas pessoas têm água, esgoto, SEBASTIÃO MELO cindível melhorar a gestão pública energia, escolas e postos de saúde Deputado Estadual quando se pensa no futuro da capi- perto. Só falta, mesmo, a posse da tal. “Temos uma máquina pública propriedade”, destaca o promotor. inada e inefiente altam intru- Hospedagem e Alimentação de Porto mentos de gestão. A manutenção vi- Alegre e Região (Sindha), Henry Ch- ária carece de qualidade e os espa- Autoestima e planejamento melnitsky, não se pode esquecer da ços públicos que estão em melhores de longo prazo autoestima de quem vive na Capital. condições são aqueles adotados pela “Porto Alegre tem sido maltratada iniciativa privada”, explica. Para o presidente do Sindicato da por seus governantes e isso impac- Nagelstein diz que há muito por

PRESS PORTO ALEGRE 15 MATÉRIAMATÉRIA DEDE DE CAPACAPA CAPA

Maior integração com a cussão que não é de agora: pensar Região Metropolitana no futuro de Porto Alegre não iso- ladamente, mas integrada à Região Embora Porto Alegre tenha uma Metropolitana. das menores taxas de crescimento Este foi um dos pontos discutidos populacional entre as capitais bra- no fórum Porto Alegre – Uma visão sileiras (apenas 0,77% em 2017), o de futuro, que Melo ajudou a reali- número de moradores da capital zar em 2008, durante seu mandato gaúcha quase dobrou em 50 anos: na Câmara de Vereadores. “As polí- CLÁUDIO ARI passou de 890 mil pessoas em 1970 ticas públicas acabam impactando para 1,45 milhão em 2018. Isso todos os municípios ao redor da Promotor do MPRS sem contar a Região Metropolita- Capital. E ninguém discute o futuro na: somando Porto Alegre e mais sem atender ao presente – os desa- 33 municípios, são 4,3 milhões de fo dauela oa de erta orma fazer na cidade, sem que se penalize pessoas, a quinta maior região me- permanecem”, avalia Melo. mais ainda o cidadão e as empresas tropolitana do Brasil (atrás de São Atualmente, 30% dos ônibus que com aumentos de impostos como Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizon- chegam ao Centro de Porto Alegre o IPTU. “A prefeitura insiste nessa te e Brasília). vêm de cidades da Região Metro- questão de reajuste do IPTU. Embo- Para Sebastião Melo, ex-vereador politana. Muitas vezes, um veículo ra concorde que há certa defasagem e vice-prefeito e atual deputado es- com capacidade para 50 passagei- na planta de valores da cidade, esse tadual, é preciso retomar uma dis- ros chega com menos de 10 pessoas reajuste deve ser realizado com cui- dado. Há um excesso de tributação e piorar esse ponto só vai tirar mais dinheiro ainda da economia real das famílias”, alerta ele. Para o vereador, a cidade neces- sita ainda de uma reforma admi- nistrativa. “Em Porto Alegre não se consegue planejar a longo prazo. Qual a vocação econômica da cida- de e como promoveremos seu cres- cimento? Não sabemos isso direito. Essas questões devem envolver a sociedade civil, também. Sem isso, a cidade continuará do mesmo jeito”, alerta o vereador. Ele cita também o abandono do espaço urbano. “A Praça da Alfân- dega é um local turístico dominado pela prostituição à noite. Obvia- mente, que esse problema também é brasileiro e estamos inseridos nesse contexto. Mas precisamos chegar a um consenso, caso con- trário seremos apenas uma cidade contestadora. Creio que podemos ser uma cidade alternativa, em certos momentos, sem perder a ideia de uma metrópole desenvol- vida”, conclui ele.

16 PRESS PORTO ALEGRE ele, é tema essencial para a vida na cidade. É necessário incentivar o uso de diversos modais de trans- porte coletivo diminuindo, assim, o uso de carros particulares. “Mas, não se faz isso com discurso ou chi- cote na mão. Você faz isso dando boas opções de transporte para as pessoas. Assim, o cidadão vai pen- HENRY CHMELNITSKY sar duas vezes antes de vir para o VALTER NAGELSTEIN Centro de Porto Alegre e gastar R$ Presidente do SINDHA Vereador 40,00 por algumas horas de estacio- namento. Isso é racionalizar o siste- ma”, salienta. porque o sistema não é integrado. Alegre em um ecossistema de refe- “Em um sistema integrado, temos Pacto Alegre: o futuro é agora rência internacional em inovação, menos linhas, com mais passagei- melhorando a qualidade de vida de ros. Com isso, tem-se uma mobilida- União de esforços entre o poder toda a população. de urbana mai efiente e meno público, iniciativa privada, univer- O mês de Março deste ano mar- poluição”, ilustra o deputado. sidades e sociedade civil, o Pacto cou o início efetivo da ação, com a A mobilidade urbana, conforme Alegre pretende transformar Porto formação da mesa do Pacto Alegre: são 77 integrantes, divididos em dez segmentos. Eles vão trabalhar sobre ei marodeafo alento erar manter e atrair); Transformação Urbana (desenvolver ambientes in- teligentes e criativos para se viver e trabalhar); Ambiente de Negócios (gerar um ecossistema inovador de classe mundial); Imagem da Cidade (promover a imagem de uma cida- de inovadora); Qualidade de Vida (melhorar o bem-estar das pesso- as em saúde, segurança, cultura e meio ambiente) e Modernização da dminitraço blia ualifar e facilitar o acesso aos serviços para a população e empresas). O Pacto Alegre tem como guru e mediador o consultor espanhol Jo- sep Piqué, idealizador de iniciativas que revitalizaram Barcelona, na Es- panha, e Medellin, na Colômbia. É consenso que a inovação tem o po- der de criar um ambiente favorável a investimentos, com geração de emprego e renda e mais qualida- de de vida. O ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati concorda. “Os CRESCIMENTO: serviços ainda são a base de sus- O número de moradores da capital gaúcha quase dobrou em 50 anos: tentação econômica da cidade, mas passou de 890 mil pessoas em 1970 para 1,45 milhão em 2018

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gradativamente a inovação vem se consolidando”, relata ele. Para o consultor Piqué, é neces- sário fazer um exercício de ima- ginação coletiva sobre qual Porto Alegre queremos construir e, então, ormular uma aenda de deafo e buscar as soluções. “Todos somos imirante diitai ma noo f- lhos já nasceram digitais e os jovens não vão esperar. Portanto, nosso deafo uar a nova tenoloia para resolver problemas do passa- do e do futuro”, relatou ele. Em encontro recente na sede da Associação Comercial de Porto Ale- gre (ACPA), o pró-reitor de pesquisa PACTO ALEGRE: da UFRGS, Luís Lamb, salientou que Tem como guru e mediador o consultor espanhol Josep Piqué (na foto com o a capital gaúcha possui indicadores Prefeito Nelson Marchezan Júnior), idealizador de iniciativas que revitalizaram que favorecem para esse movimen- Barcelona, na Espanha, e Medellin, na Colômbia to para a inovação. “Cerca de 9% da produção inovadora citada no Bra- mar Porto Alegre em uma cidade gia, água e resíduos. sil sai de Porto Alegre”, destacou. referência em inovação”. Não é de hoje que Porto Alegre E inovação não existe sem conhe- A ideia da Aliança pela Inovação se destaca no quesito tecnologia. cimento – as três maiores universi- é transformar Porto Alegre em um Em 2012, ainda na gestão de José dades do Rio Grande do Sul (UFRGS, polo gerador de novos empreendi- Fortunati, a capital foi a única me- PUCRS e ) se juntaram no mentos de base tecnológica e star- trópole brasileira selecionada pela projeto Aliança pela Inovação, inte- tups, atrair novos investimentos IBM para participar do Smart City grante do Pacto Alegre. e reter talentos no ecossistema de Challenge, programa que visa a ca- Conforme o reitor da Unisinos, inovação da capital. Entre os obje- pacitar as cidades neste sentido. Padre Marcelo Aquino, o objetivo tivos, projeta-se avançar em ações Porto Alegre é a 8ª cidade mais in- é transformar Porto Alegre em um estruturantes da cidade, com mo- teligente do Brasil no ranking Con- ecossistema global de inovação. dernos espaços para viver, morar e nected Smart Cities, que compara “Queremos reter e atrair talentos trabalhar, como no caso do 4º Dis- 700 municípios do País. Agora, é para cá. A cidade está cheia de pes- trito, região que já abriga cases de preciso pensar que rumos a cidade soas capacitadas, mas muitos vão economia criativa importantes. pretende tomar para melhorar ain- embora. Essa é a exportação que da mais essa posição. não quereremos que o Rio Grande A cidade inteligente (smart city) Da Cidade Sorriso do passado do Sul faça”, diz ele. para a Cidade Inteligente do futuro, Na mesma linha, Evilázio Teixei- Smart City é um conceito de cida- a capital gaúcha tem a chance de ra, reitor da PUCRS, salienta que de que vem sendo buscado no mun- entrar nas próximas décadas como “inovação e desenvolvimento são do todo, para encontrar maneiras um exemplo brasileiro em inova- dois pilares da PUCRS. O que faze- mai efiente e utentvei de ção, desenvolvimento urbano e mos dentro da universidade deve operar a gestão urbana. Funciona qualidade e vida. Mas precisa, ago- impactar no desenvolvimento eco- por meio da união de esforços dos ra, levar adiante os projetos citados nômico, social e ambiental. É preci- setores público, privado e da socie- acima, deixando de lado brigas e so fazer da cidade um lugar alegre dade civil para a criação de uma disputas ideológicas. Porto Alegre para ser viver mais e melhor”. Para infraestrutura urbana planejada, não é de um partido ou da direita Rui Oppermann, reitor da UFRGS, com mobilidade inteligente, edifí- ou da esquerda, Porto Alegre é de a união entre as três instituições cios inteligentes, smart grids (rede todos. E será a Cidade Sorriso Inteli- reete o omromio de tranor- elétrica inteligente), gestão de ener- gente. Queiramos todos!

18 PRESS PORTO ALEGRE #AcreditarAtéOFinal

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O GIGANTE TE ESPERA. ORLA MOACYR SCLIAR

ORLA MOACYR SCLIAR

esde junho do ano passa- do ametro e o nfteatro r- desportiva, quadras para prática de do, com a inauguração do -do-Sol foi batizado de Orla Moacyr esportes e muita iluminação públi- trecho 1 da Orla Moacyr Scliar, em homenagem ao médico ca. Mesmo à noite, você encontra Scliar, os moradores de e escritor porto-alegrense falecido pessoas caminhando e tomando orto lere intenifa- em 2011. chimarrão”, conta ele. ram o convívio com o rio A população, desde a inaugura- De fato, desde que o espaço re- uabaD ultide tm ido ao fnai ção da nova orla, abraçou totalmen- tornou ao convívio dos habitantes de semana para a região, que foi te aquele espaço. Já nos primeiros de Porto Alegre, tornou-se um dos completamente remodelada, com dias, um público de 60 mil pessoas points mais admirados da cidade novos bares, restaurantes, mirante, passeou pelo local. – e um dos motivos é o belo pôr- iluminação e áreas de convívio. São Esse resultado surpreendeu, po- -do-sol emoldurado pelas águas do 1,3 km reurbanizados entre a Usina sitivamente, inclusive o Poder Pú- Guaíba. do Gasômetro e rótula das Cuias. blico. “A revitalização do primeiro Além dos quatro bares, a gas- Se antes, Porto Alegre estava sepa- trecho da Orla Moacyr Scliar de- tronomia ganhou reforço com o rada do seu principal recurso natu- monstrou essa necessidade que o envidraçado POA 360 Gastrobrar, ral, agora a cidade e seus habitantes porto-alegrense tinha de conviver liderado pelo empresário Edemir encontram na Orla Moacyr Scliar com o Guaíba, de ter uma saudável Simonetti, que investiu R$ 400 mil um espaço de integração entre o ocupação daquele espaço. É uma nos três meses de preparativos até meio urbano e a natureza. A obra área revitalizada, com um projeto a abertura para o público em outu- teve projeto do arquiteto Jaime Ler- arquitetônico muito bonito e con- bro de 2018. ner e custou R$ 71 milhões, valor ta com iluminação diferenciada”, O complexo foi construído dentro fnaniado ela ororaço ndina explica o vice-prefeito de Porto Ale- do Guaíba e tem capacidade para de Fomento – Banco de Desenvolvi- gre, Gustavo Paim. atender 250 pessoas simultanea- mento da América Latina (CAF). Motivos não faltam, segundo ele. mente, em uma estrutura metálica Por iniciativa do vereador Valter “É uma região bem-cuidada, que e de vidro voltada para o rio — há Nagelstein, o trecho entre a Usina tem restaurantes, bares, academia quem defenda que o Guaíba seja

20 PRESS PORTO ALEGRE reencontro com o uaa

um lago, outros um estuário, não fm da obra teramo um arue importantes do País. importa, para os porto-alegrenses com 1,3 kms de extensão, com um “Assim como conseguimos im- ele é. E será sempre, o seu rio... custo estimado de até R$ 1 milhão pactar, positivamente, a maneira O primeiro trecho revitalizado e anual para manutenção (incluindo como os moradores de Porto Alegre os futuros segundo e terceiro tre- jardinagem, segurança, paisagismo, se movimentam pela cidade, que- chos integram um projeto muito vigilância)”, diz. ríamos contribuir para a maneira maior, de 70 quilômetros, que in- Em tempos de orçamento muni- como eles se relacionam com essa lui a reualifaço urbantia e cipal reduzido, isso se traduziu em área tão especial. Esse foi nosso ambiental do Guaíba entre a Usina difuldade inda ante da entrea principal impulsionador, de abra- do Gasômetro e a Praia do Lami, no da revitalização, um edital foi lan- çar esse projeto da orla”, explica Extremo Sul de Porto Alegre. Paim çado para adoção da área. A primei- Plein, na época, gerente da opera- ressalta que a prefeitura trabalha ra tentativa não registrou interessa- ção Sul da Uber, que tem Porto Ale- com a ideia de planejar a revitali- dos. Na segunda, houve o interesse gre como base. zação de toda essa extensão, aos da Uber, que adotou o parque com Desde então, além de cuidar de poucos. um contrato de um ano, a partir tarefas como limpeza e manuten- de agosto de 2018, prorrogável por ção dos espaços, a Uber promoveu Adoção pela Uber mais um ano. melhorias, como a instalação de um ualifca a região Fábio Plein, diretor de Operação self point espelhado (com PORTO no Brasil da Uber, explica que, em- reetindo o rio e o rdo- O vice-prefeito Gustavo Paim re- bora seja uma companhia global, -sol), que virou atração do local. A lembra que a atual gestão munici- a Uber se preocupa em participar orla ganhou também novo mobiliá- pal, ao assumir em 2017, “pegou a das questões locais. Desde o início rio urbano, com bancos, carregado- obra andando”. Havia a construção da atuação em Porto Alegre, em res de celular e marcações de dis- de um restaurante e de quatro ba- 2016, os resultados da empresa por tância, para quem curte fazer uma res, mas sem previsão de quem os aqui transformaram a capital gaú- corrida à beira do rio. ocuparia. “Do mesmo modo, após o cha em uma das operações mais Neste verão de 2019, as ações da

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ber e intenifaram om o ro- o Pokémon Go Safari, evento reali- jeto Orla de Boa. Aos domingos, um zado pela primeira vez no Hemis- ponto de encontro mantido pela fério Sul e que reuniu jogadores do empresa disponibilizou pufes, au- mundo inteiro. Foram 30 mil pes- las de danças e shows para quem soas no total, incluindo jogadores e foi aproveitar a Orla Moacyr Scliar. visitantes. lein onfrma ue o retorno o Dos 25 mil ingressos distribuídos, surpreendeu. “Não esperávamos 25% foram para jogadores de ou- tanto envolvimento das pessoas no tros países, 60% para outros esta- início. Criou-se um espaço de valo- dos brasileiros e 15% para jogado- rização da cidade e, também, de va- res de Porto Alegre. Foi registrada lorização das pessoas”, ressalta ele. a presença de pessoas de vários pa- Em uma das ações mais recentes, íses do mundo, com destaque para equipes da Uber recolheram lixo de Estados Unidos, Espanha, México, material reciclável que foi transfor- Chile e Argentina. mado em viseiras distribuídas para o fnal do ano aado a aital quem passeava pelo local. “De certo gaúcha foi uma das cidades escolhi- modo, este conceito também se apli- das para receber o Heineken F1 Ex- ca à Uber, uma empresa que ajudou perience no Brasil (juntamente com a reciclar a mobilidade urbana de o Rio de Janeiro). O ex-piloto Ru- Porto Alegre”, conclui o executivo. bens Barrichello dirigiu um carro da Williams Racing por um trecho Poémon Réeillon e da nova orla. Heineen: eentos lotam a orla Outra grande atração foi a pre- sença do ex-piloto e tricampeão Desde a abertura, o trecho 1 da mundial de Fórmula 1 (1969, 1971, Orla Moacyr Scliar virou point para 1973) Sir Jackie Stewart. Um dos grandes eventos. Um dos mais re- maiores nomes da história do au- centes foi o último Réveillon, que tomobilismo, o escocês caminhou levou 140 mil pessoas para a região, pela orla, deu autógrafos e posou após dois anos sem comemoração para fotos com o público. Jaime Lerner, inclui 1,6 km de ex- da virada do ano em espaços públi- O Heineken F1 Experience trou- tensão, mais de 20 quadras esporti- cos da capital gaúcha. xe a atmosfera de um esporte com vas, bares, playgrounds, postes in- A festa ocorreu em um palco acesso a poucos de forma gratuita clinados de iluminação semelhante montado próximo ao Guaíba. No aos porto-alegrenses, no mesmo aos do trecho 1, além das arquiban- entorno, muita gente aproveitando fm de emana em ue oorreu o cadas para contemplação do pôr do a estrutura montada na Usina do Brasil de Fórmula 1 em São Paulo. O sol. “É um trecho totalmente vol- Gasômetro: food trucks, beer trucks evento levou 70 mil pessoas ao en- e a tenda Recanto Místico tiveram torno da Usina do Gasômetro. uma grande procura do público. Foram mais de 10 minutos de um reco em licitação show pirotécnico que coloriu o céu da idade novidade fou or Ainda no primeiro semestre de conta de fogos para o bem-estar de 2019, a prefeitura de Porto Alegre pessoas com hipersensibilidade ao deve publicar o edital de licitação som e dos animais. Sob aplausos, os para as obras do trecho 3 da Orla fogos cessaram e o show continuou Moacyr Scliar. A revitalização do com a banda Papas da Língua. eruro ue vai do nfteatro r Janeiro chegou com os jogos vir- do Sol até o Parque Gigante da Beira- FÁBIO PLEIN Diretor de peração da er tuais animando uma multidão no -Rio, está orçada em R$ 59 milhões. local. A Orla Moacyr Scliar recebeu O projeto, também do arquiteto

22 PRESS PORTO ALEGRE nalizadas, a revitalização completa da orla do Guaíba entre o Pontal do Estaleiro e a Usina do Gasômetro terá 6 kms de extensão. Projeto Pontal com oras em andamento

Empreendimento que irá ocupar a área do antigo Estaleiro Só com restaurantes, hotel, centro médico, cinema e salas comerciais, o Pro- jeto Pontal está com as obras em andamento e deve ser outro ponto próximo ao Guaíba interligado à Orla. O investimento total será de R$ 375 milhões, a cargo das empre- sas BMPar e Melnick. Uma das áreas de acesso público é o Parque do Pontal, cuja primeira etapa, ao custo de R$ 2,3 milhões, foi inaugurada em julho de 2018. Foi pensado como uma forma de entregar antecipadamente para a cidade a experiência de um espa- OBRA DO ARQUITETO JAIME LERNER: ço ualifado e aberto ao blio Multidões têm ido aos fnais de semana para a região, que foi completamente Conta com deck de madeira de 600 remodelada, com novos bares, restaurantes, mirante, iluminação e áreas de m² para contemplação do pôr-do- convívio. São 1,3 km reurbanizados entre a Usina do Gasômetro e rótula das Cuias. -sol, palco multiuso, prainha à bei- ra do Guaíba, espaço para food tru- tado para a prática esportiva com dade uma revitalização desse por- cks, bicicletário e quadra de areia. previsão de ter a maior pista de te, mas estamos trabalhando para eetativa de ue a fnaliaço skate da América Latina. No total, cumprir este prazo”, avisa ele. das obras do Projeto Pontal ocor- ero uadra de eorte afr- ram em 2021. ma o vice-prefeito Gustavo Paim. Segundo treco a Todo o trecho receberá ciclovia, inda em planejamento ais Mau: um sono antigo passeio público arborizado para ca- minhadas e terá iluminação cênica O segundo trecho, entre a cha- Talvez, nenhum projeto de re- de LED, dando condições de uso do mada tula da uia e o nfte- vitalização da área próxima do parque 24 horas por dia. Cerca de atro Pôr do Sol (exatamente entre rio Guaíba seja tão antigo quan- 200 vagas de estacionamento, tam- o treo e far or ltimo to o Cais Mauá. Há pelo menos bém, estão previstas na obra. justamente porque irá interligar os ano alae na reualifaço O vice-prefeito destaca que o pra- dois primeiros trechos. dos armazéns, transformando a zo para concluir o trecho é agosto A região, naquele ponto, será região em um point de lazer para de 2020. Com a licitação lançada dedicada ao lazer e aos esportes. o porto-alegrense. A vontade de ainda no primeiro semestre, Paim eoi de fnaliada toda a re- aproximar o Cais Mauá do cotidia- estima que o vencedor seja conhe- vitalizações, o Parque Urbano da no de Porto Alegre vem desde me- cido até o segundo semestre de Orla do Guaíba terá um total de ados dos anos 1980, na gestão de 2019 (caso não ocorram empeci- 57 mil metros quadrados de área, Alceu Collares (1986-1989), com o lhos jurídicos) e a obra comece na indo da Usina do Gasômetro até o projeto inicial Praia do Guaíba, do sequência. “Sabemos da complexi- rroio avalada om a obra f- arquiteto Jorge Debiagi.

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Desde então, sucederam-se em- 181 mil metros quadrados de área pecilhos como falta de dinheiro revitalizada. para investir, a posição contrária Nenhum projeto foi tão criticado, dos movimentos ambientais e o do ponto de vista contrário, quan- fato de a área, legalmente, perten- to o Cais Mauá. Para Paim, esse ra- cer à União, ter jurisdição do Esta- dicalismo é ruim para o futuro da do e regramento municipal. cidade. “Lembro que, sobre a Orla, Hoje, vencidas quase todas as em uma audiência pública na Câ- barreiras acima, o Cais Mauá per- mara de Vereadores, até moedas manece sem obras, embora tenha GUSTAVO PAIM jogaram no Jaime Lerner. Muitos todas as licenças concedidas e não Vice-prefeito diziam: onde já se viu um arquiteto exista mais nenhum entrave legal que não seja gaúcho tocar o proje- impedindo a realização do projeto. to?”, relembra. “Se passaram quase duas décadas Segundo o vice-prefeito, a revi- para conseguir todas as licenças. o turismo e o desenvolvimento do talização de áreas importantes da Sabemos que o empreendedor está Centro Histórico de Porto Alegre, cidade, como a Orla, o Quarto Dis- trabalhando no sentido de iniciar vai gerar 28,8 mil novos empregos trito e o Cais Mauá dependem de as obras no primeiro semestre”, sa- diretos e indiretos, assim como parcerias entre público e privado. lienta o vice-prefeito Gustavo Paim. tributos municipais, estaduais e “Só assim conseguiremos gerar em- O projeto prevê 3,2 kms de orla federais, na ordem de R$ 216 mi- prego e renda, tornando Porto Ale- com ciclovia, dez praças de lazer e lhões. Com custo estimado em tor- gre mais atrativa para investidores. mais de 11 mil metros quadrados no de R$ 500 milhões e sem inves- Essa relação entre privado e públi- de área verde. Além de alavancar timento público, o projeto abrange co é fundamental”, completa Paim.

24 EXPO BATE-PAPO COM BOM DIA NEGÓCIOS EMPRESÁRIO ASSOCIADO RELACIONAMENTO PARA RESULTADOS 4º DISTRITO

4º DISTRITO Terra da economia criativa

área é enorme e tem po- estreitas abrigaram, por décadas, a nobre, denominada Prime Land tencial para conquistar zona industrial de Porto Alegre. Com pelo Banco Mundial. Logisticamen- um lugar cada vez maior a migração das fábricas em direção te, é a região mais privilegiada de no coração dos porto- a municípios da Região Metropolita- Porto Alegre, com fácil acesso por -alegrenses e na econo- na, aquela área próxima ao porto da rodovias e próxima do aeroporto”, mia da cidade. Formado Capital e com fácil acesso viário ter- explica Gustavo Paim, vice-prefeito pelosA bairros Floresta, Navegantes, minou sofrendo com o abandono, a de Porto Alegre. São João, Humaitá e Farrapos, o 4º degradação dos prédios e o aumento Iniciativas do poder público têm Distrito é um exemplo de como uma da pobreza. contribuído para aumentar o inte- região urbana pode se transformar Aos poucos, esse cenário começa resse de empreendedores pela re- ao longo do tempo, nem sempre de a mudar para melhor e não faltam gião. Em 2015, a Câmara Municipal forma muito viável. motivos. A localização privilegiada de Porto Alegre aprovou uma Lei eorafamente o itrito or- do 4º Distrito e a farta disponibili- Complementar do Executivo que ma uma faixa que se estende desde dade de edifícios têm transformado concede isenção de IPTU a imóveis a Arena do Grêmio até o limite com a região, considerada o polo ideal utilizados por empresas de base tec- o Centro Histórico. Do lado interno, para fomentar a indústria criativa nológica nos bairros que compõem essa faixa faz limite com áreas no- e abrigar empreendimentos direcio- o 4º Distrito. bres dos bairros Moinhos de Vento e nados à inovação. Já no ano passado, a prefeitura Higienópolis. No total, são 594 hecta- “A economia criativa é fundamen- apresentou o Masterplan do 4º Dis- res de área. tal para a revitalização, mas o 4º Dis- trito, projeto de revitalização ela- Os quarteirões cortados por ruas trito é mais do que isso. É uma área borado em parceria com a UFRGS e

26 PRESS PORTO ALEGRE com novos empreendimentos imo- foi considerada uma das vias mais biliários é de R$ 7 bilhões. Um dos modernas da cidade. Hoje, é a que projetos imobiliários em fase de li- mais recebe ônibus oriundos da cenciamento é o Almirante Taman- Região Metropolitana. Também daré, composto por três torres (uma proliferam por ali galpões e prédios comercial e duas residenciais) mais abandonados. um pequeno shopping, totalizando “O 4º Distrito tem potencial para 40 mil metros quadrados. Fica loca- virar um bairro planejado, mas, pri- lizado na rua Almirante Tamandaré, meiro, deve-se resolver a questão continuidade do binário formado da Vila do Papeleiros, um problema pelas ruas Felix da Cunha e Dr. Ti- social. Foi por ausência do poder pú- móteo, no bairro Floresta. blico. Poderia-se fazer um convênio Além disso, um dos destaques com Senai e dar cursos para aqueles do projeto é a criação de um clus- moradores, gerando oportunidade ter de Saúde no 4º Distrito, com um de renda. Assim tu incluis eles na hospital metropolitano capaz de economia do bairro””, avalia o vere- gerar quatro mil empregos. A ini- ador Valter Nagelstein. ciativa também prevê um terminal Ele reconhece que revitalizar uma intermodal e um centro comercial. região não ocorre “do dia para a No momento, está sendo feito um noite”. “Em Barcelona foram neces- Estudo de Viabilidade Econômica sários 24 anos, mas em Washington para área. baixou para 10 anos. E aqui, o que acontece? O tempo passa e a cidade A degradação urbana está deprimida, suja, empobrecida”, e as necessidades lamenta Nagelstein. Nova York, por exemplo, acabou A degradação ao longo de déca- de revitalizar uma região degrada- das do 4º Distrito somado a fatores da próxima ao rio Hudson. Ao custo como aumento da pobreza e eleva- de US$ 25 bilhões, o bairro Hudson ção da insegurança tornou a região Yards virou uma “cidade dentro da Câmara de Vereadores. Coordenado território fácil para a violência e o cidade”, com nova linha do metrô, pelo arquiteto e doutor em Urbanis- abandono. arranha-céus e mais de 4 mil resi- mo pela UFRGS Benamy Turkienicz, Quem transita pela Rua Voluntá- dências. A iniciativa só foi possível o Masterplan destacou como desa- rios da Pátria, que corta o 4º Distrito graças à parceria entre prefeitura e fo ara o itrito a interaço a partir do Centro Histórico até o en- investidores privados. com a cidade, o aumento da den- troncamento com a rua Dona Teodo- “Foi o maior projeto de revitaliza- idade demorfa e a riaço de ra, encontra pelo caminho a Vila dos ção urbana do mundo. Precisamos territórios de suporte da inovação Papeleiros, buracos pela rua, pouca vencer o ranço capitalista, com viés tecnológica. iluminação e muitos prédios aban- de esquerda, que impede Porto Ale- O Masterplan prevê um centro donados. gre de avançar. Sem isso, não con- administrativo para a região, como À noite, poucos se aventuram por seguiremos transformar a cidade uma subprefeitura, um parque li- ali. Mesmo durante o dia, o movi- na capital brasileira da tecnologia”, near e a “Via de Inovação”, eixo de mento de pessoas no 4º Distrito é poderá o vereador. aproximação que liga os setores Sul pequeno comparado com outras re- e Norte da área revitalizada com a giões de Porto Alegre. Somando os Vila Flores: presença de instituições de diversos cinco bairros, são pouco mais de 40 epicentro da cultura setores como arte, cultura, saúde e mil habitantes – a mesma população bem-estar. do Centro Histórico ou do bairro Pe- Localizado na esquina das ruas Quanto à construção civil, dados trópolis, por exemplo. São Carlos e Hoffmann, no bairro do Masterplan indicam que o poten- A Avenida Farrapos, outra im- Floresta, um conjunto arquitetô- cial comercial do 4º Distrito apenas portante artéria de Porto Alegre, já nico construído entre 1925 e 1928

PRESS PORTO ALEGRE 27 MATÉRIA4ºMATÉRIA DISTRITO DEDE DE CAPACAPA CAPA

do Rio Grande do Sul: nos últimos anos, em concursos nacionais de cerveja realizados em Blumenau (SC), as marcas de Porto Alegre têm se destacados nas premiações. Investimentos apostam no potencial da região

Algumas iniciativas já demonstram o potencial do 4º distrito. A rede de varejo Lebes pretende inaugurar, no segundo semestre, uma megaloja do formato Life Store no prédio que era do Banco Bradesco, na avenida Farrapos, próximo da esquina com a Sertório. O investimento, estimado em R$ 10 milhões, irá gerar 300 empregos. EMPREENDIMENTOS: Atualmente, o grupo Lebes tem 160 Vila Flores e polo cervejeiro são alguns dos lojas no Rio Grande do Sul e em San- empreendimentos que pretendem transformar o 4º Distrito ta Catarina, com aproximadamente 1 milhão de clientes ativos. pelo engenheiro-arquiteto José que Porto Alegre precisa compreen- Já a farmacêutica Kley Hertz vai Franz Lutzenberger se tornou na der para planejar seu futuro. aplicar R$ 25 milhões para expandir face mais visível, hoje, das possi- as instalações de fábrica no 4º Distri- bilidades de desenvolvimento da Capital da cerveja artesanal to. A primeira etapa contempla a am- economia criativa e da cultura no pliação da fábrica de sólidos (como 4º Distrito. Além da economia criativa, criou- cápsulas e comprimidos, entre outros O Vila Flores é composto por três -se um polo de microcervejarias no produtos) e a incorporação de novas edifaçe om um tio entral 4º Distrito. Conforme o vice-prefei- tecnologias em uma área total de 4 de 1,5 mil metros quadrados. Atu- to Gustavo Paim, são 40 microcer- mil metros quadrados. almente, o espaço abriga diversas vejarias em operação naquela área, O diretor-presidente da empresa, funções: local para a realização de o que faz de Porto Alegre a capital Arthur Leite Hertz, explica que o pro- atividades socioculturais (coorde- brasileira da cerveja artesanal. jeto representa o início de um em- nadas pela Associação Cultural Vila A atividade atraiu a atenção dos preendimento que receberá R$ 100 Flores), espaço de trabalho de deze- porto-alegrenses e tem dado resul- milhões nos próximos cinco anos. nas de artistas e empreendedores tados. Uma das iniciativas é o Tour Ao todo, a área localizada no bairro criativos (os residentes) e ambiente Cervejeiro, realizado pelo ônibus Floresta vai aumentar dos atuais 12 de aprendizado. da Linha Turismo em ocasiões es- mil metros quadrados para 28 mil Originalmente, as unidades inter- peciais. metros quadrados. A expansão deve nas dos prédios eram destinadas a No passeio de três horas, mestres gerar cerca 70 empregos diretos e 45 aluguel, numa época em que o 4º cervejeiros de cada local visitado se indireto de mo de obra ualifada Distrito estava em franca expansão revezam no trajeto, passando infor- A Kley Hertz está entre as dez industrial. Os prédios continuaram mações ao público sobre a fabrica- maiores indústrias farmacêuticas sendo utilizados por muitas décadas ção artesanal do produto. Em cada de medicamentos isentos de pres- ara fn reideniai e omeriai estabelecimento, é oferecido um crição do mercado nacional e prevê Mas, com o passar dos anos e a falta tipo de cerveja, em um copo de 100 fechar o ano com faturamento R$ de manutenção, as construções se ml, para degustação. Depois, é possí- 300 milhões. Suas mais de 60 mar- degradaram. Hoje, estão em recupe- vel comprar as cervejas nas fábricas. cas estão presentes em cerca de 65 ração, e fazem parte desse passado A fama tem ido além da fronteira mil farmácias.

28 CURIOSIDADES

Capital do refri Outro feito porto-alegrense: a Pepsi- -Cola escolheu Porto Alegre para im- plantar, no Brasil, a primeira fábrica da marca. O ano era 1953, e a identi- DO CENTRO À REGIÃO LESTE faço entre a ei e o onumidor ortoalerene oi to intena ue om um viual inonundvel devido ao rroio ilvio a aveni- muito diiam ue a ei era aa da irana omeça na dvaldo ereira aiva rimo da rla e Assim como a rival Coca-Cola, a Pep- vai at a ntonio de arvalo reio ete de orto lere om si foi fundada por um farmacêutico e uilmetro de eteno a irana tem um roeto de rolona- hoje é um dos refrigerantes mais con- mento at o muniio de iamo ma a obra deende de uete sumidos do planeta. ambientais e entendimento com a UFRGS por atravessar o campus da universidade. MENOS BUROCRACIA

MENOS BUROCRACIA e mais ação

30 PRESS PORTO ALEGRE reclamação é antiga, parte delas são inválidas ou até mes- mas vale para qualquer mo inconstitucionais. Porto Alegre grande cidade brasilei- não foge à regra: um dos absurdos ra: é difícil (e demorado) recentes ocorreu em 2016, com a lei implementar um negó- 12.107, que pretendia proibir a colo- cio ou investir na capital cação de saleiros nas mesas de bares gaúcha.A Quando não é um rol enor- e restaurantes da Capital. Aprovada me de licenças exigidas que se arras- pelos vereadores, foi vetada pelo en- tam por anos (o caso emblemático é tão prefeito José Fortunati. o do Cais Mauá, que demorou duas Os empecilhos se sucedem. No décadas para conseguir todas as au- País, leva-se pelo menos 120 dias torizações), são as minuciosas leis para abrir uma empresa. O prazo municipais e dispositivos jurídicos pode superar os 9 meses se for para que impedem, muitas vezes, novos um estrangeiro. Enquanto isso, em investimentos. outros países como na Nova Zelân- “A legislação vigente não favorece dia, um empreendedor demora 4 rapidez em Porto Alegre. Temos uma horas para conseguir um CNPJ e le- amarração burocrática extraordi- vantar a documentação necessária nária. Isso é difícil de aceitar ainda para abrir o seu negócio. mais quando se quer desenvolver, “Tenho uma minuta de projeto gerar emprego e crescer”, lamenta o de lei que estabelece o autolicencia- presidente da Associação Comercial mento para a construção civil para de Porto Alegre (ACPA), Paulo Afon- obras de diversos portes. Claro que so Pereira. para obras de grande impacto ainda Em 2017, quando foi presidente será necessário de Estudo de Viabili- da Câmara de Vereadores, Valter dade Urbanística, como hoje. Temos Nagelstein lembra que o Legislativo que avançar no sentido de facilitar municipal colocou em prática o “re- novos empreendimentos”, relata voaço ofialmente denominada Nagelstein. Frente Parlamentar de Desburocra- Apenas em 2019, outras três leis tização e Revisão Legislativa. A ideia consideradas obsoletas foram revo- no odia er mai atual identifar gadas pelos vereadores. A primeira pontos da Legislação Municipal que foi a Lei 7.973/97, que proibia a ins- pudessem ser atualizados, alterados talação de bombas de autosserviço ou revogados. nos postos de combustíveis; depois, Uma das primeiras medidas do a Lei 8.797/01, que obrigava a con- “revogaço” ocorreu ainda naquele fecção e distribuição de material ano: foi aprovada a revogação de explicativo dos efeitos das radiações uma lei ue obriava a faço de emitidas pelos aparelhos celulares e mapas de Porto Alegre nos postos sobre a sua correta utilização; e, por de combustível. Autor da proposta, último, a Lei 9.189/2003, que obriga- o vereador Felipe Camozzato desta- va os estabelecimentos comerciais e cou, na época, que o dispositivo se imilare a afar artae ontra a tornou inócuo a partir das facilida- propagação da leptospirose. des oferecidas ao público através de mapas digitais disponíveis na inter- Nova lei para as net e dos aparelhos ou aplicativos antenas de telefonia para celular com sistema de locali- zação via satélite com GPS. Nagesltein destaca um dos avan- O Brasil tem quase 200 mil leis. Em ços recentes: a nova legislação das média, 18 são criadas por dia. Boa antenas de telefonia, sancionada

PRESS PORTO ALEGRE 31 MATÉRIAMENOSMATÉRIA BUROCRACIA DEDE DE CAPACAPA CAPA

pelo prefeito Nelson Marchezan mais 150 antenas em Porto Alegre, orto lere fou em ontrato ter- Jr. em dezembro de 2018. A lei nº um investimento estimado em R$ ceirizado para realização do serviço 838 estabelece o autolicenciamento 75 milhões. Segundo Nagelstein, entre 2015 e 2018. para a instalação das antenas por “saímos de uma legislação muito Agora, o cidadão pode contratar parte das empresas de telefonia, se atrasada, que sofreu algumas altera- o manejo (poda, transplante, su- adequando ao regramento federal ções em 2014 para viabilizar a Copa pressão) após 60 dias da solicitação e, com isso, facilitar o procedimen- do Mundo em Porto Alegre, e agora à prefeitura, caso não haja retorno. to de instalação dos equipamentos. temos a legislação mais moderna do Ele precisa, no entanto, de laudo “Não é uma legislação burocrática. É País. Resultados como esse ocorrem técnico atestando a necessidade do algo que vai incidir na vida do cida- quando Executivo e Legislativo con- serviço. dão, melhorando a prestação do ser- seguem produzir consenso”, disse. viço público, emprego e negócios”, Parcerias para cuidar de afrmou arean Mais agilidade na praças e da iluminação pública Na prática, a lei das antenas traz poda de árvores o licenciamento expresso, ou autoli- Sancionada em fevereiro deste Outra proposta da prefeitura, em cenciamento, procedimento padrão ano, uma nova legislação municipal tramitação na Câmara de Vereado- para que as empresas de telefonia deve agilizar a poda de árvores em res, pretende facilitar a adoção de façam a instalação das antenas, Porto Alegre. Proposta pelo verea- áreas verdes e de equipamentos desde que esses equipamentos não dor Moisés Barboza, a lei mantém urbanos, como monumentos, em estejam localizados em área de pre- as secretarias municipais com papel Porto Alegre. Caso aprovada, a ini- servação permanente ou em imóvel imortante na faliaço ma er- ciativa permitirá que pessoas físicas tombado ou inventariado. Nesses mite ao cidadão contratar o manejo, e jurídicas adotem praças, parques casos, deverá ser aberto expediente com acompanhamento técnico. urbanos, passarelas, logradouros, administrativo. As normas para o De acordo com a prefeitura, o passeios, fachadas de prédios públi- autolicenciamento deverão ser esta- município tem mais de 1 milhão de cos, monumentos, viadutos, pontes e belecidas por meio de decreto. árvores e cerca de 7,5 mil protoco- equipamentos esportivos da Capital. Com a mudança, as operadoras de los abertos de solicitação de servi- A medida é necessária porque, telefonia pretendem implantar, até ços que não são casos de urgência segundo o prefeito Nelson Marche- o fm do rimeiro emetre de e emergência. Isso ocorre por que zan Jr., os serviços públicos de ma-

FÚRIA LEGIFERANTE: O Brasil tem quase 200 mil leis. Em média, 18 são criadas por dia. Boa parte delas são inválidas ou até mesmo inconstitucionais. Porto Alegre não foge à regra: um dos absurdos recentes ocorreu em 2016, com a lei 12.107, que pretendia proibir a colocação de saleiros nas mesas de bares e restaurantes da Capital.

32 PRESS PORTO ALEGRE nutenção, operação e ampliação dos ANTENAS DE TELEFONIA equipamentos públicos e das áreas A nova legislação, sancionada pelo prefeito Nelson Marchezan Jr. em dezembro de verdes são penalizados com a crise 2018. A lei nº 838 estabelece o autolicenciamento para a instalação das antenas por fnaneira ue atravea o muni- parte das empresas de telefonia pio de Porto Alegre. Um dos primeiros locais que de- verá ser gerido com parceria priva- da será o Parque da Harmonia, que ocupa uma área de 17,5 hectares próxima do Centro de Porto Alegre. A despesa anual com o parque é de R$ 580 mil (95% deste valor é usado para pagar pessoal). Conforme a prefeitura, o Parque da Harmonia necessita de investi- mentos urgentes, como na cancha de laço, que precisa ser reconstruí- da; as permissões do Galpão Crioulo e da Casa do Gaúcho estão penden- tes de regularização; e a área ocupa- da pelo Acampamento Farroupilha, em setembro, está em situação pre- cária e as churrasqueiras em más condições de uso. Da mesma forma, foi apresenta- da, ano passado, uma proposta de parceria público-privada (PPP) para renovar a iluminação pública de Porto Alegre. Atualmente, a maioria

dos mais de 100 mil pontos de ilumi- A inspiração vem de Minas Gerais: nação da Capital possui tecnologia Belo Horizonte foi a primeira cidade defasada, à base de sódio. O objetivo brasileira a fazer a concessão admi- do contrato é atrair empresas inte- nistrativa para prestação dos servi- ressadas em investir nesta estrutura ços de iluminação pública, em julho e obter a modernização da rede e re- de 2016 e já implantou mais de 50% dução de custos da conta de energia do parque de iluminação, do total do município. previsto de 182 mil pontos. A previsão é de que sejam inves- Para o vice-prefeito Gustavo Paim, tidos pela iniciativa privada R$ 270 não há condição hoje, em nenhu- milhões, sendo R$ 135 milhões nos ma grande cidade, de que apenas primeiros dois anos, incluindo a o poder público cuide do espaço adoção de um sistema de telegestão urbano. “O Brasil como um todo se- on line em 20% dos pontos de ilumi- para o público do privado por uma nação pública, o que deverá garantir série de questões. Há sempre uma agilidade na solução dos problemas. deonfança do blio em relaço As mudanças também poderão ge- ao privado por causa de interesses. rar economia aos cofres públicos, a io deve er demitifado já que a projeção é de que haverá se quisermos cuidar de uma cida- redução de 50% na conta de energia de com 1,5 milhão de habitantes”, elétrica do município. completa Paim.

PRESS PORTO ALEGRE 33 ESPORTES

Da rivalidade à paixão pela cidade

34 PRESS PORTO ALEGRE lun diem ue orto ue benefiem o ortoalerene lere terra da maior obetivo maimiar o otenial rivalidade do utebol no turtio do rande evento de u- rail outro diem ue tebol em orto lere aroveitando no bem aim ede ue nete ano ambo diutam a i- do amee mundiai bertadore da mria torneio ue nternaionalA e rmio o ato ue movimenta a rede oteleira a aital aa tem no eorte um ma outra ideia inluir elo imortante elo ara omentar o de- meno um dia de viitaço a orto envolvimento da eonomia loal e lere no aote turtio da er- ROMILDO BOLZAN JÚNIOR o turimo ra aa omente ramado or Presidente do Grêmio om etdio moderno loalia- eemlo reebe era de mile do em reie oota da aital o de turita or ano rmio ar- eiraio do olorado na entrada rea orto lere no nome oa da ona ul e a rena do rmio itria et intimamente liada o lado olorado a identifaço no umait om aeo ela ona aital ento nada mai natural ue om a aital no dierente i- orte o doi time movimentam o lube e reoue om o uturo da tria do nter e mitura om a de milare de toredore ue vm noa idade inorma o reidente orto lere e a arte da mem- aomanar o oo do rmio omildo olan ria tanto de diriente uanto de ite inluive uma lina turi- reidente do nter arelo e- toredore amoo omo o eritor mo dediada ao utebol em orto deiro realta a imortnia de e ui ernando eriimo lere aeio tem omo obetivo romover um turimo interado en- ui ao meu rimeiro real em levar o turita ara viver uma ee- volvendo a aio de amba a tori- om de ano nter era o rinia omo um oador rofio- da e aroveitando a etrutura do olo omreor vo leu e ena nal oneendo toda a etrutura doi etdio rivalidade tem ue iana vila e biail eourina interna do etdio artii- e retrinir ao amo de oo ora illalba doino lieu e arli- ante o reebido ela torida dele temo ue trabalar unto ara to e anava de todo o mundo ma oraniada do time e viitam lu- viabiliar roeto ue valoriem a auele ele erdeu olorado era o are eluivo do oadore e da idade e atendam noa leie lube do ovo enuanto o rmio omio tnia omo o vetirio de toredore onlui era da elite om auela oia anti- e o ramado tia ue aabou temo de o tour do rmio ao lono do Torcedores apaixonados no aeitar oadore nero a itinerrio o viitante oneem dos clubes e da cidade a aio elo nter omeçou me- o eetdio lmio onumental mo na rimeira vio da amia alo de rande onuita e tam- m do rande dolo da itria vermela entrando em amo na- bm o antio etdio da aiada no remita o eoleiro aari e- uele real erdido omo no arue oino de ento aro ou em orto lere em em- tour do nternaional ontem- retado omo oador ara o time la o loai do aado do time na ede ento ua itria et liada aital omo a raça ue elebra ao triolor ao e a aital virou o amo da rimeira artida do reidnia entre ida e vinda ara lube e a raça emorial do ua- outro loai do mundo omo o a- lito no bairro enino eu onde o a trabalo loaliavae o antio etdio do uma da idade mai bonita ualito ede de oo da oa do ue onei oe moro rimo undo de em teio ma etou emre na a- eunido reentemente om o ital tualmente audo a treinar o reeito elon arean r diri- eueno oadore da eolina do MARCELO MEDEIROS ente de rmio e nter inorma- rmio relata ele ue dede Presidente do Inter ram ue retendem omentar ro- tambm omentarita eortivo eto ue abranam toda a idade e na rdio dio mbro

PRESS PORTO ALEGRE 35 MATÉRIAESPORTESMATÉRIA DEDE DE CAPACAPA CAPA

alo ereito ara meaetrutu- eran ara itar alun do artita ra de om e lu ue no raro aem internaionai a aleria de at mil eetadore o odem altar braileiro en- o lado olorado no ltimo tre o nome ue e areenta- ano aaram elo etdio da ave- ram no etdio de rmio e nter nida adre aiue etrela omo omo oberto arlo ribalita e aul artne ollin tone o ermano orto lere et in- unnoe e eromit entre ou- erida no roteiro de rande o tro a rena do rmio reebeu e onta om a areria da dula LUIS FERNANDO VERÍSSIMO ate err oer ater e d e- real ara reeber o turita Escritor e torcedor colorado

amba do aulino meu oraço e deiou levar relembra eriimo le vai alm eu era toredor de aruibanada de bunda no imento rio e no erdia oo no uali- to e no outro etdio da idade inluive do rmio ma ui fan- do mai velo e mai omodita e aei a ver utebol ao vivo uando ia obrir uma oa do undo ri- validade entre o doi lube orte ma elimente temo ido oua- do de ena de elvaeria entre tor- ida omo e v em outro luare fnalia eriimo Grandes shows: fontes de receita e de turistas

o de aora ue orto lere entrou na rota de rande o in- ternaionai e naionai moder- no etdio eiraio e a rena o

GERALDO DE MATOS FILHO AÇÃO INTEGRADA: Mazarópi, ex-goleiro Dirigentes de Grêmio e Inter pretendem fomentar projetos que do Grêmio abranam toda a cidade e que benefciem os portoalegrenses. obetivo maimizar o potencial turístico dos grandes eventos de futebol em orto legre

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CARTÃO POSTAL POEMAS EM IMAGENS

eerson ernardes Quem vem de fora per- cebe a diferença na pai- sagem e até mesmo no ar de Porto Alegre, uma das cidades mais char- mosas e perfeitas para fotos incríveis. Não tem como não se apaixonar por esta cidade linda, pulsante, que recebe a todos com amor".

Eurico Salis “Ah, Porto Alegre que passa voando como um pássaro em meu olhar e acalma meu co- ração. Entre idas e vindas, aqui é o meu lugar”.

38 PRESS PORTO ALEGRE onidamos uatro fotgrafos apaixonados por Porto Alegre para nos eniar uma imagem ue na opinião de cada um deles seja o melor retrato da capital e resume todo o amor ue eles têm pela cidade s fotgrafos Eloi arias Eurico Salis eerson ernardes e Nilton Santolin nos rindam nesta primeira edição com cartes postais ue são oras de arte e reelam o seu olar sore a Porto Alegre em ue iem amam e traalam

Eloi arias "Todos podem falar que o pôr do sol é um clichê, eu não me im- porto, porque morando próximo as margens do Guaíba, cada dia tem um acontecimento ali, é a apoteose do dia, um clímax, uma catarse é o show daquela hora".

Nilton Santolin “Sempre que saio de Porto Alegre por algum motivo, viagem à negócios, férias, etc... Ao voltar por estrada ou pelo ar, a visão da ponte é muito forte. É uma espécie de elo que me conecta emocional- mente com a cidade”.

PRESS PORTO ALEGRE 39 O MELHOR DA CIDADE

Alessandra Bergmann Ana Paula Jung Natural de Canguçu, Nascida em Santa jornalista especializada Cruz do Sul, jornalista em agronegócio, assessora especializada em de Comunicação do publicidade, colunista Senar-RS. Apaixonada por da revista Advertising. tango e por Porto Alegre.

16PERSONALIDADES ELEGEM O MELHOR DE PORTO ALEGRE

Edith Auler Evandro Hazzy revista PRESS PORTO ALEGRE Também nascida em Porto Natural de Santa Maria, é pediu a 16 personalidades, dos Alegre, jornalista e produ- jornalista, repórter da TV mai variado emento rof- tora de eventos. Gestora Bandeirantes, missólogo e sionais, para nos ajudarem a ele- empresarial na Evidên- especialista em beleza. ger o MELHOR DA CIDADE, em 12 cia Press Comunicação. categorias. A ideia é destacar os Sommelier Internacional. melhoresA lugares da capital para comer, be- ber e passear. Além disso, pedimos para nos revelar qual é a sua “Rua Encantada”, numa alusão ao lugar idílico imaginado por Mario Quintana, em seu poema “O Mapa”. Entre as 16 personalidades, oito homens e oito mulheres, boa parte deles com forma- ção em jornalismo. Metade nasceu no inte- rior e adotou Porto Alegre como sua cidade do coração. onfra ao lado uem artiiou dea e- colha do TOP POA. Nas páginas seguintes, Magda Beatriz Marco Poli você vai poder acompanhar os três primei- Nascida em Porto Nascido em Porto Alegre, ros colocados em cada categoria, de acordo Alegre, jornalista e jornalista, consultor com o número de citações desse grupo sele- apresentadora de TV de mídias sociais e um to de jurados. expert em boa comida e boas cervejas

40 PRESS PORTO ALEGRE Antonio Gornatti Carolina Paaz Cláudia Aragon Edgar Powarczuk Nasceu no Uruguai Nascida em Palmeira Porto-alegrense nata, Nascido na capital, (Rivera) e aos 15 anos veio das Missões, advogada jornalista, escritora, jornalista e mestre em morar em Porto Alegre. e diretora Jurídica autora de livros sobre Administração, é mentor Parrilleiro e Gourmand, da RDCTV curiosidades sobre Porto de empreendedores e trata a gastronomia Alegre. Atualmente, é sócio dos empreendimen- como esporte.Head de diretora de Conteúdo tos GenuinaObra, Mais Marketing da 4all Holding. da Believe It LoremShow Ipsum e Art BattleDolor Sul.

Felipe Vieira Fernando di Primio Ico Thomaz Jefferson Bernardes Nascido em Butiá, Porto-alegrense da gema, Natural de Venâncio Porto-alegrense, jornalista, apresentador conselheiro gremista, é jor- Aires, jornalista, jornalista, fotógrafo, do SBT, um dos nalista e Publisher, já tendo radialista e apresentador diretor da agência de rofionai mai editado dezenas de títulos de TV da Band. imagens Preview premiados nas 19 de revistas no RS e Brasil. edições do Prêmio Press.

Mocita Fagundes Viviane Vasques Nascida em Porto Alegre, é Porto-alegrense, formada em História, mas publicitária, diretora ua atividade rofional Executiva da Rede é como produtora de Pampa de Comunicação vídeo/cinema, diretora da Mythago Produções. É maratonista apaixonada. PRESS PORTO ALEGRE 41 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE MASSAS

Atelier de Massas Encravado na rua Riachuelo, no Centro Históri- co de Porto Alegre, o pequeno mas aconchegan- te Atelier de Massas é sinônimo de gastronomia italiana em Porto Alegre. Liderado pelo artista plástico e chef Gelson Radaelli, o restaurante é famoso pelo amplo buffet de antepastos, que faz a alegria dos clientes antes de se deliciarem com o generoso cardápio de massas. A decoração remete imediatamente ao traba- lho de Radaelli, com obras dele e de outros ar- tistas espalhadas pelas paredes. No cardápio, as massas artesanais criadas por ele se destacam entre as delícias à disposição dos clientes que chegam ao Atelier de Massas. Rua Riachuelo, 1.482 – Centro Histórico.

Peppo Cucina Puppi Baggio Criado e comandado por um casal apaixonado pelos sabores Os risotos e as pastas fazem a fama do Puppi Baggio, da Itália e pelo mundo do vinho – Andrea Lobo e Pedro Hoff- restaurante que é uma das estrelas gastronômicas mann – o Peppo Cucina é referência em gastronomia italia- da charmosa Dinarte Ribeiro, no Moinhos de Ven- na. O ambiente transmite o aconchego de uma grande sala de to. Um charmoso deck é um convite para aprovei- jantar, com elementos rústicos e objetos que valorizam o mo- tar a noite agradável da região. Do cardápio, entre mento da refeição. Molhos agridoces e carnes de caça incre- as estrelas está o ravioli de gorgonzola, delícia da mentam as opções que trazem também os tradicionais risotos culinária italiana. Rua Dinarte Ribeiro, 155 – bairro e massas. Rua Dona Laura, 161 – bairro Rio Branco. Moinhos de Vento.

42 PRESS PORTO ALEGRE ORIENTAL

Sakura Uma ampla casa na avenida Cristóvão Colombo abriga o principal endereço do Sakura, restau- rante japonês fundado em 1981 pela família Fu- jimoto em Porto Alegre, vencedor na categoria comida oriental. ela mo da e aomi uimoto fla do fundadores Hideo e Hari Fujimoto – que as delícias do cardápio japonês chegam às mesas dos clientes. Destaque para os sashimis, tenpuras, temakis e makizushis (rolinhos de arroz com algas e recheios variados). Hoje, além da unidade principal no bairro Higie- noli uma flial o aura aiten oera no o- pping Iguatemi.Av. Cristóvão Colombo, 3.237 – bair- ro Higienópolis.

Sushi By Cleber Thai Mee Liderado pelo chef Cleber Vidal, paulistano que tam- undador do tradiionalimo o ee ee duardo en bém adora jogar xadrez e pegar ondas, o Sushi by Cle- abriu há dois anos o Thai Mee, junto ao Boulevard Laçador – pe- ber surgiu por vontade do chef de ter um negócio pró- queno shopping de vizinhança próximo ao Aeroporto Salgado prio, após trabalhar na Cervejaria Dado Bier nos anos Filho. Desde então, o restaurante tem atraído a clientela ávida 1990. Naquela época, o sushi ainda era pouco conheci- por uma comida tailandesa deliciosa. Avenida dos Estados, 111. do no Rio Grande do Sul, pois só existiam dois restau- rantes desse tipo. Cleber foi um dos desbravadores do mercado e segue forte com o restaurante. Rua Des. Es- peridião de Lima Medeiros, 317 – bairro Três Figueiras

PRESS PORTO ALEGRE 43 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE FRUTOS DO MAR

Pampulhinha Com mais de nove mil rótulos na adega (conside- rada uma das maiores do Brasil), o Pampulhinha é referência para quem deseja um bom prato de frutos de mar em Porto Alegre. Liderado pelo chef português Jaime Pinheiro, o restaurante localizado na avenida Benjamin Constant é famoso pela culi- nária requintada com toque familiar. Pinheiro criou todas as receitas do cardápio, mui- tas delas a partir das referências da culinária por- tuguesa que traz desde a infância no país europeu. Destaque para as delícias à base de peixe, polvo e, claro, o famoso bacalhau à moda da casa. Nas sobremesas, um clássico português que agrada ge- rações: o pastel de santa clara. Avenida Benjamin Constant, 1.791 – bairro Floresta.

Coco Bambu Gambrinus ruto do mar e eie om um toue nordetino feram a Difícil concorrer com o Gambrinus quando o fama do Coco Bambu, tradicional restaurante cearense. Desde tema é tradição: o restaurante foi inaugura- 2016, o grupo abriu uma unidade no Shopping Iguatemi. Des- do em 1889. Instalado no Mercado Público, o taque para delícias como camarões com um toque de leite de Gambrinus ostenta o título de mais antigo res- coco e a tradicional lagosta. Na carta de sobremesas, o Coco taurante em atividade na capital. No cardápio, Bambu gaba-se de servir “o melhor pudim do mundo”. Se não predominam os pratos de frutos do mar, tais é, chega muito perto. Avenida João Wallig, 1.800 – bairro Chá- omo fl de onrio e linuado ao molo de a- cara das Pedras maro alm de fl de almo om alaarra e champignon. Mercado Público de Porto Alegre

44 PRESS PORTO ALEGRE CONTEMPORÂNEA UM Bar & Cozinha Mistura de cafeteria, empório, bar e restauran- te, o UM Bar&Cozinha traz a gastronomia com ainatura do e arlo ritenen e o onei- to idealizado por Luciane Scherer. A dupla, que comandou o Hashi por mais de dez anos, em setembro de 2017 inaugurou dentro da loja de vinhos Grand Cru um espaço múltiplo de gas- tronomia, que funciona ao longo de todo dia, com opções de almoço e jantar à la carte duran- te a semana, cafeteria às tardes e brunch e mini feijoada aos sábados. Com a loja de vinhos integrada ao restauran- te, todos os rótulos servidos no UM custam o mesmo preço de loja, além da possibilidade da opção taça, também com valor de loja, e outras bebidas alcóolicas e não-alcóolicas. Av. Mariland, 1.388 (esquina Av. Anita Garibaldi) – Mont’ Serrat

BAH Pâtissier Referência em cozinha contemporânea do Rio Grande do Sul, O aconchegante bistrô liderado pelo chef Marcelo Gon- o BAH traz receitas inspiradas nas memórias de infância e nas çalves apresenta uma culinária moderna, sem esque- inúmeras viagens ao interior do Estado da sócia e head chef cer os sabores tradicionais. O restaurante é pequeno, do Grupo Press, Carla Tellini. São reinterpretações de pratos com atendimento bem personalizado. Dispõe ainda de tio ue buam identifar a verdadeira oina reional uma pequena mercearia, com os produtos utilizados om ua dierente inunia omo o orti de arue nos destaques do cardápio. R. Marquês do Pombal, efado om aroa de ioito de maretto remiada 128 – bairro Moinhos de Vento carta de vinhos tem mais de 400 rótulos. BarraShoppingSul – Avenida Diário de Notícias, 300 – bairro Cristal PRESS PORTO ALEGRE 45 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE CHURRASCARIA

Portoalegrense Instalada na avenida Pará, bairro São Geraldo, a Churrasca- ria Portoalegrense surgiu em 1982 e ainda hoje é comanda- da pelo fundador, Seu Antoninho. Ele cuida pessoalmente a churrasqueira e acompanha todo o processo do assador, des- de o corte até o momento de servir a carne. Destaques para cortes como a paleta de cordeiro e a famosa costela gaúcha da Portoalegrense. Avenida Pará, 913 – bairro São Geraldo.

Barranco Clássico da gastronomia de Porto Alegre, o restaurante Barranco chega aos 50 anos em 2019 como a melhor chur- rascaria da cidade. Fogo sempre aceso, o melhor churras- co à la carte, pratos quentes e frios à disposição e garçons sempre prontos a atender pedidos a qualquer hora e, cla- ro, uma carne deliciosa fazem do Barranco um dos mais tradicionais restaurantes de Porto Alegre. Os proprietários Elson Furini e Chico Tasca não conhecem a palavra “economia” quando buscam o melhor produto para servir à mesa. “Queremos sempre o melhor, seja em produtos seja em procedimentos”, diz Furini. Chica Parrilla y Bar Do cardápio, difícil escolher apenas um prato. O lombinho Pequena e aconchegante, a Chica Parrilla y Bar tem poucas de porco coberto com queijo é um clássico do Barranco – mea ma arantiu liente fi no bairro io rano o sem esquecer da salada escolhida a gosto pelo cliente, com cardápio, destaques para o suculento assado de tiras e o ma- o carrinho passando ao lado das mesas no despojado am- tambrito de porco (com uma generosa cobertura de queijo biente. Avenida Protásio Alves, 1.913 – bairro Petrópolis. ralado). Rua São Manoel, 141 – bairro rio Branco.

46 PRESS PORTO ALEGRE PIZZARIA

Ciao Pizzeria Napolitana Com três anos de funcionamento, a casa do bair- ro Boa Vista já garantiu a liderança no quesito pizza entre os clientes. No preparo das pizzas, os mesmos ingredientes utilizados nas melhores pizzas do mundo, de Nápoles. O tomate certo, San Marzano, da região da Campagna, na Itália; a farinha certa - a lendária Molino Caputo -; e o azeite de oliva perfeito, Ollitalia, o mais usado nas pizzarias centenárias de Napoles. Bem informal, a Ciao também tem entre seus princípios oferecer uma gostosa pizza com preço uto a oçe do ardio no ultraaam 30,00 para a pizza de tamanho individual. Não faltam no cardápio clássicos como Quatro For- maggi, Pesto e Diavola. Rua Anita Garibaldi, 694 loja 77 – bairro Boa Vista

Bazkaria L’Antica Pietra Um dos endereços mais tradicionais quando o assunto é Inaugurada em 2004, a L’Antica Pietra segue a tradição pizza artesanal, a Bazkaria tem um ambiente inspirado no da reeita oriinai om maa fna molo aeiro País Basco (como se refere o nome). O restaurante oferece ingredientes selecionados e queijo na medida certa - as serviço à la carte e cardápio com diversos sabores espe- pizzas são feitas em forno a lenha, como manda a tradi- ciais de pizzas, calzones, saladas, sobremesas e tapas (en- ção. O variado cardápio oferece desde sabores tradicio- tradas típicas espanholas), além de ampla carta de bebi- nais, como Marguerita e Calabresa, a novidades como da ua Comendador Caminha, 324, em frente ao Parque pizza de picanha ao vinho e vegana. Rua Dr. Timóteo, Moinhos de Vento (Parcão). 150 – bairro Floresta

PRESS PORTO ALEGRE 47 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE CAFETERIA Agridoce nmero da ua armento eite no bair- ro idade aia otuma ter fla de liente na orta eera or uma mea no fnai de e- mana. O movimento dá uma ideia de como o Agridoce Café disparou na preferência dos con- sumidores de café. O Agridoce começou devagar, sem muita pre- tensão, mas a frequência cresceu rapidamente e obrigou a uma ampliação para atender a todo mundo. A decoração é um charme, com um es- tilo aconchegante, lembrando ambiente antigo com louça de porcelana e muitos detalhes. No cardápio, claro, o delicioso café vem acom- panhado de salgados, tortas doces, muitos sucos e outras delícias para apreciar bem de- vagar, sem pressa. Rua Sarmento Leite, 1.024 – bairro Cidade Baixa

Vive Le Café Café do Porto A proposta do Vive Le Café, no Moinhos de Vento, foca na tra- Point da movimentada Padre Chagas, o Café do Porto dição: um café com gosto de café, bem ao modo tradicional. espalhou outros endereços pela cidade, mas é no Moi- A casa promete regulagem constante do moinho, pesagem de nhos de Vento que mantém a principal casa. O espres- ada rama de a ua fltrada e na temeratura orreta so robusto continua sendo uma delícia do café, que tudo para uma boa experiência dos clientes. Para acompa- serve ainda almoços e dispõe de mesas na calçada para nhar, clássicos da pâtisserie francesa, como torta Saint Hono- aquele bate-papo animado. Rua Padre Chagas, 293 – r eita de rofterole om maa ou e antill Praça bairro Moinhos de Vento Dr. Maurício Cardoso, 23 – bairro Moinhos de Vento

48 PRESS PORTO ALEGRE MELHOR BOTECO

Bar do Alexandre Localizado em uma esquina do bairro Menino Deus, o Bar do Alexandre tem um movimento grande de famílias, tra- balhadores e estudantes da vizinhança para o almoço do meio-dia. A famosa a la minuta do local – também conhecido como Bar do Alemão – costuma deixar o cliente satisfeito. À noite, quem curte uma boemia tem endereço certo por lá. Às sextas-feiras, tem música na calçada. Rua Saldanha Marinho, 120 – bairro Menino Deus

Caverna do Ratão radiço o eundo nome do averna do ato ue ea ao ano frme e orte nauurado em pelo casal Aristides Castro Saldanha e Arminda Bernar- dina Saldanha, o boteco, situado no bairro Petrópolis em Porto Alegre, começou como Bar Elite. O nome atual mesmo surgiu apenas na década de 1970. Filha dos fundadores, Vera Saldanha da Cunha é a atual rorietria do etabeleimento lientela do ato Tuim elegeu, entre as comidas de boteco preferidas, o bolinho Quando o tema é chopp, dizem que o servido pelo Tuim é de bacalhau e o sanduíche aberto com farto pernil, ovo inomarvel endereço na antia ua da adeira anou e molho quente. a fama dos clientes pela bebida gelada, com colarinho na me- Também o bauru de pernil e os bolinhos de carne re- dida certa. Ah, o bolinho e o escondidinho de bacalhau são cheados têm bastante procura, sempre acompanhados imperdíveis. E não é de hoje: desde 1941 em funcionamento, por um chopp bem gelado. Avenida Protásio Alves, 1.709 o Tuim é uma instituição do roteiro dos bares da Capital. Rua – bairro Petrópolis General Câmara, 333 – Centro Histórico

PRESS PORTO ALEGRE 49 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE

CHURRASCARIAMELHOR FAST FOOD Madero unto ao nome no letreiro o adero utif- ca a fama: o melhor hamburguer do mundo. A casa do chef Junior Durski mantém duas unidades steakhouse em shoppings da Capital (Iguatemi e Praia de Belas), além de operações menores, o Madero Conteiner. Em todos eles, o hamburguer é o carro-chefe. O delicioso pão, que parece feito na hora, é um dos segredos do sucesso do Madero. Entre os acompanhamentos, o delicioso pal- mito pupunha assado servido com uma pitada de sal e de limão é inesquecível, assim como o nitel fna tira de fl de oro om uma crosta crocante. No quesito hamburguer, o Madero Super e o Madero Bacon estão entre os mais pedidos da casa. Há, ainda, opções vegetariana e com car- ne de ordeiro ara fnaliar a reeiço um generoso petit gateau de doce de leite promete satisfazer os paladares mais famintos. Shoppin- gs Iguatemi e Praia de Belas.

Cachorro do Rosário Jerônimo Burger O que começou com uma carrocinha de lanches na frente do Porto Alegre recebeu a segunda unidade no Brasil do tradiional olio orio no bairro ndeendnia virou Jerônimo Burger, rede controlada pelo chef Junior uma rede de quiosques espalhadas por diversos locais de Por- Durki, também dono do Madero. O cardápio tem como to Alegre. A franquia tem 34 lojas em Porto Alegre, litoral gaú- atração principal oito sabores de burgers smash it - cha e uma unidade em Santa Catarina. Tradicional, o Cachor- mais saudável do que os convencionais, com apenas ro do orio amoo elo lane robuto om alia ou 15% de gordura. Além de hambúrgueres, o cardápio linguiças, muito molho, temperinho verde e queijo ralado. conta com cinco tipos de salada, três sabores de limo- Unidades em shoppings da Capital e outras cidades nada, duas opções de sobremesa, chopes, cervejas e vi- nhos. Rua Casemiro de Abreu, 1.224 – bairro Bela Vista

50 PRESS PORTO ALEGRE RUA ENCANTADA Dinarte Ribeiro rua inarte ibeiro euena o aena doi uartei- rões – mas reúne um charmoso comércio composto por pa- darias, restaurantes e pequenos bistrôs. Ela começa na rua Barão de Santo Ângelo e termina na rua Padre Chagas. Com o nome original de rua Assunção, aparece nos mapas de Porto Alegre a partir da década de 1920. Teve seu nome mu- dado para o atual em 1935, e homenageia o Professor Dinarte ibeiro ue trabalou or ano no overno do tado Localizados no casario que preenche toda a extensão da rua estão algumas das operações gastronômicas mais disputadas de Porto Alegre, como a Barbarella Bakery, casa especializada na ulinria ranea tendo omo orte a arte de anifaço O Daimu, moderno restaurante de culinária japonesa, fun- ciona em um belo casarão - a casa funciona no sistema de sequência executiva e, à noite, à la carte. O rodízio tem 20 variedades de pratos quentes e sushis. Outra referência é o ícone italiano Puppi Baggio, com suas massas e molhos.

Padre Chagas Gonçalo de Carvalho iina da inarte ibeiro a rua adre aa um ouo mai É considerada pelos porto-alegrenses “a rua mais bonita longa e o variado comércio tem cafés, restaurantes, bares, delica- do mundo e fa dil diordar armoa rua do bairro tessens, antiquários, farmácias e barbearias. É um point da noite Floresta, a Gonçalo de Carvalho é um exemplo de união e da agitação do bairro Moinhos de Vento, atraindo um público entre urbanismo e natureza: os casarões e sobrados da via variado para curtir um drink antes da balada. são emoldurados por um corredor verde, formando um tú- nel que embeleza a região.

PRESS PORTO ALEGRE 51 MATÉRIAOMATÉRIA MELHOR DEDE DE DA CAPACAPA CAPA CIDADE MELHOR LUGAR PARA VER A CIDADE

Restaurante 360 O envidraçado restaurante erguido sobre as águas do Guaíba já se tornou um dos pontos turísticos da cidade. Para almoço, jantar ou happy hour, o 360 promete uma experiência ines- quecível tendo a natureza como companhia na região ao lado da Usina do Gasômetro.

Orla Moacyr Scliar A revitalizada Orla Moacyr Scliar, trecho entre a Usina do Gasômetro e a rótula das Cuias, ganhou o coração dos porto-alegrenses desde a reinauguração, no ano passado. reio tem reebido uma multido ao fnai de ema- na para passear, curtir o por-do-sol, ou apenas “lagartear” aproveitando o clima do local. Belvedere Morro Santa Teresa A adoção pela empresa Uber faz com que a Orla Moacyr Já foi um dos locais turísticos mais visitados da Capital, mas o Scliar permaneça limpa, com bancos, passeios sempre Belvedere do Morro Santa Teresa está abandonado, carente om manutenço em dia roeto deve far ainda mai de infraestrutura e limpeza. Ainda assim, é o melhor local bonito após a revitalização completa da orla, até o Pontal para uma vista panorâmica de Porto Alegre. do Estaleiro, passando a Fundação Iberê Camargo

52 PRESS PORTO ALEGRE ONDE VOCÊ LEVA UM TURISTA

Orla Moacyr Scliar Bicampeã de votos – também considerada o me- lhor lugar para se avistar Porto Alegre – a reno- vada Orla Moacyr Scliar também venceu como local para levar um turista. Também pudera: os 1,3 quilômetros incluem restaurantes, bares, sel- fpoint, mirantes, ciclovia e uma iluminação que torna o lugar mais lindo ainda à noite.

Prainha do Iberê Camargo Mercado Público Apelidada de Prainha do Iberê, aquele pequeno trecho de orla em Quer comprar peixe? Tem. Ou tomar um café? Tem. frente à Fundação Iberê Camargo virou ponto de visitação nos Talvez um delicioso sorvete para sobreviver ao calor de fn de emana rinialmente ara uem mora na ona ul o Porto Alegre? Tem também. Não à toa o Mercado Públi- fnal de auele eaço aou a er ofialmente amado co cumpre há dois séculos sua função de “alimentar” de eanto do io em omenaem ao omoitor io io- os moradores da Capital. Nos dois andares o turista en- laiewsky, falecido no início daquele ano. contra, ainda, restaurantes e lojas de produtos típicos. A deslumbrante vista do por-do-sol naquele ponto não costuma decepcionar os visitantes.

PRESS PORTO ALEGRE 53 CULTURA E LAZER

De parques a centros culturais, opções diversas

orto Alegre é uma cidade O Brique começou a partir de um Parque Farroupilha múltipla, e essa pluralida- movimento organizado de comer- de se expressa em diferen- ciantes de antiguidades, que, em Carinhosamente apelidado de Re- tes áreas, no cotidiano de 1978, promoveram o primeiro mer- denção, o Parque Farroupilha tem seus moradores. A relação cado das pulgas na região. Em 1982, 37 hectares e é cercado por duas das dos porto-alegrenses com os artesãos que comercializavam as principais avenidas da área Central suaP cidade se dá no dia-a-dia de pra- suas mercadorias no interior do Par- de Porto Alegre – João Pessoa e Os- ças e parques, eventos e equipamen- que Farroupilha se incorporaram valdo Aranha. Doado à cidade em 24 tos culturais, alguns deles transfor- aos antiquários, acrescentando no- de outubro de 1807 pelo governador mados em ícones de Porto Alegre vos atrativos. Paulo José da Silva Gama, o local foi, Atualmente, aos 41 anos, o Brique inicialmente, chamado de Campos da Redenção também abriga um da Várzea do Portão. Brique da Redenção variado número de artistas de rua Em 9 de setembro de 1884, a Câ- e músicos. É considerado o espaço mara propôs que o parque passasse Mais tradicional feira realizada mais plural de Porto Alegre, com a ser denominado de Campos de Re- em parques de Porto Alegre, o Bri- manifestações de todos os tipos. Em denção, em homenagem à liberta- que da Redenção chega a receber anos eleitorais, é na feira que mui- ção dos escravos do terceiro distrito até 50 mil pessoas a cada domingo tos candidatos, aos domingos, fazem da Capital. O primeiro ajardinamen- na rua José Bonifácio, junto ao Par- corpo a corpo com os eleitores. Tam- to ocorreu em 1901, quando já exis- que Farroupilha. São mais de 180 bém, é o local tradicional de passeio tiam na área do parque a Escola Mi- expositores de artesanato, 70 de amiliar no fn de emana litar (1872) e a Escola de Engenharia antiguidades, 40 de artes plásticas Porto Alegre possui, atualmente, (1896). Com a Exposição Comemo- e dez de gastronomia, que apresen- além do Brique da Redenção, três rativa do Centenário da Revolução tam um segmento de comércio regu- feiras ecológicas, 39 feiras-modelo e Farroupilha, em 1935, o local foi ba- lar e estruturado na cidade. 11 feiras de artesanato. tizado como Parque Farroupilha.

54 PRESS PORTO ALEGRE A Redenção abriga diversas op- leves e pedaladas. No lado Norte, o contando com quadras de futebol ções de lazer, como o parque de di- Parcão conta com boa infraestrutu- de salão, tênis, vôlei, basquete, pis- versões, os passeios de trenzinho e ra esportiva, com quadras de tênis, tas de patinação, skate, atletismo e pedalinhos, o Mercado do Bom Fim cancha de bocha, pistas de patina- ciclismo, aparelhos para ginástica, (onde há lojas de conveniências e ção e de atletismo, quadras poliva- campos de futebol 7, além de recan- lancherias), a Feira Ecológica (aos lentes e campo de futebol. tos infantis e espaço cívico com es- sábados pela manhã) e o Brique (aos No lado Sul, predominam amplas pelho d´água. domingos). áreas de passeio, playground e o Localizado próximo à região que Espalhados pela área verde, exis- lao artifial ovoado or tartaru- está sendo revitalizada com o proje- tem diversos recantos, como o orien- gas, gansos e peixes que cercam a to Orla do Guaíba, o Parque Marinha tal, o europeu e o orquidário, sem réplica de um moinho açoriano, ao do rail tem uma auna diverifa- esquecer a da fonte luminosa loca- estilo dos que existiam no bairro nos da, como quero-quero, bem-te-vi e lizada próxima do imenso espelho primórdios da cidade. joão de barro. Nos lagos, habitam d’água. O parque conta ainda com o fn de emana o aro i- pequenas tartarugas e peixes de es- 38 monumentos, com destaque para nônimo de muita gente circulando, pécies diversas. o Monumento ao Expedicionário. rodas de chimarrão nos gramados De sua área total, 11 hectares fo- e descontração, embalada também ram transformados em bosques, Parque Moinhos de Vento pelos bares e cafés das ruas que con- onde são encontradas árvores nati- tornam o parque e que oferecem vas e espécies exóticas, como ingás, Localizado em um dos bairros boas opções de sucos e lanches. timbaúvas, jambolão e jerivás. mais nobres de Porto Alegre, o Parque Moinhos de Vento tem 11,5 Parque Marinha do Brasil Feira do Livro de Porto Alegre hectares. Mais conhecido como Parcão, o Com 70 hectares, é a maior área Todo ano, desde 1955, uma multi- lugar é muito procurado desde as verde de Porto Alegre localizada dão de leitores toma conta da Praça rimeira ora da man e no fnal em nos seus limites urbanos. É um da Alfândega, no Centro da Capital, da tarde para caminhadas, corridas parque essencialmente esportivo, para um encontro com a literatura.

CIDADE DIVERSA: Não faltam opções de cultura e lazer para os porto-alegrenses e visitantes PRESS PORTO ALEGRE 55 MATÉRIACULTURAMATÉRIA DEDE DEE CAPALAZERCAPA CAPA

mônio Histórico e Artístico Nacio- nal em 1981. Fundação Iberê Camargo

O belo prédio branco, às margens do Guaíba, na zona Sul de Porto Ale- gre, já se tornou um marco arquite- tônico e também turístico da capital gaúcha. Inaugurada há dez anos, a TRADIÇÃO E MODERNIDADE: construção abriga o acervo de um Porto Alegre possui inúmeros equipamentos culturais, alguns seculares como dos maiores pintores brasileiros, o Theatro São Pedro, e outros novos, como o Instituto Ling (foto) Iberê Camargo. A cada ano, são organizados semi- Com mais de 100 bancas, a Feira patrimônio histórico, tendo início, a nários, exposições, encontros com do Livro de Porto Alegre é o maior partir de então, sua transformação artita e uradore uro ofina evento literário a céu aberto das em Casa de Cultura. entre outras atividades, que versam Américas, e chega a receber 1,5 mi- Os sete andares do edifício abri- sobre a obra de Iberê Camargo e so- lhão de visitantes. gam espaços culturais dedicados ao bre temas ligados à arte moderna e A área total ocupa 9 mil m², sendo cinema, à música, às artes visuais, contemporânea. 70 disso em área coberta. A progra- à dança, ao teatro e à literatura. Do A atual sede foi projetada pelo ar- mação cultural conta com mais de café localizado no topo, uma dica é quiteto português Álvaro Siza, um atividade ratuita entre ofi- apreciar a imponente vista do rio dos mais relevantes da contempora- nas, mesas de debate, palestras e es- Guaíba. neidade. O prédio possui salas expo- petáculos teatrais. sitivas, átrio, reserva técnica, centro São cerca de 650 sessões de autó- Museu de Arte do Rio de documentação e pesquisa, ateliê grafos e 2 mil autores envolvidos. O Grande do Sul (MARGS) de gravura, ateliê do programa edu- evento costuma incluir atividades, cativo, auditório, loja, cafeteria e es- também, em locais próximos, como Uma das mais importantes ins- tacionamento. o Memorial do Rio Grande do Sul e o tituições museológicas gaúchas, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo. Museu de Arte do Rio Grande do Sul Instituto Ling Ado Malagoli (MARGS) tem no acer- Casa de Cultura vo mais de 3.600 obras de arte, que Encravado no bairro Três Figuei- Mario Quintana vão da primeira metade do século ras, o Instituto Ling atua em três seg- XIX até os dias atuais, abrangendo mentos: educação, cultura e saúde. Batizada com o nome do poeta que diferentes linguagens das artes vi- Tem uma programação cultural que melhor representou Porto Alegre, suais, como pintura, escultura, gra- destaca artes visuais, cinema, músi- a Casa de Cultura Mario Quintana vura, cerâmica, desenho, arte têxtil, ca, gastronomia, saraus e diversas é um ícone arquitetônico do Centro otorafa arte diital e dein en- ofina Histórico da Capital – está localizada tre outros. O prédio futurista, desenhado na Rua dos Andradas, 736, endereço A coleção do museu é composta pelo arquiteto Isay Weinfeld, é um do poeta por muitos anos. por arte brasileira, com ênfase na volume único que, a partir da rua, O prédio do antigo Hoje Majestic produção de artistas gaúchos, e tam- vê-se baixo e levemente destacado foi construído em 1920, mas a his- bém por obras estrangeiras, da qual do olo omo um obeto ue utua tória como Casa de Cultura Mario onta om nome inifativo da em meio ao jardim. Quintana tem início em julho de arte mundial. O instituto abriga auditório, salas om a omra da edifaço O majestoso prédio localizado na de usos diversos, café e estaciona- pelo Banrisul. Dois anos depois, o Praça da Alfândega, com quase 5 mil mento. Um dos destaques da pro- governo do Estado adquiriu o Ma- m², foi projetado pelo arquiteto ale- ramaço de a ofina de jestic do Banrisul e, um ano mais mão Theo Wiederspahn. O prédio choro, disputada por músicos de tarde, o prédio foi arrolado como foi tombado pelo Instituto do Patri- todo o Rio Grande do Sul.

56 PRESS PORTO ALEGRE

ESCRITORES

DOS LIVROS PARA AS RUAS

ois grandes escritores Para o jornalista, professor e críti- bairro Partenon, até as estreitas brasileiros, Dyonélio Ma- co teatral Antonio Hohlfeldt, a cida- ruas do Centro Histórico e do bairro chado e Mario Quinta- de dos textos de Quintana, na verda- Independência. “A gente pode riscar na registraram, em seus de, é inspirada em Porto Alegre. “Ela claramente em um mapa por onde textos e cada um à sua nunca aparece como sendo efetiva- Naziazeno passa”, conta. maneira, uma cidade em mente Porto Alegre. É mais abstra- No caso de Dyonélio, o escritor fa- constanteD mudança. Porto Alegre, às ta, sonhada e ideal. É uma cidade, lecido em 1985, aos 89 anos, amar- vezes, é idílica, poética, mas também podemos dizer, conhecida antes das gou uma rejeição em vida à sua pode ser realista e cruel. De qual- grandes mudanças urbanizadoras obra devido às convicções políticas. quer modo, tanto Dyonélio quanto realizadas pelo prefeito Loureiro da “Eu diria que não apenas a socieda- Quintana têm sua obra intensamen- Silva”, explica Hohlfeldt, que presi- de gaúcha, mas a brasileira está em te associada à Capital. de, atualmente, a Fundação Theatro débito com ele”, avisa Hohlfeldt. Gaúchos do interior, ambos nasce- São Pedro. De acordo com o professor, de ram em cidades da região da Campa- Por outro lado, no romance Os Ra- modo geral, sempre houve um cer- nha: Dyonélio Machado em Quaraí tos, de Dyonélio Machado, a cidade é to preconceito, por parte da crítica (no ano de 1895) e Mario Quintana um personagem ativo no enredo que literária do centro do país, em re- no Alegrete (1906). Com trajetórias narra a busca desesperada de Nazia- lação aos escritores do Rio Grande diferentes de vida, os autores encon- zeno Barbosa por dinheiro para qui- do Sul. “Veja o caso de Erico Ve- traram em Porto Alegre um ambien- tar uma dívida com o leiteiro. Em rissimo, considerado apenas um te receptivo para construir roman- suas andanças por Porto Alegre, o “contador de histórias”, apelido ces e poesias que marcaram suas personagem realiza um périplo que que ele assumiu com orgulho”, re- trajetórias. inclui regiões mais periféricas, como lembra o pesquisador.

58 PRESS PORTO ALEGRE a Porto Alegre dos escritores

Hohlfeldt destaca que, enquanto o frente de seu tempo que creio ser, por muitos anos, o antigo Hotel Ma- ciclo do Romance de 1930, no Nor- realmente, difícil entendê-lo”, rela- jestic, na Rua da Praia, abriga hoje deste, foi rural e meio saudosista ta Antonio Hohlfeldt, que chegou a a Casa de Cultura Mario Quintana. (com obras como Mar morto (1937), conviver com o escritor. Para Hohlfeldt, Quintana, populari- de , e São Bernardo Muito fechado, Dyonélio era irô- zou a poesia, tanto pela sua aparen- (1934), de Graciliano Ramos), no Rio nico e conhecia profundamente a te facilidade, quanto pela sua pró- Grande do Sul foi eminentemente história. “Estive duas vezes em seu pria personalidade. urbano e direcionado para o futuro apartamento na Borges de Medei- Não parecia, mas Quintana era – casos de Dyonélio Machado, Cyro ros, conversando longas horas, para meio avesso à vida literária – embo- Martins e Erico Verissimo. organizar um material do Instituto ra fosse muito acessível para o leitor, Para Dyonélio, entretanto, havia Estadual do Livro. Talvez, até pelas sobretudo nos últimos anos de vida. um complicador. O fato de ele ser perseguições políticas, Dyonélio era Era comum comparecer à Feira do um militante declarado do PCB e ter avesso a aproximações. Não era por Livro de Porto Alegre, na qual passa- permanecido no partido mesmo de- orgulho, era autodefesa”, relembra va horas autografando e redigindo pois do movimento de 1937 e, mais Hohlfeldt. dedicatórias para os leitores. tarde, em 1950, quando eleito depu- Sobre Mario Quintana, tanto nos “Ouvi, muitas vezes, a seguinte tado estadual, levou-o a certo ostra- livros quanto na personalidade do história: em algum momento, Mario imo a ituaço e intenifou escritor, a lembrança que se tem é foi internado num hospital, prati- a partir de 1964. Então, diziam: ah, de uma fura identifada om or- camente para morrer. E os amigos um escritor do Sul e ainda por cima to Alegre, que transitava pelo Centro começaram a chegar, dizendo: não comunista... Por outro lado, Dyo- Histórico e amava intensamente a ode morrer ainda no fate a- nélio tinha uma visão crítica tão à vida urbana – o local em que morou moso, vais desaparecer, tens de de-

PRESS PORTO ALEGRE 59 MATÉRIAESCRITORESMATÉRIA DEDE DE CAPACAPA CAPA

Os ratos O Mapa trecho do livro de Dyonélio Machado Olho o mapa da cidade (..) À medida que se aproxima do Como quem examinasse Centro, vai encontrando caras gra- A anatomia de um corpo... ves, em indivíduos relativamente novos, bem vestidos, rápidos e pre- (É nem que fosse o meu corpo!) ocupados. Fazem uma estranha ron- da através dos bancos, dos cartórios, into uma dor infnita etc. Parecem andar sempre prontos Das ruas de Porto Alegre pra uma festa, o rosto bem escanho- Onde jamais passarei... ANTONIO HOHLFELDT ado. Estão simplesmente trabalhan- Jornalista e professor do — “negociando”. Seus rostos, bem Há tanta esquina esquisita, de perto, têm uma cor de insônia e Tanta nuança de paredes, um arco machucado em torno dos Há tanta moça bonita olhos. Há mesmo uma espécie de Nas ruas que não andei fender tua poesia... Ele se recuperou, concentração melancólica do olhar (E há uma rua encantada e se projetou e se tornou conhecido. que lhes dá um vago ar de velhice. O Que nem em sonhos sonhei...) Pode ser anedota, mas Mario Quin- seu trabalho “rende”. Naziazeno os tana foi o melhor leitor de si mes- “vê” à tardinha, depois de chegarem Quando eu for, um dia desses, mo: passava horas na redação do à casa — essas casas novas, higiê- Poeira ou folha levada Correio do Povo relendo seus textos nicas, muito claras. A mulher é um No vento da madrugada, e deles extraindo inspirações para ser delicado e lindo. Recosta-se no Serei um pouco do nada novos poemas”, relembra Hohlfeldt. espaldar da cadeira onde “ele” está Invisível, delicioso sentado. E um e outro sorriem para o flo orado e loiro na ua Que faz com que o teu ar roupinhas claras... Pareça mais um olhar, Naziazeno vai andando... Suave mistério amoroso, É a segunda vez que consulta o Cidade de meu andar relógio da Prefeitura essa manhã. (Deste já tão longo andar!) Esse relógio, lá no alto, na torre, parece-lhe uma cara redonda e im- E talvez de meu repouso... passível... Já pôs o pé na calçada do merado a do uue fa na (Mário Quintana, outra esquina.(..) em Apontamentos de História Os Ratos – Dyonélio Machado (1935) Sobrenatural - 1976)

60 CURIOSIDADES

Indígenas THEATRO SÃO PEDRO Conforme a prefeitura, em Porto Alegre vivem três povos indígenas (Guarani, Kaingang e Char- Principal espaço dedicado às artes cênicas na Capital rua). Cada um deles tem identidade própria: cul- gaúcha, o Theatro São Pedro reina imponente na Praça da tura, língua, crenças e costumes. A fonte de subsis- atri o luare no rdio itrio ue anou tência dos Guaranis e Kaingangs é o artesanato e o a omania do ultialo omleo idealiado or va cultivo de pequenas roças. No caso dos Charruas, a oer e ue ainda et em obra m um inndio criação de pequenos animais é a forma de geração detruiu o ediio meo ue fava ao lado e abriava o econômica para sustento. antigo Tribunal de Justiça do RS.

AVENIDA PROTÁSIO ALVES o uilmetro de eteno ue aem da avenida rotio lve a via mai etena de orto lere la o- meça na avenida valdo rana euina om a rua a- miro Barcelos e segue até a divisa da capital com Viamão e Alvorada. É uma importante avenida comercial e resi- dencial, ligando o Centro da cidade a bairros populosos como Petrópolis, Bom Jesus, Vila Jardim, Morro Santana e ardim tuabar

Centro de excelência médica Com três faculdades de Medicina e diversos hospitais de excelência, Porto Alegre é um dos maiores centros médicos do Brasil. Com mais de 700 leitos, por exemplo, o Hospital de Clínicas é um dos principais da aital aa e fnalia uma rande amliaço oital oino de ento or ua ve et entre o melore da mria atina no Brasil, ocupa o quarto lugar entre os hospitais de referência.

PRESS PORTO ALEGRE 61 CURIOSIDADES

Frio de rachar Os verões têm sido quentes na ca- pital gaúcha, a ponto de o apelido Forno Alegre se popularizar. Mas, no inverno o frio, também, é extre- mo: a menor temperatura já regis- trada em Porto Alegre foi de -4º em 11 de julho de 1918. E chegou até a nevar um pouco em 1984, uma lembrança viva ainda na memória de muitos porto-alegrenses.

DO ALTO DAS JANELAS Construído entre as décadas de 1950 e 1960 no Centro de Por- to Alegre, o Edifício Santa Cruz ainda é o edifício mais alto da capital. Tem 34 andares, com salas comerciais do 1º ao 24º, apartamentos do 25º ao 31º e 2 níveis de subsolo, com 14 me- tros de profundidade. Tem 107 metros de altura e 50 mil m² de área construída. Foi o primeiro CHOCOLATE edifício com estrutura metálica A mais antiga fábrica de chocolates construído no Rio Grande do Sul. do Brasil é gaúcha: a Neugebauer, fun- dada pelos irmãos imigrantes alemães Franz, Ernest e Max Neugebauer, e o sócio Fritz Gerhardt, em setembro de 1891, na zona norte de Porto Alegre. Morro Santana Entre os principais produtos estão os O Morro Santana é o ponto mais alto de Porto Alegre, a 311 metros confeitos Bibs, o bombom Amor Cario- acima do nível do mar. É formado por rochas graníticas e ocupa uma ca e a barra de chocolate Stikadinho. área de aproximadamente mil hectares, dos quais cerca de 600 perten- Atualmente, a Neugebauer pertence cem à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O morro ao Grupo Vonpar. tem importância histórica por ter abrigado, em 1740, uma sentinela de propriedade de Jerônimo de Ornelas, dono de sesmaria e considerado e fundador de Porto Alegre.

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Portoque nos faz cada vez mais Alegre.

Uma homenagem do Banrisul à capital dos gaúchos, cidade construída com trabalho, perseverança e renovação. Aqui, até mesmo o pôr do sol consegue se reinventar e encantar dia após dia.

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