MIDIATIZAÇÃO E REDES DIGITAIS: OS USOS E AS APROPRIAÇÕES ENTRE A DÁDIVA E OS MERCADOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Reitor Paulo Afonso Burmann Vice-reitor Paulo Bayard Dias Gonçalves Diretor do CCSH Mauri Leodir Lebner Chefe do Departamento de Viviane Borelli Ciências da Comunicação

Título Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Organizadores Serge Proulx Jairo Ferreira Ana Paula da Rosa Tradutoras Stephane Gutfreund Vanise Dresch Revisores Marcos Matos Luís Marcos Sander Diagramação Casa Leiria Capa Luana Cristina Petry Marcelo Salcedo Gomes Raquel Salcedo Gomes

FACOS-UFSM

Comissão Editorial Ada Cristina Machado da Silveira (UFSM) Eugênia Maria Mariano da Rocha Barichello (UFSM) Flavi Ferreira Lisbôa Filho (UFSM) Maria Ivete Trevisan Fossá (UFSM) Sonia Rosa Tedeschi (UNL) Susana Bleil de Souza (UFRGS) Valentina Ayrolo (UNMDP) Veneza Mayora Ronsini (UFSM) Paulo César Castro (UFRJ) Monica Maronna (UDELAR) Marina Poggi (UNQ) Gisela Cramer (UNAL) Eduardo Andrés Vizer (UNILA) Conselho Técnico Aline Roes Dalmolin (UFSM) Administrativo Leandro Stevens (UFSM) Liliane Dutra Brignol (UFSM) Sandra Depexe (UFSM) Serge Proulx Jairo Ferreira Ana Paula da Rosa (Organizadores)

MIDIATIZAÇÃO E REDES DIGITAIS: OS USOS E AS APROPRIAÇÕES ENTRE A DÁDIVA E OS MERCADOS

FACOS-UFSM SANTA MARIA-RS 2016 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Bibliotecária: Carla Inês Costa dos Santos – CRB 10/973)

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AS MASHUPS

ENTRE MEIOS E OS USOS: SUMÁRIO PRIMEIRA PARTE PRIMEIRA PARTE DOS USOS ÀS APROPRIAÇÕES DOS USOS ÀS TENSÕES ENTRE A CRIAÇÃO E O VAZIO: OS E O VAZIO: TENSÕES ENTRE A CRIAÇÃO PARADIGMAS PARA PENSAR OS USOS DOS OBJETOS OBJETOS OS USOS DOS PENSAR PARA PARADIGMAS E QUESTÕES DISPOSITIVOS: DOS MEIOS AOS ESTUDOS DE RECEPÇÃO EM CONTEXTO DE MUTAÇÃO DE MUTAÇÃO EM CONTEXTO DE RECEPÇÃO ESTUDOS COMO APROPRIAÇÕES DA IMAGEM JORNALÍSTICA EM JORNALÍSTICA IMAGEM DA APROPRIAÇÕES COMO DIFERIDOS E TEMPOS ESPAÇOS da Rosa Paula Ana COMUNICACIONAIS Proulx Serge PROPOSIÇÕES Ferreira Jairo DA COMUNICAÇÃO: RUMO A UMA QUARTA GERAÇÃO? A UMA QUARTA RUMO COMUNICAÇÃO: DA Proulx Serge DÁDIVAS E OS MERCADOS DÁDIVAS Ferreira Jairo da Rosa Paula Ana 71 59 41 17 11 – OS APRESENTAÇÃO 8 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 101 273 251 233 213 189 175 145 123 Thayane Cazallas doNascimento Dulce Mazer DISSIDENTES NOCENÁRIO POLÍTICO Marcelo Salcedo Gomes ESPERANÇA EMMICRORREVOLUÇÕES MIDIATIZADAS Edu Jacques OBJETO DEINTERVENÇÃO POLÍTICA Moisés Sbardelotto FLUXOS DECIRCULAÇÃO COMUNICACIONAL SOCIORRELIGIOSA DAS REDESDIGITAIS EMNOVOS Alexandre Dresch Bandeira Serge Proulx CONTRIBUIÇÃO Élida Lima CONTRIBUIÇÃO’ Manoella Neves MIDIATIZAÇÃO, DEMOCRACIA EPARTICIPAÇÃO PERSPECTIVAS PARA PENSAR ACULTURA DA AUTORES BOOKING.COM PERSPECTIVA SOBA DA ‘CULTURA DA CIDADANIA CONECTADO: EMUMMUNDO CENTRO DEMÍDIAINDEPENDENTE: AÇÕES DIGITAIS O INTEMPESTIVO DE2013,FIAPOS JUNHO DE A NARRATIVA FICCIONAL DEHARRY POTTER COMO O “CATÓLICO” EMRECONEXÃO: AAPROPRIAÇÃO DÍZIMO DIGITAL OS MEIOS,ADÁDIVA EOMERCADO SEGUNDA PARTE ONLINE SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 11 ------Mutação da

Os meios e os usos: Os meios e , numa iniciativa do Grupo de Pesquisa em Pesquisa de Grupo do , numa iniciativa Os seus fundamentos são as proposições de Serge de Serge são as proposições Os seus fundamentos Este livro é um dos resultados do seminário reali do seminário é um dos resultados livro Este entre as dádivas e os mercados e as dádivas entre mas também porque estas contribuições comuns são geradoras geradoras são comuns contribuições estas mas também porque do capitalismo do imaterial. regime no novo econômico de valor a construção de corpora, mesmo que as empresas proprietárias proprietárias que as empresas mesmo a construção de corpora, não bem-intencionadas estas contribuições dos sítios captem somente para os fins da constituição do corpus que controlam, corpus de conteúdos digitais (sítios de redes sociais, sítios co sociais, de redes digitais (sítios corpus de conteúdos utiliza Vários um paradoxo. emergir faz blogues, etc.) merciais, contribuir para aceitam, assim, maciça e voluntariamente dores Proulx de que, no universo da Web, a multiplicação de contribui da Web, de que, no universo Proulx à constituição de ou amadores profanos por utilizadores ções ticipação de Bernard Miège e Patrice Flichy. Este livro é um dos livro Este Flichy. Miège e Patrice Bernard ticipação de projeto. condensa este que compõem a série que três cas e tecnologias; a cultura da participação. O seminário se rea se O seminário da participação. a cultura cas e tecnologias; Digitais/ Midiatização e Tecnologias do projeto lizou no âmbito também com a par Estudos/CAPES, que contou Escola de Altos tros realizados com Serge Proulx, foram escolhidos, para este este para escolhidos, foram Proulx, com Serge realizados tros de capítulos: a recep no formato apresentados eixos, três livro, ção; a sobre reflexão os usos, práticas e apropriações das técni Comunicação: Emergência de uma Cultura da Contribuição da Contribuição de uma Cultura Emergência Comunicação: Digital Era na cinco encon Dos Sociais e Epistecom. Midiatização e Processos zado com Serge Proulx, no Programa de Pós-Graduação em de Pós-Graduação Programa no Proulx, zado com Serge da Ciências da Comunicação Unisinos, intitulado 12 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados boas interfaces para aspesquisasemcursosobre midiatização artigos dosautoresparticipantes. Essestemasoferecemnos social naperspectiva midiática–sãotambémabordados nos crítica docapitalismocontemporâneo eaanálisedoativismo Entretanto,outrosos temasdois realizadoseminário do a– oferecem àspesquisasemmidiatizaçãoeprocessos sociais. central destaescolhasedeve aopotencial epistemológico que ções dastécnicas etecnologias; acultura daparticipação.O apropria e práticas usos, os sobre reflexão a recepção; a los: para este livro, três eixos, apresentados noformato decapítu 1 os acessos, os usos, as utilizações,práticas eapropriações, in ção. Antes, porém, diferenciaas epistemologias eaportes sobre de articular asduaslinhagensde pesquisa, na área dacomunica mesmo que,neste artigo,comonoanterior, sugiranecessidade a tematizador, esse eixo sediferencia dos estudos de recepção, práticase apropriações da técnica edatecnologia. Tambémsis forma sistemática, entre pares. pedagógico emdizer formauma defazer avançarpesquisa, de a quisadores. Este talvezvalor oduplo deste é também capítulo: no contexto dapesquisaempíricaeagonísticaentre ospes fascinanteÉ verlinhagem depesquisasedesenvolvendo uma sucedendo, mantendo proposições, renovando outras, inovando. bertas metodológicas e casos investigados, as gerações vão se te movimento entre inferências teórico-epistemológicas, desco estudo sobre arecepçãopesquisa empírica.Numpermanen éa investigador. temporânea daspesquisas em recepção que acompanhoucomo do Seu artigoestánesteno Sul. livro, mesmo já tendo sido publica ter vindoantes, parater contato comaspesquisas desenvolvidas não lamentava que afirmou Proulx momento, determinado em perspectiva daspesquisas realizadas noNorte. No seminário, e processos sociais. 1 , por apresentar uma sistematização eproblematização con Revista O segundo eixoO érelativo aosacessos, usos, utilizações, de gerações como situa autor o que do condutor fio O O primeiro eixo se refere aosestudos de recepção na Dos cincoencontros realizados,foram escolhidos, Questões Epistemológicas , v. 1,n.2, p.83-91,jul.-dez.2013. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 13 ------O processo editorial foi configurado conforme lógicas Os capítulos de doutorandos e recém-doutores, aqui e recém-doutores, Os capítulos de doutorandos Com esta coletânea, buscamos registrar e realizar um e realizar Com esta coletânea, buscamos registrar Os participantes desta coletânea – pesquisadores, – pesquisadores, desta coletânea Os participantes O terceiro eixo é sobre a cultura da contribuição, no da contribuição, a cultura é sobre eixo O terceiro de e-book, com alguns elementos adicionais, relativos às redes às redes relativos adicionais, e-book, com alguns de elementos cias ao Seminário realizado; agonística com questões dos pro dos agonística com questões realizado; cias ao Seminário as para produtivas inferências midiáticos e midiatização; cessos pesquisas em curso. apresentados, foram escolhidos de um conjunto de artigos sub artigos de um conjunto de escolhidos foram apresentados, referên a partir de alguns critérios: metidos aos organizadores, nologias de informação e comunicação, de um lado, e processos e comunicação, de um lado, e processos nologias de informação midiáticos e midiatização, de outro. dos objetivos centrais deste projeto de cooperação acadêmica de cooperação projeto deste centrais objetivos dos da co da área as epistemologias para contribuir internacional: e tec ângulos de dois – técnicas municação o cruzamento com desenvolver essas articulações para a construção de casos de in essas articulações para desenvolver empíricos. vestigação dialogam com os cinco eixos a partir de perspectivas epistemo perspectivas a partir de cinco eixos com os dialogam e lógicas vinculadas a em tensões essa linhagem de pesquisa, casos, em muitos acima, procurando, articulações com os eixos doutorandos e doutores, e não vinculados aos gru vinculados – Sociais da Linha Midiatização e Processos pesquisa pos de nicação. Enfim, o que a movimenta comunicação não é apenas a da participa a cultura mas estratégias, e suas indústria cultural econômica. forma nova uma de se gerar ção, a ponto colocar a gratuidade como eixo das interações, o autor se coloca se autor o interações, das eixo como a gratuidade colocar da ci lógicas acentuadas pelas epistemologias entre no debate política lógicas destacadas pela e comu economia da bercultura análises da conjuntura atual como de um novo estágio do capi atual como de um novo análises da conjuntura talismo Esta – a economia da contribuição. contribuição original do dom. Ao antropológicas as discussões como referência tem ta-se audaciosamente com a perspectiva que herda a crítica do que herda com a perspectiva ta-se audaciosamente ambas num jogo de tensões, capitalismo, mas contextualizando subsidiar de no sentido inclusive superações, e contradições contexto de uma sociedade mercantil, em suas relações com a em suas relações mercantil, de uma sociedade contexto enfren Proulx Serge perspectiva, essa inserir Ao dom. lógica do dicando um quadro de autores que subsidiam as especificidades especificidades as subsidiam que autores de quadro um dicando de pesquisa. linhagem desta outra 14 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Terceiro, oacessoélivre. ser folheado oubaixado emarquivo PDF único, para consulta. dos artigos e do livro em seu conjunto. Segundo,olivro pode e inglês). Com esse formato,proposta a éfacilitarindexaçãoa revistaresumo online(título, epalavras-chave emportuguês digitais. Primeiro, os artigos são apresentados no formato de Professores pesquisadores doPPGCC – Unisinos Jairo Ferreira eAna Paula daRosa PRIMEIRA PARTE DOS USOS ÀS APROPRIAÇÕES

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 17 2 - - - (Canadá). Revisão da Revisão

, realizado em , realizado Serge Proulx Serge , epistemologia, , epistemologia, 1 “Mutação da comunicação: “Mutação da comunicação: internet ne Gutfreund e Vanise Dresch. e Vanise ne Gutfreund . E vou concluir com um debate sobre o sobre concluir com um debate . E vou ido por Stepha por ido École des Médias, Université du Québec à Montréal du Québec à Montréal Université Médias, des École quarta geração? recepção, prospecção, prospecção, recepção,

internet Neste Neste artigo, sobre reflito os estudos de recepção que tradução: tradução: Jairo Ferreira. Atualiza reflexões desenvolvidas por Serge Proulx no Estudos intitulado da Escola seminário de Altos digital” na era da contribuição de uma cultura Emergência abril de 2013. (França). ParisTech associado, Télécom Professor Professor Emérito, Emérito, Professor Este artigo foi traduz artigo foi Este Estudos de recepção em contexto de contexto em recepção Estudos de Studies on reception in a context of changing in a context Studies on reception communication: Toward a fourth generation? Toward communication: mutação da comunicação: rumo a uma comunicação: mutação da 2 Palavras-chave: metodologia. 1 futuro dos estudos da recepção. Nesse processo reflexivo, busco reflexivo, processo Nesse recepção. da estudos dos futuro em jogo. e metodológicos epistemológicos os recortes lhos sobre a recepção, para, no fim, pensar de forma prospecti à que estaria ligada de pesquisa, uma quarta geração sobre va da emergência desenvolvo. Vou começar com um breve comentário sobre a mi comentário sobre começar com um breve Vou desenvolvo. Em à recepção. é relacionada com a pesquisa, que nha história traba de gerações primeiras três apresentar lhes vou seguida Resumo: Resumo: 18 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados methodology. Keywords: sues atstake. cess I try to identify the epistemological andmethodological is proreflection this In studies. reception of future the on debate connected to the emergence andconcludewitha of the internet, prospectiveduce ina wayfourth a research generation,which is three first generations of works on reception. Afterwards I intro search history, which isrelated to reception.then discuss I the I have beendeveloping. Istartwithabrief comment onmy re Abstract: 3 grandeé a heterogeneidade de formas derecebertelevisão. a Ou etnográficaobservação primeira nesta surpreendeu me e sante interes é que O comunicação. de estudo de matéria em grafia mim eraforma uma de me aproximar destarealidade daetno uma observação de uma noite de televisão e 25 famílias. Para fazendo etnográfica, observação uma estudantes, de grupo um do trabalhei mais precisamente sobre a recepção, foi, junto com flexões atuais). perspectivado problemada contribuição(tema deminhasre o sobre questões específico em digital, meio teressando-me particularmente poressaquestãodaculturano últimos anos,voltei aestaquestãodos usos, da participação,in menos a partir dos anos 2000 até agora, àtelevisão global.Nos mais de formatidiana, prospectiva. Na décadade90,dediquei-me, dediquei-me a investigar usos da microinformática eavidaco do Articulações epistemológicas: entre arecepção e os usos

ponto devistadapesquisaemrecepção. Entre 1980 e1990,

especificamente, à recepção da televisão local. E, mais ou mais E, local. televisão da recepção à especificamente, Essas reflexões têm como referência as perspectivas teóricas e metodológicas e teóricas perspectivas as referência como têm reflexões Essas nhas reflexões comtudoqueaquifoi feito naesfera dosestudos derecepção. Certament da recepção no“Norte”. Nãoconsideram aspesquisas desenvolvidas no Sul. A primeira experiência que desenvolvi, em1990, quan Começo falando sobre meu itinerário de pesquisador, In this article I reflect on the studies on reception that reception, prospection, epistemology, internet, 3 e, setivesse vindo aoBrasilhá 20 anos,teria enriquecido muito mi software livre, na ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 19 ------es

televisão estava ligada na sala, na ligada estava televisão

Tentei, depois, passar para uma pesquisa supervisiona uma pesquisa para passar depois, Tentei, Em seguida, nossa segunda etapa de pesquisa foi um segunda etapa Em seguida, nossa de pesquisa foi tradição dos depoimentos, dos comentários de vida. Esse tipo de de comentários dos depoimentos, dos tradição tentar para na sociologia, por exemplo, desenvolvido estudo foi de depoimentos de práticas. Nesse momento, tentei introduzir introduzir tentei momento, Nesse práticas. de depoimentos de às minhas em relação no plano metodológico, novo um elemento abordagens de observação etnográficas, tentando me situar na da em três anos (1992-1995). Essa pesquisa combinou, ao mes Essa pesquisa combinou, ao anos (1992-1995). da em três – e recolhimento de 600 famílias sondagem – cerca mo tempo, lado artificial dessa situação, os limites importantes do trabalho trabalho do importantes limites os situação, dessa artificial lado de observação. um determinado momento, a mulher decidiu ir ao seu quarto quarto ao seu ir a mulher decidiu momento, um determinado Ela fazer. que o sabia não observadora minha a e filhos, seus com o mostrar para isso Acentuo da porta e observou. perto sentou dora. Então pensamos que seria melhor uma que um melhor mulher do que seria Então pensamos dora. uma era Isso família. com a dias três esses passar para homem de uma anedota, em falar situação um pouco delicada. Só para que era necessário mandar uma observadora mulher, não ho mulher, mandar uma necessário observadora que era saía da casa homem o momento, um determinado em mem, pois, e então sua esposa e os filhos ficavam sozinhos com a observa ficou três dias, chegando pela manhã e ficando até a noite. Ela a e da importância família dessa o cotidiano observar tentava foi que observei coisa a primeira nela. Evidentemente, televisão Disseram Disseram que parecia um pouco superficial ficar somente uma três em a observação fazer uma em eu tentei Assim, casa. noite uma família, até foi Uma pesquisadora (1991). dias seguidos televisão. televisão. etapa. dessa primeira críticas acerca em que eu recebi momento tavam falando sobre o que tinham visto na televisão, mas dis na televisão, o que tinham visto sobre falando tavam mim uma para Então cômodos. foi isso cutiam nos outros isso de consumir a diferente uma forma que havia ver revelação: grande circulação de pessoas, e, quando as pessoas chegavam à as e, quando chegavam pessoas pessoas, de circulação grande sala (com a televisão ligada), elas davam uma olhada, ficavam que elas e, em seguida, saíam. E observamos alguns minutos por exemplo, em uma casa, que a em uma exemplo, por outras em ninguém na sala. estavam As pessoas havia mas não A casa tinha uma na etc.). cozinha, peças da casa quartos, (nos seja, seja, finalmente a imagem clássica de uma família sentada no Observamos, minoritária. absolutamente era a TV olhando sofá 20 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados questões sobre atelevisão. Ese por acaso atelevisão nãoera soa nos falar dasuafamília eesperávamos queaparecessem as mília”. Nósnãofalávamos datelevisão, masdeixávamos apes A palavra-chave noprimeiro encontro era “Fale-nos desuafa que entrevistamos.duravam Elas entre duasetrês horas cada. dirigidas. bastante livres,de entrevistasquantidade semoucompouca do recolhimento dedepoimentos depráticas,com entrevistas quisa, tentei me concentrar noquepodemos entender a partir entender como acontece uma vida específica. No caso desta pes entrevistas individuais profundas e encontros degruposfocais. de metodológica destapesquisa foi a possibilidade de combinar consumir a televisão e o seu modo de intervenção. Aoriginalida de modo seu o sobre refletir tentar para deles privada vida na consumir as mídias desses militantes.seja, tentamos Ou entrar das mídias.Desejávamosquestão observarera qual o modode tes que,emsuas práticasmilitantes, estavamenvolvidos coma recepção. Trabalhamoscom umgrupode cerca de 20 militan interface entre atradiçãoe estudos dosestudos de de política sante um programa imaginar de pesquisa que estivesse numa especialista emestudos políticos. Pensamos que seria interes o meu programa de pesquisa sobre a recepção com um colega, pessoas que falaram pesquisa usando o modo “grupo focal”, reunindo cerca de 10 nos, portugueses que seestabeleceram emMontreal.Fiz uma “comunidades etnoculturais”, os vietnamitas, haitianos,italia material comoqueríamos. esse exploramos Não etc. avós, filhos, famílias, nas todos mos relaçãotelevisãocom a quatro em gerações, poisentrevistáva deste material.Tínhamos ummaterial quenospermitiufalarda me permitiucontinuar.lamentoeu Então porcausa paratudo isso, mas tivecoletar problema um técnico quenão mas nãoescrevi um livro quedeveria ter escrito. Levei três anos a recolher um material muito rico. Eu escreviaartigos, alguns visão?” e,apartirdisso, começávamos aentrevista. Começamos perguntandomaior lembrançasua é a “Qual sobre ousodatele abordadaprimeira na entrevista, começávamossegunda já na A minhapesquisa seguinte (1995-1996) foi sobre as entrevistasresumo,duas Em pessoa fizemos cada com

sobre seu consumotelevisivo. Continuei

da riqueza da ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 21

------e,

social, web mais o campo do

digitalização e mun digitalização e

emergência de um novo “sujeito comu “sujeito um novo de emergência

Vou abordar agora o lugar dos estudos de recepção na estudos de recepção dos o lugar agora abordar Vou Procuramos, de um ponto de vista epistemológico, vista epistemológico, de um ponto de Procuramos, Encerrei meu programa sobre os estudos de recepção os estudos de recepção sobre meu programa Encerrei sional do público como uma como massa, massa homogênea, sobre diretos efeitos teriam imagina-se que as mídias portanto, história das pesquisas em comunicação. Até os anos 40, no ní anos 40, os em comunicação. Até das pesquisas história uma visão unidimen em comunicação temos pesquisas das vel Contexto teórico Contexto nicante” no contexto da convergência entre da convergência contexto no nicante” a esse ponto. dialização. Voltarei mologia da comunicação no momento atual. Termino aqui mi atual. Termino mologia da comunicação no momento derivada central a hipótese explicitando trajetória nha própria há uma percurso: desse que chamamos de emergência de novos sujeitos comunicantes. comunicantes. sujeitos de novos que chamamos de emergência programa no meu próprio assunto, a este voltar gostaria de Eu de pesquisa atualmente, se de tivesse refletir sobre uma episte dos espectadores e o sentido da apropriação do objeto técnico. técnico. objeto do da apropriação sentido e o espectadores dos com o a que ia acontecer É como se prefigurássemos o Publicamos alguns sobre artigos que ainda não tinha surgido. criar uma imagem especular entre as imagens das expectativas imagens das expectativas as uma criar imagem especular entre simbólico. E na segunda tradição (usos), estamos mais ligados à estamos mais ligados (usos), simbólico. E na segunda tradição Então, há uma dupla articulação técnico. do objeto apropriação o simbólico e o material. entre der as interpretações das mensagens. E estudos sobre os usos, os usos, das mensagens. E sobre estudos as interpretações der Na pri técnico. do objeto a apropriação perceber que tentam interessa-nos a recepção, sobre tradição, meira gem das mídias, de dupla articulação. Em outras palavras, nossa palavras, dupla de articulação. gem das mídias, outras Em sobre estudos de pelas tradições está contextualizada pesquisa enten quando busca a recepção, Sobre usos. os sobre e recepção com uma pesquisa mais epistemológica, de três anos, que anos, reali de três com uma mais epistemológica, pesquisa abordar algo que vou explorar Tentamos colega. com outro zei chama, na lingua se artigo, que neste adiante mais um pouco ram abordadas na entrevista individual. Foi muito interessante interessante muito Foi individual. na entrevista abordadas ram essa pesquisa. O que nós descobrimos foi que as mesmas pessoas, entrevista pessoas, mesmas que as foi O nós descobrimos que fo que não novas diziam coisas focais, grupos dos das no âmbito 22 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados gens provenientes damídia,eestes líderes podem,assim,con duas etapas, em que há líderes de opinião que filtram as mensa delo teórico de “duas etapas”, onde a comunicaçãose daria em Columbia. co queexistem três cristalizações teóricas acerca daescolade diante dasmensagensdamídia. autonomiauma sição, postula relativa do indivíduo, doreceptor sob este público.Foi nos anos 40quesurgiu aescolade Columbia, o marco sãoostrabalhosda EscoladeFrankfurt, quepropõem crítica. Podemos afirmar que foi tradiçãona positivistade daescola importante observar queos estudos de recepção surgiram tanto ções privadas). Gabriel Tarde: amídiaoferece umcardápio para asconversa ajudá-los ainterpretar asmensagens(sugerindoumretorno a e quevão buscardentro dasuacomunidademateriais para divíduos queseconstituemcomocomunidadeinterpretativa sar maispelainterpretação dosconteúdos porparte dosin midiática. faziamse estavamídias, não com as caixa-pretaabrindo a ainda pessoas as que pelo interessando-se Mesmo superfície. na cia permane e limitada muito era gratificações e usos de corrente tras correntesde estudos, porque, digamos, sepercebeuque a 2006), falodessa corrente. Apartirdessa corrente surgiramou Na minhaobra com asmídias”,que asmídias fazem enão“pelo para aspessoas”. talvez devessem se interessar mais “pelo que as pessoas fazem dando-se conta dequetalvez fossem autocrítica, uma fizeram e feito tinham já eles que o sobre ram debruça se Columbia de pesquisadores Os gratificações. e usos o Twitter. antigo, pode ser retomado nas reflexões sobre as mídias e sobre duzir os “seguidores”. Éinteressante queeste modelo,jámuito

a liderança de PaulLazarsfeld. escola seinsere Esta emopo Aqui éimportante falarda tradição mais crítica, pois é Com osestudosderecepção, passamosanosinteres A segunda cristalizaçãoteórica foram ascorrentes de A primeira cristalização teórica se deu em torno do mo Escrevionde expli umartigocomdemeusalunos Sociologia daComunicação

principalmente nacrítica. Aqui,

Columbia, quantoColumbia, natradição

muito “mídia-centrados” e ( BRETON; PROULX ------, Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 23 ------por

aprofundar

estudos de con de estudos

a partir de Birmingham, essa a partir de Birmingham,

se concentrar mais na decodificação, como se o

Houve Houve uma concentração na questão da decodifica Paralelamente, nos anos 60 surgiram os centros de es de centros os surgiram nos anos 60 Paralelamente, Até os anos 70, as análises críticas se voltaram muito muito voltaram se críticas as análises 70, anos os Até ideológicas e contradições, mas a Escola de Columbia e a Escola ideológicas e contradições, fas É bastante estão no mesmo terreno. de Estudos Culturais capítulo, sobre o lugar dos estudos de recepção no conjunto da conjunto no recepção de estudos dos o lugar capítulo, sobre de uma que falei dos estudos de comunicação, dizendo história tensões que existem Veremos de perspectivas. convergência ção, e foi David Morley, um sociólogo britânico, que, em 1978, britânico, um sociólogo Morley, David foi ção, e proposta a recepção sobre pesquisa de a realização iniciou segundo aqui o que chamei de Stuart Hall. encerrar Gostaria de mente em consideração. mente na verdade, o que aconteceu é que, que aconteceu o na verdade, iria perspectiva completa levado sido de Stuart Hall não tivesse modelo teórico dias, precisamos descrever os processos de codificação no ponto ponto no codificação de processos os descrever precisamos dias, tam pensar, em que devemos ao mesmo tempo de produção, bém, os processos de decodificação na recepção. Destaco que, recepção. Stuart Hall nos propôs, então, em 1973, um modelo de um modelo 1973, então, em Stuart propôs, Hall nos recepção. diz nos Ele mídias. das análise a para decodificação e codificação pensar a função ideológica das mí realmente, quisermos, que se da função ideológica tinha sido tratada ora por estudos sobre as sobre por estudos ora da função ideológica tinha sido tratada por jornalistas, ora os sobre redação, salas de de lado o polo da de mídia, sendo deixado dos produtos teúdo abalar essa tradição crítica dizendo que, na verdade, a análise da que, na verdade, dizendo crítica abalar essa tradição também, das mídias passa, função ideológica por uma conside então, a questão até porque, Isso recepção. de das práticas ração tudos culturais de Birmingham na Inglaterra, mas só entre 1973 mas só entre na Inglaterra, de Birmingham tudos culturais iria Birmingham, de tradição Stuart dessa Hall, e 1975 o líder mos, vamos ver que Adorno tinha preocupações relacionadas relacionadas tinha preocupações que Adorno ver mos, vamos tempo mas ele nunca teve telespectador, do com uma história isso. realmente desenvolver para turais, análises ideológicas do discurso midiático. Porém, o polo o Porém, midiático. discurso do ideológicas análises turais, que É claro ignorado. relativamente permanecer vai da recepção Se nos aí uma visão um pouco caricaturada. temos mais para o polo dos emissores. Fala-se, então, de concentração então, de concentração Fala-se, o polo dos emissores. mais para cul indústrias das da dominação Fala-se mídias. das econômica uma crítica da cultura de massa. A cultura de massa é vista como massa. A de cultura uma crítica da cultura capitalismo. do ideológica, própria de alienação mecanismo 24 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados também vamostambém ver o desenvolvimento de toda uma corrente da crítica literária, àcultura literária, àestética. Com essa corrente nheço muito poucoestaterceiracorrente: que diz arespeito à menos umartigo. corpus livro para escrever sobre o tratamento diferenciado do mesmo um Teríamos fascinante. É Dallas. televisiva série da dificação pesquisadores, nas duasescolas, quetrabalhamsobre adeco epistemológicadizendo acabam a mesmacoisa.Encontramos cinante observar queduasescolas em situaçãode contradição oeo atno e rs eais pseoóio qe foram que epistemológicos desafios três de partindo modelo este Apresento mensagens. das interpretação da e codificação pesquisas queabraçariam aquestãodarecepção? seja: serágeraçãoquarta poderíamos uma que não imaginar de ou atuais, reflexões minhas de diretriz linha da falarei capítulo através dasquaissepensou,atéa recepção. então, Enoquarto mais epistemológica.diria. Ou Epõeemxeque construtivista,eu terceiramais a é geraçãoE etnográfica.forma é muito importante, eé também contexto o mas decodifica, se como Tenta-seentender cotidiana. Essa segundageração écrítica em relação àprimeira. tenta entender os usos das mídias nos seus contextos da vida a daqui pouco apresentar Vou decodificação. em competência uma recepção. comunicação. Descreverei as três gerações de trabalhos sobre a e informação da ciências das campo no especificamente mais e vidos tanto no terreno das ciências humanas quanto das pelo menos,dos As três gerações depesquisa emrecepção há, aí,umamatéria deconvergência comocampodaliteratura. gar aUmberto Eco. Mas érealmente interessante observar que estéticada recepção. Eudiriaque isso pode seconectaraté che

por pesquisadores opostos; talvezlivro,um não pelo mas esta primeira geração.geração Asegunda que é aquela A primeira geração se debruça asobre a questãodade primeiraA os telespectadoresque postula delas têm Vou passaragorafalara da sociologiarecepção ou, Gostaria deacrescentar aquique,pessoalmente, co

estudos de recepçãocomo foram tal desenvol

preciso descrever o contexto deuma

certas categorias

sociais, - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 25 ------do

das teleno

analisaraquilo

ela respondeu negativamente. negativamente. ela respondeu

um exemplo de enredos de um exemplo

O terceiro desafio é articular a recepção com uma prag uma com recepção a articular é desafio terceiro O O segundo desafio é em perceber, toda a sua comple O primeiro desafio epistemológico é distinguir entre o na sua vida cotidiana? Será que isso implica, envolve certa moral moral certa implica, que isso envolve na sua vida cotidiana? Será cer em contidos morais princípios na vida cotidiana? Existem soas. Isso parece ser muito interessante. Entender, não somente não somente Entender, interessante. muito ser parece Isso soas. mas também que ela o que ela vê, o interpreta pessoa uma como com a telenovela na sua vida cotidiana. O que ela faz isto com faz mática, não necessariamente no sentido filosófico, mas no senti no mas filosófico, sentido no necessariamente não mática, É saber da comunicação. de uma pragmática do pes cotidiana das na vida induzem recebidas que as mensagens texto e leitor. e leitor. texto aquilo que se vê, que é considerado como texto, e o telespecta como texto, que é considerado aquilo que se vê, uma contribuição dos Esta foi o leitor. que é considerado dor, de termos em polos dois os definir tentar para Culturais Estudos xidade, a relação entre o texto e o leitor. Este texto no fundo texto Este e o leitor. o texto entre xidade, a relação nessa principalmente recepção, de estudos os que significa texto a mensagem, entre postulam uma interação geração, primeira estudos de recepção em distinguir e conseguir descrever as prá descrever em distinguir e conseguir recepção de estudos de um desafio. realmente ticas. Trata-se velas. Ela estava muito a par do que estava acontecendo nestas acontecendo a que estava par do muito Ela estava velas. a declaração entre um hiato que havia Observa-se telenovelas. nos epistemológica uma preocupação Há realmente e a prática. interesse interesse público, enfim. Como a entrevista foi muito longa, em ou de no momento espontaneamente, a pessoa, momento dado acabou dando pergunta, tra soa dizia a si mesma: “Não é bom que eu assista a telenovelas”. soa dizia a si mesma: “Não é bom que eu assista a telenovelas”. dela, e então na mente estava Isso de de informação, mais sérios Ela a que assistia programas disse mances, que aqui vocês chamam de telenovelas. Perguntou-se a Perguntou-se chamam de telenovelas. vocês mances, que aqui respon a pessoa E aos telerromances? assiste Você esta pessoa: legitimidade. A pes então, uma questão de deu que não. Havia, das minhas pesquisas, uma das minhas observadoras estava fas estava uma pesquisas, das minhas observadoras das minhas o entrevistado entrevista, uma longa durante cinada pelo que, telerro em Quebec de que chamamos do respeito a dito havia que as pessoas dizem e aquilo que elas fazem, distinguir as de distinguir fazem, e aquilo que elas dizem que as pessoas ocasião de uma de que, por Lembro-me das práticas. clarações definidos definidos por Sonia uma Livingston, britânica pesquisadora im nessa perspectiva. portante 26 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Decodificação einterpretação demensagens– de pertencimento edebiografias específicas. ção das interpretações e das significações em relação aos grupos seus filhos? O último desafio é explicar a diversidade e distribui exemplo, sobretudo nasconversas tos enredos não compartilha absolutamentenão compartilha desse código. Um exemplo,evi pretante opõe o seu próprio código à codificação dominante. Ele negociação. função dassuasconvicções, vê outra coisa. Há realmente aíuma uma negociação;elecompreende a mensagem, mas,talvez em coisas assim e achaque os patrões precisam ainda avançar. Há ma. E,noponto de recepção, o sujeito interpretante não vê as de queospatrões conseguiramse esforçar eresolver oproble trões e sindicatos, e há algoimplícito na mensagem,queéo fato pa entre conflito um apresenta nos televisão de programa Um a adapta e dominante codificação à relação em desvios negocia pretante de umponto devistadateoria dacomunicação. há umaconformidade. Poderíamos dizer que hácompreensão que éenviada,é eela ponto daemissão,intençãohá uma eseconstróimensagem uma e ingleses chamam de Estamos aí numa figura de leitura prescrita, o que os americanos jeito interpretante se conforma com a decodificação dominante. de oposição. Noprimeiro caso, na práticade conformidade, o su formidade, outraem termos de negociaçãoeoutraem termos con de termos em decodificação uma Há mensagem. da ficação entredistinção queeleestabelece é a Hall três tiposde decodi tando omodelodeStuartHalleostrabalhos deDavid Morley. realizadosbalhos pelospesquisadores deBirmingham, apresen primeira geração

No último caso, napráticaNo último de oposição, o sujeito inter A segunda prática é a danegociação.Osujeito inter O interessante noquediz respeito aomodelodeStuart Eu gostariaagora de aprofundar um pouco mais os tra à sua significação. Vejamos um exemplo de emissão: de exemplo um Vejamos significação. sua à

das telenovelas que vão ter uma repercussão? Por

a mesmamensagemqueérecebida. Então preferred reading

que estapessoa pode ter com . Emoutras palavras, no ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 27 ------que estão na

preferred rea preferred ? Sempre há a possibilida ? Sempre ao trabalho de David Morley: Morley: de David ao trabalho

ao fato de que até mesmo os ricos têm têm ricos mesmo os de que até ao fato

preferred reading preferred tenta observar do que se trata. do que se trata. observar tenta

. É um programa que trata de temas que trata . É um programa Quanto à primeira etapa, a metodologia da equipe da equipe a metodologia etapa, à primeira Quanto É interessante observar que desde o início, em 1978, a 1978, em o início, que desde observar É interessante Agora, nos direcionamos Agora, pública, mas de uma forma de entretenimento da tele entretenimento de pública, uma forma mas de

Se refletirmos a partir daí, vemos um paradoxo. Porque, também um sujeito interpretante. Então, temos aí uma questão aí uma questão Então, temos interpretante. também um sujeito epistemológica. no fundo, com que direito a equipe de Morley pode dizer que pode dizer que a equipe de Morley no fundo, com que direito ou aquilo é o isto o pesquisador é palavras, Em outras leitura. outra de de ver de Morley consiste em tentar entender do que se trata, e esta e esta do que se trata, entender em tentar consiste de Morley é a chave com a qual eles vão poder definir ding. o entender a hegemonia. entender ma, os pesquisadores se perguntam sobre aquilo que o progra sobre perguntam se pesquisadores ma, os a ideia como óbvio; aquilo que é tomado dizer, ma não precisa é uma ideia fundamental para como evidente de algo tomado equipe de Birmingham tem uma preocupação em relação à cate em relação uma preocupação tem Birmingham equipe de o progra o que diz perguntar se de Em vez da hegemonia. goria ção da sua origem. Esta é a hipótese dele. De um ponto de vista De um dele. ponto ção da sua Esta origem. é a hipótese semiótica a organização sobre trabalhar ele vai metodológico, da mensagem. Ele de nível de escolaridade, de tipo de emprego dos telespectado dos emprego tipo de de escolaridade, de nível de res explica o seu modo de construção dos significados. Eles vão fun em falei, quais dos decodificação de tipos os então, escolher, visão BBC. E vai privilegiar um programa especial do orçamento orçamento especial do um programa privilegiar BBC. E vai visão britânico. A pesquisa vai tratar do programa especificamente. de que a inscrição social, em termos a hipótese Ele considera e trabalha sobre um programa de entretenimento chamado chamado entretenimento de um programa sobre e trabalha Nationwide agenda partir de outro código, a partir de outro registro. registro. código, a partir de outro partir de outro Stuart por Hall pesquisa proposto de o programa ele realiza Observem que é outro código, ao passo que a mensagem do pro mensagem do que a ao passo código, é outro que Observem ligada Dallas era grama problemas. Mas a decodificação, neste caso, é totalmente feita a levisão. E o talibã está assistindo a este programa. “Bom, E diz: aí programa. talibã E o a este está assistindo levisão. pro neste apresenta que se americana burguesia está a grande ocidental”. a civilização abater devemos É que por isso grama. dentemente radical: estamos no Afeganistão numa barraca, há numa barraca, no Afeganistão estamos radical: dentemente Dallas série e é a na está passando que te ligada, uma televisão 28 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados desenvolvem práticas diferentes em termos de conformidade, destestalhes grupos. determinados grupos. Vou apresentar,de pouco, alguns daquia tes, depessoasqueelesconhecemnossindicatos econstituem suas rotinas depesquisas, vão buscarisso do ladodos estudan que éfeita aostrabalhos de Morley: não émuito sistemático. Em tuídos nessa definição é um pouco fantasioso. Esta é uma crítica mostrá-laa estes modo grupos.Ocomoestes grupossãoconsti passa-se a imagemdiferentessegunda etapa, grupos, euvou primeiraeu tento etapa entendermensagem. Na o queestána provenientes declassesoperárias produzem tanto práticasde zem leituras emtermos de negociação e queostelespectadores diz que ostelespectadores que provêm daclasse média produ de Morley do que ele próprio confirmou. A título de exemplo, ele hipóteses as mais portanto, confirmando, coerência, maior trar revistablicado na trabalhoque foiestatístico apresentadopu está que artigo num reconstruí-los em termos de categorias fezestatísticas. Ele um Morley e desconstruiu completamente todos os materiais para as estatísticasdecidiu realizar uma releitura dos estudos de das hipóteses. volverleiturasconfirmação diferentes.não uma temosaí Então, que indivíduos de um mesmo gruposocioeconômico vão desen mente, forma de uma simples, a posturas socioeconômicas por realcorresponder podem não decodificação de práticas as que discurso. no discurso; eles não conseguiram e ficaram indiferentes a este dantes negros, donível pré-universitário, nãosereconheceu estu por formado grupo último um fim, por E, negociação. de dos sindicatos vai produzir leituras emtermos deoposiçãoou truir práticas emtermos denegociação.Jáogrupoproveniente tudantes daárea daeducaçãoouestudantes deartes, vai de práticas deconformidade. Outro grupo,constituídopor es por executivosmado de empresas constrói leituras em termos negociação ouoposição. Em 2004,Em umsociólogo particularmente voltadopara As conclusões de Morley em 1980 o levaram adizer O queconstatamos,porexemplo, équeumgrupofor Em suma,para retomar ametodologia de Morley, numa Cultural

Ele tentaEle saber seestes diferentes grupos

Studies de2004. Conseguiu encon

cons ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 29 ------os norte-americanos da os norte-americanos

. E o terceiro tipo de resu tipo de . E o terceiro uma leitura maior em termos de termos maior em uma leitura

kibutzim , 1993) foi a seguinte: constituíram pe constituíram a seguinte: foi , 1993) KATZ

Columbia. Na linha de Columbia, a estratégia meto a estratégia Columbia, Columbia. Na linha de LIEBES;

O primeiro deles é que o sentido de um texto não faz não faz deles é que o sentido de um texto O primeiro Dentro desta primeira geração de pesquisa vou abor de pesquisa vou geração primeira desta Dentro Os resultados destacam três maneiras de resumir: uma resumir: de maneiras destacam três Os resultados Passo agora aos trabalhos realizados mais na linha da mais realizados trabalhos aos agora Passo os produtores desejaram apresentar. No grupo de árabes e árabes grupo de No apresentar. desejaram produtores os

parte integrante do texto. Isso diverge da semiótica. Seria in Seria da semiótica. Isso diverge do texto. integrante parte se a vermos então, estabelecer um diálogo para teressante, cia alguns postulados que estariam presentes neste modelo neste cia alguns que estariam presentes postulados texto-leitor. dar agora a perspectiva conhecida como texto-leitor. Nessa, é Nessa, conhecida como texto-leitor. a perspectiva dar agora uma que fez de Daniel Dayan, trabalhos os abordar interessante Ele anun do que chamamos de modelo texto-leitor. explicitação prática opositora. Esses são os russos. Esses opositora. prática Califórnia e residentes em e residentes Califórnia nos apresenta mo, o temático, da mais aproxima que esta se aqui eu diria e ideológica, crítica concentrando-se em determinadas personagens, chegando até até chegando personagens, em determinadas concentrando-se casar que pensam que um vai dizendo a narrativa a antecipar são assim. Esses coisas com o outro, marroquinos marroquinos identificamos esse modo. O segundo modo de re familia mais pessoas por usado foi segmentado, o modo sumir, então, personagens, que resumem, os com a com rizadas série, midade: vamos buscar os estereótipos que são propostos, e se que são propostos, estereótipos buscar os vamos midade: àquela semelhante bastante de uma forma o episódio resume que maneira linear, uma maneira segmentada e uma maneira temá uma maneira segmentada e uma maneira linear, maneira de confor na prática linear nos insere de forma tica. Resumir visto. Estas famílias pertenciam a grupos que foram divididos de divididos que foram a grupos pertenciam Estas famílias visto. os observar mas é interessante um pouco fantasiosa, uma forma resultados. Eles assistiam à televisão através de videocassete, ao programa ao programa videocassete, de através Eles assistiam à televisão com as entrevista uma longa fazia o observador Dallas, e depois o que tinham elas resumiam saber como para pessoas quatro quenos grupos formados por um casal, ou marido e mulher, e por um casal, e mulher, ou marido formados quenos grupos casais. a casa destes ia até O observador amigos. um casal de mais o observador. casais dois os cinco pessoas: Então havia Escola de ( dológica conformidade quanto práticas de oposição. Observem, então, então, o Observem, de oposição. práticas quanto conformidade desvio. 30 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados O terceiroO há maisrazãonão postulado éodeque para que um leitor, eédestaforma quepodemosfalar deinterpretação. podem seatualizarnosleitores. Então,otexto éativado por as estruturas dotexto sãoapenasvirtuais,nosentidode que de interpretação quesejaprivilegiado peloanalista.Portanto, textual quepassapeloabandonodetodo equalquermodelo segundo postuladoéarecusa deumaanáliseexclusivamente o sentidodeumtexto nãofaz parte integrante deumtexto. O externostexto.ao recepção,de estudos Nos considera-se que te integrante dotexto ouseháfragmentos desentidoquesão semiologia considera queosentidodotexto é recepção. cia damídia, devemos tambémlevar em conta oprocesso de za quanto à influência. Se quisermos trabalhar sobre a influên conteúdos damensagem, nãopodemosdaíinduzirumacerte concertarmos nos se que significa das mídias.Aísetrata dequestões epistemológicas, poisisso influência a sobre reflete se quando consideração em levado o trabalho deinterpretação damensagemquevai ter deser atribuídos àtelevisão. cadeias causaisqueconduzemaosdiferentes tiposdeefeitos tenções dosautores, queservem depontos departidapara as in as menos muito e si, em texto o não e significações, estas ções dotexto seconstituem pelosmembros deumpúblico;são significa as que em momento um como recepção à refere se possamos desenvolver umainterpretação. Osexto postulado nos fornecem apoioscognitivos quenosdãosuportes para que res comoutras pessoas,comasquais está ligada aofato decompartilharvisõesmundoevalo comunidades interpretativas. Umacomunidadeinterpretativa constrói numcontexto queécaracterizado pelaexistência de tei anteriormente. Oquinto postuladoéodequearecepção se propostos significados pelo texto. Ésimplesmente umaconsequênciadoqueapresen os subvertendo ou rejeitando texto, mas elepodeaindaresistir àpressão ideológicaexercida pelo só retirar dotexto interpretações inesperadas para oanalista, não pode espectador o postulado: Quarto codificada. foi como modo do decodificada automaticamente seja mensagem uma Resumindo estafase, umtanto longa, eudiriaqueé

em fazer umaanálisedos

nos identificamos, e que e identificamos, nos

realmente par ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 31 ------dos

assistiam a etnográficas abordagens Como, então, os praticantes inventam, de uma manei inventam, Como, então, os praticantes Michel de Certeau foi um precursor destes estudos. destes um precursor foi Michel de Certeau A segunda geração de trabalhos sobre a recepção, a que a recepção, sobre de trabalhos A segunda geração estratégia. Mas não é a distinção habitual encontrada nos tra Mas não é a distinção habitual encontrada estratégia. um subconjunto a tática onde é simplesmente tados militares, rio comum pode ser um criador cultural. Não é simplesmente o Não é simplesmente cultural. um criador ser comum pode rio um midiática ou de uma metralhadora de passivo receptáculo tática e a distinção entre midiático. Ele introduz bombardeio de evidenciar o fato de que os usuários comuns desenvolvem comuns desenvolvem de que os usuários o fato de evidenciar que o usuá Ele reconhece cultural. criatividade uma verdadeira páginas sobre a televisão, em que se pergunta o que o consu que o o pergunta em que se a televisão, páginas sobre que é simbólico material esse com todo fabrica cultural midor ele, é um que modo, para pelas mídias. Observamos fornecido imenso pensador, um historiador, psicanalista, teólogo, e se in psicanalista, teólogo, um historiador, pensador, imenso ele, para secundária pela comunicação de uma forma teressou mas para nós isso é o principal. Ele refletiu, escreveu algumas praticantes. praticantes. é um E Michel de Certeau astúcias, improvisações? próxima, ra dores que desenvolveram esta geração de pesquisa, em termos de pesquisa, em termos esta geração que desenvolveram dores pessoas de criatividade pela interessou se porque etnografia, de usuários de os usuários. Ele chama estes comuns, reconheceu processos reais de recepção. de recepção. reais processos pesquisa os para uma referência rapidamente, Ele tornou, se tir da constatação destes limites, os pesquisadores que inicia pesquisadores os limites, tir da constatação destes ao contrá preciso, que era pensaram geração esta segunda ram rio, fazer um trabalho de descrição minuciosa, etnográfica, um videocassete; então observamos aí um lado artificial, pois é A par da recepção. reais das condições afastado um dispositivo telespectadores, e o fazia na universidade no sábado de manhã. na universidade e o fazia telespectadores, manhã para de no sábado Então, à universidade iam as pessoas Já com Katz, elas audiovisuais. a assistir documentos primeira geração tinham seus limites. Descrevi anteriormente anteriormente Descrevi limites. tinham seus geração primeira com que as fazia o modo como de Morley, o modo de trabalhar de os grupos Ele convocava um programa. a assistissem pessoas diz respeito às abordagens etnográficas, está relacionada ao fato fato ao relacionada está etnográficas, abordagens às respeito diz da que os trabalhos perceberam de que alguns pesquisadores – Segunda geração 32 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados nográficas narecepção. fonte teórica para aquelesquetrabalhamcom as abordagens et culturalque noséproposta de Certeau porMichel vai ser uma controlamas mídias.Observamos quetoda essaantropologia às estratégias dos grandes atores industriais. Essas estratégias lizar, vão adotar, para tentarem manter certo poder em relação ção ede astúciassão,todastáticas elas, comuns, aosconsumidores.de desvio, Astáticas deimprovisa Certeau,se opõe atática à estratégia, diz respeito aos usuários que ilustram,que fazem estratégia. funcionara Para de Michel da estratégiatem –alguém estratégia uma edesenvolve táticas Nestes trabalhos foram feitas descrições minuciosas do contex gráficas está nos trabalhos sobre os usos familiares da televisão. argumentos eprodução deopiniãopúblicalocal. sociedade. Podemosna observaraumentoum quehá globalde Mas depois se começa a refletir sobre o lugar que a beleza ocupa realmenteútil? isso é é: perguntarealidade, a na e, nariz, o ficar do fato de desejouque alguém umacirurgiapara plástica modi do lugar dabelezanasociedade. Agente vê, então,quese sobreprograma, o conversae, aospoucos,nesta surgequestão a cirurgia E,noinício, começamconversas, plástica. inofensivas, véspera.na Todas estão conversando de manhã sobre oprogramaa queassistiram exemplo:Um local. pública estamos noescritório pessoas eas nos apresenta umcasoemquefalada produção opinião deuma entre aspessoas, que se desenvolvem emlocaisdiferentes. Ele (2004),Boullier éofato dequeele tão maisnoseusítiooriginárioderecepção damensagem. de interpretação damensagematravés de conversas que nãoes recepçãouma secundária. Estamos aídianteatividade de uma gramade televisão véspera.que euassistina a temosaí Então no ônibus,restaurante, eoobjeto daminhaconversa éopro com a“telinha”, masestou noescritório, na frente dacafeteria, ração diretacom afonte midiática.Eu nãoestou eminteração de recepçãosituação Essa éuma estamos emintenão qual na gráficas e à descrição do que chamamos de recepção secundária. Um último elementoúltimo Um que ilustraas abordagens etno que émuitoO interessante, noartigodeDominique Passemos agoracorrenteesta a dasabordagens etno

assistiram aoprogramana véspera sobre a

se interessa pelasconversas

que ospequenos vão rea

partiu ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 33 - - - - - relações. Há relações.

ligados à relação à relação ligados

. Aqui eu termino a eu termino . Aqui zapping nos remete a um modo de modo a um nos remete zapping . Não podemos imaginar a televisão imaginar a televisão . Não podemos enfoques construtivistas enfoques construtivistas zapping nenhum programa idêntico ao outro. Cada um, Cada ao outro. idêntico nenhum programa

Remeto a um colega de pesquisa: Dayan (1990). Desse (1990). Dayan de pesquisa: a um colega Remeto Vou continuar, então, com a terceira geração de traba geração então, com a terceira continuar, Vou Um terceiro ponto diz respeito aos trabalhos que foram que foram aos trabalhos diz respeito ponto Um terceiro texto, gostaria apenas de assinalar que, quanto à figura do públi do figura à quanto que, assinalar de apenas gostaria texto, com as quais eles pensaram a recepção. Uma das categorias que Uma das categorias a recepção. com as quais eles pensaram público. O que é um de é a categoria e criticada é apresentada público, então? sadores que já tinham realizado trabalhos sobre recepção pro recepção sobre trabalhos que já tinham realizado sadores cedem, a partir dos anos 90, a uma sobre reflexão as categorias lhos sobre recepção, que chamo de orientações construtivistas. construtivistas. orientações que chamo de recepção, sobre lhos poderíamos falar de Os Também orientações pesqui reflexivas. – geração Terceira cada indivíduo, constrói o seu programa global a partir das suas global o seu programa constrói cada indivíduo, seleção e de de escolha, de práticas de trabalhos. geração da segunda apresentação não significa: eu assisti a um primeiro programa, depois a outro. outro. a depois programa, primeiro um a assisti eu significa: não televisivo de um programa é telespectador Hoje o telespectador há Não global. uma a outra, e, a rigor, poderíamos dizer que há a recepção de que há a recepção dizer poderíamos e, a rigor, uma a outra, da televisão à frente Uma noite global. uma de programa espécie receber a televisão que não está mais orientado para programas programas para que não está mais orientado a televisão receber específicos. É simplesmente a ideia de estar conectado ao fluxo das imagens. Eu me conecto ao fluxo das imagens passando de realizados sobre o sobre realizados que o diria Eu sem zapear. o ritual da refeição, e outras famílias são invadidas pela televisão pela televisão são invadidas famílias e outras o ritual da refeição, de diversidade então, uma grande Vemos, as refeições. durante doméstico. no espaço de recepção práticas a refeição é um ritual, e toda uma reflexão foi realizada sobre a nessas da televisão ritual como e o lugar refeição para um espaço reservar para a televisão que desligam famílias ção é bastante complexo. Certas atividades são da ordem da vida são da ordem atividades Certas complexo. ção é bastante estão elementos Outros comum. doméstica Muitas vezes, na rituais são adotados com os vizinhos, família. to familiar e doméstico a partir de observações e entrevistas, e entrevistas, e observações de a partir e doméstico familiar to de recep situações destas familiar contexto que o observamos 34 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados um retratoum num momento instantâneo determinado em quese que vemosO que emQuebecchamamosdecódigo de escuta. é cas. Eu usoapalavra audiência quando faloem mensuração do com a expressão de Daniel Dayan, ao mundo de ficções estatísti os outros nãoriem,ouvice-versa. a lado,reagemtadas lado juntas,epercebemos que nós rimos e de teatro.público de um é a blico Aspessoasnoteatro estãosen Evidentemente,de umpúblico. aimagem um público. Há uma consciência reflexiva de parte dos membros dos membrosco, cadaum dele completeiquadro meu anteriormentenoção deprograma coma parainterpretar outros programas ououtras Uma determinada emissão ou programa se torna umreferencial ser atribuída a da importância é a co nomundodostelespectadores. lespectadores. E podemos nos perguntaro queconstituipúbli palavras,estamos noâmbito eudiriaqueaqui domundo dete outras Em audiência. da membros dos intersubjetiva tificação tem, numa reflexão que postula que os públicos de televisão não exis com os Public Studies existenova uma corrente de queestáinstituindoosechama tudos de produção, mas eume dei conta de anos, que, háalguns lativos asalasde redação de jornalistas, vieram antes desses es estudos de produção originariamente, todos aqueles estudos re principalmentecom osestudosdeprodução. articulando-as Os ramas problemáticasnecessidade de ampliar pela recepção,da tamos lidandocomilusõesdeumpúblico? esta questãosobrede televisão. oqueéumpúblico Será quees de televisão.público este É osentidodotextoDayan, deDaniel uma ficção estatística. Há toda uma reflexão sobre o que seja um demos falar, realmente,Podemos depúblico. falar,de sim,então, televisão, mas nãosabemosmaisdo que isso. Por isso, nãopo milharesque hátantas, constata depessoas que ligaramsua a a priori Public StudiesPublic A última reflexão sobre as orientações construtivistas orientações as sobre reflexão última A Portanto, ointeressante ébuscaros processos de iden orientações Estas construtivistasse interessa também Ao contrário, a audiênciacorresponde mais, de acordo . . Seria interessante articularos . Temos,. orientações construtivistas então,

tem consciênciadefazer parte de

à noção deintertextualidade.à

que mevempú deum

emissões. Quando Reception Studies ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 35 ------. blogs , nós podemos emitir , nós podemos introduz o mundo públi introduz ? Parece que a maioria – vi que a maioria ? Parece muito populares, mas a maioria populares, muito blogs internet smartphone blogs social e em tempos de um crescimento da comu de um crescimento social e em tempos social. E, nesta eu queria aprofun oportunidade, . Ele afirma que as mídias sociais dão a oportuni web web . Qual é o público dos . Qualo é Assistimos, então, a uma transformação da escuta da então, Assistimos, a uma transformação Manuel Castells escreveu um artigo sobre isso no jor isso um artigo sobre escreveu Manuel Castells Abordo agora a questão: será que estamos diante da que estamos diante a questão: será agora Abordo blogs Le Monde dar uma reflexão que foi apresentada por pesquisadores britâni pesquisadores por apresentada foi que reflexão uma dar que a de da ideia a respeito cos a participar de um seminário acerca de crianças mutantes, uma mutantes, crianças de acerca um seminário a participar de reflexão sobre como o mundo das crianças se transforma de tempos em televisão, a um desmantelamento das fronteiras entre vida pri entre das fronteiras a um desmantelamento televisão, de 2012, no mês de outubro convidado, e vida pública. Fui vada não consegue encontrar um público. Há trabalhos muito interes muito público. um Há trabalhos não consegue encontrar o público dos sobre realizados a serem santes dos bloguei público o próprio como – tem isso alguns estudos sobre existem Evidentemente ro. se transformam, neste contexto, as noções de público as noções e audiên contexto, neste se transformam, que podería será de usuários, que são comunidades cia? Será mos falar de público em rede? Há uma sobre reflexão o público simplesmente a partir de um simplesmente um novo Há todo global. uma difusão ter vão que mensagens para refletirmos contexto sobre o poder da comunicação. Como nal tipo de mídia, que ele chama um novo surgir dade de vermos casa, ou de massa. A partir comunicação de de mídia pessoal de tempos de tempos de massa? da comunicação em detrimento pares nicação entre emergência de uma quarta geração de trabalhos sobre recep sobre de trabalhos de uma quarta geração emergência em de recepção os estudos ção? Ou seja, o que estão se tornando Rumo à quarta geração? Rumo um papel primordial na ideia de conexão com o fluxo global de imagem. globais. globais. Estamos, então, conectados com um fluxo visual, e as codificações intertextuais parecem ser importantes neste con desempenham intertextualidade de em que os processos texto televisivo global, temos essa ideia de que hoje estamos assis estamos que hoje de ideia essa temos global, televisivo tindo menos a programas específicos e mais a superprogramas 36 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados mitem remixar antigas mídias comelementos de criação inova mídias eosnovos dispositivos interativos digitais,quenosper convergêncianuma comunicação, entre oconteúdo dasantigas sobre oqueépublicidade,informação oqueé pública, de fontesmultiplicidade de telasconfusão de numa gêneros entre vidaprivadaNós nos vemose vidapública. diante deuma da criança.Entãopercebemos como se desmantela afronteira quarto das crianças, o mundoexterno vai penetrar nouniverso doméstico. E agora, com a cia sempre foi descrita como tendo sido circunscrita aoespaço co nomundodascrianças.Historicamente, acriançaouinfân objetos legítimos epertinentes de pesquisa,neste contexto de modelo teórico dacomunicação. necessidade haja de superar epistemologicamente essa visãodo mos sobre recepção, éporqueestes postulamos polos.Talvez fala se definição, receptor.Por e mensagem emissor, com cos, modelos teóricos da comunicaçãoqueforam modelos canôni que dizrespeitofato ao detalvez serem muito dependentes de clássicos recepção de estudos dos limite outro Há etnografia. a sobre seja decodificação, a sobre trabalhos aos relação em seja gotamento dos estudos de recepção em sua forma convencional, recepção têm futuro? Estamosassistindo espécie dees a uma parte quantitativa eaparte qualitativa dessesestudos. Norte. Trata-se de se desenvolver metodologias que combinem a gia mistaéumanoçãoqueestásendo retomada naAmérica do tégias mistas,audaciosaseinovadoras. Anoçãode metodolo solicita aospesquisadores em comunicaçãoqueelaborem estra da indústria por novas perspectivas de pesquisa; a indústria têmicas e comunidades de amadores. deman uma E hátambém interesse que reúnem coletivos de usuários, comunidades epis nossos modosdedifusão,distribuiçãoecomunicação. o queestáacontecendo. Estamos diantehibridação dos deuma postas nastelas diversas e, aomesmo tempo, em interação com televisão estáemtodas asnossas atividades diárias, agora trans vez mais presente: dotelefoneao computador. celular Atelada dora.Vemos, das telas.multiplicação uma então, A tela cada está seiiaet, adêca a eeço ã ainda são recepção a e audiência a Especificamente, de estudos os pergunta: a com finalizo sentido, Nesse Passamos das audiênciasde massaàscomunidades de internet , queestápresente dentro do ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 37

. ------nos nos

web mas que persegui ,

, e isso sites social situa as atividades de criação e interpre social situa as atividades . Estou pensando aqui em categorias como seleção, como seleção, pensando aqui em categorias . Estou web No programa de pesquisa em que trabalho, a questão a questão de pesquisa em que trabalho, No programa reconsi acho que precisamos lugar, a) Em primeiro Estamos diante de “interatores”, não mais usuários não mais usuários de “interatores”, Estamos diante web Não podemos nos interessar simplesmente pelo modo como pelo modo como simplesmente Não podemos nos interessar mas também o que com os conteúdos, interagem os indivíduos leva a superar a simples interação internauta e página internauta a simples interação a superar leva internauta-página, ir além disso, interação Ou seja, devemos a qual falei. sobre pragmática à ideia de em direção avançando derar o modelo texto-leitor, a observação das práticas de in das práticas a observação o modelo texto-leitor, derar com as páginas dos dos internautas teração larmente. Penso que há ideias interessantes a serem que há ideias interessantes Penso larmente. os estudos de recepção: sobre refletir tentar das se quisermos midiática. midiática. particu é o que me interessa, da contribuição no mundo digital de fãs. A de fãs. e dos usuários; mais do que nun das práticas tação no centro cultura sua própria orientam e constroem ca, os “interatores” sobre a sobre intertextua negociação, desvio, prescrita, leitura preferência, de práticas mesmo a falar até chegando lidade, interatividade, estudos de recepção, verificaremos que há certas categorias para nesses estudos e que são pertinentes utilizadas que foram de pesquisas modelos metodológicos novos desenvolvermos tecnologias interativas tecnologias definem interativas a atividade de criação de con am de um novo central pelos usuários como elemento teúdos diria Eu que se informacional. fizermos um biente balanço dos passivos, e sim usuários que selecionam, orientam, recebem, e sim usuários recebem, que selecionam, orientam, passivos, mensagens. Estas criam, transmitem remixam, interpretam, tica em que temos uma fusão entre o polo da produção e o polo o polo da produção uma fusão entre tica que temos em da recepção, onde há a figura do que, usuário muitas produtor, conteúdo. seu próprio produz vezes, internautas; são efêmeras, espontâneas, inesperadas são efêmeras, internautas; de hipertex com problemáticas Deparamo-nos rastros. deixam Uma problemá tualidade, multimodalidade, intertextualidade. cas improváveis, todas as práticas de fãs, de remixagens, mas de remixagens, de fãs, as práticas todas cas improváveis, ao mesmo tempo nos deparamos com extrema dificuldade prá dos as práticas adequadamente e absorver descrever tica para transformação dos usos e dos públicos? Se tomarmos mais a mais a públicos? Se tomarmos e dos usos dos transformação práti e de usos a emergência observamos positivista, vertente 38 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados comunicação, mastambémdeespecialistasdomundodain quer acolaboração nãosódesociólogoseespecialistasem informáticos, os interfaces, aprofundar, ir buscarosalgoritmos, oscódigos que constituiasinterfaces; ouseja,entrar nasentranhas das inteirorealizadoa ser paratentarmos aquilo desconstruir tratégias deinterpretação dosinternautas. Há umtrabalho trições postaspelasinterfaces quelimitameorientam ases vida pública. eles fazem comestes conteúdos nasuavidacotidianaou lação eagovernança deumnovo ambiente midiáticoglobal. análises políticas dadifusãoecomcontrovérsias sobre aregu balhos nessesentidopara relacionar estudosderecepção com ná-los comestudosdepolítica. Umexemplo: eujárealizei tra recepção eestudosdeuso; achoquetambémpodemoscombi de várias tradições deestudos. Falei emcombinarestudos de abordagens híbridas quetomam deempréstimo proposições Caminhos interessantes podemser buscadosnaconstrução de tegorias apartirdasquaispensamosquestão darecepção. pensamos a figura do público, mas também desconstruir as ca o trabalho dedesconstruçãodas categorias apartir dasquais recepção nofuturo. interessante para desenvolvermos novos modosdeestudar a cular omaterial eosimbólico.Eachoque este éumcaminho universo simbólico.Acho queprecisamos trabalhar para arti do questão a portanto significação, de produção da e pretação aos estudosderecepção, nósvalorizamos aquestãodainter mais doladocaráter material doobjeto técnico. Quanto muito emtermos deapropriação doobjeto técnico, estamos recepção.refletimosde uso, estudos de de Quantoestudos aos estudos deusoemodelosanálisequeprovêm datradição cessária entre modelosdeanálisequeprovêm datradição dos entranhas da precisamos deequipesinterdisciplinares para trabalhar nas formática e,arigor, aparticipaçãodematemáticos. Acho que d) Considero quedevemos, também,continuarcom c) Outra ideiaésobre aduplaarticulação,junçãone b) Asegundaideiasãotodas asimposições,res web softwares social. . Acho queéumtrabalho quere ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 39 . : - - : Cross- , v. 18, n. 18, , v. Réseaux , La Découverte, v. 4, n. v. , La Découverte, La communication po La communication Media, Ritual and Identity Sociologia da Comunicação Réseaux The Export of Meaning : état des savoirs, enjeux et perspectives. Québec: enjeux et perspectives. : état des savoirs, les conversations télé. télé. les conversations 2004. 126, p. 58-87, sages. In: GINGRAS, A.-M. (ed.). In: GINGRAS, sages. litique p. 215-255. 2003. PUQ, Audiences: Prospects for Audience Reception Studies. In: Reception Audience for Prospects Audiences: J. (ed.). CURRAN, LIEBES, T.; of Elihu Katz. UK: Routledge, in Honor London, Essays 1998. p. 237-255. 100, p. 427-456, 2000. 100, p. 427-456, of University of Dallas. Pittsburgh: Readings Cultural Communication, School for Annenberg Pennsylvania, ASC). Papers, 1990. (Departmental Tradução Ana Paula Castellani. 2. ed. São Paulo: Ed. Ed. 2. ed. São Paulo: Castellani. Ana Paula Tradução 2006. Loyola, PROULX, Serge; BELANGER, Danielle. La réception des mes des BELANGER, Danielle. La réception Serge; PROULX, LIVINGSTONE, Sonia. Relationships between Media and Media between Sonia. Relationships LIVINGSTONE, KATZ, Elihu; LIEBES, Tamar. Elihu; LIEBES, Tamar. KATZ, DAYAN, Daniel. Télévision: le presque-public. le presque-public. Daniel. Télévision: DAYAN, BRETON, Philippe; PROULX, Serge. Serge. PROULX, Philippe; BRETON, BOULLIER, Dominique. La fabrique de l’opinion publique dans BOULLIER, La fabrique Dominique. Referências

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 41 2 - - - Revisão da Revisão

, realizado em , realizado

Serge Proulx Serge 1 “Mutação da comunicação: “Mutação da comunicação: técnica, tecnologia, objetos comunicacionais, comunicacionais, objetos tecnologia, técnica,

communicational objects communicational Paradigms to think the use of think the to Paradigms objetos comunicacionais objetos In this chapter we present the concepts of commu present we In this chapter Neste capítulo, apresentamos os conceitos de objetos objetos de conceitos os capítulo, apresentamos Neste Este artigo foi traduzido por Stephane Gutfreund e Vanise Dresch. e Vanise Gutfreund Stephane por traduzido artigo foi Este tradução: tradução: Jairo Ferreira. Atualiza reflexões desenvolvidas por Serge Proulx no Estudos intitulado da Escola seminário de Altos digital” na era da contribuição de uma cultura Emergência abril de 2013. (França). ParisTech associado, Télécom Professor Professor Emérito, École des Médias, Université du Québec à Montréal (Canadá). du Québec à Montréal Université Médias, des École Emérito, Professor Paradigmas para pensar os usos dos para Paradigmas 2 Abstract: the that complexify perspectives nicational objects in diverse 1 Palavras-chave: apropriações. usos, práticas, tudos de comunicação. Finalizamos apresentando os principais principais os apresentando comunicação. Finalizamos de tudos desafios da pesquisa atualmente. as práticas e apropriações. No cruzamento destas perspectivas perspectivas destas cruzamento No apropriações. e as práticas paradigmáticas, encontramos questões e proposições de refle es nos da tecnologia e da técnica a problemática situar para xão comunicacionais em diversas perspectivas que complexificam articulamos Posteriormente, e tecnologia. de técnica o conceito esses conceitos com as teóricas reflexões sobre o acesso, o uso, Resumo: 42 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados social appropriation oftechnology. Keywords: research today. paper by presenting themainchallengesof the communication Weour studies. finish communication of field the in technology and technique of problem the situate to propositions reflexive of theseparadigmaticperspectives, we propose questions and practices andappropriation of technology. At theintersection use, access, on reflections theoretical with concepts these late concept oftechnique andtechnology. Subsequently, we articu essa noçãode apoiocognitivo, ouseja, a ideia de quese busca ções entre oser humano eocomputador. Foi elequeapresentou Computer Interaction o seucampo,então,é que chamamos,eminglês, de formação empsicologiaesetornou um cognitivo éimportante porque oseuautor, DonaldNorman, tem putador éumobjetonoção deapoio pensamos. Esta comoqual que eleéumobjeto dizendo pensamos. Digamos comoqual queumcom definição essa concentrar Poderíamos comunicação. pode desempenhardeapoiocognitivoo papel emsituações de tecido dasrelações humanas. questão do dispositivo técnico,que seinsere masqueéalgo no a valoriza-se definição, Nessa humanas. relações das tecido do reorganização uma de participar e específicas sociais terações nico, geralmente conectado a umarede, que pode induzir in delas éade que oobjeto comunicacionaléumdispositivo téc rem,a tradições cadauma, diferentes de pesquisa. Aprimeira suporte para aspráticas decomunicação. definição, breve, é a de que ele é um objeto técnico que age como objeto comunicacional, por exemplo, éo telefone. Uma segunda dor não humanoquepodegerar interações entre humanos.Um nição desse objetomedia é dequeeleseria um comunicacional 1 Introdução A segunda definição é a de um artefato cognitivo, que cognitivo, artefato um de a é definição segunda A recor que definições quatro de série uma também Há O que é um objeto comunicacional? Uma primeira defi technique,objects, uses, practices,communicational , ou seja, ele trabalha, ouseja, no campodasintera designer de interfaces; Human------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 43 ------smart na sociedade. , a televisão, o videogame, o computador conectado o videogame, , a televisão, status A quarta definição é a de de nor um agente prescritivo A terceira definição concebe o objeto comunicacional iPad , o phone via internet. seja, a comunicação faz algo, faz alguma coisa para os indivíduos. os indivíduos. alguma coisa para algo, faz seja, a comunicação faz às quais devemos normas na situação, prescreve Ela intervém comunicacionais são o de objetos Exemplos responder. havendo havendo algum incômodo, etc.?” Formulamos uma reflexão que Bateson por Gregory iniciados os trabalhos em todos se insere ou da comunicação, uma da ideia de pragmática em torno e gira isso vai ser interpretado pelo meu interlocutor, que vai pensar: que vai pelo meu interlocutor, interpretado ser vai isso Está que está acontecendo? o respondendo, “Ele me está não comportamento, modos de comunicar. Eu recebo, por exemplo, por exemplo, recebo, Eu de comunicar. modos comportamento, este responder de que devo um e-mail; há uma norma prescrita não o responder, simplesmente ou se demais, e-mail. Se demorar mas ligadas aos comportamentos de comunicação. Em outras pa Em outras de comunicação. aos comportamentos mas ligadas de modos comunicacional prescreve o uso de um objeto lavras, simbólica investida nesse automóvel que escolhemos. O automó que escolhemos. automóvel nesse simbólica investida até define que define, nos que vez uma simbólico, objeto um é vel mesmo um exemplo fora do campo da comunicação, mas muito válido: o au válido: do campo da comunicação, mas muito fora exemplo de deslocar nos permite que nos técnico, é um objeto tomóvel uma carga toda sabe, existe se mas, como outro; o para um lugar de sua vida no MIT, nos Estados Unidos. Existe aí a ideia de um de um aí a ideia Existe Estados Unidos. nos de sua no MIT, vida que simples mais do o objeto que considera simbólico, objeto mente algo utilitário. Para exemplificar de forma mais fácil, um como um objeto simbólico, capaz de ser um revestimento psica um revestimento simbólico, capaz de ser como um objeto referindo estamos nos do usuário. Aqui nalítico e social parte da a maior parte que atuou durante Turkle, Sherry de aos trabalhos envolvido numa tomada de decisão é um conhecimento distribuí é um de decisão conhecimento numa tomada envolvido cognitivos. humanos e artefatos de seres uma rede de do, dentro nitivo. Há uma parte do conhecimento que está contida no objeto no objeto que está contida conhecimento do uma parte Há nitivo. pesquisa de a tradições Essa é uma que não é humano. referência distribuída. O conhecimento o que chamamos de cognição sobre trem: vamos a este guichê eletrônico para comprar um bilhete e um bilhete comprar para eletrônico guichê a este vamos trem: qual nos ajuda bilhete a escolher dispositivo que o observamos de apoio cog que falamos sentido é neste e comprar, queremos no objeto técnico um apoio para termos uma visão cognitiva da uma cognitiva visão termos um para apoio técnico no objeto uma em estação de num pensar teleguichê situação. Poderíamos 44 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados momento emqueoobjeto técnicoo movimento, capta elevai en acende porque existem sensores demovimentospartir do e,a acender ou apagar entraluz; alguém a escurasala numa luz e a exemplo disso: existem salasonde não háinterruptores para indivíduos humanos, quese encontram presentes nomeio.Um que existem objetos quesecomunicamentre si,àrevelia dos de “ambientes inteligentes”. Estamos,então,numambiente em Os objetos comunicantes sãodaordem doquepodemos chamar te –objeto comunicante emoposição ao objeto comunicacional. indústria, queéade signação utilizadapela objeto comunican seguir essas pessoas na suatrajetória de vidaem relação aolu partir deentrevistaspesquisas a emprofundidade e tentamos usos, ou seja,umarecuperação histórica dos usos. Já realizamos dinâmica douso.Podemos falar, porexemplo,da trajetória de como uso pessoas fazemo queas o objeto, com existetambém mas uma o define se só não uso; do dinâmica uma há que de a é breve, definição, segunda Uma técnicos. dispositivos e jetos guinte: ousoéqueaspessoas fazem, efetivamente, comos ob se a é uso um é que do concisa muito definição Uma usos. por 2 Osusoseautilização no-máquina. Hojeexiste comunicaçãomáquina-máquina. nética quedizia quehácomunicaçãohumano-humanoehuma Existe comunicação máquina-máquina. da ciber tipologia uma outras palavras, nósnosencontramosproblemática numa de do. Podemos fazercoisas comesses muitasequipamentos. Em o objeto,não pagou dispositivo um decontrole vai ser aciona sores ainformaçãoque captam neste esses que têm funções de computação. Por exemplo: podemos colocar de vez mais sofisticadas, principalmente com as RFID, que são esses ambientes inteligentes. As coisas, então, tornam-se cada exemploum É sala. muito simples,quemostracomo funcionam viar informação paraoutro mecanismo,quevaida acenderluz a radio-frequency identification chips braeo aoa dfnço o u entendemos que do definição a agora Abordaremos Convém estabelecer uma distinção para comoutra de emobjetoshá sen e,quandopassamosporportas, . Hoje existem chip –por exemplo, se você chips minúsculos, chips ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 45 ------. Publicamos uma quarta A explosão da comunicação da A explosão Fazemos uma distinção entre uso e utilização. Na utili uma distinção entre Fazemos Abordaremos Abordaremos agora uma tipologia da definição da zação, temos uma problemática mais funcional, uma problemá uma problemática zação, temos te Então, técnico. objeto o e indivíduo o entre a face face tica de não usar. O nosso gesto de compra é contabilizado em uma esta de compra O gesto nosso não usar. objeto. nada com esse tística, mas podemos não fazer vai, então, o seu processo de apropriação do computador?”. E ele computador?”. do apropriação de processo seu então, o vai, um é Este está ali e eu ainda não a abri”. caixa “A respondeu: e comprar que podemos mostrar bobo, apenas para exemplo Nossa reação foi dizer que ele estava sendo moderno. Dois me Dois moderno. sendo que ele estava dizer foi reação Nossa “Como e perguntamos: a encontrá-lo voltamos mais tarde, ses uso. Isso nos faz lembrar um colega, um professor, que disse há que disse um professor, um colega, lembrar uso. Isso nos faz ele não tinha com passar à informática”; vou alguns anos: “Eu putador e nos confirmou que depois comprou um computador. existem mais telefones móveis que pessoas. Observamos que Observamos que pessoas. móveis mais telefones existem aí uma situa estatísticas, mas temos ajuda a produzir nos isso do natureza a própria sobre a informação ção em que não se tem consumo que está na das estatísticas de difusão. Dizemos, base tan comprados país, foram que, em determinado por exemplo, países da Europa, Sabemos que, em vários móveis. telefones tos palavras, quando falamos em uso e nos referimos apenas ao con referimos em uso e nos quandofalamos palavras, de que um deter com o fato sumo, estamos nos contentando de gesto E é este um ou não objeto. comprou minado indivíduo capítulo inteiro sobre a questão dos usos. Podemos traçar um traçar a questão dos usos. Podemos sobre capítulo inteiro do consumo até da contínuo que noção de uso, de definições vai pela passando pelos usos, utilização. Em outras a apropriação, noção de uso a partir da referência à obra de Philippe Breton Philippe Breton de à obra a partir da referência noção de uso intitulada Nela há um 2012. em julho de em francês, obra, dessa edição ter repercussões depois, quanto à natureza da apropriação dos da apropriação natureza à quanto depois, repercussões ter a vida toda. durante técnicos objetos apropriação; podemos fazer hipóteses sobre as relações de me de as relações sobre hipóteses fazer podemos apropriação; em que medida observar e tentar com a ninos e meninas técnica meninos e meninas podem entre diferenciadas essas relações no mundo comunicacional com os videogames e, depois, en e, depois, comunicacional no mundo com os videogames na escola por exemplo, com o computador, em contato traram de uma trajetória de então, falar em casa. E podemos, e depois gar do objeto técnico na vida delas e como se apropriaram des na apropriaram como se delas e vida técnico do objeto gar iniciadas Quando foram crianças sua existência. em objetos ses 46 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados com a vidacotidiana.Ouseja, se você apenas domina o objeto o domínio técnico do objeto;um gesto hátambém de integração tivo; seusaoobjeto deacordo comasinstruçõesounão. funcionalmente oobjeto. Perguntamo-nos se ele atingeseuobje um utilizador, éporque estamosatentos aoseumodo de utilizar queremos reduzir a questãodautilização,mas,se falamos de sociações de ergônomos e elesnos disseram “Cuidado!!!”. Então, dimensão da utilização. Já fizemos várias apresentações para as Poderíamosaquilo. dizer que aergonomia levaesta emconta problemáticamos uma de conformidade com omododeutilizar até agora foiexclusivamente atribuída aosengenheiros.seja, Ou ao atribuída portância de telecomunicações, estamos assistindo atualmente aumaim maneiras,quarta a grandesnas medida emque, na operadoras vermos surgir novos objetos. Podemos refletir sobre a terceira e tecipação dos usos, explorando osimaginários dos usuários para maneiraquarta prospectiva:é a desenvolvem-se cenários dean seremdos usuárioseosideaisa protótipo.pelo alcançados A percepções essas com acordo de modificados eventualmente, vez, utilizam-nos, desenvolvem ideias. E os projetos serão, então, tótipos nasmãosdepequenosgruposusuários, que,porsua novos objetos comunicacionais e os colocam soba forma de pro de pesquisaedesenvolvimento, ondeengenheiros desenvolvem A terceira são os experimentos com protótipos, nos laboratórios zimos eusosquesãomuitoestatísticas úteis parao inovações – referimo-nos, anteriormente, ao fato de que produ gunda sãoasabordagens quantitativas da difusão dos objetos e metodologiasusos eutilizamos dimensões. Ase demúltiplas dos detalhadas descrições fazemos que em descritivas,gráficas uso, nosdias de hoje. A primeira delasestánasabordagens etno mais ligada àsociologiadaapropriação. está maisligada àergonomia dasinterfaces, eaapropriação está do do aocampo reinvençãouma a prática. da Diríamos ligaque oconsumoestá instância, esse gestoúltima criativo do uso leva, possivelmente, tica, nãohá,nanossa opinião, umaverdadeira apropriação. Em domés pessoal, profissional, vida sua à integrá-lo sem técnico Podemos agoradestacar cincomaneiras deestudar o falamosQuando em apropriação, nãohásimplesmente marketing marketing , dos estudos de difusão. A utilização dos estudosdedifusão.A , , em relação, que importância à marketing ------. Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 47

------marketing Democratizing Democratizing . Este trabalho está centrado no fato de que os usuá de que os no fato centrado está trabalho . Este A primeira grande tradição é a da difusão das inova é a da difusão tradição grande A primeira primeiro momento, são os vanguardistas que se apropriam ime que se apropriam são os vanguardistas momento, primeiro em prazer que sentem técnicos, objetos novos dos diatamente partir dos anos 1960, autor que faleceu há cerca de cinco anos. há cerca que faleceu autor partir dos anos 1960, de difu que o processo mostrar tipologias para Ele desenvolveu etapas. que funciona por Num é um processo são das inovações ções. Uma tradição são os trabalhos realizados por Rogers, a por Rogers, realizados são os trabalhos Uma tradição ções. 3 Dos usos à inovação pesquisa que fornecem materiais, categorias de análise, orien categorias materiais, pesquisa que fornecem descrevê-las pensar os usos. Vamos para tações epistemológicas rapidamente. dições de pesquisa, tanto em ciências sociais quanto em ciên em sociais quanto ciências de pesquisa, tanto dições e da comunicação, cias humanas e em ciências da informação de tradições pelo menos, cinco grandes que existem, diríamos de um processo ascendente, em que há um retorno à indústria há um retorno em que ascendente, um processo de comunicacionais. Se objetos os e modifique que ela retome para tra de vista das grandes um de ponto nos situamos mais perto nos seus usos cotidianos dos objetos comunicacionais para ten para comunicacionais objetos dos cotidianos seus usos nos eles modificam Daí de esses que a objetos. maneira ideia tar ver Innovation quais os com técnicos objetos os modificando estão sempre rios os usuários em seguir consiste perspectiva E esta trabalham. que antes não era feito. Isso nos faz relacioná-lo com a quin relacioná-lo Isso nos faz feito. não era que antes de um da MIT, economista a partir de um trabalho ta maneira, intitulado um livro que escreveu Hippel, von Eric limitar as possibilidades de novos objetos comunicacionais. E comunicacionais. E aí objetos limitar de novos as possibilidades aos usuários. voltar e, depois, construí-los em laboratório vamos usuários, dos ao imaginário apelodireto há um real visto, Como trechos de vídeos para expressar esses desejos de comunicação; comunicação; de desejos esses expressar para vídeos de trechos depois voltamos aos usuários projetando esses filmezinhos e, de os usuários, vamos com de interações aos poucos, por meio mesmo desenvolver protótipos; podemos apenas tentar sondar apenas tentar podemos protótipos; desenvolver mesmo e novos usos como novos imaginar poderiam usuários o que os pedir a cineastas que façam vamos e, posteriormente, objetos para fazer prospectiva a partir dos departamentos de departamentos dos a partir prospectiva fazer para sem proceder às vezes precisamos atualmente, na indústria, 48 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados jeto técnico. Esseobjeto éenvolvido porumdiscurso social, o quanto umainovação técnica nãoésimplesmente umob debruçaram sobre aprópria invenção dainovação emostram Bruno Latour, MichelCalloneCécile Méadel.Estes autores se de Paris,da EscoladeMinas, encontravam,onde se na época, lhos queforam iniciados noCentro deSociologiadaInovação com outra expressão, “teoria doator rede”. Trata-se detraba “modelo datradução”do quechamamosde ouainda,deacordo maiores. utilizá-los; aospoucos,essas inovações vão seestender a grupos nicos. O olhar é uma orientação epistemológicanicos. Oolhar éuma muito importan prestandotuações, atençãoquestão dos usos dos na objetos téc que consiste emproduzir descrições muito minuciosas das si uma corrente queos americanos chamam de autônoma. Temos, por exemplo, aanálisede conversação. Existe etnometodologiapela ladas esedesenvolveramforma deuma certoHá um do social. número decorrentesforam que interpo estudo do refinada muito abordagem uma É situação. a crever preocupação emsabercomoesses indivíduosuma falampara des situação, sua a definem indivíduos os como modo o com vindas daetnometodologia, queencerrariapreocupação uma das representações dosusuários. significações tira analista o que em analista, do categoria uma ção. Os sociólogos franceses consideram que as significações são do processo. E há uma distinção entre representação e significa mais chancesdequeodominemos. A representação faz parte objetonós mesmos um técnico comosendo fácilde dominar, há apropriação doobjeto técnico. Por exemplo: seapresentamos a jeto técnico, eessasrepresentações fazem parte doprocesso de representações. Osusuáriostêm,representações então, do ob sentido para determinado indivíduo. O sociólogo recorre, coleta com a significação dos usos – por que determinado uso constitui francesa clássicados usos”.escola francesa Esta sepreocupa antecipador. ta umobjeto é,aomesmotempo,também umsociólogo e um que promove asuainovação. Ouseja,oengenheiro queinven Na quartatradição, temos um conjunto de correntes A terceira tradição éoquechamamosde “sociologia A segundagrande tradição sedesenvolveu emtorno Work Place Studies ------, Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 49 ------A respeito da apropriação dos usos, o contexto histó contexto o usos, dos da apropriação A respeito Uma problemática metodológica que se impõe é: como metodológica Uma problemática A última corrente é mais ligada à pode sociopolítica: é mais ligada A última corrente o campo da sociologia dos usos se estendeu, diríamos que o cen diríamos estendeu, se usos dos o campo da sociologia bastante. se dissolveu político da sociologia de apropriação tro objetos podem ser espaços de luta, de apropriação; em outras outras em luta, apropriação; de de espaços ser podem objetos da comunicação, nós a sociologia inventamos quando palavras, em que Nas décadas seguintes, sociopolíticos. bastante éramos sociopolítica, na conceitual nas re sua dimensão e de inscrição de que os consciência E, então, temos de poder. lações sociais França, nos anos 1970. Certos pesquisadores se tornaram cons tornaram se pesquisadores Certos 1970. nos anos França, os usos em ní estudar não somente de que precisavam cientes mas também na os usos sua dimensão técnicos, objetos dos vel rico sobre os trabalhos de apropriação é uma orientação ideo de apropriação os trabalhos rico sobre na ocorreu Isso dar. quiseram lógica que alguns pesquisadores 4 Dos usos às apropriações e, evidentemente, trata-se de distinguir entre o uso e a situação de distinguir entre trata-se e, evidentemente, metodolo de uma série de uso. Estamos diante deste que surge gias inovadoras. Então, a questão é tentar observar traços das práticas de usos das práticas traços observar Então, a questão é tentar os usos, as análises.descrever É necessário para servir que vão tir de entrevistas; para nós, essa técnica de coletar informações informações coletar de técnica nós, essa para tir de entrevistas; analisar de o risco sempre existe Mas pertinente. ainda é muito das práticas. o observador afastar de o perigo as declarações, observar os usos, como descrever os trabalhos interpretativos interpretativos trabalhos os descrever como usos, os observar a ela. responder tentar algumas pistas para Temos usuários. dos de usos a estudos par primeiros nossos fazíamos exemplo: Por relações nesta empresa, como as relações hierárquicas vão ser vão hierárquicas como as relações nesta empresa, relações empresa. modificadas nesta sociais, como, por exemplo, relações sociais de dominação. Um sociais de dominação. relações sociais, como, exemplo, por a in de que maneira tipo de pesquisa é observar deste exemplo as modificar vai empresa numa informático sistema de trodução mos falar aqui em sociologia crítica dos usos. Buscamos, nesse usos. Buscamos, dos crítica aqui em sociologia mos falar em relações inserem se usos os que modo de caso, entender te. Nesse caso, busca-se fazer uma descrição para observar se, observar para uma descrição fazer busca-se caso, Nesse te. importância. adquire o objeto de fato, 50 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados há apropriação. Maspodemosquemuitos apontar trabalhosem dispositivo técnico.precondição. É uma Se nãotemos acesso, não meiro tempo,precondição, uma que seria a daacessibilidade ao em quemedida háapropriação. Estenum pri modelo anuncia, do objeto técnico.deste Com o auxílio modelo,perguntamo-nos essas condições nos permite avaliar situações em quehajao uso trar todas essascondições realidade.na fato O deenunciartodas apropriação resultade certascondições, mas nãovamos encon padrão, masque nãovai ser encontrado narealidadeA comotal. de apropriação. Diríamos que, neste modelo, definimos um ideal temimpacto um prática. na Demo-nos de quepodíamos, conta impacto no modo de escrever. Temos aí umcaso em que o uso 1980, um editor detexto,de que isso demo-nostinha um conta uso deeditor de texto.utilizar, começamosa Quando nos anos prática.vidades, na Por exemplo:entre prática a da escrita eo possibilidade de criação, ouseja,sãoatividades que geramno senão nãoháapropriação. vida cotidiana;épreciso terpara algo fazer com oobjeto técnico, falamintegraçãoportuguês. Asegundacondiçãoé a do usona termosnunca possibilidade deconversar a com pessoas que disposição. como sedecidíssemosÉ aprender português sem tador, masvoltavam para casaenãotinhamumcomputadorà se empenhavamem compreender o funcionamento docompu estepessoas vinhama as de que centro deeducaçãopopular, em meios popularescapacitação deMontreal,demo-nos conta bem noinício damicroinformática. Observando essas de aulas realizávamos trabalhosde observação de informática, deaulas quando ocorreu nos condição desta formulação A significativa. uso napráticacotidiana doator. Diríamos integraçãoque éuma o artefato. do objeto técnico? Devemos dominar,técnica ecognitivamente, acesso, poderíamos nosperguntar:é aapropriação, qual neles, acesso aos objetos técnicos. Mesmoqueesses países tivessem escala mundial,para mostrar que determinados países nãotêm da questãoapropriação. Produzem-se, então, estatísticas,em torno da exclusão digitaltrataram daquestãodo acesso e não A terceira condição é adainovação. Umusoabre a A segundacondição: deve haver uma integração do Desenvolvemos, durantedécadas, ummodelo algumas - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 51 ------. Há cada vez . Há cada vez que citamos anteriormente, es que citamos anteriormente, The Invisible Computer The Invisible designer Referimo-nos, neste momento, a dois elementos das das a dois elementos momento, neste Referimo-nos, A última condição é a da representação política orga A última condição é a da representação Outra a condição é da mediação por uma comunidade Outra plo: Donald Norman, o plo: Donald chamado um texto creveu informacionais são paralelamente constituídos, cada vez mais, cada vez constituídos, são paralelamente informacionais – comunicação máquina-máquina, RFID, invisíveis sensores por exem Por problemáticas. essas todas inteligentes, ambientes Estamos acostumados ao fato de ver uma oferta de dispositivos de dispositivos uma oferta ver de Estamos acostumados ao fato em oferta dessa de comunicação; há um crescimento técnicos que os ambientes Mas não percebemos e variedade. número problemáticas que nos parece interessante aprofundar. A pri aprofundar. interessante parece que nos problemáticas dispositivos. dos a questão da invisibilidade contempla meira ticas, assim como também deve ter porta-vozes no processo de no processo porta-vozes ter ticas, assim como também deve comunicacionais. industrial de objetos produção o desenvolvimento dos usos na França. Muitas políticas foram Muitas políticas foram usos na França. dos o desenvolvimento o di da informática, o desenvolvimento favorecer para criadas polí dessas na elaboração porta-vozes ter gital. O usuário deve to de políticas públicas ou no âmbito da produção industrial da da produção de políticas públicas ou no âmbito to representado ser o usuário deve palavras, Em outras inovação. exemplo: políticas que pensam. Por em instâncias usuário como buscar soluções junto a essa comunidade de práticas. buscar soluções junto do usuário no âmbi nizacional do usuário – uma representação existem milhares de comunidades de prática e, se alguém tem se alguém e, tem comunidades de prática de milhares existem para no Google basta digitar algumas palavras algum problema, podendo problema, o mesmo que tenham usuários encontrar divíduos que se reúnem em torno de uma mesma prática e que e uma mesma prática de em torno que se reúnem divíduos Há uma dimensão de aprendizado aprender. para ideias trocam Na internet, práticas. de nessa comunidade importante muito transformação da prática da escrita. prática da transformação de in é um conjunto práticas Uma comunidade de de prática. último minuto, antes de entregar o texto para uma revista, po uma revista, para o texto de entregar antes último minuto, alguma coisa, polir o texto. díamos mudar alguma tirar coisinha, da objeto nós, foi para texto, de editor que o uso do Observem tantâneo: tantâneo: o se texto Se modificava. nos tomarmos como o usuá como nos pareceu que o texto diríamos nos “interrogando”, rio, No textos. de como um e nos sentimos escultor uma escultura até até o último minuto, modificar o texto em qualquer parte dele. ins Isso tinha um impacto etc. a introdução, refazer Podíamos 52 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados telefonema, uma mensagem da central de controle, que fica nos fica que controle, de central da mensagem telefonema,uma nário era oseguinte: você é ocapitãodeste barco erecebe um objeto de cada clandestinamente.do aberta podemos Então,imaginarquecada tem barco transporta acontece em umbarco queseencontra noOceanoÍndico,eeste estavam sendo desenvolvidos e demonstraram o seguinte: isso ratório no suldaFrança,e nosapresentaram usos que alguns as famosas mais, emnossos ambientes, dispositivos invisíveis. Por exemplo, ao máximo ao máximo as interfaces, para queo usuário faça o mínimo esfor dos proprietários de dessas tecnologias. Do outro lado, aindústria, em particular a divíduo inteligente, queprecisa se esforçar para apropriar-se apropriar-se dos objetos técnicos. Consideram o usuário um in Eles dizem queousuário deve fazer um esforço cognitivo para rio competente; essa é a postura dos militantes do cos? Temosque pensasobreé aquela duaslinhas.Uma umusuá uma pessoa completamente submissa aos ambientes informáti como ou competência certa tendo como definir que temos que alguém É público? grande o entre localizado usuário o definir rio situado entre o grandePerguntamos: público. como devemos das tecnologias invisíveis. os humanosestãosendo ultrapassados pelodesenvolvimento e isso é muito preocupante paranós. Temos impressão a deque texto?São questões para abertas, temosas quaisnão respostas, com ousuário?Como podemos falar,con ainda,de uso emtal mínio progressivo desses dispositivos invisíveis? O queacontece Como podemos permanecer sujeitos autônomos, frente aodo problemáticada apropriação dastecnologias,contexto? emtal positivos. Diante disso, nossasperguntas são: comorepensar a circular emambientes cada vez mais povoados por esses dis é umexemplo,os maspodemosexemplos. multiplicar Vamos dispositivos invisíveis vai permitir este controle nobarco. Esse lite (GPS). Com isso, podemos observar quetodo o ambiente de foi arrombado. Essedispositivo temcomunicação via saté uma Estados Unidos, einformam que umdos tags RFIDquepermitemsen das portasestá saberseuma A segunda problemática aborda as figuras de um usuá tags container RFID. Fomos convidados para visitarumlabo containers software poderia possuir também essa , mas cada porta de cada porta cada mas , , diz que é necessário simplificar necessário é que diz , containers software noseubarco container tag . Oce livre. ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 53 . ------online de uma conta no Twitter, uma conta no Twitter, de followers de redes sociais, como o Facebook. como o Facebook. sociais, de redes sites de empresas, que são espaços de expres que são espaços de empresas, blogs , as pessoas assinantes de uma mesma plataforma plataforma mesma uma de assinantes pessoas , as Outro elemento de prospectiva é que vemos hoje o fato hoje o fato é que vemos de prospectiva elemento Outro Outro elemento prospectivo é observar a multiplica é observar prospectivo elemento Outro Abordaremos agora o que chamaríamos de tendências, tendências, de que chamaríamos o agora Abordaremos a priori de que os usos pertencem a três esferas de práticas entrelaça práticas de esferas a três pertencem usos que os de são do sofrimento no trabalho. Alguns empregados confiam no dispositivo, considerando que é confidencial; são dispositivos das empresas. internos correios instantâneos. Um exemplo disso: em determinadas em em determinadas disso: instantâneos. Um exemplo correios existem presas, em escala local como global. Observar também a multiplicação Observar global. em escala local como organizações. das grupo dentro comunicação de de formas das colaborativas, plataformas pensar aqui em intranets, Podemos dições este agregado pode se transformar em comunidade? pode se transformar agregado dições este tanto das empresas, dentro de práticas ção das comunidades que, uma comunidade; são, antes, não constituem, necessariamente, em que con E a sociológica é a seguinte: questão um agregado. que condições esses agregados de usuários podem formar co formar podem usuários de agregados esses que condições pontos que compartilham certos munidades? Ou seja, conjuntos postular interessante realmente Consideramos comuns, valores. Pensamos, por exemplo, nos nos exemplo, por Pensamos, de os assinantes todos em é a seguinte: levantar A questão podemos que sociológica descrevendo as tendências das condições de uso das tecnolo de das condições as tendências descrevendo diante que estamos diríamos digital. Inicialmente, gias na era de usuários de agregados de uma importância crescente 5 Questões e prospecções 5 Questões mundo onde vamos estar cada vez mais dependentes da técnica. da técnica. dependentes mais estar cada vez mundo onde vamos Estamos diante de um problema. Não temos respostas para isso, para respostas Não temos de um problema. diante Estamos que estará o futuro, para é uma mas sentimos que problemática ao que estamos indo em direção pois achamos em jogo no futuro, desafio para a democratização técnica. Uma possível abordagem abordagem possível Uma técnica. democratização a para desafio que usuários como mas inteligentes, os usuários é considerar máquinas. das aprendizado neste muito investir não querem ço. Isso é um problema, diríamos, sobre o qual podemos tentar o qual tentar podemos sobre diríamos, é um ço. Isso problema, É um duas proposições. essas via, entre uma pensar em terceira 54 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados mente eminteração, sabemos que ooutro estávirtualmente ali permanentemente conectados. E, mesmo não estandodireta de práticas. ocorre esse entrelaçamento dos usos através dessas três zonas tipo de interação. Éinteressante observar de que modo, como vida privada,particular, corre orisco de serrompida poresse exemplo,pede paraum ver do outro,o celular toda então uma de uma zona pessoal de comunicação. No caso de por um casal, fera pessoal.Os es uma e profissional esfera uma doméstica, esfera Uma das. usuário “sevira” bemcomainterface imaginadapelo conceptor. denação entre ousuárioe conceptor vai estarem saberseo mente umarepresentação doutilizar. Etoda aquestãodacoor conceptor vai desenhar a interface do objeto técnico tendo em te, entrerepresentação uma do usuárioque oconceptor tem. O especificamen conceptor,mais o ou, e usuário o entre denação centradas noconceptor”. estuda asproblemáticas Ele de coor âmbito. Interaction se interessou poressasabordagens sechama tree odispositivo outilizar técnico. Atradiçãoque depesquisa da para ousuário. Temos aí umaproblemáticade interação en para pensarosusos. Queremos indicarcinconíveisque podemserusados deanálise usos dastecnologias dacomunicação”,acessível francês.em tese desenvolvemosobra emuma “Problemáticaschamada e anos 1990, surgiusegunda tópicauma parapensar osusos. Essa de pensarosusos dominantes até osanos1990, e, apartirdos lhos pertencentes a umaprimeira tópica, ouseja,aum modo usos, tudo quefoi abordado até agora estábaseadoemtraba bilidades pessoaiseprofissionais. Diríamos que estamosdentrointerpenetração deuma desocia pacto psicológico e um impactosobre também os laços sociais. mensão destapresençadistância, conectada,quetem a im um todahá podemosEntão, e que noscomunicarcomele. di uma Um segundo nívelUm abordagenspode serchamado“as O primeiro denívelabordagem éuma deanálise volta Quanto àsegundatópicapara conceitual pensaros Podemos falarpresençada estamos seja, ou conectada, , eos ergonomistas foram muito importantes nesse smartphones possibilitamodesenvolvimento Human-Computer ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 55 ------, le , se dize designer que imagina um smartphone designer de discussão, um exemplo simples; nesse fórum, fórum, nesse simples; um exemplo discussão, de O último nível é o da ancoragem coletiva e histórica dos e histórica coletiva da ancoragem é o O último nível O quarto nível é o do objeto prescritor de normas. No de normas. No prescritor o do objeto é nível O quarto O terceiro nível é o do uso situado. Por meio de tra de meio Por situado. uso do é o nível O terceiro online do objeto técnico, há mais do que características técnicas; técnicas; que características do há mais técnico, objeto do um objeto técnico, sobre os modos de uso e sobre uma continui de uso e sobre os modos sobre técnico, um objeto histórica. dade ou ruptura espécie de alavanca técnica para o desenvolvimento. E cada um o desenvolvimento. para técnica espécie de alavanca da impactado pelo advento da economia foi setores dos grandes a internet. ser em de feita do torno Há surgimento uma reflexão Questionamo-nos: será que a internet é mais uma mídia como que a internet Questionamo-nos: será que a é dizer O que podemos diferente? que é será as outras, comunicação; é uma não apenas de técnico, é um objeto internet surgiu a internet, perguntamo-nos se era uma mídia como as a internet, se era surgiu perguntamo-nos a internet. aí entra e TV, cinema, rádio, o tivemos Antes, outras. tituem o que poderíamos designar como formas sócio-históricas sócio-históricas como formas designar tituem o que poderíamos situa numa sequência se técnico um objeto de O uso usos. dos Quando seguiram. usos e outros precederam Usos temporal. Assim, o objeto técnico está prescrevendo normas. está prescrevendo técnico Assim, o objeto que cons ou estruturais, históricas e sequências em séries usos tica, há certa parte do controle da conversação de grupo, que é da conversação do controle tica, há certa parte que em outro enquanto de controle, posta nas mãos de agentes mais livre. circula a palavra moderador, sem fórum, de modelo não se permite uma intervenção direta por parte dos usuários. dos por parte direta uma intervenção não se permite um mo por aprovada ser vai mas a intervenção intervir, Pode-se aí uma polí dimensão que existe Observem do fórum. derador existem escolhas. A indústria, que está por trás do trás A indústria, que está por escolhas. existem o exemplo: escolhas. Por a fazer va-o fórum Isso remete àquilo que falamos sobre objeto simbólico. objeto sobre àquilo que falamos Isso remete design precisamos comprar um novo computador, computador, um novo comprar precisamos faltar vai isso sem porque da última versão precisamos que mos objeto. quase psicanalítico no algo, há um investimento então e, para mim, isso é uma experiência. Eu vivencio algo neste uso. algo neste vivencio Eu é uma experiência. mim, isso e, para do obje a questão do investimento em toda pensar Poderíamos que Se dizemos de modernização. um como elemento técnico to trevistas em profundidade junto aos usuários, trata-se de des de trata-se aos usuários, junto em profundidade trevistas no que E, então, tocamos prático. no seu contexto o uso crever um uso faço Eu usuário”. do “experiência de chamar poderíamos balhos etnográficos, principalmente os que se baseiam em en 56 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados convite aomanejodeste objeto de uma determinada maneira. rio está virtualmente presente, mas no próprio objeto há um partir dasuaobservação. mas, eventualmente,tuação, nanarrativa queelevai produzir a trabalhodo observador, nãosomentesua presença pela na si uma narrativa para descrever a situaçãoqueobservou. Háum ao mesmo tempo, até certo ponto, umescritor.vai Ele enunciar é participante.estrutura Ele observada.situação a é, analista O vação dos usos, anossaprimeira ideia é de que oobservador servar oqueaspessoas fazem.se interessam E emter resultados teressam muito emencomendar pesquisassobre usos, paraob no Brasil, mas,naFrança,por exemplo, vários ministérios se in pelos atores políticos industriais. Não sabemos é a situação qual Temosproblemática aíuma de reapropriação orientada dos usos tem pelocontrole lutas difusão epela dos saberes sobre os usos. reflete. que usuário um como conceptor o seja, reflexivo”,ou “usuário o usadedeterminada maneira. Isso é oqueBardini chama de pensando que eledesenvolve um objeto, mas queo faz porque prios, os usuários. Há, então, um trabalho reflexivo do conceptor, tador epercebeu queos primeiros conceptores eram, elespró Montreal,investigou oprocesso de invenção domicrocompu exemplo, oprofessor dainternet, Thierry Bardini, umcolega de do usuário. conceber a interface tendo em mente uma determinada imagem cebido pressupõe aimagemde um determinado usuário. Vamos logia cognitiva. Umaquestãode percepção. Omodo como é con o modo como o percebemos. Uma noçãoqueprovém dapsico de interaçãoentre omodocomo objeto técnico édesenhado e essa dedução apenas aoobjeto técnico. Também éumaquestão preciso empurrar oupuxar aporta.Masnãopodemos atribuir for Se umamaçaneta bemdesenhada, vai-se olharever queé pouco complicada.Damosumexemplo:de porta. maçaneta uma usuário quesejasensívelde “convite”.esse tipo a ideia um uma É Devemos,levar também, o fato emconta dequeissorequer um Como desafio, é preciso tomar consciência de que exis A terceira ideia éadeque,doâmbito dainvenção, por A segundaideia é a davirtualidadedo usuário. O usuá Sobre as problemáticas e desafios que temos na obser ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 57 ------The Information Value in Informational in Informational Value

. Há cada vez mais uma força do umamais força vez . Há cada , n. 229, p. 01-06, 2011. marketing de simples dispositivos técnicos. Os objetos Os objetos técnicos. simples dispositivos de Le web fait-il les révolutions? Nos vies numé vies Nos les révolutions? fait-il web Le An International Journal, v. 28, n. p. 3, 135-150, Journal, v. An International Mensuel status em relação aos estudos de uso. Podemos dizer, tam dizer, uso. Podemos de aos estudos em relação O terceiro desafio é a necessidade de desenvolver abor desenvolver de necessidade a é desafio terceiro O O segundo desafio está no fato de precisarmos articu Gostaríamos de apresentar três desafios para o futuro Capitalism and on the Internet. Society: 2012. riques. GRANJON, Fabien. Fabien. GRANJON, ARVIDSSON, Adam; COLLEONI, Elanor. COLLEONI, Adam; ARVIDSSON, nas para se conseguir pensar os usos. se conseguir pensar nas para Referências dagens interdisciplinares para pensar os usos em nível micro e micro em nível usos pensar os para dagens interdisciplinares discipli em várias E buscar elementos ao mesmo tempo. macro, estudos de tecnologia. Há uma interface a estabelecer entre os a estabelecer entre Há uma interface tecnologia. de estudos e da comunicação e o domí campos das ciências da informação nio das ciências que estudam a tecnologia. lar os trabalhos sobre os usos com as tradições de pesquisa em de pesquisa os usos com as tradições sobre lar os trabalhos reduziria ao reduziria técnicos. dispositivos simplesmente não são comunicacionais dimensões. numerosas Eles têm das pesquisas sobre os usos. O primeiro deles é evitar toda e e toda evitar deles é os usos. O primeiro das pesquisas sobre que os comunicacionais objetos dos qualquer problematização estudos têm a última palavra. Um desafio teórico e metodológico metodológico e teórico desafio Um palavra. última a têm estudos do registro o juntos pensar como está em pesquisadores os para e do macrossociológico. micro As problemáticas dos estudos de uso são construídas pelos pelos de uso são construídas estudos dos As problemáticas Há estudos. os que encomendam aqueles e por pesquisadores e os que encomendam assimétrica, os de forças aí uma relação pos de pesquisadores que desenvolvem orientações epistemoló orientações desenvolvem que pesquisadores pos de abordagens e podem ter ideologias divergentes gicas diferentes, orientações. em função das suas variando usos, dos diferentes ciólogos e estudos de de e estudos ciólogos marketing gru pesquisa, temos de centros nos nas universidades, bém, que de pesquisas retidos durante um determinado tempo, antes de antes tempo, um determinado durante retidos pesquisas de so de estudos de sobreposição numa publicá-los. estamos Hoje, 58 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados HEIN, Fabre. Lefan comme travailleur: lesactivités méconnues HADDON, Leslie.DomesticationAnalysis,of Study, Objects and v. 1,p.37-51,2011. d’un coproducteur dévoué. Journal ofCommunication the Centralityof Technologies in Everyday Life. Sociologie du Travail, Sociologie , v. 36,p.311-323,2011. Canadian v. 53, Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 59 1 - - http:// . CV: . CV: circuitos, circuitos,

Jairo Ferreira Jairo

[email protected] . : meios, dispositivos, usos, práticas, apropria práticas, usos, dispositivos, meios, : From means to dispositifs: means to From Questions and propositions Questions and questões e proposições questões Dos meios aos dispositivos: aos dispositivos: Dos meios O objetivo deste capítulo é sugerir relações entre entre capítulo relações é sugerir deste O objetivo Professor Titular do PPGCC – Unisinos. E-mail: Titular do PPGCC Professor lattes.cnpq.br/8243334414084240

1 Palavras-chave circulação. ções, circuitos, jogo social, em que instituições e atores constituem jogo social, em que instituições e atores meios, as lógicas dos e ambiências que transcendem ambientes e apropriações. dos usos, práticas neos (econômico, político e cultural), desconstruindo-se, nesta desconstruindo-se, e cultural), político (econômico, neos pelo comunitário, de apropriação as possibilidades apropriação, como c) da circulação sociais; com os usos e práticas em tensão um conceito matricial, triádico, reunindo as dimensões do signo, signo, do as dimensões reunindo matricial, triádico, um conceito b) da localização das e do sociossimbólico; da tecnotecnologia contemporâ meios pelos mercados dos históricas apropriações circuitos, ambientes, ambiências que fundam novas questões e questões que fundam novas ambiências ambientes, circuitos, em é desenvolvida proposição Essa investigação. de problemas do meio como das relações a) da recuperação argumentos: três tecnologia e o sociossimbólico), situando-os no cruzamento no cruzamento situando-os e o sociossimbólico), tecnologia dos e apropriações práticas usos, acessos, de perspectivas das em emergentes pelos processos ultrapassadas porém meios, Resumo: a uma aberto meios, de conceito o pensar para epistemologias técnica, da matriz triádica (signo, exponencial complexidade 60 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados together the dimensions of thesign,techno-technology andthe relationstriadic, matrix-likeof themeansasa bringing concept, sition is developed inthree arguments: a)ontherecovery of the foundquestions andproblems new of investigation. This propo processes emergingin circuits, environments, ambiencesthat tices andappropriationssurpassed by ofthe means,but the them intheintersection of perspectives ofaccesses, uses, prac (sign, technique, technology andthesocio-symbolic), situating means, opentoexponential an complexity of thetriadicmatrix between epistemologies in order tothe conceptof about think Abstract: (2013) sugere superar essaseparação entre asduaslinhagens: rial). Asapropriações se referemEntretanto, àlinguagem. Proulx práticase apropriações se referem aoobjeto técnico (oumate gens de pesquisa diferenciadas. Oacesso, os usos, utilizações, Essas quatro categorias conceituais estãorelacionadas alinha tanto na discussão da recepção como sobre os meios técnicos). nais; c)aspráticas; d)asapropriações (essa categoria aparece nologias, que articula com a reflexão sobre objetos comunicacio sociais: a) o acesso; b) os usos e utilizações da técnica edas tec pelos meios, quando inserida social em processosluta pensar a que nosoferece nomínimo quatro categorias conceituais para 1 Introdução circuits, circulation. Keywords: appropriations. transcendambiences that thelogicofmeans,uses,practices and institutions andactors constitute circuits, environments and and practices; c) on thecirculationas asocialgame, inwhich of appropriation bycommunity,the tensionin uses social with markets, deconstructing,inthisappropriation, thepossibilities the meansby contemporaryand cultural) (economic, political socio-symbolic; b)onthelocationofhistorical appropriations of Nestenosso capítulo, ponto de partida é Serge Proulx, The purpose of this chapter is to suggestrelationships means, dispositfs, uses, practices, appropriations, tualizada pelas tradiçõestualizada de estudos de recepção e outrasEm palavras, contexnossa pesquisa está ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 61 ------Quanto Quanto aos estudos de uso, refletimos muito em estamos técnico, objeto do apropriação de termos técnico. objeto do material caráter lado do do mais nós valorizamos recepção, de aos estudos Quanto de signi e da produção a questão da interpretação simbólico. a questão ficação, do portanto universo articular o para trabalhar que precisamos Acho e o simbólico (ibid., p. 91). material momento em que ela busca entender as interpre entender ela busca que em momento sobre aos estudos mensagens. E quanto tações das que ten em no momento centramo-nos os usos, Na técnico. objeto do a apropriação tam perceber interessa-nos a recepção, sobre tradição, primeira mais o campo E, do simbólico. na segunda tradi à apropriação ligados mais estamos usos, ção, dos Então, há uma dupla articulação técnico. objeto do p. 2013, (PROULX, material o e simbólico o entre 84). sobre os usos. Sobre a recepção, o enfoque está no o enfoque recepção, a usos. Sobre os sobre O conceito de meio usual está, em geral, contaminado de meio usual está, em geral, O conceito Na perspectiva de fazer esse trabalho sugerido – ar sugerido trabalho esse fazer de Na perspectiva No final deste mesmo artigo, retoma a proposição: a proposição: retoma mesmo artigo, No final deste guras são, antes, imateriais. Uma inferência. Caso contrário, os contrário, Caso Uma inferência. imateriais. são, antes, guras funda ou símbolos sem materiais são ideologias-cópias meios e à técnica. Antes de tudo, o meio é o signo, em suas dimensões suas dimensões em signo, o é meio tudo, o de Antes à técnica. e tudo, uma parêmia. de é, antes O meio e materiais. imateriais Não sem há as narrativa figuras (de Barthes) metafóricas. As fi pela ideologia da técnica e da tecnologia. O meio é a tecnologia. O meio é a tecnologia. e da tecnologia. pela da técnica ideologia à tecnologia restringe não se meio que o de é proposição Nossa ou aforismo parêmia – uma figura primeiro, 2.1 O meio é, 2 Quatro polos de funcionamento dos meios polos de funcionamento 2 Quatro ramente, deslocar o conceito de meio, agregando, porém, a im porém, agregando, meio, de o conceito deslocar ramente, portância das figuras – metáforas, analogias, ícones, diagramas meio. – como o primeiro ticular o material e o simbólico –, nossa proposição é, primei e o simbólico –, nossa proposição ticular o material 62 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados historicidade dos perspectivameios, na não éo comunicacional, transformação histórica. Nesse processo, questãocentrala da apenas umde muitos outros que convergem em produzir essa de pedraas tábuas dos mandamentos.certamente, Mas, esse é processo sócio-histórico. Referimo-nos, ilustrativamente,um: a 2.2 Historicidade dastécnicas etecnologias que ofluxo seencerre emseuenunciado. e materializadas, jáexpressam umato ajusante (Braga), mesmo mento nas poéticas em interação. Se inferidas as figuras em jogo, teóricos são concorrentes eparceiros daneutralidade datécnica como sociedade unidimensional (Marcuse). Esses dois sistemas o amontante serealizasse a jusante de forma perfeita, ajustada, taminada); b)omeiocomo afetaçãoideológica emsi,comose queestáforacer algo comunicativadele (aação pura, descon (Habermas), funcional onde aideologiaestaria emnãoreconhe a) omeio como afetação apenastécnica etecnológica, portanto, de inteligibilidadepitais fornecidos por sistemas teóricos fortes: municação. Este primeiro nível ideológico sobrevive comos ca representantetodo,do complexo, co configurade que meio um gia àcríticade Habermas) que vê atécnica etecnologia como e a técnica e o sociossimbólico resulta daideologia (por analo 2.3 Aideologiadosmeiostécnicos etecnológicos circulação ( de, nem sempre realizada, de imagens-totens nos processos de novas possibilidades sociossimbólicas, incluindoapossibilida semiocognições que proliferam,se digladiam, em disrupções e tência esituarnovas bases,éapenasponto de partida de novas transformadora porexaurir basesmateriais anteriores daexis -filosóficos, a interposição social de novos objetos materiais, se é metáforassímbolos sociaisreinstalados.aos termosEm teórico como operaçõesse instala jusante, sociaisdesentido,a indodas sobretécnica),ideologia da a o sabersemiodiscursivo mas que tejusantea e (teoria socioantropológicade Habermas-Gehlen saber técnico-funcional queéconstruído socialmente amontan Nesse sentido, a separação entre osigno,atecnologia A transformação do signo emtecnologia etécnica éum ROSA , 2014). ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 63 ------As questões levantadas sobre o acesso, o uso, a utili o acesso, sobre levantadas As questões Lembro-me aqui de um museu antropológico em de um aqui museu antropológico Lembro-me Nesta perspectiva, a discussão sobre o acesso, o uso, a o acesso, o a sobre discussão Nesta perspectiva, zir lógicas. Há acoplamentos entre o algoritmo e a imagem. Mas entre lógicas. Há acoplamentos zir re dois a música e a imagem. Esses entre não há acoplamento matriciais, em que um agencia o outro, de forma acoplada ou de forma matriciais, em que um agencia outro, o que produzem suas camadas sobrepostas, de deslizamentos em tradu possível quando é Há acoplamento inesperados. sentidos cada um dos meios designados (o signo; a tecnologia e a técni a tecnologia signo; (o designados meios cada um dos mas também ca; o sociossimbólico), aos seus desdobramentos meios. a portanto, referir, se devem e as apropriações zação, a prática finem o uso, portanto. Há um lugar de representação icônico quais os e tecnológico, seu uso técnico -simbólica, que antecipa dos as materialidades de objeto-signo, compõem, com seu lugar Genebra. Uma foto em que “índios” de uma em que “índios” tribo utilizam o pen Uma foto Genebra. como adorno, de um lado, e um pendurado pequeno espelho, te que de e a tecnologia Não são a técnica aos cabelos, do outro. 3 Dos usos às apropriações: questões 3 Dos usos às apropriações: ca, a montante e a jusante, mesmo que estes sejam base material base material sejam que estes mesmo e a jusante, ca, a montante desta proliferação. tecnológico, material). A proliferação do imaginário é indício de é indício imaginário do A proliferação material). tecnológico, à técni ligados funcionais sentidos os ultrapassa que a semiose lugar de representação de algo que este ocupa (seu valor icôni valor (seu ocupa algo de este que representação de lugar percepti aciona (intuitiva, e só secundariamente co-simbólico), e funcional (técnico o seu valor e cognitivamente) sensorial va, no contato com os meios, uma disposição aos meios conforme conforme aos meios uma disposição meios, com os no contato que o meio ocupa. icônico-simbólica de representação o lugar é com o usuário com o meio um de contato Ou seja, o primeiro utilização, a prática e as apropriações deve se referir não, pri referir se deve e as apropriações utilização, a prática disso, Há, antes e tecnológico. técnico aos meios meiramente, -simbólicas em jogo. -simbólicas sociais dos meios 2.4 Acionamentos e da tecnologia, que criticam. A decorrência básica básica o uso é que A decorrência criticam. que tecnologia, e da icônico dimensões das meios não dos é infraestrutura material 64 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados constituem emreferência difusa não só porque se refere aum raivosas ousublimes,cinza-escuras oubrancas suaves, quese Os meios,nessesentido,sãocondensados, nuvens turbulentas, relativi infinita, zando todas as unidimensionalidades pretendidas e propostas. adaptativa força uma com lógica, sua à tudo se também quer unidimensional. Masasemiose assimila isso tecnologianais: a técnica; ea odinheiro. Opoder descendente quem sabe,deslizarem umsobre outro, emnovas sinfonias. do ritmo,daharmoniaemelodia,para serem justapostos e, gistros sãointraduzíveis.por isso, Demandam,amusicalidade, cenário social, várias questões se interpõem em termos de pa acionando-se, processualmente, novas construções sociais. necessidade de novas figuras, superação das figuras ideológicas, demandas semióticas de diversoslam níveis –emparticular, a tuição de novos objetos reconhecidos socialmente, quereinsta consti a há porque especialmente codificados, estão Não cial. das tensões entre proposições equestões. geridas. Seguimos,agora,paramáxima esta avançar em torno su reflexões das norteadoras questões de balaio o é empíricas camente um conceito quando este está aserviço das pesquisas 3.1 Ojogo dos meiosemconstante mutação. ções sociais, dos usos, das práticas e das apropriações tentativas constantemente sendoreestruturadasdas interagenética pela ela institui,fazendo com queasestruturas estruturadas estejam diferenteconstantes, sãoasmutações bases que as quesolapam sugere oestruturalismoconstrutivista de Bourdieu. fazque a O de estruturatica estruturante. reprodução,aí há não Mas como estruturapor uma estruturada que seencontra dialé em uma ferente nosentidodossistemas simbólicosemBourdieu. outro quenãoelaprópria,porque mastambém étotem autorre - Questões: Sempre queumnovo meio é oferecido no - Proposição: Os usos são zonade experimentação so a) Dosusos A formamais produtiva para pensarmos epistemologi Nessa linha de formulação, amidiatização é nucleada verdadeÉ que podesefalarem meiosunidimensio ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 65 ------midiático começaria, habitus . O habitus - As questões: As melhores, aqui, são as questões clássi aqui, são as questões As melhores, - As questões: b) Das práticas b) Das práticas so estabilizados usos são práticas As - As proposições: ralismo linguístico e estruturalismo antropológico). Trata-se da Trata-se antropológico). linguístico e estruturalismo ralismo o identifica que analítica cas da socioantropologia de Bourdieu, sem, entretanto, sua teo entretanto, sem, Bourdieu, de cas da socioantropologia que a ação é infraes ou seja, de das práticas, ria infraestrutural estrutu ação, da filosofia de mistura (uma linguagem da trutura sobrepostas, que estão estabilizadas (a escritura, a leitura, o uso a leitura, estabilizadas que estão (a escritura, sobrepostas, etc.). a fotografia, de redes, consumo e nos usos. Não se estabiliza como ocorreu com o livro, com o livro, consumo e nos usos. Não se estabiliza como ocorreu camadas, várias tem Porém, e a televisão. o rádio a imprensa, te de usos reconhecidos socialmente. Mas as práticas também Mas as práticas socialmente. reconhecidos de usos te essa Porém, político e cultural. econômico, de poder são relações do da oferta, transformação constante na estabilização se esvai afirmamos que as práticas se constituem em estabilização dos e funcionais. O pro deontológicos normativos, usos em termos resultan é prática da esfera A codificado. socialmente está cesso forma concorrente (que tipo concorrente forma de usar). roupa sem Outras, codifi codi experimentação, em usos, falar permite o que nos cações, ficações tentativas, como fala Braga (2010). Nesta perspectiva, cialmente. cialmente. Algumas práticas são hipercodificadas em algumas codificadas de Outras, por sociedades exemplo). (andar vestido, rimentam (a Igreja, o Exército, a Escola, etc.)? Claro, além disso: Claro, a Escola, etc.)? Exército, o rimentam (a Igreja, meios? os difusos experimentam como atores rimentação não estão dissociadas de parêmias e máximas sobre e máximas sobre de parêmias dissociadas rimentação não estão o com exemplo, por relação, tudo tem isso Como o ambiente: Brasil? Como as sociedades específicas usam os meios, os expe gunta: Como a experimentação da rede está em intersecção com intersecção está em da rede a experimentação gunta: Como do pai, conforme – a versão de pai? a Como perversão meu lugar à expe vinculadas questões Essas xeque? colocada em Lacan – é nam? Finalmente, tanto em termos de parêmias como de má de como parêmias de em termos tanto nam? Finalmente, comunicação de Os meios pergunta-se: ximas epistemológicas, per Um pai se meios? os conforme transformam se simbólicos ou só inbox? Fazer fofoca? Injúrias? Ao mesmo tempo, o usuá tempo, mesmo Injúrias? Ao fofoca? Fazer ou só inbox? está o Face Como regulado? sendo estou Como rio se pergunta: me condicio Os algoritmos? Os formulários me direcionando? rêmias e aforismos. Que palavras posso usar no Face? Imagens? Face? usar no posso Que palavras e aforismos. rêmias publicamente sexo” de “falar Posso como? me mostrar Posso 66 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados dos meiostecnológicos edastécnicas,de lingua também mas analisar oqueéusoeprática. das práticas requer a competência doarqueólogo, para saber interface com as instituições sociais exógenas. Por isso, o estudo ma medida, essas dimensões, simbólicas,daspráticas estãoem singulares, queregulariamesses espaços de práticas. Emalgu nico e tecnológico, comsuaarqueologia; eos vo; mas investigá-lo também pede a identificação do do identificação pela então, ciências sociais clássicas). pelas identificados e conhecidos já sociais dilemas e impasses operações (criaçãodenovos impasses) e transformações (dos sociais, de forma endógena (como representação de dilemas), apropriações das práticas edos usos intervém nassimbólicas nizacional-midiáticos. A questão,aqui,essencial é de como tais orga projetos os também mas artificial, inteligência a cialistas, dos quais destacamos oprojeto cibernético, os sistemas espe grandesSão projetoseconômicos e culturais,estatais, políticos, las realizadas pelos capitais–econômicos, políticos eculturais. mais permeáveis àsapropriações descendentes,aque ouseja, São ascendentes. apropriações às assim flexíveis são não gicos é a parte boa dahistória. É fato que os meios técnicos e tecnoló pria existência daapropriação dos meios. pareceMas queesta -semio-culturais ascendentes, percebidos como centrais àpró conhecimento –, queháumaapropriação dos processos sócio -retóricos às narrativas; daargumentaçãointerlocuçãoà dere espaço há umjogo de hegemonias e concessão – dos discursos ao lugar do entre os meios eacultura. Entendemos que neste conjuntoum dequestõesapropriaçõesas limitar ao dos meios vos quandoháapropriações. dos mercadoseconômicos, políticos eculturais.dispositi Só há pectiva, édesapropriação do comum,realizada conforme lógicas de produção de sentido, consolidado em práticas. Nessa pers etc.). Apropriação ésempre desapropriação dotrabalhosocial gens edosobjetos sociossimbólicos (religião,amor,política, - Asquestões: A teoria das mediações (Barbero) situou - Proposição – Apropriação:apropriação Nãoéapenas c) Dasapropriações habitus semio-linguageiro-discursi habitus simbólicos, habitus téc ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 67 ------midiático que é sobreposto pe é sobreposto que midiático habitus Nesta perspectiva, a lógica da comunidade – espaço da Nesta perspectiva, Nas pesquisas sobre midiatização, temos falado, em falado, midiatização, temos sobre Nas pesquisas Ao contrário do que supõe uma visão interacionista supõe uma do que visão interacionista contrário Ao participação, da gratuidade, da generosidade, do dom, na forma do dom, na forma da generosidade, participação, da gratuidade, pelas formas de acumulação, distribuição, circulação, etc. de ca de etc. acumulação,circulação, de distribuição, pelas formas pitais – econômicos, políticos e culturais. das são organizações cujos fins são específicos dos campos a que a campos dos específicos são fins cujos organizações são das Ambas, etc.). policial, econômico, jurídico, (escolar, pertencem definidos pelos mercados, grandes são atravessadas entretanto, sentido de posições (jornais, sites, redes um e desenvolvem etc.) digitais específicas, midiatiza Já instituições acima. proposições conforme los usos, termo instituições. Sugere-se outro, em tensão (organizações). (organizações). em tensão outro, instituições. Sugere-se termo Instituições midiáticas se refere a organizações cujos fins são um campo no à comunicação midiática. Formam direcionados geral, em instituições midiáticas e midiatizadas. Questiona-se o Questiona-se midiáticas e midiatizadas. em instituições geral, sendo investidos de novas camadas, em relação às quais não há relação camadas, em novas de investidos sendo prá usos, de um processo emerge práticas, e códigos contratos, incertas. e apropriações ticas tentativas víduo-ator está interagindo com meios que são apropriados por com meios que são apropriados está interagindo víduo-ator espaço mais ainda seu que reduz o e instituições, organizações estão permanentemente meios os como Porém, liberdade. de truturantes. Perante essas camadas, o ator não responde apenas não responde essas camadas, o ator Perante truturantes. mediato, está assujeitado ao contexto mas imediato, ao contexto indi lado, esse outro Por e social, que está em inserido. histórico permitem falar em atores, há camadas de práticas, a serem in a serem práticas, de há camadas em atores, falar permitem geologicamente, sobrepostas empírica, na pesquisa vestigadas que são es estruturadas estruturas de falar o que nos demanda débitos – os mesmos do interacionismo que o alcunhou. que o alcunhou. Se há, interacionismo do mesmos os – débitos que nos usos semio-técnico-discursivos, aos meios em relação apenas de indivíduos conectados, como é proposto por vários vários por é proposto como conectados, indivíduos apenas de mui ator, O termo indivíduos. há, aqui, exatamente, Não autores. seus também midiatização, tem pesquisas sobre utilizado nas to ingênua, o contato inaugurado pelos usos, práticas e apropria práticas pelos usos, inaugurado ingênua, o contato trata não se porque iguais. Primeiro, não meios é entre ções dos se configura? ambiente Que interage? 4 Quem 68 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados política entre comunidadeemercado. regulação de lugar seu definir-se a jogo, em símbolos os densar ções e resistência tem aindaoEstado,lugar quedeveria con economia daparticipação. da configuração na central livro, neste apresentada Proulx de rentabilidadeeconômica, cultural É, conformeou política. atese tencimento, emtensão comaslógicasmercantisonde vigora a der,resistência, carência devalores, normasecrenças deper de presente, de hospitalidade, de prestar serviços 2 JairoFERREIRA, BRAGA, José Luiz. Nem rara, nemausente –tentativa. Referências que sesituamalémdospercursos observáveis eseusrastros. energéticos fluxos aos remete ambiência a visíveis, são objetos ambiente se refere aoprocesso sócio-semio-técnico em queos pesquisa, remetendo ao conceito deambiente eambiência.Seo tos, permeáveis à disrupção. temEsta sido nossa perspectiva de tos ambientesinstáveis,constituídos são indeterminados, incer apropriações. Podemos, nesse sentido, especularqueoscircui estejam atravessadas pelo campo deforças designado pelas práticas essas e que mesmo interações, pelas configurados são práticas eapropriações, só existem terações entre atores einstituições,conforme lógicas deusos, 5 Para alémdaapropriação O quefaz mover as redes sociais?das normasedos Disponívellaços. Umaanálise em: < e circulaçãocomo objetos às depesquisa: daslógicas USP (impresso), v. 4,p.65-81,2010. view/24292 < Galáxia paraanalogias investigar aexplosãodas defasagens. http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/ Os circuitosOs eambientespartir dasin constituídosa Essa complexa matriz de apropriações, desapropria http://rccs.revues.org/723 , PUCSP, v. 33, p. 199-213, 2016a. Disponível em: . Aconstruçãodecasossobremidiatização a >. >. ad hoc , e,nesse sentido, 2 –é contrapo Matrizes ------, Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 69 - - - , v. , v. http:// Studies , Denize Correa; Correa; , Denize Teorias do imaginá Teorias >. ARAÚJO http://www.revistas.usp. Communication , USP (impresso), v. 10, p. 135- 10, v. , USP (impresso), Revista de Epistemologias da da Epistemologias de Revista , 2013. Disponível em: < em: Disponível , 2013. for Matrizes Journal v. 1, n. 2 1, n. v. – . > . Adaptação, disrupção e regulação disposi em e regulação disrupção . Adaptação, . Mediatization: a concept, multiple voices. . a Mediatization: concept, multiple voices. . Brasília: Compós, 2014. p. 28-50. . Brasília: CONTRERA, Malena Segura (org.). (org.). Malena Segura CONTRERA, rio tivos midiáticos. midiáticos. tivos Questões Transversais: Questões Comunicação. revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/ view/7660 In: midiáticas de rupturas. vas ESSACHESS 9, p. 197-212, 2016. da a comunicação: rumo uma quarta geração? 153, 2016b. Disponível em: < Disponível 153, 2016b. br/matrizes/article/view/120016 ROSA, Ana Paula da. Imagens-totens em permanência x em permanência tentati da. Imagens-totens Ana Paula ROSA, PROULX, Serge. Estudos de recepção em contexto de mutação em contexto recepção de Estudos Serge. PROULX, GOMES, P. G GOMES, P. FERREIRA, FERREIRA, Jairo

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 71 1 - - - - . Ana Paula da Rosa Paula Ana são criações partilhadas ou o es partilhadas ou o são criações diferidos http://lattes.cnpq.br/2166615059295438 mashups . CV: . CV: como apropriações da imagem apropriações como in deferred spaces and times spaces in deferred O contexto da cultura digital tem imposto mudanças imposto digital tem da cultura O contexto Comunicação na Unisinos, na linha de Midiatização e Processos Sociais. Comunicação na na Unisinos, linha de Midiatização e Processos do do Vale pela da Comunicação em Ciências Universidade Jornalista, doutora E-mail: Epistecom. do Grupo de Pesquisa Sinos (UNISINOS). É Rio dos vice-líder [email protected] Docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação da em Ciências de Pós-Graduação Programa do e pesquisadora Docente jornalística em espaços e tempos e tempos em espaços jornalística Tensions between creation and emptiness: creation between Tensions Tensões entre a criação e o vazio: os a criação e o vazio: entre Tensões mashups Mashups as appropriations of journalistic images of journalistic Mashups as appropriations 1 vaziamento dos contextos informacionais? Parte-se da ideia de Parte-se informacionais? contextos dos vaziamento e espaços diferi em tempos de interações possibilidades novas no ciberespaço. fotojornalismo do a partir da apropriação dos tir de material já circulado. Ante o exposto, este artigo discute artigo discute este o exposto, Ante já circulado. tir de material na de imagens na circulação a noção de usos e apropriações e questiona: os web atravessaram as práticas sociais. Cada vez mais usuários parti mais usuários vez Cada sociais. as práticas atravessaram de valendo-se significantes materiais produzir de jogo do cipam a par feitos videoclipes vídeos, imagens jornalísticas: surgem Resumo: Resumo: comunicacional, midiáticas assim como as lógicas no processo 72 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados social practices. More andmore users take partinthegame of process,the communicational and themedia logics have crossed Abstract: gem, atores sociais. Palavras-chave: para osconceitos deSerge Proulx eDominiqueCardon. teóricos, deautoresalém especial olhar um midiatização, há da 2013, sob atrilhade Cálice” de “O Chico Buarque. Como aportes Seconds to Mars O ção demateriais significantes. web,na onde consumidores e produtores serevezamprodu na comunicação realizada na contemporaneidade, principalmente positivos. Estasdimensões são fundamentaispara entender a tuamente: processos comunicacionais, contextos sociais e dis cados discursivospartir detrês a dimensões que seafetammu ( 1 Entre acircularidade eos actors. Keywords: and DominiqueCardon. authors, specialattention isgiven to conceptsofSerge Proulx by Chico Buarque. Astheoreticalcontributions, besides media of aprotest occurred inJune2013, under the track Cálice” of “O Thirty Seconds to Marsband’svideoThis Is Warclip video anda appropriation of photojournalism. The corpus is formed by the of interactions indeferred times and spacesonthebasisof the formationalcontexts? starts fromIt theideaofnewpossibilities and asks: are mashupsshared creations or the emptyingof in uses and appropriations in thecirculationof images ontheweb material. Inviewof the above, this article discusses the notionof ages: videos appear,arevideo clips madefrom already circulated producingmaterials meaningful use ofjournalistic im making FERREIRA corpus éformado pelo videoclipe Este artigoadotaaperspectiva damidiatização The contextcultureof digital hasimposed changes on , 2006) como a unificação e diferenciação dos mer dos diferenciação e unificação a como 2006) , journalism, media,appropriation, image,social e um vídeo eum doprotesto ocorrido em junhode jornalismo,midiatização,apropriações, ima mashups This IsWar : háonovo? dabanda Thirty Thirty ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 73 ------A midiatização é um novo modo de ser no mun ser de modo novo A midiatização é um categoria a mediação como a superar tende-se do, mais do hoje, mesmo sendo os meios pensar para entre a ligação faz que elemento que um terceiro Esse conceito via mídia. o indivíduo e a realidade relaciona se o receptor como a forma contempla com a mídia e o modo como ele justifica e tema como um isso estrutura-se Por tiza essa relação. no seu que traz complexo social mais processo social sentido de produção de mecanismos bojo os (GOMES, 2013, p. 136). . Isto é, compartilhar os sentidos produzidos atra é, compartilhar produzidos os sentidos . Isto 2 Deste modo, a midiatização é um processo mais amplo, mais amplo, a midiatização é um processo modo, Deste Assim, neste trabalho parte-se da ideia inicial de que a de ideia inicial da parte-se trabalho neste Assim, no ambiente das circulações emergentes”, de 2012. emergentes”, das circulações no ambiente Esta definição aparece no texto de Jairo Ferreira “As instituições e os indivíduos indivíduos os e instituições “As Ferreira Jairo de texto no aparece definição Esta 2 comum que também se insere em lógicas comunicativas; tome em lógicas comunicativas; comum que também se insere para de textos a a redação edição de vídeos, -se como exemplo (2006), que perpassa o fazer social. Isto implica dizer que as ló que dizer implica social. Isto que perpassa o fazer (2006), ao campo da comunicação como restritas eram gicas que antes no cotidiano do cidadão imiscuindo se vão gradativamente, fazer, suporte, e tampouco ocupa a centralidade dos processos, como processos, dos e tampoucoocupa a centralidade suporte, acontecia na chamada sociedade dos meios, mas se como afirma Sodré configura ambiência, num “bios midiático”, numa nova te impactada pelos dispositivos midiáticos, não apenas em sua não apenas em midiáticos, pelos dispositivos impactada te figura técnica e tecnológica, mas em seu também. É caráter certo afirmar semiológico que a mídia não atua como um mero sistêmico, que trata que é fortemen de uma visão da sociedade que trata sistêmico, Pedro Gilberto Gomes (2013), Gilberto Pedro quais concordam em um sistema de amplificação. Vive-se hoje por lógicas são atravessadas sociais um cenário onde as relações a vida social. Para de organizar o modo da mídia, o que altera em especial os atores sociais midiatizados, os usuários da rede os usuários da midiatizados, sociais rede em especial atores os emitir para espaço que disputam mundial computadores de com as ideias circular fazer ou para suas ideias discursos, seus de sentido” os entre e pelas lutas travadas empregadas das estratégias vés comunicação, o que inclui na própria envolvidos campos sociais comunicação é uma forma de construir “zonas compartilhadas compartilhadas “zonas construir de é uma forma comunicação 74 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados dos sobre arecepção ousobredo receptor opapel precisam ser que osprópriosdestaca internet, no espaço da municação estu jornalístico. instituição ouorganização,uma principalmente dodomínio do informação e comunicação,comunicar deixou de estar restrito a nas peloseuuso.Ante amidiatização easnovas tecnologias da como ferramentae técnica aindanãosejaplenamente garantida eficácia ape a que mesmo generalizou, se e sociais relações se inscreveuMiège (2009),comunicação a profundamente nas socialização emecanismos devisibilidade.Conformea Bernard para alémdotrabalho jornalístico, porexemplo. Ospróprios Assim, háuma autonomização dosprocessos comunicacionais to depassivos comonosesquemascanônicosdacomunicação. tornam, na expressão deProulx, “interatores”, deixando opos fundamente notecido social,sendoqueosreceptores agora se Proulx, dispositivos, ondetodos são, emcertamedida,emissores. Para repensadosdo contexto em função de telas damultiplicidade e Isto implicadizer queamidiatizaçãoseinstaurou pro Serge Proulx(2013), ao sereferir aos estudos da co Nós nos vemos diantede deumamultiplicidade (PROULX, 2013,p.90). dades epistêmicas e comunidades de amadores resse que reúnem coletivos de usuários,comuni das audiências de massa àscomunidades de inte Passamosdifusão, distribuição edecomunicação. diantehibridação dosnossos modos deuma de interação comoqueestáacontecendo. Estamos telaspostas nas diversas mesmo tempo, e,ao em em todas asnossas atividades diárias, agora trans ao computador.ne celular Atelada televisão está telas. Atela estácadavez mais presente: do telefo inovadora.Vemos, das multiplicação uma então, mixar antigas mídiascomelementos de criação sitivos interativos digitais,quenospermitem re o conteúdo das antigas mídias e os novos dispo o que é comunicação, numaconvergência entre o queéinformaçãoo queépublicidade, pública, fontes detelasconfusão degênerosnuma sobre ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 75 ------” ou peças spare pieces spare (blogs, Facebook, MSN). Todos, emissores e re emissores MSN). Todos, (blogs, Facebook, de produção estão inclusos no processo ceptores, 2011, p. 3). (FERREIRA; ROSA, Esse duplo processo produz diversas transforma diversas produz Esse duplo processo midiáticos, ções nas disposições e dispositivos com as instituições e indivíduos em suas relações que os disputam, mobilizam e os desenvolvem. diver midiáticos somam, portanto, Os processos emissão/ – emissão/recepção, sas circulações e recepção/emissão/recep recepção/emissão pela midiatização das insti ção – transformadas tuições (portais, novas configurações tipo Igreja indivíduos de Deus) e dos do Reino Universal E é exatamente dentro da problemática da midiatiza da problemática dentro E é exatamente tenção em circulação destas imagens, numa espécie de memória de imagens, numa espécie destas em circulação tenção “ (2011), Anders afirma como ou, proteica sobressalentes. apropriadas por usuários da web e reinscritas na própria midia na própria e reinscritas da web por usuários apropriadas tização. Isto ocorre de tal modo que a memória iconográfica in partir da manu a substituída ou preservada sendo vai dividual ção, na esfera do digital, que este artigo se insere, uma vez que uma vez artigo se insere, do digital, que este ção, na esfera que muitas imagens jornalísticas são de pressuposto do parte-se em um outro tempo, articulando presente e passado e talvez passado e talvez e articulando presente tempo, em um outro antevendo o futuro, o que significa que há uma dilatação tempos. de ção de uma cultura midiática por parte dos interatores. Mas Mas dos interatores. parte midiática por ção de uma cultura se constrói que uma cultura é essa? Certamente, que cultura (2008) chama de uma cultura de mídia que é assumida ou que é assumida ou que de mídia que uma cultura (2008) chama de Proulx longo dos anos. Nesse mesmo sentido, ao é introjetada a constru social potencializa que a web (2013, p. 91) destaca to, é válido destacar que a tecnologia potencializa o processo, o processo, potencializa que a tecnologia destacar é válido to, se dá apenas social e não é essencialmente mas a mudança Neto do que Fausto além dela. Trata-se pois vai pela tecnologia, transmitem transmitem mensagens. Estas tecnologias definem interativas ele usuários como pelos conteúdos de criação de a atividade No entan informacional”. ambiente um novo de central mento atores sociais midiatizados, conforme Proulx (2013, p. 91), p. 91), (2013, Proulx conforme midiatizados, sociais atores criam, remixam, interpretam, orientam, recebem, “selecionam, 76 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados nível” YouTube rios criam possibilidades outras de circularidade emblogs,no que nãosãojornalísticos. As apropriações feitas pelosusuá em quesãodistribuídas de modo reverberador em dispositivos condição desobrevidauma web distintana apartirdomomento ganham jornalísticas fotografias As diversos.dispositivos entre dos sentidos em funçãodacirculaçãointermidiática, ouseja, Ferreirae Rosa, observa-se acentuação/alteraçãouma quehá 4 3 objetivada.significante produção de tipo o conforme muda que (2004), “defasagemé a entre osdois”,defasagemuma desvioou tema produtivo do sentido; já acirculação,na visadade Verón 2 Dacirculação àapropriação apropriações. ciso entender do que estamos falando quandonos referimos às atores sociaismidiatizados. Contudo, antesé pre demaisnada, de força simbólica,sendo trabalhoque tal é desenvolvido pelos do discurso jornalístico jáchancelado,reinvestindo tais imagens ção denovas interações diferidas no espaçoetempopartir a pressupostoriqueza destasapropriações deque a cria na está visto?do já adaptações ções, cocriações apenas ou Parte-se do Os de imagensjornalísticas? ral,que lógicasdamidiatizaçãosãoperceptíveis na apropriação go, quepodem ser formuladas do seguinte modo: de maneira ge 3 Os Segundonível aoconsiderar queasimagensjornalísticasutilizadaspara com gem, asobreposição, orecorte. webmúsica e na na partir daideia doremix. a Derivamde técnicas cola comoa reorganizações partirdeummesmo trabalhoa ou devários pontos. Empregados (2001), e secaracterizamestética poruma do fragmento. combinações e São produção jornalística,masdeatores ouinstituições. ser diversos e complexos, em queaprópria imagem jornalísticanãoadvenha da para outros dispositivos. No entanto, observa-se que estes movimentos podem ticos com fins de ancoragem ou complementaridade da notícia e depois migram por um , engendrando novas circulações. , nestaemissão que chamamosaquicomo de “segundo mashups Produção ereconhecimento sãoosdois polos dosis Este cenário traztona à asquestões de basedeste arti Avançandopouco maisnoesquemapropostoum por mashup sãoderivados dacultura dohibridismo, como sustentaSantaella , por exemplo, inicialmente são publicadas em espaços jornalís mashups 4 seconstituememcria ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 77 ------, da recria mashup , a circulação resulta da análise de ambos os pro resulta , a circulação 5 Desta forma, o foco da circulação adotado neste artigo neste adotado da circulação o foco Desta forma, que defende que os meios de comunicação massivos têm a capacidade de pau a capacidade de têm massivos comunicação de meios que os que defende tar a agenda dos cidadãos e de definir temas de pertinência. Em 2008, Maxwell também que, do mesmo modo, a rede e considerou McCombs analisou a internet de agendamento. movimentos realiza Teoria da Teoria Comunicação criada no final dos anos 60 e início da década de 70 e 5 der-se. Se o tempo da fotografia já foi tão discutido mas apreen nunca retomado, capaz de ser retido, difuso tempo como um do o tempo alguma captado de forma, dido, e como este se transforma ao longo do tempo. Para a hipótese a hipótese Para ao longo do tempo. se transforma este e como é crucial, uma vez a noção de tempo trabalho, neste formulada suspen parece transcorrido a sensação de tempo que na web vo midiático e também segundo a “dimensão temporal que se midiático e também a segundo “dimensão temporal vo é a circulação compreender Portanto, em consideração”. leva sentido do construção de dá o trabalho se como compreender cesso que se desenvolve neste entrelugar e pode ter múltiplos e pode ter entrelugar neste que cesso se desenvolve da cir que as condições em mente Há que se ter afetamentos. – de dispositi o tipo – ou tipos conforme culação são variáveis está no que ocorre no caminho entre a produção em si, e suas a produção entre no caminho está no que ocorre a exemplo, por – como, na recepção gerado efeito o e regras, reinscrição destes materiais significantes –, isto é, está no pro sintetizarem fatos na forma de discursos (imagéticos ou não), de discursos na forma fatos sintetizarem de vínculos. formas outras gerando reinterpretam, suas regras. A circulação é, portanto, um processo em que o sen um processo é, portanto, A circulação suas regras. a lógica que, dos meios ao conforme muda, altera-se tido circula, ção não é a defasagem, pois esta representa um hiato no tempo, no tempo, um hiato esta representa pois ção não é a defasagem, e re de igualdade onde produção de um processo mas trata-se conforme um opere ainda que cada equivalem, se conhecimento há troca, isto é, reconhecimento de um valor, onde produção e produção onde um valor, de é, reconhecimento isto há troca, que, diferente dizer implica Isto “de acordo”. dizem se recepção circula a iniciais, estudos seus em Verón afirmava que do mente gerados em termos de reconhecimento, como se fazia a partir do fazia se como reconhecimento, de em termos gerados agenda-setting onde surge A circulação liga. que os o é que ela uma vez cessos, tem um papel no esquema comunicativo que precisa ser melhor ser que precisa papel um comunicativo esquema no tem infe e produção de modo o que olhar mais do Assim, entendido. os efeitos deu, ou quais foram se produção como essa sobre rir Esta formulação inicial, já revista pelo próprio Verón, que apon que Verón, próprio pelo já revista inicial, formulação Esta circulação a que indica (2013), processo do complexificação a ta 78 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados apropriar-se, mesclar elementos já nãoé nenhuma novidade no as referências. narrativas outras, hibridizando asinterações e,especialmente, do dejornalismo,querdizer que oscontextosa sãoacoplados A formulaçãopode parecer se tratané. Em mas não simplista, unir, diluir, hibridizar, fundir notempo-espacialdo ciberespaço. compreendidos na mesmalinhatempo-espacial realpodem se e tempos diferidos, também o que implicadizer que tempos não supressãouma do tempointeração ouuma diferida de espaços ção deumvídeovistas supõe apartirdeimagens jornalísticasjá nossa visada, éestritamente midiatizada forma deexercício de apropriaçãouma de lógica,que,em uma ratos tecnológicos. Istodizer implica que oaparato éapenasa compor oindivíduo,que passama sendo externadas emapa envolve ainteriorização de competências técnicas ecognitivas, produção daeconomia capitalista”. Anoção deapropriação tecnologiasção das no seio dasrelações deprodução edere apropria da conflituosa dimensão a para atenção a chamando franceses passaram a“desenvolver uma sociopolítica dos usos, ser investigadaa meça quebequenses e nos anos70,quando que nãoera comum. mas emcontrapartidacaminho paraabriu o estudodos usos,o aos aspectos psicológicos e àssubjetividades dos receptores, e Gratificações está no fato de que esta reduziu as investigações meira vez, o usuário da comunicação.Acrítica àteoria de Usos A mudançadepercepçãoblico. pri colocouemdestaque,pela comunicação de massa, isto é,noqueos meios fazem comopú anos de pesquisascentradasdo emissor nopapel e noefeito da residia no queo público fazia com os meios, depois de muitos investigações das foco o onde Gratificações, e Usos de estudos da. Anoçãode uso,segundoCardon (2005), surgiu apartirdos cussão dos usos edasapropriações que precisa ser recupera e Dominique Cardon veem nesse processo, exatamente,dis a esta recombinaçãoou apropriação émotivo detensão. Proulx No entanto,mana. quandonos referimos à imagemjornalística, o autor,recombinações tais sãoprovas daprópria evoluçãohu campo dacultura, pois ela por só si já é híbrida. Além disso, para Já aapropriação, aindapara Cardon (2005, p. 3),co André Lemos (2009) destaca querecombinar, copiar, . ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 79 ------realizado na Unisinos, o na Unisinos, realizado 6 a) O domínio técnico e cognitivo do artefato, b) a do artefato, e cognitivo técnico a) O domínio integração significativa do objeto técnico na prá des tica cotidiana do usuário, c) o uso repetido de criação possibilidades que abre sa tecnologia social), d) na prática novidades que gerem (ações finalmente, em nível mais propriamente coletivo, Conforme Proulx (2013, p. 5), a apropriação demanda demanda (2013, p. 5), a apropriação Proulx Conforme Proulx (2013) faz uma distinção importante e pontual pontual e importante uma distinção faz (2013) Proulx comunicação: Emergência de uma cultura da contribuição na era digital” reali da contribuição na era uma cultura de comunicação: Emergência zado em abril de 2013. Transcrição do II Seminário da Escola de Altos Estudos/Capes – “Mutação da Estudos/Capes Altos da Escola de II Seminário do Transcrição 6 condições: uso leva, possivelmente, a uma reinvenção da prática”. O autor O autor da prática”. a uma reinvenção possivelmente, uso leva, a inves em seus estudos um modelo para desenvolvendo vem em conta quatro levar que precisa das apropriações tigação domina o objeto técnico sem integrá-lo na sua vida profissio nal, pessoal, doméstica, não há, em minha opinião, uma verda do criativo Em última instância, esse gesto apropriação. deira a superação do domínio técnico do objeto para que seja pos para do objeto do domínio técnico a superação apenas com a vida cotidiana. “Se você deste a integração sível os dispositivos técnicos, respeitando aquilo que lhes é permitido é permitido aquilo que lhes respeitando técnicos, dispositivos os em ati mas inserindo-se (2002), como já Flusser diria dominar, vidades de apropriação. jornalísticas, é preciso ter uma relação com o objeto já estabele com o objeto uma relação ter jornalísticas, é preciso os usuários dominam é que cida e ir além dela. O que se observa fio. O uso é determinado pela relação que se tem com o objeto. a é artigo neste que interessa o uso, o que do mais entanto, No de imagens na web a reinscrição que, para uma vez apropriação, partindo do consumo até a noção de apropriação. Como exem Como a noção de apropriação. consumo até partindo do não significa cita a aquisição de um computador; isto plo Proulx a meses por na pode permanecer caixa seu uso, pois o mesmo há uma dinâmica do uso, não só se define o uso como o que as uma dinâmi mas também existe com o objeto, pessoas fazem uso ao refere dinâmica se p. 3). Tal 2013, (PROULX, uso” ca do autor autor afirma que “o uso é o que as pessoas fazem, efetivamente, na definição, Avançando técnicos”. e dispositivos objetos com os o autor complementa: “Uma segunda definição breve é de que de usos e apropriações. Em seminário Em e apropriações. usos de 80 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados muitas vezes outras telas, como a televisão. Quanto àterceira tais espaços estão integrados na vida do cidadão, substituindo falamos emdispositivos online como o tece ante odomínio técnico,vez cada maisperceptível quando ser visto, pautado, agendado. tentativa de ser ou manter-se como o chancelador do que vale duzido por atores sociais midiatizados; no segundo,fecha-se na No primeiro caso,abre-se parareceber, acolher conteúdo pro o movimento detrocas, se fechando. abrindo-se, mas também partir de postagens de fãs. Eo jornalismo? Este cada vez mais faz o recente videoclipe da banda banda está tensionando o fazer da indústria,tanto queovideoclipe da te. Aquartacondição é maispolêmica,masofazer dos usuários de um material significante já posto em circulação anteriormen outracia, háuma práticasendo social criada, aindaqueapartir das e inseridas em vídeos em tempos outros que nãoodanotí vezpois, uma artigo, queasimagensjornalísticassãoapropria afetando opróprioquestão defundodeste jornalismo, queéa às vezescia, até diariamente, transformandoprática a social e vídeos usuários postam ou abastecemcom frequên seuscanais condição, o usorepetido da tecnologia, observa-se quemuitos Thirty Taisapropriaçãoque a condições implicam sóacon (PROULX, apudCARDON, 2005,p.3). (produção industrial edistribuição comercial) dos em consideraçãonos processos de inovação toe, aomesmotempo,públicas depolíticas leva adequadamente representados noestabelecimen apropriaçãoa supõe queosusuáriossejam social les entreprises propriétaires des plateformes de contenus médiatiques signales l’éventualité pour presence de ces nouveax modes de circulationde l’enrichissement des relations existentes. […]La gence denouvellesrelations interpersonnelles et médiatiques propres.favoriseraient Ils l’émer per de manière activeproduction àla de contenus sites) confèrentpossibilité la àl’usagerde partici Les réseauxsocionumériques (social networking seinsereassim como nestalógica, Maroon Five Facebook quefoi produzido a ou YouTube ------; Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 81

, ------Facebook 7 sites (PROULX; CHOON, 2011, p. 105). 2011, CHOON, (PROULX; sites tirer tirer profit des contributions déposées sur les Se, por um lado, há uma evidente reconfiguração so A contribuição ou colaboração é cada vez mais frequen é cada vez ou colaboração A contribuição . A criação ganhou repercussão instantânea, os mas repercussão ganhou . A criação ) e, de outro, os produtos derivados, como o vídeo cons como o vídeo derivados, os produtos ) e, de outro, bilidade de participar ativamente da produção de conteúdos para os próprios os próprios para de conteúdos da produção bilidade de participar ativamente e interpessoais relacionamentos de novos estimula o aparecimento Isto meios. novos destes [...] A presença existentes. de relacionamentos o enriquecimento os midiáticos indica a possibilidade para de conteúdos circulação de modos das contribuições proveito de tirar de negócios de plataformas proprietários depositadas nos sites. As redes socionuméricas (sites de redes sociais) conferem ao usuário a possi usuário ao conferem sociais) de redes (sites socionuméricas As redes lidades, uma “alquimia das como multidões”, afirmam Pisani e da preestabelecidos padrões dos a quebra para (2010), Piotet 7 gafones”, numa brincadeira alusiva ao fato de que todos na rede na rede de que todos ao fato alusiva numa brincadeira gafones”, se partilha. A questão está no quê a partilhar. estão dispostos possibi de um lócus como surgiu da web espaço que o É certo ciocultural fomentada pela midiatização, por outro percebe-se percebe-se pela outro midiatização, por fomentada ciocultural me têm as formigas que “até já Andersen alertava: o que Chris auge da ditadura. Todas as fotos escolhidas foram chanceladas chanceladas foram escolhidas as fotos Todas auge da ditadura. documento. pelo discurso jornalístico que as torna carregadas de memória que se tornaram sem memória, ou re memória, sem tornaram que se memória de carregadas que a maioria póstuma, uma vez de uma memória presentantes no nascido havia sequer manifestações das participantes dos ditadura e b) as imagens e contextos das manifestações em São das manifestações e contextos e b) as imagens ditadura aco em junho de 2013, e nas capitais demais brasileiras, Paulo é, imagens unidas, Isto produto. um terceiro gerando plaram-se, tadura e sonorizado com a música Cálice, disponibilizado no Cálice, disponibilizado com a música e sonorizado tadura YouTube da contextos e a) as imagens entre diferidos tempos e espaços Twitter truído a partir de jornalísticas fotografias já veiculadas em dias da di por fotos permeadas as manifestações sobre anteriores vista reflexivo. Tome-se como exemplo o caso das manifestações manifestações das caso o exemplo como Tome-se reflexivo. vista potencializadora. a grande foi em que a de junho de 2013, web De um ( lado, sociais mobilizador via mídias seu poder dem da internet seja compartilhar, um vídeo que carrega peda carrega que um vídeo compartilhar, seja internet da dem num pedaços, em informações novas produz informações de ços de montar do ponto de é fácil que nem sempre quebra-cabeças te, porém é importante pensar que, ainda que a palavra de or ainda que a palavra pensar que, é importante porém te, 82 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados já que esta é fragmentária por essência, a apropriação se confi se apropriação a essência, por fragmentária é esta que já não sejammaisprioritários, nem mesmo o valor dainformação, ção do videoclipe, ou do vídeo para credibilidade daimagemfotojornalística?produMesmo quena para aproveitar o aspecto confiável do discurso jornalístico, a tal jornalismo clássico ou háapenasumprocesso de apropriação do da roupagem, descolado do contexto? Hácriação em cimado foique já lo inserido mídia tradicional,na mas agora desprovi os conteúdos são cocriações ou mixagens, remodelagens daqui convém questionar:porque,seháliberdadede produção, plena mídia tradicional,fechada, restritora daliberdade. No entanto, 8 Vevo,nas nocanal 56 mil vezes indica a popularidadedabanda 3.1 Videoclipe foram relacionados entre sipara seproceder àsinferências. efeito, entre outras, sendo que, emumasegundainstância,estes dos de mododissociado quanto àscategoriasedição, de imagem, gens jornalísticasdetempos diferidos. Os vídeos foramanalisa mericana ocorridas em junho de 2013 eum videoclipe norte-ada banda -se dois por analisar vídeos apropriação,optou à vistas com web na significantesmateriais sito decompreender como sedãoasinscrições/reinscrições de cessíveis em dispositivos tidos como tradicionais. Com o propó uma vez que é possível acessar materiais tempojá háalgum ina dados; observa-se que afunçãomemória nesteé ampliada meio, 3 Análisedo ser investigadas indoaosmateriais empíricos. guraespaço plenodonovo?como um Tais perguntassó poderão Asanálisesforamrealizadas importante coma contribuiçãodoacadêmico sendo o estudante responsáveldecupagem dos pela vídeos e pesquisa de fontes. Federaldo Paraná (UTFPR) curso deTecnologiaUniversidadeda em ComunicaçãoInstitucional Tecnológica O videoclipe disponívelO no de armazenamento de infinito espaço um é internet A http://www.youtube.com/watch?v=Zcps2fJKuAI Thirty Seconds to Mars Thirty This IsWar Seconds to Mars –Thirty corpus Michael SiqueiraMichael 8 , umdeles sobre asmanifestações , tendo em comum ousode ima YouTube YouTube , em projeto de iniciação científica, projetoiniciação em de , e já assistido, ape ejá , os valores-notícia

------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 83

, - - - - - clo Victims com George W. W. com George , com as imagens vestindo o unifor vestindo close ThirtyMars to Seconds com ampla profundidade com ampla profundidade Moment lie . A imagem seguinte, ante a ante . A imagem seguinte, Moment truth takes refere-se refere-se a segundos de uma filmagem

, aparece a imagem de um M4 Sherman com al com um M4 Sherman a imagem de aparece Civilian

, . O videoclipe é uma produção envolvendo a ambiên envolvendo . O é uma videoclipe produção O refrão se inicia com se O refrão Tais imagens contrastam com cenas estáticas sobre imagens contrastam Tais O vídeo inicia com a banda a banda com inicia O vídeo , que é um modelo de combate leve utilizado em ampla leve , que é um modelo de combate “congelado” no tempo é de uma família de vietnamitas. é de uma família no tempo “congelado” Soldier mashup dos integrantes da banda e integrantes dos frame jornalísticas de John F. Kennedy e Kennedy F. jornalísticas de John a seguir. Bush na tribuna que podem ser vistas Quando o cantor Jared Letto aparece em aparece Letto Jared Quando o cantor quem? para americano, ele aponta a arma me do exército extraída, extraída, provavelmente, da época entre o final dos anos 50 e menciona a expressão anos 60. Já quando dos começo o japoneses nas Ilhas Salomão, em 1944, imagem que pertence à japoneses nas Ilhas Salomão, imagem que pertence em 1944, Collection Photograph Corps Signal GC em palavra palavra soldados aos um contra-ataque em americanos guns soldados postas que entrecortam a narrativa, isto é, que cobrem a letra a letra cobrem é, que isto a narrativa, postas que entrecortam a (GC) caracteres de gerador do meio por inserir da música. Ao de campo, o que leva a dimensionar a extensão do espaço, bem do espaço, a a extensão dimensionar leva de campo, o que com a imagem de plásticas, belezas principalmente as como do pôr do sol. contraluz escala pelo Exército norte-americano em campos arenosos. As arenosos. em campos norte-americano escala pelo Exército vídeo, o para especialmente feitas são imagens primeiras ses em um campo de guerra no Oriente Médio. Eles estão em um no Oriente guerra em um campo de Humvee cia da guerra e questionando ações norte-americanas. ações e questionando cia da guerra às imagens 3.1.1 Quanto que esteve no e discute questões políticas a partir de a partir políticas questões discute e In Rio no Rock esteve que um 84 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados pacto àcena. do efeitoutilização com a de“câmeralenta” para dar maiorim guerra, este aparece atirando comumfuzilM16 e umapistola vade inserir o vocalistado crime”,“cena na da banda própriana disponibilizados pelo prio Exército. Tais vídeos são encontrados na própria internet, meras fotográficas compactas ou de captação/segurança do pró feitos, normalmente, com câmeras amadoras como celulares, câ de vídeos desoldados “verdadeiros” emzonadeguerra que são do Exército americano,intercaladasvocalistapelo falanda banda To fight Figura 1–ImagemdeJFKusadacomosímbolodobemnoclipe Figura 2–Imagemdediscurso deBushcomooenganador Depois série há uma de transições com ações do . Estasimagens,aoquetudoindica,sãoreais etrechos YouTube ou pela própria oupela Força. Natentati - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 85 ------Moment colocando Moment to Moment to

, , aparece Richard Richard , aparece Liar Moment truth de batalha. de batalha. Na continuida front . de imagem jornalística, como uma imagem jornalística, de Resist frame de Kim Jong-il, Fidel Castro e Saddam Castro Fidel Kim Jong-il, de surge a imagem de Mahatma de Mahatma a imagem em Gandhi surge ou aqueles que não servem ao seu povo ou ao seu povo ou aqueles que não servem frames Honest Pariah e Na sequência, as imagens são atualizadas para a pro Na sequência, as imagens são atualizadas para Novamente os membros da banda aparecem em ima em da banda aparecem os membros Novamente Ainda no mesmo sentido de atribuir força à letra da mú à letra força atribuir de sentido no mesmo Ainda Leader , aparecendo um preso capturado por um grupo terrorista por um grupo terrorista capturado um preso , aparecendo , representando um foguete indo para o espaço, e para indo um foguete , representando Figura 3 – Os traidores como Kim Jong-il em imagem jornalística como Kim Jong-il em 3 – Os traidores Figura dução da banda em que uma série de veículos militares e equi militares dução da banda de veículos em que uma série ameaças. A montagem grandes como voando surgem pamentos e depois caixões de soldados mortos, lado a lado, e por último, por lado a lado, e mortos, soldados de caixões e depois nesta cena, a expressão live die to Martin Luther King, em Martin Luther a população afrodes ajudava e a verdade dizia boa que pessoa a citação aparece disso, Depois nos EUA. cendente gens em movimento atualizadas, captadas no tempo e espaço atualizadas, captadas no tempo gens em movimento Após a inserção o que está ocorrendo. entender atual, tentando é citado novamente cortes, de vários Hussein como como Hussein são os traidores. da Segunda Guerra Mundial Mundial no Guerra da Segunda de da construção do videoclipe, há uma fotografia de Roosevelt como Nixon e como e como Nixon do a representação observa-se transição, Em outra seu leito. pública e soldados uma marcha fazendo norte-coreano Exército sica com palavras-chave, quando é citado citado é quando com palavras-chave, sica 86 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados podem serfeitas.Independentemente dosentidogerado, inte e àsescolhasque ao nomedabanda alusão das pessoas,numa ocorridos ao redor do mundo, formando uma pirâmide acima consigo imagens de manifestantes, de líderes, de confrontos tragadasforça poruma e, nessadestruição,carregamde “paz” eantigas,estáticas, atuais revelaoutra leitura: asmáquinassão parasurpresa de todos, o conjunto deimagensemmovimento e de guerra, sendopor objetosatacada e máquinas.No entanto, são novamentemax empregadasno campo imagensdabanda orgulhoe opatriotismoeram apalavra deordem. Para oclí o onde 50, de década da militares desfiles de cenas com segue que essencialmente assequências seriamdeagilidade, ação. nada conotação, principalmente emmomentos dedisparos, em determi gerar de fim a tempo do redução da ou lenta câmera Recorre-se, emmomentos pontuais,aorecurso deediçãoda e emmovimento, gerando umefeito deativação damemória. contemporâneo. Observa-se aalternância deimagensestáticas cinema do típicas fílmicas sequências requintadas mais às gas diversos movimentos dos de arquivo. Aediçãosebaseianoefeito dastransições ereúne ou seja,amúsicaéoroteiro queécoberto porimagensatuaise 3.1.2 Quanto àedição, efeitos etrilhas “icônico-indicial”, doter estado lá. técnica,ausência dequalidade ber a masodestaqueaocaráter feitas por soldados de dentro do produções em disponibilizadas web, da atuais imagens d) fim, presidentedo desfiles, Reagan,de por caso e, o parados,é como recortados de discursos políticos, transformados em quadros ricos e simbólicos; c) imagensantigas emmovimento de em arquivos, retratando momentos que se tornaram fatos histó quivo, geralmente fotojornalísticas,partir dawebobtidas a ou incluindo-os na narrativaletra; construída pela b)antigas, de ar com grande qualidade,com apresença dos membros da banda, das sãodequatroproduzidasatuais, maioria: a) sua tiposem ressa, aqui, observar, imediatamente, queasimagensemprega O videoclipe é construído como um grandeum como construído é videoclipe O fade-outs front e em que épossível perce fade-ins deimagensanti mashup frames ------,

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 87 ------

” e pelos . Há uma apro , pseudônimo do pró , pseudônimo Bartholomew Cubbins Bartholomew Signal Corps Photograph Collection Photograph Corps Signal O vídeo escolhido traz a música Cálice, de Chico Buarque, Buarque, a de Chico música Cálice, O vídeo escolhido traz O videoclipe foi lançado em 2011, integrando o álbum integrando lançado 2011, em foi O videoclipe A trilha é marcada pela música “ A trilha é marcada Quanto à edição e aos efeitos empregados, observa-se observa-se empregados, efeitos e aos à edição Quanto http://www.youtube.com/watch?v=JBW1jx28mig e versão original da música. Ambos os vídeos são de grande seme original da música. Ambos os vídeos são de grande e versão visual e plástico. ao conteúdo lhança quanto Há outro vídeo, chamado “Cale-se”, com a mesma música, porém música, porém com a mesma vídeo, chamado “Cale-se”, outro Há A es Vieira. de Darlan de autoria Pitty, pela cantora interpretada com a ditadura explícita à relação vídeo se deve colha do primeiro como tema. Possui apenas 1.170 visualizações, é de autoria de apenas 1.170 visualizações, é de autoria Possui como tema. em junho de 2013. ocorridas as manifestações Jose e aborda Jardel ao vídeo hoje. 3.2 Análise do vídeo Cálice priação explícita com um propósito diferente do mero informa mero do diferente um propósito com priação explícita ali “acoplados”, acontecimentos dos que muitos cional, uma vez acesso público do que tem conhecimento não são de inseridos, reços reços de sites, redes de créditos TV, de fotografia, nem mesmo autorais na ilha japonesa, cujos direitos soldados a imagem dos à pertencem prio vocalista Jared Letto. Quanto às imagens, a maioria está dis às imagens, a maioria Quanto Letto. Jared vocalista prio ponível na web ou já integra o repertório iconográfico coletivo, como ende de fontes, créditos nenhuma em aparecem porém de 2009 dirigido por dirigido de 2009 especiais das cenas atuais. especiais das cenas aos créditos 3.1.3 Quanto originais em determinados momentos. Tais elementos com elementos Tais momentos. em determinados originais colagens, pon de esquema fragmentado põem um imbricado efeitos pelos e GC no pelas palavras-chave tuado pela música, vo que se complementam. que se complementam. vo de áudios e “vazamentos” como balas, de sons disparos efeitos o veículo utilizado; contudo, não há uma guerra para a banda para contudo, não utilizado; uma há guerra o veículo jogo construída pelo é de imagens, exposta e a guerra participar, imagens atuais de e de arqui trocas e pelas sucessivas de edição que a locação do clipe remete ao ambiente de guerra, bem como guerra, de ao ambiente que a locação do clipe remete 88 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados lação em uma imagem que reproduzimagem uma em lação oeixo direita-esquerda esse cálice”,observa-se de choqueindocontra opelotão popu a de forçaempregado. Enquantoletra a “Pai,clama afasta de mim da tosagredidos já abusivaação pela repórtercomo a polícia, da fo em e pacíficas ações em aparecem manifestantes os que em marcadasescolha decenasjornalísticas violência.Háuma pela festações ocorridas em SãoPaulo,Rio deJaneiro ePorto Alegre, 3.2.1 Quanto àsimagens 9 fato issonãotenha seconcretizado. enquanto astropas pisoteiam, usamsuaforça,mesmo quede como inferior àpolícia,emposição de agachamento oudeitada, terior.é mostrada Nota-se que nasduasimagens apopulação supostamentetropapela atacado de choquenomesmoeixo an asfalto, encenandoaprópria morte, ocansaçodo país, sendo representa atodos nós,noeixo esquerdo. leitura,a políciaestánoeixo noqual direito que e apopulação, Folha deS.Paulo Aabordagem dos eixos esquerda-direitae direita-esquerda éfeita porLuciano Guimarães (2006), queconsidera estaumaestratégia daimagem. Na sequência posterior, tem-se um jovem deitado no vídeotransiçãoO iniciacomuma deimagensdasmani Figura 4–Eixo direita-esquerda éfundamental como elemento interpretativo , quese tornou um dos símbolos do excesso 9 de - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 89 ------”, ainda que o protesto tenha sur tenha ainda que o protesto ”, Facebook midiatização do protesto para as mídias para midiatização do protesto Figura 5 – Jovem em encenação para as câmeras: as câmeras: para em encenação – Jovem 5 Figura Passado e presente se encontram numa mesma mon encontram se e presente Passado O vídeo é permeado por várias fotos extraídas da pró extraídas fotos por várias é permeado O vídeo Até uma charge é empregada para reforçar essa ideia essa reforçar para é empregada uma charge Até e branco e o presente da democracia figurativizado pela própria própria pela figurativizado democracia da presente o e branco e No popular. uma manifestação às ruas para sair de possibilidade Buarque: “Como é difícil acordar calado”. “Como é difícil acordar Buarque: em preto da ditadura O passado sobrepostas. tagem de imagens bradam “Saímos do bradam mí da própria um evento como desdobrado e se crescido gido, dia social, numa demonstração do que afirma a letra de Chico Percebe-se em várias fotos a presença de cartazes empunhados cartazes de presença a fotos em várias Percebe-se que jovens em sua maioria pelos manifestantes, bandeiras como pria web e de outras publicações, o como jornais, e menciona e de outras pria web como a conhecida Revolta se tornado ter da manifestação fato lacrimogênio. o gás contra numa alusão à proteção Vinagre, do “Pai, afasta de mim este cálice, vinho tinto de sangue”, numa cla sangue”, de tinto vinho cálice, mim este de afasta “Pai, do DOI-CODI. aos porões referência ra prio policial, que usa como arma a catraca do transporte público. público. transporte do policial, arma a catraca prio usa como que em que à ditadura, consigo a referência traz A imagem de sátira e a música ecoa pelo “cale-se”, responsável político era o poder de menosprezo, discrepância de poder. Nela vê-se o cidadão o Nela vê-se de poder. discrepância de menosprezo, e o prefeito já o governador pequeno, maltrapilho, como um ser que o pró maiores da Polícia, uniformes vestindo de São Paulo, 90 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados porta éosentidogerado ouafotografia emsi? tem aforça simbólica,masnãoareferência. vido no Brasil, masnãoéovivido neste país;ouseja,aimagem um roupa dos soldados e pelocenário de fundo. Isto é,trata-se de caracteresditaduraseja pela emespanhol, representadaali pela pas. Observa-se queestasimagensnãosãobrasileiras, sejapelos de poder,abuso tropelas é atingida combalida, já população, e a democracia,da vezuma o Exército que éretratadoviés do pelo entanto, háumtom de questionamento emrelação àplenitude à paralisação dacidade, jogos de imagens em queapopulação da músicacom cenasdasmanifestações; quantosão ameaças mashup Figura 6–Ditadura mencionada nãoéabrasileira; Há um enfileiramento de imagens que cobrem o áudio o cobrem que imagens de enfileiramento um Há queindicaummomento histórico semelhante ao vi observe agrafia eoescudodapolícia

Contudo, oqueim - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 91 ------, pro Movie Movie fade in em transição. em transição. ou slide , ou seja, apropriações , ou seja, apropriações fade out mashups . Não há nem mesmo créditos finais com a mashup No entanto, observa-se que a produção dos atores tem tem atores dos que a produção observa-se No entanto, A participação dos atores sociais midiatizados, como midiatizados, sociais atores A participação dos As imagens não são mencionadas em nenhum mencionadas As imagens não são momen O vídeo é, na verdade, um grande um grande é, na O verdade, vídeo . A ideia foi cobrir a trilha pesquisada, que data de 1973. cobrir . A ideia foi reapropriação e autoria reapropriação algumas características do ponto de vista imagético; há uma de vista pre do ponto algumas características chamados dos sença marcante manifestação que resulta em produtos audiovisuais derivados derivados audiovisuais em produtos que resulta manifestação de mobilização. motivadores como agentes ma diluída, seja para o entretenimento que se funde ao caráter ao caráter funde que se entretenimento o ma diluída, seja para da notícia, em um como videoclipe, seja em uma informacional vel que não basta mais apenas estudar a etapa da recepção ou a etapa que não basta da recepção estudar mais apenas vel afetamentos os fato de compreender mas é preciso da emissão, mais de for cada vez estas instâncias que ocorrem mútuos entre emissores de um segundo nível, que reelaboram discursos a par discursos que reelaboram nível, um segundo de emissores é um sintoma ou não), (imagéticos textos de tir da apropriação perceptí torna de circulação da O midiatização. processo claro 4 Inferências sobre midiatização, apropriação, apropriação, midiatização, sobre 4 Inferências jornalísticas, com créditos que foram suprimidos pela pela colagem suprimidos que foram jornalísticas, com créditos do do autor Jardel. da música ou do próprio menção do autor to no que tange à autoria; muitas delas, se não todas são imagens não todas muitas delas, se no que tange à autoria; to vavelmente editadas em programas amadores como o amadores editadas em programas vavelmente Maker aos créditos 3.2.3 Quanto São várias fotografias São editadas várias fotografias para serem exibidas em sequên de sem efeitos cia como uma transição 3.2.2 Quanto à edição, efeitos e trilhas efeitos à edição, 3.2.2 Quanto alvos e, por consequência, o público leitor. O vídeo encerra com O encerra vídeo e, público consequência, o por leitor. alvos com mescladas cartazes e faixas, empunhando de jovens fotos do país. na modificação de quem acredita sorrisos se vê como um palhaço, detalhes de prisões e até tomadas foto tomadas um como palhaço, até e detalhes prisões de se vê em transformam se fotógrafos em que os próprios jornalísticas 92 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados crença, tema jádiscutidoemRosa (2012). seja porvalores-notícia, masgeralmente porvalores sociais, de fatos, dos tempo do além para figurar de direito o recebeu tica, inscrições/reinscrições, quase semprejornalís chancela coma imagem tornada totemque, por é aquela diversos processos de imagem játotemizada, por isto eleita para ser reinscrita. Esta tória, sãoderivativas seu papel oucorreferenciadas na própria plicações sobre ele,sendo que asleituras feitas sobre suahis modo, mesmo quesetratenão háexLuther King, deMartin iniciais, aindaquemantenham suasindicialidades. Dito deoutro de textos que sãorearticulados, desprovidos de seus contextos lico dodiscurso anterior. tentativa de empoderar odiscurso de agora com o “peso” simbó acionamentoe um mação dosíconescomomerasbandeiras na ou doCale-seem1973? Há umevidente esvaziamento da infor Facebook chanceladas asconstruções de que ojovem politizou-se, saiudo das anteriormente com grande repercussão etotemizadas, são opressor. Ao utilizar o discurso jornalístico e imagens já veicula de opressãoem ângulos lação como o polícia/poder público ea efeito, mobilizaos eixos da leitura imagéticacolocandoapopu lo aos “brios” do país, feito comcartazes em punhoefrases de rativizada por imagensargentinas outalvez espanholas. O ape figu é que ditadura mesma a brasileira, ditadura emblemática 2013, a músicaCálice éescolhida nareferência aoCale-seeà que direcionam ainterpretação. de seus contextos, sendo outros agregados apenas pelostextos conhecidas, astotêmicas,já quesãoconvocadas edesprovidas termas experiencia estadolá, guerraa imagens de imagens.São guerra americanos. O espectador é colocado no de simulação numa cenas dabanda cas, vídeos jornalísticoseatores sociais que seintercalamàs perguntatônicaé a doemaranhado deimagensfotojornalísti que lado está aguerra e,consequentemente, estamos nós? Tal da-direitaleitura,de de gera afinal, que o mental: confusão uma Seconds to Mars Thirty que integramo Já novídeo amador sobre os protestos de junho de O queéimportante observar apartirdos materiais efoi àsruas.Entretanto, quaisos motivos do “Cálice” corpus deste artigoéquenovideoclipe dabanda há uma quebrauma há proposital do eixo esquer embedding front emcamposde sem jamais ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 93

------mashup frente a isso? É impos frente mashups mashups é produção de interações em espaços e tempos espaços e tempos em de interações é produção Em oposição a esta visão, tem-se o fato de que o de o fato tem-se esta visão, a Em oposição O que dizer, então, dos O dizer, que mashup Neste Neste sentido, é importante retomar a afirmação de Proulx de de criativa uma integração se for só acontece que a apropriação lo-dimensão não é uma oca, ao menos não dimensão na visão de feitas novas de construções ela é repleta contrário, Ao Proulx. com a técnica. pela relação propiciado a partir do já existente, hibridização do vazio. Compra-se a ideia, o de Flusser o pensamento Retoma-se a informação. que se leve que não significa esta nu no sentido de uma entanto, nulo-dimensão. No (2007) cimento público no que tange aos fatos, ao contexto, aos valores valores aos contexto, ao fatos, públicono que tange aos cimento há uma que sem contextos acoplados, sendo histórico-culturais cia primeira, em especial o discurso jornalístico, mas preser em especial o discurso cia primeira, Mesmo discurso. desse de “verdade” legitimador, o tom vando de conhe público não ser podem domínio imagens que são de tação segunda. Isto implica que o descolar dos contextos revela revela contextos dos descolar que o implica tação segunda. Isto a sem cocriado, sido algo ter a partir de que já pode recriação da referên com a perda e essencialmente atribuição de créditos é uma criação derivada, uma apropriação, e toda apropriação já apropriação toda e uma apropriação, derivada, uma criação é de ser uma interpre essencial, o fato consigo um desvio carrega rienciáveis para as gerações mais novas, é o caso da dita como mais novas, as gerações para rienciáveis Vietnã, e do Golfo do da Guerra DOI-CODI, do porões dos dura, fatos. outros entre gerando vazios, ao contrário, produzindo interações dialógicas dialógicas interações produzindo contrário, ao vazios, gerando o imaginário, que ainda colonizam fatos acessíveis que tornam e expe acessíveis o status de imediatamente mas que perderam rando imagens de arquivo de fatos históricos e articulando-os históricos de fatos de arquivo imagens rando um mobilizações suspendem pe Tais presentes. com narrativas não período, nesse interações mas produzem de tempo, ríodo que o comunicacio sociais, relações que novas permite pois diferidos, recupe midiáticos dispositivos a partir dos criadas nais sejam ficar imagens e produzir novos sentidos. Assim, como dito an do produção de trabalho dá conta do a circulação teriormente, inferir é possível Nesta perspectiva, do tempo. sentido ao longo rências concretas de fatos tão antigos, mas são estes jovens que jovens são estes tão antigos, mas fatos de concretas rências téc uso dos objetos fazendo de apropriação, acionam processos identi para sociais, em suas práticas inscrevendo-os mas nicos, sível que jovens nascidos na década de 90 pudessem ter refe ter pudessem 90 de década na nascidos que jovens sível 94 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados ANDERS, Günther. Referências universo doator socialepossam sermidiatizadas. seus próprios sentidos, desde queestasimagenspertençamao imagens (fotos, de múltiplas -se também vídeos) para construir culturaque secentra em formas deexpressãovalendo múltipla, resultana produção e circulaçãodo simbólico. Trata-se de uma que e usuário do vida na cultura dessa significativoselementos FERREIRA, Jairo. Umcaso sobre a midiatização: caminhos, con Jairo.FERREIRA, Umaabordagem triádicados dispositivos mi Jairo.FERREIRA, FAUSTO NETO, Antônio. Fragmentos“analítica” deuma da mi CARDON, D. Ainovaçãopelo uso.In:AMBROSI, A.; PEUGEOT, V.; BRAGA, José Luiz; FERREIRA, Jairo; FAUSTO NETO, Antônio; BRAGA, José Luiz. GOMES, PedroGOMES, Gilberto, BRAGA,José Luiz; FERREIRA, tágios earmações da notícia.In:FAUSTO NETO, Antonio; cia.org/index.php/libero/article/viewArticle/6112 2006. Disponível em: < diáticos. e decomunicação.Paper. PPGCOM, São Leopoldo,2008. 02 mar. 2014. index.php/matrizes/article/view/88/136 2008. Disponívelem: < diatização. em: 20maio2015. < France: C & F Éditions, 2005. p. 1-11. Disponível em: multiculturais sobre associedades da informação. Caen- PIMIENTA, D. (orgs.). Leopoldo: Ed. Unisinos,2013. produçãode conhecimento emcomunicação PedroGOMES, Gilberto (orgs.). vos sociaisdecríticamidiática.SãoPaulo: Paulus, 2006. Josep Monter Pérez. Valencia: Pre-Textos, 2011. http://vecam.org/archives/article591.html Revista Líbero Midiatização: Midiatização: A sociedadeenfrenta suamídia: La obsolescencia delhombre RevistaMatrizes

Desafios http://www.revistas.univercien , anoIX,n.17, p. 137-145, jun. dispositivos, processos sociais http://www.matrizes.usp.br/ , v.89-105, 1,n.2,p. abr. Dez perguntas para a de palavras >. Acesso em: (Vol. I).Trad. : enfoques >. Acesso dispositi . São >. - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 95 . ------téc Mídia, cida Dez perguntas perguntas Dez . Salvador: UFBA, UFBA, . Salvador: ensaios para uma uma para ensaios : por uma filosofia do de preta: caixa Faces da cultura e da comuni da cultura Faces . São Caetano do Sul/SP: Editora Sul/SP: . São Caetano do Editora . Porto Alegre: Sulina, 2004. Alegre: . Porto da codificado Os símbolos vivem mais que os ho Os símbolos vivem . São Paulo: Paulus, 2008. p. 51-65. Paulus, . São Paulo: . Goiânia: FACOMB/FUNAPE, 2011. FACOMB/FUNAPE, . Goiânia: Midiatização e processos sociais na Midiatização e processos

mundo Filosofia A sociedade tecida pela comunicação: A sociedade tecida O Comunicação e mobilidade e Comunicação Cibercultura : ensaios de comunicação, cultura e mídia. São cultura de comunicação, : ensaios mens Annablume, Cisc, 2006. p. 185-200. Paulo: Jairo (orgs.). Jairo Latina América 2009. e inovação e da comunicação: entre nicas da informação 2009. Paulus, social. São Paulo: enraizamento -esquerda” como estratégia da imagem. In: BAITELLO da imagem. In: BAITELLO estratégia como -esquerda” GUIMARÃES, MENEZES, José Luciano; JÚNIOR, Norval; (orgs.). Eugenio In: BRAGA, José Luiz; FERREIRA, Jairo; FAUSTO NETO, NETO, FAUSTO FERREIRA, Jairo; Luiz; José In: BRAGA, (orgs.). Gilberto GOMES, Pedro Antônio; em comunicação de conhecimento a produção para Unisinos, 2013. p. 127-139. São Leopoldo: Ed. sign e da comunicação. Organizado por Rafael Cardoso. Cardoso. por Rafael sign e da comunicação. Organizado 2007. Cosac Naify, São Paulo: sociais? as relações no mundo) afeta ser de modo novo cação organizacional Difusão, 2012. futura filosofia da fotografia. Rio 2002. Dumará, de Janeiro: Relume construção de imagens na circulação intermidiática. In: intermidiática. circulação de imagens na construção (org.). Pessoa Rocha TEMER, Ana Carolina poder dania e In: emergentes. circulação e dispositivos quidas: entre Marlene. MARCHIORI, LEMOS, André. LEMOS, André. MIÈGE, Bernard. LEMOS, André. LEMOS, André. GUIMARÃES, Luciano. O jornalismo visual e o eixo “direita GUIMARÃES, Luciano. O jornalismo visual e o eixo GOMES, Pedro Gilberto. Como o processo de midiatização (um midiatização de o processo Como Gilberto. GOMES, Pedro FLUSSER, Vilém. FLUSSER, FLUSSER, Vilém. FLUSSER, FERREIRA, Jairo. As instituições no ambiente das mediações lí mediações das ambiente no instituições As FERREIRA, Jairo. FERREIRA, Jairo; ROSA, Ana Paula. a e poder: Midiatização Ana Paula. ROSA, FERREIRA, Jairo; 96 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados PROULX, Serge. IISemináriodaEscolade Altos Estudos/Capes PROULX,Serge. Estudosderecepção emcontexto demuta PISANI, Francis; PIOTET, Dominique. ROSA, AnaPaulada. ROSA, AnaPaulada. Ecos visuais no Youtube. PROULX, Serge;La reception BÉLANGER, Daniella. des messa PROULX, Serge; CHOON, Jane. L’usage Mary des réseaux socio PROULX, Serge. Usagesdestechnologies d’information et PROULX, Serge. Trajetórias de usos das tecnologias da comuni nos processos de miditiatização. Tese (Doutorado) – Acesso em:07jul.2015. revistas.usp.br/significacao/article/view/83428 2014.jul. ISSN 2316-7114. Disponível em: < Revistade Cultura Audiovisual, v. 236-257, 41, p. 41, n. 2003. p.215-255. des savoirs,état perspectives.et enjeux PUQ, Québec: ges. In:GINGRAS,A.M. p. 105-111, 2011. du controle social. numériques: une intériorisation progressivedouce et em: 15abr. 2015. drupal5.1/static/textes/proulx_SFSIC2001.pdf Disponível em:< de communication:reconsidérerchamp d’étude? le br/pdf/tla/v49n2/08.pdf 453, jul./dez.2010. Disponívelem: Aplicada, de Linguística conhecimento.do sociedade uma de desafios cação: as formas de apropriação da cultura digitalcomo Unisinos, 2013.(Transcrição). culturacontribuiçãoda na era digital – “ da Comunicação Questões ção dacomunicação: rumo a umaquarta geração? 2010. o mundo Mutação da comunicação:da Mutação Emergência deuma : a alquimiadasmultidões.SãoPaulo: Senac, Transversais Imagens-Totens http://www.er.uqam.ca/nobel/grmnob/ , v. 1,n.2,p.83-91,jul.-dez.2013. Hèrmes La communicationLa politique – >. Campinas, v.443- 2, p. 49,n.

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Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 97 - - - >. : so . São http:// . Porto Alegre: Alegre: . Porto . São Leopoldo: . São Leopoldo: : uma teoria da co uma teoria : : ideas, momentos, inter : ideas, momentos, Cibercultura e seu espelho Cibercultura Matrizes Matrizes da linguagem e pensamento Fragmentos de um tecido Fragmentos , Lima: Felafac, n. 48, p. 09-17, 1997. , Lima: Felafac, Sociedade, mídia Sociedade, e violência La semiosis social 2 Antropológica do espelho Antropológica municação linear e em rede. Petrópolis: Vozes, 2006. Vozes, Petrópolis: e em rede. municação linear Unisinos, São Leopoldo, 2012. Disponível < em: São Unisinos, Disponível 2012. Leopoldo, biblioteca.asav.org.br/vinculos/000003/0000033A.pdf pretantes. Buenos Aires: Paidós, 2013. Paidós, Buenos Aires: pretantes. Paulo: Itaú Cultural, 2009. Itaú Cultural, Paulo: Diálogos Unisinos, 2004. Editora nora, visual, verbal. São Paulo: Iluminuras, 2001. Iluminuras, São Paulo: verbal. visual, nora, 2002. Edipucrs, VERÓN, Eliseo. VERÓN, VERÓN, Eliseo. Esquema para el análisis de la mediatización. Eliseo. Esquema para VERÓN, Eliseo. VERÓN, TRIVINHO, Eugenio (org.). (org.). Eugenio TRIVINHO, SODRÉ, Muniz. SANTAELLA, Lúcia. SANTAELLA, SODRÉ, Muniz.

SEGUNDA PARTE OS MEIOS, A DÁDIVA E O MERCADO

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 101 1 - - - - -

Serge Proulx Serge online of online contribution cultura, participação, mercados, algoritmo, participação, mercados, cultura, contribuição contribuição Neste capítulo, abordamos a cultura da contribuição a cultura capítulo, abordamos Neste Perspectives to think about the culture about the culture think to Perspectives Professor associado, Télécom ParisTech (França). ParisTech associado, Télécom Professor Professor Emérito, École des Médias, Université du Québec à Montréal (Canadá). du Québec à Montréal Université Médias, des École Emérito, Professor Perspectivas para pensar a cultura da a cultura pensar para Perspectivas 1 Palavras-chave: resistência. ta, e a segunda, consumista): a de uma economia da contribui o traba remunerar ção. Nessa, coloca-se a vamos questão: como lho contributivo? capital, o domínio dos códigos) e as novas formas de resistência. de resistência. formas capital, e as novas dos códigos) o domínio sugerimos que o capitalismo estaria Em nossa argumentação, produtivis a primeira, (sucedendo fase numa terceira entrando tões tões sobre a cultura da participação, especificando usos e práti formas situamos variadas onde em curso, redes das cas sociais do o domínio das ferramentas, em jogo (o domínio domínio de em contexto em de contexto uma sociedade mercantil. Refletimos sobre isso com a lógica em suas relações a lógica mercantil considerando e ques proposições formulamos desta tensão, A partir do dom. Resumo: 102 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados sumerist of phase): an economythat of contribution. Inthis,the con second, the and phase, productivist first, the (succeeding weargument, is enteringcapitalism suggestthat third a phase the domain ofcodes) and the new forms of resistance. Inour of domain atstake (the domain of tools, the domain of capital, social practices of networks, where we situate various forms the cultureabout of participation, specifying ongoing uses and Based onthistension, we formulate propositions and questions sidering the mercantilelogic initsrelations withthelogicofgift. con society.bymercantile this a Weon of context reflect the in Abstract: lógica dadoação. Vamos ver, então,oladodatransação mercan outro, podemos definir a contribuição como proveniente de uma contribuição a finir a sobre Diríamos contribuição comotal. que, porumlado,podemos de refletir e generalidade de nível outro a passar tentar online ganizar umconjunto de documentos; fazer remixagens; publicar online restauração deumlivro; compartilhar econtribuircomumtexto nível maistipológico, podemos ter: o ato de recomendar uma cidadão transmitir informações no Twitter;de jornalismo participar dios no YouTube ouMyspace; contribuir com aWikipédia; re Facebook; trocar arquivos digitais; postar fotos, vídeos ou áu contribuição “a forma socialdacontribuição”. contribuição”,forma “a de chamaremos que o sobrerefletir a rá do tempopolos: opolo eodatransaçãomercantil. Isso nosleva contribuição. Para tanto, vamos situar acontribuiçãoentre dois 1 Keywords: question is:how are we goingto pay for contributory work? Introdução ; coisasassim. ; redigir eorganizar umtexto online Diante desse conjunto de exemplos, gostaríamos de Vamos começar com exemplos do que entendemos por Gostaríamos de tentar repensar o queentendemos por In this chapterIn we discussculturethe ofcontribution culture, participation,markets, algorithm, resistance. online . Se continuarmos . Secontinuarmos listando exemplos, masnum . Frequentar. online como uma transação comouma mercantile, por sites online deredes sociais, comoo ; criar hyperlinks ; or ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 103 ------; indicar de redes de redes site online ; comprar ; comprar blog , ele está produzindo conteúdo, mas, conteúdo, produzindo , ele está blog Por outro lado, sobre a não que contribuição, diríamos lado, sobre outro Por Então, inserimo-nos numa lógica de compartilhamento, em que numa Então, lógica de compartilhamento, inserimo-nos re e mais a questão da simbólico reconhecimento a questão do de trocas sem retribuição financeira, mas recorremos mensa e suas recomendações Se alguém deixa reciprocidade. a uma comentários. seus também deixassem gens, gostaria que outros doação: eu recomendo um determinado restaurante ou livro, ou livro, restaurante um determinado eu recomendo doação: mas, na verdade, não quero retribuição financeira pelo gesto. então, não estamos mais numa lógica gratuitamente; isso Faço estamos mais no lado dos usuários. A contribuição é tida pelos usuários. estamos mais no lado dos uma de lógica da proveniente como contribuidores próprios quer dizer, na verdade, a transformação desses conteúdos e da conteúdos desses a transformação na verdade, quer dizer, dos sociais em moeda. até mesmo, do laço social. Pois quando se está quando num mesmo, do laço social. Pois até econômico valor de fonte torna se laço social o próprio sociais, então, de monetarização, que falando, Estamos a empresa. para é nesse sentido que podemos falar capitalismo de informacio falar que podemos sentido é nesse que es dados então, permanentemente, nal. Os usuários geram, e, dados dos conteúdos, de uma dos monetarização tão na fonte então, numa problemática de produção do valor econômico, a econômico, valor do produção de então, numa problemática dados, que se originam a de partir dos partir de uma agregação E pelos usuários. digital. Deixados universo no deixados rastros exemplo, capta todas as contribuições dos usuários. E é esse pro esse E é usuários. dos as contribuições capta todas exemplo, do de captação que cesso dos dados está na base da produção Estamos, dados. dos dessa agregação em torno econômico, valor como, por exemplo: comentar um comentar exemplo: por como, captadas são informações essas curtiu. Todas que gosta ou que por O Facebook, da plataforma. proprietárias pelas empresas é apenas produtor de conteúdo, é também fornecedor de dados. é também fornecedor conteúdo, de é apenas produtor digital um vínculo no universo deixa você palavras: Em outras realiza, que você gestos IP e determinados o seu endereço entre alguém comenta num e é nes são deixados; rastros vestígios, traços, tempo, ao mesmo não você Portanto, dados. se tornam rastros se sentido que esses que se aproxima da transação mercantil. O que precisamos ob O que precisamos mercantil. da transação que se aproxima de produtor é, ao o contribuidor é que mesmo tempo, servar quando que, dizer Queremos dados. de e fornecedor conteúdo til. O contribuidor deposita um conteúdo no universo digital e no universo til. O deposita contribuidor um conteúdo tira uma satisfação, uma utilidade disso. Isso já é uma definição 104 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados zontais eaadmiração, queseria em termos verticais. Ou seja: opor (ou talvez distinguir) o reconhecimento emtermos hori exige relações horizontais, então,aesse sentido poderíamos que oreconhecimentoExplicamos contribuição socialdeuma troca. de horizontais relações por definida ser pode ela que zer tribuição, emsi, a forma socialdacontribuição.Poderíamos di te, desenvolver boareputação junto aosseuspares. indivíduos que desejam, formade uma maisoumenos conscien samos serdaordemda doação.Estamosdiante lógica deuma de têmputação umdeterminado nesse ambientepapel –quepen ríamos, de uma forma um pouco irônica, sobre a figura do dimensão coletiva dosvalores compartilhados. tido de que os sujeitos não secolocamàfrente; eles destacama de se tratar de práticas individuais modestas. Modestas no sen comunidade edefidelidade. qual ele se identifica, e, nesse caso, estamos numa lógica mais de determinado a fiel é ao mesmo trar emum “surfa”,se situa, vai ser conduzido pelos seus uma lógicade comunidade. Uma lógicade rede é onde o usuário muitos, quemostramdistinção entre uma lógica de rede uma e pertencertrabalhos,comunidade. Destacamosquehá uma a não mundo devaloressentimento compartilhados, emqueháum de valor socialdacontribuição. pectativas emrelação aosoutros membros que apreciam este sem seu desejo de doação e de compartilhar. Temos, então, ex da doação,espera-se que todos se expressem, que todos expres vo, de uma forma compartilhada.Quando estamos nessa lógica o fato deestarmos numa problemáticarelacionada ao normati interessante. posição deestrelanuma é admirada.e Temos distinção uma não precisala reconhecer um desse cada grupo defãs;está ela a estrelae seusfãs relação estãonuma de admiração. Aestre Para concluir, emrelação àforma da contribuição, di Outra característica da forma decontribuiçãoéofato Com a forma contribuição,inserimo-nos, então, num característicasegunda Uma daforma decontribuiçãoé con da forma a sobre agora refletir de Gostaríamos site site . Aoda comunidade,ousuário lógica passoque,na econtribuir.e talvezassim Continua volte nunca site eacessaesse determinado clicks , decide en , site como homo ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 105 ------nem o nem é uma figura figura uma é homo oeconomicus homo pressupõe que o indivíduo que o indivíduo pressupõe homo oeconomicus homo doador ; não seria nem um nem outro, mas, ao tem mesmo ; não seria nem um nem outro, , não que o nem seria Falemos agora da cultura da contribuição no mundo da contribuição da cultura agora Falemos Podemos refletir refletir sobre isso Podemos e também ao voltar assun mais do lado do público, eles se situam no final do processo. As máquinas industriais pelas grandes mensagens são produzidas ro lugar, os usuários são considerados como estando no centro como estando no centro os usuários são considerados lugar, ro por a web, compararmos que, se dizer Queremos dispositivo. do estão usuários nas quais os tradicionais, com as mídias exemplo, ções, de todos os usuários possíveis. Vamos voltar, então, a uma voltar, Vamos possíveis. os usuários de todos ções, definição dessa web social. Algumas em características: primei va e outros em web colaborativa. Chamamos isso de web social, web de isso Chamamos colaborativa. em web e outros va pois assim podemos evitar qualificar a web como participativa, as contribui aberta a todas nós, é uma web para colaborativa; da internet. é o mundo O mundo da internet,qual do falamos, indus no mundo que designamos, social, que é a web da web participati em web Alguns2.0. analistas falam trial, como web 2 A contribuição no espaço das redes no espaço 2 A contribuição zes, vocês querem colocar no lixo algo que ganharam, mas se algo que ganharam, colocar no lixo querem vocês zes, ficar contente. não vai alguém que lhes deu aquilo souber, está marcado por aquela pessoa que lhe dá. Vocês, provavelmen por aquela pessoa que lhe dá. Vocês, está marcado cotidianas. Às ve em situações isso vivenciado ter já devem te, antropólogos afirmam que antropólogos o doador nunca está completamente habita, o doador palavras: dado. Em outras do objeto separado alguma e isto coisa recebe você doado; objeto o ponto, certo até saber receber e também um saber restituir. Esses três elemen três Esses e também um saber restituir. saber receber em que estejamos para no tempo, presentes estar precisam tos Mauss chama de dom, doação. Alguns do que Marcel presença seja regido por uma “lógica do dom”. E, quando se fala lógica em fala E, quando se uma por “lógica dom”. do seja regido Mauss, principalmen de Marcel a partir dos trabalhos de doar, um ou seja, um saber dar, uma tripla de obrigação, falamos te, comum ao mundo dos economistas. E pressupõe que um indiví comum ao E dos economistas. mundo pressupõe calculados.Do interesses por em suas ações, duo seja motivado, do figura a oposto, lado po, ambos. po, ambos. do figura a mas adiante, mais to contribuidor homo doador 106 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados termos deacessoeapropriação dasferramentas. falarda fratura paradigital descrever essasdesigualdadesem sejam fáceis de utilizar, existem desigualdades. Por isso, vamos duram grandes desigualdades – mesmo que essas plataformas técnico, mas nãodevemos fechar os olhos para ofato de queper uso dessas plataformas requer omínimodeesforço cognitivo e pelos usuáriossão,relativamente,utilizadas mas de fácil uso. O webno centroos usuáriosestão social, doprocesso. As platafor usuários se encontram no final desse processo. Ao passo que, na das mídiasesão,eventualmente, difundidas e distribuídas, e os vações dainternet. um usuário. Isso aconteceu aolongodetoda ahistória das ino usuários. Por exemplo: ocorreio eletrônico foi desenvolvido por inovações importantesforam dela suscitadas pelospróprios tribuição. Oshistoriadores da internet observaram quevárias jáseviviaque, desde a criação dainternet, cultura numa dacon enviados, sistematicamente, atodos. Então, podemos observar questscomments for problema,questão ou enviavam todosa os seuspares esses mento emqueosdesenvolvedores deprogramatinham alguma os agentes de desenvolvimento deprogramas.partir domo A foidos primeiros um modos deusarocorreio eletrônico entre request forcomments cio. Jáquandoainternet foi inventada,um dispositivo chamado buição marcou o desenvolvimento da internet desde o seu iní diríamos que, historicamente,na internet, acultura dacontri ca dogrande número. Portanto, essa produção do valor econômico recorre aumalógi agregaçãonúmerode um gigantesco de contribuições mínimas. micos, dos quais falamosanteriormente, quesãobaseadosna te, damesmacoisa,comovocês podemperceber. com 50 milhõesdeusuários.Não falamos mais, necessariamen de pequenas aldeias,masaquiestamos falando de Facebook, que usávamos (emtermos da sociologia)esse termo parafalar que anoçãodecomunidade étotalmente desnaturalizada,por se apoiam emgrandes coletivos de usuários Continuando a descrição Continuando a da culturada contribuição Outracaracterística, são osmodeloseconô então, característicasegunda Uma éofato dequeesses usos . E todos. E oscomentários solicitados eram , ouseja, umasolicitaçãode comentários, online ; é por isso res ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 107 ------, que livre livre Wiki software , é outro modo de ex de modo , é outro , na invenção da , na invenção Wiki livre. A questão do livre. Wiki Way software mais famosa é a Wikipédia. A lógica técnica que está que é a Wikipédia. A lógica técnica mais famosa livre, estamos numa lógica em que o desenvolvedor numa estamos lógica em que o desenvolvedor livre, A segunda questão é: quais são as competências neces A segunda questão é: quais são as competências A primeira questão: qual é a natureza da capacidade questão: qual é a natureza A primeira Gostaríamos de completar essa segunda parte sobre a sobre de completar essa segunda parte Gostaríamos Mas podemos nos perguntar se isso é uma ilusão de isso se perguntar nos Mas podemos Outro exemplo é o é exemplo Outro Outro elemento que mostra a penetração de uma cultu a penetração que mostra elemento Outro Wiki software sárias para que se possam dominar essas ferramentas da web da web ferramentas essas dominar possam que se para sárias comu cognitivas, técnicas, em competências social? Pensamos Existe Existe toda uma reflexão sobre a capacidade de agir que pode mos examinar. de agir ou a capacidade de ação (mais adiante, vamos distinguir vamos de agir ou a de ação capacidade (mais adiante, podem a capacidade de ação de agir) que os sujeitos e o poder social? da web das ferramentas do domínio por meio adquirir torado – caso tenham interesse em trabalhar com tais questões. tais questões. com em trabalhar interesse – caso tenham torado internet e a cultura da contribuição elencando três questões de questões três da contribuição elencando e a cultura internet por desenvolvidas que elas fossem pesquisa. Seria interessante de dou ou suas as teses suas dissertações aqueles que preparam Será que esses dispositivos digitais interativos podem incentivar incentivar podem interativos digitais dispositivos que esses Será participativa? a democracia tende-se até mesmo ao campo político, porque, desde os anos os desde político, porque, ao campo mesmo até tende-se em democra pelo menos, falou-se na América do Norte, 1960, participativa? O que é, então, uma democracia cia participativa. dias e os novos dispositivos digitais e interativos. digitais e interativos. dispositivos dias e os novos es participação: o que é participar? Esta questão, na verdade, Jenkins, chegaram mesmo a falar de culturas participativas para para participativas culturas de a falar mesmo chegaram Jenkins, as entre da convergência mundo, oriundo este todo descrever mí pelas antigas difundidos os conteúdos entre mídias, antigas web. A web. da da Wikipédia é a lógica trás por da contribuição. Alguns analistas, Henry como a cultura pressar estamos numa problemática realmente de contribuição. realmente estamos numa problemática permitir que qualquer em possa criar páginas usuário consiste de desen outros para fonte o código põe à disposição do programa volvedores e, assim, vai tornar disponíveis as modificações. Aí o que diz respeito ao respeito o que diz aspecto. este por rapidamente passar então vamos conhecida, é apenas estamos numa que, quando de dizer lógica Gostaríamos ra da contribuição no mundo da internet é, evidentemente, tudo é, evidentemente, da da internet no mundo contribuição ra 108 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados quando asituamosnoâmbitode resistência daslutas emtorno ce importante; aquestãodascompetências aserem adquiridas, terário, filosófico, das ciências humanas? Essa questão nos pare cultura técnica, mesmo que, à abrir nos devemos não P.que Snow.C. Será britânico filósofo entre cultura técnica e cultura literária, quefoi produzido pelo norar essa questão dacultura técnica. Este éogrande debate, dessas ferramentas.Pensamos quenãopodemos dispensar eig a questãodascompetências aserem adquiridas para odomínio rece necessária, quando pensamos, ou quando refletimos, sobre nicacionais. Pensamos queaaberturaculturauma a técnica pa opõem esses jovens aosmais velhos, dizendo que elestêm uma do ouniverso já estavadigital presente), que analistas há alguns jovens de 25 anos ou menos são os jovens que jánasceram quan os jovensseja, ou (isso pode abranger25 anos;os idade de18a a em francês,crianças nascidasdodigital”, “as domundodigital, que se falou muito nas mídias dos ponto de vista dapesquisa.Podemos nos questionar: vezuma em termos de faixas etárias,embora isso não sejaconclusivo, do trabalhosalguns e também de educação, falam em disparidades termos de disparidades, de desigualdades econômicas, de nível fazer,em a reflexão uma temos Assim, não. que outras e rezas cias para usaraweb quasecomosendo de suaspróprias natu uma disparidade entre pessoas que desenvolveram competên quantohabilidade para à o usodasferramentas numéricas; há doFacebook), participam existem disparidades entre indivíduos mas como o Facebook (hámuitascrianças de 12 ou 13 anos que sar dafacilidade relativapodemos usar asplataforqual com a vagens degerações. Como dissemos antes, pensamosque, ape uma maneira secundária,falaríamosda questãodascli também tudo issoquandorefletimos sobre aquestãodascompetências. mais organizacionais, maiscoordenativas.Podemos pensar em que outros, apoiam-se em outros, que podem ter competências militantes que,tendo competências técnicas maisdesenvolvidas essas de resistêncialutas podem se basear eminterações entre plementaridade de competências. Ou seja,podemos pensar que Pensamos que precisamos introduzir a ideia de com aí também das revoluções árabes, emtorno dos movimentos comoo A última grande A última da fratura questãoéa de E, digital. a priori digital natives , nossintamosnomundoli , como diríamos, Occupy ------. Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 109 ------em . E en empowerment . Perguntamo-nos, justamente, justamente, . Perguntamo-nos, empowerment . Quando falamos sobre capacidade de agir, estamos capacidade de agir, sobre . Quando falamos Dito isso, vamos falar sobre a questão do domínio das sobre falar isso, vamos Dito Falemos, então, sobre a questão da força de agir numa de a questão da força então, sobre Falemos, apoiar como sujeitos. Como sujeitos, pessoas que são capazes de pessoas sujeitos, Como sujeitos. apoiar como mais profunda, um de emancipação. desejo De forma expressar ferramentas ferramentas da web. Para ficar em harmonia com a nossa dis nos vão da web ferramentas que essas dizer tinção, poderíamos enquadramento, ela é uma força, uma potência que se expressa a que se expressa uma potência ela é uma força, enquadramento, partir da singularidade. enquadramento do agir. Quando estamos numa capacidade de do agir. enquadramento o daquilo em que termos nos a resistir obrigados somos agir, não há esse de agir, passo que, na força nos situou. Ao dominante laridades, naquilo que Negri chama laridades, naquilo de multitude, que Negri como sendo palavras, Em outras agir. de uma de força espaço de emergência situa de agir se no capacidade de agir e força a entre distinção Preferimos estabelecer uma conexão entre Gilles Deleuze, quan Gilles Deleuze, entre estabelecer uma conexão Preferimos do define o e “plano Antonio de Negri, imanência”, quando esse singu nas próprias autocriação de que há uma capacidade fala numa linha de pensamento que se refere a Spinoza – Baruch que se refere numa linha de pensamento é pensado Spinoza. Estamos numa situação que o indivíduo em desenvolvida. ser que pode ser, de sua força em sua potência, em uma prática de resistência a práticas de dominação. Quandodominação. fa de a práticas de resistência uma prática à de resistir da capacidade falamos lamos de capacidade de agir, estamos mais de agir, de força passo que, ao falar dominação. Ao de agir e força de agir. Então, temos dois modos de traduzir de traduzir modos dois Então, temos de agir. de agir e força powerment mais numa linha da sociologia da dominação, mais na linha de uma vontade de uma vontade a expressão para tradução encontrar como capacidade sociológica a distinção entre na literatura contramos cultura da contribuição, em que medida esta cultura da contri da contribuição, em esta que medida cultura cultura com aquilo os americanos chamam que de buição pode ressoar 3 A força de agir em redes de agir em 3 A força isso. Nesse ponto, temos um assunto de reflexão em termos de digitais. digital, de desigualdades fratura espécie de facilidade natural para usar as mídias digitais. Mas Mas digitais. mídias usar as para natural de facilidade espécie a relação em conclusivos são não que conhecemos trabalhos os 110 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados riamentepalavra a pública; que seexpressa nessasmicroesferas esferaspalavraou emquemedidaa sãopúblicas é necessa não O queéumaesfera Emquemedida essas pública? pequenas pública. esfera da questão a sobre refletir a leva nos Isso neas. croesferasMicroesferas públicas. plurais públicas eheterogê um novo espaçodeliberdade. novo espaço digital foi definido por certos analistas como sendo que têmdizer a sobre algo asdecisões da cidade.Portanto, esse podem nos ajudar anos expressar como cidadãos, como pessoas poderíamos pensar emquemedida essas também ferramentas mundo árabe, naTunísia, onde reportagens eram transmitidas tais, combinadas comasmídias tradicionais, como nocasodo deixarsala, televisão a eirparaSerárua? a que asmídias digi deixara a passemos que com faz que O reflexãodisso. torno em mensagem quepoderia nos levar anosindignar. Ehátoda uma dessa diantetelevisão, frente da na sentados ficamos assim, mo mostra todasituação quenosconvida uma anos indignar, mes dias tradicionais, como a TV. Quandovemos um programa que desenvolverrelação, uma experiênciauma midiáticacomasmí certa maneiraa habituados Estamos política? participação de be: emquemedida a participaçãomidiáticapode levar auma ára mundo revoluçõesdo às relação em fizemos nos que gunta digitais, pensamos que umaquestãointeressante foiper uma amigos, eassimpordiante, infinitamente. se os nossos amigos vão transmitir a nossa palavra para outros Facebook, masos amigos têmamigos e também nunca sabemos no amigos com comunicando nos estamos Enfim, semipúblicas. sensibilidade de perceber aexistência detodas essas palavras ser descobertos por um usuário futuro. Observem queháuma pessoas. Sempre podemos pensar que hárastros que poderão Tudo quesediz a nãosesabequem,quantas no computador, quetudodizemos sei quem. dizemos não a que seexpressam noFacebook, dizem que devemos escrever dado momento, certos pensando nos analistas, adolescentes bemos exatamente comquemestamos falando. E,por isso, em tempo. palavrauma É ou parapública;semipública sa nunca é umapalavra,públicas diríamos, privadaao mesmo epública, Pararetomar com osmeios do agirpolítico, questão a Com a web social,temos uma multiplicidadede mi ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 111 ------provocaram uma faísca? faísca? uma provocaram

, , de uma forma totalmente neutra, por neutra, totalmente uma forma , de blogs site Como exemplo, agora vamos falar, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, falar, vamos agora Como exemplo, Para completar nossas questões sobre a força de agir, de agir, a força sobre completar nossas questões Para O último ponto vinculado a essa questão é sobre o cres vinculado a é sobre essa questão O último ponto Lemos descrições de uma jovem tunisiana tunisiana que conta uma de jovem descrições Lemos de forma criativa na construção dessa enciclopédia. E, pessoal criativa de forma anos há três pesquisa, trabalhamos com nossa equipe de mente, da Wikipédia, na qual podemos intervir. Nós podemos usar a podemos Nós intervir. da Wikipédia, na qual podemos como um simples usuário ou como Wikipédia, simplesmente, Participar completar corrigir. e intervir, a que procura pessoa quatro exemplos, sendo que dois são mais iniciativas provenien são mais iniciativas que dois sendo exemplos, quatro resistência. da criação e dois são mais de tes sibilidade de desenvolver práticas de criação ou de resistência de criação ou de resistência práticas sibilidade de desenvolver aqui que colocamos Claro digitais, sociais. utilizando as mídias gostaríamos de mostrar certo número de caminhos abertos por abertos de caminhos número certo gostaríamos de mostrar pos exista que talvez mostrar para experiências, dessas meio populares. Então, esses grupos militantes decidiram organizar organizar decidiram grupos militantes Então, esses populares. de festas, por meio as pessoas e reencontrar populares festas mídias. nas grandes aparecer para e dinheiro usando tempo zer animações com os jovens. Outro exemplo: organizar festas festas organizar exemplo: Outro jovens. com os animações zer chega nossa já participamos, desde que, inclusive, de populares, das festas bons na organização são muitos da. Nós vimos, vocês mídias. E um grupo, que pensamos ser brasileiro, descobriu brasileiro, grupo, que pensamos ser E um mídias. organizar de ação, por exemplo, forma outra como desenvolver fa essas exposições, e, durante em bairros de fotos exposições aqui mesmo, no Brasil, lemos numa revista, essas organizações organizações essas numa revista, lemos no Brasil, aqui mesmo, militantes, finalmente, se tornam visíveis. Mesmo estando mais pelas grandes às margens reduzidos sempre estamos visíveis, cimento de visibilidade dos movimentos sociais, o crescimento o crescimento sociais, visibilidade dos movimentos de cimento com que O que faz grupos de intervenção. de visibilidade dos que dê mais poder a essa visibilidade grupos? Pensamos esses dessa jovem. Ela foi para a rua e participou de organizações de a rua e participou organizações de para Ela foi dessa jovem. a rua? para da tela com que haja um deslocamento luta. O que faz lativamente privados e, em dado momento, algo aconteceu. Uma Uma algo aconteceu. momento, e, em dado privados lativamente que ao passo cidadã, uma forma que tomou uma conversa troca, um engajamento e, a partir daí, houve privada, uma conversa era va que entrou em um em que entrou va re assuntos sobre conversando ficou e revolução a fazer querer pela Al Jazeera, mas também havia provocação nas mídias so mídias nas provocação tambémmas havia pela Jazeera, Al Facebook, ciais, como 112 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados novos saberes embotânica. onde, aomesmo tempo, amadores eespecialistasdesenvolvem dores.com aTela Então, comunidade estamos numa Botânica, dos “profanos”,coisa dos especialistas, mastambém a dos ama traços edaTela daWikipédia A perícia não ésomenteBotânica. é original; esta é uma característica que, aomesmo tempo, tem gratuitamente, detodos aqueles quequiserem seinscrever.Isto perícia em botânica,queécolocaroconhecimento àdisposição, França, na localizada periência situada, e quedesenvolveu uma numa experiência quese chama TelaIsso Botânica.éumaex sistência aocontrole dasociedadee vigilânciageneralizada. mesmo aoque oWikiLeaks expôs.prática Estamos numa de re até foisuperior respeitoparaísosfiscais informaçãoa dos a que foiexperiênciapela plantada WikiLeaks. Vimos, recentemente, generalizada.de digital Achamos semente queisso é uma que formaé uma de práticada resistência aocontrole da socieda lizado, informaçãosecreta, de forma mexer a opinião pública, na colocar à disposição, de oferecer, sobretudo jornalismo especia e tentamparar eprenderideia de nós achamosquea Mas Julian. nou-se muito importante. As autoridades americanas procuram guerra dainformação. Epodemos ver que, efetivamente, tor eles desenvolveramAssange. Então, Julian tudo verdadeirauma vera partir dos uma luta contribuidores do WikiLeaks, sobre disposição, de oferecer informações secretas eentãodesenvol usadas por que existe umamistura emqueessas que eramtáticas, seu. Sãousadasportáticas cibercriminosos, mas podemos ver paraoutromensagem utilizando uma mandar o não nomeque é, porexemplo,dessas Uma táticas sas táticas. usar dispositivos ro de pessoas, com cada vez mais usuários profanos usando es o código informático, ehoje são utilizadasporumgrande núme hackers deversãoessas táticas eram,até agora,somenteutilizadas por de táticas versão, no mundodigital.Esse artigo mostrava que artigo, recentemente,revista na , por pessoas , particularmente competentes emdominar O segundo exemplo éoWikiLeaks, comaideia de pôr à Sobre aspráticas de resistências, estávamos lendo um hackers ecriminosos,agora estãosendodifundidas. First Monday quemostravaas a priori ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 113 ------de automóveis, mas podemos mas de automóveis, é a conexão de todos esses polos esses todos de é a conexão marketing pós-fordismo , os encarregados dos pontos de venda; tudo isso de venda; pontos dos , os encarregados Outra dimensão dessa digitalização dos modos de pro digitalização modos dessa dimensão dos Outra A primeira delas: uma pro de digitalização modos dos A primeira O contexto de tudo isso é um contexto de capitalismo de é um contexto tudo isso de O contexto marketing talar em outras regiões, na China, o que obriga os trabalhadores os trabalhadores na China, o que obriga regiões, talar em outras a para embora a irem trabalho, continuar a ter para brasileiros, dução diz respeito a toda a questão da do traba deslocalização a toda dução diz respeito de cal do setor empresas os países, determinadas lho; em todos ins se delas decidiram proprietários os porque fecharam çados – que vão receber o produto alguns dias depois. o produto receber – que vão comprar 60 modelos de um mesmo carro. E agora, com essa tec essa com E agora, carro. mesmo um de modelos 60 comprar pôr à os 60 modelos; disposição nologia digital, não precisamos consumidores aos aqueles que são propostos produzir podemos dução de automóveis, sabemos que há uma dos personalização dução de automóveis, profun Não conhecemos comprar. permite nos e isso produtos a questão do damente quência disso, por exemplo, é a redução dos espaços para produ dos espaços para é a redução por exemplo, quência disso, quais mais exatamente, cada vez sabemos, Porque materiais. tos de pro Numa problemática vender. que vamos são os objetos pelo que chamamos de A conse da comunicação e informação. às tecnologias graças des polos do aparelho de produção. Então, temos os conceptores, conceptores, os Então, temos de produção. des polos do aparelho pela os responsáveis os gestores, temos aqueles que executam, responsáveis pela publicidade, os encarregados os distribuição, seja, a tecnologia informática ou informacional, a tecnologia da a tecnologia ou informacional, informática seja, a tecnologia es que permitem são tecnologias informação comunicação e da gran os polos da produção, grandes os entre tabelecer conexões nados analistas denominaram pós-fordista, justamente porque porque justamente pós-fordista, nados analistas denominaram ou de produção, nos modos penetrou tipo de tecnologia esse sistir aqui em quatro características. características. sistir aqui em quatro que determi numa problemática estamos, portanto, dução. Nós interessante é tentar qualificar essa mutação. Propomos chamar Propomos mutação. essa qualificar tentar é interessante essa mutação de uma mutação rumo ao capitalismo informacio in ela. Vamos para designações outras muitas nal. existem Mas informacional, como diríamos. Portanto, um contexto no qual no contexto um Portanto, diríamos. como informacional, de uma mutação capitalismo. do Uma questão diante nos vemos 4 O capitalismo informacional capitalismo 4 O 114 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados precisamos encontrarpalavra uma dicionário, num vamos logi questão oude umproblema.dizemos, Quando por exemplo,que baseado, primeiramente,algo numrecorte sequencialdeuma do triunfoblemática É algoritmo? que éum O dos algoritmos. tização do mundo acontece, umavez que estamosnumapro matemafinanceiro.A capitalismo do levadominação nos à que é oquechamaríamosdematematizaçãomacional domundo, técnicas dacomunicaçãoeinformação. gadaglobalização.à subjacenteo queestá Mas éousodessas China. Vemos que essa problemáticada deslocalizaçãoestáli pode causar todo tipo de transtorno, mas,no nívelestritamente Isso financeiras. decisões de ampliação na segundos de frações a partirdoslevam algoritmos.Ascoisas, que funciona então, ma siste um de diante estamos bolsa na também mas financeiras, ro. Hojenãoestamossomentedigitalização deoperações numa ríamos que esses algoritmos se difundiram no mercado financei sempre. Issonosleva asituaçõesrealmente absurdas. zerotar vaihumano, pessoa, um euma nosresponder, masnem digi propõe nos ele final no bom, é robô o Quando problema. opção resolvede quenenhuma desse e sedãoconta tipo oseu em queseveemsituação mentado uma diante deumalgoritmo o seuproblemapode serresolvido, masvocês devem ter experi assim, vocês vão passandoaoutra alternativa, e,tecnicamente, E orobô pede quevocês façamalternativa aescolhade uma e, grande empresa e,quandotelefonam,robôé um queresponde. exemplo, asmensagenstelefônicas; vocês telefonam para uma enquadrammitam, nosso comportamento web. na Como, por formas funcionam. Esses algoritmos nos restringem ou nosli do poder da sociedade da informação. É com ele queas plata como dizemos, Um algoritmo, tornou-sealgoritmo. gramática a digitarmos basta a palavra eo exemplo, o E, eventualmente, vamos reintroduzi-la numprograma– por é oalgoritmo.Essafórmula vai traduzir a sequência operatória. ções, vamos encontrarfórmula uma matemática para isto, eisso ções. E,eventualmente, vamos matematizarsérie esta de opera camente dividir essaoperaçãosérie numa de pequenasopera Para voltar àquestão damatematização do mundo, di A segundagrande característica infordo capitalismo software de dicionário que vai procurar apalavra; software dáapalavra. Aítemos o ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 115 ------O que entendemos por economia da contribuição é economia da por O que entendemos Haveria uma primeira fase, que foi produtivista; uma uma produtivista; que foi fase, uma primeira Haveria E a última característica do capitalismo informacional capitalismo informacional do E a última característica A terceira característica é aquela da propriedade do có do aquela é da propriedade característica A terceira está resolvida, e achamos que este tipo de questão vai nos preo tipo de questão vai e achamos que este está resolvida, o trabalho remunerar vamos mais, ou seja: como cupar cada vez vo, num trabalho, portanto, que é mais um trabalho imaterial, imaterial, que é mais um trabalho portanto, num trabalho, vo, do processa simbólicas, no nível das trocas que se dá no nível uma questão que não levanta E isso bens simbólicos. dos mento uma economia baseada, justamente, nesse trabalho contributi trabalho nesse uma economia baseada, justamente, 5 O que é uma economia da contribuição? da contribuição? 5 O que é uma economia segunda fase, que foi consumista. E ainda estaríamos na fase na fase E ainda estaríamos consumista. que foi segunda fase, consumismo que esse de consumista, mas com uma tendência uma economia da contribuição. de em proveito se desagregue, da contribuição como a terceira fase do desenvolvimento do desenvolvimento do fase a terceira da contribuição como capitalismo. e poderíamos introduzir também a noção de economia da con também economia a noção de introduzir e poderíamos por vez, pela primeira formulada, foi tribuição. Essa expressão Bernard, em 2009. E ele definiu, historicamente, a economia é, justamente, a emergência de uma economia da contribuição. a emergência é, justamente, da contribuição da contribuição, da cultura falamos agora Até mo informacional, indústrias baseadas no código informático se informático baseadas no código indústrias mo informacional, importantes. tornam base numa efetividade de códigos. O medicamento que vamos que vamos O medicamento códigos. de base numa efetividade entre e as trocas inicialmente, por códigos produzido foi focar capitalis que, neste Vemos nível. neste se dão os farmacêuticos digo informático como fonte do valor econômico, como vimos. vimos. como econômico, valor do fonte como informático digo ve farmacêuticas; nas indústrias exemplo, por pensar, Podemos com base no código, com funcionam indústrias que essas mos mos bastante pessimistas quanto às disfunções provocadas por provocadas disfunções às quanto pessimistas mos bastante esse inchaço. desconectada do que alguns do de economia chamam desconectada economistas que e confessamos a aberrações, nos leva Isso produção. de real so desenvolvimento; esse para feliz final um vislumbramos não funcional, funcional, essa matematização do mundo financeiro provocou um inchaço da economia financeira. Ela está completamente 116 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados fornecer trabalhohumano, masmuito do trabalhoque até agora rio. Haverá pequenascamadasde indivíduos que continuarão a lho humanotem tendência a se tornar cada vez menos necessá balho, até agora gratuito entre aspas. tarde, teremos quenosquestionarsobreretribuição a desse tra os gigantes achamosque,maiscedo ou mais Mas dainternet. retomado e seja fonte de valor econômico para os grandes, para Pelo menospara os usuários, mesmo que sejaumtrabalho queé gratuito, como sendo um trabalhosituado numalógicado dom. contributivo? Nós o descrevemos até como sendo um trabalho da ganância, ofato desomente haver ariquezaeo dinheiro das riquezas. Oseconomistasamericanos mostram otriunfo lores), estamosfrente aumdesejoimoderado deacumulação observamos que,nacrise(pensamos doponto devistadosva Mas sempre háumpequeno1%queocupatoda ariqueza.E lugares, asdesigualdadesestão crescendo emescalaglobal. mundial. Sabemosquea desigualdadeprogride emtodos os valores compartilhados. mas gostaríamosdeinsistir sobretica, crise adosvalores –os crise, aomesmo uma tempo, daecologia,economia, dapolí uma cultura dacontribuição. Acrise moralé multidirecional; é ral,isto é,observações sobre asquestões de éticas depolítica novo trabalhador. teremos de nosperguntarcomo remunerar, deformaeste justa, novoum de trabalhador, tipo o trabalhador do imaterial, mas mentefase numa de transformação da economia, que faz surgir da robótica, daprodução automobilística, de que estamos real grandeque háuma tendência, quepodeser observada nonível o processamento daquilo quecompramos. Observem, então, cada vez mais, sãoimplantadosdispositivos automáticos para um caixa, trabalhando alguém no caixa, masobservamos que, atéda alimentação, agora, tínhamos,por exemplo, nobalcão Fazemos transações automáticas,cada vez mais. No mercado Hoje é raro termosinteração uma pessoa nobanco. comuma máquinas. Pensemos, por exemplo, nos terminais bancários. foi realizado pelos trabalhadores humanos será realizado por Estamos emvolta deumafratura socialemescala de abordarGostaríamos ainda ideia decrise mo uma Tendo em vistaaautomatização, arobotização, otraba ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 117 ------Vamos agora abordar o que chamamos de “as questões o que chamamos de “as questões abordar agora Vamos Talvez pudéssemos voltar a explanar o que podería a explanar voltar pudéssemos Talvez Pensamos que, evidentemente, há talvez uma dimen talvez há que, evidentemente, Pensamos Estamos numa dupla assimetria nas relações de poder. poder. de numa Estamos dupla nas relações assimetria de perspectivas éticas”. Então, vamos identificar algumas dessas questões éticas. questões dessas algumas identificar vamos Então, éticas”. forma irônica. Encontramos aqui uma lógica de ativista. aqui uma lógica de ativista. Encontramos irônica. forma em busca da contribuição: 6 A ética e economia tico faça uma declaração, essa declaração aparece em vídeo, e o em aparece essa declaração uma declaração, tico faça algo era que, no início, vídeo, E esse no YouTube. aparece vídeo de trabalhar para um material se tornar vai grau, de primeiro acompanhamos em Portugal estudou o YouTube e também os e YouTube o estudou Portugal acompanhamos em ter que pode um fato conotação política. Ela com mostrou vídeos um polí que talvez ver nas quais podemos mudanças irônicas, ção conflitual reside em afirmar que existem práticas que apare que práticas existem que afirmar em reside conflitual ção cujos trabalhos Uma estudante cem no meio da lógica comercial. entre duas lógicas que atravessam o mundo da internet: a lógica da internet: o mundo duas lógicas que atravessam entre que é a e a lógica ativista, agora) até que falamos (de mercantil coopera A noção de resistência. de lógica que anima as práticas mos chamar de cooperação mos conflitual. chamar conflitual, de Na cooperação cooperação a gente coopera, mas, ao mesmo tempo, estamos em conflito, maneira de ultrapassar essa situação na qual estamos inseridos, na qual situação estamos essa ultrapassar de maneira países. Nessa situação, uma dos uma minoria, pe na maior parte essa riqueza do mundo. toda pega dos indivíduos, quena fração são utópica no nosso questionamento, mas, apesar disso, man mas, apesar disso, questionamento, no nosso são utópica achar uma importante pois parece questionamento, esse temos mo tempo, em nossas relações de consumo. Então, podemos nos de consumo. Então, podemos relações nossas em mo tempo, um ger conter da contribuição pode cultura essa se perguntar dessa crise moral. me da resolução nizações, empresas, estão acumulando conhecimentos sobre os sobre acumulando estão conhecimentos empresas, nizações, necessariamente, que estejamos, sem comportamentos, nossos e, ao mes privada vida na nossa intrusões dessas disso, cientes Estamos numa sociedade de dominação, mas estamos numa mas estamos dominação, de as numaEstamos sociedade orga as todas conhecimento: de relações de em termos simetria como o valor de progresso para esses indivíduos que estão por por estão que indivíduos esses para de progresso o valor como 2008. dessa crise de trás 118 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados o futuro do jornalismo, o jornalismo profissional, que está sendo ção queproduzem é umaproblemáticamuito interessante para utilizados pelosamadores? Aquestãodaqualidadeinforma veríamos desenvolver mecanismos de autocontrole, queseriam ção produzidapelos amadores? ao contrário, Ou, será quede informa da qualidade da controle o profissionais a confiar mos uma questãomaior. Aproblemáticaé a seguinte: será quedeve sante. Essaquestãosobregarantia a das fontes estásetornando interesinformação algo da controleé qualidade o da fissionais, fontes. Com a participaçãomassiva de amadores e de não pro espaço do Facebook nãoera umespaçoenquantopúblico, que vimos uma decisão da justiça,na França,considerando queo como se desloca a responsabilidade. No jornal de dois dias atrás, devemosque então, precisamente analisar caso, para cada ver plataformas?pelas os grandesSão operadores deredes? Vemos, vem assumi-la? Será que são as firmas responsáveis pelos São apenasos autores, oscriadores dos bens culturais quede atoresdifundida. Que devem assumiressaresponsabilidade? lidades jurídicas e morais em relação ànatureza da informação fontes, o que nos traz a questão da identificação das responsabi das veracidade e identificação a quais as entre ponsabilidades, do desenvolvimento deumaespecialidade. as coisassãomaiscomplicadas.Osamadores podemparticipar percebemosE especialistas. de pecialistas, é assim,que quenão tro. Osamadores desenvolviamde amadores umpapel eos es havia osamadores mas havia deumlado, osespecialistasdeou amadores. Antes dessa pesquisa, costumávamos dizer que sim, especialistas; pode haver uma especialidade desenvolvida por Podemos perceber queapalavra da especialidade,devedifundida. então, O papel setransformar. de criaçãoevalidaçãoespecialistas noseupapel da informação cas, então,levantama questãodos número de indivíduos para solucionar problemas. Essaspráti de materiaistrução o recurso utilizando grande dechamarum mos de “deslocamento dasespecialidades”, aspráticasde cons cada vez maisalterado poressejornalismocidadão. A terceira questão ética é sobre a identificação das res giraA segunda questãoética em torno doquechama A primeira questãogira emtorno da credibilidade das expert status nãoémaisexclusiva dos edaautoridade dos sites e ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 119

------software em uma arqui feedback privado, já é uma escolha. E o que privado, software Encerramos esse enfoque das problemáticas/questões das problemáticas/questões enfoque esse Encerramos A quarta questão ética diz respeito às escolhas técni às escolhas respeito A quarta questão ética diz de dispositivos técnicos ou também a concepção de có ou também de a concepção técnicos dispositivos de design tárias, a ideia de que a televisão poderia simplesmente ser posta simplesmente poderia tárias, a de que a ideia televisão das exemplo, por mercados, cidadã. Nos da expressão a serviço comunicação é uma problemática que surgiu, por exemplo, na por exemplo, que surgiu, comunicação é uma problemática um grande Em Quebec, 1960. nos anos houve América do Norte, comuni televisões do que denominamos em torno movimento tiva. Pensamos que talvez estejamos vivendo um momento em um momento vivendo estejamos que talvez Pensamos tiva. que devemos desenvolver uma reflexão crítica, porque a ideia de pelas ferramentas favorecida participativa de democracia guntar se há uma conexão entre a reciprocidade num modo de num modo a reciprocidade entre guntar se há uma conexão participa e a ideia de uma democracia comunicação interativo éticas propondo algumas reflexões sobre as questões políticas questão em essa contribuição. Abordamos da uma cultura de nos per podemos e, de fato, participativa de democracia termos Precisamos, então, desvelar esse inconsciente moral que estru moral inconsciente esse então, desvelar Precisamos, técnica. aparentemente escolhas de natureza tura que aparece num fórum coloca questões fortes (podemos in (podemos fortes coloca questões num fórum que aparece que todas Observamos ou não, moderação?). haver, Vai tervir? de valores. termos comportam escolhas, em essas dimensões mensão ética. Há uma dimensão de valor que está enraizada na que está enraizada mensão ética. uma Há dimensão de valor interativa: de rede exemplo nosso Retomando técnica. decisão numa conversa a de intervir possibilidade introduzir de o fato livre em vez de um em vez livre escolha técni de vista ético, é que a ponto do dizer, queremos uma di comporta técnica Uma escolha técnica. apenas ca não é tetura de rede ou não. Por escolha técnica designamos também também designamos técnica escolha não. Por ou rede de tetura o o que, se escolhemos Observamos digos informáticos. cas. O que é uma escolha ética? É o fato de escolher, desenvolver desenvolver escolher, de fato ética? É o uma escolha cas. O que é por Podemos, com uma dada arquitetura. de acordo uma rede, de a possibilidade introduzir exemplo, dos tribunais de justiça, vamos ser obrigados a melhor definir as definir melhor a obrigados ser vamos justiça, de tribunais dos jurídicas nesses assuntos. responsabilidades perceber as grandes consequências, de um ponto de vista jurí de um ponto consequências, as grandes perceber dico, nessas diferentes definições. Vemos que muitas questões diante se apresentam que as causas e, à medida são levantadas no ano passado, ou há dois anos, não lembramos, decisões ju decisões não lembramos, anos, no ano dois ou há passado, público. Podemos era o espaço do Facebook que diziam diciais 120 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados dade, pensamos que os espaços das mídias sociais – vasuscitada pelo usodessas municipal, mídias sociais). Naver das coisas, noquediz respeitoatual àdemocracia participati pensamos que estudos estão sendo realizados sobre o estado tecnologias audiovisuais, tecnologiada épocatelevisão, mas tida pelousodessas tecnologias (claro queestamosfalandode sar que ademocracia participativa nãoestáplenamente garan çaram acontrolar cadavez mais esse dispositivo. Podemos pen Observamosmunicipal. que,comotempo, asautoridades come to dapalavra do cidadão, que começava aintervir na expressão prefeituras, utilizou-se a televisão, que se tornaria prolongamen timentoque foi deculpa interiorizado a partirdesse diagnóstico pais, então,conversam neste fórum e percebem queháum sen poderiaexplicarque ça, o comportamento Os da criança. autista problemarelaçãona vezesdos pais,muitas crian coma da mãe que lhesindicam quehaveria, segundo esses um psicanalistas, Eles perceberam queestãotodos cercados por psicanalistas, cionaram-se paradessas crianças. o diagnósticopsicanalítico E, aospoucos, asconversas entre esses pais, emresumo, dire surgir na vida cotidiana dessas pessoas com seus filhos autistas. e, assim,buscar maneiras de solucionarproblemas podem que interessante, acharam poder descrever então, em quevivemsituação a E autistas. filhos seus com vidas suas das cotidianas fórum,um sóparana internet, conversar sobre ascondições pais de que moravamcrianças autistas emParis decidiram criar Isso aconteceuças autistas. noiníciodos anos 2000, quando um estudo de caso que foi realizado numfórum de pais de crian até entãonãoparecer Vamospolíticas. ilustrar essaideiacom as questõeslíticas quepodiamatépoderiam sê-lo. Ou não então ticos queavançamrumo aumapolitização,ouseja,tornando po de tomada dapalavrapor coletivos quepodemgerar gestos polí partir dousodasmídiassociais. Nós a nos vemos ante espaços queremos mostrarque sedão questão dasaçõesde politização a os de formatação dos espaços de interação érestringida por escolhas a instância, última em que, afirmamos algoritmos, dos questão de redes sociais, Twitter –nãosãoneutros. Voltandoa falar da sites software . Concluindo essa questãodas problemáticas políticas, , de design , deinterface, pelomodo de administrar blogs , sites ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 121 ------Concluímos, então, abordando a questão da forma de a questão da forma então, abordando Concluímos, macional se apropria do laço social para colocá-lo da a serviço do laço social para macional se apropria econômico? do valor produção emergência de uma nova forma de laço social? Ou será que tudo laço social? Ou será de forma uma nova de emergência avanço é apenas uma apenas no novo ilusão e estaríamos isto em que o capitalismo infor mercantilização, de um processo de do a seguinte pergunta: será que estamos diante da emergência da emergência diante que estamos será pergunta: a seguinte do consequência como laço social, que teria de forma uma nova de a necessidade de refletir sobre a dimensão moral e ética dessa duos interagem entre si. Elaboramos, um pouco anteriormente, um pouco anteriormente, si. Elaboramos, entre interagem duos contribuição e concluímos fazen como forma o que entendemos expressa como sendo uma “forma contribuição”, o que remete o que remete contribuição”, uma sendo como “forma expressa como social em Simmel, forma social, que encontramos a forma por meio das quais os indiví maneiras de se associar, maneiras lamos de forma de contribuição, tentamos considerar a hipótese a hipótese considerar contribuição, tentamos de lamos de forma de práticas dessa diversidade uma unidade por detrás de haver pode ser E que essa diversidade heterogêneas. aparentemente contribuição. Será ela uma nova forma de laço social ou será sim de laço será social ou forma ela uma nova contribuição. Será o para forma uma nova mercantil, uma recuperação plesmente Quando fa social uma mercadoria? a relação capitalismo tornar uma questão que, inicialmente, não era uma questão política. uma não era uma questão que, inicialmente, uma questão política. ser Ou, pelo menos, não parecia nal em relação ao poder dos psicanalistas quanto à questão do psicanalistas quanto dos poder ao nal em relação caso como um exemplo esse observar autismo. É interessante politização de uma ação de que suscitou na internet fórum de a frente, em um espaço físico, uma e associação desenvolveram o ano até associações, com outras conectou-se sua vez, que, por uma mudança escala em nacio houve passado. E ano passado foi, de fato, o desejo destes pais de criar uma associação para para uma associação criar pais de destes o desejo fato, de foi, pró seu além do e no espaço público, mais cidadão poder gerar frente fórum, deste então, fora encontraram, Elesse fórum. prio pais. Não queremos tomar partido aqui a favor ou contra o diag contra ou aqui partido a favor tomar queremos pais. Não que, do ponto nóstico psicanalítico do autismo, mas sim mostrar aí o que surgiu fóruns, dos usos dos uma sociologia vista de de crianças autistas. E eles percebem que, na América do Norte, há há Norte, do América que, na autistas. percebem E eles crianças que mais clássicos, mais comportamentais, diagnósticos, outros menos da culpa, dos no caso menos culpa, falam que introduzem psicanalítico e, aos poucos, percebem que são os psicanalistas os psicanalistas que são psicanalítico percebem aos poucos, e, das diagnóstico espaço do no o poder têm certa forma, que, de 122 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados BEUSCART,Jean-Samuel; DAGIRAL, Éric;PARASIE,Sylvain. BEER Referências PROULX PROULX,Serge. Lapuissanced’agird’uneculturecontri dela LECOMTE, Romain Internet et la reconfiguration de l’espace pu , David. Power through thealgorithm?Participatory web naldumauss.net/./? La-puissance-d-agir-d-une-culturenaldumauss.net/./? 29 juin 2011 [online]. Disponível em:< réflexions. Premières bution face àl’emprise d’un capitalismeinformationnel: p. 1-9. Barbariescontemporaines CONSTANTOPOULOU,(org.). In: réflexions.C. premières bution face àl’emprise d’un capitalismeinformationnel: vues.org/702 v. 3, n. 1-2, 2009. Disponível em: < rôletunisien: le blic diaspora.de la 2009-1-page-3.htm < & travaux Sociologie des activités en ligne (introduction). Society cultures andthetechnological unconscious. , Serge. La puissanced’agird’uneculturecontri dela http://www.cairn.info/revue-terrains-et-travaux- , v. 11,p.985,2009. , v. 1,n.15,p.3-28, 2009. Disponível em: >. Acesso em:28dez.2016. >. RevueMAUSS du permanente . Paris:. L’Harmattan,2012. http://ticetsociete.re tic&société http://www.jour New Media Terrains [online], >. - - - , Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 123 1 - - - - . alexandre.dresch.bandeira@ Alexandre Dresch Bandeira Dresch Alexandre Digital tithe Dízimo digital mídia e religião, valor simbólico, doação, troca, troca, simbólico, doação, valor religião, e mídia http://lattes.cnpq.br/2900867011772624 . CV: . CV: The objective of this article is: to understand how how understand to this article is: of objective The Este Este artigo tem por finalidade: entender como se dão Comunicação (Unisinos), Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Comunicação em em Bacharel (Unisinos), Comunicação E-mail: (Unisinos). Publicidade e Propaganda gmail.com Doutorando em Ciências da Comunicação (Unisinos), Mestre em Ciências da Ciências em Mestre (Unisinos), da Comunicação Ciências em Doutorando and their production of significance; to discuss the role of the 1 Abstract: Abstract: modern financial exchanges develop their symbolic meaning antecedentes careciam se comunicar com o divino. se comunicar com o divino. careciam antecedentes Palavras-chave: dádiva. a religião e a comunicação andam de mãos dadas. Ambas surgi dadas. mãos a comunicação andam de e a religião não te humana de uma do contrário, necessidade e social; ram nossos os religião fazer para que afirmar Pode-se evoluído. riam tempo e a dádiva, e procuramos saber como tudo isso se trans como tudo isso saber e procuramos e a dádiva, tempo comunicacionais no cená por processos em motivações forma os primórdios, que, desde contestar Não podemos religioso. rio atualidade; e de que maneira a contribuição, vista em Proulx, é a contribuição, vista em Proulx, atualidade; e de que maneira capitais. de do mercado espontânea ou se é uma manifestação Além das trocas financeiras, existem as gratuitas, as doações de Resumo: Resumo: as trocas financeiras modernas, seus significados o papel discutir digital de sentidos; do dízimo na e produção simbólicos 124 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Keywords: ancestors neededcommunicationwiththedivine. have evolved. It is possible to concerning religion, state that, our came fromand social ahumanneed; otherwise they would not ginning oftimereligion andcommunicationare connected. Both processes in thereligious context.We knowsincethe be that derstand howmotivationthis becomesa for communicational and voluntary donationoftimeandgifts,we wantto un market.capital Besides the financial exchanges, there is the free in Proulx,is spontaneous or whether it isamanifestation ofthe in thepresent;tithe digital how and seen as this contribution, mesmo sociológicos. O quenos interessa é conferir estes campos ou financeiros econômicos, teológicos, investigarassuntos pete de recompensa ouretribuição? Cabeavisar que nãonos com gada aofator culturalou àprópria religião? Promete tipo algum formaguma diretamentedoação está decompensação?Esta li intenção deretorno?totalmente Éalgo desinteressado, ou háal que pertence.será Mas quetodanão possui nenhuma essa ajuda a instituição à si de melhor raro profissão,conformedando sua de obreira(o),status faxinarigreja, a organizar eventos, assesso Fora isso, o trabalhopode ir mais longee a pessoa ganhar um mesmo deobrasgélico ou deconstruçãotemplos temáticos. coadjuvante e se tornar até patrocinadora de um programa evan rir o estímuloquelevaqual pessoa a participarcomoator uma consumidora.ta, Assim, diante destaperspectiva, pode-se infe Referimo-nos que éasociedade ao cenário atual, pós-capitalis social emqueestamos vivendo?ção combinacomaatualidade o doar-se jas, gratuitamente éogrande motivador.doa esta Mas dos impostosO quesepercebeu écompleta. é que,nessas igre bancos epúlpito, ésó a manutenção. Como sabemos, aisenção guel, repassado para os fiéis. Depois da igreja montada com seus alu o é ainda custo maior o neopentecostais, igrejas Nas fimo. organizações religiosas percebe queseucusto operacionalé ín Introdução change, gift. Quem participou ou,decertaforma,Quem visitou já várias mediaandreligion, symbolic value,donation, ex ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 125 ------à vida religiosa, mas a supõe mais do que a consti à vida religiosa, tui. Se prescreve ao fiel fugir ao mundo profano, é Jamais o ho do mundo sagrado. aproximá-lo para Qualquer que seja a importância do culto negativo e negativo Qualquer que seja a importância do culto positivos, efeitos indiretamente ainda que produza ele de ser; introduz em si mesmo sua razão não tem Durkheim (2008) chama isto de culto positivo sobre os sobre positivo de culto chama isto (2008) Durkheim elementos do sacrifício: elementos Perspectiva socioantropológica Perspectiva está de fora, parece um absurdo. Pode-se especular, então, que especular, Pode-se um absurdo. parece está de fora, contribuir. o fiel para motivações há diversas para cada indivíduo, que, ao pertencer a uma instituição religio que, ao pertencer cada indivíduo, para quem de aos olhos que, pensar, de modo o seu sa, transformaria sugerem uma “lavagem cerebral”, além de tantos outros adjeti outros tantos além de cerebral”, “lavagem uma sugerem estar pode doação de motivação esta Toda confiáveis. menos vos de sentido. Esta diferente ser pode vinculada a uma produção que se formam nas tais igrejas midiáticas, nos escândalos sobre midiáticas, nos escândalos sobre nas tais igrejas que se formam de vertiginoso no crescimento e mandatários seus de fortunas Muitos contribuir? a fiéis os forçando igrejas tais as Estariam las. ria acenando para o oposto, com o acirramento de uma relação uma relação de com o acirramento o oposto, ria acenando para ser dos nas ofertas mais monetizada e mercantilista cada vez impérios os diariamente observar Podem-se religiosos? viços til, onde as relações sociais não estão regidas pelas normas do normas pelas regidas não estão sociais til, as relações onde na pergunta: uma outra devolvemos nós sendo, Assim mercado. não esta neopentecostais das igrejas atualidade, o crescimento do que isso produz. Conforme Proulx, o trabalho colaborativo colaborativo o trabalho Proulx, Conforme produz. que isso do ele pode ser remunerado, Questionado se o mesmo é gratuito. pós-mercan a utopia sobre ainda um comentário acrescentou tal”. Como o tópico doação e gratuidade foi proposto por Proulx, Proulx, por proposto foi e gratuidade doação tópico o Como tal”. se aplica como isso na prática de entender a necessidade vemos comunicacional, o simbólico, o senti e mesmo e o que envolve diante de alguns temas abordados no seminário Escola de Altos Altos Escola de no seminário abordados alguns de temas diante “Mutação da comuni o tema com por Proulx, realizado Estudos digi na da contribuição era de uma cultura cação: Emergência para trazer uma compreensão comunicacional, comunicacional, nestas buscando uma compreensão trazer para o comunicacional o simbólico e modo de pensar um interfaces 126 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados ofertante para ajudarumacausaemqueacredita. sita verbasda igreja, naconta oumesmo se torna umdizimista e tamente,temos ainda grande uma parcelade adeptos quedepo de a realimentar osimbolismo; isto éoqueDurand (1997) chama débitoum quedeveráser honrado, e,assim,oimagináriovolta pois Deushora estáaoseuladona davitória.vitória Esta vira ao mesmotempo, combate evencesozinho, jamais asbatalhas, fiel acredita, teme e luta contra o mal personificado no demônio; enriquecendo oseuimaginário.Destaforma,e alimentando o das com suassuperstições, seus medos e necessidades terrenas, sua culturacom a e vivência do de narrativas conhecidas eoutras apreendidas de acordo adesão simbólica ao imaginário, o fiel se relaciona com um mun quantolismo imaginário parasustentar poder um simbólico.Na te. Eleserve tanto para preencher a necessidade de um simbo simbólica? Osimbóliconos ao qual referimos aqui é ambivalen continuum Qual seria ogatilhoQual adesão pessoa à uma que incita Além do trabalhodoado edo tempo despendido gratui : ção regular eorganizar (DURKHEIM,1989,p.393). rais queumconjunto depráticas rituaistem porfun que mantinhacomelasrelações positivas ebilate de comércio;qualquer sempre considerou, aoinvés, religiosas pudessemsereduzir simples abstençãoà mem concebeuqueseusdeveres paracom asforças ca primitivaca suas qualidades pelas que, e sumária físi uma de elementos os são tanto fabulação, à meteoros e dos astros que servem de indutores são asgrandesqual sequências dasestações, dos ordemuma demotivaçãocosmológica eastral, na classificativa norma como escolhem Tanto rária. lite imaginação da ou profundas mais sificações devaneios imaginários. Tais são, de fato, as clas tos perceptivos nãopassamde pretextos para os assimiladorasatitudes nasquaisosacontecimen tivo, mas ainda completamente impregnado de interesse de um pensamento, certamente percep partir ossímbolossegundo grandes centros de Parecem-nos mais sérias as tentativas para re . Estede mãosda simbolismoanda ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 127 ------conti homogêneo do imaginário; tanto, enfim, se viço dos diferentes agentes religiosos (BOURDIEU, (BOURDIEU, religiosos agentes diferentes dos viço 1992, p. 82). As interações simbólicas que se instauram no cam simbólicas que se instauram As interações po religioso devem sua forma específica à nature encontram que aí se interesses particular dos za das especificidade à termos, outros em ou, jogo em um lado, de pela ação religiosa, cumpridas funções as para mais precisamente, (e, leigos dos a serviço a ser e, de outro, de leigos) categorias diferentes nuum do micro suspeita sociológicos que são os dados grupo ou de grupos que se estendem aos confins pri quadros linguístico do grupo que fornecem p. 1997, 33). (DURAND, os símbolos para mordiais sensoriais, polarizam os campos de força no de força campos os polarizam sensoriais, Todos os envolvidos na cerimônia e na igreja estão na cerimônia e na igreja os envolvidos Todos Quando o fiel vence a guerra contra os agentes do de Deus (IURD), vemos que ela também impressiona pela quan que ela também impressiona (IURD), vemos Deus de de – o número é, poder isto tidade e tamanho das suas igrejas, impressiona e reforça quem já é convertido pelo fato da obra da obra pelo fato quem já é convertido e reforça impressiona algumas igrejas observarmos Se estar crescendo. que patrocina neopentecostais, no caso específico a Igreja Universal do Reino no templo, que representa um número a mais entre os presen os a mais entre um número que representa no templo, – vez pela primeira quem está chegando impressionar vai tes, às vezes não quantificados, mas sustenta uma estrutura que é apoiada por inúmeras operações simbólicas. Mesmo que o fiel não contribua com uma moeda, o fato da presença física dele alimentando um simbolismo que gera frutos imperceptíveis e imperceptíveis frutos alimentando um simbolismo que gera de interesses que se estabelece nas trocas simbólicas. Bourdieu Bourdieu simbólicas. estabelecenas trocas que se interesses de este como ocorre e explica no assunto se aprofundou (1992) processo: foi vendida, e a igreja, que colhe e investe numa reserva de con numa reserva que colhe e investe e a igreja, vendida, foi monetária. Assim, tangível e também na parte intangíveis ceitos o fiel mantém o poder simbólico da igreja, tudo isso num jogo Através deste gesto, propaga os fatos e divulga a quem pertence. a quem pertence. divulga e fatos os propaga gesto, deste Através que lhe numa promessa Ele, pois apostou com isto? Quem ganha mal, ele reverencia a instituição e a autoridade que lhe ajudou. que lhe ajudou. a instituição e a autoridade mal, ele reverencia 128 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados mentação depoder, comoafirmaBourdieu: formauma simbiosepoder simbólica, simbólico, éuma deali ( sentido imediato do mundo (e,emparticular, do mundo social) realidade quetende a estabelecer uma ordem gnosiológica: o da construção de poder um é simbólico poder O poder. é fiéis o dinheiro, que é mais penoso para se ganhar. As divindades não po nãofaz parte datroca; oque faz parte datroca atualmente é cor O esfolados.ficarem até joelhos de caminhar de costas, nas Poder de Deus nãoémaisaquelede carregar umaenorme cruz do Mundial Igreja na sacrifício o Mas milagres. e pactos messas, homem e as autoridades celestiais, movimentando dívidas, pro Os interesses gerarampontuais economia religiosa uma entre o e negociações comodivino,espécie de “tomanuma dá cá”.lá, agradecimentoforma uma de levar vantagens,de fazer pactos dos tempos edasnecessidades, os homens foramfazendo do nagem humano,Jesus, como cordeiro imolado.Com a evolução levada tão asério ao ponto de o cristianismo oferecer um perso sacrifício, chamada palavra numa resultou isso Tudo rebanho. do ovelha melhor sacrificavama que pastores,povos aos aplica novidade, sempre ocorreu emtodas ascivilizações; o mesmo se deuses como forma deagradecimentoé colheitas não boas pelas ocorrendoestá sempreatualidade na foi realizada.ofertaA aos BOURDIEU Não devemoscoisa que esquecer que muita também , 1998, p. 9). Esta cumplicidade amplia e mantém, 1998, cumplicidade amplia p. 9).Esta o onde eleémaiscompletamente ignorado, portan rio saber descobri-lo onde elesedeixaver menos, está emtoda parte eemparte alguma” –énecessá de odissolver,espécie de “círculo uma cujo centro fazerque –sem nunca outra dele, numa maneira entravapelos olhosadentro lembraré inútil não se queriareconhecê-lo nassituaçõesemqueele poder por toda parte, como em outros tempos não No entanto, numestado do campo emquese vê o cem (BOURDIEU, 1998,p.7-8). ber que lheestãosujeitos ou mesmo que o exer com acumplicidadedaquelesquenãoquerem sa esse poder invisívelsó podeser oqual exercido to, reconhecido: o poder simbólico é,comefeito, ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 129 ------, ou seja, consagrando, intro , ou seja, consagrando, sacrifício satisfazendo as suas súplicas. Agindo desta sorte, desta sorte, as suas súplicas. Agindo satisfazendo por qualquer exigida a contrapartida elas trazem o equilíbrio que e restabelecem unilateral gesto duzindo à sua custa no domínio do sagrado algo à sua custa do sagrado no domínio duzindo e que ele abandona, ou que se que lhe pertence ao qual e em relação à sua disposição encontrava as potên Assim a qualquer direito. ele renuncia esta oferta recusar que não podem cias sagradas, usurária, tornam-se devedoras do donatário, fi não conti e, para pelo que receberam cam ligadas o que se lhes conceder devem em dívida, nuarem pede: benefício material, virtude ou remissão de então mundo encontra-se do uma pena. A ordem restabelecida. Pelo sacrifício, o fiel passou a que ele vene que as potestades ser espera e credor ele com para que contraíram a dívida liquidem ra mereceu. O conjunto da sociedade, cidade ou tribo sociedade, da O conjunto mereceu. a guerra, na se faz mesma situação: encontra-se a pros Se frui derrota. a e teme anseia pela vitória modo e, de sempre conservá-la deseja peridade, que jul a ruína de em evitar preocupa-se inverso, que o São tantas graças o presságio. aperceber ga das dos deuses, de obter ou o Estado têm indivíduo ou de que se julga pessoais impessoais potências mundo. O suplican do a ordem estar dependente aquelas constranger não imagina então, para te que melhor nada graças, essas a concederem-lhe uma fazendo-lhes a dianteira ele próprio tomar um dádiva, Por outro lado, o indivíduo deseja ser bem-suce lado, o indivíduo outro Por as ou adquirir empreendimentos nos seus dido os infor evitar o êxito, lhe permitirão que virtudes ou o castigo que a sua falta túnios que o espreitam sentado num envelope que serve para depositar as ofertas e o ofertas as depositar para que serve num envelope sentado dízimo. do Caillois na sacrifício se natureza explican aprofunda do sua construção: Numa época em que pagamos por tudo, as igrejas neopente as igrejas por tudo, em que pagamos Numa época menos e se por a Mundial, não deixaram costais, especialmente adaptaram ao mercado religioso, onde o sacrifício está repre estão estão querendo a judiação, a ralação, mas um fiel bem nutrido restaurado. evangélico, no jargão dizem eles mesmos e, como 130 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados carteirinha”. Quanto desses atitude àapoiadores, sepo também zante,mesmo opartidárioideológico, ousua “contribuir coma presidenciais no anode 2002, era umato voluntário osimpati plo oPartido dos Trabalhadores. Antes de ele ganhar aseleições aqui, para outros tiposdepatrocinadores, citandocomoexem forma de uma se multiplicam inconsciente? Abrimos um espaço, reas do dinheiro, de interesses mesquinhos, ou asmotivações que propõe aseguinte interpretação detaisnecessidades: lidade emquenosmetemos?Novamente recorremosFromm, a nova ofertade alívio simbólica social deindividua dasituação voluntariedadeatual que a uma queestáemmoda?Seriaela Questão comunicacional perda desuaindividualidade (FROMM, 1983,p.150-151). sozinha O preçonem angustiada. que elapaga, porém, éalto: é a de outros autômatos emtornomais precisanão dela, sesentir seu egoindividual ese converte emautômato, idênticaamilhões Fromm (1983) chama de“autômato”. Apessoa que desiste de sejam elasreligiosas ou políticas.Acausase deve aoque Erich cia desentidos podeexplicar oporquê daadesãoàsideologias, fomentapiritual diversas propostas paraarrecadar. carênEsta motivadoraação é diferente igreja, numa autoridadeonde a es dem estudar vários motivos que os feito.impulsionam atal A Quem sabeestacarência direta comunicacional expli Será queemnossa sociedade agimos porquestões fér (CAILLOIS, 1979,p.27-28). generosidadeuma interessada rompeuseu favor a uotmne em infcd e re à vida à ordem e significado deem supostamente e ofereçaestruturauma e símbolos que política chefe,e qualquer gia desde que prometaagitação prestezaa humana: paraideolo qualquer aceitar nossa culturao perigo que ameaça emsuabase automatizada,mum conseguiremosnão então ver virmos o sofrimento inconsciente dapessoaco micas, noquetoca àspessoas “normais”, senão Se considerarmosas necessidades apenas econô ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 131 ------solo fértil para fins políticos do fascismo (FROMM, (FROMM, fascismo do políticos fins para fértil solo 1983, p. 203). do indivíduo. O desespero do autômato humano é humano do autômato O desespero do indivíduo. psicologia nativa: o amor ao “dar e receber” em si o amor ao “dar e receber” psicologia nativa: de sua através da riqueza o gozo da posse próprios; 1978, p. 136). doação (MALINOWSKI, Cai por terra, assim, a primeira hipótese, ou seja, a hipótese, assim, a primeira Cai por terra, ou va a riqueza para de que “não há lugar hipótese ago Que dizer podemos nativas”. lor nas sociedades que “não há ou seja, a de hipótese, a outra sobre ra são capazes, que todos visto de trocas, necessidade tudo aquilo que, produzir de perícia, diligência e com sua qualidadepor ou quantidade, possa representar pela compreensão é refutada Essa hipótese valor”? e da costumes fundamentais dos fatos um dos de Também Também é difícil estabelecer um valor. Sabemos que Questionamos Questionamos também o valor que este fiel dá em di monetizada. Há um interesse em jogo que faz a ponte entre o entre a ponte em jogo que faz monetizada. Há um interesse se dá graças Isso e recepção. ou produção e o receptor, ofertante guma coisa e tira disso. proveito Simplificando, o fiel frequenta religioso ideológico conteúdo seu cuida dela, consome a igreja, também de uma relação trata-se portanto, um mercado; e gera serviço ao qual se dedica, independentemente dos méritos. Essa méritos. dos independentemente dedica, ao qual se serviço al oferece o pastor mercantil: de ser uma transação não deixa os fiéis não questionam o preço que os líderes deliberam para sobre divino seu discurso projetam como a forma mesmos, si por um cobrar o pastor pensam que é natural Todos os demais. Guiné observados por Malinowski: Guiné observados povos que trocam valores entre si e com as divindades, motiva divindades, si e com as entre valores que trocam povos hoje simbólicos. A moeda de apelos e altamente dos por crenças da Nova nativos dos ao inhame equiparar-se poderia valor como mos de trocar, dar e receber valor. Para nós o que interessa é o interessa nós o que Para valor. e receber dar trocar, mos de valor simbólico e o que tal valor significa na vida Os do doador. inúmeros de exemplos de estão repletos antropológicos estudos nheiro em prol daquilo em que acredita. Será que está atrelado que está atrelado Será em que acredita. daquilo em prol nheiro a quantia, e sim não interessa ele para ou simplesmente ao preço falar convém momento, Neste simbólico que o preenche? o ato 132 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados que enriquece aolhos vistos, diferentemente daquele espírito condicionando-o pelo querecebeu. Masneste cenário é aigreja prosperidade, endivida-oresto pelo vida comodizimista, desua e otransformatima emempreendedor. Depois, estando elena autoes sua trabalha fiel, cliente o busca ele Primeiro lógica. tra fazê-los nascer(p.137). viços mútuos queresultamatividadede tal seriam incapazes de existissem emnós,comosupõeoteologismo, certamente osser trocas. Como afirma Verón (1980), se os pendores altruístas não a umaforça que favorece chamadaaltruísmo, este carrossel de lidade para comDeus ao pagar odízimo, pois o dízimo não é fide sua da também lembrados são fiéis os neopentecostais jas da comunidade.Atualmente,delidade é amaior lógica nasigre comunidade. ção. Este ato decontribuir éosentimento depertenceruma a esperamos que todos compartilhem com formas de contribui que daigreja arrecadadora emparticular: do fiel Weberdo envolviariqueza Max que a de mais capitalista Diante desta afirmativa, ele acrescenta ainda que a fi a que ainda acrescenta ele afirmativa, desta Diante Segundo Proulx,quando estamos nalógicadadoação, odiscurso Na atualidade, religioso converteu-se emou Este ascetismoseculardoprotestantismo –por (WEBER, 1986,p.122). cimento, mas contra o uso irracional dariqueza enrique o contra campanha uma não – afirmava do quaquerismo apologista Barclay textualmente erao grandee também ospuritanos como, aliás, – dependênciações dacarneeadosbensmateriais tamente desejadacontra porDeus. A luta astenta a considerou (nosentido aqui exposto) como dire legalizou,a apenas com oquenão como também dicional, rompendo osgrilhõesdelucro, daânsia te aaquisiçãodebensdasinibições da éticatra luxo.libertava Emcompensação, psicologicamen o consumo,especialmentetringia oconsumodo mente,usufruir aoespontâneo dasriquezas, e res dissemos até agora –opunha-se,assim, poderosa essa denominação équepodemos resumir o que

------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 133 ------como pertencendo a um universo que possui um a um universo como pertencendo e con nascido de terem antes que existia sentido, A comunida de morrerem. depois a existir tinuará Localiza todos os acontecimentos coletivos numa coletivos acontecimentos os Localiza todos que inclui o passado, o presen unidade coerente, estabelece ao passado, relação Com e o futuro. te os que é compartilhada por todos uma “memória” Em rela na coletividade. socializados indivíduos referên de estabelece um quadro ção ao futuro, individuais. das ações a projeção cia comum para com homens os simbólico liga o universo Assim, numa tota e seus sucessores seus predecessores transcen para servindo sentido, lidade dotada de conferindo e individual existência da finitude a der os um mem significado à morte Todos individual. conceber-se agora podem uma de sociedade bros O universo simbólico também ordena a história. a história. também simbólico ordena O universo Tal complexo simbólico ajuda comunicacional na construção de complexo Tal e Luckmann chamam de uni uma e é o que Berger sociabilidade, simbólico: verso licas, uma riqueza de signos e símbolos que constroem e favo que constroem de signos e símbolos licas, uma riqueza o mundo imaginado e o material. entre um intercâmbio recem não pode passar despercebida neste contexto, sendo imprescin sendo contexto, neste despercebida passar não pode para dível a significação completa. Podemos inferir que há uma simbó trocas regendo extensa gestão simbólica comunicacional políticas, matrimoniais e jurídicas (MAUSS, 2013, contracapa). contracapa). 2013, (MAUSS, e jurídicas políticas, matrimoniais tam acrescentemos às Dando continuidade observações, suas bém a questão comunicacional e simbólica, pois a comunicação forem, dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam e derivam no seu conjunto à sociedade respeito dizem forem, social, valor tem sempre A dádiva dar. de da obrigação todas econômicas, religiosas, questões tempo ao mesmo reunindo da Melanésia e os indígenas da América do Norte, mostrando mostrando da Melanésia do Norte, da América e os indígenas aspectos de outros são indissociáveis econômicos que fatores elas quais sejam que as trocas, da vida social. Mauss esclarece nha e deve repassar à igreja os 10%. O dinheiro, portanto, está está portanto, os 10%. O dinheiro, à igreja repassar nha e deve presente porque é uma forma atual de Esta dar. afirmativa não povos os entre refere Mauss (2013) que Marcel da dádiva difere uma doação, e sim uma obrigação de devolver o que é de Deus; Deus; que é de o devolver de uma sim uma e doação, obrigação o crente fica como um depositário fiel de tudo aquilo que ga 134 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados que éimprescindível para asobrevivência dogrupo. Cada uma elo entre todos, ocimento; assim,elecriaealimenta-sedela, trocasnas ou ritual no gestual, no seja grandeo é simbólicas, forma deharmonizaçãonomundoterreno. Acomunicação, te, sendousadanamediaçãocomomundoespiritualoucomo como relata Mauss: forqual sua época; este dar e receber implica valor simbólico, em comunicaçãocomo forma de pertença numasociedade, seja inseridasestão as trocas ber também Falamos, simbólicas. aqui, da comunicação: afirmativasemprenossa e seráé homem produtoo um que de na trama social.HannoBetheHarryPross (1990)sustentam comunicacionais numasociedadeinterferem naconstituição, (MAUSS,abundância e da Portanto,77). p. 2013, osprocessos penhor deriqueza, princípiomágicoereligioso dahierarquia produtora. Elanãoéapenassignoepenhor;também dessas coisaspreciosas tem dentro desi,aliás,umavirtude Pode-se inferir que noâmbito religioso dodarerece Portanto, acomunicação socialsempre foi importan LUCKMANN, 1978,p.140-141). vicissitudes da existência individual(BERGER; e tornadamajestaticamente independente das de empíricaétranspostapara cósmico um plano personalidade e aspersonalidades são, de certo Tudo se conserva, se confunde; as coisas têm uma PROSS, 1990,p.8). breproducto esun comunicación (BETH; dela subjetivamente perceptible,“objetivada”. hom El productoEl se comunica. escomunicacióninter hombre,el entendidocomparte, comoser social, un enunciadoquecubredisciplina: elcampode la creemospesar detodo,a que, puedeformularse determinadas oprocesos aislados. Sinembargo, otras ciencias sociales queanalizaninstituciones rece mucho más amenazadaensuexpresión que con losprocesos y creaciones más cotidianos, pa estar relacionada comunicación,al La cienciadela - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 135 ------, onde percebemos um percebemos , onde 2 seja perdido, para iniciar-se um processo de defor um processo iniciar-se para seja perdido, essenciali importância ou de de perda mação, de dade (HELLER, 1989, p. 9). Analisando a moral, a liberdade social, a explicita a liberdade Analisando a moral, ou ramos vários ou seus a arte indivíduo, ção do va do que o desenvolvimento veremos tipos, etc. lor não é de nenhum modo algo contínuo. Uma vez esfera, estágio numa ou noutra atingido um certo social em da estrutura – dependendo pode ocorrer tal estágio – que na época seguinte seu conjunto mãs, cobres e espíritos dos chefes são homônimos homônimos são chefes dos e espíritos mãs, cobres mesma fun e de mesma natureza de e sinônimos, ho a dos bens acompanha dos ção. A circulação dos festins, dos e das crianças, mulheres mens, das a dos mesmo danças, e das cerimônias das ritos, Se ela é a mesma. fundo, injúrias. No e das gracejos e se se dão porque é são dadas e retribuídas, coisas igualmen dizer – podemos “respeitos” retribuem as pessoas Mas é também porque “cortesias”. te se é porque dão, se as pessoas e, se dão ao dar, se (MAUSS, outros aos bens – seus – elas e “devem” 2013, p. 80). modo, coisas permanentes no clã. talis Títulos, permanentes coisas modo, Não podemos deixar de apresentar um exemplo típico um exemplo de apresentar deixar Não podemos Portanto, o valor depende da cultura, da época e do que época e do da da cultura, depende o valor Portanto, das as Igrejas Neopentecostais do Parque Religioso de Porto Alegre. Este artigo Este Alegre. Porto de Religioso do Parque Neopentecostais das as Igrejas surgiu de uma transcrição do final do culto do meio-dia na Igreja Internacional de Júlio de Castilhos, 492, centro na Av. de Deus no dia 05/03/2014, da Graça os obrei que incentivava Bayer, Alcides Ademar pelo missionário Alegre, Porto ofertas. e fazer o dízimo pagar para a máquina de cartão de crédito a usarem ros em registrei de gravação, é aberta a cerimônia e pública,Como sem restrições os detalhes das falas. todos poder obter áudio para Dentro da metodologia da minha tese de doutorado, estava prevista a visita a to prevista estava doutorado, de da minha tese da metodologia Dentro que ocorreu numa das visitas ao campo que ocorreu 2 Algumas inferências sobre o empírico o sobre Algumas inferências esta valia representa num determinado momento. Ele é um não momento. num determinado representa esta valia apenas se adapta. mas Agnes Heller contexto, do fora resultado afirmando o seguinte: esse aspecto (1989) caracteriza 136 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados moedas eram outras: pelo contrário, muitoépoca primitiva antigo,só que naquela as natural.istoMauss, como elucida Mas, fenômenoé um não novo, se chocando, nãoaderindo à prática; para outros, é a coisamais é tarefa fácil.Muitos chegamprimeira pela vez àigreja eacabam do lação dinheiro com a religião noseu devido afastamento não parausada pedagogia de tipo cobrançaa Observaronline. re a reunião. Prestemos atenção nasuafala, transcrita abaixo: hora do dízimo e da oferta, um momento que antecede o final da ministrouo culto foi omissionáriochamada Alcides. Essa éa ângulos; acarga de observação émuito maior. Nesse dia, quem das reuniões, misturar-me nomeiodetodos paraver deoutros acompanhar osgestoscerimônia. Tenho ea porhábito participar liberarparame de transcrição,além na fidelidade e detalhes de digital. Adotei este procedimento de registro pela suacaptação tes commissionários e pastores alternados, todos com gravação participante, acompanheidiversos cultos emhorários diferen Av. Júliode Castilhos, 492, Centro de Porto Alegre. Como ouvinte duranteIgrejaa semana uma Internacional da Graça de Deus,na te da minhametodologia de tese de doutorado, estava visitando arrecadação, oudoação,em um ambiente religioso. Como par Relatamosformasdas mais atualizadas aqui uma de da pesadaereconhecida (MAUSS, 2013,p.81). e, sobretudo,noção depreço à em moe calculado onde circulao dinheiro, àvenda propriamente dita chegaram aocontrato individual puro, aomercado edefamíliaa clã clã a família), masqueaindanão que ultrapassaram afase da“prestação total”(de de troca-dádivadeve ter sidoodassociedades Eles nos permitem conceber que esse princípio abençoar, não quero atrasar muito areunião, pois bém, peguetudo nasuamãozinhaqueeu quero mão queeuvou abençoar, pegueoseudízimo tam obraé uma sua ofertade Deus,peguea sua coma agora,se você se você ama, entende queestaobra mente eamaeste ministério? dê Então a suaoferta obraesta équeama Quem - de Deusverdadeira ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 137 - - - - - não gostei, não gostei. Daí eu perguntei: Ora, não Ora, Daí eu perguntei: não gostei. não gostei, por eu trabalho pois gostei quê? Não por gostou ou seja, com a maquininha eu não posso comissão, certo? É o dízimo aí, pode-se desta forma entre desta forma aí, pode-se É o dízimo certo? não precisa Daí Jesus. de nome em na igreja, gá-lo corren ir ao banco, estar assim se expondo, você a maquininha para tem aqui na do o risco, igreja bastante e facilita o dízimo, pagar a oferta, fazer hoje a dia. Sabe que poucas pessoas dia o nosso num restaurante, agora Passei dinheiro. carregam aceita, de gasolina, passei o cartão, passei no posto maquini taxista já tem na loja, aceita, até né? Vai táxi peguei um dias ali, daí eu cartão. Estes nha de Oh, rapaz, vi ele com a maquininha, daí eu disse: não cor né? Vocês trabalhar, tá bom para agora de ser assaltado, - o risco daí ele Eu me disse: rem peito e amor pela tua palavra, e que contribuem pela tua e amor palavra, peito o Senhor vai Pai, estas pessoas, a tua obra, para Talvez Jesus. e abençoar em nome de prosperar mas Deus, eu não hoje estas pessoas tenham, que na elas, eu creio abençoo da mesma forma e de de amor sua oferta ela trará reunião próxima amém. Jesus, Em nome do Senhor a ti, Pai. gratidão vão colocar na sacola, os obreiros Amém? Podem talvez o seu dízimo, dar precisa você passando, se aí fechado, passou no banco e o banco estava você dá aí, e aí você a maquininha aí, com a obreira tem a aí, faz põe o valor tranquilamente, dízimo o seu aquele canhotinho ali, pega e depois transferência, sai do trabalho e não pode chegar atrasado (risos). atrasado chegar e não pode trabalho sai do no trabalho. uma advertência levar que pode Até do feriado chegando muita gente tem Se bem que de manhã, meio parado estava Alegre, em Porto o a sua oferta, Levante de férias. muita gente tem Missionário, que seja uma moeda. nem dízimo, seu importância, é uma moeda, não tem o que eu tenho e aceitar vai né, que Deus pobre, da viúva é a oferta eu em nome de Jesus abençoo, Pai, abençoar. te vai Se essa obra, pessoas. essas a vida de todas Pai, é Evangelho, aqui o pregando estamos nós se Pai, para esse fiel, Pai, pessoas que demonstram res sei que a reunião do meio-dia tem muita gente que que muita gente tem meio-dia do que a reunião sei 138 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados com o ato de doar. Nosso se artigo tambémpropõe estas analisar de uma motivaçãouma de religiosa. produzmaquininha essa disso, Além de verdade,ultimada numa transação mercantilresultado deum acontece que online, contribuição da a e financeiras as também porciona.trocas,as dão se Assim somentenão mas simbólicas, as tar na“maquininha”, falando somente dasvantagens queelapro monstrando ousododispositivo econvencendo aspessoasadigi quila. Através deparábolas atuais,opastor missionário vai de para inserir este novo meioemoutro, deumaforma muito tran namentos –odízimo,cartão decrédito eométodo pedagógico fugir dotema, diante deumasituaçãoquenosprovocou questio e maisperigosonãointercambiar (MAUSS, 2013,p.31). dos bens do mundo. Com eles era maisnecessário intercambiar efeito, sãoosdeuses os verdadeiros proprietários das coisase Com mortos. dos mundo o e fiéis os interessados, seus com ção religiãodiação, a apropriou-separa dela comunica a continuar não sealteraram asintenções, eonde surgiuforma uma de me religioso, que,independentemente dos meios ditos modernos, ambiente no trocas houve sempre que afirmar ainda Podemos seja entre seus pares ou mesmo em relação aos seus deuses. comunicação, de necessidade a possui homem o que afirmando continuamente mas financeiras, até e materiais trocas suas do, mos proveito doinvento. Éclaro queoespaçoécurto para continuar soas que, de certa forma, reagem naturalmente aonovo, tirando der a forma de interpretação e apropriação realizada pelaspes doações através das chamadasnovas tecnologias etentar enten

descrevendo a história da relação do homem com osagra Como pesquisamosmídiaereligião, nãoconseguimos Diante destanarrativa,insiro tentativa uma de dialogar (Transcrição literal). Jesus. Tároubando o patrão é brabo,e gente?né, misericórdia,amarrado tá (risos), em nomede tôladrão andandocomum aqui,omotorista aqui, tu nãorouba(risos). Aí eupensei, meu Deus, eu roubandotá tu oteu patrão, ecoma maquininha rapaz, é, pensando, fiquei eu E dá. não jeito desse minha comissão queeuganho é 35%, mas nãodá, roubar (risos); só para osenhor entender, coma ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 139 ------“Mas, Bíblia ). É a máquina mediando entre o mundo profano do o mundo profano entre ). É a máquina mediando Esse é um tema polêmico que provoca indagações teo indagações polêmico que provoca Esse é um tema Como Proulx afirmou, na transação mercantil se depo se mercantil transação na afirmou, Proulx Como lógicas que não discutiremos aqui. Nossa intenção é entender é entender aqui. Nossa intenção lógicas que não discutiremos O controle não é mais seu, e sim de alguma empresa que cobra que cobra alguma de empresa seu, e sim mais não é O controle excesso e todo gastar, possui para que você o administrar para caro. muito custará O que é inegável é que a moeda é virtual. Sua materialidade se é que a moeda é virtual. Sua materialidade O que é inegável sen Aquela como no gasto. no ganho algoritmos, tanto tornou extinguindo. está se no caixa contar o dinheiro pegar, sação de tura de senhas, etc.? Será que o sistema de controle por parte do parte por controle de sistema que o Será etc.? senhas, de tura lugar? em primeiro não estariam de privacidade, Estado, falta mações ao banco, ao fornecedor, ao governo, à administradora à administradora ao governo, ao banco,mações ao fornecedor, que será dúvida: uma permanece final, Ao cliente. ao e cartão do golpes de lei assim? E os clones, tão segura é uma metodologia que o limite é de acordo com o saldo disponível na conta e este na conta e este o saldo disponível com é de acordo que o limite tal para e economizamos recebemos quanto do dependerá valor fim. O agente desta operação vai deixando rastros, como infor cartões de crédito que envia dados ao banco, creditando ou de dados ao banco, creditando que envia de crédito cartões de moeda que em moeda virtual. É uma forma bitando valores esquecer em papel, deve mas nunca se substitui a nota impressa ela deixa rastros com informações captadas. Assim ocorre quan ocorre captadas. Assim informações com rastros ela deixa – vamos na o cartão magnético “maquininha” do se introduz de sabemos que é uma continuar chamando assim o que leitora sita alguma coisa e se tira proveito disso. O usuário é produtor O usuário é produtor disso. proveito sita alguma e se tira coisa conteúdo, pois, ao produzir de dados, e fornecedor de conteúdo Mas com certeza, se algum dia haver um acerto de contas com acerto um se algum dia haver Mas com certeza, do dízimo e a contabilidade “não fe ao pagamento Deus quanto os recibos. basta apresentar char”, capital e o do sagrado. Colocar a mão no bolso e doar foi substi Colocar a mão no bolso e doar foi capital e o do sagrado. não mudou de vista das intenções Do ponto tuído pela digitação. afetada. a discrição que foi somente talvez nada; o status continua, quando você der esmola, não saiba a sua mão esquerda o que está a sua mão esquerda esmola, não saiba der quando você a 3, citado conforme cap. 6, vers. (Mateus, a direita” fazendo e Harpa Cristã além do ato de doar, ela registra o recibo que comprova diante do diante que comprova o recibo ela registra de doar, além do ato segu em um lugar está que o seu valor que é Deus, destinatário, bíblico: 3 do versículo há a quebra Aqui e comprovado. ro sentido, pois é mediadora de uma intenção, que deixa marcas, que marcas, que deixa de uma intenção, sentido, pois é mediadora recebe; quem para dá como quem para tanto dúvidas não deixa 140 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados de cobrança. diáticas; elassomente foram seatualizandoquanto àsformas invenção quechegoucomoadvento daschamadasigrejas mi Assim, afirmamosquecobrar dentro deumtemplo nãoéuma ticas foram seaprimorando epermaneceram até nossosdias. tume decobrarpelos serviços religiosos jáexistia,tais práe sado para entendê-lo àluzdahistória. NoEgito antigo,ocos que tudoiniciouagora,acharmos tentaremos voltarpas ao também nãoénossaseara. Como seria ingênuodenossaparte nesta perspectiva, deixando deladoocampoeconômico,que o processo diante doseusimbolismonatroca, suaintenção dos mortos. ao lê-lo,preparava-se para enfrentar odesconhecidomundo cados natumbaaoladodomorto, comouma espéciedeguia; relação aosmongescopistas.Tais rolos depapiro eram colo início domesmoprocedimento quehouve naIdadeMédiaem manual chamadodeLivro EgípciodosMortos. Teríamos alio dezenas deescribascontratados para copiaredesenhar um de. Todo este comércio delivros sobencomendamovimentava sitivo, poderiaconseguirumlivro com maisoumenosqualida economizar muito para adquiri-lo, e,conforme seupoderaqui nanceiros. Umapessoaconsiderada declassemédiatinhaque fi recursos sem classes possívelas erapara não aquisição tal ajuda deste livro superaria suatrajetória pós-morte. Contudo, tos entraves eperigosaté chegar aosCampos Elísios,coma para omundoespiritual.Como láomorto iriaencontrar mui físico corpo seu levar acreditava que povo daquele crença a conforme mumificado, defunto o ensinar intenção por tinha papiro queera desenhadocomricasilustrações; este texto encomendar desdecedoaosescribasumlivro emforma de mico àfé? Era costumeentre osegípcios,naépocadosfaraós, Mas deondesurgiu ainiciativa deatrelar oeconô mórdios da XVIIIªDinastia(BUDGE, s.d.,p.21). documento, quenãopode ser posterior aos pri hetep, edadonacasa, Senseneb”; valiosíssimo Amen- selo, do casa da “intendente do filho Nu, papiro,sabemos existir, quehoje foi escrita para a A cópiamaisantigado Livro dos Mortos, feitaem ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 141

------escrita de Unas está escrita de cada lado, e ele tem para pronunciar palavras de palavras pronunciar para escrita profissional religioso na pirâmide de Unas (1.583) faz-se referência a algo referência de Unas (1.583) faz-se na pirâmide nas falecido, ao que se supunha pertencer escrito sem - “O osso e a carne palavras: seguintes mas eis que a são desgraçados, e eis que ela não está debaixo selo do grande debaixo na pirâmide encontrado E no texto do pequeno selo.” está sobre Pepi deste “O uraeus I, as palavras: de Pepi a sua cabeça, com uma mágico a seus pés; assim equipa de poder palavras nosso). no céu” (p. 42; grifo entra do, o rei Em tempos muitos remotos, os egípcios convocavam convocavam os egípcios remotos, muitos Em tempos o ou amigo, do parente do cadáver bom augúrio diante que as mesmas palavras, se acreditou e mais tarde com o e enterradas em alguma substância escritas morto, eram eficazes na obtenção, para ele, das boas encontrado coisas da vida de além-túmulo. No texto Comungamos da ideia de que o dinheiro não é mais da ideia de que o dinheiro Comungamos O Livro dos Mortos é uma prova da necessidade de me de necessidade da prova é uma Mortos dos O Livro importante que a motivação de doar; a compensação, cujos re cujos a compensação, doar; de a motivação que importante finais Considerações primórdios de uma religião mediatizada. Ainda citando o Antigo Ainda citando o mediatizada. uma religião de primórdios afirmação: a seguinte encontrar vamos dos Mortos, Livro que os torna pessoas “mais especiais”. Entretanto, além do espe Entretanto, especiais”. “mais pessoas torna que os também registrá-lo para e o suporte a escrita cialista religioso, longínquos os naqueles tempos ou seja, eram completavam, se tradição religiosa que aprimora as técnicas ritualísticas e, con as técnicas que aprimora religiosa tradição profissionais e consumo para aparatos surgem comitantemente, o sagrado, um assunto que dominam especialistas da religião, soas. Percebe-se também que a necessidade de mediação não se mediação de também que a necessidade Percebe-se soas. e vivos entre mas principalmente os vivos, entre somente dava uma surge necessidade Dessa e também no pós-morte. mortos o dos mortos. Diante de narrativas históricas, podemos inferir inferir podemos históricas, de narrativas Diante mortos. o dos e tais desenhos entre de mediação esforço também um grande daquelas pes alimentando religioso o imaginário hieróglifos, diação no âmbito religioso entre mundos, ou seja, o dos vivos e e vivos dos ou seja, o mundos, entre religioso âmbito diação no 142 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Tambémpodemos perguntar sehaveriaigreja uma semcontri agir.a fiel o levar e trocas tais fomentar para usando estão nais profissio religiosos os que competências as quais e igrejas nas pertencimento social;oquedefato estamosconsumindo hoje o fez. Poderíamos indagar atéao onde a doaçãoestávinculada de é correta. Senofuturo elevier a contestar, jáétarde, pois já atitu tal que acredita porque doa fiel O missão. sua na igreja a o dízimo easofertas, porque este patrocínio éoquemantinha os participantes contribuíam, as justificativas sempre tutelavam todas asdemaisconjecturas. Sempre queperguntamos porque sultados nãotemos aqui, leva-nos ainferir que sedestacasobre BÍBLIA EHARPA CRISTÃ. Contendo o Velho e o Novo Testamento. BETH, Anno;PROSS,Harry. BERGER,Peter L.;LUCKMANN,Thomas. Referências trocas, intermedeia entre oprofano eosagrado. de Deusetodas asdemaisneopentecostais,mediador, éum faz nheiro, aonosso ver, emrelação comaIgrejado Poder Mundial apresenta-senal muitointerfaces.simulado nas sutil, Ora,o di pena de as trocas nãoocorrerem. Por essa razão, ocomunicacio é impossível retirar das interações sociais o comunicacional sob das, propositadamente,assunto porser um delicado.Doravante, se doar.a o textoNão blindamos fecha comsituaçõespontuais por conteúdo simbólico que aspessoas são motivadas atrocar e meios, o comunicacional está por trás das relações sociais. E é respostas. sabe numpróximo momento nosaventuremosprocurar a tais mas nãodeixasultados, de ser umassunto instigante, equem de campo,entrevistas eumametodologia para sechegar aosre Entendemos que isso é assunto para muitaspáginasepesquisas hoje. de dias nos comércio de tipo algum ou financeira buição Barueri: Sociedade BíblicadoBrasil, 1992. municación realidade Concluímos que, independentemente das formas e dos . 4.ed.Petrópolis: Editora Vozes, 1978. . Barcelona: Editorial delHombre, 1990. Introduccióncociencia dela la a A construçãoda social ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 143

: - . São . São Ocidental . São Paulo: . São Paulo: 3. ed. São Paulo: São Paulo: 3. ed. São Paulo: Martins São Paulo: . Pacífico Lisboa: Edições 70, Edições Lisboa: . . 3. ed. São Paulo: Paz Paz São Paulo: . 3. ed. Rio de Janeiro: BCD BCD Janeiro: Rio de . do : forma e razão da troca da troca e razão : forma São Paulo: Cultrix, 1980. Cultrix, São Paulo: . 14. ed. Rio de Janeiro: Janeiro: de Rio ed. . 14. Argonautas O Livro Egípcio dos Mortos O Livro O poder simbólico A economia das trocas simbólicas das trocas A economia As formas elementares de vida religiosa de vida religiosa As formas elementares As estruturas antropológicas do imaginá antropológicas As estruturas O homem e o sagrado O cotidiano e a história O cotidiano O medo à liberdade Ensaio sobre a dádiva Ensaio sobre A produção de sentido. A produção A ética protestante e o espírito do capitalismo. do o espírito e A ética protestante introdução à arquetipologia geral à arquetipologia introdução

: nas sociedades arcaicas. São Paulo: Cosaic Naify, 2013. Cosaic Naify, São Paulo: nas sociedades arcaicas. Zahar Editores, 1983. Zahar Editores, 1989. e Terra, rio 1997. Fontes, na Austrália). totêmico (o sistema 2008. Paulus, União de Editoras, 1998. Editoras, União de 1979. 11. ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira Sociais, de Ciências Pioneira Biblioteca 11. ed. São Paulo: 1996. um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nativos dos da aventura e empreendimento do um relato Guiné Melanésia. São Paulo: da Nova arquipélagos nos 1978. Cultural, Abril Editora Pensamento, s. d. Pensamento, Editora Paulo: Editora Perspectiva, 1992. Perspectiva, Editora Paulo: VERÓN, Eliseo. Eliseo. VERÓN, WEBER, Max. MAUSS, Marcel. Marcel. MAUSS, MALINOWSKI, Bronislaw. Bronislaw. MALINOWSKI, HELLER, Agnes. HELLER, FROMM, Erich. FROMM, DURKHEIM, Émile. DURAND, Gilbert. DURAND, CAILLOIS, Roger. Roger. CAILLOIS, BOURDIEU, Pierre. Pierre. BOURDIEU, BUDGE, E. A. Wallis. BOURDIEU, Pierre. Pierre. BOURDIEU,

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1 - - - - - . CV: . CV: Moisés Sbardelotto Moisés [email protected] comunicacional O “católico” em reconexão: a em reconexão: O “católico” : Nas interações sociais tecnologicamente mediadas, tecnologicamente sociais interações Nas : Midiatização e Processos Sociais. E-mail: Midiatização e Processos http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4438348J9 Doutor em Comunicação pelo PPGCC-Unisinos, na linha de pesquisa em Comunicação pelo PPGCC-Unisinos, Doutor circulation of communicational flows new The “Catholic” in reconnection: The socio- The “Catholic” in reconnection: religious appropriation of digital networks in of digital networks appropriation religious de circulação fluxos novos digitais em apropriação sociorreligiosa das redes das redes sociorreligiosa apropriação de sentido por parte de indivíduos e grupos sociais, mediante mediante e grupos sociais, indivíduos de de sentido por parte que, nas redes conclusão, indica-se pistas de Como reconexões. 1 nas” explicitamente relacionadas com o catolicismo, descreven com o catolicismo, relacionadas nas” explicitamente Então, examina o catolicismo. a partir e sobre do suas práticas práticas e as novas em rede religiosa a experimentação remos rede rede social digital específica, o Facebook, a presença da Igreja- “pági três em e coletivos, individuais instituição e de usuários apropriações religiosos de redes sociodigitais, ou seja, as rela sociodigitais, redes de religiosos apropriações sim de comunicação e as práticas digitais tecnologias entre ções em uma Em seguida, analisaremos, religiosos. grupos bólicas de Resumo da religiosas nas práticas lógicas midiatizadas manifestam-se sociedade. Neste artigo, refletiremos sobre a noção de usos e 146 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados es of society. In this article, I will reflect on the notion of religious is possibleto perceive mediatized logicsinthereligious practic- Abstract culação, Facebook, religião. Palavras-chave dispositivos conexiais. cional, quese constituem como tais emsuaaçãocirculatória em partir dos mais variadossocial a polosdacirculaçãocomunica sante, o“católico”se manifesta complexacomo uma construção inces sentidos de comunicacional fluxo seu em e sociodigitais de vínculos jáexistentes. Nesses ambientes, a vidasocialencon o surgimentolitam denovas relações sociais e o enriquecimento de modo abrangente einstantâneo.Tais redes possibi também duzem conteúdos midiáticos de formae os distribuempública os usuários em geral– instituições,gruposeindivíduos –pro sociodigitais podem ser percebidas comoumambiente emque 1 Introdução culation, Facebook, religion. Keywords nectial dispositives. which are constituted as suchintheir circulatory action incon- the basisofvariouscirculation, polesofcommunicational manifests“Catholic” itself as a complex socialconstruction on the meanings, of flow communicational unceasing their in and in socio-digitalnetworks is statedconclusion, it tions. In that, byes ofmeaning individuals andsocialgroups, viareconnec ine the networked religious experimentation andnewpractic their practices fromexamCatholicism. Then,Iwill andabout ers in threeexplicitly “pages” related to Catholicism, describing Church of theinstitutional and ofindividualand collective us presence the –, Facebook – network digital social specific a in the symbolicpractices ofreligious groups.analyze,will Then,I tionship betweentechnologies digital of communication and uses and appropriations of socio-digital networks, i.e.,therela- Na economia comunicacional contemporânea,Na economiacomunicacional as redes : In the technologically: In mediated socialinteractions, it : social digital networks,digital : social usesandappropriations, cir : redes sociais digitais,usos e apropriações, cir ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 147 ------. Formam-se aí novos aí novos . Formam-se 2 . Ao acessar a sua conta pessoal, o usuá . Ao Saiba das últimas novidades, em tempo real, e de real, em tempo novidades, últimas Saiba das ipsis litteris ” (grifo nosso). O religioso passa a circular nos meandros da internet da internet meandros nos passa a circular O religioso Nas interações sociais tecnologicamente mediadas, tecnologicamente sociais interações Nas “As interações midiatizadas constituem, com efeito, midiatizadas constituem, com efeito, interações “As expressão faz-se presente presente faz-se expressão E Twitter o “O acontecendo?”. que está pergunta: com a seguinte depara rio se também afirma na sua página principal: “Conecte-se com seus amigos e outras seguir. quer você que pessoas os ângulos todos Chama a atenção que em uma das principais redes sociodigitais, o Twitter, essa o Twitter, sociodigitais, que em uma das principais redes Chama a atenção 2 sentidos) da rede. Ocorre a inscrição dos chamados “receptores” “receptores” chamados dos a inscrição Ocorre da rede. sentidos) funcionamento o inclusive deslocando produtivos, processos nos por meio de uma ação não apenas do âmbito da “produção” ecle da “produção” por meio de uma ação não apenas do âmbito uma ação sial-institucional também ou midiática, mas mediante tecnologias, (usuários, agentes inúmeros comunicacional de los, discursos e práticas religiosos, remodelados para novas di novas para remodelados religiosos, e práticas los, discursos nâmicas comunicacionais. face específica do processo de midiatização digital – a saber, com saber, a – digital midiatização de processo do específica face das mais a apropriação cada vez –, vemos religioso o fenômeno símbo de crenças, de circulação digitais como ambientes redes cenário e vão sendo impelidos pela nova complexidade social a complexidade impelidos pela sendo nova cenário e vão modificar suas estruturas comunicacionais e sistemas internos inter Nessa sociedade. em sagrado do significação de externos e também as práticas dos indivíduos e as estratégias de institui de e as estratégias indivíduos dos também as práticas individuais Instituições e agentes as Igrejas. como sociais ções nesse novo se reposicionando assim, vão do campo religioso, mentam e se complexificam nessa nova ambiência. nessa nova mentam e se complexificam estas que envolvem lógicas midiatizadas, lógicas manifestam-se (MILLERAND; PROULX; RUEFF, 2010, p. 2, trad. nossa). Relações Relações nossa). p. 2, trad. 2010, RUEFF, PROULX; (MILLERAND; articulam, comple se se sociais sentidos de humanas e relações transações dos utilizadores com os conteúdos, mas também da conteúdos, os com utilizadores dos transações um moldando usuários”, os entre sociais redes constituição de as pessoas entre multidirecionais” de relações extensivo “tecido rios, e não mais apenas pelas corporações midiáticas. corporações mais apenas pelas rios, e não múltiplas das através não somente dispositivos, desses o pivô dispositivos interacionais da sociedade com a própria sociedade sociedade a própria com da sociedade interacionais dispositivos senti nos quais digitais, tecnologias mediante 2012), (BRAGA, usuá próprios pelos circulação em e postos dos são construídos tra-se em constante pulsação a partir das interações comunica pulsação interações das a partir em constante tra-se que está acontecendo” “o sobre cionais 148 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados cacionalmente imagens, textos, vídeos, etc. sobre o “católico”, ou comuni circular fazem e moldam rede em sentido de fluxos os ceta desse religioso, a saber, ocatolicismo poderíamos chamarde“procepção” (produção-recepção). fazem algo com em geral,nos mais diversos âmbitos da internet, somente ascorporaçõesa sociedade midiáticas, mastambém FOLQUENING, 2012). as instituiçõeseclesiais,nem Não apenas a desenvolvertambém funções de consumidores (FERREIRA; dos chamados “produtores” eclesiais ou midiáticos, que passam 3 ciais, quedizem o“católico” midiaticamente para asociedade novas práticas desentidoporparte deindivíduos egruposso examinaremosEntão, a experimentação religiosa emrede e as ou seja,aapropriação sociorreligiosa das redes sociais digitais. ticas situadas econtextualizadas apartiresobre ocatolicismo, festadas em seudiscurso parasocial), mastambém assuasprá paranão apenas que apontam as suascrenças religiosas (mani Nelas, descreveremos traços emarcas deixados portais agentes, trêsexplicitamente “páginas” relacionadas comocatolicismo. ça daIgreja-instituiçãoe deusuários individuais ecoletivos, em mos, em uma rede social digital específica, o Facebook, a presen práticas simbólicasde grupos religiosos. Em seguida,analisare seja, asrelações entre tecnologias digitaisdecomunicaçãoeas ção deusos e apropriações religiosos de redes sociodigitais, ou plataformas tecnológicas, agentes sociaiseconstrutos simbólicos. em queum + conexões), masapartirdas as redes sociaisdigitaisnãonasuarigidezestrutural (nós analisar comunicacionais envolvidos nessaaçãosocial.Assim, podemos mas sim cismo. Contudo, nãonosinteressaque “católico” analisar é esse, seja, construtos simbólicos socialmente relacionados aocatoli Ointeresse pelo“católico” se deve àrelevância sócio-histórico-culturalda Igreja ção em2010.Dados disponíveis em:< os católicos ainda sãoamaioria religiosa do país, com64,6% do totalda popula cante desde (em 1872, o século XIX 99,7%brasileira da população era católica), Católica, especialmente no Brasil. Segundo o IBGE, embora com uma queda mar Neste artigo, primeiramente, refletiremos sobre a no a sobre refletiremos primeiramente, artigo, Neste Em nosso caso específico, interessamo-nos por uma fa como ele seformaeconstitui trabalho o “religioso” –emumprocesso que simultâneo em rede ( ações network http://migre.me/ddYsQ de conexão queasconstituem, ) sedesdobra apartirde –isto é,osprocessos 3 emrede. Na internet, falam sobre >. e ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 149 ------voltadas à comunicação, cada voltadas inovações tecnológicas inovações As redes sociodigitais, como no caso do Facebook, tor como no caso do Facebook, sociodigitais, As redes A midiatização digital aponta para um contexto de re um contexto A midiatização digital aponta para De um lado, como afirma Braga (2012), percebe-se aí o mento de mento social, há um processo alcance. De outro, escala e em maior vez com meios relativamente baratos e acessíveis. e acessíveis. baratos com meios relativamente a partir do surgi tecnológico, de um processo desdobramento tecnológico. As mídias digitais trazem consigo a possibilidade a possibilidade consigo trazem digitais mídias As tecnológico. em escala mundial informações de que qualquerdifunda pessoa como a evolução das práticas de comunicação nos diversos âm diversos comunicação nos de das práticas a evolução como sociais As relações na religião. exemplo, por como, sociais, bitos aparato do concepção na própria justamente, inscrevem, se hoje nam-se objetos de análise relevantes para se compreender tais compreender se para análise relevantes de nam-se objetos assim comunicação e sociedade, de tecnologias entre relações impulsionadas por dispositivos sociotécnicos, e moldam, assim, sociotécnicos, impulsionadas por dispositivos MILLERAND, (PROULX; sociais formas novas a constituição de religiosas. 2010) – e também, portanto, Não apenas as entidades sociais (grupos, organizações, institui Não apenas (grupos, sociais as entidades organizações, mas estas últi midiáticas”, as “comunidades estruturam ções) autônoma, relativamente maneira constituem de mas também se tecnologias da comunicação nas relações humanas e sociais, relações da comunicação nas tecnologias situações e novas de interação regimes novos que gera processo contribuem. tecnologias essas de comunicação com cuja geração por diversos outros processos sociais, como as práticas religio as práticas como sociais, processos outros diversos por comunicacionais. por práticas são movidas sas, cujas dinâmicas das da interposição também mas não só, ao fato deve, Isso se modelagem da paisagem midiática, que perpassa e é perpassada midiática, que perpassa e modelagem da paisagem de reflexão contexto 2 Usos e apropriações: não se atêm mais a papéis fixos de “produção” e “recepção”, mas “recepção”, e “produção” de fixos papéis a mais atêm se não em ação circulatória em sua se constituem como tais justamente conexiais. dispositivos de sentidos incessante, o “católico” se manifesta como uma como com manifesta se o “católico” incessante, de sentidos polos da cir mais variados a partir dos construção social plexa e as instituições culação comunicacional, que os indivíduos em em geral, mediante reconexões. Como pistas de conclusão, indi conclusão, de pistas Como reconexões. mediante em geral, comunicacional fluxo seu em e sociodigitais redes nas que, ca-se 150 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados existentes nãoresponderiam ataisdesejosounecessidades(ou ciais demandamumainovação tecnológica, poisastecnologias lógicas einvenções sociais:novos desejosounecessidadesso as práticas religiosas noFacebook. ciais subversivos,mesmo mediante até e – fim esse para cacionais apartir detecnologias nãonecessariamente pensadas comuni especificamente ações incluindo – experimentais usos projetistas dosaparatos, mastambémosdesdobra emnovos cumpreapenas não sociedade que a em previstos osusos pelos introjetados certos “usosprescritos”“usuário virtual” um a “modos defazer” comosaparatos eplataformas. padrões sociais emergentessua relação na com astecnologias, humano” (ibid., p.80, trad. nossa). Ouseja,trata-se dasrotinas e ramenta,de uma maneira relativamente autônoma pelo sujeito empregar, deutilizar o aparelho técnico, o instrumento, afer 24, 2011, p. trad. nossa). Talfato“associada ao noção está de os objetos edispositivos técnicos” (JAURÉGUIBERRY; PROULX, que aspesssoas logia: ouseja,“aquilo fazem efetivamente com individuais esociais dos diversos sujeitos comesobre atecno ções sociotécnicos. pluralidadeuma heterogênea ecomplexade usoseapropria de”) ede comunicação, paranovos modelos de gressiva,deixando paratrás modelo dedifusãodos meios um de sociais, portanto, sedesdobramevoluçãoem uma gradual e pro vas plataformas tecnológicas easnovas necessidades e desejos dade na comunicação(JAURÉGUIBERRY; PROULX, 2011). Asno instauração de interações à distânciaeumregime de reciproci as funçõesdetransmissãoculam ededifusão,maspermitem a vações tecnológicas, eassimpor diante. novos desdobramentos quepoderão vir adar forma anovas ino subverte asfunçõesprevistas para taltecnologia. Issodáorigem a geral vai inventando novas funçõesnãopensadaspreviamente ou vice-versa). Com osurgimento detalinovação, asociedadeem sobre astecnologias epara alémdelas,como,porexemplo, Surge, assim,umainter-relação entre inovações tecno A inovação tecnológica, emsuaconcepção,já traz Os As tecnologias digitaisdainformação integram earti cooperação usos podem ser entendidos como asexperiências (“operar, agircom”),que seexpressam em participação (“fazer parte invenções so ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 151 ------os >; tradução tradução >; imaginam usuários e usos determinados, e usos determinados, usuários , os bons usos são, por exemplo, “com são, por exemplo, , os bons usos 4 configurar configurar https://www.facebook.com/communitystandards Nessa relação, os usuários vão se modificando sub Diante dos limites e possibilidades que podem ser e possibilidades limites dos Diante nossa. Disponível em < em Disponível 4 criativos dos usuários: estes não se sujeitam passivamente às não se sujeitam passivamente estes usuários: dos criativos configurações dos aparelhos e das plataformas tecnossimbóli também os seus usos – mediante a sua interação com a tecno a sua interação – mediante usos seus também os lado, outro desta. Por possibilidades e limites dos logia, dentro e ativos usos a partir dos transforma também se a tecnologia sexuais). sexuais). jetiva, social e cognitivamente – e, a partir disso, modificando to a postagens que envolvam um “risco genuíno de danos físicos danos de genuíno “risco um envolvam que postagens a to e vanda como roubos pública”, à segurança ou ameaças diretas e temáticas nudez (como sensíveis” lismo, ou ainda “conteúdos partilhar experiências” com “propósitos legítimos”, “conectar-se legítimos”, com “propósitos partilhar experiências” que são im questões sobre “conscientizar com amigos e causas”, os maus respei usos dizem enquanto outros; dentre portantes”, usos. Promovem-se, assim, “determinações sociais dos usos” dos sociais assim, “determinações Promovem-se, usos. co “Padrões No caso dos 2011). PROULX, (JAURÉGUIBERRY; munitários” do Facebook contexto de produção (valores, ideologias, objetivos) do qual ideologias, objetivos) (valores, de produção contexto visa a dis O fabricante/programador tal plataforma. surgiu maus e proibindo bons usos ciplinar a utilização, indicando retraçados na tecnologia, assim, é possível inferir também as inferir é possível assim, na tecnologia, retraçados o percebendo virtual”, seu “designer/programador lógicas do Scolari (2004, p. 239, trad. nossa), “cremos usar as interfaces, usar as interfaces, “cremos nossa), trad. p. 239, Scolari (2004, modelando”. também elas estão nos mas na realidade vídeos), “curtir”, “comentar” e “compartilhar”. Assim, um certo Assim, um certo “comentar” e “compartilhar”. “curtir”, vídeos), pla própria na inscrito uso encontra-se de e usuário de modelo taforma técnica, que visa a condicionar o usuário. Como afirma de elementos operacionais e funcionais, etc. Exemplo disso são disso Exemplo etc. e funcionais, operacionais de elementos que delimi Facebook, caso, do em nosso básicas, as operações fotos, links, (textos, “postar” usuários: seus aos ações tam certas co e, assim, tentam co e, assim, tentam integrando em seu próprio projeto determinadas predefinições arranjos a certos aos usuários-alvo, de usar, modos aos quanto (JAURÉGUIBERRY; PROULX, 2011): os designers designers os 2011): PROULX, (JAURÉGUIBERRY; tecnológi ao objeto dados serão que e usos usuários possíveis 152 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados crevem, portanto,tecido em um sócio-histórico dado, compor determinadauma trajetória pessoaloucoletiva, seins também tivamente concretizados sobrepor seinserirem aquelas, em outros querespondam melhoràssuasvontades. técnicas, oulevamde taisaparelhos,ao abandono de em busca recerem elementos para queseus produtores gerem melhorias levam oaparelho tecnossimbólico anovos patamares, aoofe reações e resistências. Tais ações dos usuários, por sua vez, ou ses ou necessidades, efetuam ações não prescritas e desviantes, cas (como oFacebook),partir deseusdesejos, interesmas, a como ainterface entre ocatolicismo brasileiro esuarelação específicas, comunicacionais e sociais práticas de constituída já outro lado, os usos vão evoluindo nointerior históriade uma Por religiosas. microculturas caso, nosso em – específicos ciais jetivas, inscrevendo-a emumsistema derelações evalores so sub significações de específica tecnologia uma investe usuário sociais e devem ser apartirdessa analisados perspectiva. Pois o práticas de específico contexto um em situam se neutros, rem entre aspessoas(JAURÉGUIBERRY; PROULX, 2011). dispositivo de distribuição do poder na gestãodasassociações ideológica, morale político-social, ouseja,se desenvolve como teCada tecnologia, conectada. portanto, possuidimensão uma tõese éticasemergentes políticas sociedade emuma altamen também revelam as significações culturais complexas e as ques mídias tais de usos os cognitivoespecífico, e sócio-histórico nal mo dado mento histórico. Por sedaremcontexto hojeemum organizacio um em sociais setores de específicos necessidades exemplo, surgem como uma resposta adesejos, interesses ou sociais, porsuavez, sedãoancorados emtécnicas. agentes: as tecnologias nascemancoradas nosocial,eos gestos no tecido organizacionaldas açõeseassociações entre os modo, as esferas técnica esocialestãofortemente entrelaçadas rio”(JAURÉGUIBERRY; PROULX,24, 2011, p. trad. nossa). Desse valoresde portador fontee para sociais significações usuá de o técnicauso deuma que “o nãoésociologicamente neutro: eleé perceber preciso é isso, Por socioculturais. significações tando Os usos easlógicasde uso das tecnologias, por não se As mídias digitais e plataformas como o Facebook, por Tanto astecnologias quanto osusos prescritos ouefe ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 153 ------JAURÉGUIBERRY; JAURÉGUIBERRY; , tanto individual quanto social, quanto individual , tanto apropriação A apropriação se apresenta como um processo de como um processo se apresenta A apropriação Quando os usos das tecnologias são feitos com modali são feitos Quando tecnologias os usos das , 2011, p. 83, trad. nossa), como as ações e gestos reli as ações e gestos como nossa), trad. p. 83, , 2011, “amém”), chegando até a inovações sociotécnicas (mediante, por (mediante, sociotécnicas a inovações até chegando “amém”), e o surgimento anteriores o abandonoplataformas de exemplo, ligiosos (como o envio de orações), desdobrando a plataforma a plataforma desdobrando de orações), o envio ligiosos (como “cur quando o (como cognição de modelos novos de a partir ao simbólica espiritual, semelhante carga uma nova tir” recebe ligiosa do Facebook, as matrizes operacionais disponibilizadas disponibilizadas operacionais as matrizes ligiosa do Facebook, sociais de práticas por um conjunto são ativadas pela plataforma específicas, integrando a plataforma na execução de gestos re próprio processo de inovação sociotécnica” (JAURÉGUIBERRY; (JAURÉGUIBERRY; sociotécnica” inovação de processo próprio re nossa). No caso da apropriação p. 25, trad. 2011, PROULX, constituição pessoal e social, “uma matriz técnica e cognitiva do e cognitiva constituição pessoal e social, “uma matriz técnica objeto, integração significativa e criadora do uso na vida coti participação no de e uso do reinvenção de diana, possibilidades plo), ou ainda quando tais usos passam a ser investidos de signi plo), ou ainda quando tais usos passam a investidos ser ficações religiosas. em práticas historicamente consolidadas (como as religiosas), (como as religiosas), consolidadas historicamente em práticas a mediante passam a ser reinventadas ou quando tais práticas por exem (no Facebook, sua articulação com usos sociotécnicos de um processo de um processo de se A apropriação sociotécnicas. ou plataformas das tecnologias são integrados sociotécnicos usos quando portanto, manifesta, em “sincronia com momentos de transformação objetiva sig e objetiva de transformação com momentos em “sincronia (PROULX, nificativa” 2008, p. 5, trad. nossa) de práticas sociais falar podemos –, religiosas as como – estabilizadas já específicas exemplo, o religioso –, estamos diante de um fenômeno mais um fenômeno de diante –, estamos o religioso exemplo, aprofunda do histórico, prolongamento do Diante complexo. mento cultural e da ressignificação simbólica dos usos técnicos dades próprias a certos âmbitos socioculturais, ou ou se articulam socioculturais, âmbitos a certos dades próprias ou se em âmbitos, nesses estabilizadas sociais com práticas bebem em valores simbólicos específicos a tais âmbitos – por soais e sociais dos indivíduos que agem no tecido organizacio tecido que agem no indivíduos dos e sociais soais religiosas. como as práticas nossa), trad. nal” (ibid., p. 25, PROULX giosos compartilhados por uma comunidade específica. Assim, pes das “práticas analisar usos tambémos no quadro é preciso com a comunicação digital em rede. Por práticas, entendemos o entendemos práticas, Por digital a comunicação com em rede. ( social de uma atividade” de exercício “quadro 154 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados quais usuáriossereapropriam doespaçoorganizado pelas téc microrresistências sãoconstituídaspelas“milpráticas pelas mento doscampossociaisemgeral –inclusive areligião. Tais sobre oaparato eletrônico, mas,apartirdele,sobre ofunciona apenas não 40) (ibid., metamorfoses” infinitesimais e ráveis “inume gerar pode que o estabelecidas, práticas e específicos indivíduosdos plataformasas com usosarticulando digitais, de ‘táticas’articuladas”(CERTEAU, 2012,p.41)narelação específicos, como a criação da plataforma evangélica de novas, querespondam aosdesejos e necessidades religiosos sociorreligiosa emambientes públicosda plataforma Facebook. apropriação interessa-nosa pessoal, perfil seu em usuário cada lacionadas comocatolicismo. Para alémdos usos individuais de vos que criam e se congregamexplicitamente em“páginas” re marcas daIgreja-instituição edeusuáriosindividuais ecoleti percebemos qual na Facebook, o específica, digital social rede te deindivíduos egruposreligiosos católicos. Escolhemos uma de comunicação, práticas discursivas eações simbólicas por par queremos aqui analisar as relações específicas entre tecnologias 3 OFacebook eo“católico”, entre usossociaise xos decirculação comunicacional, comoveremos. formas de construção social de sentidos religiosos, em novos flu e “práticas bricoladoras” (CERTEAU, 2012), paraaponta novas giosa dasredes digitais, mediante experimentações religiosas bramentos sociossimbólicos. Nesse sentido, a apropriação reli sociais digitais quanto sobre apráticareligiosa emseus desdo geram efeitos tanto sobre opróprio processo de uso dasredes para práticas religiosas faz surgir elementos de novidade que grupos” (PROULX, 2008,p.2,trad. nossa) dades deautonomia edeemancipaçãopara osindivíduos eos processo deapropriação, portanto, manifestam-se “possibili nicas daprodução sociocultural” oueclesial(ibid.,p.41).No apropriações religiosas A partir da reflexão dos conceitos de uso e apropriação, Em nosso caso, aapropriação dasplataformas digitais Assim, aapropriação apontapara uma“multiplicida Faceglória ). ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 155 ------News. , uma , uma 5 ), a imagem >. Português News.va Português no Facebook Português News.va Português News.va News.va https://www.facebook.com/news.va.pt A plataforma Facebook oferece uma determinada in uma determinada oferece Facebook A plataforma O primeiro caso é a páginaé caso O primeiro Disponível em: < Disponível Figura 1 – Detalhe da página Figura ), a categoria específica (“instituição religiosa”), os campos de campos os religiosa”), (“instituição específica categoria a ), 5 e valores para que ganhem sentido na economia simbólica des que ganhem para e valores a Igreja dessa plataforma, se apropriar digital. Para se ambiente limitações, demarcando, a essas obedecer adaptar e se precisa delimitações todas definidas pelo Facebook. Cada elemento des elemento Cada Facebook. pelo definidas todas delimitações da demanda e específicas regularidades suas possui interface sa das suas crenças de “tradução” um processo Igreja-instituição va as possibili etc.), “Fotos”, “Sobre”, Tempo”, (“Linha do conteúdo áudios), fotos, vídeos, (publicação de textos, dades de interação fazer fazer presente nesse ambiente, a Igreja Católica precisa definir o nome da página ( -se mediante de capa a (o do foto Francisco), Papa perfil (o logotipo do terface à Igreja, condicionando seus usos tecnológicos: para se para tecnológicos: usos seus condicionando à Igreja, terface

da Igreja nas redes sociais online com suas presenças paralelas paralelas sociais online com suas presenças nas redes da Igreja das o compartilhamento facilitando plataformas, em diversas informações. Sala de Imprensa da Santa Sé, Serviço de Informação Vaticano, Vaticano, de Informação Sé, Serviço da Santa Sala de Imprensa de Internet e Setor do Vaticano Televisivo Centro Vaticana, Rádio uma maior inserção justamente, buscou, criação da Santa Sé). Sua na é um dos serviços oferecidos pelo site criado em 2012 como criado pelo site dos serviços oferecidos na é um meios de pelos produzidas notícias das principais um agregador Romano, Fides, L’Osservatore (Agência vaticanos comunicação das presenças oficiais da Santa Sé no Facebook (Fig. 1). A pági 156 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados seus leitores,seus reconfiguramque interfacea plataforma da inicial ra como ambiente “autônomo”,protocolos estabelecealguns aos crouniverso Facebook”. Assim, apágina “microuniversocomo um se constituir religioso”dentro do“ma momento emque,estabilizadae“catolicizada”,passa a apágina da Igrejaganha desdobramentoum decomplexidadepartir do a meno religioso ouàinstituição eclesial. em redeespaço público um nãovinculadodiretamente aofenô apropria desses elementos, dando-lhes um sentido religioso, em “católica”.se específica, presençaportanto, Igreja,uma A assim, as modalidades deconcretização das relações sociais( giosas, pela simples presença detecnologias quecondicionam certa plataforma oupelapágina. tólica),correspondentes aos protocolos ounão indicadospela ao Facebook, oudos usuários em geralem relação àpágina ca (sejam elesporparte dapágina realizadosefetivamente usos 3) e fiéis; seus com municacional 2) usos previstos eprescritosIgreja pela nasuainteração co plataforma; configuraçõesda e limitações Facebook,das dentro sociotécnicos realizados Igrejapela dainterface daplataforma cas queexplicitamtrês níveis diferentes desse processo: 1) usos giosa doFacebook torna-se perceptívelmar apartirdealgumas -se inscritos no próprio dispositivo. de sanções,etc.sob pena Usuários e usos,portanto, encontram tilhar conteúdos, inserir comentários dentro decertos padrões, ção e de configuração dos usos possíveis dos usuários-fiéis: par perceber um certo perfil de usuário e um certo nível de negocia Obrigado!” nossos). Essas marcas (grifos discursivas permitem do mentários comentários e opiniões sobre asnotíciasde Diz o texto:da página. “Bem-vindos! vel arqueologia desses usos previstosIgreja pela aosusuários em relação aosseuspossíveis usos. ofensas e faltade respeito; caso contrário tecnicização Assim, emumprimeiro nível, épossível falar deuma Na página “Sobre”,No campo percebemos pistas parapossí uma Esse processo deapropriação daplataforma porparte devem ser doato decomunicação edaspráticas reli News.va Português referentes aos assuntos tratados, News.va Português Partilheconosco , aapropriação sociorreli News.va Português serão removidos News.va emrelação osvossos . Osco JAURÉ evitan , ago ------. Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 157 ------falar tecnológi >. , visto que os , visto dos usos tecno dos usos social (Fig. 2).

6 socialização , 2011). A plataforma Facebook molda, or molda, Facebook A plataforma , 2011). o catolicismo, retrabalhando, ressignificando, ressignificando, retrabalhando, catolicismo, o https://www.facebook.com/catecismobrasil Catecismo da Igreja Católica da Igreja Catecismo Em suma: a criatividade social – neste caso manifes social – neste Em suma: a criatividade Contudo, a sociedade em geral, graças à acessibilidade e graças Contudo, a sociedade em geral, A Igreja-instituição, apropriando-se das redes digitais, das redes apropriando-se A Igreja-instituição, Disponível em: < Disponível , pois a plataforma molda e estrutura determinadas práticas práticas determinadas estrutura molda e a plataforma , pois 6 atualizar suas crenças para novos agentes sociais e para públicos sociais e para agentes novos para atualizar suas crenças de sentidos. Esse complexa em uma étrama ainda maiores, o caso da página publicamente sobre sobre publicamente e o seu ima a sua experiência reconstruindo ressemantizando, ginário religioso. Indivíduos e grupos específicos podem agora específicas do catolicismo. específicas do catolicismo. também pode agora de uso de tais plataformas, à facilidade nas sociotécnica – nas interações entre o usuário e a plataforma o usuário e a plataforma entre – nas interações nas sociotécnica simbólico, median um âmbito –, mas também envolve Facebook religiosas são embebidas em práticas o qual tais interações te gera novos ambientes para a publicização e a socialização de suas e a socialização publicização a para ambientes novos gera A coevolução,práticas. e discursos crenças, portanto,não é ape usos sociais, por sua vez, moldam e reestruturam a tecnologia a tecnologia moldam e reestruturam usos sociais, por sua vez, 2012b). (SBARDELOTTO, Há, portanto, uma uma hibridação, dupla mediação: Há, portanto, ca tempo mas também e ao mesmo sociais; parte de uma instituição social como a Igreja – se expressa me expressa – se de uma social como a Igreja instituição parte outro e, por tecnologias, determinadas sobre invenções diante social. e contextualmente prática é tecnológica lado, a inovação complexificam. por tecnológica de uma plataforma tada uma apropriação por ção tecnológica e invenção social, em meio a condicionamentos social, em meio a condicionamentos e invenção ção tecnológica se se articulam e portanto, ordens, de diversas e autonomias lógicos, visto que a multiplicidade de ações e práticas sociais a sociais a e práticas de ações que a multiplicidade lógicos, visto que po criativas, invenções emergir faz partir das tecnologias Inova inovações”. de usos ou a “novas a restrições dem levar alto nível institucional), valorizando certos aspectos e elemen aspectos certos valorizando institucional), nível alto lado, outro Por de outros. detrimento comunicação em da tos uma constatar é possível também GUIBERRY; PROULX GUIBERRY; seu mais em (inclusive católicas as práticas e estrutura ganiza 158 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados FiguraCatecismoda página 2 –Detalhe da IgrejaCatólica no Facebook 7 de técnica daplataforma desencadeiaumprocesso decircula “ plataforma Facebook, a sua confirmação, daa sua aderência, o específico seu protocolo um mediante manifestaram, seja, ou entre osleitores dapágina bates queseinstauram nasinúmeras trocas comunicacionais doutrinal” (oCatecismo) acerca dastemáticas católicas nosde assumem, simbolicamente, umpapelde “máxima autoridade leigos administradores tais específico, circuito desse cursiva ção desentidoqueocorre nesseambiente. Naeconomiadis assumindo umpapelde“especialistasreligiosos” naconstru gina tambémrespondem edebatem com os demaisusuários, ciais dainstituiçãoeclesial.Àsvezes, osresponsáveis pelapá ofi circuitos dos fora religioso, sentido de circulação de fluxo ção institucionaldasautoridades eclesiais,gerando umnovo entrecomentários diversosos agentes rede,em a media sem nos público debate um permitindo Igreja, da oficiais mentos Facebook epublicam,dentre outras coisas,trechos dedocu cató institucional oficialidade lica. Nela,osadministradores seapropriam daplataforma da portanto, parte, fazendo não Igreja-instituição, a com explícita oficial vinculação sem comuns, fiéis por seja, 2009”,ou de julho em fundado tolado feedback Segundo o “Glossário” disponível pelo próprio Facebook, o significado do “cur do “Glossário”disponívelsignificadoFacebook, próprioo o Segundo pelo importa” (trad. nossa).Disponível em:< tir” é“darumfeedback positivo e conectar-se com coisas com asquaisvocê se No total, maisde83milpessoas“curtiram” apágina, Trata-se deumapáginacriada em2009por um“apos positivo” 7 àproposta dapágina.Essaprocessualida . https://goo.gl/DuUrkr >. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 159 ------News.va News.va , de forma pública, nos comen , de forma Catecismo... (que soma pouco mais de 18 mil “curtidas”). Assim, (que soma mais pouco de 18 mil “curtidas”). Assim, O que se percebe nesses casos é justamente a manifes é justamente casos nesses O que se percebe Por outro lado, ao entrar em diálogo em com os seus res lado, ao entrar outro Por Como Como detalhe de não pouco significado, o número de tação daquilo que Proulx e Millerand (2010) chamam de “uso chamam de (2010) e Millerand tação que Proulx daquilo participação e de de é, formas na internet, isto contributivo” a resposta da página ao usuário ratifica e reforça essa valoriza aos demais usuários. ção simbólica junto O usuário escreve publicamente seus comentários à página por comentários seus publicamente O usuário escreve uma de) na página nela visa a criticar (ou a falta que reconhece lado, outro em questão. Por particular na temática competência específico em relação às ofertas da página, expandindo, com o seu discurso próprio, o ecossistema comunicacional específico. ponsáveis da página ponsáveis por sua vez, tários de cada postagem, os usuários explicitam, interacional um pessoal e social de formato uma apropriação em que o “oficial” vai perdendo espaço para aquilo que é “le comunicacionais. processos mediante socialmente, gitimado” foi foi dado pelas autoridades eclesiais oficiais. Estas continuam detendo o poder de autenticar o que é “oficialmente católico”, ou alternativos paralelos circuitos gerando mas a sociedade vai religioso. Tal página, na sua proposta específica, é investida de de página, específica, na é sua investida proposta Tal religioso. “autorida mesmo de (ou até um papel social de “especialista” que não lhe este reconhecimento católica, a doutrina de”) sobre economia comunicacional do Facebook, são os próprios usuá são os próprios economia comunicacional do Facebook, e a expe competência a legitimidade, a rios que reconhecem no âmbito administradores riência de tais páginas e de seus “curtidores” “curtidores” da supracitada página oficial da Igreja, a Português que, na revelam comunicacionais como o “curtir” interações na-se conteúdo para outras ações circulatórias da plataforma. ações circulatórias outras para na-se conteúdo quantidade os em grande ultrapassa dessa página “curtidores” de conteúdos dos demais amigos da pessoa “curtidora”, que re “curtidora”, amigos da pessoa dos demais de conteúdos nessa página”; tal curtiu “Fulano que de notificação uma cebem tor portanto, “curtir”, o próprio do Facebook, processualidade camente no perfil pessoal do usuário quando há qualquer nova nova qualquer há quando usuário do pessoal perfil no camente o acesso aos novos facilitando da página “curtida”, atividade conteúdos. E, ao mesmo tempo, tal circula nos “curtida” fluxos ção comunicacional, pois, ao clicar em “curtir”, uma uma das funcio ção ao pois, comunicacional, clicar em “curtir”, nalidades do Facebook é a de publicar notificações automati 160 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados nível social etécnico, portanto, os agentes podem intervir nas ciotécnicos de fácil utilização(PROULX; MILLERAND, 2010). Em a) criar, remixar ecompartilharconteúdos em dispositivos so PROULX; CUDICIO, 2010,p.249,trad. nossa). continuamente conectados e mutuamente acessíveis” (LICOPPE; produçãoe a deconhecimento [religioso] pelosparticipantes de atividades coletivas orientadas aotratamento dainformação cipantesde sentido, naconstruçãosocial mediante a“realização ções sociodigitaissão marcadas contribuição entre pela osparti contribuição dos usuários no universoseja, asintera Ou digital. 8 engajamento teopolítico (Fig. 3). IgrejaCatólica se apropriam doFacebookambientecomo um de sidade Católica ligiosa do Facebook, encontramos aindaocasodapágina aquilo queépercebido como“fato” pelainstituiçãocatólica. dendo transformar discursivamente,ambienteem um público, produzeminfiéis ou microalterações práticasnas religiosas, po fiéis não fiéis, Assim, civil. sociedade a e religiosa instituição a tradicionaisdas zonas de contato multiplicação – euma entre em contraste com os “profissionais” ou “especialistas” religiosos forma nas mãos aberta e de pública, “amadores” ou“profanos”, ção conectadas ecooperativas, ocorreuma também práticas tais de meio Por específicos. desejos e necessidades a ções técnicas oudos elementos sociossimbólicos para responder no espectro dos usos previstos; ou extensãoadaptação das fun plataformas mediante diversas ações: deslocamento oudesvio daexpertise religiosa –queagorapassa aestar, também de Disponível em:< Em um nívelum Em mais complexo deapropriação sociorre Os usuários agora podem (e sãoconvocados também 8 , emque https://www.facebook.com/diversidadecatolica

fiéis que formam uma “minoria gay”na “minoria formam uma que fiéis democratiza >. Diver ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 161 - - - - - >. https://www.facebook.com/diversidadecatolica/info Para além do site mantido pelo grupo e dos eventos grupo e dos eventos mantido pelo além do site Para Essa singularidade subjetiva específica (“católico gay”) A página é mantida por um grupo que trabalha na inter por um grupo que trabalha A página é mantida da página, essa presença online busca partilhar “a expe da página, essa presença 9 Disponível em: < Disponível Figura 3 – Detalhe da página Diversidade Católica no Facebook Católica – Detalhe da página Diversidade 3 Figura 9 presenciais organizados por ele, a página do Facebook permite a permite ele, a página do Facebook por organizados presenciais a reconstrução mediante social de suas práticas, exponenciação munidade alternativa, em reação à vigilância, à ordem e até mes até e à vigilância, à ordem em reação munidade alternativa, de vista – pela – do seu ponto mo à violência simbólicas impostas Igreja-instituição. possibilidade às minorias e aos sem voz de tomar mais a palavra” mais a palavra” de tomar voz possibilidade às minorias e aos sem lado, tais outro nossa). Por 2011, p. 110, trad. CHOON, (PROULX; de uma co a emergência favorecem cultural-religiosas práticas sociorreligiosa do Facebook, como comunidade colaborativa. Tal Tal como comunidade colaborativa. do Facebook, sociorreligiosa como um “espaço alternativo dessa forma, página se manifesta, então, a um espaço que oferece, sociais inventivos, os atores para lidade, identificando-se como um “grupo leigo”. “grupo leigo”. lidade, identificando-se como um agora pode se afirmar socialmente mediante a sua apropriação atua “promovendo o diálogo e a reflexão, a oração e a partilha”. o seu vínculo à “fé ressaltam portanto, Seus administradores, instituciona se distanciando de qualquer embora cristã católica”, excluídos da comunidade eclesial”, sendo “um núcleo de vivência sendo “um núcleo de vivência eclesial”, da comunidade excluídos de comunicação e um canal permanente cristão, e aprendizado ainda que A página informa e grupos católicos”. grupos gays entre “Sobre” riência do amor de Deus junto a todos os fiéis que, são frequentemente sexual, de sua identidade e/ou orientação em virtude face entre a fé cristã e a diversidade sexual. Como indica o campo Como sexual. cristã e a diversidade a fé entre face 162 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Diversidade Católica homossexualem todos os Estados do país. Nesse dia, a página Estados Unidos havia aprovado a legalização do casamento abaixo. biente comunicacionalpara taispráticas, comovemos nocaso a homoafetividade, e,aomesmotempo, doFacebook, comoam saber,a catolicismo, do específica simbólica interfacecom sua na apropriação uma em partilha), a e oração a reflexão, a diálogo, o res-fazeres tradicionalmente reservados aosclérigos(promover coletiva epública,por parte de“todos, semdistinção”, desabe movimento LGBT (Fig.4). Menino Jesusnocolo,sobreposta aumabandeira comascores do amor! #LoveWins”. E,logoabaixo, umaimagemdeMaria como e redentora tambémsejuntaaessacelebração doorgulho edo Figura 4-Mensagem postadanapágina Diversidade Católica No dia 27 de junho de 2015, a Suprema Corte dos dos Corte Suprema No dia27dejunho2015,a publicou a seguinte mensagem: “Nossa mãe publicouaseguinte mensagem:“Nossamãe - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 163 ------#LoveWins. #LoveWins. hashtag reconstrói símbolos católicos símbolos católicos reconstrói

#LoveWins. Assim, a Assim, página se #LoveWins. a página promove usos determina usos a página promove hashtag a página com a publicação da mensagem, a pági cas oferecidas pelo Facebook dentro de novos mar novos de dentro pelo Facebook cas oferecidas cos de luta teológico-político-eclesial; simbólico: de a partir de uma (como Maria e Jesus) releitura mo do A bandeira católico. o sagrado sobre gênero comunicacional; tecnológico: da plataforma técnicas das processualidades dos como elemento de uma prática religiosa específi a inserindo ca, exemplo, por assim, as funcionalidades tecnológi Inscrevem-se, social: leitores; diversos com seus em contato na põe-se e mais o conteúdo, “curtiram” quase 1.100 destes, novas assim gerando compartilharam, o 50 de de circulação circuitos e novos sociais conexões Nessas interações, percebemos uma relação triádi uma relação percebemos interações, Nessas O inclui post a 3. 2. 1. ver uma apropriação de três níveis: níveis: de três uma apropriação ver representações (o “católico”). Assim, no uso sociotécnico corri Assim, no uso sociotécnico (o “católico”). representações dentro e uma imagem no Facebook, de postar um texto queiro entre podemos pela plataforma, oferecidas possibilidades das ou seja, uma relação que envolve uma plataforma tecnológi uma plataforma que envolve ou seja, uma relação a Igreja- (entre sociais de relações um sistema ca (Facebook), de e um sistema seguidores) e seus gay instituição, o coletivo Facebook. e linguagem: tecnologia sociedade, entre ca (FERREIRA, 2006) um link que remete a todas as demais publicações que utilizam publicações que utilizam as demais a todas um link que remete essa mesma palavra-chave, constituindo um microfluxo espe cífico sobre esse tema no macrofluxo de sentidos que varre o que, ao mesmo tempo, graças às processualidades da platafor às processualidades graças tempo, que, ao mesmo ma Facebook, desencadeia um fluxo circulatório específico: ao gera a plataforma de uma palavra, “#” antes utilizar o caractere que remetiam ao fato da aprovação do casamento gay por parte parte por gay casamento do da aprovação ao fato que remetiam de uma construção pública de sen Trata-se Corte. da Suprema (“o amor vence”), semântica positiva com uma tido social carga soma a todas as demais publicações na plataforma Facebook Facebook as demais publicações na plataforma todas soma a 164 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados católico”, “isto nãoé”:apenasainstituiçãoreligiosa, nemsó um ambientetui socialemquepodedizer publicamente “isto é -se dasplataformas digitaispara suaspráticasreligiosas, consti sobre ofenômeno religioso.rede, Em sociedade, a apropriando produzir palavrauma publicamente edeagirtambém pública o Facebooktais, conferetambém aosagentescapacidade de uma a instituição religiosainstituição a sociedade. ea No processo de midiatização religiosostas” das zonasdecontato multiplicação e uma – entre “especialis ou “profissionais” os com contraste “profanos”,em bém passa a estar, de formanas mãosde “amadores” pública, ou -se democratizaçãouma daexpertise religiosa –queagora tam 4 Reconexões: aexperimentação religiosa em católicos, nosfluxos comunicacionais doambiente digital. eclesial, mediante acirculação desentidos e discursos religiosos tir – favoráveis, resistentes, contrárias ousubversivas, etc. – para comaIgreja, edasociedadepara comaprópria sociedade sobre ocatolicismo, daIgreja para comasociedade,dasociedade ciais emredes digitaisproduzem novas modalidadesdiscursivas bólico eteológico dainstituição.Dessaforma, asinterações so desconstruídos nasinterações sociais,para alémdocontrole sim pos edemaisinstituições,religiosas ounão),sendoconstruídos e taneamente pelosmaisdiversos agentes sociais(indivíduos, gru por exemplo), massimofertados-recebidos permanente esimul dos não apenas por um polo fixo de produção (a Igreja-instituição, para asociedadeemgeral. tomar a palavra publicamente podem comuns fiéis próprios mídia”,os “grande também a mas etambém rede Construtos sociaissobre ocatolicismo vão sendooferta No Facebook,possibilita como vimosnoscasosacima, Ao conectaros usuários entre si mediante redes digi do publicamente comoapoiopara acausagay. curso católico,em queotranscendente éconvoca vimento LGBT torna-se pano de fundo desse dis para além daquiloqueéofertado pelainstituição e dizer

o “católico” midiaticamente a par ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 165 ------sub JAURÉGUI do catolicismo: em primeiro do catolicismo: , que se caracteriza pelas ma caracteriza , que se objetivas religiosa

, 2011). Nas redes sociodigitais, portanto, ocor portanto, sociodigitais, Nas redes , 2011). Especificamente em cada Especificamente página, tais bricolagens encon Na economia de sentido do Facebook, as páginas “cató Facebook, do sentido de Na economia Nesse sentido, o “católico” é formado pelos construtos pelos construtos é formado o “católico” sentido, Nesse Fiéis, não fiéis ou infiéis, nas redes digitais, constroem experimentação e, ao mesmo tempo, e, ao mesmo tempo, = doutrina; catolicismo = diversidade). Em segundo lugar, porque Em segundo lugar, = diversidade). = doutrina; catolicismo ao reconheci publicamente ser exposto só merece o catolicismo jetivas seu a partir do o catolicismo cada página reconstrói porque lugar, = papa; catolicismo (catolicismo simbólico próprio microuniverso redes sociodigitais.redes tram a sua força na exposição e afirmação de singularidades as três páginas analisadas, transversalmente, buscam o reconhe páginas analisadas, transversalmente, as três cimento público da sua reconstrução específica do “católico” nas Proulx & Choon (2011) chamam de “bricolagens identitárias”, que de “bricolagens (2011) chamam Choon & Proulx identitárias”, em e grupos pessoal dos indivíduos na exposição se manifestam religioso, No âmbito e na sua demanda de reconhecimento. rede, licas” tornam-se filtros que retomam, transformam ou rejeitam – segundo interfaces e protocolos específicos – as crenças e as É o que em geral. catolicismo e do da Igreja-instituição práticas nifestações sociais públicas sobre o religioso, delineando uma o religioso, públicassociais sobre nifestações das sociedades em midiatização. específica religiosa prática diante “contribuições ascendentes” dos usuários ( usuários dos “contribuições ascendentes” diante PROULX BERRY; uma re comunicacional midiática. comunicacional midiática. me sociais nas redes que circulam o catolicismo sobre sociais mas como “produtores de uma palavra” sobre a fé, que é comu a fé, sobre de uma palavra” mas como “produtores pessoal” “palavra ser de deixando sociodigitais, nicada nas redes para ser uma “palavra ao social”, entrar no fluxo da circulação eclesial e transformar o que é percebido como “fato” no campo como “fato” o que é percebido eclesial e transformar assim, um novo Surge, 2010). MILLERAND, (PROULX; católico Palavra”, da “ouvintes meros como não fiéis, dos posicionamento o reconhecimento de sua credibilidade dentro da esfera social, da esfera dentro credibilidade de sua o reconhecimento em vigor na instituição e práticas buscando mudar os valores maneiras de empregar o que já está “produzido” midiaticamente o que já está “produzido” de empregar maneiras nas mas também institucional, ordem da parte por a religião sobre em rede. que circulam próprias, suas produções digital, para além da “produção” midiático-eclesial, existe outra outra midiático-eclesial, existe além da “produção” digital, para suas pelas não apenas notar se faz que rede, em ubíqua, “produção” 166 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados da plataforma Facebook edopróprio catolicismo (empáginasque marcos condicionantes (masnãonecessariamente Mesmo queessasreações aocatolicismo ocorram dentro dos rias. minorias eclesiais ou de crenças e práticas católicas minoritá visibilização,reconhecimentode publicização, de elegitimação propriamente ação uma é também comuns, fiéis dos zer papa, narelevância dasuadoutrina, nasuadiversa universalidade). é “objetivamente” relevante emdeterminado aspecto (naaçãodo mento socialpelofato deque,para oscriadores detaispáginas,ele 2011, p. 51, trad. nossa). Tais reconstruções nossa). buscam resistir espe trad. 51, p. 2011, lhes sãofeitas”que (LAULAN, JAURÉGUIBERRY;apud PROULX, dão àsofertasusuários, ospúblicos tecnológicas [esimbólicas] diversa,ção múltipla, criativa esempre ativa queoscidadãos, os campo religioso católico (PROULX, 2012). locamento docurso dareprodução social dasrelações depoderno des o e desvio o permite Isso Católica). Igreja a (como específico individual esocialdecríticapúblicaefetiva sobre umator social ciais comoo book easpráticas sociorreligiosas desenvolvidas porgruposso MILLERAND, 2010). (PROULX;comuns leigos fiéis por compartilhadas e criadas sos, de sentido a partir da proliferação de redes de saberes religio religiosos,tas” formasdando espaçoa cooperativas deprodução forma,ta o exercício da autoridade tradicional dos “especialis de engajamento eclesial por parte do fiel leigo, rompe-se, de cer 2011). Pois, nessas novas modalidadesdetomada dapalavrae CHOON, (PROULX; institucional controle do eficácia anular,a mo táticas maiselaboradas dedesvio, quepodemcomplicar, oumes pelas lógicascatólicas dominantes. desnaturalizaçãoa e crenças,de práticas estereótipose veiculados ciodigitais epráticas religiosas desviantes, comoadesconstrução rentes dasinterações emrede, usosemancipatórios dasredes so versidade da “Catecismo como justamente definem se o “católico” publicamente, nosambientes digitais,por parte Trata-sede modalidades de Na interação entre aplataforma tecnológica doFace Tais açõesdosusuáriospodemser vistastambémcomo Nas práticasreligiosas emrede,possibilidade de a Católica Diversidade Católica ”), surgem, mediante invenções sociaisdecor , por exemplo, emerge umpoder resistência Igreja Católica , ou seja, “a rea, ouseja,“a determinantes teopolítica ”, “Di di ) ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 167

------in + civil-reli estratégias do “católico”. Tal re Tal do “católico”. empowerment ), que se expressa como um como expressa ), que se dos usuários perante as perante usuários dos táticas puissance d’agir puissance reconstrução comunicacional reconstrução , ou seja, conexões “novas”, “ultraconexões” realiza “ultraconexões” “novas”, , ou seja, conexões As reconexões permitem partir de algo já dado (a dou permitem As reconexões Essa potência de agir se expressa naquilo que chamamos de agir se expressa Essa potência Assim, as diversas bricolagens sobre o catolicismo na o catolicismo bricolagens sobre as diversas Assim, ), híbrido, heterogêneo (os construtos católicos). Ou seja, seja, Ou católicos). construtos (os heterogêneo ), híbrido, reconexões se revela a capacidade criativa e autônoma dos indivíduos (cf. indivíduos dos e autônoma a criativa capacidade se revela uma distân e socialmente criativa Demarcam 2012). CERTEAU, mantidas constantemente pela ação social de comunicação. Elas pela mantidas constantemente como expressam se comunicacional e eclesial, por meio das quais do dispositivo trina católica, por exemplo) e chegar a algo novo (invenção, (invenção, a algo novo e chegar por exemplo) trina católica, venire e mas são construídas “em si mesmas”, não existem as reconexões circulação comunicacional em rede. circulação se manifesta a se manifesta construção por ocorre meio de ações de confirmação (reiteração), de (oposição), em processos (negociação) e subversão invenção de do já dado em termos além que vão em rede das pelos agentes e nas quais o religioso, sobre ou simbólicos sociais, tecnológicos gioso, somado a um desejo de existir em um mundo fortemente em um fortemente mundo gioso, somado a um de existir desejo conectado. “potência de agir” ( de “potência e da Igreja-ins católico à dominação do discurso saber-resistir um de a organização tituição mediante usuários se reapropriam do espaço organizado pelas técnicas pelas técnicas do espaço organizado se reapropriam usuários (ibid., p. indica Prou 41). Como sociocultural” da produção uma casos, nesses manifesta-se, nossa), p. 1, trad. lx (2012b, economia sócio-tecno-simbólica ocorrem mediante “inume mediante ocorrem sócio-tecno-simbólica economia ráveis e infinitesimais metamorfoses” (CERTEAU, pelas quais constituídas pelas “mil práticas 2012, microrresistências 40), tais, como formas de resistir à vigilância, tanto individual quanto individual à vigilância, tanto de resistir tais, como formas coletivamente. buinte lhe oferece, paradoxalmente, meios para resistir” (PROULX; (PROULX; resistir” meios para paradoxalmente, lhe oferece, buinte assumir pode Essa resistência nossa). 2011, p. 110, trad. CHOON, sociodigi nas redes presentes militantes” de “práticas a forma de debate e de tomada da palavra por parte das diversas minorias das diversas parte por da palavra e de tomada de debate a co como um todo, como catolicismo que compõem o religiosas digital que economia assujeita contri o usuário “A munidade LGBT. cificamente às normas institucionais da Igreja e ao clima “ideológi clima ao e Igreja da institucionais normas às cificamente espaços não oferece que da instituição, no interior dominante co” 168 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados trica de divisão do trabalhode produção de sentido, pois dois técnica eteopolítica porparte dosagentes conectados. para também que apontam tínuas, resistênciauma moral, socio protocolos existentes, em umprocesso de transformações con ção, desvio emetamorfose dos sentidos, das interfaces edos varia diferença, subversão dosindivíduos emrede, bricolagem, por controle simbólico,açõesdereconstrução, invenção etambém Por isso,asreconexões existem comorelações depoder, disputas plataformainstituição eclesial. ou mesmopela comunicacional fronteiracia euma emumambiente fornecido de antemão pela rios (BRAGA, 2013). abrangênciadisseminaçãoda deconteúdos por parte dos usuá sociodigitais, por suavez,a aceleração possibilitam eamaior circulaçãoque surgemcomunicacional apartirdos dispositivos 2013; FAUSTO(FERREIRA, NETO, 2013). novosOs circuitos de constituem enquanto tais justamente em sua “açãocirculatória” “recepção”,se e “produção”mas de fixos papéis a mais atêm se comunicacional, em que indivíduos, grupos e instituições não partir dosconstrução socialamaisvariados polos dacirculação marca asmídias digitais,o“católico”complexaé, assim,uma 5 Pistasdeconclusão: areconstrução do de circulação comunicacional. demais proceptores das diversas microrredes, em umprocesso vez,e que,porsua dela, afetarão aspotenciais novas açõesdos “compartilhamentos”) quesedarãoprópriana fora ou página outras porparte dos demais usuários (como as“curtidas”ouos sentido aos seus leitores, por exemplo, massim de uma da CUDICIO, 2010, p.243, trad. nossa).Nãosetratameramente emerge das suas trocas comunicacionais” (LICOPPE; PROULX; ou maisinteragentes “produzem umconhecimento novo eque “católico” emnovos fluxos decirculação transmissão , em que uma página, ao postar algo, desencadeia ações ao postaralgo, página, , emqueuma o lx cmnccoa d snio icsat que incessante sentidos de comunicacional fluxo No Dessa forma, asreconexõesmodalidade simé sãouma de conteúdo das páginas católicas do Facebook coprodução de - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 169 ------: de : “ino tensio ” (FAUSTO NETO, NETO, ” (FAUSTO ação de circular ação como um todo, como um todo, socius ” (SBARDELOTTO, 2012, p. 307). ” (SBARDELOTTO, , proveniente não da cúpula eclesial, mas sim , proveniente sobre a própria religião a própria sobre Nesse sentido, a circulação é uma a circulação sentido, Nesse A partir dos desdobramentos da midiatização contem dos desdobramentos A partir Podemos dizer com Cardon (apud JAURÉGUIBERRY; (apud JAURÉGUIBERRY; Cardon com dizer Podemos Em sociedades em midiatização, portanto, a reli portanto, midiatização, em sociedades Em interagir, de acoplar, de articular, de interpenetrar uma plurali interpenetrar de articular, de acoplar, de interagir, tes, de um processo simultâneo de gestos de “recepção produtiva” produtiva” de “recepção simultâneo de gestos de um processo tes, (FERREIRA, 2013), como vimos na consumidora” e de “produção católicos. e indivíduos/grupos a Igreja-instituição entre relação 2010, p. 8), o que explicita dos processos a dimensão “circular” “da emissão à transmissional comunicacionais e não meramente an 2012). Trata-se, (BRAGA, ou “depois da recepção” recepção” sujeito comunicacional, que “apropria-se da linguagem para re da linguagem para comunicacional, que “apropria-se sujeito o seu o mundo e referir referir ferir-se, (JAURÉGUIBERRY; PROULX, 2011). PROULX, (JAURÉGUIBERRY; de um novo modo, a desse emergência percebe-se, porânea, dos. Em rede, a circulação e as interações sociais que se formam formam que se sociais e as interações a circulação Em rede, dos. que a do importantes mais tornam-se dar-lhe movimento para que são “circulados” bens comunicacionais dos natureza própria diante gestos de cooperação. Assim, os construtos sociais postos postos sociais construtos os Assim, de cooperação. gestos diante complexificação uma por passam comunicacional circulação em senti de circuitos nos e fluxos nos simbólica e tecnológica social, de suas “bases conectadas”, formadas por usuários iniciantes, por usuários iniciantes, formadas de suas “bases conectadas”, suas que propagam “católico”, do ou reformadores contribuintes me pessoas amplas mais de a redes “católico” o sobre invenções PROULX, 2011) que o “católico” em rede passa uma por em rede que o “católico” 2011) PROULX, ascendente” vação o fiel não apenas é coconstrutor de sua fé, mas também realiza um realiza também mas fé, sua de coconstrutor é apenas não fiel o criativo’ ‘trabalho eclesial’ nando a ‘interface elemento elemento constituinte e complexificador da pluralidade católica e públicos acessíveis de meios detentor agora dispersa na rede, “Na internet, sua capacidade criativa. e expandir manifestar para rede, mais do que uma intuição individual, torna-se crença e prá crença torna-se individual, do que uma intuição mais rede, a constituição de mediante socialmente, tica discutida e debatida um usuário torna-se sociossimbólicas. Cada e de relações redes de, são um “resultado efêmero e aleatório de práticas sociais” de práticas e aleatório efêmero “resultado de, são um que ocor nossa), trad. 2011, p. 105, PROULX, (JAURÉGUIBERRY; em nas interações digitais. O “católico”, das redes no âmbito rem gião – como campo social – e o catolicismo, na sua especificida 170 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados eles gerado eque,porsuavez, osenvolve, demodocomplexo. da dinâmicadassuasações comunicacionais, do ambiente por grupos específicos: mas das lógicas e matrizes que os articulam, Facebook, nemdo “católico”, nemdaIgreja, nemdeindivíduos ou interaçãoa entre osagentes emrede. Nãosetratada plataforma comunicacionais quepossibilitamaconexãoe organizam digital um sistema sócio-técnico-simbólico heterogêneo de matrizes naquilo quepodemos chamar de ção, tecnologias, lógicas,dinâmicas,contextos de comunicação, agentesmas também de produção emsituação e/ouderecep dade diversa deelementos:mensagens esentidos, apenas não sociavelmente,liberdadepensar a a comoprodutividade, como berdadeautonomia ea “como produção ecomo relação,e, indis controle institucionais eclesiais. A rede nos ajuda a pensar a li autonomiade ea sociais católicas secontrapõem aopoder e ao dominante.para Issoaponta o fato deque,emrede, aliberda socioeclesial – mesmo que nemsempre naesfera institucional social eàaquisiçãode poder desses grupos na esferae pública cas de determinados grupos católicos levam aoreconhecimento midiáticasdascrençaspublicização visibilização ea a epráti participação eoengajamentocializa a político-eclesial,emque 6, trad.2012a, p. midiática ativaparticipação nossa), a e poten digitais, plurais,blicas heterogêneas, contraditórias” (PROULX, interacional-comunicacionais. xas, emquenenhumdospolosdetém ocontrole dasdinâmicas de intencionalmas sim ecausal, de processualidades comple cos, os indivíduos – nãosão produtos atividaapenas de uma instâncias de recepção – sejam estasaIgreja, os grupos católi interações comunicacionais entre instânciasde produção e ferenças edivergências, etambém que, pormeiodainteração,a comunicaçãoéaquilo di institui e seorganiza.se constituiu E,sendo um processo circulatório, positivos conexiais, portanto,própria a comunicaçãoemrede e regulaçãode sentidos”(FAUSTO NETO, 2010, p. 8).Nos dis ção eque“seoferece como lugar deprodução, funcionamento “ordempor uma queostranscende”,que permite comunica a das redes digitais constituem-se e encontram-se mobilizados Nessa “multiplicidade de microesferas [religiosas] pú Quer emprodução, queremrecepção, osinteragentes dispositivo conexial, se institui apartirdelas.As ou seja, ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 171 , ------http:// Outra Travessia Outra . Salvador: EDUFBA, EDUFBA, . Salvador: . São Unisinos, Leopoldo: dos agentes sociais (PROULX, (PROULX, sociais agentes dos >. Dez perguntas para a produção de co a produção para perguntas Dez autonomização e Mediação e midiatização A circulação sociodigital, em suma, permite a visualiza em suma, permite sociodigital, A circulação Portanto, não se trata mais de um processo histórico histórico um processo mais de trata não se Portanto, (orgs.). (orgs.). 2012. p. 31-52. J. L. et al. (orgs.). em comunicação nhecimento 2013. p. 156-171. Florianópolis, n. 5, p. 9-16, 2005. Disponível em < Disponível 2005. n. 5, p. 9-16, Florianópolis, migre.me/dhjAU Nilda JACKS, JUNIOR, Jeder; Maria Ângela; JANOTTI subjetivação BRAGA, José Luiz. O que a comunicação transforma? In: BRAGA, In: BRAGA, Luiz. O que a José comunicação transforma? BRAGA, BRAGA, José Luiz. Circuitos versus Campos Sociais. In: MATTOS, Campos Sociais. In: MATTOS, versus Luiz. Circuitos José BRAGA, Referências O que é um dispositivo? Giorgio. AGAMBEN, ligiosa é um âmbito privilegiado para a análise desses processos. para privilegiado ligiosa é um âmbito do que uma análise meramente tecnológica ou computacional das tecnológica do que uma análise meramente dos seus mas também a compreensão sociais”, chamadas “redes re E a interface pela sociedade. de apropriação modos complexos xas relações entre os indivíduos conectados, os coletivos de agen conectados, os coletivos indivíduos os entre relações xas discursos e símbolos produzidos os conteúdos, sociais em rede, tes que demandam mais e interfaces, e compartilhados, os protocolos ção da construção do “texto midiático”, ou seja, da totalidade feno ou seja, da totalidade midiático”, do “texto ção da construção das comple em rede, de comunicação menológica dos processos ção, inclusive por parte dos “sem voz”, dos “sem parte”, dos “su dos “sem parte”, dos “sem voz”, dos parte por ção, inclusive sociais e eclesiais. das “periferias” balternos”, de autônoma pública uma de palavra a produção mediante 2012b) sobre o graças “católico”, a práticas de resistência e de afirma ou resistir (como na definição das heresias e de suas consequen suas de e heresias das definição na (como resistir ou individualização de tal que Mais do processo penalidades). tes um processo de diante estar da instituição, cremos parte por em que a própria instituição eclesial dominante define institu expressar se social pode em que o agente o quadro cionalmente capacidade prática de ser afetado e de produzir efeitos” (VIDAL, (VIDAL, efeitos” e de produzir afetado de ser prática capacidade nossa). trad. 2012a, p. 5, apud PROULX, 172 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados FAUSTO NETO, Antonio. Comoafetamas linguagens e sãoafeta FAUSTO NETO, Antonio. Acirculaçãodas bordas.além In: CERTEAU, Michelde. MILLERAND, Florence; PROULX, Serge; RUEFF, Julien(orgs.). LICOPPE, Christian; PROULX, Serge; CUDICIO, Renato. JAURÉGUIBERRY, Francis; PROULX, Serge. FOUCAULT, Michel. Jairo;FERREIRA, FOLQUENING, Victor.indivíduoO eoator nas Jairo.FERREIRA, Comocirculaçãoa direciona osdispositivos, in Jairo.FERREIRA, Umaabordagem triádicados dispositivos mi messageries instantanées enentreprise. In: MILLERAND, coopérationContribution et de l’usage distance via à technologies decoomunication Graal, 1982. 84, p.137-145,jun.2012. juminados. brechas da midiatização: contrabandos emespaços con municação perguntaspara produçãoa conhecimentode coem divíduos e instituições?In:BRAGA,(orgs.). J.L.etal. Disponível em:< diáticos. nicação guntas para aproduçãode conhecimento emcomu circulação?das na In: BRAGA, (orgs.). J.L.etal. gl/hN2Ec9 Rosario: UNR, 2010. p. 2-17. Disponível em< ciedad ysentido FAUSTO NETO, A.;VALDETTARO, S. 19. ed.Petrópolis: Vozes, 2012. Presses del’Université duQuebec, 2010. Web social l’Université duQuebec, 2010.p.233-252. cial Florence; PROULX,Serge; RUEFF,(orgs.).Julien : mutation de la communication. Québec: Pressescommunication. dela : mutation de . SãoLeopoldo:Unisinos,2013.p.43-64. Líbero >. . SãoLeopoldo:Unisinos,2013.p.140-155. Diálogos de la Comunicaciónde la Diálogos : mutation de la communication. Québec: de la : mutation Microfísica A invençãocotidiano do 1 , SãoPaulo,v. 1, n. 17, p. 1-15, jun. 2006. http://goo.gl/R7X1ig : diálogosentre Brasil yArgentina. do poder . Toulouse: Érès, 2011. Usages etenjeuxdes . 3. ed. Rio de Janeiro: Mediatización, so Mediatización, >. : artes defazer. , Cali, v.Cali, , 1, n. http://goo. Dez per Webso Dez ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 173 ------Web so Web http://goo. Paper apre Paper : Usages et Usages : . L’Harmattan: . L’Harmattan: : a comunicação e a Colloque d’Agadir Colloque , Paris, n. 59, p. 105-112, 2011. n. , Paris, : Hacia una sociosemiótica de las in las de : Hacia una sociosemiótica E o Verbo se fez bit se fez E o Verbo – Estudos em Comunicação, Sociedade – Estudos em Comunicação, Sociedade Hermès Barbaries contemporaines Barbaries >. Hacer clic Hacer La sociologie des usages, et après? La sociologie et après? des usages, : mutation de la communication. Québec: Presses de : mutation de la communication. Québec: Presses Ação Midiática Ação em: < 2, p. 1, 2012b. Disponível v. e Cultura, gl/ZI1PFP Gedisa, 2004. digitales. Barcelona: teracciones contrôle social. contrôle Santuário, na internet. Aparecida: religiosas experiência 2012a. contemporâneo. religioso fenômeno do midiatizados Florence; PROULX, Serge; RUEFF, Julien (orgs.). Julien (orgs.). RUEFF, Serge; PROULX, Florence; cial du Quebec, 2010. p. 13-32. l’Université du et progressive douce une intériorisation mériques: fortement connecté. In: connecté. fortement du médias Sud: des des publics dans les pays pratiques 2012b, p. 1-17. Agadir, classiques aux TIC, de multiples questionnements. MILLERAND, In: refour bution face à l’emprise d’un capitalisme d’un l’emprise à information bution face nel: premières réflexions. Christiana. In: CONSTANTOPOULOU, 2012a. p. 1-9. Paris, sentado no XVIIIe Congrès international sociologues des international no XVIIIe sentado Congrès “Sociologie travail de Groupe (AISLF), languede française 7-11 jul. 2008. Istanbul, de la communication”, SCOLARI, Carlos. Carlos. SCOLARI, SBARDELOTTO, Moisés. Entre o social e a técnica: os processos os processos o social e a técnica: Moisés. Entre SBARDELOTTO, SBARDELOTTO, Moisés. SBARDELOTTO, PROULX, Serge; CHOON, Mary J. K. L’usage des réseaux socionu des réseaux Mary J. K. L’usage CHOON, Serge; PROULX, PROULX, Serge; MILLERAND, Florence. Le Web social, au car Le Web Florence. MILLERAND, Serge; PROULX, PROULX, Serge. La puissance d’agir des citoyens dans un monde dans citoyens d’agir des La puissance Serge. PROULX, PROULX, Serge. La puissance d’agir d’une culture de la contri d’une culture puissance d’agir La Serge. PROULX, PROULX, Serge. Serge. PROULX,

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 175 1 - - - . CV: . CV: Edu Jacques Edu [email protected] . political intervention midiatização, Harry Potter, circulação, ativis circulação, Potter, midiatização, Harry O artigo apresenta uma análise comunicacional da O artigo apresenta Comunicação da Unisinos. Jornalista. Contato: Jornalista. Contato: Comunicação da Unisinos. http://lattes.cnpq.br/0884068389959665 Edu Jacques é doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da em Ciências Pós-graduação de pelo Programa é doutorando Jacques Edu como objeto de intervenção política de intervenção objeto como de Harry Potter ficcional A narrativa as an object of fictional narrative Harry Potter’s Palavras-chave: mo, circuitos. 1 expressam a capacidade de ação dos fãs com propósitos não ex propósitos com fãs ação dos a capacidade de expressam lúdicos. clusivamente destaca a circulação da série como continuidade da recepção, da recepção, continuidade como da série destaca a circulação um e a noção de 2012), (BRAGA, comunicacionais em circuitos tratados Os casos 2013b). (PROULX, capitalismo informacional sociais tendo como base temas da saga do jovem bruxo. Ambas bruxo. jovem do da saga base temas como tendo sociais no mundo de intervenção buscam alguma forma as iniciativas baseada diretamente na ficção. Abordamos a conjuntura que do da história, e logo suas fotos se tornam objeto de divulgação de divulgação objeto se tornam suas fotos e logo do da história, com internacional No segundo, uma organização no Facebook. fins filantrópicos, Harry Potter Alliance, apresenta campanhas e dois casos de manifestações com intuito político promovidas político promovidas com intuito casos de manifestações e dois empunham manifestantes exemplo, No primeiro por seus fãs. com o enre no Brasil de 2013 os protestos cartazes associando Resumo: Resumo: Potter Harry da série a narrativa entre justaposição discursiva 176 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados circuits (BRAGA, 2012), and thenotionof informational capital ries, understoodof reception,continuity as incommunication emphasizes discuss that the circulationthe situation of these We fiction. on directly based world the in intervention of form from thesaga of the young wizard. Bothinitiatives seek some Potterpromotes Alliance, social campaignsbasedonthemes on Facebook. Inthesecond, aninternationalcharity, Harry Brazilof thestory.with theplot Later,their pictures are shared demonstrators holdplacardsthe 2013 protests associating in example, first the In fans. by series Potter Harry the of priation Abstract: 3 2 bilheteria de obtiveramêxito igualmente filmes oito em BrothersWarner estúdio pelo organizadas cinematográficas versões As glófona. como ademaior comercialização nahistória da literatura an em 450milhõesdeexemplaressa, Estimam-se asvendas,considerando-se apenas inglelíngua a jovensleitores.seus contexto de ao ficcionais situações adaptar subsequentes demonstrou agrande capacidadedaautora em com talextensão, 50milpalavras (GUNELIUS,2008). de fantasia,ainda maisse tratando de umtexto para crianças mercado, queapontavampara declínio nasvendas um deobras da editoraaposta Bloomsburycontrariava asperspectivas de ro livro, autorainiciante. AbritânicaJoanneRowlingseu primei lançou 1 Introdução circuits. Keywords: beyond playful purposes. ism (PROULX, 2013b). These cases express fans’ empowerment Em 2014, houveEm novade uma anúncio envolvendotrilogia oenredosérie. da Ver BBCNEWS,2011,nasreferências. para estreia em2016. Animais Fantásticosganhará eondeHabitam forma versão emuma prevista Harry PotterHarry Stone,Philosopher’s and the Mas o bom índice devendaso bom Mas e dos inicial dotítulo Harry Potter surgiusérie comouma literária deuma 3 The paperpresentsanalysis an oftwo forms of appro . mediatization , Harry Potter 2 o u qaiiai a série a qualificaria que o , , circulation em1997. A , activism ------,

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 177 ------efetuado efetuado designamos online

política marketing chamada Harry Potter Alliance. chamada Harry Potter para tratar de sua capacidade de sua capacidade de tratar para internet empowerment empowerment comercial e o próprio e o próprio comercial De fato, a digitalização de que fala Proulx está (2013b) Proulx a digitalização de que fala De fato, A incursão em tais objetos empíricos merece considera merece empíricos A incursão em tais objetos Neste artigo, atentamos para dois objetos que têm esse que têm objetos dois para artigo, atentamos Neste Tal difusão recente de uma narrativa ficcional é profun é ficcional narrativa uma de recente difusão Tal internet o termo inglês inglês o termo agir no mundo. ções futuras. A mutação midia capitalismo, simbiótica com a do futuras. ções das na construção uma mudança tização, alimenta igualmente segundo aqui considerados serão Os personalidades. indivíduos no cerne das mudanças atuais, o que produz mutações no regime regime mutações no das mudanças atuais, produz no cerne o que a implica pensada quanto ser ela precisa e, assim, econômico, compreende tanto alterações de ordem técnica quanto as ações quanto técnica de ordem alterações tanto compreende da sociedade. no interior diatização da qual se fala pelo menos desde o final dos anos 1990 anos dos final o desde menos pelo fala se qual da diatização da era a mudança atuais sobre que guia estudos é um panorama tipo desse comunicação de massa. Um fenômeno de meios dos ções sobre a ordem comunicacional que experimentamos. A mi comunicacional que experimentamos. a ordem sobre ções 2 Midiatização e capitalismo informacional 2 Midiatização e capitalismo sentido – político, em acepção ampla –, as fotos postadas por bra – político,sentido ampla em acepção –, as fotos e campanhas de uma Facebook de socialização na rede sileiros baseada na organização lam um fenômeno ainda não discutido no campo comunicacional no ainda não discutido lam um fenômeno nossa atenção. e atraíram a intenção dos seus autores dentro de um contexto social, de crí de social, contexto de um dentro autores seus dos a intenção numa com a constituição do sujeito Em relação tica e reforma. reve posicionamentos esses veremos, como midiatização, de era uma expressão mais politizada do culto à série. Propomos uma Propomos à série. culto mais politizada do uma expressão políticas explorando ações desenvolvem como fãs análise sobre ação Por inspiração. enquanto Potter Harry em cima da marca. A despeito da formação de núcleos amado de núcleos da formação A despeito em cima da marca. que tópico e reescrevê-la, a trama em explorar interessados res sobre debruçamos aqui nos dissertação, nossa em trabalhamos mos destacar dois fatores como relevantes no sucesso de Harry de no sucesso relevantes como fatores dois destacar mos o desenvolvimen com que cresceu leitores de a geração Potter: da to damente explorada dentro das redes digitais. Inicialmente, pode Inicialmente, digitais. redes das dentro explorada damente 178 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados indústria. si mesma integra oudescarta asferramentas fornecidas pela tecnologia, poisprecisaríamos pensar emcomo a sociedade por isso, circunscrevê-lanão bastaria ao âmbito deprogresso da sociação entre desenvolvimento técnico einvençãoPor social. (2012) têm tentadocompreender o fenômenoas uma de luz à ceito aindaemfase deconstrução.Pesquisadores comoBraga 2.1 Midiatização ramenta,os dispositivosque são empregados. visão de da Além sem seexpressar.não ésomente Mas apartirdoconcreto, dafer 1990 ajudou adisseminar terminais para queindivíduos pudes anos dos partir a intensificada dispositivos dos digitalização A cas demeiosemediações naatualidade? atores individuais nos circuitos, como pensar as questões clássi de entrada a com atenuadas ficam recepção e produção entre epistemológicos parapesquisa emnossaárea.a Se asfronteiras rios comuns. Ademais, esse cenário detransição traz problemas 2013b), assuntos daordem dodiaemtextos efotos deusuá pressa, numa mistura de esferacom privada pública (PROULX, de funcionamento das próprias redes de socialização, queex Literatura, porexemplo. Harry Potter noFacebookentre Comunicação eda oscamposda simultaneamente. Poderíamosapropriações situaralgumas de sentidos proferidos participam, portanto,circuitos de múltiplos de campossociais preexistentes.plausível É pensarmosos que rariam emcircuitos comunicacionais formados sobre vetores nuo”.contí Osdiscursos mobilizados pelos agentes midiáticos ope “fluxo de modelo num recepção, à seguinte momento o ção, masrecentemente elaveio a secomo estabelecer também lhavam como processo intermediário entre produção e recep preensão da circulação:distinta antes as interpretações atraba de circuitos comunicacionais. Braga (2012) uma com acentua parade massa de comunicação análise midiatização éa da a sor para entendermos a transição emcurso da era dos meios A tecnologia éelemento participantemidiatização. na lógica atravésobservadoda ser pode contínuo fluxo O Um posicionamento quetem sedemonstrado promis novidade,A midiatização,porsua consistecon emum ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 179 ------Outro pesquisador do assunto, Henry Jenkins (2009), Jenkins Henry assunto, do pesquisador Outro A “contribuição” de que fala Proulx é, por definição, Destacamos a última delas para compreendermos as compreendermos a última Destacamos delas para Proulx (2013a; 2013b) aponta para mudanças no siste mudanças no aponta para 2013b) (2013a; Proulx do em cartazes em protestos contra os EUA no Oriente Médio. no Oriente EUA os contra em protestos em cartazes do da imagem, pelo criador prevista sido não havia Essa amálgama circuitos da cultura popular e da política, como no exemplo popular e da política, no exemplo como da cultura circuitos de imagens de um persona uma colagem amadora oferecido: gem da Vila Sésamo e de Osama Bin Laden acabou aparecen o que indivíduos produzem coletivamente. Embora sua inter Embora coletivamente. produzem o que indivíduos entre sobreposições encontra Jenkins fãs, os enfoque pretação interessa-se mais pelo sentido simbólico dessas agremiações. agremiações. mais pelo dessas simbólico sentido interessa-se representar para participativa” “cultura Ele utiliza a expressão empresários, que encontram nos rastros deixados por eles no por deixados nos rastros que encontram empresários, de digital uma de mapear os interesses possibilidade ambiente 2013a). consumo (PROULX, víduos buscam nessa forma de trabalho, se aperfeiçoamento, aperfeiçoamento, se trabalho, de buscam nessa forma víduos mas sua reconhecimento, colaboradores, com outros interação os para quanto a sociedade para tanto associação é produtiva não remunerada. Assim são projetos coletivos como a Wikipédia coletivos Assim são projetos não remunerada. ou as ações que fãs desenvolvem. Não fica claro o que os indi um novo estágio do capitalismo, defendido por uma corrente, e a e uma corrente, por capitalismo, defendido do estágio um novo defen mercantis, das relações possibilidade de um mundo fora utópica. dida por outra, ações de fãs em relação a Harry Potter. Presenciaríamos um um Presenciaríamos Potter. a Harry em relação de fãs ações e outra mercantil uma perspectiva entre de embate momento ativista. Proulx salienta nessa indefinição uma bifurcação entre produção; matematização do mundo; propriedade do código in código do propriedade mundo; do matematização produção; da contribuição. e economia empresas; grandes por formacional divíduos. O pesquisador desenha o capitalismo contemporâneo O o capitalismo desenha pesquisador contemporâneo divíduos. de digitalização modos dos características: com base em quatro 2.2 Mutação do capitalismo 2.2 Mutação in dos atribuições novas das a partir surgem que ma econômico explicar o funcionamento dos dispositivos: ele incluiria também ele incluiria também dispositivos: dos o funcionamento explicar pensá-los. para semiodiscursiva a camada fendida por Braga no sentido de articular tecnologia e invenção e invenção tecnologia articular de sentido no Braga por fendida para aspecto aponta outro (2006) análises,social nas Ferreira 180 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados a segunda corresponde a uma perspectiva de ordem filosófica, ordem de perspectiva uma a corresponde segunda a a umcontexto sociológico de dominação e resistência, enquanto trabalhadopor eletem duasacepções.Aprimeira diz respeito cidade de agir noambiente circuitos para osindivíduos, Proulxse questionasobre capa a 2.3 que aostentavam. erae tampouco compreendida nosentido original poraqueles postamente maisdemocráticos. o quehouve foidesses regimessubstituição a porgovernos su deve sersuperestimado, pois,antessubversão deuma dopoder, queda deregimes autoritários durante aPrimaveraÁrabe não industrial. Também quanto à governança, o episódio recente da essa hegemonia parecetas, lógica com a mais acentuada ainda Microsoft, dentre asmaiores empresas. Nocampodasferramen sob quemcomandaos algoritmos, situandoFacebook, Google e auto-organização,o domínio dosdiscursos mas se encontra há uma não cendo-se de que,mesmonodomínio da internet, sociologia queexalte excessivamente opoder popular, esque dividual organizado. Proulx (2013b) cita afragilidade de uma através dasplataformas digitaisiràsruas exercitar suavoz. -nos umajuventude queparecia dispostaapermanecer nacrítica tações, mascoletivos organizados. Emcertamedida,surpreende 2013, nãosãomaisinstituiçõestradicionais apromover manifes tônomo. Agora, comonogrande protesto brasileiro emjunhode de forma banal,teriam conduzidoaumlevante popular. nifestações populares contra ogoverno tunisiano, que,iniciadas de grandes proporções. Proulx(2013b) cita oexemplo das ma Istoorganização é,a emredesde desencadear écapaz eventos duo conectado écapazde produzir efeitos além dos circuitos. trabalhaas possibilidades de mudança social.Oagirdo indiví inspirada emEspinozaebaseadanapotência criativa doser. Empowerment Mas há riscos Mas ao assumiressapotência dopoder in O “eu”dessageração digitaldefende oanonimato eéau É emrelaçãoa esse conceito queoprofessor canadense Nesse contexto de colaboração eformação de novos web . Oconceito de empowerment ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 181 ------mantido por

dos dementadores é conheci dos dementadores do como beijo e assemelha-se a uma sucção. Azkaban é a prisão do mun Azkaban do mágico mencionada no Potter, de Harry livro terceiro são dementadores enquanto os personagens que perse e são capazes guem fugitivos as vítimas até de atemorizar que fiquem insanas. O ataque Figura 1 – Fonte: A Varinha 1 – Fonte: Figura • , este último exemplo se posiciona mais se último exemplo , este ) de Harry Potter pode servir como alter pode servir Potter ) de Harry fanfictions empowerment Alguns desses ativistas resolveram associar sua expres associar resolveram ativistas Alguns desses Os protestos brasileiros de 2013 começaram em São começaram de 2013 brasileiros Os protestos No caso dos fãs, a capacidade de agir deve ser reconhe ser deve de agir a capacidade fãs, dos No caso zação do texto nos cartazes para uma maior compreensão. cartazes para nos zação do texto uma loja de artigos colecionáveis. Embora esse não seja o único não seja o esse Embora colecionáveis. artigos uma loja de a postar conteú especialmente da página, dedicada ela é objeto do sobre a ficção do bruxo. uma jovem Oferecemos contextuali são à narrativa de Harry Potter. Os exemplos a seguir foram reti a seguir foram Os exemplos Potter. de Harry são à narrativa um espaço no Facebook da página A Varinha, rados do país registraram passeatas. A proposta inicial era conter o conter inicial era passeatas. A proposta do país registraram temas público, mas logo outros do transporte da tarifa aumento saúde e educação. em pauta, como Copa do Mundo, entraram Paulo, promovidos pelo Movimento Passe Livre. A manifestação A manifestação Livre. Passe pelo Movimento promovidos Paulo, cidades em junho, quando as maiores dimensões grandes tomou 3.1 Protestos no Brasil 3.1 Protestos 3 Observação sobre os fãs sobre 3 Observação em relação a protestos está mais associado à à está acepção associado mais sociológica a protestos em relação termo do no segundo sentido. portanto à capacidade criativa, em relação 244) descreve como um circuito para elaboração de histórias de histórias elaboração para um circuito como descreve 244) ( derivadas o exposto Enquanto participantes. dos o letramento para nativa cida pelo tipo de comunidade que se forma. Jenkins (2009, p. Jenkins (2009, cida pelo tipo que de comunidade se forma. 182 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados • • doria esenso de justiça. Harry Potterpersonagem éreconhecidoO estuda. sabe por sua Dumbledore é odiretorde Hogwarts, da escolamágica onde cruxes dovilãoVoldemort para derrotá-lo. livro,No último Harry e seus amigos precisam destruir as hor bruxos.objetos Os para sãofundamentais resoluçãoa trama.da Horcruxes são objetos mágicos capazes de de armazenar a alma Figura 3-Fonte: AVarinha Figura 2-Fonte: AVarinha - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 183 ------do horcruxes e membros que se sentem entusiasmados sentem que se e membros 4 – objetos mágicos que mantinham o vilão o vilão mágicos que mantinham – objetos Rowling, nós tentamos as destruir nós tentamos Rowling, Harry Potter Alliance é uma união de líderes de de Alliance uma é união de líderes Potter Harry fandom mudanças inspirar para da história com o poder enfrentaram amigos e seus Harry Como sociais. as Artes das Trevas no universo ficcional de JK horcruxes Trata-se de uma organização mantida por fãs da série mantida fãs por uma de organização Trata-se Nos três casos a frustração é política. Podemos dizer que dizer é política. Podemos casos a frustração Nos três As reclamações são diversas. Na figura 1, as expres Podemos entender que a associação dos ativistas à sé dos ativistas que a associação entender Podemos determinada série. É uma contração de domínio de fãs. série. É uma contração determinada Fandom é um termo utilizado para descrever o domínio de atuação dos fãs de de atuação o domínio fãs dos descrever utilizado para é um termo Fandom Harry Potter Alliance Harry Potter 4 gina oficial consta: que se dedica a temas sociais. Na descrição do grupo em sua pá Na descrição sociais. a temas que se dedica o que revela o tom de brincadeira esboçado nos protestos. de brincadeira o tom o que revela 3.2 seu período no poder. criativa, questionados de maneira estão sendo os representantes O cartaz menciona Dilma e a coloca no papel de vilã. O texto Dilma e a coloca no papel de vilã. O texto menciona O cartaz que as fala – que ela possui estão acabando e logo terminará vivo original sugere uma frustração com o preço de algum produto, prova produto, de algum com o preço uma frustração sugere ou a corrupção do público, de transporte as tarifas velmente país. Somente na figura 2 é tornado explícito o destinatário. interpretação possível de descontentamento com a classe po com a classe descontentamento de possível interpretação na Também exploradora. vista como uma elite lítica brasileira, figura 3, não fica claro o sentido da mensagem, mas o cifrão sões “sermos sugados” e “dementadores” apontam para uma uma apontam para e “dementadores” sugados” sões “sermos contexto do cartaz. Eles funcionam aparentemente como ex aparentemente Eles funcionam do cartaz. contexto as manifestações e põem entre de alguns fãs individual pressão popular. da cultura com narrativa um intertexto dos brasileiros vem a menção a personagens, locais e objetos da narrativa. Em Em da narrativa. e objetos locais a menção a personagens, vem dos li conhecimento exigem as referências os exemplos, todos do partir a interpretá-las possa leitor o que para filmes ou vros rie é restrita a texto nos exemplos trazidos. As criações envol As criações trazidos. nos exemplos a texto rie é restrita 184 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados colates. Osfãs interessados podemsubscrever um abaixo-as Brothers, aoferecer informações sobre aorigemdeseuscho tém umacampanhapara mobilizaraempresa, ligada àWarner tora dechocolates comamarca deHarry Potter. AHPA man A organização questionaatransparência daempresa produ trabalho infantil nasplantaçõesdecacaunooeste daÁfrica. 6 5 fundamentação. atécontam mesmo com relatórios disponíveis parae consulta terística é odetalhamentodas quais algumas das campanhas, iniciativaspodem serproduzidas que Outradistância. à carac vés das redes. Doações, assinaturas, compartilhamentos são pareceAlliance muito maisligadaformasa deintervenção atra luntário para trabalhar naorganização. te);em dinheiro; doandoquantias eapresentando-se como vo nas redes digitais (Twitter, Facebook eYouTube, respectivamen três modos de contribuir: seguindo, curtindo e inscrevendo-se que organizou umreferendo sobre otema. panha de casamento entre pessoas do mesmo sexo no Maine, a segunda, EqualityFTW: Vote 2012, angariou fundos para cam nos EUA,onde foi local sediadaconvenção a da série, Leakycon; participantes de um projeto educativo nacidade de Portland, edição (2013)ta arrecadou livros para doar a criançascarentes Accio Books, naverdadee nes anual, constitui umacampanha do coletivo. Para citarmos as duasmaisrecentes: a primeira, normas detrabalho. seus próprios chocolates comselodequalidadeerespeito às sinado endereçado aoestúdio.Alémdisso,ogrupoproduziu Tradução livre doautor. Neologismoapartir dotermo inglês Em comparação comoexemplo anterior, aHarry Potter A HPA fornece, além das campanhas específicas, outros anterioresCampanhas podemserchecadasnoacervo A últimacampanhadogrupoécontra aexploração de violações dosdireitos humanos. mundo-realcomo desigualdade,iletramento "illiteracy" . 6 5 e ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 185 ------, dos fãs, os aficiona os fãs, dos , empowerment Ainda que a confecção de cartazes não represente a ple de cartazes não represente Ainda que a confecção Os dois objetos empíricos apresentados trazem rela trazem apresentados empíricos Os objetos dois Há nesse processo a formação de um circuito de fãs. É de fãs. de um circuito a formação processo Há nesse Se, por um lado, as imagens do Brasil são expressão são expressão Brasil um lado, as imagens do Se, por São duas as possibilidades de intervenção política política es São de intervenção duas as possibilidades dos demonstram seu potencial de organização e intervenção no no e intervenção de organização seu potencial demonstram dos Alliance, o Potter na Harry mais aprofundada maneira mundo de da HPA não tem intenção de lucro. intenção não tem da HPA nitude da capacidadede agir, sobretudo no segundo exemplo, com vigor. A colaboração pro A colaboração com vigor. exemplo, no segundo sobretudo o trabalho que, em princípio, político, sendo duz um resultado ções com a mutação do capitalismo de que fala Proulx. Não so Proulx. ções com a mutação do capitalismo fala de que mercado, do um objeto de no domínio estamos porque mente da contribuição aparece, da economia o fenômeno mas porque devemos tratar as situações expostas como exceções dentre as dentre como exceções as situações expostas tratar devemos por fãs. ações promovidas mas que produz sentidos legitimados por outros atores. Ainda, atores. legitimados por outros sentidos mas que produz como uma de entretenimento, cadeia se estrutura circuito esse Contudo, observar. pudemos crítica, como mas ocasionalmente dos publicados. pequeno e não consolidado, circuito um de que tratamos claro fluidez também pode ser observada na Harry Potter Alliance. Lá Alliance. Potter Harry na observada ser pode também fluidez nas interessados solicitam a participação dos organizadores os conteú os circular fazer que possam grupo para do sociais redes ram coletadas a partir de uma página no Facebook, A Varinha. A Varinha. uma página a partir de coletadas no Facebook, ram momentos: dois apresenta portanto, cartazes, dos A circulação digitais. Essa nas redes segundo, passeatas; e o nas o primeiro, individual durante as manifestações de junho, por outro elas fo outro por junho, de as manifestações durante individual ra popular. Já com a Harry Potter Alliance vemos um programa um programa Alliance vemos Potter a Harry Já com popular. ra suas ações se atuação continuado de embora com base na série, diversificadas. jam por si bastante sentada esclarece nossa concepção. Nos protestos brasileiros, brasileiros, protestos concepção. Nos nossa esclarece sentada pública manifestação de factual uma circunstância observamos com a cultu crítica em intertexto transformam em que jovens tudadas. Se corremos o risco de ampliar em demasia o conceito o conceito ampliar demasia em de risco o Se corremos tudadas. apre cada situação de contexto o que entendemos “político”, de 4 Problematização 186 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Considerações finais organizações políticasmaiscomplexas. ou coletiva,dual éumelemento relevante para pensarmos em mercialde seus seriados favoritos –, massuaexpressão, indivi eles estariammaisinclinadosaocontrário, amanter a oferta co tionar omercantilismoatravés dasaçõesdosfãsverdade,na – segundo caso descrito. Nãochegamos tãolongeaponto de ques as narrativas deorigem. de fazer associações distanciadas emesmo incompatíveis com risco o correm fãs os não se afins, temas latentes possuir sitam que pretendem servir para umavisão de política mundo neces enredo de Harry Potter. Épreciso dizer, então,que asnarrativas que defendena partir deapropriaçõescidadania a a livres do mas, nolimite, modelo deatuação, pági não passadeuma ela de alcance internacional daHarry Pottersão umbom Alliance surge etornados fãs amilitância descontraída. Jáos programas consequências de suas ações; possivelmente por isso, o humor exemploorigem. O brasileiro parece menospreocupado comas do-se àqueles queentendemmínimo sobre um narrativa a de lítica dominante. efêmeras, masquestionamdemaneiracriativa os valores dapo Provavelmente intervenções similares sejam àsqueanalisamos ação àmedida queexperimenta essas formas de expressão. parecevez estarcada maisconscientecapacidade de desua Harry Potternado a ésustentadogeraçãopor uma que digital mesmo respaldo porparte deseusfãs.movimento O relacio forma derecepção naera dasredes digitais? chegadoexperiência atal comsuasséries. novaSeria essauma fã-clubesculturasão uma haviamdo séculopassado,masnão parece não estarnemdentro, nem fora dalógicado mercado. Os ciosa, ainterpretação darealidade segundo uma moralficcional sujeito pelo contemporâneo.da recepçãoclássica Longedaatribuição silen produzida social crítica e ficção entre conjunção O público dessasO público abordagens é limitado, restringin Provavelmente outras séries a seguir encontrarão o perguntasAlgumas ganham se estudaressa sentido ao ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 187 . - - >. >. 23 . Belo http://www. . São Paulo: Aleph, . São Paulo: http://thehpalliance.org Conferência ministrada ministrada Conferência . >. Acesso em: 10 jul. 2015. >. Acesso – Encontro da XVII Compós. – Encontro Sociologia da Comunicação http://www.bbc.co.uk/news/ : Palgrave Macmillan, Palgrave New York: . Acesso em: 10 jul. 2015. Acesso http://www.imdb.com/title/tt3183660 >. Disponível em: < em: Disponível , São Paulo: Faculdade Cásper Libero, n. Libero, Cásper Faculdade , São Paulo: Harry Potter: The story of a global busi of a global The story Harry Potter: Cultura da convergência Cultura La puissance d’agir des citoyens dans un d’agir des citoyens La puissance Libero Entre o sensível e a Comunicação o sensível Entre Último acesso: 10 jul. 2015. em: < Disponível Último acesso: 10 jul. 2015. monde fortement connecté monde fortement 2013b. em São Leopoldo, Unisinos, abr. 2006. Loyola, São Paulo, 2008. 2009. 2013a. 8 abr. em Ciências da Comunicação, Unisinos, ness phenomenon entertainment-arts-13889578 Bruno Souza; MENDONÇA, LEAL, GUIMARÃES, César; Carlos. jun. 2011. Acessível em: < jun. Acessível 2011. 17, p. 137-145, jun. 2006. Disponível em: < 17, p. jun. 137-145, 2006. Disponível revistas.univerciencia.org/index.php/libero/article/ view/6112/5572 Jr., Jeder; MATTOS, Maria Ângela; JACKS, Nilda (Orgs.). Nilda (Orgs.). Maria Ângela; JACKS, MATTOS, Jeder; Jr., e Midiatização Mediações 2012. p. 31-52. Edufba, Salvador: diáticos. Horizonte: Autêntica Editora, 2010. p. 73-88. 2010. Editora, Autêntica Horizonte: The Harry Potter Alliance. Potter Harry The Habitam. e onde Database. Animais Fantásticos Movie Internet Sites consultados: Sites PROULX, Serge; BRETON, Phillipe. BRETON, Serge; PROULX, PROULX, Serge. Serge. PROULX, PROULX, Serge. Aula inaugural do Programa de Pós-Graduação Pós-Graduação de Programa do inaugural Aula Serge. PROULX, JENKINS, Henry. JENKINS, Henry. GUNELIUS, Susan. FERREIRA, Jairo. Uma abordagem triádica dos dispositivos mi dispositivos triádica dos Uma abordagem FERREIRA, Jairo. BRAGA, José Luiz. Circuitos versus Campos Sociais. In: JANOTTI In: JANOTTI Campos Sociais. versus Luiz. Circuitos José BRAGA, BRAGA, José Luiz. Experiência estética e mediatização. In: mediatização. In: e estética Experiência Luiz. José BRAGA, BBC NEWS [online]. Harry Potter series to be sold as e-books. be sold as e-books. to series BBC NEWS [online]. Potter Harry Referências

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 189 1 ------. Marcelo Salcedo Gomes Salcedo Marcelo http://lattes.cnpq.br/0758076748802398 . CV: . CV: midiatizadas sociedade em rede, midiatização, manifesta em rede, sociedade mediatized microrevolutions O presente ensaio tematiza o papel digi das mídias tematiza ensaio O presente na linha de pesquisa Mídias e Processos Audiovisuais. Mestre pelo mesmo pelo mesmo Mestre Audiovisuais. e Processos Mídias pesquisa na linha de Sociais. Bacharel na linha de pesquisa Midiatização e Processos programa, em Jornalismo e [email protected] Fotografia Instrumental. E-mail para contato: E-mail: Doutorando do PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos, com estudos com da Unisinos, da Comunicação Ciências em PPG do Doutorando The untimely June 2013, wisps of hope in June 2013, wisps of hope The untimely de esperança em microrrevoluções em microrrevoluções de esperança 2013, fiapos junho de O intempestivo 1 políticas do século XX. Palavras-chave: ções no Brasil. próprias demandas em confluência com um sentimento de insa de sentimento um com confluência em demandas próprias susten sociais e injustiças com as contradições global tisfação nas formas tadas pelo modelo capitalista de consumo e forjadas sileiro. Nossa proposição é que “microrrevoluções midiatizadas” midiatizadas” é que “microrrevoluções proposição Nossa sileiro. e poten afetado do mundo têm lugares em curso nos diversos que buscam sanar suas brasileiros, cializado a indignação dos temporâneo, proposta por Proulx (2012), buscamos entender buscamos entender (2012), Proulx por proposta temporâneo, como TIC das e apropriações usos dos algumas características bra política do movimento resistência da de construção meios tais nas manifestações que ocorreram no mês de junho de 2013 que ocorreram tais nas manifestações da informação uma crítica das tecnologias A partir de no Brasil. capitalismo das mutações do con e comunicação sob o prisma Resumo: Resumo: 190 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados with a sense of globala with dissatisfaction the contradictionswith Braziliansremedyseeking for theirowndemands inconfluence of theworld have affected andpotentiatedof theindignation “mediatized microrevolutions”in variousplace taking parts cal strength intheBrazilian movement. Ourproposition is that the useandappropriationmeans ofbuildingpoliti of ICT asa Proulx(2012),we seekto understandsomecharacteristics of the light of changes in contemporaryproposed capitalism, by a review of the information andcommunicationtechnologies in demonstrationstook that in June2013 placeinBrazil. Basedon Abstract: 2 ou aassociaçõesinstitucionalizadas). ranças instituídas, com renúncia a filiações partidárias, sindicais na internet) e comaperformance dos atores sociais (sem lide e apropriações dasTICparaformaçãoa deredes de resistência esteve relacionada comaforma de organização (apartir do uso a realidade socialdo país. Anovidade desta grande mobilização formade noticiarosacontecimentos monolítica eversar sobre foramção, surpreendidos críticas dosmanifestantespelas sua à chamada “mídiacorporativa”e dominamomercado dainforma tórica. Até mesmoos conglomerados midiáticos,queformam a à passividadediante da maioriapopulação dacorrupção his pessoas tomouque públicos mobilizando milhõesde asruasdopaís, do Brasil.nal onda demanifestaçõesA pormelhores serviços co nahistória sociale,por política, quenãodizer, comunicacio 1 Olevante daindignaçãonoBrasil Brazil. Keywords sumption andforged inthepoliticalforms ofthe20 and social injustices sustained bymodel of thecapitalist con Quase 2 milhõesdebrasileiros Quase participaramde manifestações em438cidades ago. 2013. brasileiros-participaram-de-manifestacoes-em-438-cidades < (AGÊNCIA BRASIL. http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-06-21/quase-2-milhoes-de- 2 , deixou, atônitos ospolíticosbrasileiros, acostumados O mês de junho 2013 pode ser considerado ummar This paper thematizes the rolethematizes the Thispaper the in media of digital : networksociety, mediatization,demonstrations in Correio Brasiliense , 21dejunho2013). Disponívelem: >. Acesso em: 14 th century. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 191 ------Mediação e Mediação , tentativas, operacionaliza , tentativas, 3 , bancos, multinacionais, revendedoras de , bancos, multinacionais, revendedoras , propõe uma discussão teórica e metodológica sobre os termos os termos sobre e metodológica uma teórica discussão , propõe fast food O movimento brasileiro, salvo suas particularidades, suas particularidades, salvo brasileiro, O movimento Diante de tal cenário, o presente artigo objetiva pro objetiva artigo de tal o presente cenário, Diante ao longo dos últimos anos. O livro da Compós 2012, cujo título é 2012, da Compós últimosanos. O livro ao longo dos mediatização entende trabalho, sólidas. Neste bases epistemológicas construir tentar para como (2010), e Ferreira (2010) Neto Fausto como a midiatização, assim mos hu interação de o modo que altera sócio-tecno-discursiva uma reorganização constrói se inteligível qual no a realidade ambiente mana e constitui um novo própria da fluxo o segundo e circulação da dinâmica na midiáticos processos via de incompletude. características que ainda apresenta processo rede, O termo midiatização tem ganhado destaque nas pesquisas em comunicação em nas pesquisas destaque ganhado tem midiatização O termo 3 (restaurantes (restaurantes enquan ao lucro como simbólica de repúdio etc.), automóveis, to finalidade última da sociedade, com a tentativa de organizar tratégia de mobilização em protestos denominada Blackdenominada Bloc, mobilização em protestos de tratégia policial a repressão contra resistência em oferecer que consiste de destruição de ícones do capitalismo performances e fazer centralização das pautas reivindicatórias (que, genericamente, (que, genericamente, das pautas reivindicatórias centralização e par da construção de um mundo mais justo em torno giram da es manifestantes, dos e a adoção, por uma parte ticipativo) internet, sobretudo, das “redes de relacionamento” (Twitter, (Twitter, relacionamento” de “redes das internet, sobretudo, de representatividade nas formas a descrença etc.), Facebook, de partidos, a ausência oficiais, de a líderes des política através nos Indignados da Europa (Espanha, Grécia, Portugal e Itália) Portugal (Espanha, Grécia, Indignados da Europa nos outros, e em muitos em 2011 Street Wall no Occupy em 2011, comuns a mobilização a partir da como características que têm como se viu nas manifestações contra o encontro da OMC o encontro contra manifestações se viu nas como em Seattle 1999, no ano de Mundial do Comércio) (Organização convergiu com uma postura que vinha sendo adotada em pro adotada sendo que vinha com uma postura convergiu a década de 1990, desde pelo menos no mundo todo testos de de vida em detrimento do consumo, alvitramos a ocorrência a ocorrência do consumo, alvitramos de vida em detrimento de midiatizadas” de “microrrevoluções anônima e global. das por uma resistência esgotamento do modelo capitalista do modelo tal hoje como o conhecemos esgotamento ques que contemplem políticas propostas de e uma emergência da humanos e de melhoria qualida ambientais, de direitos tões (2012) quando aventa uma crítica das tecnologias da informa das tecnologias uma crítica quando aventa (2012) ção e comunicação das mutações (TIC) sob o prisma capi do que há um como premissa Tomando talismo contemporâneo. por um debate sobre algumas questões já levantadas por Proulx Proulx por já levantadas algumas questões sobre por um debate 192 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados lista moderna.lista Épossível falarnovade uma forma de cidadania ciências eaberrações sociais eeconômicasdasociedade capita defi as suplantar visa que participação da cultura de modelo mediada porcomputador( organizam apartirdasmídiassociais. líticas quese enunciam ácratas noBrasil contemporâneo e se o queestáemdiscussão aqui éoineditismo de experiências po das pessoas (no casodaperformanceBloc, por exemplo), Black sultado de suas ações seja considerado arbitrário por boa parte um “poder cidadão” atravéscatalisado dasTIC.Mesmoqueore sentidos (FERREIRA, 2005,2007). der a complexidade das disputassimbólicaseda construção dos em portais do dito “jornalismotradicional”),procurando enten de governos,institucional academia emídiacorporativa (vistos compartilhamento, blogsepequenos websites) quanto davisão principalmenteredes nas de relacionamento, plataformas de ções entre osmanifestantes eseussimpatizantes (encontrada intera das tanto dicotomia flagrante a mostraram nos que tos momento emqueestavamocorrendo, procurando porfragmen materiais relativos aos protestos encontrados na internet no cidadania maisefetiva elegítima. apropriaçãode uma maiscríticadasmídiasemprolde uma pergunta,esta verdade,na étentarcompreender possibilida a resistêncianos protestos política brasileiros? Tentar responder foide saber: qual das TIC e dainternet opapel naformação da protestarnestede 2013. emjunho É sentidoquegostaríamos trução daresistência do movimento brasileiro quefoi àsruas rísticas dos usos e apropriações das TIC como meios de cons para traçarmos, mesmo que incipientemente, caracte algumas ensaio, masquesãotomadascomo questões aqui dehorizonte tantesteríamos quenão condições de responder neste pequeno web tes dapotênciapoder deum cidadãoquepassadasplataformas dadãos nasmanifestações?os atores Estariam sociais conscien novas formas autênticas do agir político?Oquebuscavam os ci assegure que expressão de espaço um configurar podem ternet midiática apartirdasTIC?Asplataformas de participação dain

paraefetivas?ações políticas Essassãoperguntasimpor Paraempreendimento, tal a circulação analisamos de Resta-nos saber como estaexpansãoda comunicação peer-to-peer ) potencializa umnovo ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 193 ------A resistência nos protestos do Brasil se organizou em se organizou do Brasil nos protestos A resistência Isto Isto não significa que haja, automaticamente, uma re Nossa proposição central que, na é em que medida central proposição Nossa interagiram nas redes de relacionamento, trocaram informações informações trocaram relacionamento, de nas redes interagiram de divulga materiais produziram do protesto, os motivos sobre ções, gritando palavras de ordem, resistindo à repressão policial à repressão resistindo ordem, de gritando palavras ções, quais o Black em blocos, dos Bloc é a ex da organização através da internet usuários de milhões outro, Por mais radical. pressão nica, que consistiu na mobilização através da internet. Por um da internet. Por nica, que consistiu na através mobilização ocupando corpos, com seus protestaram sociais atores lado, os portando cartazes com múltiplas reivindica o espaço urbano, duas frentes principais, quais foram: uma sócio-operacional, fei uma sócio-operacional, foram: quais principais, duas frentes às ruas, e uma sociotéc que saíram pessoas de ta pelos milhares reforçar crenças cristalizadas sem nenhuma cristalizadas possibilidade de crenças reforçar comuns. de objetivos negociação em prol tornam problemas quando passam a ser referência de cidadania cidadania de referência quando passam a ser problemas tornam é a pola na web surgido problema Ou, ainda, outro na internet). na antagônicos qual só fazem os discursos radicais, dos rização a percepção do agir político a um universo do entretenimento do entretenimento do agir político a um universo a percepção re de redes fãs, de a cultura como fenômenos acentuado por (que não em si, mas que se são ruins etc. games, lacionamento, por Proulx (2012) é o desenvolvimento do que o autor chama do que o autor é o desenvolvimento (2012) por Proulx in causada pela alienação próprios dos de “pseudodemocracia”, populistas” que reduzem em “desvios perdem que se ternautas sistência sistência organizada e eficiente por parte que a web, de tecnodeterminista na ideia problemas Há muitos dos atores sociais. já colocados problemas grandes Um dos a revolução. por si, fará cessidade da convocação de partidos políticos ou sindicatos, ou políticos ou sindicatos, partidos de convocação da cessidade o papel das instituições mediadoras. seja, diminuiu-se obterem informação independentemente dos meios de de dos meios comuni independentemente informação obterem sem a necessidade de se auto-organizarem cação tradicionais, sem a ne nos espaços urbanos de se mobilizarem de lideranças, monopólio informacional das instituições midiáticas se enfra midiáticas das instituições informacional monopólio ten existentes, modelos obsolescência dos quecem pela própria pessoas as de a possibilidade Criou-se pelo ambiente. sionados pectiva que adotamos aqui, começam a produzir comunica a produzir aqui, começam que adotamos pectiva 2010; NETO, (FAUSTO as lógicas de mídia ção apreendendo política e o FERREIRA, a 2011), da representação legitimidade os atores tomam consciência da midiatização, ou seja, na pers ou seja, da midiatização, consciência tomam atores os 194 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados “Diretas Já” dos movimentospopular históricos de luta do Brasil como o neamente,característica sendoprincipal a comum(quedifere que fomentaram aindamaisomovimento. das ruasedivulgando informações sigilosas sobre ogoverno, nicação, postandomensagensdeconvergência comosprotestos são dewebsites governamentais edegrandes gruposdecomu grupos dehackers, em especialoAnonymous, atuaraminva na criaram mídias alternativas para noticiar os acontecimentos, e ção dasideiaseplataformas emblogs de compartilhamento, 6 5 4 contemporâneo (PROULX, 2012). este código estaria nocentro datransformação do capitalismo valecimento econômico das organizaçõesvisto capitalistas, que gos informáticos, poderia resistir, de forma efetiva, contra opro esperança na figura do hacker, que, pelo conhecimento dos códi manifestantes, a maioria “nativos digitais” receu deformamuito expressivanas manifestações Os derua. que se tornou símbolodo Anonymous em todo o mundoe apa 2008), Vingança, de V filme e HQ (do FawkesGuy personagem Bloc (proibidosBlack máscara estados), seja pela em alguns do máscaras degásadotados pelosativistas epassa-montanhas através da resistência anônima,sejanorosto coberto por lenços, SegundoPalfrey (2011), o termo foi cunhadoporMarc Prensky paradenominar “Após muitos anos de ditadura militareeleições indiretas para presidente, “Diretas Jáfoi umdos movimentosda história demaiorparticipaçãopopular do ram seadaptardouso dopapelpara ousodatela. em 1995. cial Faz adistinçãoemrelação aos“imigrantes digitais”que precisa parte davivência doindivíduo, notadamente após o advento da internet comer aqueles quenasceramambienteem um as tecnologias noqual digitaisfazem ago. 2013). < presidente.”(GASPARETO JUNIOR, Antonio. ForaCollor, 2013. Disponívelem: ram àsruas [em 1992] com as caras pintadaspara protestar contra o corrupto em seu governo,‘Fora a campanha Collor’mobilizoumuitos estudantes quesaí presidente Fernando Collor de Melo. Acusado de corrupção e esquemas ilegais tomoupopular campanha uma ruas para as pedir oafastamento docargodo ja/ Diretas2013. já, Disponível em:< que foi às ruaspara pedir a voltadas eleições diretas.” (DUARTE, Lidiane. e PDSe,empoucotempo,o apoiodospartidosPMDB da população, simpatia a eleições diretaspara o cargo dePresidente daRepública.ganhouA campanha Brasil. Teve início em 1983, no governo de Figueiredo,João Batista e propunha http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/fora-collor/ >. Acesso em:10ago.2013). Nesta perspectiva, asduasfrentes atuaram simulta 4 eo“Fora Collor” 5 http://www.infoescola.com/historia/diretas- ) a busca por umfortalecimento) abusca 6 , parecem depositar >. Acesso em: 10 ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 195 ------Por outro lado, Andre Gorz (1997, 2003) assume uma 2003) (1997, Gorz Andre lado, outro Por Por um lado, Antonio Negri (1996) defende o argumen defende (1996) Negri um lado, Antonio Por De acordo com Proulx (2012), o capitalismo o passou (2012), com Proulx De acordo comunicacionais construídas fora das leis do mercado. Haveria a necessidade de a necessidade Haveria mercado. leis do das fora construídas na em que a auto medida uma libertação humana do trabalho apenas transformação dos meios de produção, sua proposta é sua proposta produção, de meios dos apenas transformação pós pensar em uma saída do capitalismo rumo a uma utopia seriam sociais em que as relações uma sociedade -mercantil, talista, que inevitavelmente o levará ao colapso, até mesmo por mesmo ao colapso, até o levará talista, que inevitavelmente que surge a dificuldade de se monetizar o Em intangível. vez de postura mais radical, e sua tese é que a emergência do que cha do que a emergência é sua tese e radical, mais postura ma de “trabalho imaterial” significa uma crise no sistema capi que as máquinas e a organização do trabalho, como era na fase na fase como era do trabalho, que as máquinas e a organização um empreendimento passa a ser a empresa industrial. Assim, é o conhecimento. central já que o valor coletivo, trabalhadores que é capaz de inventar e produzir. Neste cenário, Neste e produzir. que é capaz de inventar trabalhadores acumulação de das organizações, há uma mudança nas formas do a criatividade e conhecimento o mais que passam a valorizar nitivo”, na qual a “potência subjetiva” dos trabalhadores é capaz dos trabalhadores subjetiva” na qual a “potência nitivo”, o que Negri cha e formar produção de os modos de transformar dos coletiva inteligência de uma espécie geral”, “intelecto ma de luz de duas importantes interpretações. interpretações. luz de duas importantes denominada “capitalismo cog de que há uma transformação to exigem do trabalhador seus conhecimentos e sua subjetivida conhecimentos seus do trabalhador exigem por Gollain inspirado (2012), Proulx quadro, deste de. Diante à analisa (2010), as mutações do capitalismo contemporâneo ve o surgimento da ideia de consumo como bem-estar social; e bem-estar social; como consumo de da ideia o surgimento ve o presente), até 1975 (de ou imaterial o capitalismo cognitivo em se que passa a ser intangível, em que o trabalho momento física dos trabalhadores; o compromisso fordista (1945-1975), humano se estabelecia das máqui ritmo pelo no qual o trabalho e hou salários maiores a ganhar passaram nas, trabalhadores (1750-1945), caracterizado pela obtenção de lucro com base com de lucro pela obtenção caracterizado (1750-1945), pela força mensurado das fábricas do trabalho na organização por três fases de desenvolvimento: o capitalismo o capitalismo industrial de desenvolvimento: fases por três fluxos nos práticas novas e 2 Capitalismos 196 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados visam definir os termos de uso e apropriações das mídias digi mídias das apropriações e uso de termos os definir visam através práticasde algumas revolucionárias do agir políticoque produção,na possibilidade mastambém da saídado capitalismo das TICnospermitelítica novo pensarnãosóemum modode a leitura feita por Proulx(2012), seja: queumacríticaqual po dade dotempo livre”. vez parade capacitação maistrabalho,formando assim a “socie nos poderiam usarsuasaptidões e capacidadespara olazerem ao contrário do que os empregadores desejam, os seres huma mação industrial reduziria as atividades do negócio produtivo e, 8 7 e julhode2013,encontramos fragmentos deumanova forma que circularamriais durante pelainternet, meses dejunhoos festações nosespaçosurbanos. Ao analisarmosalgunsmate tico nasmídiasdigitaisocorrendo simultaneamente àsmani nho de2013,houve indíciosdestastrês formas deagirpolí 3 Vem pra Rua, oGigante Acordou, aMídiaNinja vre, Wikileaks, Anonymous, etc. extinçãocomo ascomunidades de softwaredo capitalismo, li de “dissidentes digitais”,utopiaa que buscam pós-mercado ea cem poder. Aterceira forma seria aquilo queGorz (2003) chama exer organizações as como forma a e informações das fluxo o pectivae transformaçãode adaptação mudando docapitalismo faz ogrupocanadenseAdbusters gens ediscursos, através do usocriativo dastecnologias,como forma consiste na reconfiguração simbólica nas narrativas, ima acesso e apropriação socialdastecnologiassegunda digitais; a Communatique popular cas: Proulx tais. Oautor aponta três formas de agir segundo análises empíri cobriu eoAnonymous hackeou Ver maisnowebsite doAdbuster.Disponível em: < Ver maisnowebsiteDisponível doCommunatique. em: < org nautique.qc.ca />. Acesso em:10ago.2013. Podemos dizerque,nosprotestos brasileiros deju destesSob aótica dois pensamentos, acompanhamos et al et . (2008) analisam as práticas. (2008) analisam dogrupodemídia />. Acesso em:10ago.2013. 7 , de Quebec, que visa à promoçãovisa à que de Quebec, , de 8 , quetrabalhaem umapers https://www.adbusters. http://www.commu ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 197 ------e as ações e as ações

, noção proposta , noção proposta 9 A primeira forma de agir político, nos termos de Proulx de Proulx de agir político, nos termos forma A primeira tinção de dispositivo no campo da comunicação (tecnologia) e da teoria social social e da teoria no campo da comunicação (tecnologia) tinção de dispositivo e re “triádico como dispositivo o Propõe Guattari). Deleuze, (Foucault, crítica no campo da comunicação ao defen operacional o conceito lacional” e torna que se autode dimensões três que contém investigação de dê-lo como objeto ou, por ou e tecnotecnológica, semiolinguística socioantropológica, terminam: de e um sistema sociais de relações um sistema uma tecnologia, palavras, tras representação. Ferreira (2006) defende o dispositivo como objeto de investigação e faz a dis e faz de investigação objeto como o dispositivo defende (2006) Ferreira dos oferecidos pelas instituições dominantes. pelas instituições dominantes. dos oferecidos 9 apropriações bem-humoradas de produtos da indústria cultu da indústria de produtos bem-humoradas apropriações a respei (1997) Martín-Barbero assim como já demonstrou ral, diferentes sentidos construir para culturais”, “mediações das to em vista a abrangência da televisão como meio de comunicação de meio como da televisão em vista a abrangência sociais atores que os percebe-se latino-americanos, nos países em contra-hegemônicas cultural resistência de usam estratégias nos cartazes dos manifestantes, “vem pra rua” e “o gigante acor e “o gigante rua” pra “vem manifestantes, dos cartazes nos de marcas em slogans inspiradas foram paradoxalmente, dou”, aberta. da TV Tendo em comerciais circulavam que conhecidas tivas às manifestações e, de modo mais abrangente, na discussão abrangente, mais e, de modo às manifestações tivas através construído cidadão” um “poder de a possibilidade sobre mais utilizadas Duas das frases das TIC. domínio e do acesso do (2012, p. 7), pode ser evidenciada nos usos e apropriações das nos usos e apropriações evidenciada p. 7), pode ser (2012, rela de informações e disseminação produção para sociais redes sociais ou as invasões de sistemas são produzidos com vistas a com vistas a são produzidos de sistemas sociais ou as invasões midiatizados. serem os ataques, na forma de barricadas, às materialidades do poder do poder às materialidades de barricadas, os ataques, na forma ataques. estes simbólica dos sentidos sobre do que a produção nas nas ruas, os discursos mídias o enfrentamento Portanto, apropriar-se dos “dispositivos midiáticos” dos “dispositivos apropriar-se afeta que isto começam a perceber (2006), pois por Ferreira caso, importam menos sociais. Neste os processos diretamente cacional (GOMES, 2010), que é a arena de toda inteligibilida toda de que é a arena (GOMES, 2010), cacional NETO, (FAUSTO contemporâneos discursos de dos múltiplos para dos atores um esforço que houve 2005). É perceptível nas ruas, a construção de sentidos nas redes da web nas ruas, a construção de sentidos nas redes às instituições hackers cibernéticos dos de ataques efetivas comuni ambiência uma nova a ocupação de para convergem de organizar a resistência, “microrrevoluções nas lógicas intra nas lógicas “microrrevoluções resistência, a de organizar dos protestos simbólicas as performances na qual midiáticas”, 198 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados muitas páginas do Facebook e de perfis no Twitter,no perfis de culminando Facebooke do páginas muitas A partirdaí,a#VemPraRuapopularizou-se etornou-se de título cidade de São Paulo, considerado o estopim das manifestações. ao reajuste de 20 centavos na tarifa dapassagemde ônibus da entoavam “vem pra rua, vem, contra oaumento!”, referindo-se com ironia navoz demilhares dejovensruas dopaís,que pelas ressignificada foi frase a entanto, No 2014. de Mundo do Copa Brasileirade Futebol durante momento,naquele a, vindoura va,convocava os cidadãospara ruas torcervir às Seleção pela da marcaautomotiva multinacional Fiat 11 10 das esferas institucionaisdos partidos ou dos governos. Umadas ção corporativos,quais odebate nas se desenvolveu político fora como espaços de interaçãoalternativos aosmeios de comunica mentono Brasil; deindignação outrasmuitas há serviramque partilhamento, websitessurgiramque eblogs partir domovia parteuma em redes das páginas sociais, plataformas decom como #acordabrasil, #NãoaCorrupção,#Changebrazil, etc. positório de conteúdo das diversas redes que se filiaram à causa, se tornou umwebsite comunitário que funcionava como um re do milhõesdepessoasemtorno dotemados protestos. Também Twitter,no perfis mobilizan em e Facebook no criadas páginas simos impostos pagos.A#OGiganteAcordou foi apropriada por e melhores serviços comumusomaiséticodosaltís públicos política corrupção da fim o exigir para cidades pelas caminha e bolicamente representa opovo queacordou de sua hibernação Internautasapropriaram-se destanarrativado gigante sim que transforma-se em umimenso gigante de pedra quesaiandando. cidade doRiodeJaneiroda dos símbolos do Brasil, etambém marca deuísqueJohnnie Walker empregadapublicitária linguagem emumcomercialde TV da informações emobilizaçãocidadã. de divulgação a para lucrativos fins sem site um de criação na com/watch?v=MLU95q0BgQA watch?v=SxMIwZZPlcM Vídeo gigante “O publicitário acordou”. Disponível em: < Vídeo “Vempublicitário pra rua”. Disponível em: < Em tornoEm estão organizadas destas hashtags apenas Da mesmaforma, “ogigante acordou” foi inspirado na “Vem prarua” era estrofea jingle deum >. Acesso em:11ago. 2013. >. Acesso em:11ago.2013. 11 , no qual o Pão, noqual de Açúcar, um 10 que,emsuanarrati http://www.youtube.com/ http://www.youtube.

do comercial ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 199 ------http://bresil. https://twitter. . Este é um grupo de . Este 13 , forçando os grupos proprietários proprietários grupos os , forçando 12 >. Acesso em: 10 ago. 2013. >. Acesso >. Acesso em: 10 ago. 2013. >. Acesso Poderíamos considerar que a segunda forma do agir que a segunda forma considerar Poderíamos Artigo falando sobre a violência policial nos protestos do Brasil, publicado do Brasil, a violência policial nos protestos sobre Artigo falando mais Ver no perfil do Mídia Ninja no Disponível em: Twitter. < no website do Aujourd’hui em 14/06/2013. Disponível em: < em: Disponível em 14/06/2013. Aujourd’hui do no website aujourdhuilemonde.com/sao-paulo-la-4eme-manifestation-marquee-par-les- violences-policieres com/MidiaNINJA

13 12 Record, SBT, Band TV e outras. A vantagem deste serviço, segun serviço, deste A vantagem e outras. Band TV SBT, Record, mostrados eram acontecimentos é que os seus idealizadores, do alternativa à mídia corporativa, principalmente às imagens das principalmente à mídia corporativa, alternativa Rede das quais a gigante do Brasil, de televisão redes grandes máxima, de suas concorrentes seguida Globo seria a expressão transmissão precárias montadas em carrinhos de supermerca montadas em carrinhos precárias transmissão Jornalismo Independentes, Narrativas para do. Ninja é a sigla uma cobertura de a ideia defendiam integrantes e seus e Ação, 2013 transmitindo vídeos das manifestações em tempo real, real, em tempo das manifestações vídeos transmitindo 2013 da internet, usando de compartilhamento pelas plataformas e unidades de como smartphones amadores equipamentos político, tal como propõe Proulx (2012), poderia ser evidencia poderia (2012), Proulx político, tal propõe como Mídia Ninja coletivo do da no surgimento em do Brasil nos protestos que trabalhou jornalistas/ativistas historicamente, costuma dosar interesses empresariais com a empresariais costuma dosar interesses historicamente, de informação”. de “produtos oferta instância mediadora ainda é uma ainda é meta, o pois funciona como instância mediadora jornalístico que, da balança negócio” no “modelo de contrapeso vam a truculência da polícia vam Até fatos. à luz estes país a trazer do comunicação de negócio do como da imprensa busca pelo reconhecimento a porque mesmo vídeos sobre as agressões a todo tipo de manifestantes e jorna tipo de manifestantes a todo as agressões sobre vídeos os veícu dos protestos, a cobertura fazendo listas estavam que que relata matérias produziram internacional los de imprensa tações, dando ênfase às ações de destruição de prédios públicos prédios de destruição ações de às ênfase tações, dando à medida pelo Black Bloc. Entretanto, privadas empresas de e que os próprios atores sociais produziram relatos, e fotografias momento, não fora pauta para as matérias das grandes empre das grandes as matérias pauta para não fora momento, corporativa da mídia narrativas primeiras As jornalísticas. sas das manifes a legitimidade em dúvida pôr de sentido no foram discussões mais controversas esteve relacionada aos casos de de casos aos relacionada esteve controversas mais discussões em um primeiro que, manifestantes, os policial violência contra 200 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados grantes do grupo de“midiativismo”, obtevesevera uma reação este novo modo de cobertura, denominado pelos próprios inte importância nocenário da comunicaçãosocialnoBrasil foi que mando emseusaparelhos. fil estavam Ninja Mídia do transmissor ao ligados ativistas os compartilhamento de vídeos ao vivo TwitCasting que permite internet, direta,visualização a plataformapela de técnicas do material etudoera transmitido gratuitamente pela comum, vivenciando a experiência Não haviano local. edições ao vivo, semcortesmanifestantede visãoum edoângulo 18 17 16 15 14 e aforma definanciamento docoletivo MídiaNinja. (pois não consideraria opiniões divergentes dos manifestantes) técnicaa qualidade atacar do trabalho,a parcialidade política ao PT),foi possível naelaboração de críticas com oobjetivo de PT) e da presidente DilmaRousseff e do Partido dos Trabalhadores, mente antagônicas, improvável congruênciaentre duasdasrevistas maisideologica se autodenominavamos membros docoletivo). Até mesmouma de coberturacríticas aotipo publicar feita pelos Ninjas(como do Brasil,mobilizaram deseusmelhoresalguns para jornalistas Ninja. Osjornais raram textos com oobjetivo de desmoralizar otrabalhodo Mídia dos setores da indústria do jornalismo. Empoucotempo, prolife

Carta Capital 2013. cartacapital.com.br/sociedade/fora-do-eixo-6321.html outro-dentro-do-governo/ -capile-o-lider-da-midia-ninja-vive-entre-dois-mundos-um-pe-fora-do-eixo-o- Disponível em: < o--futuro-desfocado-,1064592,0.htm Disponívelem: < 20 ago.2013. grupo-midia-ninja-e-chamado-de-seita-por-ex-integrante.shtml Disponível em: < 2013. Disponívelem: < Crítica darevista Crítica darevista Artigocriticando o MídiaNinjano Artigocriticando o MídiaNinjana do CanalMídiaNinjanaplataforma de compartilhamento de vídeo Twitcasting. O indício maisevidenteO ganhouNinja dequeoMídia FolhaPaulo deS. http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,midia-ninja-e- http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/08/1324584- 18 http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/pablo http://www.twitcasting.tv/midianinja Veja Carta Capital (quesempre assumiuumapostura de apoio Veja aoprodutor culturalPablo ligadoCapillé, àMídiaNinja. 17 >. Acesso em: 05 set. 2013. >. Acesso em:05set. (quefaz oposição ao governo federal aoMídiaNinja.Disponívelem: < Folha Online >. Acesso em:12ago. 2013. 15 e Estadão Estadão , publicado no dia10/08/2013. , publicado publicado dia 16/08/2013. publicado 16 , dois dos maiores >. Acesso em: 20ago. >. Acesso em: 12ago. 14 , daquiloque >. Acesso em: http://www. - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 201 ------/>. , espé 20 Dilma Rousseff, Dilma Rousseff, >. Acesso em: 12 ago. 12 em: >. Acesso

21 http://foradoeixo.org.br http://www.youtube.com/watch?v=vYgXth http://www.youtube.com/watch?v=vYgXth , exibido ao vivo dia 05 de agosto de 2013 de 2013 agosto de dia 05 ao vivo , exibido 19 http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Avaliacao- >. Acesso em: 12 ago. 2013. >. Acesso Polêmicas à parte, ainda que pertinentes, o mais rele ainda que pertinentes, à parte, Polêmicas O mais emblemático episódio destas críticas se desen se críticas destas episódio emblemático O mais Website do Coletivo Fora do Eixo. Disponível em: < em: Disponível Eixo. do Fora Coletivo do Website publicada 28/07/2013. dia governo, do a avaliação IBOPE sobre do Pesquisa Entrevista dos integrantes do Mídia Ninja ao programa Roda Viva, dia Viva, Roda Mídia Ninja ao programa do integrantes dos Entrevista 05/08/2013. Disponível em: < Disponível 05/08/2013. 8QI8M em: 12 ago. 2013. Acesso em: < Disponível do-governo-Dilma-como-otimo-ou-bom-cai-para-31.aspx 2013.

20 21 19 trabalho dos indivíduos, visto o valor concentrar-se na subjeti concentrar-se o valor visto indivíduos, dos trabalho industrial que sustenta jornalistas e não no parque dos vidade se que o fenômeno dizer poderíamos sentido, Neste a empresa. de produção capitalista, uma vez que foi proposta uma mudança proposta que foi capitalista, uma vez de produção no fluxo das informações a partir das (re)apropriações das tec o sobre da corporação poder nologias digitais, o que diminuiu o vante para nossa análise neste trabalho reside no fato de que no fato reside trabalho nossa análise neste para vante jornalístico, ou pós do trabalho de organização forma uma nova das formas como modelo de transformação -jornalístico, surgiu que caiu 27% após os protestos de junho. que caiu 27% após os protestos tais públicos) – estaria ligado aos interesses do PT, argumento argumento PT, do aos interesses tais públicos) – estaria ligado como tiveram que as manifestações se pensarmos controverso queda da popularidade da presidente a efeito a partir da tese de que o Mídia Ninja – financiado pelo Fora do de advindo por dinheiro sustentado seria (que em parte Eixo edi mediante de cultura projetos para disponibilizadas verbas ção ao PT e sua opinião sobre as ações do Black Bloc, deixando Black as ações do Bloc, deixando sobre ção ao PT e sua opinião que propuseram a inovação sobre discussões pouco espaço para feita foi das perguntas A maioria fatos. os noticiar de na forma des redes de comunicação), pesquisadores e profissionais comunicação de experientes fizeram perguntas sobre a forma de financiamento das operações do Mídia Ninja, sua possível liga Pablo Capillé, um dos gestores do Circuito Fora do Eixo Fora do Circuito Capillé, gestores um dos Pablo cie de rede de coletivos culturais que é o financiador do Mídia jornalistas (das gran da entrevista, parte a maior Ninja. Durante programa Roda Viva Roda programa o jornalista Bruno Ninjas, estavam os pública Entre na TV (TVE). das ruas, e pelas transmissões responsáveis dos um Torturra, volveu em uma entrevista de representantes do Mídia do ao Ninja representantes de em uma entrevista volveu 202 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados justificar o aumentoo tarifasjustificar das transportede moti urbano,que bre afaltade transparência dos governos e das empresas para sas informações sobre os motivosmúltiplos dos protestos e so brasileiro,destinadas ao público oAnonymous divulgoudiver nas redes sociais e de plataformas de compartilhamento daweb amplamente dosprotestos. Através deseuwebsite, depáginas hackers, principalmente do Anonymous Brasil,que participou foiTIC zada pelas em prática colocada dos gruposde ação pela posto porNegri(1996),aindaqueprecário. aproximariacognitivo” deummodelo“capitalismo como pro 23 22 Dilma Rousseff noInstagram VAIBRASIL”.CIMA PRA Neste presidenteda conta dia, a mesmo xouum dar #OGiganteAcordouhoje! vaie impossívelser parar irão noscalar!#BRASIL” e“A TODOS osestados do#Brasil, vamos #LUTAR JUNTOS! @AnonManifest”; “Nemapolíciaenem a Mídia telejornal fascista deladoevenham para asruas hoje,Vamos #rEvolução”; “Aos maisvelhos: DesliguemsuasTVs, deixem o de vocês. A#LUTA CONTINUA #Brasil #OGiganteAcordou #Brasil publicaram quatro twits:“Jornalismo fascista nósnão precisamos cou contra osprotestos. Jácomacontahackeada, osAnonymous de junho,emrepúdio àsmatérias tendenciosas quearevista publi Democrático Brasileiro (PMDB)para postarfotos dosprotestos. o Anonymous hackeou o website oficial do Partido do Movimento atos deviolênciapolicialcontra osmanifestantes. Nodia18junho, 17 dejunhopara apublicaçãodediversos vídeosqueregistravam Cuiabáfoiinvadidade Cidade na Mundo dia do no Copa da oficial Secretaria deEducação deSãoPaulo nodia13dejunho.Apágina as passeatasnasruas.Oprimeiro foi ainvasão dapágina foram realizados durante todo operíodo emqueaconteciam vou oiníciodasgrandes manifestações. no-instagram-hackeada-8724516 no Instagram. Disponível em:< no-twitter-e-hackeada.shtml em: < Artigode Artigoda A conta da revistaconta A Ciberataques awebsites dogoverno edeorganizações viabili político agir de forma terceira a finalmente, E, http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1296409-conta-da-veja- O GloboOnline Folha Online sobre ainvasão daconta daVeja noTwitter. Disponível sobreinvasão a da presidenteda conta Rousseff Dilma Veja >. Acesso em:12ago. 2013. 23 http://oglobo.globo.com/pais/conta-de-dilma- foi hackeada easeguinte mensa > Acesso em:12ago.2013. no Twitterno 22 foi invadida dia 19 no ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 203 ------#AnonymousBrasil, #AnonymousBrasil, hashtags Podemos considerar que a jornada de protestos no mês no que a de protestos jornada considerar Podemos Como acontece em outras partes do mundo, o grupo mundo, do partes em outras acontece Como anônima e global sados, quase todos diferentes entre si, não levou em conta que si, não levou entre diferentes sados, quase todos vista como apartada de um não poderia ser a situação do Brasil malizar” (FOUCAULT, 1996) uma situação sem precedentes fez fez uma 1996) situação sem precedentes malizar” (FOUCAULT, convocados fossem áreas analistas diversas de muitos que com apres prognósticos A maioria dos ocorria. o que explicar para ções sociais que levaram à produção da indignação brasileira. A da indignação brasileira. à produção que levaram sociais ções “nor e esquadrinhar classificar, em industrial mídia da urgência de junho de 2013 no Brasil eclodiu com tamanha potência e in eclodiu com tamanha potência no Brasil de junho de 2013 ime de um problema fruto sido que não ter poderia tensidade condi de complexa configuração uma de mas localizado, e diato 4 A esperança de uma resistência simbólica simbólica de uma resistência 4 A esperança prol de causas justas e tem condições de lutar de igual para igual lutar igual de de para condições causas justas e tem de prol que hoje também da tecnolo depende com um perverso poder se manter. para gia informática te o Anonymous. Os diversos grupos, desde os Black Blocs até os Black grupos, desde Blocs até Os diversos o Anonymous. te parecem pacíficos, atos a pais seus com vão que adolescentes os em age que digital”, “dissidente do figura na confiança depositar palham por várias partes do planeta. O que mais chama atenção do planeta. chama atenção O que mais partes palham por várias manifestantes dos é a adesão brasileiros protestos no caso dos simbolicamen e camisetas que representam nas ruas à máscara pressão e um mundo mais justo. É neste sentido que se aproxima que se aproxima sentido É neste e um mundo mais justo. pressão proposta e “anticapitalista” pós-mercado” uma “utopia mais de as causas indignados que dos se es e corrobora (2003) por Gorz de comunidades online descentralizadas e atuam anonimamen online de comunidades descentralizadas comuns, como a de uma construção alcançar objetivos para te ex de da liberdade a promoção global, da participação cultura Anonymous Brasil é fundamentado na “ética hacker” e se auto se e na “ética hacker” é fundamentado Brasil Anonymous constitui que, na prática, uma como ideia ou conceito descreve em forma organizam que se especialistas de em um conjunto -se mais. O Gigante acordou”, com as acordou”, Gigante mais. O e #Brasil. #OGiganteAcordou #VemPraRua, gem foi publicada: “Senhora presidenta da República, ou a senho ou da República, presidenta “Senhora publicada: foi gem tolerar vamos Nós não parar. vai Brasil coisa ou o alguma faz ra 204 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados este argumento parece ter vindodiretamenteespécie de deuma indignados? Ousereferia aoAnonymous?forma, Dequalquer ausência deautonomianha umacompleta dos próprios política por trás Bloc emPortodo Black Alegre. Será queelepressupu Hora Tarsodo Sul, Genro, quandofez declarações parao jornal piração,tesecomo a dogovernador do estadoRioGrande dade em rede” (CASTELLS, 2007) fez proliferar teorias da cons ascensão deumacultura daparticipaçãovetorizada pelasTIC. fenômenoque vem deindignaçãomundial sendopossívelpela 24 resistêncianos protestos brasileirosprimeira de 2013.A se refe veram presentes nosusos e apropriações das TICcomo forma de as três formas do agir político descritas por Proulx (2012) esti disputa de produção de sentido nas mídias corporativas. Assim, nica, quese pela ocupaçãodas estabeleceumídias digitais epela téc uma e urbanos, centros dos ruas as fisicamente tomou que primavera árabe, etc.), através deduasfrentes: operacional,uma mundo aforapelo (indignados europeus, OccupyWall Street, do Brasilse organizou, assim comomuitos outros movimentos das mídiasdigitais. permitir onascimento denovasformas através doagirpolítico por ocasião daseleições de 2014, dividiram opaísemvez de os discursos radicais eossentimentos deódio que maistarde, dem se expressar tenhainternet, na impulsionadoaindamais dicotômico,entende quenão de ideias quepo multiplicidade a Talvez este esgotamento político/ideológico, este pensamento tas democráticas, ouseja,nãoconcebem a criação de novo.algo ambos ogruporivalestaria tentando com asconquis acabar pelos quese consideram liberais, eomaiscurioso é quepara direita fascista”. Amesmalógica,só que inversa, pode ser usada que nãoadvinha dos “ideais protomarxistas”seria de “extrema mantradas décadas de1960 e1970 em quetoda açãopolítica

24 Acesso em:12ago.2013. que-minoria-fascista-dominou-as-manifestacoes-de-rua-4177563.html < sobreconspiraçãosuposta uma para democracia.a atacar Disponível em: Notícia publicada em Notíciapublicada de que uma organização dequeuma anarquista internacional estaria http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2013/06/tarso-avalia- Observamos queomovimento de resistência política A falta de entendimento de como se configura a “socie Zero Hora sobre declarações do governador Tarso Genro, Zero >. >. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 205 ------As discussões sobre a eficiência pragmática dos protes dos pragmática eficiência a sobre discussões As É muito importante notar que as três formas de agir formas notar que as três importante É muito rirem. Ocorrem esporadicamente, mas não se comparam às de mas não se comparam esporadicamente, Ocorrem rirem. Há novamente. partidarizadas a ser e passaram 2013 junho de te acordou, mas voltou a dormir”, pois as manifestações passa as manifestações pois a dormir”, mas voltou acordou, te nos meses subsequentes com menos frequência a ocorrer ram exau se até bem menor de participantes com número e depois tos nas transformações sociais no Brasil continuaram em debate em debate continuaram no Brasil sociais nas transformações tos que “O gigan delas. Há os que defendem digitais e fora nas redes encontrava representação nos modelos partidários e sindicais partidários modelos nos representação encontrava por ser inventada. do século XX, estando a solução ainda quando os governantes brasileiros buscavam conferências com conferências buscavam brasileiros quando os governantes desta a dinâmica não compreendiam movimento, do líderes os inédita, não ser por política que, justamente fazer de forma nova GUATTARI, 1997) e se estende em múltiplas direções, admitin múltiplas em direções, estende se e 1997) GUATTARI, do entradas e saídas em todas as ramificações, como também o palavras, outras Por organismo. do próprio dentro contraditório massa possui um líder, uma única ideologia que a faz andar em umaque a faz única ideologia um líder, massa possui caso, uma massa só pode se opor a outra um Neste único sentido. (DELEUZE; é rizomático em rede O movimento massa contrária. preendida em sua complexidade, que caracterizou o ineditismo que caracterizou em sua complexidade, preendida o país. Não se tratou todo por das manifestações e abrangência A em rede. um movimento massa, mas de de um movimento de complementaram e impulsionaram o movimento político que o movimento e impulsionaram complementaram da organização de esta forma exatamente as ruas. E foi ganhou analistas pelos mencionada mas não com em rede, resistência contemporâneo. contemporâneo. si, entre que independentes mesmo digitais, político nas mídias os acontecimentos. E a terceira forma, mais radical, residiria nos residiria mais radical, forma, E a terceira acontecimentos. os políticas e or às instituições do grupo Anonymous ciberataques capitalismo do as contradições representam que ganizacionais segunda forma se expressou em ações como as do Mídia ações como as em Ninja se expressou forma segunda das TIC, propuse dos usos através que, sociais atores e outros sobre da informação produção de participativa uma forma ram bilizar mais cidadãos a lutar pelas causas propostas (melhorias (melhorias cidadãos a bilizar mais lutar pelas causas propostas à corrupção, públicos, combate na educação, saúde e transporte passeatas das nas ruas. A espaço de organização e como etc.) re ao uso das redes sociais e plataformas de compartilhamento compartilhamento de plataformas e sociais redes das uso ao re mo de o intuito com protesto do ideias de a disseminação para 206 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados cadeia nacional de rádiocadeia nacional eTV, pararesponder às demandasdos curso urgentepresidente quea Rousseff Dilma teve defazer, em exemplos maiscontundentes deste poder cidadão foram odis que levoupolítica diretaparticipação a emconta do cidadão.Os monstroupotencialidade a crítica construção deuma dasTICna nalidade dos protestosda experiência doqueaanálise quede de seuprotagonismo político. consciência tomado teria finalmentepovo o que vez uma Brasil, so paraculturalmudança uma sem precedentes história na do os queacreditamtambém queeste foio primeiro apenas pas 26 25 indiciado políticosdepraticamente todos ospartidos). governista estãoenvolvidos (embora aOperação Lava-Jato além denovos escândalosdecorrupçãoemquepolíticosdabase co previsto, ao aumento significativo da inflação e ao desemprego, econômi crescimento do redução à levou que fiscal, crise aguda o Datafolha de grande parte dapopulação(cerca de65%rejeição, segundo de 2015ogoverno doPTjáenfrentava severo descontentamento maioria). Entretanto, poucosmesesdepoisdereeleito, emagosto que nãoconseguiuseestabelecercomomelhoralternativa para a sentante deumacorrente políticaantagônicanoespectro político relaçãoem ções) outroao candidato, Aécio Neves, (reprePSDB do um altíssimoíndice,27,44%,devotos nulos,brancos eabsten muito apertada (38,2a35,7%dos votos válidos, sendoquehouve ções de2014.Apresidente Dilmafoi reeleita comumadiferença de radical, diga-se depassagem,noperíodoqueantecedeu aselei ambiente web aquieali.Houve umamaiorintensidade, polarida 137, naqualacorrupçãosetornou crimehediondo. Congressopelo constitucional da de PEC denominada Nacional, manifestantesaprovação, ea sobpressão popular,emen deuma lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso corrupção queenvolvecompanhia” a (Caso Lava Jato). Disponívelem: < expressãoisso a dos suspeitos econômica epolítica de departicipar doesquema da Petrobrás,do país,esteja maiorestatal nacasadebilhõesreais. Soma-sea que oBrasil játeve. Estima-sequeovolume de recursos desviados dos cofres Acesso em:10jun. 2015. 1665278-recorde-reprovacao-a-dilma-supera-pior-momento-de-collor.shtml “A operação Lava Jato éamaior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro Disponível em: < Os debates sobre ostemas dosprotestos continuaram no Para nossas proposições aqui, importamenos a funcio 25 ) devido) soma defatores,uma a entre osquaisuma http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/08/ >. Acesso em:06jul.2016. 26 tenha tenha http:// >. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 207 ------, sendo o , sendo House of Cards , no dia 12 de março de 2016, de , no dia 12 de março Die Zeit O coletivo Mídia Ninja continuou ativo, mas ficou bem O fluxo de informação nas redes sociais ganhou um O “desembarque” do PMDB do governo, principal alia do PMDB do governo, O “desembarque” A sucessão de uma intricada rede de acontecimentos de acontecimentos de uma A sucessão rede intricada mas com pouco destaque na imprensa local, portanto sem pro local, portanto mas com pouco destaque na imprensa bate motivado têm temas destes Muitos tagonismo nos debates. mento” dos protestos, que têm sido novamente mobilizados, por mobilizados, novamente sido que têm protestos, dos mento” Brasil O Anonymous partidos políticos e grupos de interesse. mundo, do no resto suas “sucursais” como assim ainda opera, ultrapassada e apoiam o afastamento da presidente. da presidente. e apoiam o afastamento ultrapassada no cenário comunicacional após o “esfria menos proeminente ment como golpe, e os liberais, que alegam que houve um enges que houve que alegam liberais, ment como golpe, e os uma ideologia de Estado em prol do e aparelhamento samento beiram, quando não adentram, a intolerância. Há duas visões de Há duas visões a intolerância. quando não adentram, beiram, ba de esquerda um projeto mundo distintas: os que defendem o impeach sociais, que denunciam avanços seado em alegados tom de disputa entre duas posturas políticas bem demarcadas, e políticas bem demarcadas, duas posturas entre disputa de tom via de regra, e esquerda, de direita vertentes entre as interações de campanha, são alguns dos temas que se destacam nos meios se que campanha,de são alguns temas dos conhe mais as páginas dos ganham e diariamente jornalísticos cidos jornais mundiais. os frequentes vazamentos de áudios das chamadas “delações vazamentos os frequentes detalhes de um sistema que revelam à imprensa, premiadas” endêmico de corrupção que estaria ligado aos financiamentos Cunha (réu no Superior Tribunal Federal, acusado de corrup Federal, Tribunal no Superior (réu Cunha empreiteiras maiores das gestores dos prisões ção), as diversas e interino, afastado aos governos e de políticos ligados do Brasil do do PT nas eleições e partido do atual presidente interino interino e partido do atual do do PT nas eleições presidente a contra a de crime de responsabilidade denúncia Michel Temer, deputado Eduardo da Câmara, aceita pelo presidente presidente Brasil ainda se interessariam pela série interessariam ainda se Brasil mais interessante. muito brasileiro noticiário político visíveis fez com que o jornalista alemão Thomas Fischermann que o jornalista com alemão Fischermann Thomas fez visíveis no uma matéria escrevesse no que as pessoas por ironia, de em tom em que questiona, 2015, na aprovação, no Senado Federal, da abertura do proces do da abertura no Senado Federal, na aprovação, 2015, alegado por Rousseff, a presidente contra de impeachment so impre eventos de cascata Uma fiscal. responsabilidade de crime políticos, judiciários e midiáticos culminou, e midiáticos maio de em 12 de judiciários políticos, 208 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados apropriação dos “dispositivos midiáticos” (FERREIRA,2006) conceitoao de“micropolítica”e Rolnik,de Guattari 1996) pela outro, maspossa ser a uma“microdisputa”vinculada (em alusão aos conceitos revolucionáriospoder de umpor desubstituição “microrrevoluções midiatizadas”talvez não possaser aplicada nho de 2013 e suasreverberações nos mostram queanoçãode decisões políticasedasituaçãoeconômica. brasileira, umanotável polarização e aincerteza a respeito das ainda umsentimento de insatisfação generalizada dapopulação -bocas acaloradosredes nas digitais enasruas,revelandomais de líderes, a exemplo de experiências políticas passadas,pois multiplicidade de ideias que nãopoderia se traduzir em rostos rio”disto,(NEGRI, 1996). Além tempor uma busca sinalizadoa tituído, configurando, assim, a luta da “multitude contra o impé ins poder o desafiar publicamente, ousam, que aqueles contra proteçãocomo uma poder de retaliação ao das organizações (impossíveis de serem “catalogados”). O anonimato funciona mesmo na multidãode atores distribuídos pelas redes sociais Bloc, nasmáscarasBlack adotadaspelogrupoAnonymous eaté do mascarado ativista o como figuras de simbólica força na te vetorizadodo agirpolítico mídias digitais,principalmen pelas cia globalse (des)organiza eganhaforça nasformas anônimas rando o configu telemáticas, redes das através sociotécnicas ligações das pessoas,easpráticas sociais passaram aser operadas por A lógicado tação. as formasperdemdo séculoXX políticas seupoder de represen tização, menosamídiatradicionalcomo mediadora atua emais Desta forma, quanto maisosatoresdiscernir midia a passama e agir no mundo passa alevar emconsideração amidiatização. “nativos digitais”, antes pelo contrário, sua própria forma de ser “jogos midiáticos” não sãomaisobjetos estranhos aos olhos dos passaram aoperar sob lógicas de mídia, até mesmo porque os que épatenterios. O équeosatoresmomento, sociais,naquele e seuepisódio noBrasil tenha sido apenas umdeseuslaborató essas microdisputas sejamaindaexperimentais no mundo todo, responsáveis pela construção social daprópria realidade. Talvez zeitgeist Nossas noslevamanálises propora resistên queuma Neste sentido, os desdobramentos dos protestos de ju contemporâneo. peer-to-peer passouafazer parte do cotidiano ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 209 ------dias: pers dias: í , Online, UFS, Mediatización, Eptic o do discurso das discurso o do . São Paulo: Paz e e Paz . São Paulo: çã Capitalismo e esquizofre lico no campo das m ó Diálogos Brasil-Argentina. Rosário: Rosário: Diálogos Brasil-Argentina. . Volume 2. Rio de Janeiro: Editora 34, Editora 2. Rio de Janeiro: . Volume , n. 17, p. 137-145, 2006. A sociedade rede em platôs Líbero Mil – NETO, Antônio; VALDETTARO, Sandra. Sandra. VALDETTARO, Antônio; NETO, Terra, 2007. Terra, nia 1997. pectiva de estudo sobre a circula de estudo sobre pectiva digitais na Web. ONGs em dispositivos VII, n. 5, p. 1-15, 2005. v. diáticos. e Processos Sociais”, PPGCC – Unisinos, São – Unisinos, Leopoldo, PPGCC Sociais”, e Processos 2005, 17 p. – Unisinos, São PPGCOM Paper: emergentes. circulações Leopoldo, 2001. sociedad y sentido: UNR, 2010. “Comunicação REDE PROSUL: DA In: ENCONTRO sentido. FERREIRA, Jairo. Uma abordagem triádica dos dispositivos mi dispositivos triádica dos Uma abordagem FERREIRA, Jairo. FERREIRA, Jairo. Poder simb Poder FERREIRA, Jairo. FERREIRA, Jairo. As instituições e os indivíduos no ambiente das no ambiente e os indivíduos As instituições FERREIRA, Jairo. FAUSTO NETO, Antônio. Midiatização prática social, prática de social, prática Midiatização prática Antônio. NETO, FAUSTO FAUSTO NETO, Antônio. A circulação além das bordas. In: FAUSTO In: FAUSTO bordas. além das A circulação Antônio. NETO, FAUSTO DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Félix. GUATTARI, Gilles; DELEUZE, Referências Manuel. CASTELLS, Brasil, restam a indignação e um fiapo de esperança. e um fiapo de esperança. a indignação restam Brasil, a práticas sociais efetivas e se estas experiências poderão con poderão experiências estas e se efetivas sociais a práticas tribuir com a um construção de melhor caminho político para no enquanto, Por problemas. incomensuráveis nossos enfrentar (GORZ, 2003) através da socialização dos códigos informáticos, informáticos, códigos dos da socialização através 2003) (GORZ, que configuram os “genes” da nova economia. Só os fatos futu grau, e em que corresponderá, imaginário este se nos dirão ros po de um novo sujeito político que, em sua clandestinidade éti político clandestinidade que, em sua sujeito um novo po de mas a disseminação político vertical, o poder ca, não buscaria pós-mercado a uma participação, visando da utopia da cultura estes se tornam hegemônicos assim que assumem uma que assumem assim hegemônicos imagem se tornam estes arquéti como emergido tem o hacker sentido, E, neste de poder. 210 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados FOUCAULT, Michel. JairoFERREIRA, FERREIRA, Jairo. Notícias sobre as ONGs: uma conjuntura aber PALFREY, John. NEGRI NEGRI BOUTANGMOULIER MARTÍN-BARBERO,Jesús. MARTÍN-BARBERO, Jesús. As formas mestiças damídia. GUATTARI,Felix; ROLNIK, Suely. GORZ GORZ PedroGOMES, Gilberto. Sociedade em midiatização:saudadeou GOLLAIN , André. , André. , Antonio., , Antonio. geração denativos digitais. Fayard, 2010. 1996. d-Andre-Gorz velem: < Janeiro: Ed. UFRJ, 1997. Pesquisa FAPESP desejo. Petrópolis: Vozes, 1996. Galilée, 1997. 2010, 7p. esperança?Paper: PPGCOM– Unisinos, São Leopoldo, 2010. cognitif. pitalisme sões. Communication de lanouvelle. 2007. p.131-148. ciais: Jairo; pelos dispositivosta Web. midiáticosna In: , Françoise. L’apport d’Andréca sur le Gorzdébat au Petrópolis: Vozes, 1996. linguagens ecoletivos linguagens emação. VIZER Misères duprésent, richessedupossible L’immatériel Nascidos na eraNascidos digital: . Médiatisation: production. Médiatisation: de la circulation àla http://multitudes.samizdat.net/L-immateriel- Marx au-delà deMarx Marx Inventerle commun hommes des Vigiare punir: , Eduardo (Org.). , Yann.L’immatériel d’André Gorz. Disponí- >. Acesso em:14ago.2013. Les Enjeux de l’information etdela Les Enjeuxdel’information , v. 1,p.121-143,2010. , n. 163, p. 10-15, set. 2009. , n.163,p.10-15,set. RevueMauss du . Paris: Galilée,2003. Dos meios às mediaçõesàs Dos meios Micropolítica: Porto Alegre: Artmed,2011. história daviolêncianaspri Mídias e movimentosMídias so entendendo a primeira . Paris: L’Harmattan, , n. 35, p. 541-558, 35, p. n. , São Paulo: Paulus, cartografias do cartografias FERREIRA . Rio de . . . Paris: Paris: - - - - , Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 211 - - . Québec: L’action commu L’action J. (Org.). J. (Org.).

RUEFF, S.;

COUTURE, Serge; Serge; Serge. La critique des technologies de l’information et l’information de technologies des La critique Serge. 2012. de la communication à l’épreuve des mutations mutations des du capi de la communication à l’épreuve est la critique Où (en) In: Colloque talisme contemporain. mai, 7-8 Montréal, ACFAS, en communication? CONGRES nautaire qu12. communic’èction commun qu12. communic’èction nautaire de qu12. Presses de l’Universit Presses PROULX, PROULX,

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 213

. 1 2 - - - - - . Dulce Mazer Dulce [email protected] . Thayane Cazallas do Nascimento Cazallas Thayane http://lattes.cnpq.br/6635924907933150 . CV: . CV: actions in the political arena actions in the Este Este artigo apresenta uma reflexão teórica sobre as http://lattes.cnpq.br/7176122680882538 Grande do Sul (UFRGS), Bolsista CAPES. Jornalista e Mestre em Comunicação – em Comunicação Bolsista CAPES. Jornalista e Mestre do Sul (UFRGS), Grande (UEL). E-mail: Estadual Londrina de Universidade CV: em políticas e práticas com ênfase Sociais, em Ciências Pública e Mestre Gestora Estudou o Centro (Unisinos). Sinos dos Rio do Vale do pela Universidade sociais, E-mail: sociais contemporâneos. (CMI) e os movimentos de Mídia Independente [email protected] Doutoranda em Educação na Unisinos, CAPES 7, bolsista CNPq . Cientista Social, . Cientista bolsista CNPq 7, CAPES na Unisinos, Educação em Doutoranda Doutoranda em Comunicação e Informação – Universidade Federal do Rio Federal – Universidade em Comunicação e Informação Doutoranda Independent Media Center: Dissident digital Dissident Media Center: Independent Centro de Mídia Independente: ações ações Independente: de Mídia Centro digitais dissidentes no cenário político no cenário digitais dissidentes 2 1 fundar a compreensão da ação digital desenvolvida a partir das da ação digital desenvolvida fundar a compreensão as Social, e Comunicação enfatizando da Informação Tecnologias digitais na socieda mídias de de produção mudanças possíveis ta de oferecer ao público informação alternativa e crítica, que e crítica, alternativa ao público informação ta oferecer de e iguali livre uma sociedade a construção de contribua para apro CMI permitem de comunicação do tária. As ferramentas (PROULX, 2012a). Relaciona conceitos à experiência empírica empírica à experiência conceitos Relaciona 2012a). (PROULX, um cole (CMI Brasil), Brasil Mídia Independente de Centro do de tivo mídia com posicionamento político definido e a propos Resumo: Resumo: da Contribuição mutações da comunicação em uma Cultura 214 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados tura dacontribuição,mídiaindependente. Palavras-chave: informacional. e asformas de apropriação deseususuáriosparacontribuição a radoxalempoderamento frentecontemporâneo aocapitalismo tanto, apresenta asestratégias de comunicação do CMI, seu pa nas experiências do CMI emuma Cultura daContribuição. Para recepção ecirculaçãode informações jornalísticas, combase questõespo dacomunicação,pontuando na produção, atuais de contemporânea. Oartigobuscatrazer novos aportes aocam 2012b). Impulsionados por2012b). Impulsionados indivíduos ougrupos,os“sem voz” os movimentos(PROULX, mundiaisdeindignação política dial. Consequentemente, nos últimos anos,cresceram também 1 Introdução ture ofcontribution,independentmedia. Keywords: priation itsmembersuseto make informational contributions. in theface ofcontemporaryand theforms capitalism of appro strategies,communication IMC’s itsparadoxicalempowerment Cultureences ina For ofContribution. presentspurpose, it that information,of journalistic lation based ontheCenter’s experi ing current issues related to theproduction, reception andcircu givecontributions to new highlight thefieldofcommunication, of media digital incontemporary society. The article seeks to Technologies, emphasizing potentialchanges intheproduction tion developed on thebasisof Information and Communication munication tools allow adeeper ac understanding of the digital utes to ofafree thebuilding society. andequal com The IMC alternativeinformation andcritical to contrib that public the offer to proposal a and position political defined clearly a with of theIndependentMediaCenter (CMIBrasil), amediacollective 2012a). discussesIt concepts basedonthe empiricalexperience munication mutationswithinaCulture of Contribution (PROULX, Abstract: Observa-se o agravamento da crise econômica mun This article presents a theoretical reflection on com on reflection theoretical a presents article This information andcommunicationtechnologies, cul tecnologias da informação e comunicação, cul ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 215 ------, em modelos econômicos baseados econômicos , em modelos online , ou web 2.0, como é conhecida nos estudos brasilei estudos nos é conhecida como 2.0, , ou web Além de uma crise econômica, vive-se uma crise no de uma crise vive-se econômica, Além de uma crise Incompatíveis na lógica de mercado capitalista, capitalista, ética, mercado na lógica de Incompatíveis Assim, da perspectiva de uma uma de matriz social-sociológi da perspectiva Assim, Partindo-se do viés da midiatização, considerando a da midiatização, considerando viés do Partindo-se web social web viés, a mídia é marcada pela dualidade de ser “parte do tecido do tecido “parte pela dualidade de ser a mídia é marcada viés, se que e uma instituição independente e da cultura da sociedade tecnológica “se manifesta como a emergência contemporânea contemporânea como a emergência “se manifesta tecnológica humana”, social da existência construção de formas novas de deste midiatização social. A partir de nos processos expressa senvolvimento sociocultural, uma ruptura radical em torno do em torno radical uma ruptura sociocultural, senvolvimento acumulação, de ou o imoderado um desejo e “dinheiro” valor sentido, a Nesse cultura 2010). (STIGLITZ, da ganância" "triunfo cada vez mais sensacionalista e escopofílico. cada vez objetividade e valores-notícia acabam, nos dias atuais, por des e valores-notícia objetividade um de jornalismo e credibilidade truir a base sustentação de mentados grupos sociais. Esse novo mecanismo de emissão/ de mecanismo novo Esse mentados grupos sociais. são assuntos os como na forma diretamente interfere recepção agendados socialmente. ca da midiatização, relacionada à dimensão socioantropológica, à socioantropológica, dimensão ca da midiatização, relacionada uma dis ocorre campos sociais, a constituição de abarca pois frag aos que interessam informações de tribuição mais direta de assuntos de interesse público, informações alternativas e crí alternativas público, informações interesse de de assuntos e igualitária. a mais livre construção de uma sociedade ticas para contrário do que ocorre com os meios massivos, na web a in na web massivos, com os meios do que ocorre contrário formação flui de maneira mais horizontal (PROULX, 2012a) e possibilita a Consequentemente, diversificação descentralizada. com coletivos de uso de uso com coletivos e seus conteúdos intervenções Essas na lógica de colaboração. Ao ou leigos. amadores usuários de frequentemente partem mídia como agente de mudança cultural e social, observa-se que e social, observa-se de mudança cultural mídia como agente a cognitivo, esforço mínimo de plataformas de a fase inaugura ros, as (novas) tecnologias e suas processualidades” (SANTI, 2013, 2013, (SANTI, processualidades” e suas tecnologias as (novas) p. 84). como as ruas e os espaços digitais, novos meios de comunicação de comunicação meios ruas e como as espaços digitais, os novos política, a participação retomar de na tentativa e organização, suas articulações com da comunicação para “o foco alternando concentram-se em coletivos que foram relegados pela pela mídia relegados foram que em coletivos concentram-se públicos, espaços dos fazem e agora à invisibilidade tradicional 216 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados desta forma, asrelações entre aspessoas”(2012,p.54-55). são usadosepercebidos pelosemissores e receptores, afetando, como os meios de comunicação, emdeterminadas situações, estrutural umasérie da mídia “estabelece de pré-requisitos de informação eaté entretenimento. ParaHjarvard, dualidade a dades da rotina deprodução, circulaçãoe recepção denotícias, como do jornalista questionar opapel sua interação mútua” (HJARVARD, 2012,p.54). interpõe entre outras instituições culturais esociais e coordena 3 conhecida como também ge paralelamente aosprimeiros jornaistradicionais nopaís.É mação alternativa ecrítica dequalidade(NASCIMENTO, 2013). ras independentesoferecer demídiaquebusca inforpúblico ao dente denotícias,oCMIéumcoletivo de produtores e produto 2 OCentro deMídiaIndependente Brasil dem surgir novas formas deorganização civil eaçõescoletivas. oportunidades de agir nosespaçosvirtuaisesociais, de ondepo sobre tecnologiasinformação da sobree meiosdecomunicação, redede uma social decoletivos, espaçofértil para asdiscussões pendente emseucontexto sociológico. O Centropor meio atua inde comunicacional fluxo o sobre reflexões possibilita (CMI) 2009) ecolaboração (PROULX, 2012a). www da aolongohistória da imprensa, edaaçãocidadãnarede das própriasimprensa da alternativa,e desconstruíconstituída dia independente. Elesse entresituam asatividades considera editoriaisda web, às linguagens surgem espaçosvirtuaisdemí culos tradicionais, queemmuitos seus casos processosadaptam 3 Tim Berners-Lee inventouWorlda Wide Web em 1989, quase 20anosdepois da webfoundation.org/about/vision/history-of-the-web/ primeira conexão Fonte: estabelecida; hoje é conhecida como Internet. < , em práticas, entreque oscilam convergência (JENKINS, Historicamente,imprensa a alternativabrasileira sur Como um Centro quepromove a circulaçãoindepen Como objeto empírico, o Centro deMídiaIndependente Em oposição ao modo de fazer processosOs incluem comunicação da de mutação nanica e clandestina gatekeeper webjornalismo >. (BAHIA, 2010). eoutras ativi pelosveí http:// ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 217

------para, para, 4 independentes e suas redes de e suas redes

. hyperlinks rádios-pirata vadora quanto fascinante do uso das TICs fascinante quanto vadora as limitações do transcender simultaneamente, antiglobalização movimentos concentrar e espaço num local de contestação específico e, ao mesmo a para chave num momento transformá-lo tempo, 2004, p. 49). (DOWNING, global democracia Eles se apresentam como uma instância tão ino Eles se apresentam Atentos principalmente às questões de desenvolvimen de às questões principalmente Atentos No final da década de 1990, as demonstrações popula Já a mídia e os webjornais denominados Já a mídia e os webjornais TICs: tecnologias de informação e comunicação. de informação TICs: tecnologias 4 2004, p. 51). Os CMIs, seus múltiplos Os CMIs, seus p. 51). 2004, passo o “primeiro foram sociabilidade com grupos populares (ibid., p. 56) experimentado contra-hegemônico” processo nesse tários, a circulação desses produtos e sua recepção foram facili foram e sua recepção produtos desses tários, a circulação digital na demons da tecnologia uso “poderoso ao graças tados tração da realidade desafiadora dos manifestantes” (DOWNING, litantes dos movimentos populares de Seattle, bem como a par populares movimentos dos litantes naquele à agitação tir do uso das TICs, essenciais contestatória documen notícias e de edição de processos os Assim, momento. to e economia política, imigração e racismo, esses veículos surgi veículos esses e racismo, e economia política, imigração to mi da atuação próprios dos cobertura de com a necessidade ram rias partes do mundo: 31 nos Estados Unidos, nove no Canadá, no nove Unidos, Estados nos 31 mundo: do partes rias entre 2004), Latina (DOWNING, na América e seis na Europa 16 eles, o brasileiro. res contra a Organização Mundial do Comércio (OMC) deram ori (OMC) deram Mundial do Comércio a Organização contra res de Mídia Independente dos chamados Centros gem ao fenômeno vá em operando centros 80 havia Seattle. em Em 2002, (CMIs), advêm de um processo dialógico e mais atual dialógico e mais atual de comunicação, um processo de advêm dado que prática de imprensa livre. O termo acabou se expandindo para os para acabou se expandindo O termo livre. de imprensa prática as e para meios eletrônicos rial escolhidas. Tal como é conhecida hoje, caracterizou-se mais mais caracterizou-se é conhecida hoje, como rial Tal escolhidas. e 1964 militar entre no país, de ditadura no período fortemente ampliar de dada a 1985, a necessidade participação popular e a É marcada pela transgressão, desde sua relação com o financia a linguagem e linha edito publicitários, nos moldes até mento, 218 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados no país. como S26), constituindo-se como o primeiro coletivo editorial rido na cidade de Praga, em26 de setembro de 2000 (conhecido percussão, apósoencontro entreocor e oFMI, Mundial oBanco antiglobalização”e somente “entroua partirdesuare noar” dos “desdobramentosposta daorganização dos movimentos Paulo,através movimento deum organizadopro combasena capitalismo cognitivo einformacional (PROULX, 2012b). diante dos abusos contra os direitos humanos edos avanços do dia deve irdos além interesses de lucro. Também cabeà mídia tico-sociais (LEAL, 2007), partindo da concepção de que a mí vulgação de notíciaseinformações sobre acontecimentos polí modelos tradicionais. (BRAGA,cional” 2006) dos produtos midiáticos,veiculados em comunicação esuasmensagens apartirda“circulaçãointera de meios os reconfiguram e sentido dão percebem, voluntários terminou diretamenteou conteúdo. sualinguagem De fato, os apropriação dastécnicas consolidadas comunicação não de na participação políticadaaudiênciaapartir do uso das TICs, mas a (NASCIMENTO, 2013). divíduo podecontribuirparticipandodosdiversos projetos sição deaprender). No entanto,in menor ou grupo qualquer tecnicamentedeles capacitado eminformática (ou com dispo precisa de pelo menos cinco voluntários, sendo pelo menos um editorial.política Para se constituir formalmente, cadacoletivo hierárquica etêm ocompromisso de aceitar os princípios e a do site.gestão da Todos os coletivos se organizamde forma não senvolve projetos locaisetodos eles, coletivamente, participam tuírem coletivos editoriais em suas cidades. Cada coletivo de formou, novos gruposcomeçarama sevoluntariar para consti exercer aatividade dedivulgação delutassociais. o CMIsetornoucoletivo um emexpansão,com aproposta de dezembro de 2000, ainda contandocom poucos voluntários, que (NASCIMENTO, 2013), na cidade de BeloHorizonte, em23 de Como interesse primordial, oCMIBrasil buscaadi se desdobrandoEsse modeloacabou sistema emum de Cercao coletivodepois que ano de um Paulo deSão se Foi através do encontro do “Dia sem Compras” BrasilO CMI surgiu noanode 2000, na cidade de São ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 219 ------em 5 ), construir seu próprio próprio seu ), construir é como a informação circula é como a informação importa open source journalism open source , produção criadora através da expressão popular e da expressão através criadora , produção Os novos paradigmas de produção e circulação no de e circulação produção de paradigmas Os novos Ou seja, o que No CMI, o sistema de “circulação interacional” é defi tram em “jogos complexos” de oferta e de reconhecimento, no qual se realiza no qual se realiza e de reconhecimento, de oferta em “jogos complexos” tram e não por linea por divergências regidos de sentidos, negociação e apropriação 2010). NETO, ridades (FAUSTO A circulação é concebida como lugar no qual produtores e receptores se encon se e receptores no qual produtores como lugar é concebida A circulação políticos da web, enquanto dependentes de empresas que for de empresas dependentes enquanto políticos da web, 5 softwares livres ( livres softwares es as informações, livremente circular alimentá-lo e fazer site, tas e são ações também econômicos aos domínios submetidas outro. Múltiplos usuários, como os voluntários do CMI, concor do Múltiploscomo os voluntários usuários, outro. de informa a construção de uma rede dam em contribuir para a utilizar modo de as TICs, domine coletivo esse Embora ções. autopoiese construção coletiva, resolve o primeiro paradoxo da reconfigu mas dá origem a populares, dos meios pelos movimentos ração ca (BRAGA, 2006). ca (BRAGA, a comunicação, enquanto de canônico o modelo tícias arrasam componente da processualidade midiática pode ser entendido midiática pode ser entendido da processualidade componente ou, mais sinte a mídia” social sobre de interação como “sistema social-midiáti interação social”, resposta de “sistema ticamente, entre emissores e receptores através das mídias, enquanto os mídias, enquanto das através e receptores emissores entre um Assim, sociedade. e meios relacionam midiáticos processos perspectiva imediata do ‘receptor’, mas também de sua presença mas também de sua presença imediata do ‘receptor’, perspectiva Tradicionalmente, p. 76). 2006, (BRAGA, cultural” objeto como a conexão e pesquisas em comunicação descrevem as teorias processos de “reedição” e socialização da informação. de “reedição” processos a só incluindo não usos, seus até sua produção “desde sociedade, produzidos inicialmente pela mídia” (BRAGA, p. 2006, uma 28), (BRAGA, pela mídia” inicialmente produzidos é a onde circulação e recepção, do modelo produção superação envolvendo de recepção, ao instante subsequente pensada como rial do CMI. estímulos e dos sentidos social dos nido como “movimentação trem interesse em participar da divulgação de informações na de informações da divulgação em participar interesse trem ba profissional, ocupação sua de independentemente CMI, rede seando-se apenas no grau de identificação com a política edito independente CMI proporcionar a construção deste veículo de veículo a deste construção CMI proporcionar independente que mos voluntários de da colaboração meio por comunicação 220 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados teúdo, denominado prossumidor. Em geral, as definições de con produz também que receptor um de perfil no resultando como processos queenvolveminteratividade,e a participação a 2009), o consumo, aprodução eacirculaçãosão entendidos do capitalismoimaterial (PROULX, 2012a). contribuições regulares geramvalor econômico nonovo regime formação do serviço que controlam,porque mastambém essas Facebook,contribuições quecaptam voluntárias nãosópara a outros. Além disso, fazem grande uso das redes sociais, como o necem equipamentos, hospedagem, servidores de rede, entre 7 6 digitais. IP identificador o entre vínculo um como criado consumidor perfil um de formação a produtor de conteúdo eumfornecedor de dados, rastros para mercantil.sação o contribuinteMas é,concomitantemente, um e tiratal daíumasatisfação, oquejáse aproximatrande uma “contribuinte”O cantil. conteúdoum deposita nouniverso digi a na qual vê aemergência deuma 2012a). como também combustível daprodução(PROULX, capitalista formacontribuição comouma deexpressão dos sujeitos, mas res deprodutos eserviços e comocontribuidores, entendendo tudados, aponta-seaperspectiva de consumo edifusãodeinformação. um ambiente favorável para odesenvolvimento deconteúdos, tural,que encontra nainternet enosequipamentos multimídia de o usuárioapartirdasfunções de produtor e consumidor cul sumer Doinglês Este entendimento estárelacionado aos clientes que se tornam “prosumers” (do outras, constituindoum sistema deredes interligadas ouinter-redes. máquina aoutras, permitindo o acesso em rede, que por sua vez é conectada a refere aoendereçamento quetem por objetivotroca a dedados.Conecta uma que consideramaspectos antropológicos doconsumo, comooconsumocultural. das perspectivassocioculturais deconsumo,comoNéstor GarcíaCanclini, inglês) cocriandoprodutos eserviços,do simplesato além deconsumir. Difere partem do conceito de Tofflerconceitode partemdo entense qual pelo (1980), Para Proulx(2012b), da comunicação ante a mutação Para dar uma maior complexidade aosprocessos es Nacultura daconvergência e participação (JENKINS, Contribuição InternetProtocol se situa entre a doação e a transação mer 7 deseuequipamento easplataformas Cultura daContribuição , o acrônimo IP significa Protocolo de Internet e se e Internet de Protocolo significa IP acrônimo o , prosumers 6 como cocriado na era na digital, pro ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 221

------Homo ). . No caso do CMI-Brasil, esse . No caso do CMI-Brasil, crowdsourcing , nem exclusivamente de um, , nem exclusivamente Donator

Homo capital de reputação capital e do Outros exemplos dessa relação são os blogs são os blogs e portais relação dessa exemplos Outros A contribuição, por outro lado, é considerada pelos lado, é considerada A contribuição, por outro As ações de contribuição flutuam entre ações do ações entre flutuam contribuição de ações As Os dados originados a partir dessas informações informações a dessas partir originados Os dados de tais espaços e com os conteúdos básicos para tais discussões. tais discussões. para básicos conteúdos os e com tais espaços de Os blogs têm duas principais finalidades: “fiscalizar os veícu comunicação social, é verdade!) defendem pontos de vista crí de pontos defendem verdade!) comunicação social, é so e seus impactos midiáticos aos produtos ticos em relação leitores os com em linha direta estão contribuintes Esses ciais. de crítica midiática, ou até mesmo os observatórios de impren de observatórios os mesmo crítica midiática, ou até de sa, nos quais usuários (geralmente ligados à profissionalmente internet, mantendo as estruturas dos coletivos de mídia tam mídia de coletivos dos as estruturas internet, mantendo bém fluidas. letivos do próprio CMI na cidade de São Paulo. Estes circuitos circuitos Estes CMI na cidade de São Paulo. do próprio letivos de uma e marcas as oscilações são conectados e contemplam sociedade, por isso, também denotam flexibilidade própria de mitindo que novas ideias surjam, novas concepções e forma concepções surjam, novas ideias mitindo que novas ções circulem. Nesse fluxo, destacam-se a Mídia Ninja, Coletivo co de antigos pontos de a ativação mesmo e até (RS) Catarse resulta em um resulta de alguns dos coletivos na valorização ser percebido pode efeito per uma ruptura, sem que exista de outros, e no fechamento procidade. procidade. O perfil do contribuinte é definido de acordo com a reco que culmina o em certo suas contribuições, de reputação da doação. Essa ação da ordem simbólico, próprio nhecimento pertencimento e comunidade. pertencimento como uma lógica de doação por reci contribuintes próprios esta seria uma relação vertical, como entre uma e celebridade como entre vertical, uma esta seria relação pares entre trocas gerar podem horizontais Já as ações seu fã. causa identitário de sensação e pessoas cujo reconhecimento nem de outro, porém de ambos (PROULX, 2012a). Essa forma Essa 2012a). forma de ambos (PROULX, porém nem de outro, de agir é definida por relações horizontais de troca, pois de da admiração, distingue se reconhecimento O nhecimento. reco dade de pequenas contribuições ( pequenas contribuições dade de Oeconomicus Informacional. Trata-se da monetização de conteúdos e dados da de conteúdos monetização Trata-se Informacional. capta e produz as contribuições Assim, uma plataforma sociais. quanti de uma enorme a da agregação partir econômico valor se agregam economicamente, constituindo o Capitalismo o Capitalismo constituindo economicamente, se agregam 222 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados elementos deumalógicahorizontalreconhecimento. seguem um artigoemsites como o OI,podem ser encontrados em determinadas situações, como nos fóruns de discussão que do contribuidor, comcertaposição de admirador. No entanto, onde a validação dainformação aindadepende da reputação prevalecetal, nesses espaços o modelo informacional vertical, Observatório da ImprensaApesar daligação (OI). horizon (CHRISTOFOLETTI; MOTTA, 2008,p.12). público” o midiaticamente alfabetizar e profissionais seus e los 8 2009), os novosparticipação (JENKINS, modelos de produção e indústrias culturais (PROULX,2012b). Rumo culturauma a da anônimo, entre outras alternativas aosmodelos dominantes de los modosdeempreenderativismo o jornalismocidadãoe pelo plificada pelas plataformas colaborativas Linux e Wikipédia, pe didas ações lógica emancipatóriade uma ativista, como exem keting epublicidadeéacaptura decapital. mar de plataformas empresas, das final objetivo o ciclo, Nesse tecnologias, quepossibilitamnovas formas desociabilidade. construídos por cada usuário.Dessas empresas derivam novas novas ferramentasa partirdaexpropriação dos laços sociais para subsídios construindo institucionais, imagens de fixação e em trocaproliferação deuma consumo de estímulossociais ao ferem certos direitos deutilizaçãoecontribuiçãoaosusuários, micamente asociabilidade,comooFacebook eoYouTube,con gica de mercado, tais como as empresas que exploram econo mercantil,lógica mesmo emuma ao passoqueexpoentes deló práticasde cooperação, podem surgir ideias emancipatórias, de partir a pois, conflituosa, ser pode cooperação a que revela as contradiçõesmantidas geopolítico. Nesse de alcance sentido, informacional ecognitivo culturadiantecontribuição da dominação deum da Essetermo podeser ainda compreendido como acapacidadede agir, poiso que oindivíduo épensado apartirdoseupoderdeser/desenvolver (Deleuze). o termoresistênciaà capacidade estáaliado daaudiência;epoder, situaçãoem de empoderamento apartirdeduas vertentes: a sociologiada dominação,onde professor o termousa No mesmotemposão empreen eespaçodemutação, Proulx(2012b) observa o “poderdeagir” Exemplo consolidado dessa práticaé oportal La puissance d’agir cadavez mais consolidado, aindaque . Ele explica. Ele origem dessa a condição capitalismo 8 emuma ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 223 ------. O indivíduo passa passa . O indivíduo individual Os coletivos seguem uma periodicidade de encontros de encontros seguem uma periodicidade Os coletivos No CMI, o voluntariado se estabelece tanto de forma de forma se estabelece tanto No CMI, o voluntariado Um objeto comunicacional é um mediador não humano não humano é um mediador comunicacional Um objeto No contexto do desenvolvimento de novas aplicações aplicações novas de desenvolvimento do contexto No diferentemente do que encontramos no que pode ser aponta do que encontramos diferentemente do como um usuário-voluntário e, de forma objetiva, tornam-se um grupo de pessoas que mos um grupo de pessoas tornam-se objetiva, e, de forma ao CMI, junto presencial em atuar de uma forma interesse tra um destes coletivos, que se diferenciam através das suas regiões das suas regiões através que se diferenciam coletivos, um destes locais. e realidades projetos paralelos, ou a mais de um projeto, além da participa um projeto, de a mais ou paralelos, projetos de jor locais, à produção a rádios no CMI: ligados ção presencial que permeiam cada interesses outros tantos e nais (impressos) coletiva como individual. Os coletivos são dinâmicos, pois em pois são dinâmicos, coletivos Os individual. como coletiva a podem estar ligados Brasil, um único país, como no caso do simbólico, investido psicanalítica e psicossocialmente, por parte parte por psicanalítica psicossocialmente, e investido simbólico, do usuário. Por fim, um agente dos transgressor comportamen 2008). de comunicação (PROULX, tos técnico como apoio às práticas de comunicação, na maioria das comunicação, na maioria de às práticas apoio como técnico à participação/intera induzir podendo a uma rede, ligado vezes ção social específica. Um artefato de cognitivo apoio, um objeto interpretativa. humanos, um aparato seres entre que pode estimular interações partir da identificação dessas comunidades, Proulx (2008) pro obje dos e técnico, material uma dupla uso, põe articulação: o com uma análise simbólica e e a recepção, comunicacionais; tos da” (PROULX, 2012a, p. 2), com valores e lógica partilhados ou 2012a, p. 2), com valores (PROULX, da” inte expressão, de liberdade como entendidos, supostamente A outros. humanos, entre direitos dos políticos, defesa resses 2008). Em uma Cultura da Contribuição, os usuários são enga são os usuários da Contribuição, Em uma Cultura 2008). compartilha comumente normativa em uma “expectativa jados e novos serviços, os usuários coletivos formam comunidades comunidades formam os usuários coletivos serviços, e novos importância (PROULX, uma grande a ter e tendem de usuários 3 O uso dos objetos comunicacionais comunicacionais dos objetos 3 O uso distribuição distribuição de conteúdo livre têm em si a principal finalidade os usuários. de capacitar 224 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados traz uma conotação diversificada do que é a é que do diversificada conotação uma traz possíveis. configurações inúmeras com voluntários, seus a flexibilidade mica seguidapara amanutenção denotíciasdarede oferece passos contidosnasexplicações cedidasnarede CMI. Adinâ um conhecimento profundo de“comofazê-lo”, podeseguiros comentar edivulgar material deseuinteresse. Caso nãotenha voluntário,O tendo oconhecimento destarede,pode publicar, advindos dointeresse emdivulgar notícias,imagensevídeos. por umprocesso doqualdependemalgunsfatores técnicos jam feitas por esses voluntários, independentemente de suas consegue garantir diariamentee notícias se que publicações tro da rede CMI peladescentralização organizacional, aqual truída pelovoluntariado) edinâmico. de seu notícias, aportatemas político-sociais e culturais naconstrução nicacionais (PROULX, 2008). de Como aberta uma publicação to/meio/artefato cognitivo transgressor dos processos comu e SãoPaulo. feiras de livros anarquistas, como as realizadas emPorto Alegre o exemploHá também defeiras detroca (escambo),reuniões e culturais. eventos como específicos, eventos de comunicações cimentos sociais – reivindicações, protestos –,mastambém as açõesdiretas,de notícias,estão as quaisenvolvem aconte mídia. Entrenopólio da osobjetivos deproduçãoalém doCMI, posições diante do poder do Estado edo que consideram mo propostaem uma deprodução dematérias quesustente suas adquiridas (PROULX, 2008). de maneiraautônoma, partir dasdisposições a e competências relativo dedispositivos técnicos,o maisimportante, mas, age domínio um tem só não específicas: habilidades com investido usuário, odispositivo nãoémaisvisto comocentral.O usuárioé desloca 2009)é quaseinexistente, ainda se participação (JENKINS, ea fazer a mídia. espaço virtual em direção Tal dinâmica e flexibilidade se tornam possíveis den possíveis tornam se flexibilidade e dinâmica Tal obje um configuracomo se CMI portal o forma, Desta Os novos atores demídiaindependente trabalham no sistemapopular A atuação dousuáriocontribuidor Nos próprios meios tradicionais,transmediação a ao deinteresseespontâneo (cons público, receptor de notícias. Nacondição do novo mídia e doqueé ------

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 225 ------calor calor tenha a partici tenha , a da permanência notícia e 10 com instituições políticas ou midiá ou políticas instituições com mídia-internet mídia-internet e indivíduo como após a publicação das informações. como após a publicação das informações. coluna da direita coluna e 9 No espaço ou ciberespaço do CMI, a contribuição acon No espaço ou ciberespaço Por sua posição política e a definição editorial de ofere de editorial definição a e política posição sua Por A política de acesso e a democratização dos meios de A política e a de acesso democratização diretas ou indiretas ou diretas Na coluna da direita podem ser encontrados artigos ou textos que vão contra contra que vão ou textos artigos encontrados ser podem Na coluna da direita do CMI. Respeitando as ideias de notícias de teor social dentro dos parâmetros parâmetros dos social dentro teor notícias de de as ideias CMI. Respeitando do questão nesta xenofobia, homofobia, racismo, longe do e, assim, não ofensa de e identidade à liberdade respeito de direitos políticos e os ideais os representa social; por isso, estas notícias estão destacadas. do que ocor ao contrário da política social do CMI; porém, de respeito os ideais mas excluídos, não são ou artigos textos estes tradicional, uma mídia em reria permanecem na página do CMI em uma coluna de menor destaque. Página centralizada com notícias publicadas e consideradas dentro dos padrões dos padrões dentro com notícias publicadas e consideradas centralizada Página conhecimento

10 9 tece, particularmente, pelo ambiente de discussões, organiza de discussões, pelo ambiente particularmente, tece, no comunicacionais, tanto de dispositivos das por meio dos acontecimentos de divulgação dos interesses de sujeitos organizados em torno em torno organizados sujeitos de interesses dos divulgação de do CMI. concepção ideológica com a qual a pessoa está comprometida está comprometida a qual com a pessoa ideológica concepção de uma – como ação ativista o papel do como – aqui entendida potentes meios comunicacionais dispositivos nos que vê direta põe que a interação põe que a interação partir de uma pação tanto espontânea podendo dos cidadãos, cer informação alternativa e crítica, que contribua para a cons e crítica, que contribua para alternativa informação cer e igualitária, o CMI se apresenta livre trução de uma sociedade pro de comunicação. O Centro meios tradicionais dos distinto 4 As TICs como vetor de uma economia do do de uma economia vetor 4 As TICs como ticas que disponibilizam os espa mídias de construção dessas interesses aos atentos sociais, campos fortemente ços nas redes de seus leitores. interessada na rede CMI. na rede interessada e crí são colocadas como propostas independentes informação página central pelas listas de estabelecida da sua publicaçãoestá amplamente a qualquer pessoa abertos na rede, contidos e chats discussões ligações ligações se chama o que de um para espaço ticas. CMI, No de haver apesar 226 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados tivodos anos 30 capitalismo pelo industrial, –pelocapitalismo – asquaissãoexpressamenteem seuconteúdo amplas explica a forma construir sentidosdoponto devista docontribuidor. de digitais, espaços dos além para configura se pois o modo, a organização dos processos comunicacionais evidencia Desse circulação. da âmbito no sentidos dos reconfiguração a ampliando asformas de apropriação tecnológica, seus usos e profissionais, ou “amadores” por imagens, e vídeos artigos, de Estas notíciaseinformações podem ser produzidas no formato 11 processos complexos, queincidemsobreorganização a e fun pois “corresponde produzidasàs dinâmicas mais amplas, por pendentementeglobalização deuma do acessotecnológico, Ocorre queessa midiatizaçãoaltera asrelações sociais inde 2002) distintas. implica mutaçõesdacomunicaçãotambém homens e mulheres de diferentes classes e países (HIRATA, das mudanças tecnológicas e do acesso aos meios digitais para de produção enocapitalismoinformacional. TICs são condutoras de importantes transformações no modo fictício capital entendidaser o pode como globalizada, que sidera aindaque,nocontexto da corretamente as mutaçõessucessivasProulx do capital. con cional como um modo estratégico e desafiador para interpretar nhecimento.sugere Ele transformação a doprocesso comunica considerana qual asTICs como vetoreconomia do co de uma visível”dos contribuidores. Assim,Proulxcrítica uma articula TICs, a globalizaçãoe odeslocamento daforça de trabalho“in nevrálgico”, deacordo com astransformações profundas das fase éencaradao seu“ponto comoocapitalismoquealcança contemporâneo.do capitalismo passagem analítica Estaúltima aos anos40,pelo“compromisso fordista”, até chegar àúltima

poder deagir WOLFART, 2008,p.7). docrescimentocontinuidade a dessa mesmariqueza”(PAULANI, inFACHIN; garante que o acumulação, da financeira lógica imperativosda aos econômico ao (frente financeira crescimento dariqueza real), asubmissão da totalidade implica do sistema riqueza da desmesurado crescimento pelo produzida financeirização, “Essa economia. da financeirização a explica que fictício, pital Dentre osconceitospodem serbastante marxistasque o deca está atuais Vale lembrar que,noentanto, adimensão diacrônica Proulx(2012c) observa aspassagensdo capitalismo na cultura na de contribuição(PROULX, 2012b), financeirização daeconomia 11 , as , ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 227 ------(2012c, p. 7). O mesmo ocorre com o CMI, cuja inde CMI, o com ocorre O mesmo p. 7). (2012c, A midiatização é percebida como transformação da “so como transformação A midiatização é percebida Assim, Proulx cita Negri, que descreveu a movimen a cita Negri, que descreveu Assim, Proulx Há pelo menos três formas de agir politicamente na politicamente agir de formas três pelo menos Há Pelo prisma das mutações, propõe-se pensar sobre no sobre pensar propõe-se prisma das mutações, Pelo 12 Tradução das autoras. Tradução

12 que é comum. práticas cujas diferentes meios” em uma sociedade dos ciedade lucionários e ativistas, é precisamente a legitimação do poder do poder a legitimação é precisamente lucionários e ativistas, sua capaci singular, sua multiplicidade subjetiva, da invenção como daquilo a partir das diferenças tanto produzir, dade para nam comum [...]” (apud PROULX, 2012c, p. 6). O capitalismo 2012c, p. 6). O capitalismo nam comum [...]” (apud PROULX, o É isso que paradoxalmente depende hoje de subjetividades. mina, a porque a resistência, afirmação da dos liberdade revo tação paradoxal da subjetividade autônoma do trabalhador: do trabalhador: autônoma da subjetividade tação paradoxal e cap as subjetividades em rede hoje, é colocar “criar valor, tor do que eles [os trabalhadores] apropriar-se desviar, turar, de “ações digitais dissidentes” como uma das formas de fazer de fazer como uma das formas de “ações digitais dissidentes” 2012c). (PROULX, pós-mercadológica política com a utopia nos processos comunicacionais os sujeitos interpretantes estão interpretantes sujeitos os comunicacionais processos nos a para e repertórios de ferramentas mais investidos cada vez a conexão via compreende E uma terceira sentidos. de produção cial e pessoal das tecnologias. A segunda compreende as variá compreende A segunda cial e pessoal das tecnologias. mutações já que com as discursos, simbólico de desvio de veis qual os sujeitos se apropriam das TICs. A primeira compreende compreende A primeira das TICs. se apropriam qual os sujeitos so e apropriação a acessibilidade promover que visam as ações digitais” ainda não tecnológicas pelas esferas pendência é comprometida dominadas. aqueles que se sentem instituídos em uma alternativa ao mer em uma instituídos alternativa aqueles que se sentem uma de pos “prisioneiros são relativamente cado e ao Estado pelas indústrias adaptação de apresentadas às mudanças tura vres, Proulx (2012c) faz referência às obras de Antonio Negri de Antonio obras às referência faz (2012c) Proulx vres, produtiva força como conhecimento o destaca e Gorz André e que mesmo do capitalismo. Ele considera no desenvolvimento vas formas de agir politicamente a partir da crítica política das da crítica política a partir politicamente agir de formas vas tecnologias. novas Ao refletir sobre os de li coletivos softwares cionamento da sociedade em escala mundial” (FAUSTO NETO et NETO em escala mundial” da sociedade (FAUSTO cionamento p. 10). al., 2008, 228 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados movimento deforças capitalista. submetido demaneira paradoxal– material esimbólica–aum interação por meio de dispositivos de colaboração, masqueestá co quetentareconhecimentoconstruir de ação, suas políticas e o como CMIum elemento atua do institucional processo midiáti 2008). dia (FERREIRA, Dessa maneira,da contribuição, na lógica que se expressa em categorias específicas de dispositivos de mí parafundamentais se compreender o processo comunicacional, (FAUSTO NETO2008, etal., p.10). Os dispositivos de mídia são culturais, lógicas emidiáticasafetam transversalmente o social gias queresultamem um o CMIdesenvolvecapitalista, logica ponde à técnicas eestraté mação socialdomundoconectado. apresenta comoumdos vetores problematizadostransfor na concernem ao controle social,eéeste mesmocontrole quese humana contribui para a reflexão a respeito de perspectivas que de sentido”(GORZ, 2005). desta riqueza A instrumentalização humana única “a se refletir: a coloca se crítica a contrapartida, cionamento mostra-se saturadode no acúmuloriquezas. Em este artigoendossa a críticaàeconomiadesenfreada, cujofun emergeorganização na contemporâneo,do capitalismo social subjetivos colaboram tambémpara adinâmicacapitalista. cional comosimbólicaematerial, considerando queatributos neo. Neste artigoasautoras reconhecem aprodução informa sobre oparadoxo dacontribuiçãonocapitalismocontemporâ Contribuição (PROULX, 2012a). ção, aos usos e àsapropriações tecnológicas em uma Cultura de comoexperiênciado CMI observacionalaos conceitos dedoa relacionarcessos o artigobuscou de midiatização, aspráticas uma reflexão teórica sobre as mutações da comunicação em pro 5 Argumentos finais éasensibilidade, quando essaseeliminasóháausência Emboraseja parte sistema deum de forças quecorres Sobre acondição Buscou-se pensar nos processos midiáticos refletindo de apresentarAlém umobjeto empírico para propor poder de agir poder imaterial

do trabalho humano de maneiracoletiva e de riqueza que ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 229 ------. na Cultura de Contribuição, de Contribuição, na Cultura dos cidadãos, face às competências às competências face cidadãos, dos poder de agir poder de agir poder de agir , o Conclui-se que as apropriações técnicas e simbólicas e simbólicas técnicas que as apropriações Conclui-se Neste espaço em constante mutação, buscar pode-se espaço em constante Neste A descentralização da rede CMI e sua flexibilidade Com a emergência do significado social e econômico da da econômico e social significado do emergência a Com agência web e nas relações sociais e comunicacionais que constrói com e comunicacionais que constrói sociais e nas relações web agentes. outros prias condições de existência dos cidadãos e usuários, de forma forma de usuários, e cidadãos dos existência de condições prias o que o CMI evidencia configurando-se como uma organização ativa politicamente na contribuidores, ainda que desde campos sociais e institucionais e sociais campos ainda que desde contribuidores, con ressignificam como bem discursividades, alteram distintos, do público com a notícia e as pró mudam as relações teúdos, dos voluntários do CMI, bem como de seus leitores e outros e outros leitores seus de CMI, bem como do voluntários dos meios para a sociedade não basta. É preciso haver consciência haver não basta. a sociedade preciso É para meios civil, à mídia e à resistência de cidadania em relação avançada ter assim como é preciso a a desenvolvidas partir das TICs. Como afirmaram Christofoletti e crítica dos abrir uma janela e Mottaobservação de (2008), que entremeados pelo capitalismo cognitivo e informacional e informacional pelo capitalismo cognitivo que entremeados 2012b). (PROULX, espaços públicos, como as ruas e os ambientes digitais, seus digitais, seus e os ambientes espaços públicos, como as ruas meios de dos (novos) apropriando-se de expressão, âmbitos social, ainda organização comunicação e buscando uma nova ambiente digital não ter alcance homogêneo entre as popula entre alcance homogêneo não ter digital ambiente ou grupos, não representa por indivíduos ções. Incentivados dos fazem como o CMI os coletivos dos pela mídia tradicional, em um contexto globalizado demonstram grande potencial potencial grande demonstram globalizado em um contexto apesar do social da comunicação midiática, o controle para digital de cidadania. Neste contexto, o controle social se mostra social se mostra o controle contexto, digital de cidadania. Neste da comunica tomada da que advém capacidade/poder a como de articulação dos saberes. ferramenta ção digital como mento ou suporte. ou suporte. mento uma rede instaura-se da informação, assim chamada sociedade processo cujas práticas culturais, lógicas e midiáticas constroem lógicas e midiáticas constroem culturais, cujas práticas processo contemporânea, a sociedade transversal de maneira e afetam além de instru comunicacional para o dispositivo considerando mocrática, favorecendo processos horizontais de comunicação e e comunicação de horizontais processos favorecendo mocrática, sentido, a social midiatização é o jornalística. Neste informação 230 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados DOWNING, John. O fenômeno– demo CMI: espaço–local CHRISTOFOLETTI, Rogério; MOTTA, Luiz Gonzaga. BRAGA, JoséLuiz. BAHIA, Juarez Benedito. Referências GORZ, André. HIRATA,Helena. Jairo.FERREIRA, Mediatisation:desdispositifs, desprocessus FAUSTO NETO, Antonio;Pedro GOMES, Gilberto; BRAGA, José FAUSTO NETO, Antonio. As bordas da circulação... FACHIN, Patricia; WOLFART, Graziela.Poder e dinheiro: a 107 p. Tradução: CelzoAzzan Jr. SãoPaulo:2005. Annablume, Boitempo Editorial, 2002.335p. isdm34_jferreira.pdf Disponívelem: < sociaux etde communication. sociais naAmérica Jairo Luiz; FERREIRA, (Orgs.). ALCEU 02 ago.2013. Bahia content&view=article&id=2245&secao=278 www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_ ISSN 1981-8793. pp. 06-07. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2015. >. Acesso em:11set. Latina. conhecimento, valor ecapital. São Paulo: Paulus, 2008.v. 1. Midiatização e processosMidiatização ISDM, n.34, 2008. 8 p. Observatórios >. Acesso em: >. Acesso em: : dispositivos São Paulo:São Revista - ,

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 231 - - - - - – co XVIIE

e cida Intercom . Dissertação , São Paulo, ano 5, , São Paulo, . São Paulo: Aleph, . São Paulo: O Centro de Mídia O Centro Matrizes . Paris: L’Harmattan, 2012a. L’Harmattan, . Paris: Open source journalism Open source Mediação e midiatização: : des médias classiques aux classiques médias TIC, : des Usages et pratiques des publics Usages et pratiques Cultura da convergência Cultura 2012c, inédit. comunicacional. na análise do e desconexões nexões Pós-Graduação, de – Programa (Doutorado) Tese f. 211 Universidade Pontifícia Social, Comunicação de Faculdade 2013. mar. 25 Alegre, do Sul, Porto Rio Grande do Católica avril 2012b, inédit. avril mutations du capi des la de communication à l’épreuve Où (en) est la critique de la com talisme contemporain: 7-8 mai Montréal, DE L’ACFAS, munication? In: CONGRES Barbaries contemporaines Barbaries p. 43-60. In: conecte. fortement du Sud dans les pays 4-6 (Maroc), Colloque d’Agadir d’ouverture, Conférence CONGRES INTERNATIONAL DES SOCIOLOGUES DE SOCIOLOGUES DES INTERNATIONAL CONGRES juillet, 7-11 IstanbulFRANÇAISE, LANGUE (Turquie), 2008, inédit. informationnel: d’un capitalisme à l’emprise bution face premières réflexions. In: CONSTANTOPOULOU, C. (dir.). Independente: a política a política e a estética Independente: Sinos do Rio dos Vale do – Universidade (Mestrado) (UNISINOS), 2013. 2009. Brasil. Mídia Independente de dania: Centro da Comunicação, São Paulo, Ciências de Brasileira Revista n. I, p. 1-7-128, jan./jun. 2007. 30, v. de mudança social e cultural. de mudança e cultural. social jan./jun. 2012. n. 2, p. 53-91, LEAL, Ana Regina Barros Rego. Rego. Barros Ana Regina LEAL, JENKINS, Henry. Henry. JENKINS, HJARVARD, Stig. Midiatização: teorizando a mídia como agente a como agente mídia Stig. teorizando Midiatização: HJARVARD, SANTI, Vilso Junior Chierentin. Vilso Junior Chierentin. SANTI, PROULX, Serge. La critique des technologies de l’information et de l’information technologies La critique des Serge. PROULX, PROULX, Serge. La puissance d’agir des citoyens dans un monde citoyens des La puissance d’agir Serge. PROULX, PROULX, Serge. La puissance d’agir d’une culture de la de contri culture La puissance d’agir d’une Serge. PROULX, PROULX, Serge. La sociologie des usages, et après? In: usages, et après? des La sociologie Serge. PROULX, NASCIMENTO, Thayane Cazallas. Cazallas. Thayane NASCIMENTO, 232 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados TOFFLER, Alvin. STIGLITZ, Joseph, Liens quiLibèrent, 2010. A terceira onda Le triomphe de lacupidité.Le triomphe . RiodeJaneiro: Record, 1980. Paris: Ed. Les Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 233 - - - 1 - - - - http://lattes.cnpq.br/ http://lattes.cnpq.br/ Manoella Neves Manoella . CV: . CV: [email protected] . Impõe-se então a ideia de que a vontade humana, Impõe-se então a ideia de que a vontade o reinar comum, pode fazer torne que se desde acon feliz e esse a todos a salvação bem e trazer após a nossa no céu, produzirá não se tecimento Os ini Todorov. (Tzvetan mas aqui e agora morte, migos íntimos da democracia). democracy and participation democracy O texto é um esforço de organizar ideias sobre a ques sobre ideias de organizar é um esforço O texto Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, São Leopoldo-RS. Área de Área São Leopoldo-RS. – Unisinos, Sinos dos Rio do Vale do Universidade de pesquisa 4: Midiatização midiáticos. Linha e pro Processos concentração: Federal da Universidade Assistente Bolsista Capes. Professora sociais. cessos Alagoas.E-mail: de 3169740241773273 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da da Comunicação Ciências em de Pós-Graduação do Programa Doutoranda Cidadania em um mundo conectado: um mundo conectado: Cidadania em Citizenship in a connected world: Mediatization, Mediatization, world: a connected Citizenship in midiatização, democracia e participação democracia midiatização, 1 para manifestar suas contestações e se mobilizar. A experiência A experiência e se mobilizar. suas contestações manifestar para ser pode governos nos cidadãos dos participação mais direta de tações de junho de 2013 no Brasil parecem indicar que a popu indicar parecem no Brasil 2013 de junho de tações – que lugar a politização de outro compreende lação brasileira ambientes novos escolhe da política – e clássicos espaços não os tão da cidadania frente aos dispositivos tecnológicos da socie tecnológicos dispositivos aos tão da cidadania frente articulação maior dade midiatizada, que pode proporcionar As manifes a participação política direta. popular para e cidadã Resumo: 234 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados tions that happened inJune2103 tions that in Brazil seem to indicate that working towards directparticipation. The political demonstra ety, which can provide a largerand citizen-oriented popular net citizenship vis-à-vis thetechnologicaldevices of amediasoci Abstract: colaborativa. Palavras-chave: sobre cidadaniaconectadaecultura colaborativa. texto O da política. partir dasideias de Sergea searticula Proulx um indicador retirado dasruaseredes sociais para ocampo indicar brasileiraque apopulação compreende a politização de ciais (NOBRE,2013). dos jovens da sociedade brasileira enoadvento das mídias so elevaçãohorizontal apoiadana de umapolítica da escolaridade ção popular.Tal sistema (vertical) se chocariacomosurgimento governabilidade,nome da osistemase fechapolítico participa à Parlamento, precisam formar umacoalizãoparlamentar e,em à participaçãopopular. Osgovernos, para nãoserem frágeis no tema políticocriado possui como característica ser refratário no Brasil,desde o início do período da democratização,o sis ideia decolaboração.pela tada No entanto, demodo particular, ção edetroca, evidenciandocultura uma participativa, orien tem despertado osurgimento denovas práticasde comunica nea, aonipresença da internet edatecnologia dos algoritmos 1 Introdução Keywords: about connected citizenshipandcollaborativeProulx culture. Serge of ideas uses text The politics. of field the be anindicator taken from thestreets andsocialnetworks into ence of amore direct participationof citizens in government can ronments to expressand mobilize.The experi their challenges chooses enviand new spaces – the classicpolitical otherthan – understandsfrom politicization the population somewhere else As manifestaçõesde 2013 no Brasil dejunho parecem contemporâ sociedade na que, afirma (2008) Proulx The text is an effort to organize ideas on theissue of citizenship, media, democracy,collaborative culture. cidadania, midiatização, democracia, cidadania, cultura ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 235 ------ao tratarem da questão da trans ao tratarem

Quanto a este encontro do campo da comunicação com do encontro a este Quanto A convergência tecnológica propicia o permear da mí o permear propicia tecnológica A convergência interação na rede interação conta da complexidade deste campo enquanto objeto de pes objeto campo enquanto deste conta da complexidade quisa. Ensina Morin que como campo e objeto de estudo, havendo uma multiplicidade havendo estudo, de objeto campo e como da à interdisciplinaridade quanto e uma unicidade de autores que deem teorias escolhas de várias de comunicação, à defesa mas a construção das articulações. Inclusive, este direciona este mas a construção das articulações. Inclusive, a comunicação que tratam textos vários nos é reforçado mento Martín-Barbero Martín-Barbero (2004) ajuda a esta reforçar ideia quando afir no estudo de comunicação não ma que a transdiciplinaridade significa a dissolução de seu objeto nos das disciplinas sociais, preender que é preciso fixar-se bem no que fixar-se campo é da preciso preender comunicação quanto o que ele pode ajudar a responder e buscar no outro de uma empírico pesquisa. do objeto teórica à evidenciação outros, os Mattelart (2004) – (2004) os Mattelart outros, com – fazem exige mídias as que o pensar disciplinaridade dade, uma vez que a mídia atravessa a sociedade contemporâ sociedade a que a mídia atravessa dade, uma vez das insti como algo à parte considerada ser nea, não podendo e sociais. tuições culturais está relacionada ao modo como a ao modo mídia e sua lógica permeiam está relacionada Este sociais. ou instituições campos outros em confundem se e e socie mídia, cultura entre a inter-relação pressupõe conceito dia nos outros campos sociais complexificando o processo inte processo o complexificando sociais campos outros nos dia forçando interagir, de e modos formas referenciando racional, midiatização que a Entende-se campos. em outros alterações 2 Dos estudos de midiatização e dos processos de de de midiatização e dos processos 2 Dos estudos campo da política. É a cidadania no contexto digital digital direcionan política. campo da contexto É a cidadania no democracia. de uma nova a urgência do-se para para manifestar suas contestações e se mobilizar. A ampliação A ampliação mobilizar. e se contestações suas manifestar para nos go cidadãos dos mais direta de participação da experiência o para sociais das redes retirado um ser pode indicador vernos outro lugar – diferente dos espaços tradicionais da política, da política, tais tradicionais espaços dos – diferente lugar outro espaços novos – e escolhe sociais movimentos e como partidos 236 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados realizamseusdiscursos transpassadosmidiática. lógica pela põe sualógicaaoutros campos, demodo que estes pensame cias dáosuporte para se estudar asformas como a mídia im da sociedade’.Braga Então, entende que os processos (op.cit.) tros processos, e simafuncionarcomo‘organizador principal aos processos subsumidos, mas nãocorrespondeou a ‘anular’ cional ‘dereferência’, em umdeterminado âmbito, ‘dáotom’ intera processo Um centrais. lógicas de definidores e validade estes como parâmetro, referir-se-iam a eles como critérios de mente prevalecentes. Osdemais processos interacionais teriam ração dedeterminados processos como principais, tendencial cional dereferência. dos processos mediáticos à condição de processualidade intera damente para reformulações sociotecnológicas depassagem para se tornar oprocesso de referência, acenando maisajusta mediatização como processo interacionalem marcha acelerada Abordandoquestão macro, a oautor propõevisão sobre uma um nível macro, refere-se à mediatizaçãodaprópria sociedade. do entretenimentopolítica, da a edaaprendizagem. Outro, em dia –entendendo-se, então, amediatização de instâncias como a se desenvolver (inteira passam eparcialmente) segundo a lógicadamí que específicos sociais processos de trata Um ciais. tização”pode ser relacionadapelo menos,dois a, âmbitos so possibilidades. De acordo comBraga (2006), a palavra “media re fazendo conhecimento eaproximações, permitindo testar, e ampliaras reflexão à prática a submetendo processo, prio reconhecimento eatuaçãodosoutros campos. de estratégias as e gramáticas as reconfiguram midiáticas ções Potencializadas pelos novos dispositivos tecnológicos, as opera A expressão referência, emparte, decorre daconside Pesquisar em comunicaçãoéestarconsciente dopró O compartilhamento dacomunicaçãocomoutras ciên na realidade (MORIN, 2007,p.6). ção que se considera reflexo do que há de mais real sionais e finalmente ofuscantes de uma simplifica consequências mutiladoras, redutoras, unidimen as recusa mas pensar, de simplificadores modos o pensamento complexo integra omaispossível os ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 237 ------ões e as ç (BEUSCART et al., 2009, p. 5). (BEUSCART 2 Quand on retrace l’évolution des analyses ayant ayant analyses des l’évolution Quand on retrace la com de formes et les les interactions sur porté un enrichisse munication sur Internet, on constate outils questionnements et des des ment progressif nouveaux à l’apparition des suite méthodologiques les les forums, après de communication: dispositifs électroniques les messageries pages personnelles, et les jeux vidéo en ligne (multi-user dungeons) de réseau les sites sont apparus les blogs et ensuite social se traça a evolução das análises que examinaram as intera das análises que examinaram a evolução traça se Frente à internet, parece que a midiatização total da que a midiatização total à internet, parece Frente Em um processo inexorável de mudanças, sobretudo sobretudo de mudanças, inexorável processo Em um Quando formas de comunicação na Internet, há um enriquecimento progressivo de progressivo comunicação na Internet,de há um enriquecimento formas dis de novos ao surgimento seguintes metodológicas ferramentas e questões 2 como potência para melhor captura e estudo do processo de mi de processo e estudo do captura melhor para como potência completude a para total não como garantia diatização, embora processo. deste dá contornos mais visíveis para capturar e estudar o processo o processo e estudar capturar para mais visíveis dá contornos mais consisten de midiatização, de modo que se possa elaborar a internet Observa-se vivida. da realidade a construção temente trução social da realidade vivida. trução social da realidade que ela possibilita mas a interação pode não ocorrer, sociedade rizariam o que o autor chama de ‘incompletude’ deste processo, processo, chama de ‘incompletude’ deste o que o autor rizariam media processos dos interacionais insuficiências a referindo-se da cons e defensáveis consistentes modos elaborar tizados para constituem as interações sociais contemporâneas. A sociedade contemporâneas. sociais constituem as interações em vias de mediatizar-se em processo, estaria contemporânea algumas lacunas que caracte mas evidenciam-se por completo, lhe e direciona as possibilidades sociais, a partir dos processos a processos sociais, partir dos as possibilidades lhe e direciona Articulações complexas realidade. a constroem interação, de de dados diverso e o acervo da sociedade participantes entre a partir do século XX, a sociedade encontra-se atualmente na atualmente encontra-se XX, século a sociedade do a partir base tec mediatização de a crescente para da escrita transição esco realiza, a sociedade quais os segundo nológica. Os modos lidade social por meio de processos interacionais pelos quais os pelos quais os interacionais processos de meio por lidade social se relacionam. da sociedade e setores grupos indivíduos, interacionais de referência são os principais direcionadores na na direcionadores principais os são referência de interacionais a rea constrói a social, onde sociedade da realidade construção 238 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados como elementos centrais. (interdisciplinar)po tendocomunicação, da questões as desta A seguir, faz-setentativa uma deabordar otema dentro do cam tas, por exemplo, deram umavisão sobre estes acontecimentos. Brasil:no 2013 de filósofosjunho sociólogos, de ções urbanise questões. muitascoisas foramEntão, ditassobre asmanifesta de alterá-los,dos campos, amídia,além pode indicar eimpor midiatização Com a odapolítica. campos, emparticular alguns teraçãopode indicarcaminhosparaesta E internet. na repensar vado enquanto lugar tambémdecontemplação, observação. pelo espaçocomumegenérico de ações e representações, e pri espaço bivalente,e privado público aomesmo tempo. Público, mobilizar apartir das mídias sociais. Estas se apresentam como assim com a política, como evidencia seu poder de agregar, de sociedade/o povo eapolítica/ogoverno (MATA, 1992). frentamentos. Tais espaçosatuavamcomo mediadores entre a coletivos emqueseinstalavamadesões e seprocessavam en ocorriam trocas diretas, lugares de ação, de irrupção de atores praçassociais, ospartidospolíticos,as lugarespúblicas, onde ços para manifestar suascontestações esemobilizar. compreendede outro apolitização lugar eescolheunovos espa opovocampo. Quando foi àsruas emjunhode2013, indicou que descrençapela evidenciandoclasse política, na certa rejeição ao mento noprocesso político eeleitoraldo país,provavelmente e emespecialajuventude, possui pouca mobilizaçãoeenvolvi 3 Oquedizemasruaseredes sociais(sobre os junho 2013noBrasil) sentidos gerados apartirdasmanifestações de redes sociais de vídeo on-line (masmorras usuários) de aparecerammúltiplos blogsesites de positivos de comunicação:depois A ida àsruasdemonstra certainsatisfação docidadão Os espaços clássicos da políticaseriam os movimentos De modogeral,observa-se brasileira,população quea Metodologicamente,avanço háum parain se estudara . [Tradução minha]. dos fóruns, páginaspessoais, e-mail s e jogos ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 239 ------, refe Wiki Way Proulx (2012) pontua sobre a contribuição on-line: as pontua (2012) sobre Proulx Foi demonstrada a capacidade da juventude e da po a capacidade da juventude demonstrada Foi A proposta de participação teria que partir da própria que partir da própria participação teria de A proposta Os manifestos das jornadas de junho de 2013 no Brasil no Brasil de 2013 de junho jornadas das Os manifestos rindo-se à Wikipédia como elemento simbólico de uma cultura uma cultura de simbólico elemento à Wikipédia como rindo-se requeridas competências as que afirma tanto, Para participativa. diferentemente do admirador frente à estrela/ao ídolo. Segundo à estrela/ao frente admirador do diferentemente e são a lógica de rede do compartilhamento os valores Proulx, também à lógica a de comunidade. Ele se refere de valor econômico, de outro modo, os contribuintes agem pela modo, os contribuintes de outro econômico, de valor social O reconhecimento lógica do dom do compartilhamento. as partes, entre horizontais relações exige uma contribuição de gens, sons e vídeos, para citar alguns exemplos. O sujeito é pro é O sujeito citar alguns exemplos. para vídeos, e sons gens, de dados e os laços tornam se e fornecedor de conteúdo dutor em questão e não promovem o diálogo racional. em questão e não promovem ima postagens com textos, sociais, redes de sites os blogagens, provocar mudanças políticas pela pressão que encerram. No en No que encerram. mudanças políticaspela pressão provocar delas, o sucesso para é condição e o que dizer saber dizer tanto, a fim de que não se percam em palavras que esvaziam a causa pulação de uma forma geral de se articular, mobilizar, mostrar mostrar mobilizar, de se articular, geral pulação de uma forma política. à classe As ma junto pressão e fazer sua insatisfação podem mas político em si, valor não têm populares nifestações local, de planejar junto ao governo, de poder de vigilância sobre de vigilância sobre de poder ao governo, local, de planejar junto as ações do governo. política, frente a esta pressão popular. Não se podem ignorar as ignorar podem Não se popular. a esta pressão política, frente ampliando pos as permitidas pela tecnologia, em rede relações a situação sobre informar de participação cidadã de sibilidades pode ser ampliada com a democracia participativa, que poderá que poderá participativa, ampliada ser com a democracia pode sociais e potencializar-se. se utilizar das mídias elencar várias demandas. As manifestações de junho de 2013 2013 junho de de demandas. As manifestações elencar várias no Brasil dentre fazem outras refletir, coisas, sobre o indicador representação da política. A da reprogramação da necessidade contendo suas reivindicações; nas redes digitais, expuseram digitais, expuseram nas redes suas reivindicações; contendo vivencia e suas experiências aos protestos suas ideias quanto Nas ruas, nas postagens podem-se das ruas. das nos manifestos lizações pela internet e com milhares de pessoas indo às ruas. às ruas. indo pessoas de e com milhares pela internet lizações ruas e o espaço das ocupando protestaram citadinos Cidadãos, cartazes levaram ruas os atores digitais. Nas sociais das redes foram organizados de modo técnico e operacional mobi com e operacional técnico modo de organizados foram 240 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Brasil, mobilizadaspelaquestãodo aumento do preço dapas Frenteda política. àsmanifestações do mês dejunhoemtodo o dicador retirado das redes sociais, em especial,para o campo mais diretapação dos cidadãos nosgovernos in pode ser um e simbólica. des de criação einterpretação,articulação: material umadupla esfera pluralpública e heterogênea, cujomeiopermite ativida forçacapacidade e a de agir, novoum espaçodeliberdade, uma tivas esociais. Tais ferramentaso empoderamento,possibilitam paraagir sobre asferramentasda websocial sãotécnicas, cogni 3 saria osgovernos. modo maisefetivo nofazer político,esuaparticipaçãoatraves as postagenssugeremnecessidade uma de incluir ocidadão de reprovaçãoà políticos. Asruas,oscartazese de açõesalguns nãomerepresenta’,tazes ouempostagens: ‘fulano referindo-se representaçãoAs ruaseasredes política. sociais diziam emcar certa insatisfação brasileira dapopulação quanto questão da à à Comissão de Direitos Humanos, por exemplo –,evidencia-se reconhecimentoAL) eonão deMarco Feliciano(PSC-SP) frente Brasil,saída dopresidentea doSenadoRenanCalheiros (PMDB- rias outras reivindicações como a PEC 37 sagem do transporte –masquesedesdobrou público em vá Proposta de Emenda Constitucionalqueretirava poderes de investigação do pec-37-e-propoe-75-dos-royalties-para-educacao.html em: < Câmaraderruba PEC37epropõe 75% dosroyaltiespara educação. Disponívela muitos deputados mudaram seu voto. ACâmara derrubou a PEC com 430 votos. MinistériopressãoCom a Público. dasmanifestaçõesredese nas derua sociais, Quanto aoempoderamento,experiência a departici http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/06/camara-derruba- 3 , aCopa do Mundo no >. Acesso em:jul.2013. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 241 - - - http://www. ) 4 http://g1.globo.com/brasil/ >. Acesso em: ago. 2013. >. Acesso >. Acesso em: abr. 2014. em: abr. >. Acesso . É necessário definir direções, não direções, definir necessário É . 5 Sem lideranças nas ruas, os movimentos se veem se veem nas ruas, os movimentos Sem lideranças a multidão um de ordenar como impasse: diante É possível ou partidos? a lideranças recorrer sem feitas pelos manifestantes (Fonte: G1 (Fonte: pelos manifestantes feitas Cartazes com algumas reivindicações/propostas Cartazes com algumas reivindicações/propostas Mas é preciso pensar no alvo para as reivindicações, as reivindicações, para pensar no alvo Mas preciso é Cartazes das manifestações. Disponível em: < Disponível das manifestações. Cartazes Feliciano e dois passageiros dançam e cantam Robocop Gay e passam a mão Gay dançam e cantam Robocop passageiros e dois Feliciano desem calado – até permaneceu o tempo todo deputado, que por no cabelo do da favor em manifestaram-se gays, serem não afirmaram passageiros Os barcar. mesmo nele encerra pois significativo, bastante foi Feliciano de silêncio O causa. de sentido. por cair no vazio que termina a manifestação neutralizando o evento, < em: disponível Vídeo uma boa estratégia. sido não ter Julga-se youtube.com/watch?v=ieljC52j588 cartazes-das-manifestacoes/platb/ Aqui se lembra o vídeo gravado em um voo em que estava o deputado Marcos o deputado Marcos em que estava em um voo gravado o vídeo se lembra Aqui

4 5 participação sem centro definido claramente. Vive-se e relacio entanto, com capacidade de mobilização. No na-se em rede bem o quê. É preciso saber quais as causas, que tipo socieda de bem o quê. É preciso mídias se almeja. Com as novas de se deseja, que tipo de valores e de modelo de ordenação há um indício se pulveriza, o poder não com violência e no vazio sabe não se contra generalizados protestos de formas tomando 242 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados plataformas a partirde encontros presenciais ou virtuais.Têm- exemplo, veem-se várias reivindicações. Podem-se construir ções, através dosjornais e daspostagensnasredes sociais, por 6 pensa queacapacidaderelacional do poder está condicionada, ganização e dadinâmicaprópria da sociedade, de modo que se produzindotabelece, zonas de afetação em vários níveis de or rência sobrea estrutura aqual sócio-técnico-discursiva sees rejeição.e a Asociedade da midiatizaçãoseconverte emrefe de contemporânea, potênciahá uma maiorpara aresistência que aaceitação. de poder mudam quandoaresistência earejeição são maiores soluto, sempreexiste possibilidade deresistência. a As relações ab poder há não entanto,outro. No sobreatoro um de fluência que estãosujeitos a ele,havendo sempre um maior grau de in Em qualquerrelação de poder há certo grau de aceitação dos emolduradasdominação quereside pela nas instituiçõessociais. os atores sociais suas ações.Asrelaçõesguiam depoderestão quais atravésdos discursos dos compartilhados significados de a coação(ousuapossibilidade) e/ou mediante aconstrução 4 Ainternet eoespaço deinteração pública der ‘asvozes darua’ dispersasesemaslideranças clássicas. do país.Aquestãoquese impõe écomo vida política compreen tade maior (aparentemente)na participação popular de uma se movimentos sociais, coletivos e agora apossibilidade e avon MOSÉ, Viviane. MOSÉ, Postagem do dia 18 de junho de 2013. Disponível em:< www.facebook.com/MoseViviane?fref=ts Parece que,comosprocessos midiáticosdasocieda Castells(2009) ensina queopoder se exerce mediante Observando os registrosnas manifesta da multidão tempos, comatecnologia quedispomos(MOSÉ apreenderfazer a nos novos política epromissores falar. isso Mas ainda nãoaprendemos. Temos que ceitos evalores. saberouvir Oqueimplica e saber Fazerhoje éconectarforças, política pessoas, con correrfluxopara[...] o multidão ver dá? da que no deixarteremosfluxo?que Ou ordenaçãosem uma >. Acesso em:ago.2013. https:// 6 ). ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 243 ------(ROSNAY, 2005, p. 30). (ROSNAY,

” (KERCKHOVE, 1999, p. 26). Aprende-se o Aprende-se p. 26). 1999, (KERCKHOVE,

” as intenções de origem perdem força, uma vez que uma vez força, origem perdem de as intenções com que fazem dinâmicas a outras estão entregues mais con não possam e recepção que a produção esta que presumem os efeitos bem como trolá-las, A linearidade dá lugar os discursos. belecer sobre da enuncia ato no Dissolve-se à heterogeneidade. de uma espe noção de equilíbrio, ção a existência na de simetricidade, vínculos possíveis cialmente que os engendram medida em que as intenções 2010, p. 9). NETO, (FAUSTO não são controláveis es uno de los recursos más poderosos de la huma de más poderosos los recursos uno de es “O processo humano de comunicação é potencializado, potencializado, comunicação é humano de “O processo A rede tem sua potência. Ela proporciona a a conectivi Ela proporciona sua potência. tem A rede As relações de comunicação sempre são relações de po de são relações sempre comunicação de relações As Diante do exposto, pensar o espaço de interação públi interação pensar o espaço de do exposto, Diante Las redes interactivas multimedia abren la posibilidad de que multimedia abren interactivas Las redes eletrônicos”, eletrônicos”, afirma Gomes (2011, p. 7). Na política não diferente seria a sofisticação deste processo, no entanto, algumas haya personas que quieran expresarse personas que quieran haya na sociedade contemporânea, pela sofisticação de seus meios do movimentos, estimulando discussões e fortalecendo debates. debates. fortalecendo e discussões estimulando movimentos, do “ nidad. Es una condición para el crecimiento de la producción de la producción el crecimiento nidad. Es una para condición humana intelectual conectan pessoas, estimular e organizar de saber agregar, valor para a família, a empresa, a escola, para citar algumas. a escola, para a empresa, a família, para que “ dade, zontalizada’, com a constituição de instâncias democráticas com com com a constituição de instâncias democráticas zontalizada’, na todos de participação direta maior permitir capacidade para tal concepção estender e pode-se condução da administração, va-se a presença de lideranças sociais difusas, múltiplas, difusas, o que sociais lideranças de a presença va-se pública, por de gestão na modos administração novos sugere mais hori em uma ‘hierarquia fundamentem se que exemplo, dispositivo de captura da comunicação. de captura dispositivo obser midiáticos aos processos Frente embate. de força, de der, ca de empoderamento da cidadania (como se vem afirmando) é refletir sobre o processo comunicativo, a dinâmica relacional e como ela se configura neste espaço que pode ser dado como mas não determinada, pela capacidade estrutural de dominação pela estrutural capacidade não determinada, mas pois se complexifica, dominação de poder Tal ibid.). (CASTELLS, 244 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 2002). Dessemodo,também tante pobreza ededomíniode oligarquias dapolítica (PINTO, bas de regiões em dificuldades maiores com ocorreria direta voltados àscausassociais. Seguindo este raciocínio, democracia governos, são osquehistoricamente enoseudiscurso são mais Quanto aospartidosquepropõemdiretaparticipação a nos seus da suacidade e apresentam um forte sentido de pertencimento. zada, cujosindivíduos são culturalmente maisengajadosvida na pareceparticipação sociedade organi serconsequênciadeuma condições parecem necessárias para este tipo de experiência. A maior participação do cidadão, compartilhandoopoder e as formade uma e dapolítica geral,aberturauma de espaçospara democracia representativa eademocracia direta. podem proporcionar paraaproximação uma equilibrada entre a possa residir agora naforça queos dispositivos tecnológicos Neto (2010) de dissolução de uma simetricidade, talvez esta determinante (FERREIRA,2016). Retomando a ideia de Fausto tidos requeridos por quem enunciapor primeiro. Nem há um minação instituídas.Não estão maissobcontrole totaldos sen do de condições as modificar podem que ações em revelam se Mas, emdiferentes fases, os processos midiáticos são difusos e Brasil. no público administrador o para mais ainda significar a passando – intensa social demanda a e escassos são financeiros der e asdecisões, contextonum emqueosrecursos naturais e que os espaços deliberativos são formas de compartilhar opo Observamos dois processos: a) por parte dos governos destas, outraAlém de condiçãoé a hádeser pontuada: ciedades modernas, altamente industrializadase larmente nosúltimosanosdoemso século XX mente,tendência uma queseacelerou particu caracteriza todas as sociedades. é, essencial Ela processoé um midiatização não a universal que influência que ela exerce (HJARVARD, 2012, p. 65). vavelmente haverádiferenças consideráveis na turas serão afetadas pelamidiatização,maspro globalizaçãoavança, cada vez mais regiões e cul Japão, Austrália e assim por diante. Conforme a principalmente ocidentais,ouseja,Europa,EUA, ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 245

7 ------sem espaço para sem espaço para self que se constitui na interação com o outro. Portanto, Portanto, com o outro. constitui na interação que se não é um dado imediato, com o qual nasce, mas se não é um dado imediato, A duplicidade do processo de comunicação leva ao con comunicação leva de processo do A duplicidade A experiência de abertura de espaços deliberativos deliberativos espaços de abertura de A experiência Os interacionistas simbólicos da Escola de Chicago simbólicos Os interacionistas self self self a comunicação, lançando fundamentos chamados de interacionismo simbólico. chamados de interacionismo a comunicação, lançando fundamentos interacionismo o pai do Mead, considerado além de pensadores, Alguns seus de e Park. Peirce simbólico: Sapir, Fundada nas primeiras décadas do século XX, a partir da reflexão teórica sobre sobre teórica décadas do século XX, nas primeiras a partir Fundada da reflexão de interação munidade (RÜDIGER, 2003). No entanto, o o No entanto, 2003). munidade (RÜDIGER, 7 Mead, o de interação no processo uma construção simbólica, que surge co determinada de dentro semelhantes, com seus seres desses ceito de de ceito contínuo. Para ele não é algo acabado, mas está em processo de interação comunicacional não acontece simplesmente numa simplesmente não acontece comunicacional interação de interpreta expressão, é antes situação de estímulo e resposta, a reflexividade. como núcleo central ou seja, tem ção e resposta, uma condição de possibilidade de interação social e comunica interação de uma possibilidade condição de o processo simbólico, o interacionismo com acordo cional, e, de sociedade (FRANÇA, 2007). há de ser considerada pública, por exemplo, numa administração cooperativa de indivíduos, enquanto realização permanente de permanente realização enquanto de indivíduos, cooperativa possibilitadas pela e que esta é condi comunicação e trocas atos social, que se confunde com a da interação ção de possibilidade estruturam o processo de comunicação. E aqui se tenta expor expor de comunicação. E aqui se tenta o processo estruturam A partir a constituição de um espaço de interação. a ideia sobre atividade enquanto existe que a sociedade Mead, entende-se de afirmam que a sociedade não pode ser estudada fora dos proces dos fora estudada ser pode não sociedade a que afirmam as pessoas, e que é constituída pela comu entre sos de interação de símbolos, e estes através nicação. As pessoas se relacionam 5 Cidadania em um mundo conectado: processos processos um mundo conectado: 5 Cidadania em nifestações da rua ou em postagens de atitude de luta (‘o gigante atitude luta de da rua ou em postagens de (‘o gigante nifestações às demandas mais atuação –, mas mais ação, frente acordou’) além das críticas. para políticas, responsabilidades; b) por parte dos cidadãos, uma postura mais uma cidadãos, postura dos parte b) por responsabilidades; ma nas somente ficando não – letárgica menos política, à atenta 246 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados forte –como refere2008): (in: GOMES;MAIA, Maia não somente racional,apoiem nodiálogo publicidade uma alcançar buscando dos forma,de alguma relações depoder e delasvêm asconstituições têmhumanas vezuma dimensão política, uma que constituem, jogos de poder e influências no processo de decisão. As relações estabelecem emantêm, do quese depreende existir disputas, nos seestruturame secaracterizam relaçõespelas também que cia viva. Para alémdas suas funções administrativas, os gover envolver etestar suacapacidadederesponder não teria existên mundo conectado emrededemocracia – ea possa ser mais comunicação. sideração dahibridização dos modos de difusão, distribuição e do. E oautor mesmo parece deixar umrastro de resposta: a con direta comapolítica, pois é preciso um engajamento continua e organizaçãopolitização para dapopulação sustentar relaçãoa atenção, de deslocamentos, oqueremete adiferentes níveis de sidade extrema de práticas de recepção, comníveis variáveis de a sociedade. regra primordial para o processo de interação entre a políticae globalde produção e circulação culturade uma como midiática erados cidadãosna cas deação contextoem um digital, mais (PROULX,balizada 2012). é Então, e políticas,pensando-seemnovas formasglopolítica deação inevitável, tanto para os ativistas quanto para asciênciassociais erados cidadãospoder na de ação tornou-sedigital um assunto Proulx significaram e ecoam. Este autor aponta que a questão do 6 Algumasconsiderações: midiatizaçãoe bate eaargumentação. ao quesatisfaz certasregras pragmáticasque possibilitamode no quediz respeitoque étrazido àquilo à atenção de todos, mas democracia com maisparticipação selves. Embora a cidadania possa ser também exercida no No entanto, oautordiverque háuma também aponta Diante do exposto,questões algumas colocadas por que asrelaçõesjudicioso, É então, institucionaisse

necessário pensar as práti ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 247

- - - Galáxia : hacia una : hacia una . Madrid: Alianza . Madrid: : Diálogos Brasil y : Diálogos Brasil , ENS Cachan, n. 15, , ENS Cachan, n. , São Paulo, ano 5, n. , São Paulo, Matrizes Inteligencia en conexión en Inteligencia Terrains & Travaux Terrains Comunicación y poder y Comunicación circulação como objetos de pesquisa: das lógicas às ana das lógicas de pesquisa: como objetos circulação defasagens. das a explosão investigar logias para Editoral, 2009. 679 p. Editoral, Mediatización, Sociedad y Sentido UNR, 2010. p. 2-17. Rosário: Argentina. (introduction). (introduction). p. 3-28, 2009. e Sociabilidade. In: Comunicação GT cional de referência. Anual, Bauru, jun. 2006. 15º Encontro COMPÓS, mudança social e cultural. mudança social e cultural. 2, p. 53-91, jan./jun. 2012. 1999. Gedisa Editorial, Barcelona: sociedad de la web. 256 p. 2007. 2011. PPGCOM-UNISINOS, vias de midiatização. Paper, 2008. 372 p. Paulus, cia. São Paulo: (PUCSP), v. 33, p. 199-213, 2016. v. (PUCSP), Anual, Curitiba-PR, Encontro 14º nicação. In: COMPÓS, KERCKHOCVE, Derick. Derick. KERCKHOCVE, HJAVARD, Stig. Midiatização: teorizando a mídia como agente de agente a mídia como Stig. Midiatização: teorizando HJAVARD, GOMES, Pedro Gilberto. Da sociedade dos meios à sociedade em Gilberto. GOMES, Pedro C. M. Comunicação e democra GOMES, Wilson; MAIA, Rousiley FRANÇA, Vera. Contribuições de G. H. Mead para pensar a comu G. H. Mead para de Contribuições Vera. FRANÇA, FERREIRA, Jairo. A construção de casos sobre a midiatização e a midiatização sobre casos de A construção FERREIRA, Jairo. FAUSTO NETO, Antônio. A circulação além das bordas. bordas. além das A circulação Antônio. NETO, FAUSTO CASTELLS, Manuel. CASTELLS, BRAGA, José Luiz. Sobre “mediatização” como processo intera- intera- processo como “mediatização” Sobre Luiz. José BRAGA, BEUSCART Jean-Samuel et al. Sociologie des activités en ligne et al. des activités Sociologie Jean-Samuel BEUSCART Referências para exercê-la. Se assim não for, provavelmente a democracia se a democracia provavelmente não for, assim Se exercê-la. para de – que ela da justiça social ainda mais pode gerar distanciará e efetivo. concreto modo mais fortalecida, possibilitando a participação cidadã mais direta a possibilitando participação mais direta cidadã fortalecida, na política –, há de se pensar em modos diversos e específicos 248 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados MATA, MariaCristina. Entreplatea.y la plaza la In:SCHMUCLER, MARTÍN-BARBERO, Jesús. KROTZ, Friedrich. Themeta-process of ‘mediatization’a as RÜDIGER, Francisco. ROSNAY, Joelde.Uncambio deera.In: RAMONET, (Org.). Ignácio PROUXL, Serge.après?. Lasociologie desusages,et In:XVIII PROUXL, Serge. Lapuissanced’agirdes citoyens dansunmonde PINTO, CéliRegina Jardim. Espaçosdeliberativosquestão ea Marco.NOBRE, MORIN, Edgar. MATTELART, Armand;MATTELART, Michèle. 2003. 139p. problemas,correntes eautores. 2.ed.São Paulo:Edicom, 2005.p.17-32. mica. Madrid:IcariaAnhazyt, La post-televisión 2008. communication”,“Sociologie dela 7-11 juillet Istanbul, DE LANGUEFRANÇAISE (AISLF), Groupe de travail CONGRÈS INTERNATIONAL DESSOCIOLOGUES 2012. Conférence d’ouverture, Colloqued’Agadir,4-6 avril, dans lespays duSud:desTIC, médias classiques aux fortemente conecte. In:Usagesetpratiques des publics Caxambu –MG,2002. da representação. In:ANPOCS,EncontroXXVI Nacional, (E-Book). SãoPaulo: CompanhiadasLetras, 2013.33p. Porto Alegre: Sulina,2007.120p. São Paulo: Edições Loyola, 2004.256p. Catálogos, 1992.p.62-76. diática? ción H.; MATA,Cristina (org.).Maria Loyola, 2004.478p. tino-americana dacomunicaçãoecultura. SãoPaulo: Thousand Oaks, v. 3,p.256-260,2007. frame.conceptual – hay Introduçãopensamento ao complexo O choque da democraciachoque da O Buenos Aires: Universidad Nac.deCórdoba/ un lugar Introduçãoà teoria da comunicação Global Media and CommunicationMedia Global – multimedia y globalización –multimedia econó- Ofício para la de política cartógrafo Políticay comunica : razões darevolta Pensar asmídias en la –travessia la cultura . 3.ed. me - - - : , . Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 249 - conecte.

Paradigmes pour penser les usages des objets objets des les usages pour penser Paradigmes La critique des TIC au La critique des TIC prisme des transforma La puissance d’agir des citoyens dans un monde dans un citoyens des La puissance d’agir

. communicationnels. génération de recherches? génération 19_04_-_Manh.html Proulx_- _18_04_-_Manh.html -_18_04_-_Manh.html 19_04_-_Manh.html -_17_04_-_Manh.html _17_04_-_Manh.html _15_04_-_Manh.html -_16_04_-_Manh.html _16_04_-_Manh.html tions du capitalisme contemporain. tions du capitalisme _15_04_-_Manh.html fortement http://www.4shared.com/video/cIEjeLnB/Seminrio_Proulx_-_ http://www.4shared.com/video/cIEjeLnB/Seminrio_Proulx_-_ http://www.4shared.com/video/Eb9CCLcH/Seminrio_Proulx_ http://www.4shared.com/video/n4iCoxI9/Seminrio_Proulx_-_ http://www.4shared.com/video/oRT8qsvU/Seminrio_ http://www.4shared.com/video/J_urUbeM/Seminrio_Proulx_- http://www.4shared.com/video/J_urUbeM/Seminrio_Proulx_- http://www.4shared.com/video/ib8KGoPY/Seminrio_Proulx_- http://www.4shared.com/video/Hhm75K-y/Seminrio_Proulx_ http://www.4shared.com/video/AG5sm00n/Seminrio_Proulx_ http://www.4shared.com/video/AG5sm00n/Seminrio_Proulx_ http://www.4shared.com/video/YnVZEnDI/Seminrio_Proulx_- http://www.4shared.com/video/YnVZEnDI/Seminrio_Proulx_- Vídeos do SeminárioVídeos http://www.4shared.com/video/RkmjJWIt/Seminrio_Proulx_- PROULX, Serge. PROULX, PROULX, Serge PROULX, PROULX, Serge. Approches de la réception: vers une quatrième vers de la réception: Approches Serge. PROULX, Serge. PROULX, Slides de aula Slides

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 251 - - 1 - - - Élida Lima lima.elida@gmail. . se constitui, mantendo constitui, mantendo se Booking.com

, por meio de avaliações dos hotéis, tem tem hotéis, dos , por meio de avaliações . of contribution’ online mídia, midiatização, cultura da contribuição, cultura midiatização, mídia, ‘cultura da contribuição’ da contribuição’ ‘cultura http://lattes.cnpq.br/8996003316306594 Booking.com A participação dos usuários na produção de conteú de na produção usuários A participação dos CV: CV: . Booking.com cacionais no âmbito da sociedade em midiatização, com interesse nas transfor em midiatização, com interesse sociedade da no âmbito cacionais anos atuou repórter 12 como jornalísticas. Jornalista, por das práticas mações na análise com foco (UCPel), em Letras Mestre jornal. de em redação e editora bakhtiniana. E-mail: a perspectiva sob mídias das discurso do com Doutora em Ciências da Comunicação (Unisinos), estuda os processos comuni estuda os processos da Comunicação (Unisinos), em Ciências Doutora Booking.com sob a perspectiva da Booking.com sob a perspectiva Booking.com from the perspective of the ‘culture of the ‘culture perspective the Booking.com from 1 Palavras-chave: turismo, agência de reservas reservas agência de na contribuição de ação midiatizada alicerçada uma plataforma dos seus usuários. espontânea e não remunerada apresentadas no site, as quais deixam emergir pistas de um ca pistas emergir as quais deixam no site, apresentadas conteúdos de a monetarização ou seja, pitalismo informacional, que a contexto a partir da lógica do dom. É nesse produzidos marcadas pela ambiência em midiatização. uma de sociedade marcadas Temos como objetivo neste trabalho desenvolver uma reflexão discursivas vistas a com subsidiar a análise de produções teórica econômico. A cultura da contribuição, a partir da perspectiva da contribuição, a partir da perspectiva econômico. A cultura embasamen oferece-nos 2013), 2012, (2010, Proulx de Serge as quais estão sociais, práticas novas essas observar para to Resumo: Resumo: do no site pela agência e seu sucesso prestado no serviço papel decisivo 252 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados of contentsis inthis It produced of gift. on thebasisoflogic informationalan tocapitalism emerge,is, themonetizing that sive productions presented onthewebsite, which allow hintsof retical reflection in order to contribute to the analyses of discur mediated society. Ouraimwiththispaperis to develop atheo these new socialpractices, which are selected by anambience- view of participatory culture offersfoundation us a to observe and itseconomic success. Serge Proulx’s(2010, 2012, 2013) uations of hotels, which are criticalfor the company’s service based ontheproduction of content for the website through eval Abstract: 3 2 tituições midiáticastradicionais de viver’, queaté o surgimento de tais tecnologias tinhaasins ciedade em midiatização’ nentes‘sociedade dosuma meios’, a deixando emergir‘so uma sociais da contemporaneidade se sobrepõem concer àquelas câmbio naspráticas sociais. modo de serelacionar daspessoas e promovem umprocesso de de dispositivos tecnológicos queinterferem sobremaneirano apropriação e invenção da partir a intensificando-se nuances, décadas, entretanto,obviedade tal ganhou novas ecomplexas duas últimas Nas reconfiguração. intermitente numa evolução, senso comum, portanto, que o‘mododeviver’ estáemconstante ridas nas formas de interaçãoao longodahistória. humana Éde sociedade nos oferecem pistas das constantes mudanças ocor 1 Introdução ism, Keywords: spontaneous andunpaidcontributionofitsusers. tuted,platformaction an maintaining onmediabasedthe contextthat the online bookingagency Booking.com Otermo ‘instituições midiáticas tradicionais’, oumesmo ‘clássicas’, refere-se aos Apresentaremosdistinção entresequênciaa na ‘sociedade dos meios’ e‘socie meios decomunicação até osurgimento dainternet. dade emmidiatização’. Referimo-nos a câmbiopor considerar queaspráticas da especificidades as desvendar buscam que Estudos On the websiteOn media, mediatization,participatory culture, tour . 2 . Ou seja, estamosalterando. Ou o‘modo Booking.com 3 comocentro referencial.Eram , users’ participation is users’ participation , Booking.com is consti ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 253 ------que não a sua. A pressão que não a sua. A pressão 6 , 2010). desempenhou papel central na papel desempenhou central LIMA 5 . 4 A possibilidade de ‘acesso’ à esfera pública tem provo pública tem à esfera ‘acesso’ de A possibilidade Essa concessão dos demais campos se assenta não só demais dos Essa concessão O das mídias campo questões da atualidade se tornam visíveis ao grande público, sofreu e ainda e público, sofreu ao grande visíveis tornam da atualidade se questões uma para migra meios dos a sociedade mudanças substanciais conforme sofre sociedade em midiatização. e campo das mídias. que tais não são ex noções por considerar de ‘campo’ como sinônimo (1999), ( mas complementares cludentes, tada em 1978 por J. Habermas (1984) para diferenciar uma esfera intermediária intermediária uma esfera diferenciar para (1984) J. Habermas por tada em 1978 de aprofun estudo a intenção neste e o Estado. Não temos a vida privada entre pública, onde o espaço que a esfera considerar tal dar concepção, mas é preciso Seguimos as concepções de Bourdieu (2009) e Rodrigues (1997) sobre campo sobre (1997) e Rodrigues (2009) de Bourdieu Seguimos as concepções Bakhtin/Volochinov de na compreensão ‘esfera’, Utilizamos a denominação Esfera pública, aqui também denominada espaço público, é uma noção apresen Esfera 5 6 distintos campos. Se antes uma empresa que buscava ofertar ofertar que buscava uma empresa Se antes campos. distintos 4 fissionais da área. fissionais da área. cado ainda reconfigurações nas operações comerciais dos mais entre os públicos sem obrigatoriamente depender da anuência depender os públicos sem obrigatoriamente entre pro dos (escolhas) concessão de uma instituição midiática e da referindo às práticas sociais de uma sociedade dos meios. Com o Com meios. dos uma sociedade de sociais às práticas referindo essa mediação passou a alte ser tecnologias, novas das advento a interação da atualidade permitem que os dispositivos eis rada, na habilidade enunciativa da esfera midiática, mas também no da esfera na habilidade enunciativa a exclusivi atrás, pouco tempo até mídias deterem, de as fato nos Estamos ‘emissão’. de tecnológicos dispositivos sobre dade 1997), o que não significa que, ao se apropriar de discursos de próprias. competências com os impregne não outrem, midiática somente teve e ainda detém tal capacidade a partir e ainda detém teve midiática somente o Assim, campos sociais. pelos outros da legitimação conferida (RODRIGUES, uma delegada legitimidade tem campo midiático que exerceu, e ainda exerce, sobre os outros campos, num pri outros os sobre exerce, e ainda que exerceu, uma E efeti ser imposição das mídias. parece momento, meiro é, vamente mas não significa que seja arbitrária. Afinal, a esfera cia e o poder de selecionar os temas ‘dignos’ de serem apresen serem de ‘dignos’ temas os selecionar de cia e o poder pertencentes estes temas discursivas, tados nas suas produções humana da atividade esferas a outras discursos na esfera pública na esfera discursos incumbên a na XX, metade do século segunda tendo sociedade as mídias e as produções enunciativas de seus especialistas que que de seus especialistas enunciativas produções e as as mídias os em curso, explicitar, colocar a detinham para legitimidade 254 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados ração pela internet. Referimo-nos ao infinito número de relações surgiramempresas quetêm suasatividades alicerçadasinte na e daadesãoàslógicasconcernentespública aocampomidiático, com crescente adesão àslógicasmidiáticas. do campo midiático para aprodução e circulaçãode discursos e der o peixe’está mudando,commenordependência também ‘vende modo o que significa Isso visibilidade. produto)obter e ciar’ narede, promover a suaatividade comercial(serviço ou é possívelatualidade midiático, na especialista não um a seus produtos eserviços dependia de especialistas docampo 7 pois nova políticade acesso ao espaço público. Aquestãovai além, apropriaçãoa socialdestes dispositivos gerauma não apenas das tecnologias dainformação edacomunicaçãomostram que apenas deumnovo ções discursivas específicas da internet. Não se trata, entretanto, práticas sociais de uma sociedade em midiatizaçãoeopera rede, desenvolvendoplataforma uma denegócios baseada nas setores em se promover e promover seus produtos/serviços na comerciais Referimo-nos às pessoas que não são consideradas profissionais da área das área da profissionais consideradas são não que pessoas às Referimo-nos mídias. No contexto de novas possibilidades de acesso à esfera online eàcrescente especialização de determinados ção, pelosleitores deDVD, peloslivros eletrônicos, leitores de áudio comousem dispositivo de grava pelos computadores portáteis ou de mesa, pelos apoios digitaispersonalizados, passando pelofax, nômades, quevão desde os telefones celulares aos artefatos técnicos empresariais, domiciliares ou te infraestruturalenorme constelaçãode uma de considerar ofatorede dequea éumcomponen um estudoapropriado dos usos da Internet deve muitoanálise de uma fragmentada.Desse modo, perspectiva mais abrangente para evitar o risco uso éumfenômeno quenosobriga aadotaruma tivos ede suas possibilidades computacionais de últimos anos,bemcomo a proliferação de aplica tais decomunicaçãopostos emfuncionamento nos [...] aexplosão do número de novos artefatos digi modus operandi , poisestudos sobre ouso 7 ‘anun ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 255 ------Booking. online , que se voltaram nos últimos nos últimos anos , que se voltaram online terminais de jogos e pelos aparelhos de TV digi de TV aparelhos e pelos de jogos terminais também a utilização outras de considerar tal. Deve Internet.além da Na verdade, rede, de tecnologias seja útil ainda como ‘Internet’ termo o embora de reticular conjunto genérica desse designação de comunica as práticas técnicos, dispositivos mais digitais abrangem ção mediadas pelas redes Internet, é uma rede que essa sendo que a rede uma lógica comercial mais orientada por cada vez p. 2-3). 2010, (PROULX, pelos televisores, pelas antenas parabólicas, pelos parabólicas, antenas pelas televisores, pelos O processo de evolução tecnológica pelo qual a passou tecnológica de evolução O processo Assim, temos como objetivo para este artigo identificar identificar artigo este para objetivo como temos Assim, Nesse contexto, em que pese a lógica comercial referi que pese a em lógica comercial contexto, Nesse sociedade em midiatização sociedade nas últimas décadas suscitou, com a adesão massiva a massiva a adesão com suscitou, nas últimas décadas sociedade uma mudança nos domínios de interação, técnicos dispositivos 2 A cultura da contribuição no contexto da no contexto da contribuição 2 A cultura so objeto de estudo. O método utilizado para a operacionaliza utilizado para estudo. O método de objeto so caso da empresa de ção da pesquisa é o estudo hotéis. de acomodações em com, especializada na reserva todologia todologia inclui uma reflexão bibliográfica com base em obras a trazer modo de trabalho, neste proposto o tema que abordam de nos ao entendimento pertinentes aspectos a discussão para analisar empiricamente a estratégia de uma empresa que se ba que se uma de empresa a estratégia analisar empiricamente A me clientes. com seus interação de protocolos seia nos novos as mudanças que as tecnologias digitais trouxeram para a cons para digitais trouxeram as mudanças que as tecnologias e de turismo na área comerciais tituição e sucesso de transações das redes permitem a não especialistas buscar e organizar suas e organizar a não especialistas buscar permitem redes das turis uma agência de de a contratação sem atividades, próprias mo tradicional. agências de turismo agências de turismo eles que preferem buscam ações que conquistar clientes para próprios planejar suas viagens. Afinal, as práticas de interação da por Proulx (2010), foram criadas empresas virtuais que têm virtuais que têm empresas criadas foram (2010), Proulx da por É o caso das usuários. dos a contribuição suas estratégias entre 256 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados mídias. as práticassão afetadas cultura porlógicasmidiáticas,pela das ferentes instâncias –religião, política,educação,ciência, etc. –, da organizaçãoalém socialedos processos discursivos, emdi lidade dos meios, e noâmbito dasociedade em midiatização, ênfasemeios, a atividade da interacionalpassava centrapela novos meios de comunicação,interação. Nasociedade dos volvimento de tecnologias intensamente transformadas em sociedademeios e a (ou midiática) emmidiatizaçãoéodesen diferenciaçãoquestão defundona que a entresociedade a dos econômico, social, cultural, político,etc. Épreciso considerar nas práticas dacontemporaneidade: marcasmercadoriaimprime de específico tipo um de consumo semostraatualidade A bem diversa, anos, o que, nosúltimos já sociedade seria cada vez mais marcada por uma uniformidade. paradigmasalguns comunicacionais que consideravam quea e complexa,nua ao contrário doquesupuseram anteriormente (FAUSTO NETO, 2006). Essa nova organização socialédescontí nova realidadeadvinda social, aquela de ligações sociotécnicas danças nasconcepções de espaço e tempo, construindo uma das mediações e das interações, o que representa aindamu âmbito no transformaçõeshouve que significa Isso sociais. los mais porrelações sociotécnicas do que por tradicionais víncu (SODRÉ, 2008, p.21). Nesse contexto, asinterações se fazem ca emercadológica darealidade sensível, denominada teração’ –,caracterizada por uma espécie de prótese tecnológi de interaçãoparticular que poderíamos – a chamar de‘tecnoin reboque deorganizações empresariais e comênfasetipo num ser compreendidasprocesso como um“[...] informacional,a Na sociedade em midiatização,asmediações podem tando acultura vigente (SGORLA,2009, p.64). rotinas pelas social, pautando-se sociais e reajus por reestruturarmentações queacabam oespaço movi inúmeras verificar podemos utilizá-los, de de informaçãonovasou ecomunicação maneiras Quando surgem novos mecanismos tecnológicos cidade com que se desenvolvem as tecnologias. A cadênciadessa sociedade é reguladavelopela medium ” ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 257 ------de direcio invenções sociais invenções a realidade social exatamente na me social exatamente a realidade parte mais importante da questão. É porque a so da questão. É porque mais importante parte em um sentido acionar tecnologias ciedade decide – na enge desenvolvem se que estas interacional p. 2012, (BRAGA, social nharia e na confrontação 36). Sobre a tecnologia disponibilizada é preciso ainda preciso é disponibilizada a tecnologia Sobre que se desenvolvam a são talvez Essas invenções interacional. namento socialmente Essa possibilidade de fazer ver e de fazer circular as circular de fazer e ver Essa possibilidade de fazer É preciso compreender que, seguindo a concepção de a concepção que, seguindo compreender É preciso Podemos pensar, então, que a adesão da sociedade a a sociedade da a adesão que então, pensar, Podemos e cotidiana passa na atualidade por uma reconfiguração. Novos de visibi a partir de gramáticas tecidos de interação, protocolos seco à sociedade (DEBORD, 1997), porém aumentou exponen aumentou porém 1997), seco à (DEBORD, sociedade con se Há de tecnológicos. dispositivos novos com os cialmente da vida privada reservado então, que o comportamento siderar, enquanto enquanto que na sociedade em midiatização ocorre a intensifi para discurso a imagem, do para da palavra cação da migração intrín é um fenômeno A lógica da visibilidade a representação. cidade: no âmbito da sociedade dos meios, e com a centralidade a centralidade com e meios, dos da sociedade no âmbito cidade: o fazer, sobre do dizer a prevalência do campo das mídias, havia sociais” (SGORLA, 2009, p. 64). especifi segunda uma provoca enunciativas produções próprias visto que “a estrutura social, política social, e econômica da sociedade que “a estrutura visto que ditam a visibi com base em gramáticas midiatizada é tecida atores dos lidade, anunciabilidade e a publicização exacerbada “construímos possibilidades organizando vamos dida em que, tentativamente, sobremaneira, mudou interagir de modo E o (p. 3). interação” de Braga (2006), a midiatização afeta a nossa realidade social, social, pois a nossa realidade a midiatização afeta (2006), Braga sim o uso que fazemos delas. sim o uso que fazemos espaço social, indicando que o desenvolvimento de tecnologias tecnologias de que o desenvolvimento indicando espaço social, mas não Basilar, em midiatização. na sociedade é questão basilar e as rotinas, que marca é a tecnologia pois não determinante, uma das especificidades que distingue a sociedade dos meios da meios dos sociedade a distingue que especificidades das uma (2009), Sgorla conforme Trata-se, em midiatização. sociedade que implicam no mudanças técnicos aparatos consumo de do uma cadência cada vez mais marcada pela tecnologia configura 258 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados a percepção eocomportamento dossujeitos. lidade, anunciabilidadee publicização, foram criados, alterando partir dessa nova ambiência. relações enos modos de enunciardos campos eseusatores, a segundo aspectoum acesso, há quesereferenas mudanças às midiatização afetanossa realidadea questão do da Além social. se fazereram coisasquenão feitas antes. do queisso,a Mais concepção deBraga(2006),se restringenão possibilidade de à (e seleção)realizadaPorém,especialista. pelo midiatização, na a seus discursos,tendo grande como vantagem evitar mediação a tintosdispensarem campos mídias tradicionais as paraenunciar deste artigo,sobre apossibilidade de os sujeitos dos mais dis nos dois aspectos.primeiro, O comoreferido seçãoanteriorna dos até então. pratica enunciar de modos dos subversão uma significa zação circulaçãodiscursos no contextosociedade deuma em midiati tras esferas epermeando as práticassociais destes. Colocarem discursos especialistas, vem sendo adotada pelossujeitos de ou Isso querdizer queacultura dasmídias,demediar e construir enunciar no espaço queessa público nova ambiênciarequer. Nesse sentido, cremos ser válido pensar em pelome Estamos nosreferindo na ‘forma’à mudança dese ciado a partilhar uma paixãouma partilhar ciado a ouàsvezes o prazer, deles (Leadbeater 2004) e Miller – estámaisasso rios contribuintes –“amadores” paramaioria a ção. Emvez disso, o motivo apresentado por usuá costume, empráticasde concorrência ecompeti de utilitarista lógica a com identificar se parecem “cultura de contribuição”, cujosproponentes não do. AInternet deuorigem ao longodos anos auma contribuição, imaginárioparticipativo eorienta comércio marcadascultura pelosideais deuma da o surgimento denovas práticas decomunicaçãoe Internet edatecnologiatemdigital possibilitado Na sociedade contemporânea, apenetração da pares (PROULX, 2012,p.1). buscando oreconhecimento simbólicoentre seus ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 259 ------. [...] podemos contribuir para re para contribuir . [...] podemos , coisas assim” (PROULX, 2013). O 2013). (PROULX, assim” , coisas online online (RFC). “Através dessa lógica de ‘pedidos de “Através (RFC). , criar hyperlinks, organizar um conjunto de um conjunto organizar , criar hyperlinks, outros campos sociais na medida em que, agora, na que, agora, em sociais campos medida outros distan ‘por subtrair mais se conseguem não estes uma pro manter nem geral, público do ciamento’ ‘Tudo’ campo’. as lógicas ‘de para ‘esotérica’ teção ao esquadri aberto torna tudo se logo expõe, se (BRAGA, a todos ‘familiar’ se torna nhamento, 2006, p. 14). A mediatização realiza uma ‘deslegitimação’ de uma ‘deslegitimação’ realiza A mediatização online A noção de dom, no sentido de doação, foi tema de es de tema foi doação, de no sentido dom, A noção de Serge Proulx (2013) considera que contribuição so considera (2013) Proulx Serge Os sujeitos, já permeados pelas lógicas midiáticas, nãoOs sujeitos, Em outra concepção, podemos entender a lógica do dom como dom a lógica do entender podemos concepção, Em outra A lógica implicado naquilo que doou. estar o doador de o fato tros tros ocidentais, mais especificamente na região da Polinésia, o que per obrigações de três a existência percebeu pesquisador dar por sua vez. receber, dar, complexo: a um mesmo tenciam tudos de Marcel Mauss (1991). A partir de trabalhos etnográfi cen grandes dos afastadas às populações junto realizados cos assentadas na lógica da transação de mercado, mas também na mercado, de lógica da transação na assentadas lógica do dom. pesquisador destaca ainda a atividade de recomendação, isto isto recomendação, de destaca ainda a atividade pesquisador ou se visitado ser deve um restaurante comentar se de é, o ato estão recomendações Essas um livro. ou não comprar devemos no jornalismo cidadão no jornalismo digir textos publicar documentos, cial são as inúmeras atividades de interação na internet, mas, interação de atividades cial são as inúmeras ele enumera o para trocar ato exemplificar, arqui de “bloguear, clicar no Twitter, retransmitir digitais, postar no YouTube, vos comentários’, os primeiros inventores do dispositivo da internet do dispositivo inventores os primeiros comentários’, 2012, p. 4). (PROULX, livre” desde o início um mundo abriram com a nova tecnologia, surgiu também um dispositivo de comu um dispositivo também surgiu tecnologia, com a nova o ou de comentários’, de ‘pedidos literalmente nicação, chamado for Comments Request conforme Proulx (2012), a internet foi desenvolvida a partir da desenvolvida foi (2012), a internet Proulx conforme juntamente que, da contribuição, uma vez concepção da cultura se furtam a apresentar no espaço público suas opiniões. É nes no espaço público suas opiniões. se furtam a apresentar sa esfera pública reconfigurada que as coisas acontecem, pois, 260 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados de talambiência: especificidades as e interagir de modo esse pensar para boram cola Proulx reflexõesSerge as de que cremos assim, Ainda xão. refle de ainda necessita digitais, tecnologias as vivenciadacom da doação(ouaculturapartir darealidade dacontribuição),a Monetarização nosentido de transformação desses conteúdos, rização deconteúdos, dosdadose,atésociais. mesmo,dos laços digitais contribui,deformaou não,para espontânea moneta a inseridos noambiente virtualeparticipam dasredes. empresauma leva emcontaque,cadavez mais, os sujeitos estão empreendem com seus na atualidade clientes. A constituiçãode empresas tais que relação na refletem se quais as cadológicas, Essa novaforma de fazer as coisas provocou mudançasmer passando, ocampodoturismo. passou, econtinua ção peloqual reconfiguracentrala paracontribuição pensar de economia da Ou seja, osujeitoOu utilizador dos recursos tecnológicos É apartirdesse enfoque queconsideramos aquestão social oprópriosetornasocial laço fonte econô e contribuintes.sitese estánum Quando darede de produtoresminho, nessasituação deconteúdo ca pelo ficando vão mais coisas muitas e virtual, endereço nosso ficam, ali ‘IPs’ nossos protocolos, xampelas redes sociais. Nossos números, nossos teúdos.os dados, [...] está produzindoblog, comenta um alguém con mo tempo, fornecedor de dados. Ou seja,quando contribuidor éprodutorO deconteúdo e,aomes conhecimento (PROULX, 2012,p.1). deinformaçãocapitalização co baseado em uma e muitos paraassegurar criação devalor a econômi tecnologias digitais e na lógicadacontribuiçãode capitalismo informacional baseadonouso das gerar grandes lucros.é, portanto, OséculoXXI um da ealvo denovas práticas demarketing viralpara a uma empresa desenvolver uma publicidade afia Esta éatransformação informacionalque permite mica (PROULX, 2013). rastros , queosusuáriosdei ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 261 ------Booking. (RFC) da internet. Esse su (RFC) grande rede tornou o turista online mais exigen tornou rede grande de compra de decisão na tomada e informado te 2009, p. 8). (TOMIKAWA, O turismo é um dos fenômenos mais significativos significativos mais fenômenos dos um é turismo O do mundo contemporâneo, exercendo influência social, po econômico, no desenvolvimento direta e das regiões países lítico e ambiental de diversos da atividade Com o crescimento nele inseridos. um consequente de turistas, houve número e do os destinos que, da competição entre aumento a passaram competitiva, em busca de vantagem e atrair para de marketing utilizar ferramentas da elas, a Internet. O advento entre clientes, reter Request for Comments Request Os sujeitos estão cada vez mais inseridos no ambien estão cada vez Os sujeitos No trabalho de observação de acontecimentos da atua de acontecimentos de observação No trabalho com de uma nova lógica comunicacional no campo do turismo, o no campo do turismo, o lógica comunicacional de uma nova o capitalismo para voltadas de marketing a práticas qual adere comunicacional. te virtual, respondendo ao chamado de ‘pedidos de comentá virtual, respondendo te rios’ ou do o estabelecimento contribui para consumidor, enquanto jeito, rística remete à ideia da busca de visibilidade e do exibicionismo à ideia da busca de visibilidade e do exibicionismo rística remete na sociedade em midiatização. vivenciado exacerbado aos sujeitos, à tecnologia, à mídia e às práticas sociais marcadas marcadas sociais à mídia e às práticas à tecnologia, aos sujeitos, a partilhar dispostos ‘amadores’, da contribuição de pela cultura Essa última caracte reconhecimento. e obter suas experiências lidade, temos particular interesse nas operações discursivas que discursivas nas operações particular interesse lidade, temos ao turismo, pois conside nos espaços dedicados se engendram em relação campo que o turístico está em transformação, ramos 3 A contribuição dos usuários no site dos usuários no site 3 A contribuição xão, ainda que inicial, articulada entre aspectos empíricos e a empíricos aspectos articulada ainda que inicial, entre xão, o papel sobre 2013) 2012, (2010, Proulx de Serge compreensão na atualidade. do contribuidor desses dados sociais, em moeda. Em nosso estudo empírico, na empírico, estudo Em nosso moeda. em sociais, dados desses próxima seção deste trabalho, buscaremos construir uma refle 262 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados surgiram asagências reconfiguraçõestais esteirade Na viajantes. dos organizar” “se de modo do reconfiguração a para crucial é anteriormente, ferimos estão disponíveis narede. Aquestãodoacesso,então,comore de domínioquaseexclusivo dasagênciasdeturismo naatualidade Informaçõesantes que doadventodas tecnologias digitais eram ficarão hotéisonde hospedados. dos precisamseleção a fazerestá dagem, atrações, etc. Noextenso rol deescolhasqueosviajantes destinos (nocasodeviagenslazer),companhiasaéreas, hospe viagem pressupõe o uso da internet como ferramenta para definir Em outras palavras, naatualidade,aorganização deuma intermediação. O cliente podeacessar os siste sados pelo próprio cliente semanecessidade de turísticos estãomaissimples,podendo ser aces Atualmente, ossistemas dereservas deprodutos qualquer lugar (SILVA, 2012,p. 29). comodidade e praticidade,horaqualquer a e em temoportunidade deefetuar a suascomprascom emqueoclientee atualizado, sanasuasdúvidas e de distribuição completocomo umcanal atuando de determinada cadeia de serviços) (OMT, 2003), uso fizeram já que internautas por emitidas niões de websites institucionais) esecundárias (ex.: opi através obtidas oficiais informações (ex.: márias variados destinos do mundo, apartirde fontes pri acesso a toda e qualquerinformação, sobre os mais mente, os websites possibilitam queocliente tenha Interneta penho. Nosdiasatuais, e, maisprecisa produtos, monitoraçãode indicadores dedesem res eparceiros, diferenciação epersonalizaçãodos Turismo, a comunicaçãocom consumido ou seja, com (Hoteldo, Decolar.com, Reserva Fácil, distribuição baseadosexclusivamenteInternet na tornou possível osurgimento de novos canais de mais rápido,soal, maisabrangenteIsto emaiságil. turismo setornou, aomesmo tempo, maisimpes e suaspreferências. Oprocesso de distribuição do perfil seu o com acordo de reservas, suas efetuar mas, principalmente os websites corporativos, e online ) efacilitouo Marketing para Hotelaria e dereserva dehotéis. Booking. ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 263 , . ------online Booking.com com as Booking.com ferramentas de pesquisa de acomodações ferramentas Para este artigo, selecionamos o site site o selecionamos artigo, este Para Outro aspecto percebido nos últimos nos últimos é a anos substi percebido aspecto Outro Figura 1– Página principal do 1– Página Figura a data da permanência e o número de pessoas. a data da permanência e o número lhores acomodações do mundo”. Abaixo a reprodução da página a reprodução Abaixo do mundo”. acomodações lhores o box para amarela, pela com destaque, cor site, do abertura de site), (do usuário do do viajante o destino inserir onde é possível 200 países, trabalhando em mais de 40 idiomas. A missão que se A missão idiomas. 40 em mais de trabalhando países, 200 com qualquer tipo de é de “ajudar viajantes a empresa propõe me das e desfrutar reservar pesquisar, a facilmente orçamento Segundo informações publicadas no site da empresa, a agência empresa, da publicadas no site Segundo informações de ofertas no seu rol atualmente tendo fundada 1996, em foi em mais de distribuídas de temporada propriedades 350.000 dor” (BELCH; BELCH, 2008, p. 481). 2008, BELCH, dor” (BELCH; hotéis de reserva agência de autodenomina qual o se que surgiram com a internet e que estão “mudando a nature e que estão “mudando com a internet que surgiram por modos e os negócios fazem as empresas como modo za do com o consumi quais elas meio dos se comunicam e interagem taforma de negócios também sofreram alterações nos últimos nos últimos alterações tambémnegócios de sofreram taforma com o desenvol interação, de formas novas anos em função das vimento do marketing de banco de dados. São especificidades nacionais ou internacionais), as quais detêm capital capital econômico detêm as quais ou internacionais), nacionais em investimentos realizar e para de equipes a manutenção para pla As bases da e da comunicação. da informação tecnologias tuição dos pequenos empresários locais por redes (regionais, (regionais, redes locais por empresários pequenos tuição dos 264 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados vida porSerge Proulx(2013). Eépormeiodesses comentários e notas. Ouseja,deve ser um contribuidor, naacepçãodesenvol vas pela agência, avaliar os hotéis onde ficou, emitir comentários site. Isso representa, emoutras palavras, alémde fazer as reser ‘diferenciação’tal cançar é necessário ativamente’ ‘participar do ganha 10% de desconto emdeterminadas hospedagens. Para al tar deum mais de dez reservas numperíodo de um ano,passamadesfru a integrar o criar uma conta(canto superior à direita daFigura 1), passando a proposta para os afiliados, no caso os hotéis que queiram fa queiram que hotéis os caso no afiliados, os para proposta a as informações da conta do cliente são repassadas. Vale notar refere-secidade” salientada aosdados do cartãodecrédito, pois gurançadas informações inseridas no site.“garantia A de priva se a Clientes”para “Benefícios os entre destacado tendo rismo, mesmos princípios básicos deoutras empresas do ramo detu usufruem aousaroserviço. do clientes os que benefícios os explica e anuncia oferecem ‘isenção’ ao site eàsinformações queporalicirculam. mações, gratuitamente, descrevendo oproduto. Essasopiniões o destino confirmar os dados. São os clientes que geram as infor interessante ressaltar queaequipe do fabuloso.Cada adjetivo está acompanhadodareferida nota.É bom, muito bom,ótimo,excelente, excepcional, fantásticoaté hotéis é formado, podendo variar de ruim, aceitável, agradável, de outrose notas,além critérios comerciais, queo Figura 2–Entre osbenefícios prometidos aosclientes A estratégia de funcionamento daagênciasegue os Abaixo reproduzimos a empresaa páginanaqual Valeque osusuáriosdo notar status está segurança dosdadosdocartãodecrédito casting diferenciado: cliente Genius.Ocliente Genius declientes, os quais, casovenham arealizar Booking.com Booking.com Booking.com nãovai até ranking podem de ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 265 ------, os usuá , os . Entre as vantagens as vantagens . Entre Booking.com , 2015). Booking.com BOOKING.COM ções para maximizar seus lucros. Estamos certos Estamos certos lucros. seus maximizar para ções de que a transparência nos resultados (financei nos aos dados esses fornecer é crucial. Ao ros) sos parceiros afiliados em tempo real, esperamos possível da melhor maneira informados mantê-los ( Estatísticas online Estatísticas Como parceiro afiliado, você pode rever estatísti reservas, de visitantes, cas online, como número oferecemos Além disso, e comissões. conversões reservadas, cidades detalhadas sobre informações ferra várias assim como usuário, e país do idioma mentas de rastreamento sofisticadas. Muitos dos a riqueza nossos de afiliados informa aproveitam Nesse sentido, Serge Proulx (2012) considera que os considera (2012) Proulx sentido, Serge Nesse Isso quer dizer que, ao utilizar o dizer quer Isso valor de sistema econômico da internet” (PROULX, 2012, p. 2). 2012, (PROULX, da internet” econômico de sistema valor canadense, a con pesquisador que, na concepção do notar Vale “a produção de valor econômico neste mundo de gigantes da in gigantes de mundo neste econômico valor de “a produção no qual os usuá do capitalismo informacional, ternet. Trata-se do são a fonte real em tempo dados que produzem regulares rios sofisticados da agência). base para de quais servirão os “metadados”, tornam se usuários as acomodações de um hotel), mas igualmente ‘fornecedores de ‘fornecedores mas igualmente de um as acomodações hotel), uma conta sujeita aos rastreadores mantêm dados’ (enquanto tem uma extensa lista de reservas anteriores, o que contribui o que anteriores, lista de reservas uma extensa tem para a construção de um perfil. Ou seja, os (quando avaliam usuários de conteúdo’ cia não são apenas ‘produtores da agên Proulx (2012). Ao utilizar o site, o usuário deixa rastros, dados rastros, o usuário deixa utilizar o site, Ao (2012). Proulx e re da plataforma proprietária que são captados pela empresa exemplo, por Genius, cliente Um (hotéis). afiliados aos passados rios não estão apenas fazendo uma pesquisa de hotéis, mas ge uma de hotéis, pesquisa não estão apenas fazendo rios É o negócio. a chamada “contri para dados que servirão rando refere a que se mercantil” uma transação buição online como de uma negociação séria e de baixo risco, o acesso a estatísticas acesso o risco, baixo e de séria uma negociação de a explicação: abaixo usuários. Veja nas pesquisas dos baseadas zer parte da base de dados do do dados base de da parte zer oferecidas no “Programa de está, Afiliados”, além da promessa 266 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados estão tarifas maiseconômicas, umgrande número de proprie interessanteÉ notarqueentre asvantagenspara o novo ‘cliente’ do ao público externo, com vista à fidelização de novos usuários. clientes. Abaixo oanúncioquecirculano site vada neste estudorefere-seconquistar àpublicidadequebusca midiatização. de visibilidade, anunciabilidade e publicização dasociedade em especificidades as com consonância em está disso, Além balho. lógica do como dom, talreferimos na seção anterior deste tra tribuição dos usuários de sites como o avaliações gigantesco: maisde24milhões. e legitimidadeaosite. Principalmente pordeternúmero um de os usuários postaram serve para criar efeitos de credibilidade te, oacesso a ‘avaliações imparciais’.seja, aavaliação Ou que do serviço emmaisde40 idiomas e, cremos o maisinteressan dades distribuídas emmilhares dedestinos, a disponibilização Figura 3–A empresa destaca as‘avaliações imparciais’ Outra característica da agênciade reserva como umadas vantagens deusaraagência Booking.com Booking.com online se baseia na obser volta - - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 267 ------Booking. BOOKING. , chamam Booking.com , após utilizar o serviço (hos , após utilizar o serviço no destino de cada alojamento; no destino de cada alojamento; no destino de cada alojamen de no destino no destino de cada alojamento; (c) de cada alojamento; no destino Booking.com , 2015). Booking.com Booking.com se vale de tais informações como capita como de tais informações se vale (g) o cumprimento da cota conforme estabelecido (g) da cota conforme o cumprimento ( preferido o programa para no convite COM (a) maior do que a conversão média em compara média que a conversão do (a) maior que são servidos alojamentos, os ção com todos por média em compa (b) maior disponibilidade to; pelo acomodações atendidas as com todas ração Booking.com em de cancelamento à média percentual inferior atendidas as acomodações todas com comparação pelo hóspede do da avaliação a pontuação média (d) ininterrup registro (e) 10; de 7 ou excede atende e na ín no tempo de comissões de pagamento to (f)tegra; de paridade, e ininterrupto um registro O usuário do Trata-se de um número expressivo se considerarmos considerarmos se expressivo número de um Trata-se Booking.com consegue ter na sua lista de oferta acomodações com uma na sua lista de oferta consegue ter sempenho figuram: na lista de acomodações ofertadas pelo pelo na ofertadas lista de acomodações para uma a eleição de propriedade para critérios os a atenção de de qualificações sete as Entre Preferido. Programa o integrar avaliação avaliação fidedigna. No site da agência, entre as cláusulas dos inclusão de propriedade para do contrato e Condições Termos modação onde esteve hospedado. É com base nessas análises, É com base nessas hospedado. modação onde esteve que o espontânea remuneração, e sem de forma feitas com pedar-se num hotel reservado pela agência), é convidado por convidado pela agência), é reservado num hotel pedar-se a aco a avaliar eletrônico ao seu correio mensagem enviada descreve e são motivados a partilhar suas impressões de via suas impressões a partilhar e são motivados descreve seus pares entre simbólico de reconhecimento na busca jante 2012). (PROULX, tagens têm finalidade comercial, sem, entretanto, considerar sem remuneração. como trabalho isso como uma exploração, (1991) a partir da lógica do dom que Mauss Os usuários agem lismo informacional. Apesar disso, não podemos pensar que que pensar disso, não podemos Apesar lismo informacional. que perceber sem o site para essas pessoas contribuam todas pos sabem que suas contrário, usada. Ao será sua avaliação que o 268 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados das na culturadas na somentecontribuição da épossívelpartir do a 4 Algumasinferências velmente, maiornúmero dereservas. de busca e,consequentemente, obter maior visibilidade e,possi E estar no topo da listarepresenta aparecer na primeira página aparecer notopoofertasde lista da determinado deum destino. plataforma deque parece negócios da agência. O importarédei sem parecerinformações se importarsetais serão na utilizadas por meiodeavaliaçãotribuição dos hotéis espontaneamente, usuários do nas práticasnada Consideramos sociais da atualidade. queos é vitalpara ofuncionamento doempreendimento. credibilidade ao Booking.com das pelasagênciasde turismo. Odepoimento dos usuários no tes dependiam quaseexclusivamente das informações repassa realidade vivenciada até duasdécadas atrás, quandoos viajan sociedade des de uma que sediferencia emvários aspectos da tânea dosusuáriosumalicerces donegócio. de acomodações locação tras instânciasde emissão, como, porexemplo, nasagências de de ser‘verdade absoluta’, poispodemser ‘confrontados’ emou construídos agências deturismotradicionaispelas/nas deixam trabalhodos agentes deturismo.Emconsequência, osdiscursos do reconfiguração a representa que o especialistas, de sividade ‘emissão’de informações sobre alojamentos deixade serexclu empresa falar sobre ‘mim’ oude ‘outra coisa qualquer’. No que tangeà crevemanúncios, etc.),publicam nojornal, podendo ‘eu mesmo’ está maisrestrito aumgrupo pequeno (os que falamna TV, es so’ à esfera pública. Isso significa que o privilégio de ‘emitir’ não surgimento de dispositivos tecnológicos que permitem o‘aces Assim, a cultura dacontribuiçãoparece estar impreg especificida carrega complexa processualidade Essa precisoÉ considerarcriação deempresas quea basea contas, das final representa,ao requisitos tais Atender Booking.com Booking.com , porexemplo, oferece efeitos detransparência e ranking , consideramos, importante destacarquea construído pela empresa construído pela online nãofogemregra: à oferecem suacon quetêmcontribuição espon na online , oque ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 269 ------lin da >. : uma perspec Mediação e mi filosofia e : comentários sobre a sobre : comentários http://www.matrizes. . 12. ed. Rio de Janeiro: . 12. ed. Rio de Janeiro: Marxismo , São Paulo: ECA/USP, v. 1, n. 2, p. v. ECA/USP, , São Paulo: campos sociais. In: campos sociais. Propaganda e promoção Propaganda versus . Salvador: Edufba, 2012. p. 31-52. Edufba, . Salvador: (1929). 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1999. Hucitec, Paulo: (1929). 9. ed. São O poder simbólico A sociedade do espetáculo Revista Matrizes Revista Isso significa, então, que a sociedade em midiatização ção. < em: Disponível 2008. 89-105, usp.br/index.php/matrizes/article/view/88 no apresentado Paper bordas. além das A circulação do: Seminário Mediatização, Bogotá, 2006. diatização Contraponto, Janeiro: de espetáculo. Rio do sociedade 1997. Bertrand Brasil, 2009. Brasil, Bertrand da Encontro e Sociabilidade, XV Comunicação GT rência. junho de 2006. Compós, Bauru, SP, guagem Tradução de marketing. integrada da comunicação tiva Surante. Denise Rinaldi, Daniela Cecília da Silva, Adriana 2008. McGraw-Hill, São Paulo: FAUSTO NETO, A. Midiatização – Prática social, prática de senti social, prática A. Midiatização – Prática NETO, FAUSTO FAUSTO NETO, A. Fragmentos de uma “analítica” da midiatiza de uma “analítica” A. Fragmentos NETO, FAUSTO DEBORD, G. DEBORD, BRAGA, J. L. Circuitos J. L. Circuitos BRAGA, BRAGA, J. L. Mediatização como processo interacional de refe de interacional processo Mediatização como L. J. BRAGA, BOURDIEU, P. P. BOURDIEU, BELCH, G.; BELCH, M. G.; BELCH, BELCH, BAKHTIN, M.; VOLOCHINOV, V. N. N. V. M.; VOLOCHINOV, BAKHTIN, Referências Referências gerem um banco de dados sobre suas preferências, viagens, con viagens, suas preferências, sobre dados um banco de gerem econômico o sucesso para não remunerada tribuindo de forma da empresa. publicização dos seus atores sociais. E é nesse contexto que os contexto é nesse E sociais. atores seus publicização dos a dar sua contribuição, do Booking.com não se furtam usuários e do negócio o sucesso para sirvam mesmo que tais produções não é aleatória, mas até previsível. previsível. mas até não é aleatória, e visibilidade que requisitam e gramáticas lógicas por é regida xar o registro, colaborar e fazer parte do universo de usuários usuários de universo do parte e fazer colaborar o registro, xar que viaja colaborativa Essa disposição emitir opinião. e pode 270 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados MAUSS,Essai surledon: forme M. et raison de l’échange dans LIMA, E. HABERMAS,J. SODRÉ, M. SODRÉ, SILVA,das do turismo: análise de comunicação Canais R. M. F.SGORLA, Discutindo o“processo de midiatização”. RODRIGUES,A. D. PROULX, S.Trajetórias de uso das tecnologias de comunicação: PROULX, S.Lapuissance d’agird’uneculturecontribution de la PROULX,EmergênciaS. culturade uma erana contribuição da di mediacao/article/view/285/282 2009. Disponível em: < Mediação rial Presença, 1997. S0103-18132010000200008&script=sci_arttext Disponível em: < de uma ‘sociedade do conhecimento’. Campinas,2010. as formas de apropriação da cultura digital como desafios p. 1-9. Barbariescontemporaines Christiana. CONSTANTOPOULOU, In: réflexions. mières face informationnel:capitalisme l’emprise d’un à pre rida aosalunosdoPPGCom/Unisinos. da Comunicação, 2013, São Leopoldo. Conferência profe In: Seminário da Escolade gital. Altos Estudos: Mutação gie les sociétés archaïques. In: (UCPel), 2010. em Letras (PPGL), Universidade Católica de Pelotas Dissertação (Mestrado) –Programade Pós-Graduação o Episódio Aracruzperspectiva soba de Zero Hora. Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984. cação linear e emrede. 3.ed.Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. ufmg.br Horizonte, 2012. Disponível em: < paraChampagnat comunicação demarketing. Belo estratégias dowebsite corporativo do Promenade . Paris: PUF, 1991.p.145-171. Relaçõesimpresso nojornalismo dialógicas Antropológicaespelho do Mudança estruturalna esfera pública >. , BeloHorizonte, v. 9, n. 8,p.59-68, jan./jun. Estratégiascomunicaçãoda http://www.scielo.br/scielo.php?pid= http://www.fumec.br/revistas/ Sociologie et anthropolo Sociologie . Paris:. L’Harmattan,2012. : uma teoria: uma comuni da >. http://biblioteca.igc. . Lisboa: Edito- >. Revista . Riode - - - - - : Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 271 - >. http://www.cet.unb.br/ www.booking.com >. – Agência de reservas online, Amsterdã/Holanda, online, Amsterdã/Holanda, reservas – Agência de 2015. Disponível em:

Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 273 - - , direção de arte, arte, de , direção branding Autores

, tipografia, serigrafia, calcografia, litogra xilogravura, Possui graduação em Jornalismo pela Universidade de pela Universidade em Jornalismo graduação Possui Possui graduação em Publicidade e Propaganda pela e Propaganda em Publicidade graduação Possui offset Passo Fundo (2001) e mestrado em Comunicação e Linguagens e mestrado (2001) Fundo Passo em doutorado (2007), do Paraná Tuiuti pela Universidade Ana Paula da Rosa Ana Paula Deus (sistemas de relações interacionais envolvidos no processo no processo envolvidos interacionais relações de (sistemas Deus comunicacional). Pesquisador em mídia e religião: Igreja Universal do Reino de do Reino Universal Igreja em mídia e religião: Pesquisador de Poder do e Mundial midiáticos) Igreja (dispositivos Deus possui experiência em marketing político e estratégico (campa político e estratégico em marketing possui experiência e externa, nhas), publicidade interna Comunicação (Espiral e Ltda.). gráfica. gráfico produção projeto em fia (Dresch Artes Gráficas Ltda.). Com Agência de Publicidade e de comunicação e atua de 2010, na área de agosto Propaganda do mercado das artes gráficas sempre pesquisando e explorando explorando e pesquisando sempre gráficas artes das mercado do impressos, de as suas linguagens e aplicações no mercado todas prática e Técnica como papeis e tecidos. suportes em diversos dos Sinos (2006), é doutorando em Ciências da Comunicação da Comunicação em Ciências é doutorando dos Sinos (2006), mil Desde na mesma Universidade. em 2013) (início Unisinos dentro profissionalmente atua (1986) seis e oitenta e novecentos Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2002) e Mestrado em Mestrado e (2002) Sinos dos Rio do Vale do Universidade Rio do Vale do pela Universidade da Comunicação Ciências Alexandre Dresch Bandeira Dresch Alexandre 274 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados É membroÉ dos gruposdePesquisa EstudosemComunicação ginário, fotojornalismo, jornalismo on-lineeagendasetting. midiatização, circulaçãode imagens,crise davisibilidade, ima e Editoração,principalmenteatuando nosseguintes temas: periência na área deComunicação, comênfase emJornalismo na linhadepesquisaMidiatizaçãoeProcessos Sociais. Tem ex no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) onde atua (UNISINOS). Atualmente éprofessorae pesquisadora na e Processos UniversidadeSociais na do Valedo RiodosSinos Ciências da Comunicação nalinhade pesquisa Midiatização e Mestrado emCiências Universidadeda Comunicação pela do UniversidadeJornalismo pela Católicade Pelotas (Ucpel) (2010) Edu Fernandes LimaJacques Filho tura hip-hoppara aprodução eaescuta musical. e aprodução desentido. As práticas sociais dos membros dacul sonoracontemporaneidade,na emusical arecepção, oconsumo dades (juvenis efemininas), aspectos midiáticos da experiência socioculturais, representações sociais, cultura urbanae identi recepçãoconsumo ea juvenis midiática comfoco naspráticas Jornalismo UEL (2010).pela Integram interesses de pesquisa o (2004). Bacharelem com Habilitação em Comunicação Social pela Faculdadede Ciências Estadual Econômicas de Apucarana (UEL). Pós-Graduada Lato SensuemMarketing eComunicação Mestre emComunicaçãoUniversidade pela de Londrina Estadual Antropologia, soborientação do prof. Dr. Néstor García Canclini. Universidad AutónomaMetropolitana, no Departamento de Culturais ePolíticas.CAPES. DoutoradoBolsista sanduíche na Grande(UFRGS) doSul Mediações eRepresentaçõeslinha na em Comunicação eInformação daUniversidade Federaldo Rio Dulce Helena Mazer da Comunicação–EPISTECOM, daUnisinos. Organizacional naUTFPR e vice-líder do NP de Epistemologia Possui graduação– Hab. em ComunicaçãoSocial DoutorandaJornalista, no Programa de Pós-Graduação - - - - Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 275 ------) (2014). É doutorando no no É ) (2014). doutorando UNISINOS Professor Titular I do Programa de Pós-Graduação Pós-Graduação de Programa Titular I do Professor Possui graduação em Jornalismo pela Jornalismo em Escola de graduação Possui mológicos, para desenvolvimentos reflexivos e mológicos, praxiológicos reflexivos na para desenvolvimentos e UFJF da UFG, com pesquisadores “, pesquisa em Comunicação de Pesquisas em Midiatização e Processos Sociais. Coordenou Coordenou Sociais. em Midiatização e Processos Pesquisas de - intitulado “CRITICA EPISTEMOLOGICA Projeto/PROCAD o episte com base em critérios em curso, investigações Analise de Capes-Paped 2001. Coordenou a criação e é editor de Questões Questões de e é editor a criação Coordenou 2001. Capes-Paped da Comunicação. Em Epistemologias de - Revista Transversais Seminário Internacional o projeto e coordenou formulou 2016, Piaget e na Unidade de Tecnologias Educacionais da School of Educacionais Piaget e na Unidade de Tecnologias Prêmio (2000). Geneva of University Education, and Psychology (UFRGS, 1982) e Ciências Econômicas (UFRGS, 1992), e mes 1992), (UFRGS, Econômicas e Ciências 1982) (UFRGS, na em Informática e doutor 1997) em Sociologia (UFRGS, tre Jean nos Arquivos com sanduíche 2002), (UFRGS, Educação em Ciências da Comunicação da UNISINOS. Pos-doutor em co em da UNISINOS. Pos-doutor Comunicação da Ciências em em Jornalismo Formado municação pela UNR (Argentina). Jairo Ferreira Jairo Atuou como docente no curso de jornalismo da Unijuí (Ijuí-RS). da Unijuí (Ijuí-RS). de jornalismo no curso como docente Atuou da com interes no PPGCom Unisinos, doutorado faz Atualmente, jornalísticas. e nas práticas se na análise do discurso midiático da Comunicação, em 2016. Durante 12 anos trabalhou no jor 12 anos trabalhou Durante em 2016. da Comunicação, na qual desempe empresa em Pelotas-RS, nal Diário Popular, redação. de e coordenadora editora repórter, de nhou as funções (1999), mesma instituição onde obteve o título de mestre em em o título mestre de mesma instituição onde obteve (1999), Aplicada. da Linguística concentração de na (2010), área Letras Ciências em o título de doutora obteve Unisinos, da PPGCom Pelo Comunicação Social (Ecos) da Universidade Católica de Pelotas de Pelotas Católica da Universidade Comunicação Social (Ecos) fase em estudos sobre indústria do entretenimento e narrativas. e narrativas. do entretenimento indústria sobre em estudos fase Élida de Lima Ferreira Unisinos, com auxílio de bolsa Prosup/Capes; e cursa graduação e cursa graduação com auxílio Unisinos, de bolsa Prosup/Capes; do Grande Rio do Federal na Universidade Arte da História em com ên de Comunicação, na área experiência Tem Sul (UFRGS). Vale Sinos ( dos do Rio Vale - da Comunicação Ciências em Graduação Pós de Programa 276 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados Manoella MariaPinto Moreira das Neves ção, dispositivos, camposdasmídias ecirculação. nos seguintes temas: epistemologias dacomunicação,midiatiza mologias dacomunicaçãoemidiatização.Atuaprincipalmente em tornoe artigospublicados de 70capítulos dostemas episte da COMPOSentre 2004-2006. Organizou nove livros etem cerca Serge Proulxe Patrice Flichy. Coordenou oGT deEpistemologia comunicação, quecontacomaparticipaçãode Bernard Miege, Midiatização, técnicaintitulado etecnologias deinformação e Unisinos. Coordenou o Projetotambém Escola de Altos Estudos do Prêmio AdelmoGenro FilhodemelhorTCC 2011 concedi Ganhador fotografia. de ensino e publicitária fotografia tização, fotodocumentarismo, teorias da comunicação, semiótica,midia do RiodosSinos.Tem experiênciaáreas nas defotojornalismo, FotografiaUniversidadeValee pela do Jornalismo Instrumental e ProcessosMidiatização pesquisa de nha Sociais. Bacharelem mesmada Comunicação universidade, pela com estudos na li pesquisa MídiaseProcessos Audiovisuais. Mestre emCiências Universidade do Valede linha dos Sinos,comestudosna do Rio Marcelo Gomes Salcedo cação organizacional. diatização eprocessos marketingsociais, publicidade, e comuni Atuaáreana com osseguintesde ComunicaçãoSocial temas: mi Interdisciplinar deEstudosdaMarcae suasInterfaces (GIEMI). em processosgia comunicacionais midiatizados e doGrupo sa EPISTECOM –Epistemologia,imagem, técnica etecnolo Federal(1999).de Alagoas Integrante dogrupodepesqui (2002). Graduada emRelações pela UniversidadePúblicas e InformaçãoUniversidade pela Federaldo RioGrande doSul Valedo Riodos Sinos ( Doutoranda emCiências da ComunicaçãonaUniversidade do Agência Modelodo curso de Publicidade e Propaganda /IESA. nos cursos de jornalismoerelaçõesCoordenadora públicas. da Doutorando emCiências da Comunicaçãopela Professorada Universidade adjunta Federal de Alagoas, UNISINOS -RS). Mestre emComunicação ------Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados 277

------, (avec , (avec Faculté de Faculté économiques Médias, (ex-ENST), Paris. Autor, Autor, Paris. (ex-ENST), des École Sociologia da comunicaçâo Sociologia da Télécom ParisTech ParisTech Télécom Professor emérito na emérito Professor Doutor e mestre em Ciências da Comunicação pela da Comunicação em Ciências e mestre Doutor p. Organizador de uma dezena de livros e artigos sobre redes redes e artigos sobre livros de uma dezena de p. Organizador digitais. e a L’explosion de la communication à l’aube du XXIe siècle, edi e a L’explosion 400 2002, et Montréal, Paris et Boréal, tado Découverte por La et sociales (SES) de de Phillippe Breton com p. 288 2002, Brasil, Sao Paulo, Loyola, Ediçôes Philippe Breton), Communication da Université du Québec à Montréal (UQAM). (UQAM). à Montréal du Québec Communication da Université Sciences no Département associado professor Foi Serge Proulx Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem expe Tem Sul do (UFRGS). Rio Grande do Federal Universidade mídia na interface ênfase com Comunicação, de na área riência e religião. De 2008 a 2012, coordenou o escritório brasileiro da Fundação da Fundação brasileiro o escritório coordenou a 2012, De 2008 fundada por Hans Küng. Mundial (Stiftung Weltethos), Ética em Comunicação Social pela - Jornalismo graduação Possui Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Foi membro da Comissão da Comissão membro (IHU). Foi Humanitas Unisinos Instituto no a Igreja para de Comunicação o Diretório Especial para (CNBB). Nacional Bispos do Brasil dos da Conferência Brasil, Autor de “E o Verbo se fez bit: A comunicação e a experiência re e a experiência bit: A comunicação fez se “E de o Verbo Autor do Colaborador Santuário, 2012). (Editora ligiosas na internet” Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), na linha de (Unisinos), Sinos Rio dos do Vale do Universidade estágio douto com Sociais, Midiatização e Processos pesquisa na Itália. “La Sapienza”, Roma di na Università (PDSE/Capes) ral Moisés Sbardelotto diatização. No doutorado, pesquisa o rosto como qualidade co como o rosto pesquisa doutorado, No diatização. tecnocultura. municacional da comunicacional comunicacional do contato viabilizado pela visualização da fi National da revista retratos humana nos e presença sionomia mi de em processo sociedade uma de no contexto Geographic, do pela Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo em Jornalismo Pesquisadores de do pela Brasileira Sociedade a natureza investigou mestrado, de sua pesquisa Em (SBPJor). 278 Midiatização e redes digitais: os usos e as apropriações entre a dádiva e os mercados (UNIVALI-SC), obtendo o Mérito Acadêmico pelo trabalhoreali GraduaçãoUniversidadepela Gestão Pública em do Valedo Itajaí Ciências Sociais na mesmainstituiçãoqueem2007 realizo a Sociais (UNISINOS-RS). Em2008 obtenho oBacharelado em em 2013, nesta mesmainstituição com Licenciatura emCiências Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS-RS), formada (UNISINOS-RS),mestraCAPES 7.Sou em Ciências Sociais pela bolsista CNPQ pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos Thayane CazallasdoNascimento do NúcleodePesquisas emGênero pelasFaculdades EST. feministas, Educação popular, Educação eTrabalho.Integrante Gênero.áreana Naatuação daEducação,Tecnologias, Teorias formação emCiênciasIndependente,Sociais : Mídia Tecnologia, zado. Ao longodatrajetória trabalheicom astemáticas áreana de Desenvolvo oDoutoradoárea na da Educação como -

CASA LEIRIA Rua do Parque, 470 São Leopoldo-RS Brasil Telefone: (51)3589-5151 [email protected]

Este livro é um dos resultados do projeto Midiatização e Tecnologias Digitais/Escola de Altos Estudos/CAPES. Refere-se ao seminário de Serge Proulx, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, intitulado Mutação da comunicação: emergência de uma cultura da contribuição na era digital. Além deste, outros dois livros foram produ- zidos no âmbito do mesmo projeto: Operações de midiatização: das máscaras da convergência às críticas ao tecnodeterminismo (organizado por Bernard Miège, Jairo Ferreira, Antônio Fausto Neto e Maria Clara Aquino Bittencourt) e Redes digi- tais: um mundo para os amadores. Novas rela- ções entre mediadores, mediações e midiatiza- ções (organizado por Patrice Flichy, Jairo Ferreira e Adriana Amaral).