TAÇA A PRETO E BRANCO Conheça toda a história das presenças do Vitória Sport Clube nas finais da Taça de Portugal, de 1942 a 2017.

CENTENÁRIO DAS APARIÇÕES Em maio, os peregrinos convergem para Fátima. As aparições da Cova da Iria cumprem o centésimo aniversário, em ano de visita do Papa

FILHO DA TRETA A peça tem origem na “Conversa da treta”, celebrizada pela dupla José e António Feio,

39ª RAMPA DA PENHA A Penha reviveu aquele fim de semana do ano em que a paisagem tranquila se converte num cenário marcado pelos sons dos automóveis.

N49 MAIO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRETOR ELISEU SAMPAIO

ADRIANO CARVALHO

ADRIANO CARVALHO RECEBEU, NA XVII CONVENÇÃO DA RE/MAX PORTUGAL, QUE DECORREU DE 04 A 07 DE ABRIL, O PRÉMIO “EXECUTIVO”, O NONO PRÉMIO EM DEZ ANOS NO RAMO IMOBILIÁRIO.

“Sinto-me muito feliz por ver reconhecido o meu trabalho. É uma honra receber esta distinção.” Referiu Adriano Carvalho à Mais Guimarães, após ter recebido o prémio na Convenção que decorreu na Herdade dos Salgados, em Albufeira.

O agente da Re/max Vitória está a completar também 10 anos no setor imobiliário, considerando que, na base do sucesso alcançado estão a disponibilidade e a simplicidade. “Foram 10 anos de muito esforço e muito compensatórios. Mas, mais importante do que o conforto económico que cada negócio nos pode trazer, está a satisfação de 03 quem nos procura e a realização dos seus objetivos, que seja a vender ou a comprar uma casa. Acredito também que, ao longo destes anos, tenho contribuído para a felicidade de muitas famílias, que têm concretizado os seus sonhos comigo e com a Re/max”. AGENTE PREMIADO NA XVII CONVENÇÃO NACIONAL DA RE/MAX ADRIANO CARVALHO

“MAIS IMPORTANTE DO QUE CONSEGUIR GANHAR UM NEGÓCIO É CHEGAR AO DIA DA ESCRITURA E SENTIR A GRATIDÃO DAS PESSOAS PELA AJUDA QUE LHES DEI. ISSO NÃO TEM PREÇO”.

A venda ou compra de uma casa constitui um dos passos mais impor- tantes da vida das pessoas. O processo envolve sempre muitos sentimentos, avanços e recuos porque, afinal de con- tas, falamos do refúgio para as famílias, dos locais onde foram ou serão felizes. “Tudo isto merece o maior respeito por parte do comercial que acompanha esta mudança na vida das pessoas ou famílias”, Refere Adriano Carvalho, agente premiado pela Remax Portugal.

Em 10 anos de experiencia no ramo imobiliário, Adriano Carvalho já viveu muitos momentos bons e passou por situações muito difíceis. O agente lembra, como exemplo, um caso que o marcou: Um casal que estava numa situação de desemprego e que já não conseguia pagar a prestação ao banco e que pretendiam vender a casa e pedir ainda um credito pessoa para liquidar o resto da divida. “Nessa altura, mesmo sabendo que não concretizaria ali qual- quer negócio, senti que devia aconse- 04 lhá-los a desistirem do imóvel deixando o banco ficar com a casa. Não achava justo que aquele casal, com dois filhos menores, tivessem de passar por tal dificuldade”. Houve também um caso em que, mesmo Adriano Carvalho tendo um comprador para o imóvel, aconselhou os filhos de uma mulher que na altura estava doente a desistirem da venda para garantir que, “naqueles que po- deriam ser os seus últimos tempos de vida, a mulher pudesse permanecer na casa onde viveu e criou a sua família”.

“NOS NEGÓCIOS NÃO VALE TUDO! A COMPRA OU VENDA DE UMA CASA ENVOLVE SEMPRE PESSOAS, SONHOS E MUITOS SENTIMENTOS. UM BOM COMERCIAL TEM DE SABER RESPEITAR ISSO”. Acrescenta Adriano Carvalho.

O agente da Remax Vitória está já num nível em da carreira profissional em que os clientes, compradores e vendedores, o procuram para os ajudar a comprar ou vender a sua casa, porque “sabem que sou alguém que os vai acompanhar durante todo o processo até ao dia da escritura. Os meus clientes sabem que estou sempre disponível e, a prova disso é que não tenho um número de telefone pessoal. Estou disponível a qualquer hora e em qualquer dia da se- mana, porque tenho de ajudar quando o cliente tem tempo, precisa de ajuda ou simplesmente de esclarecer alguma dúvida. Tenho de estar disponível quando as pessoas precisam dos meus serviços.” Conclui Adriano Carvalho. Também o aconselhamento é impor- tante durante o processo de venda ou compra de uma casa. Por vezes, quanto a quem quer vender “É preciso saber di- zer ao proprietário que o valor que pede pela casa não é correto e que, assim, será difícil de a conseguir vender. Tam- bém há momentos em que percebe- mos que é possível conseguir um valor Fernando Pinto, superior ao que o proprietário pretende cliente de Adriano Carvalho pelo imóvel e aí, temos a obrigação de conseguir um melhor negócio para o cliente, mesmo que isso represente Há cerca de 6 ou 7 anos que, sempre uma venda mais difícil.” que preciso de um mediador, recorro ao Adriano porque reconheço-lhe PARA ALÉM DE PROMOVER UM qualidades que o distinguem de CONJUNTO DE FORMAÇÕES AOS outros agentes com quem já trabalhei. SEUS AGENTES, O ENCONTRO Surpreendeu-me o enorme profissiona- PROMOVIDO PELA RE/MAX, SERVIU lismo com que ele encara cada negócio PARA DISTINGUIR OS AGENTES e a necessidade de satisfazer os seus MAIS PRODUTIVOS EM CADA ANO clientes, quer em termos de rapidez, COMERCIAL. ADRIANO CARVALHO quer de objetivos. Ao Adriano reco- FOI UM DOS PREMIADOS COM O GALARDÃO “EXECUTIVO”. nheço também outras virtudes como a honestidade e o empenho. É alguém Filipe Carvalho, Administrador da que não pensa apenas em ganhar Remax Vitória dinheiro, mas em garantir sempre que o cliente faz um bom negócio. Para além O que representa Adriano Carvalho na de recorrer aos seus serviços já, por estrutura da Remax Vitória? várias vezes, o aconselhei.

Representa, acima de tudo, o profissio- 05 nalismo que temos. É uma referência dentro da Remax Vitória e da Remax Portugal. É um bom companheiro, um bom colega de trabalho e alguém em que podemos confiar para fazer um bom trabalho no apoio a qualquer cliente ou no apoio aos outros agentes. Sempre pautou, ao longo destes 10 anos na Remax, a sua atuação pelos princípios de coerência, competência, emprenho e de disponibilidade para o seu trabalho, dá sempre o máximo, o que resulta sempre num serviço 5 estrelas prestado ao cliente. Sinto-me muito orgulhoso de ver o Adriano a ser distinguido. Há 10 anos ele deixou um bom emprego, com um bom ordenado, para vir trabalhar connosco, com o objetivo de ter ainda mais qualidade de vida. A Remax é uma marca de excelência, uma marca de confiança e temos mais de 40 anos de experiência, 17 em Portugal. A Remax é a imobiliária que mais vende no mundo e estamos sempre um passo à frente nesta área de negócio.

ADRIANO CARVALHO Premiado 9 anos consecutivos pelo excelente volume de vendas ao serviço da Re/max Tel: 961 518 109

Re/Max Vitória Maxvitória - Mediação Imobiliária Lda AMI: 9783 Avenida D. João IV, N.º 560 Guimarães Tel: 253 421 390 06 NOVOS PREGOS

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Caríssimos leitores, cá está mais uma com a nossa linha editorial, respeitando e, entre outros assuntos, destacamos edição da Mais Guimarães, a Revista da o leitor e as suas ambições. Valorizamos também a Rampa da Penha, mostrando Cidade Berço. a informação, sendo ela apresentada imagens da mais antiga prova do género nas nossas páginas com rigor e no nosso país. Esta é uma edição especial porque independência. Estes conteúdos que destaco (quase por completamos agora em maio o quarto casualidade) vêm demonstrar que, em aniversário desta publicação. Nesta edição de aniversário, convidamos Guimarães, a história continua a escrever- Mesmo podendo não ter uma consciência o leitor a viajar pelas presenças do se, e que temos um povo de fé que concreta, clara, da importância da Mais Vitória Sport Clube nas finais das Taças acredita claramente na liberdade. Guimarães para os vimaranenses, acredito de Portugal, de 1941 a 2017, escrevemos No Mais Guimarães estamos em sintonia que ela foi já capaz de constituir um sobre a fé que continua a alimentar a com estes princípios que definem os instrumento benéfico para as pessoas peregrinação de milhares até Fátima, vimaranenses, movendo-nos a ambição desta cidade e do concelho de Guimarães. que este ano festeja o centenário das de fazer comunicação social, contribuindo aparições e recebe a visita do Papa para o desenvolvimento de Guimarães Continuamos o nosso caminho, Francisco, falamos da liberdade e de como e das suas gentes, desta terra que tanto apresentando um trabalho coerente o 25 de abril foi celebrado na cidade-berço amamos. 07

Mais Guimarães – A Revista é um órgão de e é orientado por critérios de rigor, isenção e circunscrevendo-se à narração, à relacionação e comunicação independente e plural ao serviço de honestidade no tratamento das notícias. à análise dos factos para cujo apuramento devem Guimarães e de todos os Vimaranenses. ser ouvidas as diversas partes – e as opiniões, ou 04 A Revista “Mais Guimarães” compromete-se crónicas, que deverão ser assinadas por quem as Estas são as linhas que a definem: a respeitar os direitos e deveres previstos na defende, claramente identificáveis. Constituição da República Portuguesa, na Lei de 01 A Revista “Mais Guimarães” é um órgão de Imprensa e no Código Deontológico dos Jornalistas. 07 A Revista “Mais Guimarães” compromete-se a comunicação regional, gratuito, generalista, respeitar a privacidade dos cidadãos, recusando a independente e pluralista, que privilegia as questões 05 A Revista “Mais Guimarães” aposta numa divulgação de factos da vida pessoal e familiar. ligadas ao concelho de Guimarães. informação diversificada de âmbito local, abrangendo os mais variados campos de atividade e 08 A Revista “Mais Guimarães” considera a sua 02 A Revista “Mais Guimarães”, é uma publicação pretende corresponder às motivações e interesses atividade como um serviço de interesse público, independente, sem qualquer dependência de de um público plural que se quer o mais envolvido com respeito total pelos seus leitores, em prol do natureza política, económica ou ideológica. possível no projeto editorial. desenvolvimento da identidade e da cultura local e regional, da promoção do progresso económico, 03 A Revista “Mais Guimarães” é um órgão 06 A Revista “Mais Guimarães” distingue social e cultural. de informação que recusa o sensacionalismo claramente as notícias – que deverão ser objetivas,

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TODOS OS MESES A MAIS GUIMARÃES LEVA 08 ATÉ SI O QUE DE MAIS GUIMARÃES LADIES OPEN IMPORTANTE ACONTECE NA CIDADE BERÇO E NO CONCELHO! 16 FASHIONYOU 07 25 DE ABRIL A REVOLUÇÃO FEZ 43 ANOS

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24 ESTAFETA DA AMIZADE 38 'DOAÇÕES' E 'POSSES' POR QUE PASSOU A CASA DO ARCEBISPO D. JOSÉ DE BRAGANÇA, EM GUIMARÃES (CASA DOS COUTOS) 12 JOÃO SALGADO VENCE 40 DOIS PRÉMIOS INTERNACIONAIS COTIKOS CASTRO DE SANTA TREGA MIRADOURO DO MINHO 25 DE ABRIL 25 DE ABRIL A REVOLUÇÃO FEZ 43 ANOS TEXTO: RUI DIAS

HÁ UMA GERAÇÃO JÁ ADULTA QUE NASCEU DEPOIS DA REVOLUÇÃO MAS QUE AINDA OUVIU FALAR MUITO DELA, PORQUE FORAM TURBULENTOS E MUITO POLITIZADOS OS PRIMEIROS ANOS DA DEMOCRACIA EM PORTUGAL. HÁ UMA OUTRA GERAÇÃO DE GENTE MAIS NOVA QUE JÁ NASCEU COM A DEMOCRACIA COMO UM DADO ADQUIRIDO A QUEM É PRECISO EXPLICAR QUE OS CRAVOS NÃO CRESCEM SE NÃO TRATARMOS DELES.

Foi esta nova geração que abriu a estudos do 25 de Abril. é urgente “cuidar das pessoas”, casar cessão solene, evocativa do 25 de Abril, Depois da performance teatral chegou solidariedade com liberdade e lealdade da Assembleia Municipal. A reunião o tempo da performance dos políticos, com mérito. deste órgão do poder local, uma das num dia de aparentes trégua em função Pelo grupo parlamentar que está em conquistas de abril, é o momento alto da solenidade da data. Mesmo assim é maioria na Assembleia falou João Tor- das comemorações da data na cida- sempre possível perceber que abril não rinha. Lembrou os primeiros autarcas de de Guimarães. Este ano antes da significou o mesmo para todos, e que que começaram a construir o poder abertura oficial da reunião, um grupo para alguns é um processo que ainda local que hoje temos, logo após a revo- de duas dezenas jovens fizeram uma não atingiu o seu fim. O presidente da lução. O PSD fez-se representar por José leitura encenada com o título sugestivo, Assembleia Municipal destacou o pro- Aguiar Branco que exaltou “as gentes “Pinta-me abril, outra vez”. E foi preci- gresso cívico e social que foi alcançado de Guimarães, herdeiras da vontade de samente o que aconteceu, a pintura foi nos últimos 40 anos e deixou uma quebrar barreiras”. O CDS-PP, pela voz surgindo na frente de quem estava na advertência relativamente aos tempos de Rui Correia, lembrou o exemplo de “black box” da Plataforma das Artes. A turbulentos que se vivem na política cultura democrática dado pelo presi- iniciativa foi organizada pelo núcleo de internacional. Para António Magalhães dente da Assembleia Municipal. FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS

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Se não fossem os partidos mais à es- são repúblicas e há repúblicas que es- 11 querda a sessão corria o risco de ser tão longe de ser democráticas, o certo aborrecida, dado o tom de consenso, é que democracia e república são dois pouco habitual quando há tantos conceitos que casam bem. Guimarães políticos na sala. A provar que mesmo tinha uma falta na sua toponímia por num tema consensual, como é o 25 não ter nenhum espaço público que de Abril, há outros pontos de vista, homenageasse a república portugue- ficaram as intervenções de Mariana sa. No dia em que a cidade celebrou Silva, da CDU, que reconhecendo a democracia preencheu esta lacuna DEMOCRACIA E inaugurando o busto da república que algumas das conquistas da revolução dos cravos lembrou que “ainda há a Associação Artística Vimaranense ofereceu à cidade, por ocasião dos seus caminho que falta percorrer” e Sónia REPÚBLICA SÃO 150 anos. O busto ficou de frente para Ribeiro, do Bloco de Esquerda, que o Largo das Hortas que o presidente lembrou que ainda falta cumprir abril. DOIS CONCEITOS da Câmara prometeu, brevemente, se O Movimento Partido da Terra deu lu- passará a chamar Largo da República. gar a uma geração mais nova, a jovem QUE CASAM BEM Nobit quossit alitas sunt repratatendi Rita Caldas chamou a atenção para algumas contradições relativamente aquilo que esta geração esperava que fossem conquistas adquiridas pela revolução. Embora república e democracia não tenham que caminhar a par, algumas das democracias mais exemplares não

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JOSÉ PEDRO GOMES E ANTÓNIO MACHADO PROTAGONIZAM O “FILHO DA TRETA”, QUE TEM RAÍZES NA PEÇA “CONVERSA DA TRETA”, CELEBRIZADA PELA DUPLA JOSÉ PEDRO GOMES E ANTÓNIO FEIO, DURANTE DEZ ANOS. A MAIS GUIMARÃES NÃO PODIA FALTAR À CHAMADA E FOI FALAR COM OS ATORES.

Com texto de Filipe Homem Fonseca e Rui Cardoso Martins, que cruzam refe- rências atuais, das “tascas ‘gourmet'” aos hábitos de leitura do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “Filho da treta” tem raízes na peça “Conversa da treta”, de José Fanha, celebrizada pela dupla José Pedro Go- mes e António Feio, durante dez anos, primeiro no teatro, em 1997, depois na rádio, na televisão e, por fim, no cine- ma, no “Filme da treta”, de 2007. José Pedro Gomes (JPG) e António Machado (AM) continuam com uma conversa de "treta".

AM - O gosto pela representação vem de criança? Sim, desde miúdo sempre quis ser ator. Imitava as personagens que via nas 12 séries e os "sketches" do Herman (José). Por um breve período pensei em ser médico, mas passou, felizmente. Fazer palhaçadas com os doentes não seria muito bom (risos).

JPG - O José Pedro Gomes pensava ser ator?

Nunca pensei poder vir a ser ator pro- fissional. Comecei a fazer teatro amador quando comecei a ver todo o teatro que se fazia em Lisboa. Estou a falar de 1968/69/70. Antes tinha visto algumas, poucas, peças na escola. Tudo isto me deu o gosto pelo teatro.

JPG - Ao longo de todos estes anos JPG - Apesar de já ter feito papéis em de profissão já trabalhou com várias todas as áreas da representação, o seu gerações de atores. Apesar da vasta percurso profissional está marcado experiência que tem ainda consegue por grandes papéis cómicos. Embora a recolher ensinamentos úteis para opinião se divida quanto à dificuldade a sua profissão, vindos dos novos de cada uma das áreas, considera que atores? a comédia é o género mais difícil da representação? A cada vez que trabalho com um colega aprendo qualquer coisa. A contracena, o O fazer comédia não é fácil. Mas tenho diálogo com o outro, é sempre diferente visto muitos atores "sérios" fazerem e, por isso, enriquecedor. comédia. É uma questão de trabalho. De especialização, quase. O mesmo que fazer drama para um ator cómico... Se houver talento é uma questão de trabalho.

AM- É a favor da existência de uma carteira profissional de ator?

Sim. Acho que seria bom para todos os que fazem desta vida profissão.

AM - comédia é um acaso ou uma vocação?

Quando fiz o curso de atores, no IFICT, os professores diziam que eu tinha jeito para “commedia del'arte”, e desde pequeno que fazia coisas para as pes- soas se rirem. Penso que será vocação (risos). JPG - A peça vai continuar a ser uma AM- Como descreve esta nova perso- AM - Por falar em comédia, o António “Treta”? Quais os temas que aborda? nagem? Júnior Machado integra o elenco do “Filho da Treta”, que tem raízes na peça A “Treta” fala de temas atuais e urba- Este Júnior é um "cromo", mas sem- “Conversa da treta”. O que sente em nos. Gentrificação, telemóveis, invasão pre com um bom fundo. Traz a nova prosseguir este trabalho? do turismo nas nossas cidades e... geração dos telemóveis, das apps, das coisas que inventamos no dia. start ups e das selfies, que mesmo a ele Foi uma honra muito grande receber fazem confusão. este convite. Fiquei histérico. Depois AM - Tem sido uma parceria de suces- percebi a responsabilidade e andei so? AM - Quere deixar um convite para quase sem dormir… Quando começá- assistir à peça? mos a ensaiar percebi que tinha uma Acho que sim. Três meses no Casino de carga muito grande em cima, mas sinto Lisboa sempre cheios e uma digressão Não percam "O Filho da Treta" em Gui- sempre muito orgulho e estou muito com muitos espetáculos, também com marães, vão divertir-se muito em pouco agradecido por estar nesta “Treta” his- casa cheia, são a prova disso. O facto tempo! tórica. O António Feio iria estar conten- de adorar estar ao lado do Zé Pedro 13 te, decerto. ajuda um bocadinho também… JPG - Uma palavra para quem quer assistia à peça. Vamos estar em Guimarães depois de termos tido casas cheias de norte a sul. Tem sido uma felicidade. O melhor convite é este: depois não digam que não souberam que se iam divertir.

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BLACK REGENTE RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA: IONA REGENT 13 DE MAI0 - 18H30 DEBATE/CONFERÊNCIA CCVF/Pequeno Auditório CIRCO COMTEMPORÂNEO 13 DE MAIO - 16H00 European Season of Circus and Arts Wee- CCVF - Palácio Vila Flor kend. Um forte olhar sobre o novo circo, neste caso um solo visceral frenético. Uma realidade emergente em Portu- Amor, medo, histeria, o caos a urgência FOTOGRAFIA: ©DANNY WILLEMS ©DANNY FOTOGRAFIA: gal? - Encontro para agregar todas as do já forças do universo do circo comtempo- râneo.Uma momento para lançar ba- ESPALHA MEMÓRIAS ses de cooperação nas várias frentes 01 DE MAIO da formação, criação e circulação. Casa da Memória

Um programa de visitas a partir da Casa da Memória. Da Casa para a memória ou da memória para a Casa. Percursos com histórias e tradições. FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA: VER A ODISSEIA PARA NEBULA CHEGAR A ÍTACA 13 DE MAIO - 21H3O 05 E 06 DE MAIO 10H30, 15H00, 16H00 CCVF/Grande Auditório 14 PAC/BLACK BOX RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA: Uma peça sensorial que cruza o circo A partir do clássico grego "A Odisseia", e as artes digitais. Uma história que se contam-se as aventuras de Ulisses de conta no mastro chinês. Uma peça que SOM DE GMR: forma lúdica e divertida. A viagem de Ulis- retrata o ciclo constante do universo, HOT AIR BALLOON orgâncico e vivo ses a partir da palavra e do movimento 19 DE MAIO - 22H00 CCVF - Café Concerto

Um projeto que tem sido destacado pe- las rádios nacionais e internacionais che- ga agaor a ao Café Concerto do CCVF. FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA: FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA:

SOM DE GMR: PARAGUAII 05 DE MAO - 24HOO

PIROMANOS RESERVADOS DIREITOS FOTOGRAFIA: CCVF/Café Concerto ATÉ 4 DE JUNHO Os Paraguaii são um mistério em ter- PAC/CIAJG mospuramente sonoros. São pós-punk? UNISSONO Space rock? Uma banda que sabe dan- Nascido em 1971, Rui Moreira tem vindo 27 DE MAIO - 22H00 çar - e quem disse que as bandas rock a desenvolver um percurso singular CCVF - Grande Auditório não sabem dançar? "Dream About the no raro panorama português e inter- things you never do", é o novo albúm nacional da arte contemporânea. Um Victor Hugo Pontes de volta a Guima- da banda, num registo assumidamente trabalho centrado no desenho, constitui rães com uma coreografia para cinco mais pop. Oito temas que nos levam uma reflexão política e poética sobre a bailarinos interpretarem em movimento para o universo dançante da pop. condição humana. uníssono. DESPORTO ESTAFETA DA AMIZADE EDIÇÃO 2017 TEXTO: RUI DIAS FOTOGRAFIAS: ANTÓNIO SOUSA

MAIS DE MIL ATLETAS PARTICIPAM NA 2.ª EDIÇÃO DA ESTAFETA DA AMIZADE. A PROVA UNIU AS CIDADES DE BRAGA E GUIMARÃES. O PERCURSO DE 20 KM, FEITO PELA ESTRADA NACIONAL 101, COMEÇOU EM GUIMARÃES, NA AVENIDA DR. ALFREDO PIMENTA E TERMINOU EM BRAGA, NA AVENIDA DR. FRANCISCO PIRES GONÇALVES, JUNTO AO PARQUE DE EXPOSIÇÕES..

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A prova realizou-se num formato de estafeta, com equipas de quatro ele- mentos, dois atletas masculinos e dois femininos. Todas as verbas angariadas foram distribuídas pela CERCI’s de Braga e Guimarães. A prova realizou- se em quatro etapas de cinco quilóme- tros. Cada elemento da equipa realizou um percurso, embora alguns tenham continuado a correr para acompanhar os colegas.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio e o vice-presiden- te da Câmara de Guimarães, Amadeu Portilha, integraram a Equipa nº 1 junta- mente com as atletas Filomena Costa e Mónica Silva.

A primeira equipa a percorrer a distân- cia foi o Sporting de Braga A, com um registo de 1:09:25, em segundo chega- ram os Atletas da Devesa, equipa de Famalicão e em terceiro o Sporting de Braga B. A Equipa nº1, com os autarcas das duas cidades, chegou em 28º lugar. ESPAÇO GUIMARÃES FASHIONYOU

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que considero indispensáveis, mas não cor nos olhos, o blush laranja bem mar- só pincéis, também é possível fazer-se cado, o smokey eye, agora é só debaixo com os cotonetes, com os dedos…o que do olho, tipo esborratado, o que facilita interessa é que saibam como se faz, ainda mais a vida das pessoas… todas porque segurar no pincel com o cabo conseguem fazer, é riscar e borrar. apontado para o chão ou para o céu é completamente diferente. E aí está uma MG- CONTINUA A APAIXONÁ-LA ESTE das dicas: a forma como se segura o MUNDO DA MAQUILHAGEM? pincel. IF- Eu não vivo sem isto, isto é a minha MG – SENTE QUE TEM CONTRIBUIDO vida…poderia fazer qualquer coisa na PARA A FELICIDADE DAS MULHERES vida mas só sou feliz a fazer isto. QUE A SEGUEM? MG – O QUE VAI PARTILHAR HOJE COM IF - O retorno que tenho é esse. Quando AS PESSOAS QUE VIERAM AQUI PARA vêm ter comigo dizem “comecei-me a A OUVIR? maquilhar por causa da Inês” e eu fico muito contente que tenha levado as IF – Eu não penso no que vou fazer, eu Marcaram presença Marco Costa e pessoas a terem vontade de se maqui- mordo o ambiente, olho para as pes- Vanessa Martins, Nuno Neves e Inês lharem e outras a maquilharem-se ain- soas e percebo se são pessoas que não Franco, Nilton Bala e Anita Costa, que da melhor. Fico muito contente porque percebem muito ou se são pessoas que partilharam a sua experiência e conse- o retorno é sempre muito positivo. já percebem alguma coisa. À medida lhos com todos os visitantes. que vou falando vou percebendo, vejo MG – A MAQUILHAGEM MUDA TODOS pelos olhares, pelas reações e vai-me A Mais Guimarães esteve à conversa OS ANOS? saindo. com Inês Franco, responsável pela Fica a promessa de regressar para co- 16 maquilhagem e cabelo de famosos IF - A maquilhagem não muda… mudam nhecer melhor aquela que lhe dizem ser que nos entram todos os dias em casa texturas porque não há muito para in- “a cidade mais bonita de Portugal”. através do grande ecrã, tem um blog, ventar. O que inventam são coisas mais milhares de seguidores no Facebook de moda que as pessoas no dia-a-dia e dois livros editados. Maquilhadora não usam. As cores continuam, o que profissional há 17 anos, trabalha em te- mudam são as texturas, ora é em gel, levisão, publicidade, fotografia e outros ora em pó com silicone, são as texturas eventos. Diz-se feliz por trabalhar no que mudam e que facilitam também o mundo da maquilhagem e tem como trabalho. objetivo fazer com que todas as mu- lheres sejam capazes de se maquilhar MG – MAS HÁ CORES QUE ESTÃO NA numa iniciativa em que se pretendia MODA? promover estilos de vida saudáveis. IF – Isso sim, há tendências, as de inver- MG - QUAIS AS PRINCIPAIS no e as de verão, mas há uma que pre- PREOCUPAÇÕES QUANDO DEIXA AS domina sempre, os lábios vermelhos. SUAS DICAS PARA MAQUILHAGEM? Para este verão vêm coisas giríssimas, os batons em tons fortes, continua o IF - Preocupo-me sempre em falar da roxo, o salmão… o estilo anos 80, muita maquilhagem de uma forma simples, porque toda a gente acha que maqui- lhar é complicado, e maquilhar-se ainda mais complicado é, por isso, tento dar as dicas mais fáceis porque quero que as pessoas percebam que isto é real- mente fácil e não só que parece fácil.

MG – O MAIS DIFICIL ESTARÁ NO CONJUGAR TONS, MATERIAIS?

IF – Não… o difícil é que as pessoas não sabem como fazer com a técnica mais simples. À uma coisa fundamental que digo sempre, os pincéis, sem eles não há milagres. São oito as ferramentas RUA DE CAMÕES PÉROLA ROSA

FOI INAUGURADO NO PASSADO DIA 15 DE ABRIL, UM NOVO ESPAÇO DE MODA EM GUIMARÃES.

17 Pérola Rosa foi inaugurado com a pre- sença de familiares, amigos e também curiosos que se mostraram entusias- mados com a abertura da loja que identificam como “elegante, com bom gosto e diferente”.

Neste novo espaço a mulher pode en- contrar roupa, jóias em prata, acessó- rios em aço e malas. O espaço moderno e inovador, afirma- se na cidade com um conceito único, que se distingue pelo atendimento personalizado e pelas peças de autor.

O conceito foi idealizado de forma a satisfazer os gostos das clientes mais exigentes e cativar facilmente quem por ali passar. Cafofo, Ruga e Seissa são três das marcas nacionais que se destacam na loja.

Para Teresa Pereira, proprietária da loja, que conta já com 28 anos de experiên- cia, “pretende-se que seja um espa- ço onde a mulher encontre diversos complementos para realçar ainda mais a sua beleza e se sinta única”. Destinado a todas as mulheres de bom gosto e que pretendam afirmar-se pela diferença e elegância o espaço atende as suas clientes de segunda a sábado das 09:00 às 19:00.

PÉROLA ROSA Rua de Camões nº 120 Guimarães ARTIGO DE OPINIÃO O SÓSIA MAIOR TEXTO: ESSER JORGE SILVA • FOTOGRAFIA: JOAQUIM LOPES

De repente a pessoa que passa por ti combinação. Passas pelo meio e, atrás de to Alegre a hospedeira sorria com sorriso olha-te assim a modos quase a esbu- ti, escutas uma interrogação: é o António quase verdadeiro. Parecia a sério. De cada galhar. Põe os olhos, engordados pela Costa, não é? Por essa altura já não ligas, vez que passava por mim o seu sorriso surpresa, para fora do rosto numa órbita já te habituaste. Segues com a vida. Há engrandecia. Ademais olhava-me sempre. acelerada em tua direção. Foste fulminado coisas bem piores. Fiquei preocupado. Nunca apreciei as mi- num simbólico assassinato com as vistas. nhas qualidades de beleza e tento sempre Notas que acabas de perder o anonimato Acontecerá muitas vezes mais. A cada alertar olhares incautos do erro. Penso e a paz de espírito que cultivas. A seguir a ano que passa tens mais dias de António que nem escavando muito se descobrirá pessoa leva a boca aos ouvidos de quem a Costa em ti aos olhos dos passantes. Não o Adonis que habita as minhas formas. A acompanha e aí deposita qualquer verbo. ligas. Recordas-te de Mia Couto e o seu existir será muito lá no fundo. Imperce- O dono do ouvido segue a norma e faz sósia. Ele é, variadas vezes na vida, Chuck tível. Portanto foram cerca de dez horas de conta que nada aconteceu mas, daí a Norris. Contou-o numa crónica há uns de assédio risonho. Preocupado, a certo momentos, como se fizesse um movimen- anos. Parece que se habituou a viver com momento adormeci. Dormi não sei quanto to natural olha-te também assim a modos outra personagem em si. Na verdade para tempo. Acordei. A senhora aproximou-se, de “aconteceu por acaso”. E, disfarçando, Mia Couto não há problemas. Personagens sempre sorrindo. Pus-me em guarda, ia sorri para a pessoa parceira, acenando que magníficas vivem nele. Brotam a todo o gritar por socorro. Mas não foi preciso: sim com a cabeça. Ficas incomodado, pois momento delineadas no papel. Presumo “não quis acordá-lo antes, portanto se claro que ficas… que para Mia Couto ser confundido com quiser lanchar pode ir ali à frente”. Chuck Norris é realismo mágico aconte- Tudo isto começou há muito tempo. cido. Para ele daria neologismo. “Real- Entre a fome e o medo, decidi pela comida. Lisboa, provavelmente em 1995, uma magia”, talvez. Ou uma personagem ao Caminhei para a área de preparo das refei- qualquer rua do centro. Procuras uma jeito de Umberto Eco como por exemplo ções. Lá chegado saiu conversa: “o senhor direção. É por ali, naquelas bandas. Dobras Jorge de Burgos, também estabelecido no é mesmo muito parecido com o primeiro- 18 uma esquina, vais distraído a olhar para corpo de Jorge Luís Borges. Ou uma teoria, ministro António Costa”! Levantei pescoço o ar. Esbarras-te numa senhora baixinha. cifrada entre contrários: “O outro em ti. Tu e, talvez por não me ter saído um ar por O saco da fruta cai ao chão. Há maçãs, no outro”. Enfim, esta estória contada a aí além de satisfação, recebi um apên- laranjas, limões, peras por todo o lado. Juan Ruflo ou ao sempiterno Gabriel Garcia dice verbal diferenciador: “mas o senhor Enquanto te desculpas, ato contínuo, abai- Marques havia de valer inventariações. é maior”. Ora, agora podemos começar xas-te para recolher os frutos. Sentes um a conversar. Posso ser sósia de António resmungar por cima de ti, “não tem olhos Creio que a culpa é da televisão. Durante Costa mas, por favor avisem-lhe que este na cara”. Levantas-te e dizes o mesmo à muitos anos, enquanto ninguém ouvira fa- é um caso em que o duplo é maior. E ser senhora, “também não tem”. Ela olha-te. lar em António Costa, ninguém lhe vira um sósia maior tem que se lhe diga. Tu olhas-lha. Ela franze a testa. Tu esperas. putativo sósia. Diga-se, a talhe de foice, O que vem aí? “Oh! é o doutor António que a inversa também é verdadeira. E por Esser Jorge Silva Sociólogo Costa!” falar em inversão, segue mais uma: quanto mais António Costa foi, gradualmente, A história passou a repetir-se. 1998, aparecendo na televisão mais o seu sósia entrada de um seminário. És organizador, se tornou detetado. Mas quanto mais o chegas cedo como combinado. Por ali já sósia é incomodado menos probabilidade se encontra gente. Chegas vestido com tem Costa de o saber. Toma lá para sabe- os marcadores de homem do momento. res o teu lugar, ó sósia. Levas fato e gravata contigo. Enquanto te aproximas do edifício aonde se desen- Há que referir que é lamentável quererem rolará a contenda verbal reparas que as meter outro em nós. Provoca desacertos pessoas se alinham. Abotoam o casaco. na desatenção civil, aquele ato de ignorân- Dizes bom dia. Para teu espanto recebes cia e de não visão que todos usamos no resposta em coro como se houvesse dia-a-dia. Numa recente viagem para Por- CEM ANOS A CAMINHAR PARA FÁTIMA

Em maio, de Guimarães, como do resto de Portugal e do mundo, os peregrinos convergem para Fátima. As aparições da Cova da Iria cumprem o centésimo aniversário, em ano de visita do Papa mais popular de que há memória, com a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta em pano de fundo. Tudo se conjuga para que o 13 de maio, em Fátima, seja um momento inesquecível do culto Mariano em Portugal.

19 PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA UM CAMINHO DE DOR FEITO COM ALEGRIA TEXTO: RUI DIAS • FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

MUITAS DAS PESSOAS QUE SE LANÇAM AO CAMINHO DE FÁTIMA NOS PRÓXIMOS DIAS NÃO PARECEM FISICAMENTE TALHADAS PARA PERCORRER, A PÉ, MAIS DE 250 KM, EM CINCO DIAS. MOVE-AS UMA FORÇA MAIOR, INCOMPREENSÍVEL PARA QUEM NÃO TEM FÉ.

Mais até do que procurar prazer, que tros ajudam”, responde Roy Ventura. por vezes implica grandes sacrifícios, os Joaquina Mendes, de 70 anos, é a seres humanos procuram evitar a dor. alma do grupo. Tudo gira à volta desta Contra o que a natureza manda dentro senhora serena, apesar da enorme de alguns dias as estradas de Portugal responsabilidade que pesa sobre ela vão estar inundadas de peregrinos no de guiar quase uma centena e meia de caminho de Fátima. Ao contrário do que pessoas até ao Santuário. Na reunião se vê nos Caminhos de Santiago, o pe- todos lhe veem perguntar alguma coisa regrino português não é um turista bem com ar assoberbado. A todos responde preparado, com botas de caminhada, com uma calma olímpica. “Fui opera- equipado com máquina fotográfica, da de urgência ao apêndice há cinco roupa e sapatos adequados. Os peregri- dias”, diz enquanto sobe uma escada nos portugueses são-no à moda antiga, inclinada, para justificar a lentidão do peregrinos de fé que viajam, na grande passo. Não há dúvida que se trata de maioria dos casos em sofrimento. alguém extraordinário, pela capacidade de liderança e motivação que incute, Um dos maiores grupos que parte de breves minutos à conversa bastam para Guimarães, no dia 6 de maio, reuniu- perceber isso. se pela última vez no dia 25 de Abril, em Matamá. São 130 pessoas, onde Mulher de fé, nunca tinha ido a Fátima há alguns jovens ainda na casa dos a pé até que a doença de um sobrinho, vinte anos, muitos na casa dos trinta dado como perdido pelos médicos a e dos quarenta, mas um largo número levou a fazer uma promessa. O sobri- de pessoas bem para lá dos sessenta. nho salvou-se da leucemia e “ainda 20 Achas que chegam todos? - foi a per- anda ai”, o caminho fê-lo para pagar a gunta óbvia para o enfermeiro galego “graça concedida” e nunca mais parou. que acompanha o grupo no carro de “Hoje não vou por promessa, vou por apoio, já lá vão seis anos. “Claro que agradecimento, para agradecer o muito sim, se algum tiver dificuldades os ou- que Deus me deu”, afirma Joaquina.

Já lá vão 15 anos a caminhar para Fá- tima, primeiro em grupos organizados por outros, desde há 10 anos a organi- zar ela própria. É preciso arranjar locais para dormir, comida, planificar os horá- rios, os caminhos e a assistência. “Tem corrido tudo bem”, afirma Joaquina que nestes anos todos só tem para relatar um pequeno acidente, em que uma peregrina foi atingida por o espelho de um carro. Um incidente menor de que resultou apenas um ferido ligeiro.

O grupo sai de Guimarães no dia 6 de maio para chegar a Fátima no dia 11. Começam a caminhar às 3h30 e caminham até às 19h00. Pelo caminho param para pernoitar no Porto, São João da Madeira, Águeda, Coimbra e Pombal. Uma das peregrinas afirma que “tirando o nascimento dos meus filhos, a chegada a Fátima foi o melhor momento da minha vida”. FOTOGRAFIA: DIREITOS RESERVADOS

UM SÉCULO PASSOU SOBRE AS APARIÇÕES DA COVA DA IRIA

Faz 100 anos que a Nossa Senhora terá aparecido, na Cova da Iria, a três quiló- metros de Fátima, a três crianças. Lúcia, Francisco e Jacinta, dizem ter visto, a 13 de maio, pela primeira vez, “uma senhora mais brilhante que o sol” sobre uma azi- nheira, quando guardavam o rebanho.

As aparições de Maria repetiram-se nos cinco meses seguintes, sempre no dia 13, só em agosto é que o fenómeno não 21 aconteceu na data prevista porque o então administrador do concelho de Vila Nova de Ourém, um republicano anticle- rical e maçon, deteve as crianças. Diz-se que nesse dia, se juntou uma grande multidão que aguardava pela aparição. Por volta do meio-dia, ouviu-se um trovão e viu-se um relâmpago, a multidão notou uma pequena nuvem branca que pairou alguns metros sobre a azinheira. As crianças continuaram em cativeiro e, apesar das várias ameaças físicas de que foram alvo, não revelaram nada. No dia 15 de agosto, foram libertadas e regressaram a Fátima. A aparição de Nossa Senhora aconteceria a 19, tendo a Virgem a Ja- cinta que “quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias, no último mês farei o milagre para que todos acreditem”.

À medida que a notícia viajava pelo país a cada dia 13 juntava-se cada vez mais gente no local das aparições. Fala-se em 50 mil pessoas no dia 13 de outubro, data em que os três pastorinhos disseram que a Virgem faria um milagre. Os presentes presenciaram aquilo que ficou conhecido como Milagre do Sol, em que a chuva que caia parou e o céu abriu-se para deixar ver o sol. No local das aparições construi- se uma capelinha, logo em 1919. Hoje a Cova da Iria tem um santuário com duas basílicas que já foi visitado por três Papas: Paulo IV, João Paulo II e Bento XVI. FOTOGRAFIA ALBERTO ALVES

CONHECIDO FOTÓGRAFO 22 VIMARANENSE, COM MAIS DE 20 ANOS DE EXPERIÊNCIA, INAUGUROU NO DIA 31 DE MARÇO O SEU NOVO ESTÚDIO DE FOTOGRAFIA EM GUIMARÃES.

“O objetivo é proporcionar um maior conforto aos nossos clientes, num espaço acolhedor e mais adequado, e onde o atendimento é mais personali- zado, de acordo com o serviço que nos orgulhamos de prestar”. Referiu à Mais Guimarães o fotógrafo.

Dos serviços prestados, destaque para os casamentos, os batizados e as sessões fotográficas, de família como de crianças… Importa referir que são os serviços em que se especializaram ao longo dos anos. Para além destes, há ainda as comunhões, eventos sociais, e muitos outros serviços ligados à fotografia.

O espaço Alberto Alves está aberto de segunda a sexta das 10h Às 13h e das 14h30 às 19h30, ao sábado das 10h às 13h. Os serviços estão disponíveis nou- tros horários, por marcação.

Um novo nome, a qualidade de sempre. ALBERTO ALVES - IMASTUDIO Compre na Rua Eduardo Manuel de Almeida, nº 640, 253 533 537 / 93 97 97 000 (na saída da cidade após o Hotel de Guimarães) ENEDECOR e vá de férias! JOVEM TROMPETISTA VIMARANENSE JOÃO SALGADO VENCE DOIS PRÉMIOS INTERNACIONAIS TEXTO E FOTOGRAFIA: MAIS GUIMARÃES

EM ABRIL, JOÃO ANDRÉ FERNANDES SALGADO, JUNTOU AO SEU CURRÍCULO DOIS PRIMEIROS PRÉMIOS EM CONCURSOS INTERNACIONAIS. O PRIMEIRO ACONTECEU DIA 08, NO CONCURSO INTERNACIONAL DE INSTRUMENTOS DE SOPRO “TERRAS DE LA dade que supera, a vontade de fazer mais SALETTE” EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS, E O SEGUINTE DIA 11, NO e melhor cresce e para isso tem também CONCURSO DE TROMPETE DA PÓVOA DE VARZIM. contado com a ajuda dos amigos da classe de trompete, “somos todos muito unidos, e quando temos dificuldades ajudamo-nos uns aos outros com as diferentes expe- riências que temos”.

João André termina esta entrevista reve- lando o seu sonho: “fazer licenciatura e ingressar numa Orquestra Sinfónica no estrangeiro” e para continuar “é preciso ter força de vontade e querer…querer muito, e eu quero!”

Para o Maestro Vasco Silva de Faria, que o viu chegar “ainda muito novo, é com enor- me orgulho e gratificação que o vejo seguir no bom caminho”. Como responsável pela Sociedade Musical de Pevidém, vê assim cumprida a missão daquela instituição que acolhe muitos jovens e os vê depois seguir Ambicioso e determinado, assim se revela Consciente da dificuldade de se ser músico o seu percurso no mundo da música. 23 o jovem vimaranense que com 15 anos já em Portugal, diz que “o futuro talvez passe se mostra seguro do caminho que quer por sair do país”, pois conhece “muitos “OS PRÉMIOS FORAM GANHOS seguir. Focado no objetivo de chegar casos de sucesso”. COM TODA A JUSTIÇA E COM longe, com o apoio e incentivo da família CONCORRÊNCIA APERTADA, e amigos, que reconhece como essencial, Entende que a Sociedade Musical “é muito NESTES CONCURSOS SÓ GANHA tem apostado em dedicar todo o seu importante para que as pessoas percebam QUEM FAZ BEM…E ELE FEZ BEM!” tempo ao que gosta realmente de fazer: como funciona uma orquestra e, a partir Vasco Silva de Faria tocar trompete. daí, perceberem se gostam mesmo ou não desta área”. João André incorporou a or- Com família ligada à Banda de Música, questra juvenil logo no início, com 11 anos, Para o maestro, os primeiros ensinamentos decidiu experimentar e iniciou o seu per- e a banda, depois da entrada na Artave, “são muito importantes pois têm a compo- curso aos 11 anos na Sociedade Musical de aos 13. Tem sido na sua companhia que nente social, das regras, dos horários, do Pevidém com o professor e maestro Vasco tem pisado muitos e grande palcos que lhe palco, que os ajudam depois no futuro”, daí Silva de Faria e com o professor Flávio dão segurança e confiança para continuar. na Sociedade Musical tentarem potenciar Pereira, que foram responsáveis pelo des- Na Artave, “as aulas são diárias e intensi- ao máximo as capacidades individuais e pertar do gosto pela música. vas, o que ajuda no processo de evolução possibilitarem as atividades em público pois do músico”, mas João André não se fica isso “faz toda a diferença no à vontade, na O jovem trompetista diz só ter tido a pelas 2/3 horas que treina trompete na confiança e na postura que depois têm nas certeza do caminho a seguir aquando da escola e, sempre que possível, treina tam- atuações”. entrada na Artave, aos 12 anos, escola que bém em casa para “aperfeiçoar e superar Segundo Vasco Silva Faria, no meio trompe- ainda frequenta e que denomina como a os pontos menos fortes em cada peça”. tista os prémios alcançados são relevantes, sua “segunda casa”. Diz ter sido a partir pois querem dizer que “naquele momento dessa altura que sentiu uma “evolução Agora no 10º ano afirma que “a cada etapa foi o melhor”. Para o maestro os prémios muito grande” na companhia do seu “ex- o grau de exigência aumenta e a dificulda- têm duas vertentes “de responsabilidade e celente professor Paulo Silva”. de das peças também”. Com cada dificul- estímulo para continuar a trabalhar”.

Um novo nome, a qualidade de sempre. Compre na ENEDECOR e vá de férias! PIZZARIA SETES

TEXTO E FOTOGRAFIAS: ELISEU SAMPAIO / MAIS GUIMARÃES

REABRIU A 21 DE MARÇO, NA RUA ANTERO HENRIQUES DE SILVA, JUNTO DO COMPLEXO DO VITÓRIA, A PIZZARIA SETES. COM 5 ANOS DE HISTÓRIA, O ESPAÇO MOSTRA-SE AGORA MAIS ACOLHEDOR, MODERNO E FUNCIONAL, E MUITO MAIS BONITO.

A Pizzaria Setes é um espaço para toda bebidas, nomeadamente cervejas a família, onde os jovens se encontram nacionais e internacionais. A Pizzaria regularmente, fruto da qualidade dos Setes disponibiliza ainda o serviço de pratos que ali são apresentados e da Take Away, bastando ligar solicitando proximidade de escolas, nomeadamen- a preparação da refeição, depois, é só te a João de Meira, a Secundária Martins passar, levantar e degustar em casa. Sarmento e a Santos Simões. A Pizzaria 24 Setes beneficia também do facto de A Pizzaria Setes é um espaço também estar localizada numa área de forte para os amantes de futebol, onde os densidade populacional e da proximida- vitorianos festejam as vitórias da sua de com o Parque da Cidade e do Com- equipa e da seleção, sendo possível plexo do Vitória Sport Clube, havendo assistir, sozinho ou em grupo, à trans- facilidades de estacionamento. missão dos jogos em televisores de generosas dimensões. Ali são servidas refeições rápidas mas preparadas cuidadosamente, nomeada- “Apareçam para conhecer o nosso mente pizzas, francesinhas, cachorros, espaço e provar as nossas pizzas e combinados diversos, baguetes, tostas francesinhas”. Convida Ricardo Vieira, e lasanhas, acompanhadas por diversas responsável pela Pizzaria Setes.

REFEIÇÕES ECONÓMICAS PIZZAS E FRANCESINHAS (Ao almoço) TODA A GENTE GOSTA! MENU ESTUDANTE Francesinha, cachorro, pizza ou hambúrguer, com bebida de lata - 3,50€ PRATO DO DIA Rua Antero Henriques da Silva, nº555, Disponível de terça a sábado Costa 4810-026 Guimarães Prato do dia, bebida, sopa e café - 5,50€ Telf.: 253 054 631 | Telm.: 965 543 037 SERRAS DE FAFE MOINHO DE VENTO DE ABOIM TEXTO E FOTOGRAFIAS: RUI DIAS

O MOINHO DE VENTO DE ABOIM RIVALIZA COM OS ENORMES GERADORES EÓLICOS NA SERRA DE FAFE. COM VISTA PARA O GERÊS, PARA A CABREIRA E PARA A BARRAGEM DO ERMAL, O VELHO MOINHO DE PEDRA INTEGRA-SE PERFEITAMENTE NA SERRA, AO CONTRÁRIO DOS DESAJEITADOS MONSTROS BRANCOS QUE CHEGARAM MAIS RECENTEMENTE.

Construído nos anos 1920, o moinho foi abandonado algumas décadas depois, de tal forma que em 2008, quando se fez a reconstrução ninguém na aldeia tinha memória de o ter visto a funcionar. Com a colaboração dos descendentes do construtor, dos atuais proprietários e da população de Aboim, foi possível reunir memórias e objetos que serviram, não só para a reconstrução, mas também para a constituição de um museu. Na altura o moinho era pouco mais que uma ruína. Na reconstrução, levada a cabo pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal, ao abrigo do programa Leader, foram usados apenas materiais e técnicas tradicionais.

“OS MELHORES MOINHOS SÃO COMO ESTE, AINDA PODEM SER POSTOS A FUNCIONAR”, WILLEM 25 VAN BERGE

Hoje o moinho de vento de Aboim faz parte da Rede Portuguesa de Moinhos e, numa visita, em junho de 2016, o presiden- te da Sociedade Internacional de Molinolo- gia, Willem Van Berge, elogiou a recons- trução dizendo que “os melhores moinhos são como este, ainda podem ser postos a funcionar, mostrando às pessoas como é que a vida costumava ser”. O moinho de vento, visão pouco vulgar nas serras minhotas, atrai agora muitos visitantes à aldeia de Aboim. Numa segunda fase o projeto passou a integrar um Museu do Moinho e do Povo de Aboim, instalado na antiga escola da aldeia. Neste espaço os visitantes são convidados a conhecer a paisagem, flora e fauna, os ciclos do milho e do centeio e a história da freguesia, com especial destaque para a emigração. Primeiro para o Brasil, mais tarde para França e para a Alemanha, os habitantes foram fugindo das duras condições de vida. Atualmente dois terços dos naturais da terra estão es- palhados pelo mundo. Uma curiosidade do museu é a coleção de fotografias dos ha- bitantes da aldeia há 100 anos atrás . Uma proposta para uma tarde bem passada com as crianças, a 33 Km de Guimarães, 20 Km do centro de Fafe. RESTAURAÇÃO PRÓS & CONTRAS

É NO EDIFÍCIO DO TELEFÉRICO DA PENHA, QUE SE SITUA O RESTAURANTE PRÓS & CONTRAS.

Este restaurante, inaugurado em 2005, é um espaço com uma identi- dade única, com um ambiente muito acolhedor e decoração requintada. Aqui podemos apreciar sabores ten- tadores que “nos vão surpreender”, prometem Conceição e Vítor, que há 3 anos gerem o Prós e Contras, um restaurante onde os vimaranenses e visitantes de entregam dos prazeres que uma cozinha cuidada.

De entre as muitas especialidades, destacamos as choletitas de cordeiro, os folhadinhos e o polvo assado no forno, as bochechas de vitela, o folhado de caça, o bacalhau no forno com broa, as gambas à Brás e o arroz de tam- boril. Aos domingos, os clientes são surpreendidos com pratos especiais, nomeadamente com um maravilhoso cabrito assado no forno. Para acompanhar há bons vinhos e uma refrescante sangria, que combina bem com a esplanada com vista privi- legiada para a montanha da Penha e o 26 teleférico.

O restaurante Prós & Contras é um es- paço descontraído e está aberto todos Restaurante Prós & Contras os dias, excepto ao domingo ao jantar, Edifício Teleférico entre as 11 às 15 e das 19 às 24 horas. Reservas 919 801 805

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27 VITÓRIA SPORT CLUBE AS HISTÓRIAS DE 75 ANOS NAS FINAIS DA TAÇA TEXTO: DIOGO OLIVEIRA E DIAS • FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

O VITÓRIA PERSEGUE A SEGUNDA TAÇA DE PORTUGAL A 28 DE MAIO, FRENTE AO BENFICA, E O MAIS GUIMARÃES REVISITOU AS SEIS FINAIS VITORIANAS EM QUASE 95 ANOS DE HISTÓRIA.

A Taça de Portugal habita o imaginá- Benfica, o mesmo adversário que a rio dos seguidores do futebol por- equipa da cidade-berço derrotou em tuguês como a amostra mais clara 2013, por 2-1, levantando pela primeira do desporto-rei enquanto festa. Os vez o troféu, após seis tentativas. vitorianos vão integrar, pela sétima vez, o cenário da final, alimentando Apesar desta ser a década com mais a esperança de que o capitão Josué finais para o emblema de D. Afonso repita a imagem de Alex a levantar o Henriques, os feitos vitorianos na taça troféu em 2013. atravessam gerações, sendo já poucos os que guardam memória viva da O Estádio Nacional, no vale do Jamor, primeira vez que a equipa disputou a em Oeiras, é o palco que, ano após final, em 1942, precisamente a época ano, renova o sonho do adepto em ver de estreia na Primeira Divisão. O Vitória a sua equipa discutir a final e o seu perdeu por 2-0 com o Belenenses, no capitão erguer o troféu, num momento Campo do Lumiar, em Lisboa, mas a de êxtase coletivo. Pelo ambiente que viagem em busca do troféu conheceu precede o jogo e se prolonga depois no novos episódios em 1963 – a estreia do “tapete verde”, este lugar central na mi- Vitória no Estádio Nacional -, em 1976, tologia da Taça, recebe, a 28 de maio, no Estádio das Antas, no Porto, e em o confronto que opõe os vitorianos ao 1988, 2011 e 2013, novamente no Jamor.

Marega condiziu o Viitória à final de da taça de 2017

Uma estreia de sonho Sporting de Espinho por 4-1. 1942 na primeira divisão O grande jogo aconteceria nas meias- 28 terminou com a primeira presença finais, em Guimarães, frente ao Spor- numa final da taça de Portugal. ting CP, de Peyroteo. O Vitória levou de vencida a equipa de Lisboa por 2-1, no A época de 1941/42 ficou marcada na Campo do Benlhevai, atingindo a final história do clube como aquela em que da prova. o Vitoria disputou pela primeira vez o Campeonato Nacional. Nessa mesma A final disputou-se no dia 12 de Julho temporada alcançou outro feito histó- de 1942 no Campo do Lumiar em rico, com o apuramento inédito para Lisboa, sob a arbitragem de Vieira da a final da Taça de Portugal, a segunda Costa, do Porto. O Belenenses, potên- mais importante prova nacional. cia do futebol luso da época, venceu o Vitoria por 2-0, com golos de Qua- Na primeira eliminatória o Vitoria der- resma e Gilberto, conquistando a sua rotou copiosamente o Estoril por 7-2, primeira Taça de Portugal. e nos quartos-de-final, despachou o Campo do Benlhevai no jogo referente à Taça de Portugal entre o Vitoria Sport Clube e o Barreirense em 1941/42

Alexandre Lino Ferraz Zeferino Castelo Laureta Machado Arlindo José Maria

Miguel João

VITÓRIA SC 0 2 BELENENSES

Estádio do Campo do Lumiar

Treinador: Alberto Augusto Rococa, Vitorino, Dias, Laureta II, Miguel, Bravo

Equipa vitoriana na temporada de 1941/42 que disputou a final da Taça de Portugal O sexto lugar do Vitória, 1963 Mendes 6º lugar foi suplantado Caiçara pela sensacional campanha realizada na Paulino Taça de Portugal, que levou o clube, pela Peres segunda vez no seu historial, à final da Armando Manuel João Mário Spencer Pinto competição. da Costa Roldão Virgílio Depois de ultrapassar o Covilhã com duas vitórias, por 3-1 e 2-0, a Académica de Lua Daniel Coimbra, com uma derrota (2-1) e uma VITÓRIA SC 0 4 SPORTING vitória (3-1), o União da Madeira, com uma derrota (2-1) e uma goleada (5-0), o Vitória Estádio do Jamor encontrou, nas meias-finais, o quarto clas- sificado, o Belenenses, perdendo o primeiro Treinador: Jose Valle Zeca Santos, Joaquim Castro, António Freitas, Vitoria SC - Sporting CP no Estadio do Jamor jogo por 2-0. Mas na semana seguinte, em Mário Costa, José Silveira, Romeu, António Fon- Guimarães, em jogo disputado no lotadíssi- seca, Fonseca, Testas, Teodoro, Castro mo Campo da Amorosa, o Vitoria SC vence o CF Belenenses por 3-1. Haveria pois ne- cessidade de realizar um terceiro jogo em campo neutro, Coimbra, a meio da semana. Num jogo impróprio para cardíacos. O Vitoria perdia por 0-1 a seis minutos do fim, mas nos instantes finais marcou três golos, carimbando dessa forma o passaporte para a final da competição. Inimaginável festa acompanhou os adeptos e a equipa na viagem de regresso à cidade berço.

No Estádio do Jamor, o Vitória encontrou o Sporting, que venceu por 4-0, com golos de Figueiredo (2), Lúcio e Mascare- nhas, acabando por conquistar a Taça de Portugal.

29 Equipa do Vitoria SC da final da Taça de Portugal de 1962/63

Campo do Benlhevai no jogo referente à Taça de Portugal entre o Vitoria Sport Clube e o Barreirense em 1941/42

Meias-finais com o Belenenses na Amorosa Festejos com o técnico argentino Jose Valle

A final da Taça de Por- cidade berço à cidade invicta. 1976 tugal da temporada de 1975/76 foi disputada entre o Vitoria SC O Boavista acabou por vencer o jogo Pedrinho Torres e o Boavista FC, nas Antas, depois de as por 2-1, com os golos axadrezados a ser Abreu equipas nortenhas terem eliminado, res- apontados por Salvador e o tento vitoria- Rui Almiro Rodrigues petivamente, o Porto e o Benfica. A final no por Rui Lopes. Rui Rodrigues desta competição, convencionada como Lopes Ferreira a “festa do futebol”, esteve rodeada por Na ressaca da partida, os responsáveis da Costa Alfredo inúmeros casos, conflitos e polémicas. vitorianos queixaram-se fortemente às instâncias próprias da arbitragem de Tito Osvaldinho De Guimarães viajaram, bem cedo, António Garrido. A imprensa condenou VITÓRIA SC 1 2 BOAVISTA milhares de adeptos do Vitória osten- unanimemente a arbitragem. Apesar de tando as bandeiras com o símbolo de todas as queixas vimaranenses, o árbitro Estádio das Antas D. Afonso Henriques bem desfraldadas, António Garrido não foi castigado pelas em excursões de autocarro organi- entidades que superintendiam o futebol, Treinador: Joaquim Sousa, Fernando Barreira, José Carlos, zadas ou em automóveis particulares acabando mesmo por receber a distin- Artur da Rocha, João Ramalho, Célton, Alfredo que entupiram, literalmente, todas ção de melhor árbitro nacional, naquela Guimarães, José Romão, , as estradas nacionais que ligavam a temporada de 1975/76. Romeu Silva, Zéquinha, José Abreu, Abel Miglietti A entrada em campo das equipas do Vitoria SC e do Boavista FC, comandadas por António Garrido Lance da final com o vitoriano Osvaldinho

Costeado O resultado da primei Tozé 1988 ra final contra o Porto Carvalho Bené permaneceu em aberto até ao apito N´Kama N’Dinga final de Vítor Correia, mas o remate forte Jesus de Jaime Magalhães fora do alcance de Jesus, após desmarcação de Jaime Pa- Nascimento Nenê checo, quando o cronómetro assinalava Adão Basílio o minuto 82, bastou para os “dragões” Marques juntarem a Taça de Portugal ao campeo- VITÓRIA SC 0 1 PORTO nato e negarem uma conquista inédita ao emblema da cidade-berço. Estádio do Jamor Treinador: José Alberto Torres OSVALDINHO O Vitória regressou ao Estádio Nacional António Lopes, Tozé, Rui Vieira, Miguel Marques, 25 anos depois da primeira presença, Renê, Francisco Dinis, Caio Júnior, Ademir, João de Deus, Décio Antônio, Artur Jorge, Kipulu O jogo não devia ter sido no Estádio das após uma época em trajetória descen- 30 Antas. Para além disso, tinham incen- dente, concluída no 14.º lugar, com 33 diado o carro ao Garrido, em Guimarães. pontos, os mesmos dos despromovidos Automaticamente, havia um certo ódio, O Elvas e Académica. Após o triunfo provavelmente, às gentes vimaranenses. sobre o Portimonense no jogo das Se entra outra equipa de arbitragem, o meias-finais por 2-1, com prolongamen- jogo seria outro. Carregamos em cima to, a 10 de junho, o Vitória surgiu no Ja- do Boavista, mas falhámos muitos golos. mor, a 19, com cinco a seis mil adeptos O certo é que perdemos uma taça que na bancada e até dominou a primeira podíamos ter trazido para Guimarães. parte, com mais lances junto à baliza de Foi um ambiente de grande festa, com Mlynarczyk, protagonizados por N’Kama muita gente de Guimarães. O auto- e Adão, mas, na etapa complementar, carro do Vitória, no final da partida, foi a equipa orientada por José Alberto acompanhado com uma comitiva desde Torres cedeu o domínio ao FC Porto, Moreira de Cónegos, com vários carros que, depois de uma primeira ameaça de a apitar. Parecia que tínhamos ganho a Rui Barros, garantiu a vitória já nos dez Basílio Taça de Portugal. A massa associativa minutos finais. viu que nós carregámos sobre eles e Foi um ano com muita dificuldade, com fomos prejudicados. Éramos uns dignos Apesar do desaire, a final abriu caminho várias trocas de treinadores. O final da Taça vencedores. A direção do Vitória não de- para o primeiro título oficial da história foi o mínimo que podíamos dar à massa via ter permitido que o jogo se realizasse do Vitória, a Supertaça, conquistada associativa. Tivemos uma prestação muito no Porto, pois as finais são para ser no início da época 1988/89 perante os aceitável, pois o Porto tinha equipas muito disputadas no Estádio do Jamor. Ficá- “azuis e brancos”, e assegurou uma fortes. Não conseguimos dar aquilo que mos tristes por não entregar a Taça ao presença inédita na já extinta Taça dos gostaríamos, a Taça, mas o possível dentro presidente e aos adeptos. Nós estávamos Vencedores das Taças, prova na qual das circunstâncias. A bancada estava com- a pensar em dar uma alegria à massa cairia logo na primeira ronda, frente aos pletamente cheia, com muitos entusiastas. associativa. Os adeptos mereciam. holandeses do Roda. Nunca mais me esqueço. 2013 2017

1940 2020 0 2 0 4 1 2 0 1 2 6 2 1942 1963 1976 1988 2011 1 Nacional do Jamor, Lisboa Estádio Lumiar, Nacional do Jamor, Estádio das Antas, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, Lisboa Lisboa Porto Lisboa Lisboa Lisboa 28 Maio - 17h15 31

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1940 2020 0 2 0 4 1 2 0 1 2 6 2 1942 1963 1976 1988 2011 1 Nacional do Jamor, Rua 25 de Abril, 193 - Silvares, Guimarães Tel. 253 297 399 Lisboa Estádio Lumiar, Nacional do Jamor, Estádio das Antas, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, 918 245 Lisboa906 I 911 796 486 Email. [email protected] Lisboa Porto Lisboa Lisboa Lisboa 28 Maio - 17h15 FLÁVIO MEIRELES

A equipa estava bem preparada. O Vitória esteve em estágio quase uma Equipa do Vitoria na final da Taça de Portugal, no Jamor, na época de 1987/88 semana antes da final. Olhando para o dia de hoje, se calhar, pelo facto de nos concentrarmos cedo demais, estar aqueles dias todos fechados, não sei se "O último a sair fecha Varela, restabelecer a vantagem do Por- faz sentido. Jogar uma final da Taça de 2011 a porta", podia ler-se to. Os vitorianos voltaram a empatar aos Portugal é uma pressão muito grande numa tarja colocada num viaduto à 23, por Edgar, ele que viria a desperdiçar e, talvez, terá sido prejudicial esse fator. saída de Guimarães, anunciando uma uma grande penalidade no final da pri- Foram outros tempos. O Vitória já não "invasão" de vimaranenses ao Estádio meira parte. A equipa da cidade invicta ia há muito tempo a uma final. O “staff” Nacional e à mata que o circunda, onde conseguiu marcar mais três golos antes estava consciente da importância de teve lugar. A equipa vitoriana prepara- do final do primeiro tempo, por Rolando, chegar a uma final e motivado, mas as va-se para o quinto assalto à Taça de Hulk e James. Na segunda parte, aos 73 coisas acabaram por não correr de fei- Portugal, novamente com o Porto, que minutos, o colombiano fez o "hat-trick" e ção. O Porto na altura era uma excelente repetindo a final de 1988, tinha vencido o fechou as contas. equipa, recheada de valores muito acima Campeonato e a Liga Europa. da média, que saíram por muitos me- O Vitória regressou ao Minho com a lhores. O momento decisivo foi quando A equipa da cidade-berço entrou prati- desilusão de ter perdido pela quinta vez o Edgar falhou a grande penalidade que camente a perder, com o golo de James a final da competição, num jogo em que daria o 3-4 e acabámos por sofrer num Rodrigues, logo ao segundo minuto, os adeptos ficaram com um sabor amar- contra-ataque o 2-5. Mas volto a frisar dando o mote para uma primeira parte go de quem sentiu que a taça esteve ao que a equipa e os adeptos tinham tudo com muitos golos. Os vimaranenses res- alcance, mas por infortúnio e alguma preparado para conseguirmos levarmos 33 ponderam através de um auto-golo de desconcentração, voltou a cair para fora de vencida aquela final. Criou-se uma Álvaro Pereira, aos 20, pouco antes de das muralhas. expectativa muito grande, com cada jogador a projetar a final na sua cabeça. Não conseguir o objetivo é uma frustra- ção enorme. Para mim foi, sem sombra de dúvida, dos piores dias da minha car- reira. Foi uma desolação. Muitos adeptos presentes nunca tinham visto uma final.

Targino Alex

J. Paulo Cléber Rui Edgar Miguel Nilson

Renan Freire

Faouzi Anderson Santana VITÓRIA SC 2 6 PORTO

Estádio do Jamor

Treinador: Manuel Machado Douglas, N’Diaye, Jorge Ribeiro, Flávio Meireles, Edgar esteve no ponto mais alto ao marcar o tento vitoriano e nos mais baixo ao falhar penalti João Alves, João Ribeiro, Marcelo Toscano 2013 2017

1940 2020 0 2 0 4 1 2 0 1 2 6 2 1942 1963 1976 1988 2011 1 Nacional do Jamor, Lisboa Estádio Lumiar, Nacional do Jamor, Estádio das Antas, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, Nacional do Jamor, Lisboa Lisboa Porto Lisboa Lisboa Lisboa 28 Maio - 17h15 Festejos no final do encontro da equipa que conquistou a primeira Taça de Portugal no ano 2013

Depois de cinco finais uma oportunidade de golo flagrante, 2013 perdidas, o Vitória Kanu, na tentativa de afastar o perigo Ricardo Kanú conseguiu finalmente vencer a Taça de da sua grande área, rematou contra Paulo T. Rodrigues Portugal, graças a uma reviravolta entre Gaitán e a bola acabou no fundo das Oliveira L. Olímpio os minutos 79 e 81. Este foi o segundo redes, aos 30 minutos. Mas no segundo Baldé Douglas troféu profissional da história do clube tempo o Vitória voltou a deixar Jorge A. André de Guimarães, em quase 95 anos de Jesus em lágrimas. Soudani, aos 79, El Adoua história, depois da Supertaça de 1988. aproveitou um passe de Crivellaro e Soudani empatou a final. Dois minutos depois, Addy Tal como em 2011, milhares de vima- Ricardo rematou de longe e a bola VITÓRIA SC 2 1 BENFICA ranenses pegaram no merendeiro e bateu em Luisão, entrando lentamente viajaram até ao Jamor, para a final da na baliza de Artur, fechando as contas Estádio do Jamor 73ª edição da Taça de Portugal. A topo do marcador. Sul encheu-se de branco para assistir à Treinador: Rui Vitória 34 Assis, Alex, N’Diaye, João Ribeiro, Rafael partida muito antes do seu início, para A festa alastrou-se para as bancadas e Crivellaro, Jean Barrientos, Marco Matias surpresa dos jogadores, que tiravam prolongou-se noite dentro, em Guima- fotos à bancada. Sim, neste dia o espe- rães, no largo do Toural, com milhares táculo começou nas bancadas. de vitorianos a receberem o autocarro da equipa que transportava os jogado- Nesta final inédita da Taça de Portugal, res, dirigentes e, claro, o tão ambiciona- o Benfica até chegou ao intervalo a do “caneco”. À sexta tentativa, o Vitória O Vitória vai regressar vencer, graças a um golo caricato de conquistou a Taça de Portugal – a 2017 ao Jamor depois de uma Gaitán: após o Vitória ter desperdiçado "prova rainha" do país. época em que, até à data, tem conjuga- do uma boa prestação no campeonato, com o atual quarto lugar, e o percurso outra coisa. Uma sensação indescritível bem sucedido na “prova rainha”, na (ao olhar para a bancada). É algo que qual ultrapassou Santa Iria, Boavista, todos nós nunca iremos esquecer. Nes- Vilafranquense, Sporting da Covilhã e tes momentos, há sempre imagens que Desportivo de Chaves, numa meia-fi- ficam guardadas na memória, não só nal emocionante até ao último minuto, dos jogadores, mas também de todos marcado pela defesa de Douglas a uma os intervenientes do futebol. grande penalidade que daria a final aos Levantar a taça foi uma realização flavienses. pessoal e um realizar do sonho de uma cidade e não só. O Vitória é um clube O adversário de 28 de maio é o mesmo com uma representatividade a nível da última ocasião. O Benfica é, neste nacional incrível. Era o sonho de todos momento, a equipa mais bem coloca- ganhar algo que, com mais de 90 anos da para alcançar o título que lhe pode Alex de história, nunca tínhamos consegui- valer um inédito tetracampeonato e, do. Na altura, tive logo a sensação que nesta época, já bateu a equipa de Pedro iriamos conseguir e repetir, com certeza. Martins por duas vezes, ambas em As finais tem caraterísticas especiais. Um clube como o Vitória merece mais Guimarães, por 2-0. O histórico recente Defrontámos uma grande equipa, mas momentos como aquele. dos confrontos entre os dois emblemas acabou por cair para o nosso lado. Chegar a Guimarães por volta das três na Taça é, porém, claramente favorável A experiência de uma primeira final da manhã e ver a praça completamente à turma da cidade-berço: além da final, fez-nos corrigir alguns aspetos e ficar cheia é algo indiscritível. Todos nós nun- em 2013, o Vitória derrotou as “águias” mais preparados para aquilo que é um ca iremos esquecer, independentemente nos dois jogos anteriores, sempre por jogo daquela dimensão. Os adeptos de jogarmos em clubes com maior 1-0, quer em 2005/06, com um golo de sempre nos acompanharam e estiveram dimensão, porque sensações como Dário, quer em 2009/10, com um tento connosco. Não estávamos à espera de aquelas só as podemos viver no Vitória. de Gustavo Lazaretti. O Presidente do Vitória, Júlio Mendes, revela a ambição de voltar a conquistar a Taça de Portugal, naquela que vai ser a segunda presença enquanto respon- sável máximo do clube.

Como explica duas presenças na final FOTOGRAFIA: JOAQUIM LOPES da Taça de Portugal, em cinco anos ao leme do clube?

É uma pergunta difícil. Explica-se por um conjunto muito grande de pessoas que trabalham para esse objetivo de uma forma apaixonada e séria. Eu sou o rosto visível do projeto e, no fundo, cabe- me a mim coordenar e traçar aquelas que são diretivas mais importantes. E, como refiro, só é possível porque há um conjunto muito grande de pessoas, umas mais profissionalizadas, outras “pró bono”, para elevar o patamar do clube a um patamar de excelência e colocá-lo no lugar que merece.

Sente-se orgulhoso por ter sido o pri- meiro Presidente a conquistar a Taça de Portugal?

Sim, claro. Julgo que é um sentimento Júlio Mendes, o primeiro presidente do Vitória a alcançar duas finais da Taça de Portugal normal. É a primeira Taça. O clube nunca tinha conseguido um título destes. Por- tanto, é natural que me sinta orgulhoso, car, temos que fazer sempre um misto capazes, que são especiais, que adoram mas, essencialmente, sinto uma satisfa- de enviar a mensagem e de provocar o clube, que sentem, que vivem e que ção muito grande por ter sido eu a ter a o impacto que queremos para depois choram. Num contexto especial, como sorte de ter proporcionado a dezenas de ser mais fácil conduzir o destino das uma final, tudo é possível, a incerteza vai milhares de vitorianos, vimaranenses e instituições. De facto, essa ideia que fiz estar até ao último minuto e não vai ser simpatizantes que estão espalhados por passar tinha um duplo sentido: criar a fácil para nenhuma das equipas. Mas va- 35 todo o mundo. confiança necessária, depois de alguns mos, e eu pessoalmente vou, com todo o anos de discurso de vida difícil, e nós, otimismo que fui na outra final, com uma O clube está a entrar numa “nova era” mas também os sócios precisávamos, fé inabalável que vamos discutir a vitória e nas competições nacionais? de um discurso de otimismo; também tenho a certeza que a equipa vai deixar a por convicção, porque o plantel que tinha “pele em campo” para trazer a taça. Isso era ver as coisas de uma perspe- sido construído por mim e por aqueles tiva simplista. A equação tem variáveis que comigo colaboram tinha potencial. Os adeptos a continuam a conseguir complexas que estão constantemente Quando fiz essa declaração estava abso- surpreendê-lo? a transformar-se, de ano para ano, de lutamente convencido que estava a falar época para época, forças que entram e a verdade às pessoas. Os adeptos do Vitória surpreendem-me outras que saem, jogadores que entram todos os dias. Sempre que lançamos e outros que saem. Portanto, é necessá- É um plantel que pode trazer a segunda um desafio, eles são capazes de fazer, rio todas as épocas repensar toda a es- Taça do Jamor? ultrapassar e superar. Temos tido mani- tratégia. Se me perguntar se estamos a festações no nosso estádio, no D. Afonso dar passos firmes para ter uma estrutura Uma final é sempre um jogo especial, com Henriques, nunca antes vistas. É sequên- cada vez mais inteligente, cada vez mais um grau de incerteza enorme, e, por isso, cia também de um trabalho dos respon- profissional e cada vez mais experiente, tem tanta emotividade à sua volta. O Vitó- sáveis, que fazem-no de forma pensada isso estamos e torna-nos mais fortes. ria é um clube especial, com uma massa com estratégia, mas, de outro lado, é de adepta que acompanha e faz de uma preciso ter sócios excecionais e especiais, Quando disse que esta época tinha o forma absolutamente singular o clube ser que são os melhores do mundo e capazes plantel “mais forte da história”, estava uma realidade especial no panorama na- de interpretar as nossas ideias, de sentir consciente disso ou foi uma forma de cional. Estou convencido que, desse ponto aqueles que são os nossos “in put’s” e motivação? de vista, estaremos mais forte no Jamor, de transformar o Afonso Henriques num porque contamos com os nossos sócios, espetáculo fora daquilo que se tem visto Nos momentos que temos de comuni- eu conto com eles, e sei do que eles são no panorama desportivo nacional.

FOTOGRAFIA: MARCO JA COBEU HISTÓRIA DE GUIMARÃES 'DOAÇÕES' E 'POSSES' POR QUE PASSOU A CASA DO ARCEBISPO D. JOSÉ DE BRAGANÇA, EM GUIMARÃES (CASA DOS COUTOS) TEXTO: LINO MOREIRA DA SILVA • FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

2 – O ARCEBISPO FAZ DOAÇÃO DA muito “zeloso da honra de seu amo”, ‘SUA’ CASA AO MORDOMO, JOÃO LOBO mas tornou-se conhecido pela sua DA GAMA prepotência e por, rarissimamente, despachar “as ordens eclesiásticas para Nos primeiros tempos da visita, o Arce- os naturais da cidade e para o resto do bispo ainda manteve a ‘sua’ casa, onde Arcebispado”. regressaria com alguma regularidade. Daí que fosse detestado por todos. Mas quando a distância começou a Ambicioso que era, quando o Arcebispo tornar-se incomportável, decidiu (ainda morreu foi acusado de se apropriar de que com reserva de usufruto) doar a parte dos seus bens. sua casa ao seu mordomo, João Lobo da Gama. 4 – JOÃO LOBO DA GAMA FAZ Assim aconteceu em 06.01.1749, quando DOAÇAO DA CASA AOS PADRES DA o Arcebispo estava a poucos dias de CONGREGAÇÃO DA MISSÃO deixar Vila Real, e de seguir para Murça de Panoia (13.01.1749). A casa, na posse de João Lobo da Ora, Murça de Panoia ficava a mais de Gama, foi doada, por este, aos Padres 100 Km, de Guimarães, o que era uma da Congregação da Missão, ou Padres distância enorme, para aquele tempo. da Cruz (Padres de São Vicente de Por isso fazia a doação das “casas com- Paulo). pradas e reedificadas”, com “tudo o que Tal como o Arcebispo, também o mor- dentro delas se achava”, ao mordomo, domo mantinha uma forte e sincera 36 atendendo ao “bom zelo com que [ele]… ligação com esses padres, respeitan- o tinha servido”, durante mais de 20 do-os e considerando muito o seu anos. trabalho. Depois da sua morte, o Cabido de Braga A Casa da Cruz foi uma instituição de ainda contestou a doação, mas o Rei D. grande valor religioso e cultural, a que José, sobrinho do Arcebispo, impôs que me irei referir num próximo artigo. se respeitasse a sua vontade. Também correu uma acção, em tribu- 5 – A CASA É VENDIDA À FAMÍLIA DOS Retrato de D. José de Bragança nal, interposta por familiares do antigo COUTOS proprietário da casa, Cosme Peixoto de Miranda, que demorou anos a ser A casa que foi do Arcebispo, e depois 1 – O ARCEBISPO É AFASTADO DE decidida, mas a sentença foi a favor de do seu mordomo, e entrou na posse GUIMARÃES Lobo da Gama. dos Padres da Congregação da Missão, Na base das decisões estava que a foi arrendada, por estes, a João do O Arcebispo D. José de Bragança foi posse original tinha sido legítima e a Couto Ribeiro de Abreu e mulher, com pressionado, por D. João V, para deixar escritura de doação a João Lobo da promessa de venda. Guimarães, e dirigiu-se a Amarante Gama dava-o “empossado” da casa, É nesta altura que a casa passa para a (22.06.1748), prosseguindo a visita pas- sem necessidade de “nova posse”. alçada dos Coutos, e toma a designa- toral à Diocese. ção, por que é conhecida hoje. De Amarante, passou a Vila Real 3 – QUEM FOI JOÃO LOBO DA GAMA João Lopes de Faria deixou registado (22.07.1748), e de lá seguiu para Murça que os Padres da Casa da Cruz arren- de Panoia (13.01.1749) e Chaves (De- João Lobo da Gama era um serviçal do daram, “por 4 anos, pela renda anual de zembro de 1749), onde permaneceu até Arcebispo. Foi o seu “grande privado”, 96$000 réis, as suas casas do Terreiro finais de Setembro de 1750. seu estribeiro, camarista e guarda-rou- da Misericórdia, a João do Couto Ribeiro Em Junho de 1748, estava a habitar a pa. Era, igualmente, seu conselheiro, de Abreu, e mulher, Antónia Felizarda “casa nova”, que havia comprado a tendo-lhe criado dificuldades, mais que de Magalhães Pereira, desta Vila”, com Cosme Peixoto de Miranda, no Largo da uma vez. “promessa de lhas venderem, por 12 mil Misericórdia, próximo da casa do amigo Mas D. José protegeu-o, sempre. cruzados”. Tadeu da Fonseca e Camões, e nas ime- Pelo que chegou até nós, Lobo da Passando-se à compra, esta ocorreu diações da Colegiada. Gama era ‘filho natural’ de um moleiro depois de 1798. A ordem do Rei, seu meio irmão, para do Alentejo. A casa, na posse dos Coutos, chegou continuar viagem, caiu, certamente, Foi Cavaleiro Professo da Ordem de aos últimos elementos da família, pelos muito mal nas suas expectativas, pois Cristo e Fidalgo da Casa de Sua Majes- nomes (oficialmente registados) de por muito poucos meses (menos de tade Fidelíssima e Alcaide-Mor do Couto Maria Angélica Pereira Leite Magalhães meio ano) lhe fora permitido usufruir da de Ervededo. e Couto e Narcisa Pereira Leite de Ma- nova casa. Mostrava-se “sisudo e circunspecto”, galhães e Couto, para o nome de Maria Amélia Pereira Leite de Magalhães e Fernando Barbosa. como a vemos, embora parcialmente Couto. Foi-lhes atribuída a medalha de ouro transformada, grandiosa e útil, como o Por decisão desta última, a casa foi da cidade, pela Câmara Municipal de Arcebispo a preparou. para a posse de Província Portuguesa Guimarães, no seu 25º aniversário. da Congregação do Santíssimo Re- Na sequência da posse da casa, por dentor (Rua Francisco Agra), os Padres parte desta instituição, foi constituída PARA CONHECER MAIS: Redentoristas. uma hipoteca voluntária, a favor do Banco BIC (Banco Internacional de - António José Ferreira Caldas / Padre 6 – UM MEMBRO DESTACADO DA Crédito, S. A.). Caldas (1996). Guimarães, apontamen- FAMÍLIA DOS COUTOS Este mesmo Banco adquiriu o imóvel, tos para a sua história. Guimarães: por compra, vindo a transaccioná-lo, Câmara Municipal de Guimarães & Um dos últimos ocupantes da casa foi mais tarde. Sociedade Martins Sarmento. José Maria Pereira Leite de Magalhães - Lino Moreira da Silva (2012). O Tribunal e Couto. 8 – A CASA DO ARCEBISPO (CASA da Relação de Guimarães. Memórias da Natural de Felgueiras, foi filho de Gas- DOS COUTOS), NA POSSE DA CÂMARA primeira década. Guimarães: Tribunal da par Ferreira Couto e Joana Rosa da Silva MUNICIPAL Relação de Guimarães. Ribeiro. - Lino Moreira da Silva (2015). Os largos Casou, em 1912, com Rosalina Alcina de O imóvel está, nos dias de hoje, ocupa- da Misericórdia e de João Franco, em Magalhães e Couto, natural de Paredes. do pelo Tribunal da Relação de Guima- Guimarães. Espaços e história. Guima- Foi capitão do Exército e deputado à rães. rães: Edição do Autor. Assembleia Nacional (1953-1957), onde A Câmara Municipal comprou o edifício, - Maria Manuela de Campos Milheiro “fez ouvir, por diversas vezes, a sua voz, para esse fim, ao seu proprietário, o (2003). Braga. A cidade e a festa, no pugnando por problemas de interesse Banco Internacional de Crédito. século XVIII. Guimarães: Universidade para Guimarães e para a região”. Convicta do bom serviço público que do Minho. Foi presidente fundador do Grémio da prestava, a edilidade suportou uma - Thadeu Luiz Antonio Lopez da Fon- Lavoura de Guimarães, Delegado da parte dos custos, cabendo ao Ministério seca Carvalho e Camoens (1747 e 1749). Intendência Geral dos Abastecimentos, da Justiça a parte restante. Guimaraens agradecido. Coimbra: Real em Guimarães, Vogal da Junta Provin- Comprometeu-se a Câmara Municipal a Collegio das Artes da Conhia de Jesus. cial do Minho, Vice-Presidente da Junta “ceder o edifício… e a fazer executar as [2 vols.]. Distrital de Braga. obras de reparação e beneficiação ne- Integrou a comissão distrital e a co- cessárias”, para que pudesse “ser ocu- Lino Moreira da Silva [email protected] missão concelhia da União Nacional. pado pelo Tribunal… mediante projecto, Organismo do Estado Novo. medições e orçamento, aprovados pelo Foi Vereador, Vice-Presidente e Presi- Ministério da Justiça, e baseados no dente da Câmara Municipal de Guima- estudo de adaptação por este elabora- rães. do, observando as disposições legais Foi agricultor e proprietário. aplicáveis a este caso”. 37 Dado como “homem que bem serviu a sua e nossa terra”, faleceu, na Casa dos 9 – A CASA DO ARCEBISPO (CASA DOS Coutos, em 1966, com 77 anos de idade. COUTOS), TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES 7 – A CASA, NA POSSE DOS PADRES REDENTORISTAS O edifício foi, assim, intervencionado, para poder responder às novas finalida- Os Padres Redentoristas, a quem foi des de Tribunal. feita doação da casa, pela sua última Firmaram-se as 2 entradas, para o ac- proprietária, Maria Amélia Pereira Leite tual Largo da Misericórdia e para a Rua de Magalhães e Couto, pertencem à da Rainha D. Maria II. Congregação do Santíssimo Redentor, Foi mantida a configuração que existia, fundada, em Itália, em 1732, por Santo bem como a estrutura, o tipo de cober- Afonso Maria de Ligório (1696-1787). tura e de pavimento, as clarabóias, as Esta Congregação foi introduzida em alvenarias de granito, as caixilharias, os Portugal, em 1931, tomando o nome de tectos, e foram introduzidos, ou melho- ‘Província Portuguesa da Congregação rados, os sistemas de apoio e conforto. do Santíssimo Redentor’, ‘Missionários Daqui resultou “uma estrutura arqui- Redentoristas’. tectónica ampla e homogénea, de Os Padres Redentoristas instalaram- funcionalidade reconhecida, adequada se, em Guimarães, em 1944, na Rua de às finalidades a que se destinava”. Francisco Agra, fundando a Igreja de Em linhas muito gerais, é esta a história Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de doações e posses por que passou a em 1953, projectada pelo arquitecto casa do Arcebispo, chegando, até hoje, RECORTES DE PORTUGAL E DO MUNDO NUMA MALA DE VIAGEM VIMARANENSE CASTRO DE SANTA TREGA MIRADOURO DO MINHO TEXTO E FOTOS: COTIKOS

DO TOPO DESTA COLINA QUE NAMORA O CÉU, O DELEITE É DE TREZENTOS E SESSENTA GRAUS. PRÓXIMO DO LOCAL EM QUE PORTUGAL E ESPANHA DÃO AS MÃOS, TESTEMUNHE UM ENCONTRO AMOROSO ENTRE O RIO E O MAR.

Os convívios ao ar livre, em família, a ascensão ao cume, encontrará duas Os pontos de observação são vários, cheiram a momentos únicos e relaxan- séries de quadros que representam as com panorâmicas diversas. A vista sobre tes, que guardamos para sempre na cenas principais da Paixão de Cristo. o casario colorido de A Guarda convida nossa caixinha de memórias. Prepare à fotografia. Este município, com um po- um piquenique delicioso, rodeie-se de O povoado celta de Santa Trega está sicionamento geográfico privilegiado e quem mais ama e parta à descoberta. embutido no monte com o mesmo abundantes recursos naturais, passado nome. Declarado Monumento Histórico o auge do setor pesqueiro volta-se, na O Castro de Santa Trega, em A Guarda, Artístico Nacional em 1931, este local de actualidade, para o turismo. província de Pontevedra, oferece áreas notável importância arqueológica é con- de lazer, história e cultura, envoltas de siderado o mais emblemático e visitado No cimo do monte, encontra um hotel, uma paisagem inspiradora. Viaje de dos castros galegos. Aqui predominam um restaurante panorâmico, lojas de carro até Caminha, de onde avistará as construções circulares, ainda que recordações e a Ermida de Santa Tecla. 38 este cômoro maravilhoso. Pule a fron- também existam ovais e quadradas. As O Museu, criado em 1917 pela Sociedade teira – de preferência de ferry-boat, cujo primeiras escavações, com início em Pró-Monte, foi posteriormente transfe- horário de travessias deve consultar 1914, prolongaram-se por vários anos, rido para as atuais instalações, e exibe previamente – e siga as indicações que tendo deixado a descoberto uma pe- peças recolhidas durante as escavações o conduzem a este pequeno paraíso. quena parte deste que foi, outrora, um na área. O miradouro do topo é o mais A visita a este local nem sempre é gra- aglomerado habitacional. espantoso. Daqui, observe o Minho tuita, atendendo à grande afluência em A sua localização estratégica na parte render-se, apaixonado, aos braços do determinadas épocas do ano. alta desta elevação com grande visibili- Atlântico, que se estende a perder de dade, parece estar associada a funções vista. Dê tréguas ao relógio, e fique a Pode trilhar os percursos pedonais, às de controlo de navegação em tempos contemplar. De alma liberta, deixe o cavalitas da natureza circundante, ou idos. pensamento vaguear. alcançar o topo de automóvel. Durante

DE 10 A 18 DE JUNHO

40 HENDO GUIMARÃES LADIES OPEN

CONCESSIONÁRIO BMW ASSOCIA-SE AO EVENTO ORGANIZADO PELO CLUBE DE TÉNIS DE GUIMARÃES. O PRIMEIRO HENDO GUIMARÃES LADIES OPEN DECORRERÁ NA CIDADE BERÇO DE 10 A 18 DE JUNHO E É UM TORNEIO DE 15 MIL DÓLARES QUE FARÁ PARTE DO CIRCUITO MUNDIAL.

Joaquim Ribeiro, Diretor Geral da Hendo, mento de João Sousa como atleta e vi-o 15 mil dólares, mas, em 2019, já poderá considera que esta é uma parceria que tornar-se num grande tenista. Guima- ser de 25 ou 50 mil dólares, tendo uma se poderá repetir nos próximos anos rães é uma cidade que vive o ténis e dimensão muito maior." porque o ténis “tem uma tradição muito que tem dado ao ténis nacional alguns forte em Guimarães que é habitualmen- dos seus maiores nomes, como é o caso EU QUERO FAZER O MELHOR te praticado e tem um público com uma do João, o melhor tenista português de “FUTURE” DE 15 MIL DÓLARES filosofia de vida que coincide com a dos sempre”, acrescenta Joaquim Ribeiro. DESTE ANO EM PORTUGAL. simpatizantes da marca que representa- NENHUM OUTRO TEM A mos, a BMW. Já Nuno Cruz, do Clube de Ténis de ORGANIZAÇÃO QUE NÓS VAMOS Guimarães, mostra-se muito satisfeito APRESENTAR, QUER PARA OS Uma empresa como a Hendo deve por poder contar com a Hendo como JOGADORES COMO NO CUIDADO associar-se a eventos com estas carac- parceira neste importante torneio de DA IMAGEM DO TORNEIO QUE terísticas porque são importantes para Ténis. À Mais Guimarães, o dirigente ESTAMOS A TRABALHAR. Guimarães. Envolvermos nestes eventos referiu que “o Ladies Open é um torneio faz parte da nossa forma de estar. Eu para realizar nos próximos anos. Em tive o privilégio de acompanhar o cresci- 2017 e 2018 será um torneio 'Future' de HendoGLO-rodapé_420x48mmEXE.pdf 1 27/04/2017 12:43

Hotel Textiles NO HENDO GUIMARÃES LADIES OPEN A notoriedade da cidade será assegu- PARTICIPARÃO MAIS DE 70 ATLETAS, rada pelos media. O Guimarães Ladies QUE NA GRANDE MAIORIA SERÃO Open terá a transmissão de um maga- ESTRANGEIRAS, COM CLASSIFICAÇÕES zine das finais na RTP2, que proporcio- ENTRE A 300ª E 700ª POSIÇÃO DO nará “um excelente retorno mediático”. RANKING WTA Para além do pequeno ecrã, o torneio será noticiado através das rádios, jor- Este “Future” de 15 mil dólares faz parte nais e revistas e diversas plataformas do projeto da atual direção de “dina- online. mizar o clube, a competição e chamar os vimaranenses para o ténis”, refere à A REALIZAÇÃO DE UM TORNEIO Mais Guimarães, Nuno Cruz, do CTG. PROFISSIONAL FEMININO SERÁ DO CONHECIMENTO DE TODA A A opção pelo escalão feminino surge COMUNIDADE TENÍSTICA PORTUGUESA porque “temos como atleta do clube a E COLOCARÁ GUIMARÃES NOS Francisca Jorge que será dentro de pou- CALENDÁRIOS DE PROVAS co tempo a melhor tenista portuguesa”. INTERNACIONAIS PROFISSIONAIS. A atleta vimaranense será a imagem do torneio e ser-lhe-á atribuído um O Mais Guimarães foi escolhido como Wildcard com entrada direta no quadro o media-partner do torneio e fará toda principal. a cobertura durante os nove dias do evento. “VAMOS APOSTAR MUITO NA O primeiro Guimarães Ladies Open será PROMOÇÃO, NA IMAGEM E de 10 a 19 Junho, data “particularmente NAS CONDIÇÕES QUE VAMOS interessante”, porque faz parte de um OFERECER ÀS ATLETAS. ESTAMOS conjunto de torneios internacionais JÁ A TRABALHAR NA MELHORIA femininos disputados em Portugal. DE ALGUNS EQUIPAMENTOS NO CLUBE, VAMOS ALTERAR O PISO DE UM DOS CAMPOS E TER TAMBÉM MAIS UMA SALA DE APOIO QUE SERÁ DE CONVÍVIO PARA AS ATLETAS A TREINADORES. ACABAMOS AGORA AS OBRAS DE MELHORAMENTO DOS BALNEÁRIOS E VAMOS INICIAR A AMPLIAÇÃO DO ESPAÇO DE FISIOTERAPIA. TEMOS 41 PREVISTOS AINDA MAIS ALGUNS MELHORAMENTOS PARA O APOIO E ORGANIZAÇÃO DO TORNEIO”. NUNO CRUZ.

A direção do Clube vimaranense acre- dita que, relativamente ao impacto económico que terá na cidade, e na sua projeção nacional e internacional, este evento desportivo tem um “potencial elevado”. Para além do impacto ime- diato que se sentirá, por exemplo, no setor da hotelaria, com a presença das atletas, treinadores, familiares, jornalis- tas e público, está a ser desenhada uma estratégia de comunicação envolvendo meios televisivos e imprensa de modo a reforçar a visibilidade e notoriedade do torneio”, disse. Estas provas têm, atualmente, muita visibilidade através dos sites da ITF (Internacional Tennis Federation), dos serviços de live scoring e live streaming das casas de apostas.

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Hotel Textiles 39.ª EDIÇÃO DA RAMPA DA PENHA O VERDE DA MONTANHA E A ADRENALINA DA CORRIDA LADO A LADO TEXTO: TIAGO MENDES DIAS • FOTOGRAFIAS: JOÃO BASTOS

A PENHA REVIVEU EM ABRIL AQUELE FIM DE SEMANA DO ANO EM QUE A PAISAGEM TRANQUILA SE CONVERTE NUM CENÁRIO MARCADO PELOS SONS GRAVES DOS AUTOMÓVEIS E PELA EXPETATIVA DOS ADEPTOS FACE A CADA PASSAGEM. O ATUAL CAMPEÃO NACIONAL, PEDRO SALVADOR, ABRIU A ÉPOCA A VENCER.

42 A montanha sobranceira à cidade-ber- linha de meta, numa zona com menos ço voltou a ser o palco das atenções público, Sara Meireles e Bruno Carvalho dos amantes da velocidade, ao receber aliaram a proximidade da residência a prova inaugural da época de 2017 do ao “gosto pela velocidade” para verem Campeonato Nacional de Montanha, na o desfile automóvel do cimo de um qual Pedro Salvador iniciou da melhor penedo algo afastado do traçado, por forma a defesa do título, ao cotar-se “uma questão de segurança”, enquanto como o melhor dos 42 pilotos inscri- a “paixão por carros e competição” fez tos, a bordo de um Silver Car EF10, um Pedro Dias e Renato Ribeiro, ambos de bólide preto e amarelo que captou a 26 anos, viajarem desde Braga, onde atenção dos presentes, concentrados são "assíduos" na presença na Rampa no “gancho” do percurso e nas curvas da Falperra, para assistirem pela primei- que antecediam a meta desta corrida ra vez à prova vimaranense. organizada pelo Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto e Equipado com um polo com o logoti- pela Irmandade de Nossa Senhora do po da Subaru, marca japonesa que se Carmo da Penha. destacou no mundial de ralis na década de 90, Renato Ribeiro nomeou o Ford Alguns dos adeptos presentes deslo- Escort, dos clássicos, o Nissan GT 3, da caram-se em grupos e aliaram o gosto categoria 2, e o “preto e amarelo” do pelo automobilismo ao convívio. Pedro vencedor como os carros que mais lhe Ferreira rumou de Vizela à Penha com captaram a atenção. Já Pedro Dias con- mais quatro aficionados para presenciar, fessou que esperava “mais adeptos”, Renato Ribeiro já numa das últimas curvas da subida, sobretudo os “muito espanhóis” que 26 anos, adepto presente na penha os instantes que levam o público a são presença habitual na Falperra. mover a cabeça para já só ver a traseira Um dos membros da Demoporto, Amé- do carro, a meio da fatia de presunto rico Costa, frisou, porém, que a subida e do gole de cerveja, indispensáveis em direção ao Santuário esteve “bem “GOSTO DE TUDO. AMBIENTE, num ritual já com anos. “Pode haver um recheada de público”, dentro do que é VELOCIDADE, PREPARAÇÕES, ou outro ano em que não vimos, mas “normal em Guimarães e na Penha” e MECÂNICAS. DESDE MIÚDO QUE já vimos há muitos anos. Vimos entre realçou ainda o “comportamento ex- SOU AFICIONADO DO DESPORTO amigos. Fazemos aqui um lanchezinho celente” das pessoas, numa prova sem AUTOMÓVEL” como está aqui à vista. Gostamos da situações de “acidente”. O responsável velocidade, mas é mais pelo convívio”, disse ainda que os pilotos inscritos explicou. Ainda mais próximos da superaram os dos “anos anteriores”. LUTA DÉCIMA A DÉCIMA

Pouco menos de três décimas de se- O portuense afirmou, porém, que, nesta gundo fizeram a diferença entre a vitória época, dispõe de um “carro à altura” do de Pedro Salvador, com um registo de título, esperando vencer já na próxima 2’39’’484, e o segundo lugar de Rui rampa, na Falperra, a 06 e 07 de maio. Ramalho, com 2’39’’773, na Rampa Nas restantes categorias, João Guima- da Penha. O piloto flaviense, campeão rães, num Peugeot 206 RC, e Manuel nacional em 2016, recuperou dos pro- Correia, num Ford Fiesta, dominaram de blemas que teve no sábado com o seu princípio a fim a 3 e a 4, respetivamente. bólide, que surgiu com alterações face à Luís Nunes, num Seat Leon, impôs-se época passada, para, no domingo, des- na última subida a Joaquim Teixeira, tronar o adversário a bordo de um Osela num Renault Mégane Trophy, na 5, e PA2000 Evo 2 com o melhor tempo em Gonçalo Manahu, em Porsche 997 GT3 cada uma das subidas, que lhe permitiu Cup levou a melhor na categoria 2, arrecadar o triunfo na classificação geral com uma prova muito semelhante à de e entre os seis pilotos da Categoria 1, a Pedro Salvador. Os problemas elétricos mais rápida. no sábado obrigaram-no a arriscar tudo 43 O vencedor considerou, no final, que o nas subidas de domingo, o que acabou carro teve um desempenho “satisfa- por contribuir para o triunfo. tório, mas ainda longe do ideal” e que, “Tinha de arriscar muito. Se calhar se ao longo da época – vão decorrer mais houvesse uma terceira subida talvez sete provas até setembro -, vai “sofrer pudesse melhorar qualquer coisa”, disse. alterações”, enquanto Rui Ramalho Nos clássicos, José Pedro Gomes obte- admitiu que os erros cometidos em ve, a bordo de um Ford Escort, a melhor alguns “aspetos” inviabilizaram o triunfo. marca (3’23’’000). RUBRICA BREVES E INTERESSANTES FOTOGRAFIAS: DIREITOS RESERVADOS

JÁ É POSSÍVEL LEVANTAR DINHEIRO SEM CARTÃO BANCÁRIO

Os utilizadores da aplicação MB WAY têm resultará num código de 10 dígitos válido agora a capacidade de levantar dinheiro a por 30 minutos. Durante este período partir de caixas Multibanco sem necessida- poderá dirigir-se até uma caixa Multibanco, de de usarem o seu cartão bancário. Para introduzir o código e recolher o dinheiro. tal terá de ter a aplicação atualizada até Caso não possa deslocar-se até uma caixa à versão mais recente, a 1.6.0. Mas como Multibanco também está prevista a capaci- funciona este sistema? Usando a app MB dade de permitir que um conhecido levante WAY terá de selecionar a opção de levantar o dinheiro, permitindo enviar o tal código de dinheiro sem cartão, uma operação que 10 dígitos por mensagem de texto. TAMAGOTCHI PRIMEIRO VOO DIRETO ESTÁ DE VOLTA ENTRE CHINA E O primeiro Tamagotchi foi lançado no Japão ainda em 1996, chegando às PORTUGAL mãos dos europeus um ano depois. A Primeiro voo direto entre Portugal e Chi- primeira edição do brinquedo vai ser na arranca já este verão, a 26 de julho, relançada pela marca Bandai, numa anunciou a companhia aérea Beijing versão que vai incluir as seis conheci- Capital Airlines. A ligação aérea entre a 44 das personagens originais. Continuan- cidade de Hangzhou e Lisboa, com pa- do com a forma de um ovo, a grande ragem em Pequim, terá três frequências diferença do novo Tamagotchi está na por semana – quarta-feira, sexta-feira dimensão, já que terá metade do tama- e domingo -, avançou à agência Lusa o nho do original. O Tamagotchi permite departamento de marketing da com- brincar, alimentar e cuidar de um animal panhia aérea chinesa. Nos últimos três de estimação virtual. Com a devida anos, o número de turistas chineses que atenção, as crianças podem manter o visitaram Portugal triplicou para 183.000, animal vivo e saudável. A nova versão número que deverá aumentar “expo- encontra-se, por agora, apenas à venda YOGA nencialmente” com esta nova ligação no Japão e na loja “online Amazon", pelo direta, afirmou no início deste mês a valor de cerca de 17 euros. COM CABRAS secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

Aulas de ioga com cabras estão a fazer sucesso no estado do Oregon, nos EUA. Uma proposta feita pela mãe de uma criança que participava num aniversário na sua quinta de Albany, nos EUA, fez com que Lainey Morse juntasse a sua especialidade, a criação de cabras, e o ioga. Há uns meses, esta mãe, uma professora de ioga, comentou que o espaço era perfeito para dar aulas e Morse concordou, mas deixou claro que as cabras tinham de fazer parte do projeto. Assim, nasceu uma ideia vencedora. A dona da quinta explicou à comunicação social norte- -americana que o facto de as cabras participarem nas aulas permite aliar o ioga à natureza e aos animais. O "Goat Yoga" tornou-se um sucesso e as aulas são tão populares que cerca de 1200 pessoas estão em lista de espera para poderem participar. REEBOK LANÇA TÉNIS MILHO

Reebok acaba de escolher o milho como matéria-prima para os próximos ténis que vai lançar. Os ténis serão feitos de algodão orgânico e a sua sola, na maior parte dos casos feitas de ma- teriais derivados do petróleo, de milho. A linha vai chamar-se Corn + Cotton. Para dar origem às solas dos ténis, o milho é maturado, seco e transformado num material chamado Susterra pro- panediol. A marca garante que os seus materiais não devem afetar a durabili- dade dos ténis.

SALAZAR DEU NOME A PERSONAGEM DE "HARRY POTTER"

A escritora britânica, autora da saga "Harry Potter", confirmou que o ditador 45 português, António Salazar, serviu de inspiração para o nome de uma das personagens. J.K. Rowling revelou este fim-de-semana, no Twitter, como surgiu RÚSSIA CRIOU ROBÔ CAPAZ a inspiração para a criação da persona- gem "Salazar Slytherin", um dos fun- DE DISPARAR ARMAS E CONDUZIR VIATURAS dadores da Escola de Magia e Feitiçaria A Rússia criou robô capaz de mudar uma que o dedo ligeiro no gatilho é apenas "uma de Hogwarts. Questionada por uma fã lâmpada, de conduzir uma viatura e de forma de afinar a capacidade motora e o al- no Twitter, que mostrou curiosidade disparar armas com as duas mãos, mas goritmo de tomada de decisões". "Robótica em saber se existia uma ligação entre garante que o "humanoide" não foi produ- de combate é a chave para criar máquinas a personagem em questão e António zido com fins militares. O mundo teme que inteligentes. Treinar o disparo de armas é Salazar, principal figura do Estado a Rússia tenha criado uma versão "huma- uma forma de ensinar as máquinas a definir noide" do "Exterminador" dos filmes com prioridades de forma instantânea, e tomar Novo em Portugal, a escritora britânica o mesmo nome. O vice-primeiro-ministro decisões. Não criamos um Exterminador, ou respondeu: "Inspirei-me, de facto, em russo Dmitry Rogozin esclareceu, no Twitter, inteligência artificial", lê-se. António Salazar, o ditador português". CIENTISTAS CRIAM PAINÉIS SOLARES QUE TAMBÉM FUNCIONAM DE NOITE

Cientistas de universidades chine- vida e convertida em eletricidade, sas criaram painéis solares capazes mas esta matéria pode armazenar de gerar energia mesmo de noite, energia solar a partir de luz não com chuva ou nevoeiro. A tecno- absorvida e próxima da infraverme- logia assenta num novo material lha", explicou um dos responsáveis chamado fósforo de grande persis- do projeto, Tang Qunwei, da Uni- tência, que consegue armazenar versidade Oceânica da China. A luz energia solar durante o dia para ser armazenada é libertada e as células usada de noite. "Só a luz parcial- solares utilizam-na para continuar a mente visível é que pode ser absor- produzir energia elétrica. QUIZ MAIO 2017 QUEBRA-CABEÇAS 1 – PROVA DE 1 – O DIA DO TRABALHADOR TEVE ORIGEM NATAÇÃO NUMA GREVE, EM 1886, PELAS OITO HORAS DIÁRIAS DE TRABALHO, QUE ACABOU COM 11 Cinco atletas (A, B, C, D e E) disputam MORTOS E MAIS DE 130 FERIDOS. ONDE? uma prova de natação que premia o 1.º, a) Nova Iorque, Estados Unidos 2.º e 3.º colocados com medalhas de b) Manchester, Inglaterra ouro, prata e bronze, respetivamente. c) Chicago, Estados Unidos As seguintes frases sobre a prova são d) Liège, Bélgica falsas, mas uma afirmação de cada uma delas pode ser verdadeira – cada frase possui duas afirmações (por exemplo, na primeira frase, “A não ganhou o ouro” é a primeira afirmação e 2 – QUE ESCRITORA NASCIDA NO NORTE DE “B não ganhou a prata” é a segunda). PORTUGAL ESCREVEU O ROMANCE “A SIBILA”, PUBLICADO EM 1954? a) Agustina Bessa-Luís A não ganhou o ouro e B não ganhou a b) Lisa Pina de Morais prata c) Inês Lourenço d) Sophia de Mello Breyner D não ganhou a prata e B não ganhou o bronze

C ganhou uma medalha, já D não ganhou nenhuma 3 – O CIENTISTA ESCOCÊS ALEXANDER FLEMING RECEBEU O NOBEL DA MEDICINA EM A ganhou uma medalha, já C não 1945 POR QUE DESCOBERTA? ganhou nenhuma a) Vitamina K b) Insulina D ganhou uma medalha e E também c) Grupos sanguíneos Quais os atletas que venceram a 46 d) Penicilina medalha de ouro, de prata e de bronze?

4 – QUAL FOI O ATLETA MAIS MEDALHADO DE SEMPRE NOS JOGOS OLÍMPICOS ATÉ O NADADOR MICHAEL PHELPS TER BATIDO O 2 – OS TRÊS BALDES RECORDE EM LONDRES, EM 2012? Numa arrecadação, existem três baldes a) Paavo Nurmi, atletismo – A, B e C. b) Larisa Latynina, ginástica c) Ole Einar Bjorndalen, biatlo O balde A possui 8 litros de capacidade e d) Birgit Fischer, canoagem está completamente cheio de água. O galão B possui 5 litros de capacidade e está vazio. O galão C possui 3 litros de 5 – EM QUE FREGUESIA VIMARANENSE, NA capacidade e também está vazio. ANTIGA DIVISÃO ADMINISTRATIVA, ESTÁ Sem se deitar água fora, como é LOCALIZADO O PAÇO DE S. CIPRIANO? possível com que estejam exatamente a) Atães quatro litros de água no galão A e b) Tabuadelo exatamente quatro litros de água no c) Airão Sta. Maria galão B? d) Souto S. Salvador

6 – EM ABRIL DE 1994 COMEÇOU O GENOCÍDIO DA ETNIA TUTSI, QUE DITOU PELO MENOS 500 MIL MORTES. ONDE OCORREU? a) Uganda b) Moçambique c) Quénia Soluções Quiz abril: 1 – a) Otelo Saraiva d) Ruanda de Carvalho; 2 – a) Avatar; 3 – c) Início da programação informática; 4 – b) LA Lakers; 5 – b) Tabuadelo; 6 – d) Ruanda À FRENTE NO NOSSO TEMPO

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