Combate À Corrupção Efetivo, Republicano E Democrático Como Redutor Da Desigualdade Social
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DIRETO CONSTITUCIONAL LEANDRO MITIDIERI FIGUEIREDO COMBATE À CORRUPÇÃO EFETIVO, REPUBLICANO E DEMOCRÁTICO COMO REDUTOR DA DESIGUALDADE SOCIAL (E COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL COMO REDUÇÃO DA CORRUPÇÃO) Niterói 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DIRETO CONSTITUCIONAL LEANDRO MITIDIERI FIGUEIREDO COMBATE À CORRUPÇÃO EFETIVO, REPUBLICANO E DEMOCRÁTICO COMO REDUTOR DA DESIGUALDADE SOCIAL (E COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL COMO REDUÇÃO DA CORRUPÇÃO) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de mestre em Direito Constitucional. Nível: mestre Área de concentração: Direito Constitucional Linha de pesquisa: Instituições Orientador: Prof. Dr. GustavoPolíticas, Sampaio Administração Telles Pública e Ferreira Jurisdição Constitucional Niterói 2017 Universidade Federal Fluminense Superintendência de Documentação Biblioteca da Faculdade de Direito F475 Figueiredo, Leandro Mitidieri. Combate à corrupção efetivo, republicano e democrático como redutor da desigualdade social: e combate à desigualdade como redutor da corrupção / Leandro Mitidieri Figueiredo. – Niterói, 2017. 298 f. Dissertação (Mestrado em Direito Constitucional) – Programa de Pós-graduação em Direito Constitucional, Universidade Federal Fluminense, 2017. 1. Corrupção. 2. Desigualdade social. 3. Combate .à corrupção. 4. Impessoalidade. 5. Estado democrático de direito. I. Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Direito. II. Título. CDD 341.2 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE DIREITO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM DIRETO CONSTITUCIONAL LEANDRO MITIDIERI FIGUEIREDO COMBATE À CORRUPÇÃO REPUBLICANO E DEMOCRÁTICO COMO REDUTOR DA DESIGUALDADE SOCIAL (E COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL COMO REDUÇÃO DA CORRUPÇÃO) BANCA EXAMINADORA ............................................................................... Prof. Dr. GUSTAVO SAMPAIO TELLES FERREIRA (Orientador) PPGDC - Universidade Federal Fluminense ............................................................................... Prof. Dr. TAIGUARA LIBANO SOARES E SOUZA PPGDC - Universidade Federal Fluminense ............................................................................... Prof. Dr. ARTUR DE BRITO GUEIROS SOUZA Universidade do Estado do Rio de Janeiro ............................................................................... Prof. Dr. RODRIGO DE SOUZA COSTA Universidade Federal Fluminense Niterói 2017 DEDICATÓRIA À minha esposa Paula, por compreender as várias noites em claro e os fins de semana sem sair de casa, em dedicação à elaboração do presente trabalho. Ao Comandante Alcides, meu pai, pelo exemplo que sempre foi de dedicação aos estudos durante sua carreira. À bacharela Marjese, minha mãe, pelo amor e apoio em todas as horas. À Defensora Pública do Estado do Rio de Janeiro Gabrielle, minha irmã, a quem segui os passos escolhendo a carreira jurídica. Ao administrador Luciano, meu irmão, que sempre admirei pelos desempenhos nos concursos que prestou. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Prof. Dr. Gustavo Sampaio, por aceitar meu pedido para orientação, pelas estimulantes aulas durante o curso do mestrado e pela constante gentileza e sabedoria compartilhada. Ao Ministério Público Federal, pela vasta experiência que me proporciona, na atuação no cargo de Procurador da República, com o qual sonhei durante anos. E por ser uma instituição que, por meio do seu Conselho Superior e dos colegas da Procuradoria da República no Estado de Alagoas, incentiva e apoia o aprimoramento acadêmico dos seus membros. O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso. Darcy Ribeiro RESUMO O presente trabalho analisa o fenômeno da corrupção e sua relação coma desigualdade. É problematizada a abordagem sociológica, que leva em conta principalmente a cultura e a lei, a abordagem econômica, que trata da relação de custo e benefício da prática de corrupção, e a abordagem psicológica, com experimentos de psicologia da desonestidade, mostrando que somos todos “maçãs podres”, dependendo da situação. Mas o estudo vai além, sustentando que falta algo para entender e enfrentar a corrupção peculiar de países como o Brasil, que seria a questão da desigualdade. Além de propor uma visão mais ampla do que é corrupção, considerando corrupção em sentido amplo também uma política pública ou ato normativo voltado ao interesse de poucos, promovedor de grave injustiça social, o trabalho se propõe a verificar a relação da corrupção com a desigualdade social. A tese é de que a corrupção pode conviver com crescimento econômico e sua relação com desenvolvimento humano às vezes pode não ser exata. Mas, invariavelmente, a corrupção é concentradora de renda. Como um vírus, a corrupção no setor público ataca por dentro, minando as defesas do Estado e neutralizando seu poder de gerar distribuição de riqueza e justiça social. A corrupção é um dos fatores causadores da desigualdade social, mas, outrossim, a desigualdade social é um dos fatores que favorecem a corrupção. Nestes termos, o enfrentamento à corrupção é uma política realizadora do objetivo fundamental constitucional de redução da desigualdade. Mas não é qualquer combate à corrupção que cumpre esse papel de redutor da desigualdade social, e sim o enfrentamento à corrupção efetivo, republicano e democrático. Palavras-chave: Corrupção. Desigualdade social. Efetividade. Impessoalidade. Garantias. Estado Democrático de Direito. ABSTRACT This paper analyzes the phenomenon of corruption and its relation to inequality. It problematizes the sociological approach, which takes into account mainly culture and law, the economic approach, which deals with the cost and benefit relation of the practice of corruption, and the psychological approach, with experiments of the psychology of dishonesty, showing that we are all "bad apples", depending on the situation. But the study goes further, arguing that something is missing to understand and face the peculiar corruption of countries like Brazil, which would be the issue of inequality. In addition to proposing a broader view of what corruption is - considering corruption in the broad sense also a public policy or normative act aimed at the interest of few, promoting serious social injustice -, the work aims to verify the relationship between corruption and social inequality. The thesis is that corruption can coexist with economic growth and its relation to human development may sometimes not be accurate. But, invariably, corruption represents concentration of income. As a virus, corruption attacks from within, undermining state defenses and neutralizing its power to generate wealth distribution and social justice. Corruption is one of the causes of social inequality, but social inequality is also one of the causes of corruption. In these terms, confronting corruption is a policy that achieves the fundamental constitutional objective of reducing inequality. But it is not any fight against corruption that fulfills this role of reducing social inequality, but the effective, republican and democratic confrontation of corruption. Palavras-chave: Corruption. Social inequality. Effectiveness. Impersonality. Guarantees. Democratic rule of law. SUMÁRIO INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 13 CAPÍTULO I 1. CORRUPÇÃO.............................................................................................................17 1.1. Teoria da Corrupção............................................................................................17 1.1.1. Abordagem sociológica...........................................................................17 1.1.2. Abordagem econômica............................................................................37 1.1.3. Abordagem psicológica............................................................................39 1.2. Corrupção em Sentido Amplo e Corrupção em Sentido Estrito..........................47 1.2.1. Corrupção em Sentido Amplo.................................................................47 1.2.2. Corrupção em Sentido Estrito.................................................................60 1.3. Corrupção no mundo...........................................................................................78 1.3.1. Caso italiano.............................................................................................83 1.3.2. Outros casos de corrupção no mundo......................................................90 1.4. Corrupção no Brasil.............................................................................................94 1.4.1. A corrupção na literatura nacional...........................................................95 1.4.2. A corrupção no pensamento brasileiro.....................................................98 1.4.3. A corrupção e a questão eleitoral...........................................................107 1.4.4. A corrupção sistêmica no Brasil............................................................109 CAPÍTULO II 2. CORRUPÇÃO E DESIGUALDADE......................................................................111 2.1. Desigualdade social...........................................................................................112