Plano De Governo – 2021/2024

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Plano De Governo – 2021/2024 PLANO DE GOVERNO – 2021/2024 COLIGAÇÃO “POR UMA NOVA TRENTO, MUDAR FAZ BEM” (MDB/PL) Prezado (a) eleitor (a), É com muita satisfação e alto grau de responsabilidade que apresentamos a todos os neotrentinos e neotrentinas o Plano de Governo da Coligação “Por Uma Nova Trento, Mudar Faz Bem” composta pelos Partidos MDB e PL e representada pelos candidatos Tiago Dalsasso e Moacir Tadeu Dallabrida. Sabemos o quanto é difícil fazer um Plano de Governo que consiga atender aos principais anseios da população, mas cremos que o nosso convívio com toda a sociedade durante muito tempo, nos dá condições razoáveis de estabelecermos metas a serem cumpridas durante o mandato de quatro anos. Não pretendemos fazer um rol de promessas que são esquecidas no tempo, muitas vezes, mas uma relação consciente de compromissos, que serão levados a sério e que serão perseguidos durante o nosso mandato, se formos eleitos. Pedimos que leiam este Plano e nos cobrem, sempre que for necessário. Todo o cidadão tem o direito de reivindicar soluções para as suas necessidades pessoais e coletivas, visando seu bem estar e o da sua comunidade. INTRODUÇÃO: Em 1875 chegaram os primeiros imigrantes em Nova Trento. Em 8 de agosto de 1892, Nova Trento tornou-se Município. Isso significa que estamos perto dos 150 anos de colonização (daqui a 5 anos) e já temos 128 anos de Município. Com pouco mais de 402 quilômetros quadrados e uma população estimada em 14.500 habitantes (2019), Nova Trento tem como principal atividade econômica a agricultura, mas o turismo religioso é o setor que mais cresce, aliado a dois Santuários: o Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro e o Santuário de Santa Paulina, o qual atrai milhares de romeiros todas as semanas. Desde Henrique Carlos Boiteux (1894), nosso Município foi governado por 35 Prefeitos que, dentro das suas possibilidades e limitações financeiras, fizeram de Nova Trento o que ele é hoje. A pergunta que muitos fazem é: por que, Nova Trento, com quase 150 anos de colonização e 128 anos de emancipação política, ainda busca índices de desenvolvimento que outros municípios, muito mais jovens, já desfrutam há muito tempo? A resposta para essa constante indagação é que pretendemos dar, nos próximos quatro anos, se formos eleitos. Cremos que Nova Trento necessita de um “choque”, de novas atitudes. Precisamos de um planejamento mais sério, e diretrizes e metas de médio e longo prazo e, principalmente, de coragem para mudar. Ou, fazemos isso, ou todo o esforço da nossa corajosa população se diluirá na manutenção da atual estrutura e no conforto aparente de sermos o que somos. DIAGNÓSTICO GERAL - O QUE SOMOS E O QUE QUEREMOS? É essencial que, inicialmente, nos façamos alguns questionamentos, para que os mesmos nos levem a selecionar metas futuras, visando uma administração com bons resultados. Algumas perguntas que precisam ser feitas: quais as vocações do Município? Onde podemos investir com segurança, para que tenhamos um Município com boa qualidade de vida? Quais as potencialidades e oportunidades do nosso território? Quais os entraves que dificultaram, ao longo de décadas, o nosso desenvolvimento mais pleno? Algumas respostas a esses questionamentos são mais simples, enquanto outras são mais complexas e precisam ser buscadas e discutidas com a comunidade e com os setores produtivos. Sabemos, por exemplo, que Nova Trento tem uma história e uma vocação não muito alinhada à Industrialização. Fomos até taxados de “cidade dormitório”, já que centenas de trabalhadores saiam da cidade para buscar o seu sustento (principalmente os trabalhadores da construção civil), e retornavam à cidade no final da semana ou no final do dia para passar um tempo com a sua família (aliás, ainda hoje acontece com frequência). Temos que ponderar que Nova Trento é um Município, como se diz, “fora de mão”. No Vale do Rio Tijucas, entre Tijucas, Canelinha e São João Batista, somos o Município mais distante da BR-101, dos Aeroportos e do Porto de Itajaí, ou seja, o processo logístico não nos favorece muito em relação aos municípios citados, e eles nos roubam as oportunidades de termos empreendimentos mais significativos no nosso território. Nova Trento, devido ao seu relevo acidentado e centenas de quilômetros de vias terrestres, exige uma atuação diferenciada em setores como agricultura e transporte, para que certas atividades econômicas se tornem possíveis e rentáveis. Apesar destas e outras questões que interferem no desenvolvimento econômico do Município, temos disponível o trabalho e a resistência dos nossos precursores que, desde a colonização em 1875, trabalharam incessantemente para formar uma comunidade forte e coesa, fundada em princípios religiosos, educacionais e culturais marcantes. Podemos dispor ainda hoje de potencialidades importantes na agricultura, na construção civil, no setor moveleiro e manufatureiro, além de outras, e que, necessitam maior atenção e proteção das autoridades públicas. Nova Trento teve uma arrecadação de quase 62 milhões de reais em 2019 e uma previsão de arrecadação de quase 65 milhões de reais neste ano. São valores consideráveis que permitem, se bem aplicados, cumprir metas importantes voltadas ao desenvolvimento do Município. Percebe-se também, na atualidade, certo distanciamento de ações coletivas regionais. Num mundo totalmente integrado e globalizado, não se pode mais governar, sem estar ligado a um planejamento regional (com outros municípios), cujas fronteiras, muitas vezes nem são visíveis. Quando isso acontece, surgem distorções que prejudicam o desenvolvimento. A nossa relação com os municípios vizinhos precisa ser mais estreita porque, com eles, podemos somar forças políticas, que resultam em benefícios relevantes para todos. Exemplo: se Nova Trento planejasse ações com os outros Municípios do Vale, certamente poderíamos ter melhores estradas (está na hora de pensarmos na duplicação da ligação Nova Trento/Tijucas), poderíamos ter serviços de melhor qualidade em comunicação, energia elétrica, tratamento para o lixo, sistemas de esgoto sanitário, além de outros. Não podemos mais nos ligar ao bairrismo, pensando que estamos sozinhos no “mapa”. A expansão urbana provocada pelo êxodo rural nas últimas décadas criou problemas para a cidade e bairros e a falta de planejamento incrementou ainda mais a desorganização urbana. A busca de recursos federais e estaduais é aleatória e, muitas vezes, se faz algo apenas para dar destino a esses recursos. O comprometimento financeiro do Município, através de financiamentos, sem garantia de um retorno econômico e social relevante, impedirá ações futuras essenciais para a população. Endividamento exige o cumprimento de metas discutidas e executadas, obedecendo prioridades, o que não está sendo feito. Para encerrar esse tópico, onde poderíamos dissertar por longo espaço, lembramos novamente que o planejamento a curto, médio e longo prazo é algo prioritário e, sempre terá que ser realizado junto com a comunidade, seguido de ações que conduzam o Município para um caminho de desenvolvimento sustentável, responsável e humano. Nos tópicos seguintes, abordando os principais eixos que motivam este Plano, faremos análises mais detalhadas, com metas e ações que levarão você, eleitor (a), a ter uma noção mais concreta sobre o nosso trabalho futuro, se merecermos a confiança da população na eleição de novembro. DIAGNÓSTICO E PRINCIPAIS PROPOSTAS POR SETOR A – SAÚDE: A-1 – DIAGNÓSTICO: Devido à obrigatoriedade constitucional, os Municípios precisam investir no mínimo 15% de sua receita bruta em saúde. Nova Trento não foge disto, como nos demais municípios. Porém com o valor investido, podemos sim ter grandes avanços nesta área, que hoje não ocorrem. O orçamento de 2020 prevê um gasto de R$15.761.000,00, ou seja, perto de 25% da receita do Município. Com este montante certamente podemos transformar a saúde de Nova Trento em referência. É necessário termos um olhar para a humanização dos atendimentos, Nova Trento como em demais municípios da Federação, tem uma estrutura física (hospital, postos de saúde e veículos) adequada para o atendimento aos cidadãos, mas necessitamos olhar para a qualificação da equipe médica, termos em Nova Trento especialistas e, contudo, repactuar especialidades para mais perto, por exemplo com o município de Brusque. O nosso hospital, sem dúvida é a referência máxima quando falamos de Saúde, em Nova Trento. Nele são realizados os primeiros procedimentos para a população neotrentina e, também para muitos com procedência de municípios vizinhos. Há pouco atendimento nas especialidades médicas, sendo necessário o deslocamento para Florianópolis ou outros locais, quando o problema do paciente é um pouco mais complexo. No interior do Município, onde existem postos de saúde, são feitos atendimentos de consulta e primeiros socorros simples, mas com certa deficiência, por falta de condições físicas e/ou de condições técnicas por profissionais na área da saúde. Quanto à medicina preventiva, principalmente no que se refere a vacinações, os serviços são adequados, com bom nível e intensidade de atendimento. Não há políticas consistentes voltadas à saúde animal e controle de zoonoses. A-2 – PROPOSTAS E AÇÕES: Achamos urgente discutir uma política regional para a questão da saúde. É inadmissível que numa região com 5 municípios e aproximadamente 110.000 habitantes, não tenhamos um hospital público com UTIs, serviços de diagnóstico e imagem modernos e eficientes, atendimento especializado, principalmente nas áreas de cardiologia, neurologia, gastrologia, e várias outras possíveis. A grande verdade é que, muitas vezes, por motivos políticos, e uma vocação bairrista, como já ventilamos anteriormente, cada município quer ter o seu hospital, querendo dar conta de todas as demandas, com custo elevadíssimo, e sem priorizar a eficiência. Que o Município tenha o seu hospital, sim, mas que na região do Vale do Rio Tijucas possamos encontrar um hospital, com as características descritas acima. Muitas vezes, é preferível se deslocar 15 ou 20 km e ser recebido por uma equipe médica especializada, do que permanecer num hospital com poucas condições técnicas, ou ser deslocado para um centro urbano maior. Se tratando de saúde, às vezes, alguns minutos fazem a diferença.
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