PLANO DE GOVERNO – 2021/2024

COLIGAÇÃO “POR UMA , MUDAR FAZ BEM” (MDB/PL)

Prezado (a) eleitor (a),

É com muita satisfação e alto grau de responsabilidade que apresentamos a todos os neotrentinos e neotrentinas o Plano de Governo da Coligação “Por Uma Nova Trento, Mudar Faz Bem” composta pelos Partidos MDB e PL e representada pelos candidatos Tiago Dalsasso e Moacir Tadeu Dallabrida. Sabemos o quanto é difícil fazer um Plano de Governo que consiga atender aos principais anseios da população, mas cremos que o nosso convívio com toda a sociedade durante muito tempo, nos dá condições razoáveis de estabelecermos metas a serem cumpridas durante o mandato de quatro anos. Não pretendemos fazer um rol de promessas que são esquecidas no tempo, muitas vezes, mas uma relação consciente de compromissos, que serão levados a sério e que serão perseguidos durante o nosso mandato, se formos eleitos. Pedimos que leiam este Plano e nos cobrem, sempre que for necessário. Todo o cidadão tem o direito de reivindicar soluções para as suas necessidades pessoais e coletivas, visando seu bem estar e o da sua comunidade.

INTRODUÇÃO:

Em 1875 chegaram os primeiros imigrantes em Nova Trento. Em 8 de agosto de 1892, Nova Trento tornou-se Município. Isso significa que estamos perto dos 150 anos de colonização (daqui a 5 anos) e já temos 128 anos de Município. Com pouco mais de 402 quilômetros quadrados e uma população estimada em 14.500 habitantes (2019), Nova Trento tem como principal atividade econômica a agricultura, mas o turismo religioso é o setor que mais cresce, aliado a dois Santuários: o Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro e o Santuário de Santa Paulina, o qual atrai milhares de romeiros todas as semanas. Desde Henrique Carlos Boiteux (1894), nosso Município foi governado por 35 Prefeitos que, dentro das suas possibilidades e limitações financeiras, fizeram de Nova Trento o que ele é hoje. A pergunta que muitos fazem é: por que, Nova Trento, com quase 150 anos de colonização e 128 anos de emancipação política, ainda busca índices de desenvolvimento que outros municípios, muito mais jovens, já desfrutam há muito tempo? A resposta para essa constante indagação é que pretendemos dar, nos próximos quatro anos, se formos eleitos. Cremos que Nova Trento necessita de um “choque”, de novas atitudes. Precisamos de um planejamento mais sério, e diretrizes e metas de médio e longo prazo e, principalmente, de coragem para mudar. Ou, fazemos isso, ou todo o esforço da nossa corajosa população se diluirá na manutenção da atual estrutura e no conforto aparente de sermos o que somos.

DIAGNÓSTICO GERAL - O QUE SOMOS E O QUE QUEREMOS?

É essencial que, inicialmente, nos façamos alguns questionamentos, para que os mesmos nos levem a selecionar metas futuras, visando uma administração com bons resultados. Algumas perguntas que precisam ser feitas: quais as vocações do Município? Onde podemos investir com segurança, para que tenhamos um Município com boa qualidade de vida? Quais as potencialidades e oportunidades do nosso território? Quais os entraves que dificultaram, ao longo de décadas, o nosso desenvolvimento mais pleno? Algumas respostas a esses questionamentos são mais simples, enquanto outras são mais complexas e precisam ser buscadas e discutidas com a comunidade e com os setores produtivos. Sabemos, por exemplo, que Nova Trento tem uma história e uma vocação não muito alinhada à Industrialização. Fomos até taxados de “cidade dormitório”, já que centenas de trabalhadores saiam da cidade para buscar o seu sustento (principalmente os trabalhadores da construção civil), e retornavam à cidade no final da semana ou no final do dia para passar um tempo com a sua família (aliás, ainda hoje acontece com frequência). Temos que ponderar que Nova Trento é um Município, como se diz, “fora de mão”. No Vale do Rio , entre Tijucas, e São João Batista, somos o Município mais distante da BR-101, dos Aeroportos e do Porto de Itajaí, ou seja, o processo logístico não nos favorece muito em relação aos municípios citados, e eles nos roubam as oportunidades de termos empreendimentos mais significativos no nosso território. Nova Trento, devido ao seu relevo acidentado e centenas de quilômetros de vias terrestres, exige uma atuação diferenciada em setores como agricultura e transporte, para que certas atividades econômicas se tornem possíveis e rentáveis. Apesar destas e outras questões que interferem no desenvolvimento econômico do Município, temos disponível o trabalho e a resistência dos nossos precursores que, desde a colonização em 1875, trabalharam incessantemente para formar uma comunidade forte e coesa, fundada em princípios religiosos, educacionais e culturais marcantes. Podemos dispor ainda hoje de potencialidades importantes na agricultura, na construção civil, no setor moveleiro e manufatureiro, além de outras, e que, necessitam maior atenção e proteção das autoridades públicas. Nova Trento teve uma arrecadação de quase 62 milhões de reais em 2019 e uma previsão de arrecadação de quase 65 milhões de reais neste ano. São valores consideráveis que permitem, se bem aplicados, cumprir metas importantes voltadas ao desenvolvimento do Município.

Percebe-se também, na atualidade, certo distanciamento de ações coletivas regionais. Num mundo totalmente integrado e globalizado, não se pode mais governar, sem estar ligado a um planejamento regional (com outros municípios), cujas fronteiras, muitas vezes nem são visíveis. Quando isso acontece, surgem distorções que prejudicam o desenvolvimento. A nossa relação com os municípios vizinhos precisa ser mais estreita porque, com eles, podemos somar forças políticas, que resultam em benefícios relevantes para todos. Exemplo: se Nova Trento planejasse ações com os outros Municípios do Vale, certamente poderíamos ter melhores estradas (está na hora de pensarmos na duplicação da ligação Nova Trento/Tijucas), poderíamos ter serviços de melhor qualidade em comunicação, energia elétrica, tratamento para o lixo, sistemas de esgoto sanitário, além de outros. Não podemos mais nos ligar ao bairrismo, pensando que estamos sozinhos no “mapa”.

A expansão urbana provocada pelo êxodo rural nas últimas décadas criou problemas para a cidade e bairros e a falta de planejamento incrementou ainda mais a desorganização urbana. A busca de recursos federais e estaduais é aleatória e, muitas vezes, se faz algo apenas para dar destino a esses recursos. O comprometimento financeiro do Município, através de financiamentos, sem garantia de um retorno econômico e social relevante, impedirá ações futuras essenciais para a população. Endividamento exige o cumprimento de metas discutidas e executadas, obedecendo prioridades, o que não está sendo feito. Para encerrar esse tópico, onde poderíamos dissertar por longo espaço, lembramos novamente que o planejamento a curto, médio e longo prazo é algo prioritário e, sempre terá que ser realizado junto com a comunidade, seguido de ações que conduzam o Município para um caminho de desenvolvimento sustentável, responsável e humano. Nos tópicos seguintes, abordando os principais eixos que motivam este Plano, faremos análises mais detalhadas, com metas e ações que levarão você, eleitor (a), a ter uma noção mais concreta sobre o nosso trabalho futuro, se merecermos a confiança da população na eleição de novembro.

DIAGNÓSTICO E PRINCIPAIS PROPOSTAS POR SETOR

A – SAÚDE:

A-1 – DIAGNÓSTICO:

Devido à obrigatoriedade constitucional, os Municípios precisam investir no mínimo 15% de sua receita bruta em saúde. Nova Trento não foge disto, como nos demais municípios. Porém com o valor investido, podemos sim ter grandes avanços nesta área, que hoje não ocorrem. O orçamento de 2020 prevê um gasto de R$15.761.000,00, ou seja, perto de 25% da receita do Município. Com este montante certamente podemos transformar a saúde de Nova Trento em referência.

É necessário termos um olhar para a humanização dos atendimentos, Nova Trento como em demais municípios da Federação, tem uma estrutura física (hospital, postos de saúde e veículos) adequada para o atendimento aos cidadãos, mas necessitamos olhar para a qualificação da equipe médica, termos em Nova Trento especialistas e, contudo, repactuar especialidades para mais perto, por exemplo com o município de Brusque.

O nosso hospital, sem dúvida é a referência máxima quando falamos de Saúde, em Nova Trento. Nele são realizados os primeiros procedimentos para a população neotrentina e, também para muitos com procedência de municípios vizinhos.

Há pouco atendimento nas especialidades médicas, sendo necessário o deslocamento para Florianópolis ou outros locais, quando o problema do paciente é um pouco mais complexo. No interior do Município, onde existem postos de saúde, são feitos atendimentos de consulta e primeiros socorros simples, mas com certa deficiência, por falta de condições físicas e/ou de condições técnicas por profissionais na área da saúde.

Quanto à medicina preventiva, principalmente no que se refere a vacinações, os serviços são adequados, com bom nível e intensidade de atendimento.

Não há políticas consistentes voltadas à saúde animal e controle de zoonoses.

A-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Achamos urgente discutir uma política regional para a questão da saúde. É inadmissível que numa região com 5 municípios e aproximadamente 110.000 habitantes, não tenhamos um hospital público com UTIs, serviços de diagnóstico e imagem modernos e eficientes, atendimento especializado, principalmente nas áreas de cardiologia, neurologia, gastrologia, e várias outras possíveis. A grande verdade é que, muitas vezes, por motivos políticos, e uma vocação bairrista, como já ventilamos anteriormente, cada município quer ter o seu hospital, querendo dar conta de todas as demandas, com custo elevadíssimo, e sem priorizar a eficiência. Que o Município tenha o seu hospital, sim, mas que na região do Vale do Rio Tijucas possamos encontrar um hospital, com as características descritas acima. Muitas vezes, é preferível se deslocar 15 ou 20 km e ser recebido por uma equipe médica especializada, do que permanecer num hospital com poucas condições técnicas, ou ser deslocado para um centro urbano maior. Se tratando de saúde, às vezes, alguns minutos fazem a diferença.

Queremos deixar bem claro que não estamos negando a grande importância do nosso hospital e nem do seu grupo clínico, cujos profissionais fazem um trabalho de excelência nas condições existentes. Queremos, no entanto, mexer um pouco com a nossa mente, para que não fiquemos na mesmice, eternamente. Os tempos mudaram e nós também precisamos mudar nossas ideias. Não devemos esquecer o que já foi frisado: 1/4 de tudo o que o Município arrecada é investido nos serviços de Saúde, sem contar os milhares de reais que o Município tem disponível todos os anos, através de convênios e Emendas Parlamentares. Hoje, boa parte dos governantes se vangloriam pelo volume que gastam com a Saúde e não com a qualidade dos serviços que prestam, ou com as vidas que foram salvas. A proteção à vida sempre foi e sempre terá que ser a principal prioridade dos governantes, mas, se pudermos racionalizar e realizar os investimentos nessa área com sabedoria, teremos condições de evoluir e muito no atendimento ao nosso povo.

Devemos discutir com a população se vale a pena o empenho, às vezes exagerado, para transformar o nosso hospital numa empresa, como foi feito em alguns momentos, querendo trazer pacientes de outros municípios e visando lucro, sem termos as condições ideais para isso. A segurança e o profissionalismo no campo da saúde são propostas que devemos perseguir, buscando todos os caminhos para termos um hospital de qualidade, aberto 24 horas por dia, para a nossa população em primeiro lugar e, como já foi dito, dispender esforços para uma solução regionalizada e próxima, quando o assunto é atendimento de alta complexidade, já que isso envolve muita tecnologia e alto custo.

Ações que consideramos muito importantes e que dedicaremos todo o esforço: o carinho, o bom atendimento e a empatia com aquele que está sofrendo, ou que procura auxílio, seja na medicina curativa ou preventiva, na área psicológica, dentária, ou outras que as pessoas acharem que são necessárias para o seu bem-estar físico e psíquico. Garantiremos uma atenção muito especial aos que precisarem de hemodiálise ou de tratamento oncológico: esses pacientes não podem ficar esperando nos Centros de Atendimento, após serem submetidos aos procedimentos usuais (hemodiálise, quimioterapia, radioterapia e outros). Imediatamente após os procedimentos serão trazidos para as suas residências, com veículos específicos, merecendo todo o acompanhamento médico e psicológico necessários.

Alguns itens específicos que serão também contemplados: o Hospital terá pronto atendimento 24h, com médico clínico geral. Teremos equipe de sobreaviso com especialidades como: ortopedista, Obstetra, anestesista e pediatra, para partos. Teremos laboratório 24h dentro do hospital; cirurgias eletivas com prioridade a pacientes neotrentinos. Manteremos veículos para transporte de doentes, ou pessoas com deficiência, para consultas médicas, ou procedimentos médicos diversos, em outros municípios.

Buscaremos programas com o Governo Federal, através do Ministério da Saúde para avançarmos em questões como Centro de Imagens, Centro Odontológico para abranger especialidades como a Odontopediatria entre outras, Centro de Atenção Psicossocial, ou seja, buscar de fato programas federais que se enquadrem em Nova Trento para melhor atender o nosso povo.

Nosso interior é imenso e com isso por vezes o atendimento médico de urgência (ambulância) demora a chegar e como dito, minutos fazem a diferença em salvar uma vida e por isso iremos ter disponível um veículo capacitado para este atendimento no distrito de Aguti.

No geral: as unidades de saúde não fecharão para almoço. Nas Unidades de Saúde do Centro, Trinta Réis e Claraíba, o horário de atendimento será das 7 h às 19h. A sala de vacina terá local específico. Pacientes acamados receberão atendimento domiciliar mensal, com equipe médica e entrega de medicamentos. Hipertensos, Diabéticos e pessoas com deficiências receberão medicamentos em casa, mediante cadastro. Atendimento médico e odontológico, diariamente, em todas as unidades de saúde, com agendamento por telefone.

Quanto à saúde e proteção dos animais: assegurar a proteção à vida e ao bem-estar dos animais (Lei Federal 9605/1998 e alterações posteriores) é obrigação também do poder público e criaremos a DIBEA – Diretoria do Bem-Estar Animal e assim manteremos estreita parceria com órgãos específicos municipais voltados a estas ações, as quais iremos trabalhar com recolhimento, castrações, campanhas de vacinações e feiras de adoções de animais. Serão reservados espaços especiais para lazer e interação dos pets entre si e com seus donos. Será viabilizado o atendimento médico/veterinário a pets, cujo dono comprovadamente não tiver condições financeiras para arcar com as despesas.

O servidor que presta serviços à saúde precisa ser constantemente treinado e valorizado profissionalmente. Não podemos esperar serviços de qualidade, sem um profissional motivado. No plano de cargos e salários, que nos primeiros meses do nosso governo queremos implantar, será contemplado o nível de formação, grau de responsabilidade e desempenho de todo o servidor, sempre com o objetivo de perseguirmos a otimização dos serviços em prol do nosso cidadão.

B – EDUCAÇÃO E CULTURA

B-1 – DIAGNÓSTICO:

Falar em educação no Brasil, sempre é um problema e, nesse momento, é pior. O desafio que tínhamos pela frente, antes da pandemia provocada pelo coronavírus era enorme e, agora, ficou ainda maior. Teremos anos difíceis pela frente, até repormos os conteúdos não ministrados em 2020. Teremos que equacionar essa questão com diálogo, planejamento e muita dedicação. Tirando esse problema, Nova Trento, assim como todo o País, precisa buscar novos rumos para mudar a nossa realidade educacional. Nova Trento não tem grandes problemas ligados à estrutura física, transporte escolar e mão de obra qualificada, mas sofre o mesmo problema de quase o País inteiro: o baixo nível de aprendizagem. Basta acompanhar os indicadores educacionais e a posição do País no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O Brasil amarga tristes resultados há muitos anos. A situação que vive o país hoje com a pandemia, somada a discussões ideológicas que prejudicam o diálogo e o rendimento, certamente vai exigir muito esforço dos futuros governos municipais (incluindo o nosso) para achar um caminho que nos leve a ter resultados qualitativos, nos próximos anos. O Município é responsável por grande parte do ensino fundamental (1º ao nono ano) e toda a educação infantil (creches e pré-escola). Depois da Saúde, a Educação tem o maior orçamento do Município: R$13.643.000,00 (2020), que corresponde a 25% do orçamento (exigência federal). Lembrando que temos uma matrícula aproximada (em 2020) de 1.526 alunos entre o Ensino Fundamental (860), Infantil (310) e Creches (355), isso nos mostra que a previsão de investimento para cada aluno das nossas escolas municipais, em 2020, é de aproximadamente R$8.940,00, ou seja, cada aluno custa ao município R$745,00 por mês. Considerando que muitas outras receitas extraorçamentárias (construção e reformas de prédios, ônibus escolares e outros veículos, equipamentos, etc) quase sempre não são somadas ao valor orçado, o valor investido para cada aluno é bem superior ao citado acima.

O IDEB (Índice de Desenvolvimentos da Educa Básica) do Município, vem crescendo nas últimas décadas, mas ainda precisamos melhorar muito, principalmente nos anos finais (6º ao 9º ano). Em 2019 (última avaliação feita), nos anos iniciais estava em 6,3, enquanto nos anos finais (6º ao 9º ano) foi de 5,2.

É notória, nos últimos 15 a 20 anos, uma onda de recursos tecnológicos invadindo as nossas escolas, principalmente computadores e, hoje, smartfones, que estão na maioria das mochilas dos nossos alunos. Conflitos diversos acontecem por isso. Às vezes, temos a impressão que a tecnologia virou pedagogia. A cabeça de muitos pais e de alguns professores parece virar pelo avesso, sem saber, em alguns casos, como fazer. A pandemia nos mostrou o quanto é complicado usar esses meios tecnológicos em situações adversas. Muitas Escolas simplesmente agregaram recursos tecnológicos ao seu patrimônio, às vezes até com objetivo político, mas, em muitos casos, sem o uso adequado desses equipamentos para imprimir qualidade à Educação. Tudo isso deve nos levar a uma reflexão e a uma tomada de decisões que irão mexer muito com o processo educativo nos próximos anos.

O ensino superior está distante em todos os sentidos para os nossos alunos que terminam o ensino médio. Dificuldades de termos pelo menos alguns cursos em nossa cidade e dificuldades de deslocamento dos nossos alunos para frequentarem faculdade ou cursos técnicos em outros municípios, impedem que muitos sonhos dos nossos jovens se realizem. Hoje, o Poder Público arca com parte do transporte, mas é insuficiente para muitos. Poucos incentivos são oferecidos pelo Poder Público.

B-2: PROPOSTAS E AÇÕES:

O ano de 2021 será atípico para a Educação, devido à pandemia do coronavírus. Teremos que viabilizar, logo que for possível, o repasse dos conteúdos perdidos em 2020, levando em consideração os direitos e também as obrigações de todos os alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Isso terá que ser precedido por largas discussões com a comunidade escolar, mantidas as deliberações dos órgãos educacionais em nível federal e estadual. Apesar dessa situação imprevista, estabelecemos a meta de aumentar o IDEB em pelo menos 15% nos anos iniciais e 30% nos anos finais nos próximos 4 anos, se eleitos. Como percebemos no diagnóstico, os anos finais (6º ao 9º ano) têm uma queda acentuada no rendimento (e isso se observa nos resultados de quase todas as escolas do Estado). É necessário, por isso, focar nessa faixa escolar e isso será feito através de um planejamento que vise a identificação das causas, um conteúdo adequado a essa fase de ensino, envolvimento constante das famílias e uma avaliação permanente das estratégias e metas.

As nossas políticas educacionais irão, sempre, priorizar a qualidade do ensino. Para tanto, vamos mexer no currículo escolar naquilo que for possível, tornando-o mais enxuto e atraente, direcionando-o para o que é mais importante a ser aprendido e incorporado no mundo em que vivemos. O grande potencial dos nossos servidores educacionais será o suporte desse processo e, por isso, eles merecerão toda a nossa atenção e o nosso reconhecimento. A formação continuada (capacitação) do professor será, prioritariamente, na área em que ele atua. Precisamos nos desvencilhar de teorias e ideologias que pouco tem a ver com as exigências do mundo moderno. Daí, a enorme importância de um novo currículo.

Discutiremos o uso adequado de todas as tecnologias que possam impactar positivamente a melhoria do ensino, nunca esquecendo o que o estudioso de educação Cláudio de Moura Castro afirma: “A Tecnologia é apenas uma mecânica para transmitir conteúdos. Ela não é a pizza, mas apenas o seu entregador”. Decidido o que é de fato útil em termos de tecnologia, buscaremos com todas as forças os recursos necessários para a sua implementação, sempre munindo antecipadamente os profissionais da educação com a capacitação necessária, para que o uso dos recursos seja otimizado.

O inciso XXV do Art.7º da Constituição Federal será praticado na sua integridade, ou seja, todas as crianças de zero a cinco anos terão espaço em escolas (sem esquecer as demais, é evidente). Isso nos leva ao compromisso de atender também crianças em berçário, possibilitando que mães trabalhadoras, principalmente, tenham onde deixar seus filhos com segurança e nas mãos de pessoas habilitadas. Construiremos um novo Centro de Educação Infantil na cidade, no local onde está o Centro de Educação Infantil Padre Rossi. Há projetos federais que podem ser viabilizados, com ideais condições de abrigarem essa modalidade de ensino, dentro de um padrão de alta qualidade.

Vamos racionalizar o uso do dinheiro público na educação. Como escrevemos no diagnóstico, cada aluno custa mais de R$745,00 por mês, valor esse próximo ao cobrado por muitas escolas particulares, as quais têm que arcar com todos os custos, desde o pagamento dos professores (muitas vezes bem superior ao pago pelo Município), impostos, construções dos prédios e sua manutenção e ainda, lógico, o lucro dos donos da Escola. Sabemos que isso pode chocar um pouco, mas não custa fazermos uma discussão isenta e séria sobre esse assunto, com o único objetivo de fazermos o bom uso do dinheiro público.

Temos que pensar com cuidado no nosso estudante egresso do ensino médio. Não podemos deixá-lo desamparado, tanto na orientação profissional, como no incentivo à continuidade dos seus estudos, podendo ser em cursos técnicos, de extensão, ou em cursos universitários. Todos esses alunos que tiverem que se deslocar para outros municípios, com o objetivo de aprimorar seus estudos, ou cursarem o ensino superior, terão 100% de ressarcimento no seu custo de transporte já no ano de 2021, ou seja, não pagarão mais pelo transporte universitário e de cursos técnicos. Por outro lado, traremos para Nova Trento cursos técnicos como cursos de técnico em enfermagem, em marketing, mestre de obra, tecnológicos, eletrônicos e outros, ainda buscaremos alternativas para trazer cursos universitários, que sejam importantes para os jovens e pessoas interessadas.

Deslocaremos imediatamente a garagem ao lado da EEB Francisco Mazzola para outro lugar e, no menor tempo possível, viabilizaremos um centro cultural em seu lugar, com anfiteatro, salas de aula para cursos técnicos e demais atividades e outros espaços para atividades culturais. É um desafio, mas sabemos que é possível. Basta priorizar.

Criaremos um contra turno nas escolas do Trinta Réis e Claraíba (não é educação em tempo integral), usando espaços e horários ociosos, possibilitando que o aluno se dedique a atividades extracurriculares e reforço escolar sempre que achar conveniente, sem obrigatoriedade, mediante planejamento antecipado. O aluno sempre será acompanhado por profissionais da educação. Será uma forma do aluno desenvolver habilidades específicas e melhorar o seu desempenho escolar.

Uma vez a cada semestre serão desenvolvidas atividades esportivas e culturais entre todas as escolas municipais, com o objetivo de integração e compartilhamento de experiências.

Todas as iniciativas que visem uma educação melhor para as nossas crianças e jovens (como por exemplo grupos musicais, de Escoteiros, grupos de dança, teatro, etc.) terão todo o apoio do Poder Público, inclusive financeiro.

Haverá um trabalho cooperativo com a APAE e todas as ações que visem um atendimento específico, incluindo a educação de jovens e adultos e abrangendo uma nova sede com espaço adequado para a instituição.

As funções de direção de escola serão ocupadas por Diretores eleitos pela comunidade escolar, observadas as determinações legais.

A Educação terá que estar sempre ligada com todas as atividades culturais. Não podemos desvincular Cultura de Educação. Turismo será um meio, que fará a ligação entre as pessoas com a Cultura e não uma atividade cultural em si, como muitas vezes é mostrado.

Sabemos quão amplo, diversificado e dinâmico é o campo da Educação e, por isso mesmo, passível de ser contemplado com ações criativas constantes. Por isso, estaremos sempre abertos ao diálogo, agregando tudo o que for bom e que possa conduzir a uma educação de qualidade maior.

C – ECONOMIA – SETORES PRODUTIVOS (TURISMO)

C-1 – DIAGNÓSTICO:

Falar em economia, produção, desenvolvimento econômico, etc. em Nova Trento, assusta bastante. A nossa história não está muito ligada a isso. Os nossos governantes sempre foram muito passivos neste campo. Quase sempre se alimentou a ideia de que a indústria traz problemas, traz pobreza, traz gente sem religião, etc, etc. Tirando isso, ainda temos o problema da localização geográfica, como ventilamos no diagnóstico geral, no início desse documento. Como frisamos, também, o Poder Público sempre foi arredio em termos de planejamento a médio e longo prazo, deixando para cada governante sucessor, seguir políticas econômicas de seu interesse, ou pior, não seguindo nenhuma política. A nossa economia ainda se concentra na agricultura, segundo dados do IBGE, mas não é difícil perceber que a atividade turística vai tomando o seu lugar. O turista/visitante/peregrino, mesmo que, em sua maioria seja de baixa renda, sempre movimenta a nossa economia, através do comércio e consumo local. O nosso patrimônio cultural, visto como agente econômico, é pouco significativo, necessitando de politicas municipais mais agressivas para a sua valorização. A nossa agricultura de subsistência tem sobrevivido graças ao grande esforço de famílias, que resistem em procurar novas formas de vida. No entanto, é visível o êxodo para a cidade de Nova Trento, ou para outras cidades próximas. A produção agrícola, focada em alguns produtos tradicionais como o fumo, o milho, a mandioca, o feijão, a uva, os vinhos coloniais, além de outros, constituem ainda uma fatia do nosso PIB, mas não com tanta exuberância. O setor econômico que merece destaque, hoje, é o turismo religioso. Graças aos milhares de visitantes todas as semanas, a economia recebe um impulso, tendo como suporte a gastronomia, a venda de produtos locais como o vinho, queijos, suvenires e manufaturados diversos. Nota- se, no entanto, pouco planejamento público e um investimento muito abaixo do que seria ideal. Em 2020, o orçamento da Secretaria do Turismo é de R$714.000,00, muito pouco se compararmos, por exemplo, com o orçamento do Gabinete do Prefeito que é de R$817.000,00 e o da Secretaria de Administração e Finanças, que é de R$4.257.000,00. O setor industrial está restrito a poucas unidades produtivas significativas em termos de mão de obra, embora ajudem significativamente, dentro do contexto atual. Há uma diversificação considerável nesse setor, permitindo que não sejam sentidos com muita intensidade os efeitos nocivos das crises econômicas constantes no País. O microempreendedor (MEI) é dominante e tenta sobreviver com muito esforço, muitas vezes desorientado e com recursos escassos. Desde novembro de 2019, Nova Trento conta com a Sala do Empreendedor, com assessoria do Sebrae/SC, cujos benefícios ainda são incipientes, ou de pouco alcance.

Como já ventilamos em outro momento, há fatores primários que inibem a instalação de empreendimentos industriais em Nova Trento. Um deles é estrutural, que é a distância entre nosso Município e os principais meios de escoamento da produção, como a BR-101, portos e aeroportos. Nesse aspecto, perdemos por Municípios como Tijucas, , , etc. Mas, há outros fatores mais críticos que inibem investimentos relevantes: os acessos precários para Brusque e Tijucas, falta de regularidade e qualidade no fornecimento de energia elétrica, problemas de comunicação eletrônica, falta de mão de obra qualificada, além de outros.

Os setores do comércio e de serviços sobrevivem com grandes dificuldades. Estabelecimentos comerciais abrem e fecham, muitas vezes sem orientação científica e sem o apoio de estatísticas consistentes. Também não há uma proteção ostensiva do Poder Público ao comércio local, parecendo, muitas vezes, uma “terra sem Lei”. O CDL, no Comércio, e a NEOTUR, no turismo, fazem um trabalho de excelência dentro de suas limitações, mas, em certos momentos, desvinculados das políticas públicas municipais inerentes aos setores que eles representam.

C-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Uma discussão ampla e com todos os setores produtivos; planejamento integrado e fixação de metas, norteará o nosso trabalho, na busca incessante de soluções e respostas para os problemas que afligem Nova Trento relativos à Economia.

Logo criaremos o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social do Município de Nova Trento, plano este que será a base, que trará uma mudança em nosso atual cenário. Dentro disto, criaremos incentivos através de legislação própria, para fomentar os nossos empreendedores locais e atrair investimentos como industrias para Nova Trento.

O primeiro compromisso para o fortalecimento econômico do Município, será a criação de um espaço apropriado, com a cultura empreendedora de uma INCUBADORA, para receber os pequenos empreendedores dos mais variados setores e possibilitar a eles uma estrutura para o desenvolvimento de seu negócio, acompanhados de um plano de negócios, com avaliações, capacitações e metas.

Através de ARANHA (2016), podemos entender como iniciou a história das incubadoras, o mesmo relata que o primeiro aparecimento ocorreu em 1959, e foi oportunizado graças ao senhor Joseph Mancuso, que ao comprar uma das fábricas fechadas de Massey Ferguson, que havia gerado uma onda de desemprego em Nova York, adotou empresas que surgiam sem capital e iniciou o compartilhamento de local, maquinários e mão de obra, assim iniciando o que hoje chamamos de incubadoras.

Para DORNELAS (2012), as incubadoras são ambientes flexíveis e encorajadores, além de não possuírem fins lucrativos, são entidades encarregadas de cuidar dos estágios iniciais das organizações e de seus negócios.

DORNELAS (2012), destaca que o nível de mortalidade de empresas incubadas é muito menor do que de quem não obteve a opção de iniciar seus negócios em uma incubadora, pois a mesma fornece facilitações, integrações e preços que possibilitam as mesmas a terem competitividade com o mercado disputado com empresas já consolidadas.

Se a direção for para o fortalecimento do parque industrial, criaremos incentivos através de legislação própria, que dê sustentação jurídica para todos os envolvidos. Deveremos focar nas vocações empreendedoras locais, como base de sustentação para todo o processo. Temos setores importantes que merecem de imediato a nossa atenção, como: setor moveleiro, função herdada dos nossos antepassados e que parece ser inerente às habilidades de muitos neotrentinos. A mão de obra na construção civil precisa de cuidados, para que continue merecendo a fama que construímos. Haverá também uma forte ação junto à CELESC para que se garanta um fornecimento de energia de boa qualidade e sem interrupções, assim como ações que visem garantir serviços de comunicação de ponta. Agiremos, com os outros Municípios do Vale e Brusque, buscando melhorias no acesso rodoviário, que nos ligam a eles.

Entendemos que é necessário reter o agricultor no campo, mesmo que a sua produção seja pequena. A qualidade de vida do pequeno agricultor precisa ser garantida com constante acompanhamento técnico, bons acessos rodoviários para o seu deslocamento e o da sua produção, boa assistência médica e dentária perto da sua propriedade, incentivos agrícolas para correção e enriquecimento do solo, assistência a baixo custo da patrulha agrícola mecanizada, incentivo à agregação de valor aos produtos comercializados (apoio à agroindústria familiar), oportunidade de educação de qualidade às crianças e jovens do campo, locais para lazer, além da satisfação de outras demandas que garantam a fixação na propriedade e a felicidade do agricultor. Quanto ao turismo: a nossa luta será a de colocar o turismo no lugar que merece em Nova Trento. Não é justo, muitas vezes, o Poder Público atribuir a si o que é realizado pelo Santuário Santa Paulina, pelo Santuário Nossa Senhora do Bom Socorro (Morro da Cruz), ou pela NEOTUR. Se o turismo é uma das principais atividades econômicas do Município, que dele tira proveito para incrementar a sua arrecadação, é essencial que se invista nesse setor. Vimos no diagnóstico que o orçamento da Secretaria do Turismo é irrisório, se levarmos em conta a sua importância e as suas necessidades de investimento. Justifica-se, em primeiro lugar, a construção de uma sede própria, condizente com a sua importância. Uma construção adequada, de preferência com arquitetura típica, salas para reuniões e recepção ao turista, biblioteca que contemple a história de Nova Trento, produtos artísticos produzidos no Município, etc. Além disso, a Secretaria de Turismo terá a função de valorizar o patrimônio cultural local, criação e amparo financeiro e profissional a projetos que sejam viáveis, sustentáveis e atraiam a atenção de potenciais turistas. O status da Secretaria do Turismo terá que refletir a mercadoria (produto) valorizada, que temos a oferecer e não se ater a ações, como a construção de casinhas rústicas na Praça Central, ou fazer enfeites e exposições de produtos que, não desmerecendo o seu valor, não são funções básicas da Secretaria do Turismo. Nós avaliamos o Turismo como uma atividade econômica e não uma atividade de lazer. Para tanto, existem outros órgãos que devem assumir tais funções. A Festa Incanto Trentino, bancada pela NEOTUR nas últimas edições, contribui com a divulgação do Município, e sempre se buscou um espaço físico adequado para a sua realização. Embora o grande esforço de alguns Vereadores para viabilizar um projeto merecedor da sua importância, com emendas parlamentares, pouco se avançou e criou-se um emaranhado de construções ligadas ao ginásio de esportes, sem uma arquitetura atraente e condizente com a sua finalidade específica. Na nossa administração, se eleitos, faremos mudanças audaciosas naquele núcleo, para que possa, de fato, servir como local que incremente o turismo na nossa cidade.

Vamos criar um Selo de turismo (Certificação), destacando os profissionais e estabelecimentos turísticos que se comprometerem com o atendimento de protocolos e requisitos exigidos pela vigilância sanitária, garantindo segurança para todos os serviços e produtos ofertados pelos adeptos ao programa, impulsionando a comercialização dos mesmos.

Iremos implantar o sistema de código QR CODE para divulgação do nosso Município e seus pontos turísticos, faremos o turismo sustentável, cuidando com a poluição visual e física, ou seja, em cada entrada de Nova Trento e em cada um dos nossos pontos turísticos e de referências como Prefeitura dentre outros, teremos o QR CODE com as informações de nossos recursos naturais, religiosos e culturais. Um turismo limpo, atrativo e de referência. Resumidamente: a nossa economia precisa de uma intervenção radical e, o Poder Público, junto com a iniciativa privada, buscarão alternativas para criar uma economia sustentável, proporcionando oportunidades de mão de obra ampla e de qualidade ao nosso cidadão neotrentino. Essa será a nossa grande meta.

D – INFRAESTRUTURA – MOBIOLIDADE – URBANISMO

D-1- DIAGNÓSTICO:

O valor orçado para 2020 da Secretaria de Obras, Serviços Urbanos e Planejamento é de R$8.339.000,00. A cidade de Nova Trento tem os vícios e problemas de cidades velhas. Afinal, a nossa cidade começou a ser formada há mais de 130 anos. O que se observa, no entanto, é que não houve uma preocupação conveniente, durante esse tempo, para sanar os problemas. Continuamos com falta de esgoto (nenhum investimento em esgoto tratado), com ruas estreitas, inexistência de calçadas, ou muito estreitas em vários locais, legislação inadequada para a nossa realidade, pavimentações mal feitas, pouca ou nenhuma acessibilidade para deficientes físicos, falta de tombamentos e manutenção de prédios históricos, falta de organização no uso de terrenos públicos principalmente, etc. Referente ao descuido da racionalização do uso dos espaços públicos: olhemos o espaço onde se encontra o Ginásio de Esportes Inácio Gulini. Nesse espaço foram construídos, além do Ginásio: APAE, canchas de bocha, Casa da Cidadania, Secretaria de Assistência Social e Habitação, CRAS, e agora, está em construção o Centro de Eventos (uma obra totalmente fora de um padrão adequado). Além disso, perto dessas construções, está se formando um depósito de entulhos, que denigre a imagem e a importância do local.

Nos últimos anos, recursos de emendas parlamentares foram despejados no Município para serem usados em pavimentações, principalmente. Louvável a iniciativa dos vereadores e Executivo, mas o que se observa é que os recursos são usados com poucos critérios de prioridade. Na maioria das vezes são distribuídos para atender promessas políticas e, em muitos casos, a qualidade das obras está abaixo do exigido. Sem sombra de dúvida, muitas dessas obras, em pouco tempo terão que sofrer reparos de manutenção relevantes, exigindo investimentos de recursos municipais, cuja carência é notória. Nesse governo, usou-se também uma prática pouco usual no Município: o uso de empréstimos para pavimentações, que serão pagos no futuro, em outros governos, comprometendo ainda mais o escasso orçamento municipal.

Quanto às áreas de lazer: são escassas, pouco cuidadas e pouco aproveitadas. A nossa principal Praça, a Praça Getúlio Vargas é um exemplo disso. Nos últimos três governos foram feitas várias revitalizações, foram gastos muitos milhares de reais, mas sem nenhum planejamento, sem nenhum critério técnico e paisagístico. Foi construído um quiosque e casinhas de madeira rústica, que descaracterizam totalmente a finalidade de um espaço tão nobre para o lazer da população.

A mobilidade urbana tem carências marcantes. A maioria das nossas vias públicas, além de estreitas, carecem de uma sinalização melhor (tanto horizontal quanto vertical), calçadas mais largas e seguras, faixas para ciclistas, além de um padrão estético e uniforme.

O nosso plano diretor tem sua grande importância, mas necessita de algumas alterações e adequações, para que ele possa, de fato, ser um instrumento de desenvolvimento urbano moderno, sem exigências e sem punições desnecessárias que, muitas vezes apenas servem para inviabilizar bons e saudáveis investimentos para o bem estar da população.

As estradas que ligam o Centro ao Interior do Município, apesar do grande número de equipamentos adquiridos pelo Poder Público e repassados pelos Governos Estadual e Federal nos últimos anos, ainda sofrem com as intempéries, deixando-as, muitas vezes quase intransitáveis.

D-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

A nossa Cidade e Bairros precisam de mais “vida”. Primeiramente, vamos buscar recursos para viabilizar um projeto de saneamento básico, com esgoto sanitário. Não é possível que uma cidade com a idade de Nova Trento e que recebe milhares de visitantes todas as semanas, ainda não tenha um tratamento de esgoto. Enquanto isso estiver em andamento, construiremos, junto com a sociedade e profissionais competentes, outro grande projeto de revitalização urbana, o qual será implementado paralelamente com o projeto de saneamento, com execução de curto, médio e longo prazo.

As vias principais serão pavimentadas de asfalto ou lajotas de qualidade, sempre reservando pistas para ciclistas e calçadas com acessibilidade para pedestres. Será tema de discussão a pavimentação das calçadas com “paver”, já que o mesmo não tem demonstrado durabilidade e nem estética depois de algum tempo de uso. Toda a Rua Alferes, bem como a Rua Brusque, serão revitalizadas, dando condições ideais também para pedestres e ciclistas.

O Bairro Trinta Réis foi, sem dúvida, o bairro que mais cresceu nas últimas décadas, mas sem muitos cuidados do Poder Público. É necessário um planejamento urbano moderno e um Plano Diretor condizente com a realidade do mesmo. A Rua Independência será totalmente pavimentada. A humanização do Bairro, com ruas bem pavimentadas (preferencialmente com asfalto), calçadas largas e bem construídas, praças para lazer, limpeza permanente nas vias públicas, incentivo para a instalação de indústrias, etc., serão algumas das preocupações constantes do Poder Público com esse Bairro tão esquecido pelos governantes, apesar da sua expressiva população.

Na Rua Madre Paulina (Vígolo) é urgente a construção de calçadas mais largas em toda a sua extensão, bem como oferecer condições de compartilhamento seguro (com sinalização) entre ciclistas e demais condutores de veículos.

O distrito de Claraíba terá o trecho de estrada atualmente revestido de pedras, feito de asfalto, com calçadas padronizadas e pista para ciclistas. O perímetro urbano de Claraíba precisa ser definido com clareza para evitar exageros na cobrança de IPTU de muitos proprietários de terrenos e moradias. A relevância do Distrito de Claraíba exige um Plano Diretor mais adequado à realidade local, mais simples de ser interpretado e com diretrizes urbanas que possibilitem transformar o Distrito num exemplar local para se viver.

Será realizado estudo, feito um projeto e buscado recursos para a construção da 5ª ponte sobre o Rio do Braço, unindo o Bairro São Roque com o Bairro Trinta Réis, objetivando uma expansão urbana adequada nos dois bairros.

Como já foi registrado no início deste documento, o Poder Público Municipal tentará unir forças com todos os Municípios do Vale do Rio Tijucas e Brusque, buscando incessantemente junto ao governo estadual, a melhoria das SC-408 e SC-411, reivindicando estudos e projeto para a duplicação da SC-411, trecho Nova Trento/Tijucas. Sabemos que, não havendo insistência, as coisas não acontecem, ou irão acontecer daqui a muitas décadas, quando a situação for insustentável.

A sinalização horizontal e vertical de todas as vias do perímetro urbano será remodelada e adequada às exigências do CONTRAN, previstas na Resolução 738/2018 e Resolução 600/2016. Levantamento recente feito pelo Vereador, hoje candidato a Prefeito pela Coligação “Por uma Nova Trento Mudar faz bem”, e encaminhado à Promotoria Pública, constatou que nenhuma lombada ou travessia elevada para pedestres, em Nova Trento, obedece às normas do CONTRAN. Isso acontece também em todos esses dispositivos em todo o trajeto Nova Trento/Tijucas. Da mesma forma, a sinalização vertical é muito precária, quase invisível em muitos lugares, sendo um motivo para acidentes de trânsito. Dentro do mesmo projeto de parceria com os municípios do Vale do Rio Tijucas, lutaremos para que um sonho antigo se concretize: a instalação de um Posto Rodoviário da Policia Militar, com a finalidade de regular o trânsito no trecho Nova Trento/Tijucas, inibindo assim transgressões e acidentes. Essas ações serão tomadas já no início de 2021, caso eleitos.

As duas Praças centrais, principalmente a Praça Getúlio Vargas, receberão uma revitalização de fato e não apenas remendos como sempre foi feito. Assim para dar lugar a uma área projetada, com novo design, muito verde e jardins, com árvores nativas e espaços específicos para lazer infantil e academia ao ar livre. A Rua Cel. Henrique Carlos Boiteux, contígua à praça Getúlio Vargas, será transformada numa rua de lazer nos finais de semana, ou em momentos específicos. Nesta Rua serão realizadas exposições de artesanato, literatura, arte, venda de produtos coloniais, apresentação de grupos musicais, lazer infantil (como pintura, jogos, etc.). Para tanto, a Rua será totalmente remodelada, com revestimento especial e com recursos que possibilitem uma cobertura rápida, quando houver necessidade. Serão oferecidos espaços para “food truck” e similares, ao longo da mesma, onde poderão ser instaladas mesas e cadeiras nos momentos de uso mais intenso. Os banheiros serão disponibilizados num lugar apropriado e projetados para não descaracterizarem o ambiente.

Serão construídos parques lineares em algumas comunidades (Vígolo, Trinta Réis, Claraíba, Ponta Fina Sul, Bessenelo...) sendo que um deles estará localizado nos fundos do Centro de Eventos e CRAS, ao longo do Rio do Braço. Essa área terá uma atenção especial do Poder Público e receberá investimentos significativos. Fará parte do projeto: praças com muito verde, uma ciclovia, calçadas largas para caminhadas, espaço apropriando para pets com seus donos, academia ao ar livre, espaços para a pratica de esportes em quadras de areias, parque infantil, largo espaço para estacionamento, Iluminação de led em toda a extensão, locais para alimentação e outros. Tudo isso será interligado com o ginásio de esportes e centro de eventos, que está em construção.

Os serviços de iluminação pública precisam ser otimizados, ágeis e de fácil acesso a todos os usuários. Será revisada a forma de contratação dos seus serviços, bem como a sua forma de cobrança. É bom lembrar que a responsabilidade pela prestação do serviço de iluminação pública é da Prefeitura Municipal.

A coleta e o destino do lixo será uma preocupação constante do Poder Público. Faremos uma avaliação periódica junto aos usuários dos serviços, medindo o grau de satisfação e adotando medidas corretivas sempre que for necessário. A prestação desse serviço continuará terceirizada.

O SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) sempre será um Órgão prestador de serviços de excelência. Entendemos que a água de boa qualidade e em quantidade suficiente é algo essencial na vida das pessoas e garantiremos esse direito. Ampliaremos e faremos melhorias na Estação de Tratamento na Vasca (Trinta Réis) e Claraíba e, como precaução e garantia para o futuro, investiremos numa nova captação e tratamento no Bairro Vigolo, onde existe água de boa qualidade e abundante.

E – POLÍTICAS SOCIAIS:

E-1 – DIAGNÓSTICO:

Em Nova Trento, as políticas sociais são implementadas pela Secretaria de Assistência Social que, em 2020, conta com um orçamento de R$1.206.000,00. Nosso Município não pode ser considerado como um município com fortes desigualdades sociais, considerando que quase todas as famílias têm possibilidade de manterem um padrão de vida razoável. O êxodo rural vivido nas últimas décadas, bem como algumas oportunidades de emprego criadas em alguns momentos devido ao crescimento da economia nacional, trouxeram muitas famílias para a cidade, inclusive de estados vizinhos como o Paraná e São Paulo. Muitas dessas famílias sofreram ou sofrem com a adaptação, já que Nova Trento, por tradição, constituiu-se uma comunidade um tanto fechada, sempre desconfiada com as pessoas “de fora”. O nosso déficit habitacional não é muito significativo, mas tem que merecer atenção dos nossos governantes. Boa parcela das famílias que migraram para Nova Trento paga aluguel, cujo valor é relativamente alto se compararmos com os salários recebidos pelos trabalhadores. A assistência à saúde é satisfatória, tanto a curativa como a preventiva e a Educação obrigatória atinge a todas as crianças com idade escolar, com transporte escolar de boa qualidade. Encontramos, no entanto, deficiência no atendimento de crianças em berçário, o que impede que muitas mães assumam funções laborativas externas. Existem vários grupos de idosos, alguns com sede própria, em condições apropriadas para se reunirem e se divertirem. As pessoas portadoras de necessidades especiais são bem atendidas, sempre amparadas pela comunidade em geral. Entendemos que os nossos jovens carecem de oportunidades culturais e de lazer, forçando-os a procurarem alternativas em outros municípios, principalmente nos finais de semana.

E-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Entendemos que as políticas sociais são componentes das políticas públicas destinadas a garantirem o bem estar geral da população, mas com caráter distributivo e sempre privilegiando as camadas sociais mais carentes e de menor renda. Consideramos também que as políticas sociais têm que ser preventivas e não curativas. Temos sempre que agir na raiz dos problemas, tentando amenizar os seus efeitos.

Nos propomos a ficar vigilantes em todas as situações de vulnerabilidade social, garantindo a todas as pessoas que aqui residem uma vida digna, fundada no pleno emprego, na boa educação, nos bons serviços de saúde, nas oportunidades de lazer, na oferta de habitação a todas as famílias e na valorização de uma convivência harmônica e saudável entre todos. No campo da habitação, executaremos um projeto habitacional consistente, sempre destacando a qualidade da moradia. Entendemos que a família, além da casa bem feita e com bom conforto, necessita também de um ambiente que lhe dê qualidade de vida, incluindo-se a segurança e a privacidade. O nosso foco será a construção de casas em terrenos particulares já existentes, garantindo assim o que dissemos acima. Temos como meta, a entrega de pelo menos uma moradia popular por mês, a começar no mês de maio de 2021.

Trabalharemos arduamente com a Regularização Fundiária em nosso Município, aproveitando o Programa Lar Legal e avançando na aplicação do REURB – Regularização Fundiária Urbana, regido pela Lei Federal 13.465/2017.

Teremos que decidir o que fazer com o “elefante branco” (grande bloco de apartamentos abandonado) no Mato Queimado, o qual é um sinal claro da falta de planejamento e respeito com o cidadão. Faremos todos os encaminhamentos necessários para garantir a sua finalização, ou a sua remoção.

A proteção e o atendimento integral à família através do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) será uma ação relevante, merecedora de toda a nossa atenção. Temos a convicção de que famílias felizes é a base de uma sociedade também feliz.

O Conselho Tutelar, cuja principal função é zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, terá todo o nosso apoio e a nossa proteção e sempre seremos parceiros neste oficio tão essencial.

Zelaremos pelos direitos da mulher: sua segurança, igualdade de oportunidades, saúde física, assistência no pré-natal e pós-natal, em todas as circunstâncias que possam ajudar na felicidade familiar.

Precisamos atender pelo menos três comunidades quanto a solicitações para a construção de capelas mortuárias: Vígolo, Aguti e Trinta Réis.

Avaliaremos e veremos com carinho a possibilidade de construção, ou aluguel de um espaço que sirva como Centro-dia (Day Care) para idosos. Esses estabelecimentos, previstos na Política Nacional do Idoso, servem para dar abrigo ao idoso durante o dia, permitindo, muitas vezes, que a sua família possa exercer atividades remuneradas, com garantia de que o idoso está sendo bem cuidado por pessoas habilitadas. À noite ele volta para casa para conviver com a sua família.

F – ESPORTE E LAZER:

F-1 – DIAGNÓSTICO: Parece ser lógico que hoje, a concepção de esporte e lazer tem outra dimensão, ou concepção de tempos passados, mas não muito distantes. Esporte e lazer eram “parceiros” quase absolutos. Hoje, não é tanto. Vemos poucos jovens se divertindo em campos de futebol, futsal, vôlei, ou outras modalidades esportivas. Encontros em bares, ou mesmo em locais improvisados incomuns, são mais frequentes e conseguem deter os jovens por longo tempo. O uso de smartphones, com todas as suas alternativas de comunicação, virou o point da maioria das pessoas, seja de forma isolada, ou em comum. São outros tempos, com a contestação de muitos especialistas e pais, que prefeririam ver seus filhos jogando futebol, ou qualquer outro esporte que exigisse esforço físico e solidariedade de grupo. Por outro lado, vemos hoje, muitas pessoas ligadas ao ciclismo, outras a esportes mais radicais, outras às academias (que não deixam de ser um momento de lazer), outras a caminhadas em trilhas, além de várias modalidades que são mais atrativas para muitos e fogem do esporte tradicional.

O Projeto Voleibol Nova Trento, fundado por Vandeca em 1999, revelou muitas atletas, inclusive de projeção mundial, como a jogadora Rosamaria. É um projeto que dá visibilidade ao Município e dá oportunidade a muitas crianças e jovens para aprimorarem as suas habilidades esportivas, com possibilidades de incorporarem disciplina e espírito esportivo, além de se divertirem.

O orçamento da Secretaria Municipal de Esportes de Nova Trento para 2020 é de R$706.000,00.

F-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Vamos criar uma “Fundação Municipal de Esporte”, entidade dotada de personalidade jurídica privada, de caráter beneficente, sem fins lucrativos, com o objetivo de desenvolver projetos que visem a promoção das atividades de esporte e lazer, voltadas ao desenvolvimento integral dos neotrentinos.

Lutaremos por um centro esportivo moderno, através do qual possamos promover o nosso esporte, principalmente o voleibol, trazendo jogos oficiais e amistosos importantes, valorizando ainda mais o Projeto de voleibol da Vandeca e sua equipe. Isso também servirá para incrementar o turismo na nossa cidade.

Nos parques lineares, que já foram citados, serão construídas quadras para incentivar algumas modalidades de esporte e o lazer em geral da população.

Construiremos o primeiro campo de futebol municipal, com toda a estrutura para atletismo e demais modalidades, assim ampliando as condições de se praticar esportes e levando o mesmo para demais localidades de nosso município. As localidades do interior, serão integradas às demais, incentivando competições esportivas sadias entre elas e, assim, criando um calendário de competições interioranas.

Além das tradicionais, as diversas modalidades esportivas, entre elas o taekwondo, basquete, handebol, atletismo, ciclismo, bocha, mora, etc., sempre serão alvo de valorização e apoio pelo Poder Público Municipal.

As nossas duas maiores Sociedades Recreativas, Humaitá e Primavera, bem como todas as associações de bairros ligadas ao esporte, merecerão o apoio constante da Administração Pública, através da Fundação de Esportes.

Serão ofertados serviços gratuitos de internet em locais públicos, com concentração acentuada de pessoas, como em Praças, espaços esportivos e de diversão.

Assim, será nossa meta proporcionar principalmente às crianças e jovens, alternativas para que, sempre que quiserem, possam dispor de meios no campo do esporte e do lazer, saindo um pouco da atual rotina, muitas vezes escravos de dispositivos eletrônicos para a sua diversão.

G- SEGURANÇA PÚBLICA:

G-1 – DIAGNÓSTICO:

Felizmente, Nova Trento não sofre o mesmo problema das grandes cidades e se mantém em um nível razoável de segurança, mesmo não tendo a mesma posição de décadas passadas. Aqui também ocorrem problemas ligados a essa área, os quais devem nos levar a uma vigilância permanente.

Segurança faz parte da Organização Administrativa e, por isso, é responsabilidade dos Chefes do Executivo. Em Nova Trento, além dos Órgãos Estaduais responsáveis pela segurança pública (Polícia Civil e Polícia Militar), atua também o CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança), que criou a Rede de Vizinhos.

O PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), estabelecido entre a Polícia Militar, a Escola e a Família, foi um Projeto muito importante desenvolvido em nossas comunidades escolares, que provavelmente está produzindo reflexos positivos.

A segurança de trânsito realizada pela Polícia Militar, não é muito ostensiva, mas é suficiente dentro da demanda existente, com certa deficiência no Distrito de Claraíba. Câmaras de videomonitoramento (10), instaladas pela SSP, em parceria com a Prefeitura Municipal, permitem um apoio importante no controle do trânsito e prevenção à violência, em algumas áreas mais sensíveis da cidade.

Existe no Município uma Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, com um Diretor, que cuida de ações de prevenção e de socorro, destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais. Embora essa Coordenadoria esteja ligada a várias Secretarias, não deixa de ter ações também na área de Segurança Pública.

G-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Uma das maiores demandas da sociedade atual é a Segurança. Sob esta ótica, o Chefe do Executivo é o responsável pela segurança no território municipal. Sendo assim, estaremos atentos de todas as formas possíveis, diuturnamente, para dar toda a segurança que a população tem direito.

Manteremos uma parceria constante com a Polícia Militar e Civil, com o CONSEG, com a Coordenadoria de Defesa Civil, ou outros órgãos e entidades ligadas à segurança pública, munindo-os de todos os instrumentos e proteção financeira para que executem a contento as suas funções.

Nas Escolas, manteremos programas de educação, como temas curriculares transversais, alinhados a todas as formas de prevenção contra acidentes de trânsito, educação ambiental, boas maneiras, respeito ao próximo, à não violência, resistência às drogas, ou qualquer outra forma de preservação da integridade física dos cidadãos.

Incentivaremos canais entre a população e as agências responsáveis pela segurança local, facilitando as ações de prevenção e coibição pelos órgãos competentes.

Manteremos serviços básicos de qualidade, como a iluminação pública, áreas e atividades de lazer para entreter os jovens e adolescentes, a humanização da cidade como um todo, programas de profissionalização, além de outros que valorizem todas as formas de respeito humano.

O número de câmaras de videomonitoramento será ampliado para, no mínimo vinte unidades, com prioridade de instalação de pelo menos duas delas no Distrito de Claraíba. Neste Distrito, devido à sua posição geográfica, lutaremos também para a instalação de um posto policial permanente ou, pelo menos, rondas policiais periódicas e frequentes, que visem dar maior segurança para a população do Distrito.

H – ESTRUTURA ADMINISTRATIVA E SERVIDORES MUNICIPAIS: H-1 – DIAGNÓSTICO

Uma análise preliminar nos leva a identificar uma estrutura administrativa arcaica e repleta de vícios históricos que interferem na eficiência e na eficácia dos serviços prestados pela Prefeitura. Durante várias gestões foram criados dispositivos que se somaram a outras Leis e Decretos, dificultando uma interpretação correta de direitos, deveres e atribuições, tanto dos mandatários quanto dos servidores.

O assunto é tão sério que, apesar de termos uma estrutura minúscula comparada a outras Prefeituras, há mais de dois anos uma empresa foi contratada para fazer uma reforma administrativa e ainda não terminou ou, acreditamos, desistiu de fazê-la. Ficou pelo caminho, ferida pela burocracia, pela intervenção política e interesses pessoais.

Hoje, a Prefeitura conta com 7 Secretarias, ocupadas por 7 Secretários e 3 Secretários Adjuntos. São 112 vagas de cargos comissionados criadas, sendo 72 vagas ocupadas, algo muito fora do comum em estruturas mais modernas e enxutas. São 307 servidores efetivos, sendo que 24 deles ocupam cargos comissionados; portanto fora de suas funções normais. Existem 36 vagas de emprego público, estando 25 ocupadas (Agentes Comunitários de Saúde). Existem 21 vagas de agentes políticos, estando 13 delas ocupadas. O número de servidores inativos é 118, sendo 94 aposentados e 24 pensionistas. (Obs.: dados extraídos do Portal da Transparência da Prefeitura - setembro de 2020).

O espaço físico da Prefeitura abriga, hoje, apenas uma parcela das Secretarias e servidores do quadro administrativo, bem diferente de quando a Prefeitura foi construída há 13 anos. Essa descentralização implica no comprometimento da qualidade de alguns serviços, bem como a necessidade significativa de mais servidores, com um aumento considerável nas despesas de manutenção.

O IPREVENT (Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Nova Trento), criando em janeiro de 2000, é um órgão criado com a finalidade de formar um fundo financeiro que garanta a aposentadoria dos seus servidores, bem como as pensões para os dependentes de direito. Esse Instituto tem hoje, um fundo de quase 26 milhões de reais, valor esse que não pode ser usado fora da sua finalidade. Parece ser um valor elevado, mas múltiplas avaliações atuariais tiveram que ser feitas ao longo dos 20 anos, provocando aumento nas contribuições dos servidores e também do Município. Constitui-se, hoje, um dos grandes investimentos do Poder Público Municipal todos os meses.

A Prefeitura mantem um serviço de informações para o cidadão, mas muitas consultas se tornam difíceis e, muitas vezes, sem uma resposta satisfatória. Falta uma linguagem adequada, didática, que possa ser assimilada pelo usuário do sistema.

H-2 – PROPOSTAS E AÇÕES:

Uma das primeiras ações, caso eleitos, será a uma Reforma Administrativa, que possa criar condições melhores para todos os funcionários e cidadãos neotrentinos, usuários dos serviços públicos.

Será feita a desburocratização de procedimentos em todas as áreas (principalmente ambiental).

Criaremos a Fundação do Meio Ambiente, desburocratizando e facilitando o acesso dos nossos munícipes, temos o dever de facilitar e não complicar as ações dentro de Nova Trento.

Definiremos com clareza as atribuições de cada cargo e função.

Implantaremos um novo Plano de Cargos e Salários, contemplando a formação profissional e o merecimento.

Diminuiremos o número de vagas e a contratação para cargos comissionados, priorizando funções gratificadas, quando for o caso.

Realizaremos concurso público para preenchimento das vagas de carreira necessárias, formando assim um quadro de funcionários mais harmônico e duradouro, com reflexos na melhor arrecadação do IPREVENT e também na melhoria dos serviços prestados.

Buscaremos arduamente a valorização do servidor publico, através de um salário digno, aprimoramento profissional constante, satisfação plena dos seus direitos e assistência à sua saúde e a dos seus familiares. Nesse sentido, iremos buscar um Plano de saúde em grupo, para todos aqueles que quiserem se associar. Cremos que Nova Trento, isoladamente, ou em conjunto com os demais municípios do Vale, terá uma chance concreta de usar os benefícios do SC-Saúde (do Governo Estadual), UNIMED, ou outro Plano institucionalizado.

Vereadores eleitos não assumirão funções de Secretário Municipal. Se a população elegeu alguém para Vereador, que exerça a função de Vereador.

Será feita uma compilação (agrupamento, resumo) de todos os dispositivos legais (Leis, Decretos, etc) que estão em vigor e que regem as ações do Município, com o objetivo de facilitar a sua consulta e exigir o seu cumprimento pela população. O número excessivo desses dispositivos, muitas vezes um revogando o outro, ou parte dele e arquivados durante décadas, são de difícil interpretação, principalmente quando estão atrelados a legislações federais ou estaduais. Temos que facilitar a busca de direitos pelo cidadão. O acesso à informação, seja diretamente junto aos Órgãos Municipais, ou seja, por via eletrônica, precisa ser de fácil consulta e ágil.

As Intendências de Claraíba e de Aguti manterão uma estrutura mínima de pessoal e de equipamentos para satisfazer as demandas das pessoas que ali residem, principalmente nas questões de infraestrutura e saúde.

I – FONTES DE RECURSOS PARA INVESTIMENTO:

Fazer planos e ter sonhos é importante, mas é essencial que os mesmos estejam alicerçados nas garantias de recursos para a sua execução. Todas as propostas que apresentamos, são passíveis de execução; não são meras promessas eleitorais. Sabemos exatamente que a maior parte do orçamento está engessado, isto é, está comprometido por exigências legais, como acontece com os investimentos na Saúde e na Educação. Os gastos com a folha de pagamento terão que ser otimizados, para que tenhamos maior capacidade de investimentos, mas sem prejudicar os nossos servidores, cujos vencimentos já são muito baixos. Pretendemos usar a receita do IPTU exclusivamente para infraestrutura, somada a um percentual fixo da receita total, mais emendas parlamentares viabilizadas pelos nossos deputados federais e estaduais. Não temos a intenção de realizar empréstimos para investimentos que não deem um retorno financeiro para o Município. A nossa meta, em 4 anos, é fazer investimentos nas propostas apresentadas nesse plano, no valor aproximado de 50 milhões de reais, sendo 30 milhões de reais, de origem orçamentária e 20 milhões de reais através de emendas parlamentares. Todos os investimentos serão executados após discutida a sua prioridade por conselhos específicos e severamente fiscalizados pelo poder Público. Nenhuma obra será iniciada, sem a garantia dos recursos para a sua conclusão.

J – CONCLUSÃO:

A nossa administração, nos 4 anos, estará totalmente focada na melhoria da qualidade de vida do nosso povo. Nenhum investimento é conveniente, se não atentarmos para isso.

Durante toda a nossa exposição acima, pouco nos referimos ao Meio Ambiente. Queremos, então, para finalizar, nos referir a isso. Nós entendemos que Meio Ambiente é o que nos cerca, mas também as relações que permeiam a nossa vida, e todas as coisas que temos ao nosso redor e com elas convivemos. Além das plantas, do solo, do ar, da água, dos animais, o ser humano é o principal elemento do nosso Meio Ambiente. Cuidaremos para estabelecer a harmonia plena entre todos os elementos com os quais convivemos no dia a dia. Nada tem sentido, se nós, humanos não estamos felizes. Todas as coisas que devemos preservar, todas as coisas que queremos construir têm que visar um único objetivo: o bem estar e a felicidade do cidadão e da cidadã. É nesse sentido que estamos nos colocando à disposição para governarmos este belo Município. Lutaremos incessantemente para que ao findar o nosso mandato, todos os neotrentinos e neotrentinas, sejam crianças, jovens ou adultos, possamos dizer: VALEU A PENA!