DOCSLIB.ORG

A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética Entre Praxis E Lei

Total Page：16

File Type：pdf, Size：1020Kb

Download full-text PDF Read full-text
A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética Entre Praxis E Lei A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética entre Praxis e Lei José Carlos Honório Pereira David de Oliveira Setembro de 2013 Dissertação de mestrado, com alterações pontuais, apresentada e discutida na Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, em 30 de outubro de 2009. Versão revista e atualizada Ao Pedro, Pela sua maravilhosa existência que tanto alento dá à minha … 2 Cumpre-me, em primeira instância, agradecer ao Professor Doutor Paulo Sérgio Pinto de Albuquerque, não somente pelo enorme privilégio que me concedeu ao aceitar orientar a dissertação, mas também pela disponibilidade, sugestões, sentido crítico e, maxime, a sua incontornável erudição sobre os liames do extremamente dinâmico direito processual penal. Ao arguente, Professor Doutor Mário Ferreira Monte, tributo pelo saber e pelas doutas e avisadas críticas e observações que viabilizaram a correção e uma maior clareza em determinados pontos deste trabalho. Um distinto reconhecimento à Dr.ª Maria do Céu Malhado, pela sua cortesia, ao conceder parte do seu precioso tempo para uma troca de impressões muito profícua e que me aclarou a conceptualização toldada que levava sobre alguns aspetos do registo e da identificação criminal. Uma palavra de apreço ao Dr. Manuel Monteiro Guedes Valente, pelo alento dado ao apreciar positivamente o projeto da dissertação e pelas diligências subsequentes. O meu sincero obrigado, ainda, aos colegas e, acima de tudo, amigos, Alexandre Simas, pelo enorme saber transmitido acerca da conduta a adotar enquanto funcionário e lofoscopista, Dr.ª Cidália Sombreireiro Pio e Dr. Helder Figueiredo, pela análise, discussão e sugestões do foro jurídico, e Maximiano Cirne, pela paciente revisão textual. Especial distinção à Polícia de Segurança Pública, pela colaboração prestada, bem como à Guarda Nacional Republicana. Agradeço, ainda, o prestimoso apoio da Direção-Geral da Política de Justiça e da Direção-Geral da Administração da Justiça, através dos Serviços de Identificação Criminal. A última mas não menos importante e honrosa invocação vai para a minha alma mater, a Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, pela sólida e consistente formação que me proporcionou. Por tudo isto, espero que este trabalho, despretensioso e pragmático, satisfaça os intentos daqueles que se interessam pelos conflitos entre direitos fundamentais e res publica no tecido processual penal, de modo a que futuras discussões possam trazer mais luz ao tema, concedendo uma maior segurança jurídica ao legislar sobre a problemática apresentada. Ramada, 30 de setembro de 2013 3 O imperativo do direito é este: sê pessoa e respeita os outros como pessoas. George Wilhelm Friedrich Hegel, Grundlinien der Philosophie des Rechts 4 ÍNDICE ÍNDICE .................................................................................................................................................................. 5 LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................................... 7 LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................................... 7 LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS ................................................................................................................. 8 ADVERTÊNCIA ................................................................................................................................................... 9 RESUMO ............................................................................................................................................................. 10 PARTE I INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 12 1. A ACTIVIDADE IDENTIFICATIVA .......................................................................................................... 14 1.1. A ABORDAGEM HISTÓRICA ................................................................................................................. 14 1.2. A IDENTIFICAÇÃO CIVIL ...................................................................................................................... 15 1.3. A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ............................................................................................................... 21 1.4. AS IDENTIFICAÇÕES JUDICIÁRIA E JUDICIAL ........................................................................................ 26 PARTE II 1. OS PRINCÍPIOS E DIREITOS CAPITAIS DO ARGUIDO ...................................................................... 36 1.1. O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ............................................................................... 39 1.2. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DA AÇÃO PENAL OU DA LEGALIDADE DA INICIATIVA ............................ 40 1.3. O PRINCÍPIO NEMO TENETUR SE IPSUM ACCUSARE OU O PRIVILÉGIO CONTRA A AUTOINCRIMINAÇÃO ... 42 1.4. O PRINCÍPIO DA LEALDADE ................................................................................................................. 45 1.5. O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ........................................................................................ 46 1.6. O PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO OU DA PROPORCIONALIDADE ............................................... 51 1.7. O DIREITO À INTEGRIDADE PESSOAL ................................................................................................... 52 1.8. O DIREITO À LIBERDADE E À SEGURANÇA ........................................................................................... 53 1.9. O DIREITO AO BOM NOME E REPUTAÇÃO ............................................................................................. 54 1.10. O DIREITO À PROTEÇÃO LEGAL CONTRA QUAISQUER FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO ............................. 54 1.11. O DIREITO À RESERVA DA INTIMIDADE DA VIDA PRIVADA E FAMILIAR................................................ 56 1.12. O DIREITO A TODAS AS GARANTIAS DE DEFESA ................................................................................... 57 2. O ARGUIDO NO PROCESSO PENAL ....................................................................................................... 60 2.1. O SUJEITO PROCESSUAL PENAL ARGUIDO ............................................................................................ 60 2.2. A CONSTITUIÇÃO DE ARGUIDO ............................................................................................................ 61 2.3. A IDENTIFICAÇÃO DO ARGUIDO .......................................................................................................... 64 3. OS DADOS PESSOAIS .................................................................................................................................. 67 3.1. A PROTEÇÃO DOS DADOS PESSOAIS EM GERAL E O QUADRO LEGAL .................................................... 67 3.2. OS DADOS PESSOAIS BIOMÉTRICOS E O QUADRO LEGAL ...................................................................... 71 3.3. OS DADOS PESSOAIS GENÉTICOS E O QUADRO LEGAL .......................................................................... 73 3.4. O TRATAMENTO DOS DADOS PESSOAIS BIOMÉTRICOS ......................................................................... 83 3.4.1. Na Polícia Judiciária .................................................................................................................... 83 3.4.2. Na Polícia de Segurança Pública ................................................................................................. 88 3.4.3. Na Guarda Nacional Republicana ................................................................................................ 91 3.4.4. Nos tribunais ................................................................................................................................. 92 4. A TUTELA JURISDICIONAL CIVIL E PENAL ....................................................................................... 94 4.1. A TUTELA JURISDICIONAL CIVIL E ADMINISTRATIVA .......................................................................... 94 4.2. A TUTELA JURISDICIONAL PENAL ...................................................................................................... 101 5 PARTE III 1. APRECIAÇÃO CRÍTICA ........................................................................................................................... 106 1.1. A DISCRICIONARIEDADE DE PROCEDIMENTOS IDENTIFICATIVOS ENTRE ARGUIDOS ........................... 106 1.2. A DISCRICIONARIEDADE DE TRATAMENTO ENTRE DADOS PESSOAIS ................................................. 108 2. CONSIDERANDOS ESSENCIAIS E ACESSÓRIOS ............................................................................... 112 3. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................. 129 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 131 ANEXOS ............................................................................................................................................................ 139 ANEXO A DUDH ............................................................................................................................................... 140 ANEXO B PIDCP ..............................................................................................................................................
Load more

Recommended publications
  • African Innovations in Pre-Trial Justice Jean Redpath 2015 1
    African Innovations in Pre-trial Justice Jean Redpath 2015 1 © Dullah Omar Institute, 2015 This publication was made possible with the financial assistance of the Open Society Foundations. The contents of this document are the sole responsibility of the Dullah Omar Institute and can under no circumstances be regarded as reflecting the position of the Open Society Foundations. Copyright in this article is vested with the Dullah Omar Institute, University of Western Cape. No part of this article may be reproduced in whole or in part without the express permission, in writing, of the Dullah Omar Institute. Civil Society Prison Reform Initiative (CSPRI) c/o Dullah Omar Institute University of the Western Cape Private Bag X17 7535 SOUTH AFRICA www.cspri.org.za The aim of CSPRI is to improve the human rights of people deprived of their liberty through research-based advocacy and collaborative efforts with civil society structures. The key areas that CSPRI examines are developing and strengthening the capacity of civil society and civilian institutions related to corrections; promoting improved prison governance; promoting the greater use of non-custodial sentencing as a mechanism for reducing overcrowding in prisons; and reducing the rate of recidivism through improved reintegration programmes. CSPRI supports these objectives by undertaking independent critical research; raising awareness of decision makers and the public; disseminating information and capacity building. REPORT PREPARED BY JEAN REDPATH FOR PROMOTING PRE-TRIAL JUSTICE IN AFRICA (PPJA), A PROJECT OF THE CIVIL SOCIETY PRISON REFORM INITIATIVE (CSPRI) OF THE DULLAH OMAR INSTITUTE, UNIVERSITY OF THE WESTERN CAPE 1 AFRICAN INNOVATIONS IN PRE-TRIAL JUSTICE Contents Introduction ...........................................................................................................................................
    [Show full text]
  • Justiça Ambientes Mediaticos E Ordem Social.Pdf
    1 2 Justiça, Ambientes Mediáticos e Ordem Social 3 4 Justiça, Ambientes Mediáticos e Ordem Social Helena Machado e Filipe Santos (Organizadores) 5 6 Introdução Helena Machado e Filipe Santos Nas duas últimas décadas, o debate em torno das relações entre os tribunais e a comunicação social tem estado no epicentro da discussão pública sobre o estado da justiça (e da democracia) em vários países. Marcado pela contro- vérsia e amplifi cado por casos de investigação criminal que envolvem fi guras públicas, o pensamento sobre os destinos cruzados da justiça e dos média nem sempre terá sido neutro, salientando -se a proeminência das trocas de argumentos numa espiral difusamente centrada no interesse público. A mediatização da justiça constitui um dos mais prementes desafi os para as sociedades actuais na medida em que é dada ao público a possibilidade de observar os procedimentos, regras e o funcionamento da justiça. Por via das imagens e discursos produzidos nos média, o público recebe dados que lhe permitem elaborar concepções e representações acerca do sistema de justiça e da ordem social vigente, plasmada ou mesmo ausente nos códigos e dispo- sições legais. Apesar de episódicos excessos cometidos por alguns média em nome da transparência, do escrutínio ou do interesse público, consideramos fulcral a progressiva abertura dos tribunais à sociedade civil. Neste sentido, e dado o relativo afastamento dos cidadãos do sistema de justiça, os média podem assim constituir -se como catalisadores de reivindicações populares e de mudança, podendo inclusivamente promover o desenvolvimento da quali- dade da cidadania. Porém, a mediatização da justiça pode também servir para manter o status quo, sob a ilusão da participação e da transparência, reduzindo a vivência democrática a níveis inferiores, sem que tal se afi gure perceptível aos cidadãos, dado que frequentemente é formatada para con- sumo e entretenimento e não necessariamente como contributo para a edu- cação e formação cívica das audiências.
    [Show full text]
  • Dissenting Opinion on the Defendant's Oral Motion to Exclude Statement of the Accused
    THE DEMOCRATIC REPUBLIC OF TIMOR-LESTE DILl DISTRICT COURT THE SPECIAL PANELS FOR SERIOUS CRIMES Before: Judge Francesco Florit Judge Phillip Rapoza Judge Antonio Helder Viana do Carmo CASE NO. 34/2003 DEPUTY GENERAL PROSECUTOR FOR SERIOUS CRIMES -AGAINST- FRANCISCO PEREIRA, AKA SIKU GAGU Dissenting Opinion on the Defendant's Oral Motion to Exclude Statement of the Accused For the Prosecutor: Shyamala Alagendra For the Defendant: Maria Rocheteau Hsiao Leung Gooi PURL: https://www.legal-tools.org/doc/804929/ 2 Background At the trial of the above matter, the Prosecutor offered in evidence a prior statement of the Defendant taken by an investigator for the Serious Crimes Unit. The Defendant made an oral motion pursuant to Section 27.2 of UNTAET Regulation 2000/30 to exclude the statement from use at trial. Following argument by the parties, the Panel took the matter under advisement. On 17 September 2004, a majority of the Panel (Florit, Carmo) allowed the Defendant's motion to exclude his prior statement. The Presiding Judge (Florit) orally announced the Panel's decision and the basis for its determination. The following written dissenting opinion was entered and summarized on the record by the minority (Rapoza). Dissenting Opinion I respectfully decline to join the majority decision for the following reasons: A. A defendant's prior statement to an investigator may be considered as evidence at trial if the defendant gave the statement after knowingly and voluntarily waiving his right to remain silent. 1. UNT AET Regulation 2000/30, the Transitional Rules of Criminal Procedure, (TRCP) Section 34.1 ("Rules of Evidence") states that "[t]he Court may admit and consider any evidence that it deems is relevant and has probative value with regard to issues in dispute" (emphasis added).
    [Show full text]
  • Chapter 1 Botswana.Fm
    HUMAN RIGHTS PROTECTED? NINE SOUTHERN AFRICAN COUNTRY REPORTS ON HIV, AIDS AND THE LAW AIDS and Human Rights Research Unit 2007 Human rights protected? Nine Southern African country reports on HIV, AIDS and the law Published by: Pretoria University Law Press (PULP) The Pretoria University Law Press (PULP) is a publisher at the Faculty of Law, University of Pretoria, South Africa. PULP endeavours to publish and make available innovative, high-quality scholarly texts on law in Africa that have been peer-reviewed. PULP also publishes a series of collections of legal documents related to public law in Africa, as well as text books from African countries other than South Africa. For more information on PULP, see www.pulp.up.ac.za Printed and bound by: ABC Press Cape Town Cover design: Yolanda Booyzen, Centre for Human Rights To order, contact: PULP Faculty of Law University of Pretoria South Africa 0002 Tel: +27 12 420 4948 Fax: +27 12 362 5125 [email protected] www.pulp.up.ac.za ISBN: 978-0-9802658-7-3 The financial support of OSISA is gratefully acknowledged. © 2007 Copyright subsists in this work. It may be reproduced only with permission from the AIDS and Human Rights Research Unit, University of Pretoria. Table of contents PREFACE iv LIST OF FREQUENTLY USED ACRONYMS AND ABBREVIATIONS vii 1 HIV, AIDS and the law in Botswana 1 2 HIV, AIDS and the law in Lesotho 39 3 HIV, AIDS and the law in Malawi 81 4 HIV, AIDS and the law in Mozambique 131 5 HIV, AIDS and the law in Namibia 163 6 HIV, AIDS and the law in South Africa 205 7 HIV, AIDS and the
    [Show full text]
  • DON't YOU FORGET ABOUT ME Julia Kennedy Published Online: 28 Oct 2009
    This article was downloaded by: [University College Falmouth ] On: 17 June 2013, At: 05:37 Publisher: Routledge Informa Ltd Registered in England and Wales Registered Number: 1072954 Registered office: Mortimer House, 37-41 Mortimer Street, London W1T 3JH, UK Journalism Studies Publication details, including instructions for authors and subscription information: http://www.tandfonline.com/loi/rjos20 DON'T YOU FORGET ABOUT ME Julia Kennedy Published online: 28 Oct 2009. To cite this article: Julia Kennedy (2010): DON'T YOU FORGET ABOUT ME, Journalism Studies, 11:2, 225-242 To link to this article: http://dx.doi.org/10.1080/14616700903290635 PLEASE SCROLL DOWN FOR ARTICLE Full terms and conditions of use: http://www.tandfonline.com/page/terms-and- conditions This article may be used for research, teaching, and private study purposes. Any substantial or systematic reproduction, redistribution, reselling, loan, sub-licensing, systematic supply, or distribution in any form to anyone is expressly forbidden. The publisher does not give any warranty express or implied or make any representation that the contents will be complete or accurate or up to date. The accuracy of any instructions, formulae, and drug doses should be independently verified with primary sources. The publisher shall not be liable for any loss, actions, claims, proceedings, demand, or costs or damages whatsoever or howsoever caused arising directly or indirectly in connection with or arising out of the use of this material. DON’T YOU FORGET ABOUT ME An exploration of the ‘‘Maddie Phenomenon’’ on YouTube Julia Kennedy In June 2008 the search term ‘‘Madeleine McCann’’ generated around 3700 videos on YouTube, attracting over seven million text responses.
    [Show full text]
  • A Comparative Study of Bail Legislation in Malawi, Mozambique and Burundi
    A Comparative Study of Bail Legislation in Malawi, Mozambique and Burundi By Kristen Petersen With background research by Pacharo Kayira, Tina Lorizzo and Astère Muyango 2016 1 A Comparative Study of Bail Legislation in Malawi, Mozambique and Burundi Table of contents COPYRIGHT STATEMENT ................................................................................................................................................ 3 ACRONYMS AND ABBREVIATIONS ................................................................................................................................. 4 ACKNOWLEDGEMENTS .................................................................................................................................................. 5 1. INTRODUCTION .................................................................................................................................................... 6 1.1 KEY CONCEPTS ..................................................................................................................................................... 7 1.2 SCOPE OF THIS PAPER ............................................................................................................................................ 8 2. GENERAL PROVISIONS GOVERNING RELEASE IN MOZAMBIQUE, MALAWI AND BURUNDI............................... 10 2.1 MOZAMBIQUE ................................................................................................................................................... 10 2.2 MALAWI ..........................................................................................................................................................
    [Show full text]
  • Proibição De Desfavorecimento Do Arguido Em Consequência Do Silêncio Em Julgamento — a Questão Controversa Das Ilações Probatórias Desfavoráveis
    PROIBIÇÃO DE DESFAVORECIMENTO DO ARGUIDO EM CONSEQUÊNCIA DO SILÊNCIO EM JULGAMENTO — A QUESTÃO CONTROVERSA DAS ILAÇÕES PROBATÓRIAS DESFAVORÁVEIS 0ඉඖඝඍඔ6඗ඉකඍඛ Resumo : a propósito do princípio nemo tenetur se ipsum accusare , e mais especificamente do exercício do direito ao silêncio em julgamento, o autor analisa o âmbito da proibição de des- favorecimento estabelecida nos artigos 343.º, n.º 1, e 345.º, n.º 1, do Código de Processo Penal. Em confronto com a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que admite em circunstâncias excepcionais que o tribunal retire do silêncio ilações de prova desfavoráveis ao arguido, verifica a lei e as decisões dos tribunais portugueses e chega à conclusão de que essa possibilidade não é admitida no nosso sistema jurídico. No entanto, deixa em aberto pistas de reflexão sobre aspectos conexos para os quais não há uma resposta inequívoca. Palavras-chave : direito à não auto-incriminação em processo penal; direito ao silêncio; proibição de valoração do silêncio do arguido em julgamento. 1. O DIREITO AO SILÊNCIO COMO PARTE INTEGRANTE DO PRINCÍ- PIO NEMO TENETUR SE IPSUM ACCUSARE NA ORDEM JURÍDICA INTERNACIONAL 1.1. Segundo Roberto Aron 1, a origem do privilégio contra a auto-incri- minação em processo penal — nemo tenetur se ipsum accusare — remonta ao Talmude Babilónico Sanhedrin 9b (séc. II a V) ein adam mesim et atsno rasha — uma pessoa não pode inculpar-se. A regra terá sido desenvolvida a partir da disposição bíblica de que alguém só podia ser condenado pelo depoimento de duas ou três testemunhas (Deuteronómio, cap. 19, ver. 15). Na viragem de um sistema penal predominantemente inquisitório para um outro de matriz essencialmente acusatória, com os movimentos humanis- tas do séc.
    [Show full text]
  • Press Standards, Privacy and Libel
    For Distribution to CPs House of Commons Culture, Media and Sport C o m m itte e Press standards, privacy and libel Second R eport o f Session 2009-10 V o l u m e I Report, together w ith form al m inutes Ordered by the House o f Commons to be printed 9 February 2010 HC 362-1 Incorporating HC 275-i-xv, Session 2008-09 Published on 24 February 2010 by authority of the House of Commons London: The Stationery Office Limited £0.00 5 2 6 MODI 00045526 For Distribution to CPs The Culture, Media and Sport Committee The Culture, Media and Sport Committee is appointed by the House of Commons to examine the expenditure, administration, and policy of the Department for Culture, Media and Sport and its associated public bodies. Current membership Mr John Whittingdale MP {Conservative, M aldon and East Chelm sford) (Chairman) Mr Peter Ainsworth MP {Conservative, East Surrey) Janet Anderson MP {Labour, Rossendale and Darwen) Mr Philip Davies MP {Conservative, Shipley) Paul Farrelly MP {Labour, Newcastle-under-Lym e) Mr Mike Hall MP {Labour, W eaver Vale) Alan Keen MP {Labour, Feltham and Heston) Rosemary McKenna MP {Labour, Cum bernauld, Kilsyth and Kirkintilloch East) Adam Price MP (Plaid Cym ru, Carm arthen East and Dinefw r) Mr Adrian Sanders MP (Liberal Democrat, Torbay) Mr Tom Watson MP {Labour, W est Brom wich East) The following members were also members of the committee during the inquiry: Mr Nigel Evans MP {Conservative, Ribble Valley) Helen Southworth MP {Labour, W arrington South) Powers The committee is one of the departmental select committees, the powers of which are set out in House of Commons Standing Orders, principally in SO No 152.
    [Show full text]
  • Traduzir “Direito”
    Tradução e disponibilização de Códigos: metodologias e problemas práticos Teresa Lourenço 27.05.2014 A nossa noção de arguido Suspeito contra o qual já corre um processo e que foi constituído como tal, com estatuto próprio e com direitos e deveres diferentes dos que recaem sobre os meros suspeitos e sobre outros participantes processuais. Constituição de arguido O Quando lhe deva ser aplicada medida de coacção ou de garantia patrimonial; O Quando for detido, quer em flagrante delito, quer para primeiro interrogatório ou para aplicação ou execução de uma medida de coacção ou para ser apresentado perante a autoridade judiciária em acto processual; O Quando for levantado auto de notícia que o dê como agente de um crime e aquele lhe for comunicado; O Quando, sendo testemunha e estando a prestar depoimento surgir fundada suspeita de crime por ela cometido. Direitos e Deveres do arguido O Estar presente nos actos processuais que lhe dizem directamente respeito Comparecer perante o O Ser ouvido pelo tribunal ou juiz de instrução juiz, M.P. ou órgãos de sempre que estes devam tomar decisão que pessoalmente o afecte; polícia criminal sempre que a lei o exigir e para O Ser informado dos factos que lhe são tal tiver sido devidamente imputados antes de prestar declarações; convocado; O Não responder a perguntas feitas sobre os factos que lhe forem imputados; Responder com verdade O Constituir advogado ou solicitar a nomeação às perguntas feitas por de defensor; entidade competente O Ser assistido por defensor em todos os actos sobre a sua identidade; processuais em que participar e, quando Prestar TIR logo que detido, comunicar, mesmo em privado, com assuma a qualidade de ele; arguido; O Intervir no inquérito e na instrução, oferecendo Sujeitar-se a diligências provas e requerendo as diligências que julgar de prova e a medidas de necessárias; coacção e garantia O Ser informado dos direitos que lhe assistem; patrimonial O Recorrer das decisões que lhe forem desfavoráveis.
    [Show full text]
  • Global Study on Legal Aid Country Profiles
    Global Study on Legal Aid Country Profiles United Nations Development Programme (UNDP) partners with people at all levels of society to help build nations that can withstand crisis, and drive and sustain the kind of growth that improves the quality of life for everyone. On the ground in nearly 170 countries and territories, we offer global perspective and local insight to help empower lives and build resilient nations. One United Nations Plaza New York, NY 10017, USA www.undp.org United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC), working in collaboration with partners and through a network of field offices, helps Member States in achieving security and justice for all by making the world safer from crime, drugs and terrorism. Building on its mandates and expertise in the areas of crime prevention and criminal justice, UNODC endeavours to foster the development of fair, human rights-compliant and effective criminal justice systems grounded in the rule of law. Vienna International Centre P.O. Box 500, 1400 Vienna, Austria www.unodc.org © United Nations, December 2016. All rights reserved, worldwide. The designations employed and the presentation of material on maps used do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the Secretariat of the United Nations or UNDP concerning the legal status of any country, territory, city or area or its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. Information on uniform resource locators and links to Internet sites contained in the present publication are provided for the convenience of the reader and are correct at the time of issue.
    [Show full text]
  • Know Your Rights As a Crime Victim Know Your Rights As a Crime Victim
    KNOW YOUR RIGHTS AS A CRIME VICTIM KNOW YOUR RIGHTS AS A CRIME VICTIM Title: INFOVICTIMS: Know your Rights as a Crime Victim Author: Victim Support Scotland Editorial Design: Último Take 1st edition: January 2016 ISBN Legal Deposit no. KNOW YOUR RIGHTS AS A CRIME VICTIM INDEX INTRODUÇÃO .......................................................6 O PROCESSO CRIME ..............................................7 O CRIME ............................................................8 A IMPORTÂNCIA DE DENUNCIAR UM CRIME .................................9 DENUNCIAR UM CRIME ..............................................9 COMO DENUNCIAR UM CRIME ..........................................11 A INVESTIGAÇÃO: FASE DE INQUÉRITO ..............................14 EXAMES MÉDICO ‑LEGAIS..............................................16 ENCERRAMENTO DA FASE DE INQUÉRITO: ACUSAÇÃO, ARQUIVAMENTO OU SUSPENSÃO PROVISÓRIA DO PROCESSO ........................17 FASE DE INSTRUÇÃO ...............................................19 O JULGAMENTO ....................................................20 PREPARAÇÃO PARA O JULGAMENTO .....................................20 A MARCAÇÃO DO JULGAMENTO.........................................20 O QUE ACONTECE SE FALTAR AO JULGAMENTO.............................22 ONDE E QUANDO COMPARECER ........................................23 QUEM PODE ASSISTIR ................................................24 A SALA DE AUDIÊNCIAS ...............................................24 O PAPEL DA VÍTIMA NO JULGAMENTO ....................................26
    [Show full text]
  • Powers of Arrest Curtailed by Constitutional Council of Mozambique – the Impact of the Decision 4/CC/2013
    Powers of arrest curtailed by Constitutional Council of Mozambique – the impact of the Decision 4/CC/2013 By Tina Lorizzo and Vanja Petrovic Sep 2019 Contents EXECUTIVE SUMMARY ............................................................................................................................................................................ 3 INTRODUCTION ..................................................................................................................................................................................... 4 INTERNATIONAL AND REGIONAL FRAMEWORK ON ARREST AND PRE-TRIAL DETENTION ......................................................................................... 5 LEGAL FRAMEWORK RELATED TO ARREST AND PRE-TRIAL DETENTION ............................................................................................................... 6 Definition of concepts .................................................................................................................................................................. 6 Arrest by apprehension or imprisonment .................................................................................................................................... 7 Pre-trial detention ........................................................................................................................................................................ 8 Reaction to the decision ............................................................................................................................................................
    [Show full text]