A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética Entre Praxis E Lei

A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética Entre Praxis E Lei

A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO ARGUIDO Tensão Dialética entre Praxis e Lei José Carlos Honório Pereira David de Oliveira Setembro de 2013 Dissertação de mestrado, com alterações pontuais, apresentada e discutida na Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, em 30 de outubro de 2009. Versão revista e atualizada Ao Pedro, Pela sua maravilhosa existência que tanto alento dá à minha … 2 Cumpre-me, em primeira instância, agradecer ao Professor Doutor Paulo Sérgio Pinto de Albuquerque, não somente pelo enorme privilégio que me concedeu ao aceitar orientar a dissertação, mas também pela disponibilidade, sugestões, sentido crítico e, maxime, a sua incontornável erudição sobre os liames do extremamente dinâmico direito processual penal. Ao arguente, Professor Doutor Mário Ferreira Monte, tributo pelo saber e pelas doutas e avisadas críticas e observações que viabilizaram a correção e uma maior clareza em determinados pontos deste trabalho. Um distinto reconhecimento à Dr.ª Maria do Céu Malhado, pela sua cortesia, ao conceder parte do seu precioso tempo para uma troca de impressões muito profícua e que me aclarou a conceptualização toldada que levava sobre alguns aspetos do registo e da identificação criminal. Uma palavra de apreço ao Dr. Manuel Monteiro Guedes Valente, pelo alento dado ao apreciar positivamente o projeto da dissertação e pelas diligências subsequentes. O meu sincero obrigado, ainda, aos colegas e, acima de tudo, amigos, Alexandre Simas, pelo enorme saber transmitido acerca da conduta a adotar enquanto funcionário e lofoscopista, Dr.ª Cidália Sombreireiro Pio e Dr. Helder Figueiredo, pela análise, discussão e sugestões do foro jurídico, e Maximiano Cirne, pela paciente revisão textual. Especial distinção à Polícia de Segurança Pública, pela colaboração prestada, bem como à Guarda Nacional Republicana. Agradeço, ainda, o prestimoso apoio da Direção-Geral da Política de Justiça e da Direção-Geral da Administração da Justiça, através dos Serviços de Identificação Criminal. A última mas não menos importante e honrosa invocação vai para a minha alma mater, a Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões, pela sólida e consistente formação que me proporcionou. Por tudo isto, espero que este trabalho, despretensioso e pragmático, satisfaça os intentos daqueles que se interessam pelos conflitos entre direitos fundamentais e res publica no tecido processual penal, de modo a que futuras discussões possam trazer mais luz ao tema, concedendo uma maior segurança jurídica ao legislar sobre a problemática apresentada. Ramada, 30 de setembro de 2013 3 O imperativo do direito é este: sê pessoa e respeita os outros como pessoas. George Wilhelm Friedrich Hegel, Grundlinien der Philosophie des Rechts 4 ÍNDICE ÍNDICE .................................................................................................................................................................. 5 LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................................... 7 LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................................... 7 LISTA DE SIGLAS E ACRÓNIMOS ................................................................................................................. 8 ADVERTÊNCIA ................................................................................................................................................... 9 RESUMO ............................................................................................................................................................. 10 PARTE I INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 12 1. A ACTIVIDADE IDENTIFICATIVA .......................................................................................................... 14 1.1. A ABORDAGEM HISTÓRICA ................................................................................................................. 14 1.2. A IDENTIFICAÇÃO CIVIL ...................................................................................................................... 15 1.3. A IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL ............................................................................................................... 21 1.4. AS IDENTIFICAÇÕES JUDICIÁRIA E JUDICIAL ........................................................................................ 26 PARTE II 1. OS PRINCÍPIOS E DIREITOS CAPITAIS DO ARGUIDO ...................................................................... 36 1.1. O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ............................................................................... 39 1.2. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DA AÇÃO PENAL OU DA LEGALIDADE DA INICIATIVA ............................ 40 1.3. O PRINCÍPIO NEMO TENETUR SE IPSUM ACCUSARE OU O PRIVILÉGIO CONTRA A AUTOINCRIMINAÇÃO ... 42 1.4. O PRINCÍPIO DA LEALDADE ................................................................................................................. 45 1.5. O PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ........................................................................................ 46 1.6. O PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO OU DA PROPORCIONALIDADE ............................................... 51 1.7. O DIREITO À INTEGRIDADE PESSOAL ................................................................................................... 52 1.8. O DIREITO À LIBERDADE E À SEGURANÇA ........................................................................................... 53 1.9. O DIREITO AO BOM NOME E REPUTAÇÃO ............................................................................................. 54 1.10. O DIREITO À PROTEÇÃO LEGAL CONTRA QUAISQUER FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO ............................. 54 1.11. O DIREITO À RESERVA DA INTIMIDADE DA VIDA PRIVADA E FAMILIAR................................................ 56 1.12. O DIREITO A TODAS AS GARANTIAS DE DEFESA ................................................................................... 57 2. O ARGUIDO NO PROCESSO PENAL ....................................................................................................... 60 2.1. O SUJEITO PROCESSUAL PENAL ARGUIDO ............................................................................................ 60 2.2. A CONSTITUIÇÃO DE ARGUIDO ............................................................................................................ 61 2.3. A IDENTIFICAÇÃO DO ARGUIDO .......................................................................................................... 64 3. OS DADOS PESSOAIS .................................................................................................................................. 67 3.1. A PROTEÇÃO DOS DADOS PESSOAIS EM GERAL E O QUADRO LEGAL .................................................... 67 3.2. OS DADOS PESSOAIS BIOMÉTRICOS E O QUADRO LEGAL ...................................................................... 71 3.3. OS DADOS PESSOAIS GENÉTICOS E O QUADRO LEGAL .......................................................................... 73 3.4. O TRATAMENTO DOS DADOS PESSOAIS BIOMÉTRICOS ......................................................................... 83 3.4.1. Na Polícia Judiciária .................................................................................................................... 83 3.4.2. Na Polícia de Segurança Pública ................................................................................................. 88 3.4.3. Na Guarda Nacional Republicana ................................................................................................ 91 3.4.4. Nos tribunais ................................................................................................................................. 92 4. A TUTELA JURISDICIONAL CIVIL E PENAL ....................................................................................... 94 4.1. A TUTELA JURISDICIONAL CIVIL E ADMINISTRATIVA .......................................................................... 94 4.2. A TUTELA JURISDICIONAL PENAL ...................................................................................................... 101 5 PARTE III 1. APRECIAÇÃO CRÍTICA ........................................................................................................................... 106 1.1. A DISCRICIONARIEDADE DE PROCEDIMENTOS IDENTIFICATIVOS ENTRE ARGUIDOS ........................... 106 1.2. A DISCRICIONARIEDADE DE TRATAMENTO ENTRE DADOS PESSOAIS ................................................. 108 2. CONSIDERANDOS ESSENCIAIS E ACESSÓRIOS ............................................................................... 112 3. CONCLUSÕES ............................................................................................................................................. 129 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 131 ANEXOS ............................................................................................................................................................ 139 ANEXO A DUDH ............................................................................................................................................... 140 ANEXO B PIDCP ..............................................................................................................................................

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