Um Estudo Da Obra Cazuza, De Viriato Corrêa

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Um Estudo Da Obra Cazuza, De Viriato Corrêa UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Literatura Infantil, História e Educação: Um Estudo da Obra Cazuza, de Viriato Corrêa Ana Elisa de Arruda Penteado Orientador: Prof° Dr. José Luís Sanfelice Este exemplar corresponde à redação final da Dissertação de Mestrado defendida por Ana Elisa de Arruda Penteado e aprovada pela Comissão Julgadora. Data: ____/_____/_______ Assinatura: ____________________________ Orientador Comissão Julgadora: ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ 2001 ii RESUMO Esta dissertação posta-se no entroncamento entre a literatura, mais especificamente a literatura infantil, a história e a educação. A discussão está centrada no romance Cazuza de Viriato Corrêa, que narra, em tom memorialístico, a história de um menino e suas experiências escolares - do pequeno povoado onde nasceu até o colégio interno da capital. Editado pela primeira vez em 1938, em pleno Estado Novo, o livro insere-se perfeitamente no amplo projeto que estava empenhado em construir o Estado Nacional e o novo cidadão que a ele convinha, projeto que já começara a ser esboçado logo nos primórdios da República. Dialogando com conjunto de temas que configuravam a construção desse Estado Nacional, a dissertação aborda questões como pátria e nacionalismo, trabalho e educação, presentes em Cazuza, discutindo-as à luz do ideário do regime em voga. iii ABSTRACT This dissertation lies in the junction among literature, more specifically literatura for children, history and education. The discussion is focused on Viriato Corrêa’s novel Cazuza, which tells, in a memorable tone, the story of a boy and his school experiences, from the small village where he was born, to the boarding school in the State Capital. Published for the first time in the very Estado Novo, the book fits perfectly in the wide project which aimed at building the National State and the new citizen who would be suitable to it, project which had already started in the early Republic. Dealing with a set of themes, which outlined the construction of such National State, the dissertation discusses questions like country and nationalism, work and education, which are present in Cazuza, discussing them in the light of the designed regime in question. iv v Aos meus pais, Marili e Oscar que, com seus exemplos de vida, conduziram-me até aqui. A memória de minha avó Liana, cujas histórias de ninar povoaram minha infância. vi AGRADECIMENTOS Ao concluir este trabalho, que me exigiu tempo (muito) e fôlego (não menos), percebo que foram várias as pessoas que percorreram, de alguma forma, este caminho ao meu lado. Algumas caminharam mais próximas, outras acompanharam de longe, porém todas, a seu modo, foram importantes. A todas elas, meu muito obrigada. Em primeiro lugar, agradeço ao Prof. Dr. José Luis Sanfelice, meu orientador, a quem devo a leitura criteriosa e o empenho na consecução deste trabalho. Agradeço também à banca do exame de qualificação, professores Ediógenes Aragão Santos e Ezequiel Theodoro da Silva, por suas inestimáveis contribuições a este texto, às quais tentei atender, na medida de minhas possibilidades. A Dedê (Prof. Dra Maria Teresa Penteado Cartolano), primeira a acreditar que este projeto frutificaria. Ao Adriano, companheiro e interlocutor de todas as horas, que comigo compartilhou a alegria das descobertas e aquietou-me a angústia das incertezas. Aos funcionários da Academia Brasileira de Letras, especialmente Terezinha e Maria, pela solicitude com que me apresentaram o que restou da memória de Viriato Corrêa. A Adelaide Gonçalves, quem gentilmente iniciou minha coleção de obras de Viriato Corrêa. A Ana Sílvia, em cuja amizade encontro sempre “boas palavras” para os pequenos e os grandes dilemas da vida. As amigas Maura, Ângela e Fátima, que nunca desistiram de mim, apesar de eu ter recusado todos os convites para sair, nos meus últimos tempos de “reclusão”. A Lucia Granja pelos comentários elucidativos sobre o narrador em teoria da literatura. Aos colegas de turma do mestrado: Américo, Dalton, Jurandir (in memoriam), Mauricéia, Rita e Roberto pela convivência afetuosa. A Ana Claudia e a Maria de Lourdes, amigas recentes, mas nem por isso menos queridas, pelas palavras de estímulo, sempre. vii viii SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO I A LITERATURA COMO FONTE DOCUMENTAL 9 1 O desvanecer das fronteiras 10 2 Ampliando a noção de documento 13 CAPÍTULO II A LITERATURA INFANTIL 17 1 Narradores e narrativas: os primórdios da literatura infantil 17 2 Literatura infantil: um gênero menor? 21 3 A literatura infantil no Brasil 32 CAPÍTULO III VIRIATO... QUEM? 41 1 “Minha terra, minha casa, minha gente.” 42 2 “O mundo, acreditem, mudou inteiramente.” 45 3 “A escrita tornou-se fácil desde os primeiros momentos.” 52 4 “A orquestra tocou. O pano subiu.” 56 5 “A obra dos brasileiros.” 69 6 “Cazuza: é mais curto, profundamente infantil e profundamente brasileiro.” 81 CAPÍTULO IV PÁTRIA, TRABALHO E EDUCAÇÃO EM CAZUZA 89 1 “Que é Pátria?” 100 2 “O homem só vale quando trabalha.” 119 3 “O que mais me encantou foi a escola.” 141 3.1 A escola e a cidade: do casebre de palha ao sobrado de azulejos 151 3.2 O cotidiano escolar: estudar a lição ou viver a lição?” 171 3.3 A formação do professor: ela viera da capital onde aprendera a ensinar 181 3.4 Os rituais escolares: “no Timbira não se fazia nada sem solenidade.” 189 CONSIDERAÇÕES FINAIS 203 BIBLIOGRAFIA 209 ix x De fato, as leituras da juventude podem ser pouco profícuas pela impaciência, distração, inexperiência das instruções para o uso, inexperiência de vida. Podem ser (talvez ao mesmo tempo) formativas no sentido que dão uma forma às experiências futuras, fornecendo modelos, recipientes, termo de comparação, esquemas de classificação, escalas de valores, paradigmas de beleza: todas, coisas que continuam a valer mesmo que nos recordemos pouco ou nada do livro lido na juventude. Italo Calvino xi INTRODUÇÃO Talvez não haja na nossa infância dias que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que pensamos ter deixado passar sem vivê-los, aqueles que passamos na companhia de um livro preferido. Marcel Proust Tendo feito minha graduação em Letras, pareceu-me natural ter encontrado na literatura minha primeira referência na busca por uma fonte de investigação, quando pensei em trabalhar com questões que envolvessem a educação e sua história. Este é, portanto, um trabalho de fronteira, que pretende se postar no entroncamento entre a literatura, a história e a educação. Reconheço que lidar com essas três áreas constitui-se um desafio. Sempre há o risco de se lançar muita luz sobre um foco e obscurecer os outros, ou de tratá-los de forma superficial, dificuldade que experimentam aqueles que trabalham na zona de fronteira. Entretanto, por ser um desafio, senti-me tentada a experimentar. Na tentativa de delimitar um tema, voltei meu olhar, num primeiro momento, para os livros que, de uma forma ou de outra, trouxessem à cena a instituição escolar e seu cotidiano. Em verso e prosa, esquadrinhei na estante os livros que acreditava terem um particular interesse para mim: O Ateneu, de Raul Pompéia, Doidinho, de José Lins do Rego, Infância, de Graciliano Ramos e Cazuza, verdadeira história de um menino de escola, de Viriato Corrêa, entre outros – livros que, invariavelmente, traziam evocações da infância de seus autores, em relatos que iam entremeando memória e ficção. Trabalharia com todos eles? Escolheria apenas um? Logo percebi que optar por todos seria temerário: cada livro tem seu universo e penetrá-lo exigiria muito fôlego. À medida que os relia, crescia a certeza de que seria Cazuza o escolhido, pois havia encontrado o que, até então, nem mesmo sabia que procurava: em primeiro lugar, foi um livro escrito para crianças - o que o diferenciava dos outros. Em segundo lugar, embora a temática fosse semelhante à dos demais - protagonistas em idade escolar, a saída da casa dos pais para enfrentar “o mundo”, resumido pelos muros do colégio – Cazuza apresentava um curioso contraponto a esses momentos, o que muito me chamou a atenção: a dor da 1 separação da família, experimentada pelos outros protagonistas, fora substituída pela excitação do rito de passagem. Como se não bastasse, brotavam, incansavelmente, de suas páginas, lições edificantes, e esse excesso de conteúdo pedagógico e doutrinário fez-me aproximar este livro dos romances de formação. Estava decido: o meu livro seria Cazuza, meu autor, Viriato Corrêa. O livro, editado pela primeira vez em 1938, em pleno Estado Novo, parecia inserir-se perfeitamente no amplo projeto que estava empenhado em construir o Estado Nacional e o novo cidadão que a ele convinha, projeto que começara já a ser esboçado logo nos primórdios da República. O país modernizava-se e equipava-se para ingressar numa nova era do desenvolvimento do capitalismo e a educação era, obviamente, um eficiente instrumento de controle social e de consolidação de um regime autoritário que buscava se firmar. Escolhido o livro, assomaram-se duas preocupações: a primeira foi a de buscar subsídios que pudessem legitimar a escolha da literatura como uma das fontes de investigação para o desenvolvimento deste trabalho, os quais foram encontrados em obras que abordam o (nem sempre tranqüilo) diálogo entre a literatura e a história, de que trataremos no primeiro capítulo desta dissertação. A outra preocupação foi se configurando aos poucos, à medida que crescia a dificuldade para encontrar informações mais consistentes a respeito de Cazuza
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